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ES DE FATO, QUINTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2013

TONINHO CARLOS Líderes inquestionáveis Vou ser o mais objetivo possível, direto e sem meias palavras. Durante quatro décadas a cidade de Cachoeiro de Itapemirim foi controlada pelos grupos políticos de Roberto Valadão, José Tasso Andrade e Theodorico Ferraço, adversários que chegaram a se “odiar”, mas que em comum tem uma característica: a incapacidade de semear sementes em solo fértil e produzir frutos. Quis o destino que às eleições de 2012 tivesse servido de parâmetro para o antes e o depois. Ferraço, Roberto Valadão e José Tasso que escreveram seus nomes na história de Cachoeiro dão lugar agora a Carlos Casteglione, Glauber Coelho e Abel Santana Jr no posto de líderes inquestionáveis e promessas marcantes na vida pública da cidade. Eles são líderes, independente de suas siglas partidárias. Para ser preciso, das três lideranças políticas da nova geração, cada uma delas, a seu modo, sobe ao pódio por méritos próprios. Podem até ter tido uma ajudazinha, mas não são herdeiros ou sucessores. A começar por Carlos Casteglione. Ele venceu duas eleições para deputado estadual e duas para prefeito; hoje é o PT quem lhe deve a inclusão de sua sigla no livro da história da cidade. Glauber Coelho, por sua vez criou uma trajetória própria. Com métodos nada aconselhados para políticos de sua geração, o individualismo, o deputado estadual pelo PR tem voo próprio. Soube aproveitar as oportunidades que teve nas administrações de Theodorico Ferraço e Roberto Valadão, conseguindo destacar-se em várias secretarias, entre elas a da saúde. Sua trajetória política é mérito pessoal. Mas os quase 50 mil votos que obteve nas eleições de 2012 para prefeito de Cachoeiro, tem de ser creditados ao grupo que o conduziu a candidato único da oposição. Theodorico Ferraço, Roberto Valadão e José Tasso Andrade, três ex-prefeitos do município, só foram ouvidos no início da campanha. Depois foram votos vencidos e não tiveram mais acesso a Glauber Coelho. Já o vice-prefeito eleito, Abel Santana Jr tem uma história de vida diferente das dos demais líderes que aponto neste artigo. Embora seja filho do ex-prefeito Abel Santana que governou Cachoeiro nos anos 60, Abelzinho tem uma vida voltada a medicina e ao esporte. A política entrou na sua vida de forma oficial apenas nas eleições de 2010, quando postulou pelo PV o mandato de deputado federal, obtendo mais de 20 mil votos. Quem lançou Abelzinho a deputado federal foi o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço. Mas o objetivo de Ferraço com a candidatura do médico-desportista Abel Santana Jr era tirar votos de Camilo Cola e derrotá-lo, impedindo que ele chegasse pela segunda vez consecutiva à Câmara Federal. Portanto, o vice-prefeito também não é sucessor de nenhum político da “velha guarda”. Ele trilha seu próprio caminho. O dublê de empresário e deputado federal Camilo Cola, próximo de completar 90 anos é outro que sempre teve voo próprio e ainda ajudou muitos aliados a baterem asas. Seu grande sonho ao debutar na política como candidato não foi alcançado. O fundador do Grupo Itapemirim pretendia ser eleito senador, mas depois de perder duas eleições optou por candidatar-se a deputado federal, e tem projetos de encerrar a vida pública em 2014, ao final de seu segundo mandato. Assim a política de Cachoeiro vai caminhando e se renovando. Saem de cena da política municipal três políticos com média de 70 anos de idade e uma história enriquecida por altos e baixos que durou quatro décadas, e entram três novas lideranças que juntas tem uma média de idade 20 anos menos que a geração de Valadão, Zé Tasso e Ferraço. toninhocarlos.jornalista@hotmail.com

OPINIÃO

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FERNANDO FIUZA

DAVI SAMMY O entardecer de um guerreiro Certa vez, em uma tribo longínqua nasceu uma criança com uma missão de levar positividadeao mundo. Ela fora selecionada dentre milhares, e criada em um ambiente abundantemente humilde. Muito cedo a escolhida enfrentou com raça as dificuldades da vida.Comum olhar de uma criança, sabedoria e fé, tinha o melhor presente dado por Deus, já que, a vida tinha lhe ensinado a lutar pelos seus objetivos. Andava de trem, e trazia como seu aliado um pedaço de madeira pintado artesanalmente, sustentado por quatro rodas, esse era o seu melhor amigo. Sua paixão mútua por aquele objeto o levou a lugares fascinantes, mas ainda não havia encontrado seu lugar ao sol. Acreditava que só os loucos sabiam onde encontrar o amor e por isso através da canção resolveu espalhar sua poesia e autoestima por onde passava. Em cima do skate, sentia-se livre para poder sorrir e cantar as poesias de uma vida guerreira, onde seus dias de luta e de glória eram ouvidos e tomados como exemplo. Finalmente o aguerrido havia mostrado ao mundo para que viera, e levava as pessoas a refletirem sobre os valores humanos, simplicidade em uma linguagem irreverente. Ele acreditava que o sol poente levava os desejos para serem avaliados por Deus. E de tanto pedir para encontrar um grande amor ao rei sol, foi atendido. O jovem rapaz recebeu o carinhoso apelido de “chorão” porque a lágrima era a maneira mais singela e pura de sua alma. Infelizmente um tortuoso caminho o desviou de seu foco, o trem fora substituído por limusine, e esqueceu-se de aplicar a si as lições que transmitia em suas canções, o guerreiro, se entregou ao pó mágico que o transportara para um novo mundo. Perdeu tudo, a estima, a alegria, o caminho, o “zóio” de lula, seu amor e o skate. E como tudo deve ser o Brown perdeu-se e partiu sem dizer o último adeus, da forma mais tola e contrária aos seus ricos ensinamentos. O guerreiro virou pó, mas como só amor constrói pontes indestrutíveis, suas cinzas entardeceramo céu azul e foram levadas pelo o por do sol.A criança escolhida foi vencida, mas ela vai voltar. Voltará eternizada nas suas composições que vivas permanecem no coração da grande família Charlie Brown Júnior.

Diretor e editor - Wagner Santos wagnersantos25@hotmail.com Departamento Comercial - Lília Argeu e Elenir Atalaia

Desde 14 de março de 2003

Revisor: Marcos Leão

Vida vazia Adriana, 47 anos, separada, moradora de Vargem Alta. Estou separada há 5 anos, e tenho uma filha com problemas de saúde e o meu namorado não me dá a mínima segurança. Ao perguntar-lhe sobre a nossa vida, ele sempre responde de forma evasiva e indecisa. Sinto uma grande solidão, porque o meu namorado não me transmite a mínima confiança, já namoramos há dois anos, mas estou muito insatisfeita com esta situação. O que acha que devo fazer? Se este relacionamento está tão pobre com esta pessoa, pode ser devido a uma série de fatores, como; culturais, primitivismo da parte dele e falta de atitude para assumir ou tomar uma decisão na vida. Acredito que a primeira coisa que você deva fazer, é conversar com ele sobre o relacionamento de vocês, de sua insatisfação em relação a ele, da falta de diálogo e de sua incerteza quanto ao futuro de ambos. O diálogo é muito importante, no relacionamento a dois, e a falta deste gera esta situação como a que vocês estão vivenciando. Mas um diálogo maduro, franco e aberto com espaço para trocas de ideias, críticas produtivas, para a resolução dos problemas e decisões do casal e da família. Pelo seu relato você vive um relacionamento pobre, sem graça e infeliz. E o seu parceiro, não se decide mesmo vocês já namorando há dois anos. Você, não o namora nem por dependência ou interesse financeiro, já que cada um tem e vive em casa própria. Parece-me que você está muito infeliz neste namoro, e se depois de você conversar com ele e ele não procurar reagir, e começar a decidir o que ele quer, talvez o melhor seja você afastar-se e procurar melhorar a sua vida. Se você continuar com dúvidas, procure ajuda psicológica, que o profissional, vai melhorar a sua auto-estima, motivá-la a você encontrar o que você deseja. Clínica de Orientação Psicológica. Tel: (28)3511-1060, (28) 9989-3561. Fernando Fiuza - psicólogo. Email: fernandoffiuza@yahoo.com.br

Editorador - Wagner Gomes Lopes Repórteres - Beatriz Caliman, Geizy Gomes e Wanderson Amorim Colaboradores - Elyan Peçanha, Regina Monteiro, Antonio Miranda, Evandro

Moreira, Moacyr Duarte, Edgard Baião, João Bicalho Curcio, Marilene Depes, Sergio Damião; Higner Mansur, Valquiria Volpato, Raphael Santana, Salmo Salazans e Elson Pereira Lacerda

Jornal Espírito Santo de FATO - CNPJ.: 06056026000138 - (28) 3515-1067 es.fato@terra.com.br - Bernardo Horta, 81, sala 101, Guandu, CEP 29.300-782 - www.jornalfato.com.br


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