Jornal fato 1604 14

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opinião

Jogo da vida JANINE BASTOS

janine@janinebastos.com.br

Poderia ser uma simples partida, ainda assim ganhar trazia uma alegria expressa com um sorriso no rosto. Caso, a vitória viesse de um jogo mais complexo, que exigiria maiores habilidades, um bom trabalho em equipe, e muito suor, a alegria da vitória seria ainda maior. Ganhar! Que jeito bom de terminar o dia. É quase como a sensação de ir a uma super festa, e ainda por cima levar para casa um pedaço do bolo. Nos permitindo guardar na geladeira um pedaço das recordações desse bom momento. Assim era, voltar para casa após uma vitória. Já não jogo, vôlei, handebol, nem sequer zerinho ou um. Mas guardo comigo o registro dessas sensações e me recordo perfeitamente como era bom jogar, melhor ainda ganhar, pois como essa não era rotina seu gosto tinha um sabor especial. O que significava ter que suar sofrer, cair, levantar, atacar, defender, bloquear e às vezes sofrer, más mesmo que seja o último ponto, ainda assim confiar, acreditar e correr. Nos entregarmos ao jogo, sem nos darmos por vencidos. Tem ainda mais emoção uma partida quando a disputa é ponto a ponto, ou quando a vitória vai se construindo na medida em que a aparente derrota vai se desfazendo. Gosto bom esse da vitória. Trás consigo a alegria, a euforia e a tranquilidade de ter feito o nosso melhor. Diante tantos tropeços, guerras e recomeços – esses quase que diários – nos falta tempo e às vezes ânimo para nos lembrarmos de nossas vitórias. Mas vale a pena, seja, elas no esporte, no baralho, na conquista, nos estudos, no trabalho ou mesmo no jogo da vida. Ela nos anima e nos empurra para um novo degrau de onde podemos visualizar e assim vislumbrar a bela paisagem da nossa vida, nos permite perceber que vitorias e derrotas a parte, bom mesmo é nos permitirmos jogar, bom mesmo é nos permitirmos viver. Janine Bastos, Fisioterapeuta www.janinebastos.com.br

ES de Fato, Quarta-Feira, 16 de Abril de 2014

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Quebrando paradigmas MARILENE DEPES

rmdepes@hotmail.com

O acesso rápido e fácil a informações faz com que a sociedade questione valores, crenças e modelos impostas a ela como verdades absolutas. E um dos quesitos a ser questionados é o papel do idoso no mundo. Velhice não é doença, incapacidade, dependência, impotência e perdas, como muitas pessoas imaginam. Idoso não é alguém que perdeu a cidadania e a dignidade. Velhice é só mais uma etapa do ciclo vital e assim como os outros com suas adequações. É possível a uma criança sobreviver sem cuidados dos pais? É possível passar pela adolescência sem crises, inseguranças e traumas que envolvem toda a família? É possível viver a fase adulta sem enfrentar muitas dificuldades – relacionamentos, criação dos filhos, dificuldades financeiras, doenças, traições, perda de status e outras mais? E na maturidade as perdas inerentes a menopausa e andropausa? E na velhice outras mais, simplesmente outras mais, que quando não são acompanhadas de quadros patológicos, possíveis de contornar? Entre outros meios a informática é uma excelente ferramenta de ajuda aos idosos, podendo ser utilizado como meio de atualização, informação, relacionamento, distração, utilização de muitas atividades como fotografia, desenho, música, turismo, culinária, entre outros. A velhice pressupõe perdas físicas, contudo pesquisas comprovam que a deterioração mental, quando não existem patologias, é muito lenta. A pessoa que usufrui de uma boa capacidade de raciocínio e julgamento, se beneficia na velhice com maior experiência de vida. Quando existe vontade de aprender, a capacidade pode ser tão elevada aos 80 anos quanto aos 15 anos. Daí podemos deduzir que as dificuldades que os idosos alegam em relação ao aprendizado da informática se referem mais a fatores psicossociais do que capacidade de raciocínio e de atividade mental. As características negativas que não foram trabalhadas durante a idade adulta só tendem a se acentuar com o passar dos anos. E a comunicação com o mundo exterior pode ir decrescendo: os tímidos e pouco sociáveis podem converter-se em pessoas solitárias, os muito apegados aos bens materiais podem se tornarem pessoas avarentas, os exageradamente preocupados com a saúde em hipocondríacos, os apreensivos em depressivos, os desconfiados em pessoas com mania de perseguição e os controladores em doentes psicossomáticos, com dores inexplicáveis aqui e ali, nas juntas, o que leva algum engraçadinho a sugerir: junta tudo e joga fora! Até se acredita que computador não combina com idosos, pois é rápido demais e quem o utiliza é lento. Ledo engano, o computador atende ao comando de quem o manuseia, não é a máquina que o faz. Se errar, tenta de novo, no computador pode-se salvar as tarefas e ir corrigindo tranquilamente. É um absurdo imaginar-se que somente os mais jovens e ágeis podem ter acesso -- e ele se transforma numa barreira simbólica que segrega o idoso da modernidade. Navegar na internet nos dá a possibilidade de conectarmos com o mundo, com pessoas distantes, de fazermos amigos, de unificar laços já existentes, de diminuir a solidão que é companheira natural da velhice. A justificativa de que a internet coloca a vida exposta é ridícula: quem a essa altura da vida quer saber da intimidade de um idosos de 80 ou 90 anos? Os jovens, em geral, não querem saber o que aconteceu ontem! Quanto mais aumenta a expectativa de vida mais se torna necessário criar novos paradigmas para essa “nova velhice” sem tempo definido para morrer. A cada década vive-se melhor e de forma mais saudável, e enquanto a vida se prolonga torna-se necessário vive-la em plenitude e de acordo com a atualidade. Afinal, todos queremos viver mais, ter mais qualidade de vida, estarmos inseridos no contexto. E ser peça de museu, é idealizado por quem? Marilene De Batista Depes, rmdepes@hotmail.com

(28) 3511-7481

Democracia em xeque MAURILIO CARVALHO

mauriliocarvalho1@gmail.com

A democracia brasileira está em xeque desde 2003, quando o PT assumiu o poder da Nação. A ideologia petista é totalmente comunista ditatorial, onde o governante deve suprir as necessidades básicas do povão com programas, benefícios, bondades e bônus (veja o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Luz para Todos, Minha Casa Melhor...), e através desses benefícios, manter o povo na ignorância e no cabresto, como vem fazendo o governo lulopetista. Esse tipo de governo, que grita pelos quatro cantos que é “democrático”, na verdade, detesta a democracia. Veja quantas investidas o PT fez contra a liberdade de expressão nesses quase 12 anos de governo. Eles não perdem uma oportunidade para tentar amordaçar a mídia, que para o tipo de governança que eles querem é uma ameaça. Denúncias contra seus atos de corrupção são uma afronta, afinal, eles dão ao povo aquilo que o povo quer: pão e circo. Então, por que eles não podem encher seus próprios bolsos e, de quebra, encher os cofres de outros países que também comungam da mesma cartilha, como Dilma Rousseff vem fazendo com Cuba? Dilma Rousseff já declarou publicamente que seu sonho é transformar o Brasil em um país “socialista”. Mentira. O que ela, Lula e toda a corja de petistas querem mesmo é transformar o Brasil em uma Cuba, uma Venezuela, uma Argentina, enfim. É muito mais fácil para eles. O que querem é roubar os cofres públicos à vontade e a imprensa não poder publicar nada. Quer maior defensor do “controle social da mídia” do que o deputado petista André Vargas, flagrado em conluio com o doleiro Alberto Yousseff para enriquecer às custas dos cofres públicos no governo federal. Esse “controle social da mídia” só tem uma finalidade: esconder da população as roubalheiras escancaradas que o PT vem promovendo nas instituições públicas. Jamais a população iria ficar sabendo de tanta roubalheira. E aqui cabe uma observação: em todos os governos da nossa história sempre houve corrupção e roubo da coisa pública. Mas no governo do PT a coisa escancarou. É como se todo mundo que chegou ao poder com Lula tivesse recebido uma espécie de senha dos cofres públicos. O governo petista age como um polvo malvado - com seus diversos tentáculos políticos - que quer se apossar da República. Esses tentáculos estão em constante movimentos, e, aos poucos, quando o Brasil perceber, já será tarde demais, como tem sido para os cubanos há décadas, e, mais recentemente, como vem sendo para os argentinos e venezuelanos. Só nos restará uma saída: ir para os confrontos armados, onde com certeza haverá muito derramamento de sangue. O PT, se o brasileiro não acordar, levará a Nação a uma guerra civil, nos moldes do chavismo venezuelano. Se nos serve de alerta, dos últimos dias de confrontos na Venezuela há pessoas desaparecidas, 40 mortos, 59 foram torturadas, e a porrada é distribuída até em crianças que estiverem com seus pais nos protestos de rua. Nossa democracia está em xeque - e o povo brasileiro em teste. MAURÍLIO CARVALHO é Coordenador do CONSCIÊNCIA POLÍTICA - não negocie seu voto!


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