Jornal ES Hoje

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N Ã O I M P O RTA C O M O A N OT Í C I A VA I C H E G A R , A G E N T E VA I E S TA R L Á PA R A L E VÁ - L A AT É V O C Ê .


Fundado em 19 de julho de 2000 por Carlos Roberto Coutinho

Vitória, 17 de julho de 2020 )) Ano XXI )) Nº 794 Edição Gratuita Semanal )) www.eshoje.com.br DIVULGAÇÃO

As boas notícias em meio a uma pandemia ESHOJE completa 20 anos e traz vinte motivos para comemorar nesses tempos desafiadores por conta da Covid-19 , como a onda de solidariedade que se formou no Estado

ESHOJE COMPLETA 20 ANOS DE NOTÍCIAS Empresário relembra um pouco do que jornal vivenciou e noticiou )) 10

IMPORTÂNCIA DE ESHOJE É RECONHECIDA Autoridades, empresários e leitores comemorarm )) 8 e 9

CASAGRANDE: CORONAVÍRUS MUDOU TODA PROGRAMAÇÃO Governador faz um balanço do ano em que a Covid-19 tem ditado a gestão )) 13


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Editorial

SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

FOTO DA SEMANA

ARTIGO

Minha história com ESHOJE

ESHOJE

Foi o Blog do Fernando Carreiro, braço virtual da coluna de mesmo nome que assinei em ES HOJE de 2009 a 2015, que deu o furo da década no jornalismo capixaba. No jargão jornalístico, “furo” é notícia publicada em primeira mão, com exclusividade.

A primeira edição de ESHOJE teve como destaque a política capixaba, cujo governador era José Ignácio Ferreira

EDITORIAL

Princípios basilares Um dos princípios basilares do Direito é o de que o juiz só se manifesta nos autos. O Brasil, lamentavelmente, rompeu com essa cultura, a partir de práticas não-republicanas do Supremo Tribunal Federal em que os ministros, quase à unanimidade, têm demonstrado o mais absoluto desrespeito pelo ordenamento jurídico. Os ministros do STF - alguns muito carentes de holofotes – decidiram se manifestar sobre tudo. E sobre todos. O resultado disso é uma crescente insatisfação no seio da sociedade civil que se aproxima perigosamente da ruptura do estado democrático de direito. Há dois fatores que expressam com muita oportunidade o sentimento do brasileiro: não querer censura e não querer ditadura. Mas também não queremos ministros do STF usurpando poderes do Executivo e Legislativo. Não é aceitável que quem tem o dever de garantir a Constituição da República seja o primeiro a violar seus preceitos. O mais preocupante é que os tentáculos do Judiciário continuam crescendo. Chegará o momento em que não haverá como estabelecer controle. Um dos exemplos mais emblemáticos do mau uso da função pública (empregado do povo) é o ministro Gilmar Mendes, que tentou atropelar as Forças

A opinião dos colunistas não reflete o posicionamento do veículo.

Armadas, ligando-as a uma forma de genocídio pandêmico. Tomou de volta uma dura nota dos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica e botou o galho dentro. Menos mal, mas seria muito melhor de deixasse de lado essa postura de falastrão que tem opinião sobre todo e qualquer assunto, porque o povo brasileiro parece cada vez menos disposto a ouvir o que ele tem a dizer. O Congresso Nacional parece ter entendido os recados. O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e o da Câmara Federal, Rodrigo Maia, entenderam que devem atuar como bombeiros, e não como os incendiários de toga. O próprio presidente Jair Bolsonaro parece não ter dúvidas de que sua verborragia é pouco ou nada produtiva para a nação. Pode até agradar à minoria fundamentalista, mas em nada contribuirão para a preservação do estado democrático brasileiro.

O mais triste nisso tudo é que considerado o quadro colocado na eleição presidencial de 2018, as perspectivas são sombrias, porque o STF dá claros sinais de que pretende violar novamente a Constituição Federal para tornar elegível, em 2022, Lula da Silva, condenado por corrupção em 2ª instância. Ainda não é possível enxergar, no conjunto de lideranças políticas, alguém que seja capaz de pacificar a nação, de reagrupar o povo e colocar ponto final no Brasil dividido em “nós contra eles e eles contra nós”. Ao contrário do que declarou em momento de rara infelicidade o ex-presidente Lula da Silva, a pandemia nunca poderá ser considerada uma bênção. Mas uma coisa é certa: o Brasil e o planeta, nunca mais serão os mesmos. O que virá daqui para a frente ninguém sabe. Fica apenas a torcida para que a nova sociedade seja mais fraterna e solidária.

No dia 24 de abril de 2010, o Blog publicava que já estava tudo certo: o governador Paulo Hartung, findando seu mandato de oito anos, retiraria o apoio à candidatura de seu vice, Ricardo Ferraço, que havia dois anos vinha sendo preparado para ser seu sucessor, para apoiar Renato Casagrande. A mudança, inimaginável por qualquer personagem que transitava pelo bastidor político àquela época, fora acertada naquela semana em uma coalizão nacional entre o então PMDB, à época siglas de Hartung e Ferraço; PSB, de Casagrande; e PT, do então presidente Lula, que trabalhava para eleger sua então ministra Dilma. A notícia alastrou-se como coqueluche. Em poucos minutos, a publicação do Blog havia circulado por todo o Espírito Santo e o Brasil, jogando luz sobre um fato até então impensado: um acordo vertical tiraria a sonhada eleição de Ricardo, em detrimento do senador Casagrande, que “subiria” um degrau na chapa. De boato – a fake news de dez anos atrás – a “barrigada”, que no Jornalismo significa que a informação fora publicada com equívocos e erros de apuração. As alcunhas foram muitas, para o forte conteúdo publicado pelo Blog. Muitos duvidaram da credibilidade daquela informação que veio de uma fonte com excelente trânsito entre os personagens narrados nessa história, mas que jamais levantaria suspeita sobre sua identidade. Um nome que vou guardar, quem sabe, para um futuro livro de memórias (ahhhh!). Dois dias depois, dúvidas e tensões à parte, o então governador Hartung convocaria uma entrevista coletiva para confirmar toda a informação que constava no texto do Blog. O candidato do Palácio Anchieta ao governo do Estado naquela eleição seria Renato Casagrande, e Ricardo Ferraço “desceria” com sua candidatura para o Senado.

Era a consagração de um Jornalismo feito com J maiúsculo e o compromisso primeiro com o leitor e a informação de bastidor exclusiva, identidade que sempre persegui e procurei imprimir durante todo o tempo em que assinei esta coluna em ES HOJE, a partir do convite que Carlos Coutinho me fez, ainda em 2009, durante um café da manhã. Nessa trajetória de vida com o jornal já se vão dez anos; metade de sua história. Nela atravessamos mudanças profundas na política: mensalão, petrolão, crises das mais diversas na Assembleia, reviravoltas na política estadual. Tudo retratado nas páginas do jornal sempre com isenção e pluralismo. Essa sempre foi a marca da linha editorial de ES HOJE. A censura nunca fez parte do trabalho da Redação nem de seus colunistas; a batalha diária pela informação exclusiva, sim. O jornalismo passa por um momento delicado em todo o mundo. Ao enfrentarmos a desinformação, herança maldita desses tempos tecnológicos modernos, prestamos mais um valioso serviço à sociedade. Esses novos tempos exigem das empresas de mídia vanguardismo e atenção às mudanças, que ocorrem de forma mais rápida e fluida. E ES HOJE sempre esteve atento às alterações na linguagem, no conteúdo e na forma. Por isso faz bem-feito o jornalismo que, como bem disse García Márquez, “é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade (...) Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são.” ES HOJE entende de jornalismo. E de paixões. Vida longa! Fernando Carreiro Jornalista

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Artigo

SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

ESHOJE, amanhã, depois, sempre Quando montamos o jornal Espírito Santo Hoje disseram que “semanário” não funcionaria, não teríamos espaço porque o Espírito Santo era terra de dois veículos, os diários. Ouvi que nunca cresceríamos. Fui chamado de maluco, mas acreditei. Começamos como um veículo quinzenal, viramos semanal e hoje somos diários, simultâneos e dinâmicos. Somos capixabas, mas estamos mundiais.

A

inda estou aprendendo a me inteirar na tecnologia e me surpreendo com cada novidade do mercado. Fico encantado com cada projeto que a equipe cria. Aliás, nesses vinte anos, muita gente passou pelo ESHOJE, mas somos cada dia mais jovens. Cabeça nova é mais aberta, assim existe uma troca entre experiência e a juventude. Dia desses, relembrando nossa história, os desafios, minhas filhas, que são meus braços direito e esquerdo – Bianca e Danieleh, e o respectivamente aqui não entra – chegaram a conclusão que ESHOJE, se fosse uma pessoa, seria mulher, preta e gay. Junto com os avanços da tecnológica, as mulheres, os negros e a diversidade de gênero fo-

ram os que mais batalharam por espaço no mercado e na sociedade. Nos sentimos assim: batalhadores constantes e incansáveis. Falar de duas décadas é reconhecer que, em muitos – quase todos – os momentos me vi desafiado. Pais aprendem a paternidade na prática, e esse filho, o jornal, passou por tantas fases, tantos planos, governos, períodos, em que as provações foram inúmeras. Eu, que gosto do papel-jornal demorei a perceber e aceitar que ele estava perdendo espaço para as telas de todos os tamanhos. Relutei, mas tenho aprendido que fora da folha na mão, as possibilidades são maiores e fazem romper barreiras. Lembro que sempre dizia: o jornal que chega após às 9 horas da manhã não é

mais lido. Hoje sei que a informação é o tempo inteiro. Outra coisa que ainda estou aprendendo: o assunto que me interessa não é unanimidade. No início a política era o foco, e eu tinha certeza – ah, as certezas! – isso era o interesse maior da sociedade. Política partidária tem seu peso, mas o que vemos, dia após dia, é que a política social, as ações das pessoas, é que atraem as atenções. O ibope está no que mexe com a sociedade. Comecei esse artigo lembrando o quanto fui criticado por fundar o jornal Espírito Santo Hoje, mas nesses vinte anos vimos os periódicos e independentes nascerem, crescerem, uns ficaram e outras pararam no caminho. Nós se-

guimos porque a prioridade de ESHOJE é trabalhar com ética, autonomia, independência e profissionalismo. Nos dias de hoje, em meio à pandemia de um vírus que colocou o mundo em guerra contra um desc o n h e c i d o, m a i s d o q u e nunca, tenho a certeza que a loucura de duas décadas atrás, tinha mais do que o meu desejo. Nossa missão é confirmada num período onde o grande aliado da sociedade (capixaba, brasileira, mundial) é a informação. Me orgulho de ter distribuído cada número, de mão e mão, de porta em porta. Sempre gostei de ver as pessoas recebendo, abrindo, lendo e até criticando. Me orgulho de cada número, de nunca ter ven-

dido matéria, de cada anunciante. Os empresários que acreditaram em mim, no ESHOJE, em nosso trabalho, nunca serão esquecidos. Nunca fiz nada sozinho. Quando completamos 15 anos fui questionado a notícia que eu gostaria de dar: ainda não conseguimos, mas terei essa alegria: professores satisfeitos. Na minha época era um grande crime desrespeitar professor, e os que estão vivos, quando passo por eles, tenho o mesmo respeito. O jornalismo que desejo é sempre parceiro da educação.

Carlos Roberto Coutinho Fundador de ESHOJE

20 anos de jornalismo e consolidação da democracia sempre A trajetória do ESHOJE se confunde com a recente fase de crescimento e desenvolvimento da Grande Vitória e se mostra a importância de um veículo independente na construção de nossa sociedade. Nesses vinte anos de existência do ES Hoje, o fazer jornalismo mudou muito. Com a digitalização dos processos e principalmente da audiência. Mas sempre sendo fundamental para o cidadão entender os fatos, principalmente os tantos acontecimentos econômicos, políticos e culturais em nossa sociedade. Nesse período, o jornalismo capixaba ganhou impulso com um veículo, que já surgiu Pioneiro. Além de somar aos demais existentes, o ES Hoje estava disponível semanalmente e de forma gratuita em vários pontos da Grande Vitória para que a população no geral pudes-

se se atualizar com informação de qualidade dos principais acontecimentos. Mais tarde, essas informações também passaram a estar em um site, também um dos pioneiros no ES, trazendo notícias do nosso dia a dia. Apesar de todas as mudanças na produção da notícia, com as facilidades que as tecnologias nos trouxeram, o jornalismo deve e precisa seguir os mesmos padrões éticos. A notícia não muda, o que se altera são as plataformas e os recursos adicionais que passaram a ser oferecidos. Isso que são importantes para um grupo de comunicação. Entender e utilizar es-

sas novas ferramentas para fortalecer o conteúdo oferecido, agregando ainda mais elementos em suas publicações, enriquecendo as notícias e principalmente contribuindo para a consolidação da democracia. Nesses tempos de pandemia e de inverdades, o jornalismo se sobressai e se torna ainda mais fundamental para a sociedade a presença de veículos de informação consolidados que desdobrem os acontecimentos trazendo as verdades dos fatos. Ao mesmo tempo em que vemos um boom de inverdades, com audiência crescente em redes sociais, o jorna-

lismo também tem se fortalecido ao mostrar-se capaz de combater a propagação de mentiras, sendo cada vez mais buscado por cidadãos que duvidam das divulgações nas redes e checam nos veículos tradicionais. O bom jornalismo não morreu e nunca irá morrer. Mudanças já ocorreram e continuarão a acontecer. Mas o desenvolvimento social mostra-se diretamente ligado à necessidade de uma sociedade da informação. Vale inclusive lembrar que o direito à informação é um preceito universal. Por isso é preciso sempre fortalecer o jornalismo de qualidade, ético e com o compromisso

com a verdade. Parabéns a cada um dos jornalistas e todos os profissionais que atuam ou já passaram pelo veículo. Parabéns à Família Coutinho que se consolidou como uma família jornalística, preocupada inclusive na formação e qualificação para fortalecer a imprensa. E que o ES Hoje continue sempre presente no dia a dia dos capixabas, fortalecendo nosso jornalismo e a democracia!

Douglas Dantas Coordenador geral do Sindijornalistas

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Geral

SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

Boas notícias da pandemia Ainda que os tempos sejam desafiadores, ESHOJE traz vinte coisas que deve ser celebradas LUCAS MULINI

GUSTAVO GOUVÊA gustavo@eshoje.com.br

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senso comum diz que até as coisas ruins têm o seu lado bom. Mesmo um vírus mortal, como o novo coronavírus (Covid-19) têm ensinado coisas valiosas à humanidade e, neste sentido, ESHOJE resolveu dedicar uma boa notícia ou lição que pandemia nos trouxe para cada velinha apagada no decorrer desses 20 anos. Vamos lá! A FAMÍLIA CRESCEU No dia 30 de abril, o casal Larissa e Gabriel Rosa compartilhava com o mundo a notícia: a família iria aumentar! Em meio a um momento de tantas perdas, eis que o milagre da vida chega para trazer um novo colorido. Helena é a primeira herdeira do casal e a primeira neta de ambas as famílias estendidas. “Sem dúvida gerar um filho em qualquer momento da vida é um privilégio, é maravilhoso. A gente está realmente muito feliz e a maior alegria que podemos ter nesse momento da quarentena é estarmos com saúde e nossa família também. Graças a Deus a gente não teve nenhum caso de Covid-19 na família. Minha gravidez está sendo tranquila, mantendo o máximo de isolamento possível”, afirmou a mamãe Larissa, que deve dar Helena à luz no mês de outubro. A SOLIDARIEDADE BRILHOU No momento em que muitas pessoas tiveram dificuldades para suprir suas necessidades básicas por perderem seus empregos formais ou a fonte de renda como autônomos, voluntários por todo Espírito Santo deram as mãos para ajudar quem mais precisou. Prin-

Em meio a tantas incertezas e medos, uma alegria na vida das famílias de Larissa e Gabriel Rosa: o casal está à espera de uma menina

cipalmente cestas básicas e produtos de higiene pessoal foram distribuídos por grupos diversos nas comunidades capixabas. Centenas de famílias necessitadas na região do Território do Bem, que inclui nove bairros, entre eles o Bairro da Penha, Gurigica, São Benedito e Consolação, foram contempladas com os alimentos e produtos arrecadados através da campanha “Favela Contra o Corona Vírus”, desenvolvida por jovens integrantes de movimentos sociais. “Atendemos as pessoas a partir do levantamento das necessidades. Fazemos um cadastro simples e analisamos a urgência da DIVULGAÇÃO

Projeto tem ajudado famílias na periferia de Vitória com alimentos

pessoa. Fazemos o que nos toca e o que nos cabe enquanto cidadãos”, explica Suellen Cruz, integrante do Fórum Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), que integrou o projeto. ADOÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Quem é que está sempre de bom humor e querendo agradar os outros? Para os humanos isso não é possível, mas os bichinhos de estimação são especialistas. Esse foi o principal motivo do crescimento da adoção dos bichos, sobretudo cães, durante a pandemia, ajudando a aliviar o stress durante o confinamento. O abrigo Vira Lata Vira Luxo realizou a Feira de Adoção AU-Line, formato encontrado diante das medidas de isolamento social e os responsáveis ficaram surpresos com as adoções. “Já estávamos percebendo que desde o início da quarentena houve uma procura maior para adoções. Acreditamos que esta é uma boa oportunidade para quem está em busca de um novo integrante para a família e conta com tempo livre para ajudar no processo de adaptação do animalzinho”, afirma Teresa Lopes, coordenadora de adoções do abrigo. DESCOBERTA DE TALENTOS As dificuldades financeiras trazidas pela pandemia a todos os setores levaram as pessoas a buscarem novas fontes de renda e, de preferência, rápido. Dessa forma, a universitária Camila Alomba, 30, começou a explorar seu talento culinário – que antes usava para benefício próprio ou para ajudar a cobrir despesas pequenas – como

principal forma de renda, dando origem ao “Casadinhos do Amor”. “Com a pandemia o nosso orçamento diminuiu bastante e a venda de biscoitos casadinhos se tornou a nossa renda, nascendo assim o @casadinhosdoamor. Inovamos e, além do sabor tradicional, em breve lançaremos novos sabores”, explicou ela, que tornou o produto ainda mais atrativo explorando outro talento que tem: a escrita. “Para nos aproximar de nossos clientes fazemos cartinhas personalizadas escritas à mão. Muitas pessoas pedem os produtos para presentear e, ao receber, os destinatários se sentem muito amados. E esse feedback tem tudo a ver com o que queremos passar: amor em forma de casadinhos”, finaliza. TEMPO DE QUALIDADE COM A FAMÍLIA Mãe dos gêmeos Davi e João, de um ano, a assistente social Ludmila Barbosa afirma que, em meio às dificuldades e desafios do isolamento social, poder trabalhar em home-office tem as suas vantagens. Além do seu trabalho, ela ainda se divide entre os serviços domésticos, estudos e atividades do mestrado que cursa e à atenção à família. Neste sentido, ter mais tempo com o marido e com os filhos é a maior bênção. “Estou acompanhando fases do desenvolvimento dos meninos que não estaria acompanhando se tivesse que sair (para trabalhar). Nesse tempo eles começaram a andar, tentam correr, conversam entre si, são muita gargalhada juntos, brigam disputando brinquedo, aprendem coisas novas a cada dia. Poder acompanhar esse desenvol-

vimento e ter ciência do que acontece é importante para a educação. E isso seria muito difícil se não estivesse em casa”, afirma ela, que divide os afazeres domésticos e cuidado das crianças com o marido Marcos, que é autônomo. EMPATIA ENTRE VIZINHOS É algo intrigante o fato de que sentir a dor do outro e tomar uma atitude para amenizá-la, venha de onde menos se tem para oferecer materialmente: das favelas e comunidades. Em compensação, em empatia e solidariedade elas são campeãs. Enquanto 49% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação durante a pandemia do novo coronavírus, esse índice atingiu 63% nas favelas do país, segundo a pesquisa Pandemia na Favela, realizada pelo Data Favela, parceria do Instituto Locomotiva, da Central Única das Favelas (CUFA) e da Favela Holding. No Espírito Santo, 12.500 famílias capixabas, moradoras de comunidades, haviam sido beneficiadas por ações de combate à Covid-19 até o fim de junho. E, ao receberem, muitas compartilharam o que ganharam. “As famílias beneficiadas pelas ações partilham as doações com outras famílias que não estão cadastradas no projeto. Doam o pouco que tem. Mesmo na dificuldade, se preocupam com que a comunidade alcance dignidade. Estão todos no mesmo barco, portanto, dividem um copo de óleo que seja. Vizinhos cuidam dos filhos de quem trabalha, e assim vai. Se preocupam uns com os outros”, afirma o presidente estadual da CUFA no Espírito Santo, Gabriel Costa.


MELHORA DA QUALIDADE DO AR NA GRANDE VITÓRIA Somente um isolamento social para frear os índices de poluição atmosférica no Espírito Santo e em várias outras partes do mundo. De acordo com estudo realizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) a presença de poluentes atmosféricos caiu consideravelmente na Região Metropolitana da Grande Vitória, sobretudo em função da diminuição da circulação de veículos e da atividade industrial. A pesquisa detectou que, durante o isolamento social, os níveis de monóxido de nitrogênio (NO), que é emitido pelas metalúrgicas e mineradoras, e também pelos veículos automotores, tiveram queda de 65%. O monóxido de carbono (CO) e o dióxido de nitrogênio (NO2) tiveram redução de 34% e 24% respectivamente. Já as partículas inaláveis MP10 tiveram queda de 23%. “O ar teve uma melhora significativa. Tivemos uma redução da mobilidade das pessoas e são gases ligados à combustão relacionados ao tráfego de veículos, do motor de combustão, e mesmo à indústria, que teve uma redução da atividade. Esses são os dois fatores que acreditamos serem os responsáveis pela diminuição na poluição atmosférica”, aponta Ademir Barbosa, secretário de Meio Ambiente de Vitória. VALORIZAÇÃO DOS PRODUTOS CAPIXABAS O empresariado capixaba foi altamente impactado pelo isolamento social, e, diante disso, o senso de coletividade os levou a olharem de modo especial para a necessidade dos que geram renda e empregos no ES. Com o lema “capixaba consome dos capixabas”, projeto desenvolvido pelo cafeicultor e empresário Egídio Malanquini, tem levado os capixabas ao consumo interno. “Quando se compra um produto de dentro do Espírito Santo, você valoriza, gerando riqueDIVULGAÇÃO

O teste rápido reduzirá a demanda pelos testes de tipo PCR

Valério Barauna, coordenador do projeto realizado pela Ufes

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Geral

SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

DIVULGAÇÃO

O selo criado por diversas entidades visa levar os capixabas a priorizarem o que é produzido pela indústria do Espírito Santo

za e renda. Muitas pequenas e medias indústrias e estabelecimentos comerciais fecharam por causa da pandemia. Então, mais do que nunca temos que mudar a cultura de quem mora no Estado, para comprar o produto produzido aqui. Estamos em meio a uma verdadeira guerra, e se fizermos o dinheiro circular na região, manteremos a economia”, explicou Malanquini. Pouco tempo depois, no dia 16 de abril, a Câmara Setorial de Alimentos e Bebidas da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo), lançou o Selo Produto 100% Capixaba. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento e a competitividade das indústrias do setor de alimentos e bebidas, identificando produtos feitos integralmente no Espírito Santo. TESTES RÁPIDOS E BARATOS Em meio à pandemia, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mostrou porquê é considerada uma das mais relevantes para a produção científica em todo o Brasil. Os pesquisadores da Universidade desenvolveram testes rápidos e baratos para detectar o novo coronavírus (Covid-19). No final de junho, o Departamento de Ciências Fisiológicas da Ufes anunciou um exame que detecta o vírus em dois minutos a partir da análise da saliva. Enquanto os exames laboratoriais para a detecção do vírus custam em média R$ 180, os testes da Ufes custarão de R$ 50 a R$ 75 para entidades públicas e privadas. “Por meio de programa de computador, a leitura será automática, como de uma impressão digital”, explicou o professor Valério Barauna, coordenador do projeto. A eficácia de detecção do novo coronavírus é de 87% e o teste reduzirá a demanda pelos testes de tipo PCR. Os pesquisadores do Laboratório Nanomateriais Funcionais do Departamento de Morfologias da

Ufes, em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Campus Serra e com o apoio da Federação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES), também estão desenvolvendo um teste mais barato.

Quando se compra um produto de dentro do ES, você valoriza e gera riqueza

Egídio Malanquini, empresário

“Hoje o teste está no mercado por até R$ 250. É uma tecnologia local, de menor custo e maior sustentabilidade. Um teste simples, com o resultado estimado de 3 a 4 minutos”, explica o professor da Ufes, Jairo de Oliveira. CIÊNCIA CAPIXABA NO COMBATE À COVID-19 Foram muitos os projetos científicos e também sociais desenvolvidos pela comunidade acadêmica capixaba durante a pandemia do novo coronavírus. Pesquisadores da Ufes também desenvolveram uma câmara com lâmpadas que geram radiação ultravioleta capaz de destruir microrganismos, inclusive o novo coronavírus. O primeiro protótipo, batizado de Covidkiller, já está sendo utilizado na desinfecção de equipamentos hospitalares. Segundo o professor do curso de Engenharia Elétrica da Ufes, Celso Munaro, a radiação com UV-C tem o potencial de danificar o DNA do vírus. “Ele perde a capacidade de se reproduzir, logo, não pode infectar ninguém”. Além das dezenas de iniciativas científicas, os membros da comunidade acadêmica da Ufes também se envolveram em inúmeras iniciativas sociais. Distribuição de cestas básicas e kits de higiene, minicur-

sos online em diversas áreas do conhecimento, atendimentos online de suporte à saúde mental, debates online sobre assuntos relevantes em tempos de pandemia, realização de eventos digitais e campanhas para ajudar família necessitadas foram algumas das iniciativas promovidas pela Universidade. ARTE MAIS VALORIZADA Ficar em casa, sem poder sair, elevou os índices de stress da população em geral, culminando, inclusive, em consumo maior de remédios antidepressivos. Outro “remédio”, que sempre esteve disponível, mas que era pouco valorizado pelas pessoas é a arte. Em tempos de pandemia, pôde-se perceber o quanto a arte é importante e até necessária para equilibrar a vida das pessoas. Seja assistindo filmes e séries, seja curtindo as lives dos artistas, o papel terapêutico da arte foi aflorado em tempos de Covid-19. O “Bloco do Amor”, por exemplo, uniu o útil ao agradável, levando muita música aos moradores do bairro de Jardim Camburi, em Vitória, no trio elétrico e arrecadando alimentos para famílias necessitadas. “A realização teve esse intuito de levar diversão às pessoas, às famílias, durante esse tempo que estão mais em casa, mais sensíveis, diante deste problema que afetou a todos. E também é uma questão de solidariedade, arrecadando doações para as famílias”, afirmou o músico Sávio Oliveira. PRODUTORES RURAIS APRENDEM NOVAS TECNOLOGIAS DE VENDA Durante algum tempo as feiras livres ficaram proibidas em alguns municípios, o que levou vários produtores rurais do Espírito Santo a buscarem novos canais de venda, sobretudo a partir da tecnologia. O diretor do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Ex-

tensão Rural (Incaper), Cleber Guerra, afirmou que os primeiros dias de pandemia foram benéficos aos agricultores no intuito de criar novas possibilidades. “Esses dias os forçou a criar novos canais de vendas, diminuindo a intermediação e aproximando-os dos consumidores. Assim, passaram a fazer entregas em casa, através do sistema “delivery”, com uso do WhatsApp e das redes sociais, além do despertar para uma ação mais associativa”, explicou Guerra, que acredita que isso será mantido. REPRODUÇÃO DA INTERNET

Levamos diversão para as pessoas não saírem de casa, e buscamos ajuda Sávio Oliveira, músico

O feirante Kevin Andrade implementou o delivery. “Vivemos só da feira, não temos renda extra. Então com a queda das vendas, o delivery nos ajudou muito”, ressaltou.


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No ES mais curados do que óbitos

ARQUIVO PESSOAL

A vitória sobre a Covid-19 tem sido maior do que o número de mortes, apontam pesquisas

H

ugo Régis da Silva foi um dos primeiros curados da Covid-19 no Espírito Santo. Hipertenso, acima do peso, com problemas respiratório e renal, o aposentado recebeu alta no dia 2 de maio, após 15 dias internado, 12 deles na UTI, e foi recebido com muita festa e emoção pelos familiares. “Ficamos em êxtase. A volta dele pra casa foi cheia de emoção, uma choradeira. Mesmo que quiséssemos ser incrédulos, não teríamos como descartar o milagre. Os próprios médicos estavam maravilhados e não conseguiram explicar sua saída rápida. Todos falaram a mesma coisa: ‘senhor Hugo

é um caso atípico’, mas o atípico, é típico do milagre”, descreveu emocionada Christiane Bersot, filha do aposentado. HOSPEDAGEM SOLIDÁRIA A atenção e o cuidado aos idosos também foram aflorados em meio à pandemia do novo coronavírus, já que eles faziam parte do grupo de risco e foram as principais vítimas da doença. A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) da Serra realizou ações de prevenção contra o vírus nos asilos do município, realizando testes em mais de 250 idosos e realizando a hospedagem solidária nos que testaram positivo.

Hugo venceu o vírus e comemorou voltando para sua casa

Os idosos contaminados pela Covid-19 são isolados por tempo determinado no hotel Praia Sol, em Nova Almeida, recebendo todo o tratamento necessário. Após esse período, é feita uma reintegração social e novos testes serão realizados. “Quando testei positivo para a Covid-19, fiquei assustada. A prefeitura me levou para o isola-

mento no hotel e consegui me recuperar, graças a Deus. Eu nunca perdi as esperanças”, disse Dalva Pereira Luceno, de 80 anos, após superar o novo coronavírus durante período de isolamento na hospedagem solidária oferecida pela prefeitura. CAMISA ANTIVIRAL É possível aliar moda e prote-

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ção contra o maior vilão da saúde no momento. Foi o que fez uma marca capixaba, que desenvolveu camisetas e máscaras antivirais. Estima-se que o vírus causador da Covid-19 resista por cerca de seis até oito horas nas roupas. Mas, com a nova tecnologia do tecido, que possui uma concentração de íons de prata, o empresário Lucas Izoton afirma que a vida do novo coronavírus é de um minuto nas novas camisetas e máscaras da marca. E elas protegem não só contra o SARS-CoV-2, mas também contra o vírus da herpes, da influenza e contra determinados fungos e bactérias. “Quando a tecelagem confirmou a eficiência do tecido com os testes de laboratórios conceituados em Santa Catarina, São Paulo, inclusive da Unicamp, resolvemos lançar essa coleção de camisetas e máscaras para nossos clientes de todo Brasil”, explicou Izoton. Ele esclareceu que a tecnologia do tecido promove a ruptura da membrana protetora e inibe o crescimento e a persistência do coronavírus e dos demais vírus e bactérias e que o acabamento antiviral tem a eficácia comprovada seguindo as normas ISO 18184 (teste antiviral) e AATCC (teste antibacteriano). Os testes comprovaram eficácia de 99,9% de proteção contra o vírus, e essa proteção dura 30 lavagens.

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SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

DIVULGAÇÃO

CULTOS E CERIMÔNIAS RELIGIOSAS EM CASA É impossível negar que o isolamento social uniu mais a família, pelo menos aquelas que sabem valorizar a bênção que é ser, de fato, família. Além de todas as demais atividades, parte das atividades espirituais nas igrejas, sobretudo missas e cultos, que eram realizadas nos templos passaram a ser transmitidos online. E dentro das casas. “A ideia é sempre que estejamos em família, nos reunindo em um tempo devocional, buscando a Deus e partilhando a esperança. Além disso, incentivamos ações como enviar mensagem de esperança e salvação a amigos e familiares, compartilhar um bolo ou doce com o vizinho e orar pela pessoa nesse momento, levando a esperança que é Jesus Cristo”, explicou Diego Bravim, que é diretor-geral da Convenção Batista do Espírito Santo.

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A ideia é sempre que estejamos em família, nos reunindo

Diego Bravim, pastor

AMPLIAÇÃO DOS NEGÓCIOS Em meio à pandemia diversos profissionais liberais começaram a realizar o teletrabalho e se utilizar de outros meios que muito provavelmente se perpetuarão no pós-pandemia, já que as novas práticas têm dado certo. “Para os pacientes que não podem se deslocar e que estão em isolamento social, as consultas são por meio de chamadas de vídeo. Dessa forma é possível ver a lesão na pele e, se for o caso, peço para enviar fotos. É um recurso muito importante para este momento”, afirmou a médica dermatologista Patrícia Friço, que também atende presencialmente. A equipe da joalheria Dorion Soares aumentou os atendimento por meio das redes sociais. “A ideia é levar o nosso produto até a casa do cliente, sem que ele precise se deslocar”, explicou o designer. A psicóloga e psicanalista Cássia Rodrigues também viu a necessidade de fazer atendimentos pela internet. Além das consultas individuais, a profissional se adaptou as aulas que ministra para uma plataforma virtual. “No Instituto Cássia Rodrigues dou aulas de formação em Psicanálise. Antes dessa pandemia todas eram presenciais, mas, depois do decreto transferir tudo para uma plataforma de reuniões virtuais”. INDÚSTRIA SE UNE PARA PRODUZIR EPIS ANTIVIRAIS Mesmo sendo fortemente impactado pela redução da atividade econômica, o setor da indústria têxtil e de confecções ca-

Sem poder ir às igrejas, as famílias se fizeram presentes com fotos, como na Paróquia São Camilo, e celebraram em suas casas GIOVANI PAGOTTO/SECOM-ES

pixaba, a partir da Câmara do Vestuário da Findes, desenvolveu um modelo de negócios inovador e sustentável, para a produção de grandes volumes de equipamentos de proteção individual, com garantia de qualidade e preços competitivos. DIVULGAÇÃO

O projeto uniu empresas do segmento para atuação conjunta e produção de máscaras

Paulo Roberto, empresário

“O projeto teve por objetivo unir as empresas do segmento para uma atuação conjunta na produção e comercialização de EPIs, principalmente máscaras e aventais. É o projeto SAFE”, explicou o empresário e conselheiro da Câmara do Vestuário, Paulo Roberto Almeida Vieira. O projeto envolveu mais de 40 indústrias capixabas do setor de vestuário, que se adaptaram para a fabricação de máscaras, tocas, aventais, jalecos e capotes, atendendo as demandas do Governo do Estado e de grandes empresas locais. GRANDES EMPRESAS CAPIXABAS DOAM CIFRAS MILIONÁRIAS NO COMBATE À COVID-19 Em sua edição nº 78, a Revista Forbes apresentou o balanço das doações feitas no Brasil para combater o novo coronavírus (Covid-19), que contabilizaram R$ 5,4 bilhões, resultados de ações de 346.266 doadores. Na lista das 100 empresas que mais fizeram doações para combater o vírus no país, a Vale aparece em segundo lugar, tendo doado, no País, R$ 500 milhões. A empresa comprou na China mais de 600 toneladas de insumos – kits de teste rápido e equipamentos de proteção individual (EPIs) – para apoiar o governo federal e os estados onde mantém operações (MG, PA, MA, ES, MS e RJ) no combate à disseminação do

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REGIÕES DO ES contempladas em projetos

novo coronavírus. Esta ajuda emergencial, representou um investimento de R$ 223,3 milhões. A empresa ainda ajudou na construção de hospitais de campanha; reformas de hospitais; compras de equipamentos, como ventiladores, camas hospitalares e monitores; doação de materiais de limpeza, incluindo 100 toneladas de álcool gel, dentre outras doações. Através de edital, a Suzano também destinou um aporte de R$ 500 mil a ações diversas de prevenção à Covid-19 e de geração de renda no objetivo de atender às necessidades da população, sobretudo das comunidades, contemplando 100 projetos em 15 regiões diferentes do Espírito Santo. NOVOS LEITOS QUE FICARÃO COMO LEGADO DA PANDEMIA Mesmo em meio à toda pressão por um hospital de campanha no Espírito Santo, o governo optou por ampliar leitos nos hospitais próprios ou filantrópicos em todo o Estado. Para o governador Rena-

A ampliação dos hospitais vai deixar um legado após a pandemia

Renato Casagrande, governador

to Casagrande, este é um legado que o Estado poderá aproveitar após a pandemia para aliviar o problema da saúde pública. “Para enfrentar a Covid, optamos pela ampliação dos hospitais próprios/filantrópicos. Isso deixará um legado de leitos equipados pós pandemia. Os hospitais de campanha, que não descartamos, são soluções temporárias. Já abrimos 1.305 leitos o que equivale a 13 hospitais de campanha”, disse.


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Mensagens de aniversário

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É profundamente gratificante registrar que o ESHOJE, partindo de uma reconhecida liderança como veículo independente, conquistou no tempo e no espaço nos últimos 20 anos a posição de um órgão inteiramente vestido da importância que caracteriza a grande imprensa. Na esteira de seu tempo, com inegável coragem gráfica e redacional, tem formado uma geração de excelentes profissionais, marcando a sua presença nas mais importantes plataformas da moderna comunicação. Com capacidade, independência e profundo respeito pela verdade, premiando sua imensa legião de leitores com a certeza de que sua voluntariosa equipe jamais se afastou das melhores práticas jornalísticas. Dignificando a garra do seu fundador, Carlos Roberto Coutinho . Sem fofocar, ESHOJE veio para ficar.

Cacau Monjardim, Colunista de ESHOJE

Informar com qualidade e isenção é a marca do ESHOJE há 20 anos. Um jornal que teve início na virada do século e, desde então, está ao lado do capixaba. Noticiou fatos marcantes ao longo desses 20 anos. Pela segunda vez estou como governador dos capixabas e vejo o quão importante é a comunicação das ações. Um veículo que cresce diariamente, se moderniza com o tempo e já faz parte do cotidiano do capixaba. Parabéns, ESHOJE! Que possamos comemorar muitos anos, seja pelas páginas impressas ou nas virtuais.

Renato Casagrande, Governador do Espírito Santo

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Parabenizo, em nome do Poder Judiciário Estadual, o jornal ESHOJE, pelos vinte anos de trabalho dedicados a levar informação e conteúdo de qualidade à população capixaba.

Gonçalves de Sousa, Presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo

O jornalismo sério e comprometido com a verdade, em especial neste momento de grave crise que atravessamos, fortalece a democracia. Parabéns jornal ESHOJE pelos 20 anos de história e responsabilidade com o capixaba. Rodrigo Chamoun, Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo

Parabéns a toda equipe do ESHOJE por completar 20 anos!!!!! Um jornalismo dinâmico e atualizado nas ferramentas digitais. Uma opção, um pouco de vista diferente e crítico dos temas do Espírito Santo. Obrigado pelas informações atualizadas e relevantes sobre o nosso estado!

Giovani Abranches, Leitor de ESHOJE

Felicito a equipe do jornal ESHOJE, que completa 20 anos neste 19 de julho, e se consolida como fonte de informação relevante e confiável para todos os segmentos da sociedade capixaba, em especial para aqueles que buscam empreender no Espírito Santo. Parabéns!

Pedro Rigo , Superintendente do Sebrae/ES


Mensagens de aniversário

SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020

A imprensa cumpre um papel relevante nos regimes democráticos. É ela que exerce a mediação entre os fatos e a população, informando, contextualizando e interpretando os acontecimentos. É ela que dá voz as mais variadas correntes de opinião. É ela que assegura aos cidadãos o acesso à informação, direito esse consagrado na Constituição Brasileira de 1988. Não é por outra razão que a imprensa é considerada uma das maiores conquistas da civilização. Uma missão tão relevante está, contudo, sujeita a enfrentar inúmeros obstáculos. Desde aqueles próprios da livre iniciativa em um mercado altamente competitivo – como a necessidade de estar frequentemente atualizada para acompanhar a rápida evolução da tecnologia da comunicação – até a incompreensão dos que não se conformam em ver divulgadas informações que preferiam permanecer escondidas para não prejudicar os seus interesses nem sempre legítimos. É por isso que a liberdade de expressão e a imprensa livre são tão essenciais no aperfeiçoamento dos regimes democráticos. É também por isso que tais princípios – que têm por base a liberdade – são tão demonizados pelos regimes autoritários. Esses são os motivos que nos levam a registrar as nossas mais efusivas congratulações à equipe do ESHOJE nas comemorações dos seus 20 anos de existência. Os nossos votos são os de que a esses 20 anos de conquistas se juntem muitos outros porque cada ano completado por um veículo de comunicação corresponde a um ano a mais do exercício da liberdade de expressão e dos princípios que regem a nossa crença democrática.

Julio Cesar Santana Fernandes Presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Espírito Santo

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Historicamente, a comunicação é uma das principais estratégias para o processo de transformação do mundo e das pessoas. E fazer isso com ética, compromisso com a sociedade e com conteúdo de qualidade é o que o ES HOJE faz há 20 anos. O comprometimento com a entrega de notícias nos mais diversos formatos, nutre o capixaba de conhecimento para enfrentar os desafios e auxilia o mercado para tomada de decisões. Em nome das agências de publicidade e propaganda do Espírito Santo, agradeço ao ESHOJE pelos 20 anos de conteúdo relevante e pela valorização do mercado local. Parabéns pela data e que venham mais muitos anos de sucesso. Alexandre Pedroni, Presidente Sindicato das Agências de Propaganda do Espírito Santo

Em um momento em que a mídia oferece um serviço inestimável de prestação de serviço nesse difícil momento que estamos enfrentando, de pandemia com reflexos perversos em todos os setores, parabenizar o ESHOJE pelos seus 20 anos de atuação, é uma oportunidade que só tenho a agradecer. O ESHOJE sempre se apresentou como uma referência para todos nós e, ao longo dessas duas décadas, vem ajudando a construir uma sociedade cada vez mais justa e democrática. Com muita ética, imparcialidade e transparência, nunca deixando de ouvir as partes, como requer o bom jornalismo, o ESHOJE tem contribuído para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo. Meus parabéns a toda equipe e que venham muitas outras décadas de bom jornalismo.

Erick Musso, Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

“ “

São 20 anos contando os principais acontecimentos do Espírito Santo: esse é o resumo da história do ESHOJE, conduzido pela jornalista Danieleh Coutinho, que executa seu trabalho com brilhantismo. Parabéns ao jornal ESHOJE e que venham muitos outros 20 anos pela frente!. Gilson Daniel Batista, Prefeito de Viana e presidente da Amunes

A Fecomércio Espírito Santo parabeniza o Jornal ES Hoje pelos 20 anos cumprindo sua função social em informar com responsabilidade, mantendo valores, além do compromisso ético com os capixabas. O ESHOJE sempre se pautou pelo interesse da sociedade, cobrindo e destacando temas relevantes para a população e setores econômicos. Claro, sempre lembrando do comércio, serviços e turismo, relatando as situações dos setores, ora identificando as dificuldades, ora ressaltando as oportunidades e negócios gerados que fomentam as receitas e também os empregos, fortalecendo representatividade dos 81% dos estabelecimentos formais do Estado, que fazem a economia e o Estado girarem. José Lino Sepulcri , Presidente Sistema Fecomércio-ES


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Especial

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Vinte anos vivendo o estado capixaba

Eles, e elas, ganharam voz, mas lutaram muito

Alguns fatos foram marcantes no estado capixaba durante esta primeira etapa da trajetória do ESHOJE

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ontar 20 anos de história é contar a história dos últimos 20 anos do estado do Espírito Santo. Nesta edição comemorativa trazemos um pouco do que vimos, vivenciamos e noticiamos no estado capixaba. No ano de 2000, mais precisamente em julho daquele ano, o ES vivia uma política conturbada sob investigações. Nas últimas duas décadas o estado teve três governadores, sendo que o primeiro da história do jornal Espírito Santo Hoje, já estava no poder quando a primeira edição foi impressa, em 19 de julho de 2020. O advogado José Ignácio Ferreira (1999 a 2002), naquela época, tinha uma gestão impopular, acusado de corrupção e quando deixou a sede do poder Executivo estadual, Palácio José de Anchieta, encerrou sua vida política. Ao longo de toda história capixaba, noticiada por ESHOJE, os governadores foram Paulo Hartung e Renato Casagrande, que já foram aliados. No Brasil, a política viveu os momentos mais distintos, entre a gestão do sociólogo Fernando Henrique Cardoso (FHC), passando pela inédita e duradoura gestão PT, com Lula da Silva e Dilma Rousseff, até o atual Governo Jair Bolsonaro. Nada tão simples, pois nesta trajetória política o país viveu o segundo impeachment de sua história, com a retirada da petista Dilma e o retorno, após mais de trinta anos, de um militar – ainda que da reserva – no comando do país. Além disso, de forma inédita ex-presidentes foram presos pela histórica

ESHOJE

Desde a fundação de ESHOJE dois governadores foram eleitos: Paulo Hartung e Renato Casagrande

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FORAM PRESOS durante a Operação Naufrágio no TJES em 2008

Operação Lava Jato (Lula e Michel Temer). Do ano dois mil para cá, o povo brasileiro – e o capixaba não se furtou – se uniu em uma on-

da de reações por protestos, paralisando vias e instituições. O “gigante acordou” indo às ruas e buscando mudar a realidade em todas as instituições. Os políticos tradicionais e antigos, cada vez mais, têm perdido espaço para perfis surgidos longe das asas partidárias. Negros, mulheres, gays, jovens, criados em diversas regiões. OPERAÇÕES Ações das polícias (Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal) e Ministérios Públicos (estadual e federal), nos últimos anos mexeram com a socieda-

de diretamente. Desbarataram esquemas nacionais de desvio de verbas públicas, ações criminosas que tiraram vidas e sustentos. A Naufrágio, no Espírito Santo, levou a aposentadoria compulsória – a mais severa punição da magistratura – juízes e desembargadores. E puniu, ainda, advogados. Foram condenados delegados e coronéis envolvidos em esquemas de crimes e desvios de verbas públicas ligadas aos jogos de azar, comércio de combustível, desmatamento, tráfico de drogas, guinchos de veículos.

Obras que viraram novelas na história do Brasil, somente Brasília foi feita “50 anos em cinco”, no governo Juscelino Kubitschek, dentro do plano de ação cuja marca foi o desenvolvimentismo. De lá para cá o país viu obras se arrastando como verdadeiras novelas, onde o enredo de fundo era o dinheiro público saindo pelo ralo do Caixa 2. No Espírito Santo, ao longo do que ESHOJE vivenciou e noticiou, duas ficaram marcadas. A primeira foi a do Terminal Aeroportuário Eurico Salles. O aeroporto de Vitória teve o primeiro capítulo dessa história

em 2002, quando o Governo Lula anunciou que a capital capixaba teria um novo terminal aeroportuário. No projeto, inicial, o investimento seria na casa dos R$ 120 milhões cujas melhorias atenderiam às demandas dos passageiros e cargas, num padrão internacional. Mas a promessa só foi cumprida em março de 2018. Na cultura acompanhamos de perto a restauração do Museu Capixaba do Negro. O Mucane teve verba e lei aprovadas no ano de 2007 para reforma, mas sua reinauguração só

ARQUIVO ESHOJE

Mucane: obra demorou 5 anos

aconteceu em 2012. O local é um marco da resistência da cultura de origem africana na cidade de Vitória. Estas edificações são apenas exemplos de construções “arrastadas”, e representam atraso no projeto desenvolvimentista do estado obras como a da Rodovia Norte Sul, ligando as cidades de Vitória e Serra – iniciada nos anos 90 e só entregue em 2008 -, calçadão de Camburi, Contorno do Mestre Álvaro, rodovias, escolas, unidades de saúde, entre tantas que ainda estamos acompanhando.

julho de 2011, ao completarmos onze anos, iniciamos uma caminhada de ser o veículo de comunicação do Espírito Santo que daria espaço e voz as minorias. Por mais de cinco anos a coluna ‘Diversidade’ mostrou que a comunidade LGBT, sigla que tem ganhado novas letras, cresceu também em suas lutas e conquistas. Entre elas, a inclusão de companheiros e companheiras em planos de saúde, o casamento civil, direitos como a adoção de crianças por casais de homoafetivos, sem restrição de idade, além do Ministério da Saúde ter instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT). As mulheres também foram além. Mais do que reconhecer que ser “do lar” não as coloca em lugar de inferioridade, dentre as maiores vitória tem sido contra a violência – de gênero, física, psicológica. Um dos instrumentos neste sentido foi a sanção da Lei Maria da Penha, em 7 de agosto de 2006, que promoveu o aumento no rigor das punições contra os agressores. Ainda é uma grande batalha para elas expor suas relações a ponto de ter que buscar a força policial para deixarem de serem vítimas de violência doméstica. O Espírito Santo passou muito tempo, nessas duas décadas, na triste colocação de estado campeão em feminicídio – tipificação de assassinatos de mulheres -, mas hoje há delegacias e operações policiais de combate a toda e qualquer violência contra mulher, gerenciada por policiais mulheres. Além disso, elas chegaram à presidência do país, vice-governadoria, Ministério Público estadual, bem como de empresas e espaços em todas as profissões e setores. Mas nesta caminhada foram muitas dores: morreram meninas “Tainás”, mulheres “Milenas”, garotas “Ana Claras” ou “Gabrielas”, e a luta está só no começo. Vale lembrar, nesta linha de segurança, duas grandes ferramentas para a sociedade que foram o Disque-denuncia (181) e o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). O primeiro tem sido canal de apoio mútuo entre população e as forças de segurança desde outubro de 2001, mas o Ciodes – operando desde setembro de 2004 - ainda não atende a todo o território capixaba, ficando restrito à Grande Vitória e ao sul do estado.


Especial

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Lado a lado com a tecnologia Com a popularização da internet a partir dos anos 2000, outro tipo de serviço de comunicação e entretenimento começou a ganhar força: as redes sociais. Junto com ESHOJE, elas chegaram dinamizando a notícia e colocando todos numa esfera universal. O veículo não entrou na rede em seus primeiros anos, a adaptação foi contínua, mas, graças a ela ESHOJE é universal, com audiência em todos os estados brasileiros e diversos país do mundo, como Estados Unidos e Portugal. “O que a gente vê é que os capixabas, que moram foram do Espírito Santo, têm usado nos-

Viramos referência para muitos capixabas que moram fora do ES

so jornal como referência de fonte de informação sobre o que acontece por aqui. Para nós é motivo de orgulho essa trajetória”, destacou a diretor-presidente carlos Roberto Coutinho. A tecnologia chegou ao trânsito, saúde, educação e diversos outros setores, por conta dos aplicativos. Ir, vir e ter acesso ficou ao alcance de um clique. Basta baixar no computador ou telefones celulares ferramentas que levam ao acesso a sistemas ligados à rede mundial de internet. Assim como pessoas que são do ES deixaram o território, mas não o amor pelo estado, os capixabas vestiram o “capixabismo”. Os encantos caíram nas graças da população e dos empresários que viram na cultura e pontos turísticos marcas fundamentais para incutir a valorização da nossa história. Roupas, decorações, utensílios, músicas, poesias e discussões caminham neste sentido.

ESHOJE

” Tragédia e mãos solidárias Carlos Roberto Coutinho

ARQUIVO ESHOJE

A tecnologia facilitou acesso à informação e a diversos serviços

entre seca e enchentes, os capixabas, nos últimos anos, conviveram com perdas. As vidas são as maiores delas, sejam de plantações e animais, com a crise hídrica, ou das pessoas que foram levadas pelas águas

NÚ M E ROS

200

morreram pelas enchentes no ES desde 2000, sendo recorde em

2013 Um grande mutirão se formou em 2013 ajudando às famílias

com 24 mortes, superadas com uma onda de solidariedade

das chuvas. Do ano 2000 até janeiro deste ano, por conta forte precipitação, morreram, pelo menos 200 pessoas. O recorde foi no ano de 2013, quando mais de 60 mil capixabas foram atingidos em todo território capixaba e a dor foi amenizada pela onda de solidariedade. Em janeiro, deste 2020, quando cidades da região do sul foram as mais castigadas, a população se organizou em mutirões de doações, limpeza e reconstrução. Numa parceria do poder público com as pessoas, que se organizaram em correntes de apoio, e os municípios foram reconstruídos.

Saúde transforma num ano inimaginável quem poderia imaginar que 2020 seria o ano da guerra na saúde. O ano não acabou, mas as previsões também não são tão positivas: o novo coronavírus (Covid-19) chegou provocando mortes no mundo inteiro. Quem se recupera ainda não sabe quais sequelas poderá ter e levar para o resto da vida. E principalmente, ainda não se tem protocolo de tratamento ou vacina contra o vírus, que fez suas primeiras vítimas na China. O “corona” levou a população a lembrar dos efeitos do H1N1, a “nova gripe” ou “gripe suína”, que nos idos 2009 provocou a corrida por vacina e o Tamiflu – a cloroquina dos dias de hoje. Nos últimos anos o grande inimigo dos capixabas, na

saúde foi o Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré. O pernilongo vem adoecendo muita gente, e matando. Mas as pessoas não parecem dar a devida atenção, e qualquer outra enfermidade que surja no Espírito Santo, os cuidados com o Aedes são deixados de lado. Isso está acontecendo em 2020, com a Covid-19, tanto quanto em 2017, quando a febre amarela silvestre fez 330 vítimas no estado e cem óbitos. Capixaba não tem tido o necessário cuidado no combate ao Aedes aegypti, sofrendo as doenças

ARQUIVO ESHOJE

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Pela história do futebol capixaba Recordar é viver! Foi assim que, em 40 edições, o Espírito Santo Hoje relembrou as histórias de atores que passaram pelo esporte capixaba. Jogadores, narradores, olheiros, enfim... Se o esporte do Espírito Santo tem história, eles foram os responsáveis pelo início. Sobretudo, pelos momentos de glória, – situações que, infelizmente, hoje pouco se vê. Batizado como “Por onde anda?”, iniciada na edição de 13 de outubro de 2008 (a julho de 2009), as reportagens visavam resgatar a história dos ídolos dos clubes capixabas, que ao longo dos anos foram injustamente esquecidos. Além de dar a oportunidade dos “velhos craques” opinarem sobre à atual situação do esporte capixaba. Dos 40 entrevistados, 36 foram jogadores de futebol. Muitos, inclusive, durante as entrevistas recomendavam um colega com quem dividiram belas e inesquecíveis partidas. ESHOJE segue sendo o único veículo que divulga informações sobre o esporte do estado, acompanhando os certames locais e a busca dos atletas por apoio e profissionalização.

A caminhada está só no início Relembrar a história dos últimos 20 anos é contar histórias felizes e tristes. A luta do pelo meio ambiente nos pautou diversas vezes, noticiamos os avanços no tratamento de esgoto, mas perseguimos a notícias e praias, rios, lagoas limpos. Mais do que isso, ar puro e pessoas sem problemas respiratórios por conta do pó preto. O turismo capixaba deu novos passos, mas a violência contra os jovens também cresceu. E contra os idosos também, mas foi criados o Estatuto do Idoso. Bons nomes na política surgiram, mas violência assassinou outros, como o ex-governador Gerson Camata, em 26 de dezembro de 2018. As crianças nos deram alegrias, se destacaram em olimpíadas na educação e no esporte, outras foram vítimas doenças, como surto de diarreia, ou da pedofilia. Na economia, a agricultura familiar desenvolveu, incentivos atraíram indústrias para diversas regiões, sobretudo fora da Grande Vitória, mas fundo da atividade portuária foi perdido. Fatos marcantes, que fizeram o Espírito Santo sorrir e chorar. Histórias que vivenciamos e ajudamos a contar. A caminhada está no início.


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HUGO BORGES

César Herkenhoff cesarherkenhoff@hotmail.com

Samba de uma nota só “Que me perdoem se eu insisto nesse tema”, disseram nos anos 70, Antônio Carlos e Jocafi, numa das músicas de maior sucesso à época: “Você abusou”. Não faziam ideia, certamente, de que era pura premonição. Ninguém podia imaginar que 50 anos depois o Brasil teria como uma de suas características mais marcantes o abuso do poder contra o povo oprimido. Abuso que, como uma metástase, vem corroendo todo tecido social por negligência dos governantes enclausurados nos três poderes. Podres poderes, diria Caetano Veloso. Um câncer que já se espalhou de forma incontida pelo Executivo, Legislativo e Judiciário, e que já correu todo o nosso sistema imunológico antes resguardado pelo respeito ao ordenamento jurídico. “De todas as ditaduras, a pior é a do Judiciário, porque contra ela não há a quem recorrer”, teria dito o jurista Ruy Barbosa. O Supremo Tribunal Federal tem, lamentavelmente, se mostrado como a parte mais maligna desse câncer que envolveu as instituições brasileiras. Juízes que se colocam acima da lei e do povo, de quem todo poder deveria emanar. Juízes (a maioria esmagadora) que nunca foram magistrados. Alguns nunca passaram nos diversos concursos públicos que realizaram.

Foram brindados com a toga por gratidão (passada ou futura) dos responsáveis por suas indicações. É esse Judiciário nefasto que coloca em liberdade os dilapidadores da pátria e na cadeia os marginais que cometem crimes hediondos como furtar duas embalagens de xampu de R$ 10 cada. É esse Judiciário que concede prisão domiciliar a notórios ladrões do povo, protegendo-os da pandemia do coronavírus, mas nega esse mesmo benefício a uma mulher infectada pelo HIV, certamente condenada à pena de morte. É esse Judiciário que rasga a Constituição Federal para manter direitos políticos da desonesta e desonrada ex-presidente Dilma Rousseff, através do togado Ricardo Lewandowsky. É, enfim, esse mesmo Judiciário que usurpa do Ministério Público a titularidade da ação penais para que o togado Alexandre de Moraes (já foi juiz?) possa acertar contas com seus desafetos. Mas não é só o Judiciário.

Nada seria possível sem a cumplicidade promíscua do Poder Legislativo, que agora tenta impor à sociedade brasileira a censura às redes sociais, aprovando, já no desmoralizado Senado Federal, projeto de lei que estabelece pena de prisão maior para quem falar mal desses políticos vigaristas do que para quem cometer crime de estupro. O que é isso se não falta de vergonha? Não dá para poupar o Executivo, tampouco, porquanto não importa quem esteja no comando da nação, quando a coisa aperta para os membros do rebanho, vale tudo pela defesa da imunidade parlamentar e do foro privilegiado, instrumentos que só interessam e favorecem os corruptos. Mas o que fazer se são maioria no sistema governamental? Nossas instituições apodreceram. Nossos governantes (Executivo, Legislativo e Judiciário) definitivamente perderam a vergonha. E os brasileiros morrem de vergonha de seus governantes.

COLUNA FEU ROSA

Imprensa livre Dizem que a humanidade padece sob uma corrupção endêmica. Geme por conta dos péssimos sistemas de saúde. Chora por não dispor de saneamento básico adequado. Desespera-se com problemas vários de infraestrutura e administração. E até testemunha a fome assassinar uma criança a cada cinco segundos. Há quem diga serem estes grandes desafios da raça humana. Peço licença para, humildemente, discordar. Estes não são problemas, mas meras consequências. São efeitos, na verdade. Efeitos da falta de uma imprensa livre e transparente. Sim, é aqui, defendendo o direito humano de acesso à informação, que deveremos travar a maior de nossas batalhas em defesa da cidadania e da eficiência. Afinal, como disse Thomas Jefferson, "onde a imprensa é livre e todo homem é capaz de ler tudo está salvo". A imprensa não é livre quando vinculada a poderosos grupos econômicos, cujos interesses quase sempre se sobrepõem aos da população. A imprensa não é livre quan-

do depende da ajuda financeira de governos. A imprensa não é livre quando sujeita a uma censura disfarçada por parte do sistema legal. A imprensa não é livre quando utilizada pelo poder político e econômico como instrumento de dominação de países inteiros. É paradoxal: em tempos de Internet e globalização a humanidade depara-se com sua maior crise - a do acesso à informação. Olhe ao redor e perceba que no mundo apenas uma a cada sete pessoas vive em países nos quais as notícias são livremente divulgadas - e não estão incluídos neste cálculo os mecanismos mais sutis de controle dos meios de comunicação, aos quais me referi, e nem os casos de quase monopólio de

divulgação de notícias. Precisamos, assim, enquanto humanidade, conceber leis que protejam a imprensa da influência inadequada do poder político e econômico e dos mecanismos de censura disfarçada. Leis que obriguem cada veículo de comunicação a informar a população sobre as origens de seu faturamento. Leis que imponham ampla transparência na atividade de estabelecer o que é e o que não é notícia. Leis que impeçam práticas monopolistas nos meios de comunicação. Leis que obriguem a divulgação dos vínculos profissionais dos formadores de opinião e de suas famílias. Avançar nesta seara é trabalho para os séculos - e prova de maturidade dos povos!

Este é o meu credo. Minha visão de mundo. Meu ideal. O jornal ES Hoje está a completar 20 anos de existência. Fácil, muito fácil, simplesmente cumprimentá-lo. Dizê-lo um bom veículo de comunicação. Ou exaltar as virtudes profissionais de seus jornalistas. Sim, muito fácil - porém injusto por incompleto. E assim porque caracteriza este jornal um atributo superior que não posso deixar de registrar, sob pena de trair meus próprios ideais: a firmeza. Já o testemunhei sofrendo por matérias que decidiu publicar - sem, entretanto, mudar em um milímetro que seja sua linha editorial. Já o vi pressionado até para alterar seus quadros diante das mesquinharias da vida - e severa-

mente retaliado quando, de forma altiva, negou-se a fazê-lo. Conheço há décadas seu Diretor Geral, Carlos Roberto Coutinho. Uma pessoa descontraída. Simples. Informal. Sempre alegre. Mas firme na defesa do que entende correto - doa a quem doer, custe o que custar. E assim seu jornal. Fica aqui, Carlinhos, antes e acima de tudo, o respeito de u m c i d a d ã o. O r e c o n h e c i mento e a gratidão de quem vê na imprensa algo sagrado. A você e ao ES Hoje dedico a máxima de Cláudio Abramo: “o jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, o exercício cotidiano do caráter”. PEDRO VALLS FEU ROSA Desembargador do TJES


Política

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Renato Casagrande: tive que reprogramar tudo Governador avalia a gestão em ano cujas expectativas foram frustradas pela Covid-19 FOTOS: RODRIGO ARAUJO

DANIELEH COUTINHO danihcoutinho@eshoje.com.br

A

nimação e grandes expectativas para o Espírito Santo e o resto do Brasil eram vistos no comportamento e palavras do governador Renato Casagrande em janeiro deste ano, em entrevista que concedera a ESHOJE em um dos salões nobres do Palácio Anchieta. Na oportunidade o chefe do Executivo estadual usava os dedos – ainda se recuperando de uma cirurgia na mão, após acidente sofrido durante um jogo de futebol – para enumerar as obras, os projetos e ações programadas para 2020. Tudo teve que ser reprogramado. Seis meses depois, em entrevista virtual, por meio de aplicativo de chamada, Casagrande falou sobre essa reorganização, que tem como tripé salvar vidas, controlar a economia e manter projetos. O que dita as ações de sua gestão é o novo coronavírus (Covid-19).

Por meio de ligação de vídeo, Casagrande concedeu a entrevista reconhecendo que o cansaço da população, atualmente, pode ser o maior desafio em nova onda da pandemia em território capixaba

ENT REV IS TA ESHOJE: Entrevistamos o senhor em janeiro e se mostrava muito animado e cheio de expectativas. Renato Casagrande: A gente nunca imaginava e os planos para esse ano eram muito grandes, aliás, ainda são. Tivemos que fazer reprogramação, a atividade ficou 100% priorizada na pandemia. Usei meu tempo para acompanhar indicadores, investimentos, discutir com entidades, municípios. Temos que reprogramar porque a receita caiu, tenho que cortar receita, reduzir custeio, mas os investimentos precisam ser mantidos. A decisão que tomei ano passado de fazer Fundo de Infraestrutura, não colocar no fluxo de caixa das receitas de dia a dia, me protegeu porque não tive que paralisar obras em andamento e compromissos assumidos. Em janeiro, também, o senhor tinha a convicção que seria um ano de velocidade e recuperação do país. Mas o novo coronavírus (Covid-19) chegou, inclusive em sua casa. Não desanimei, nem neste momento, mas confesso que fiquei ansioso. Eu peguei a Covid, e fiquei bem, os sintomas foram muito leves em mim, mas não com a minha esposa e a minha mãe. Por causa delas eu “desliguei” alguns dias, porque falar todos os dias da doen-

ça, elas internadas, me deixou muito ansioso. O senhor já tinha expectativa deste quadro quando o novo coronavírus começou a atingir outros países? Imaginava um quadro muito grave, já em fevereiro. No final de janeiro começamos as obras nos hospitais. Países desenvolvidos entraram em colapso no sistema de saúde e nós conseguimos estar sempre alguns leitos a frente da nossa necessidade. Mas imaginava que pudéssemos ter um trabalho mais coordenado nacionalmente, mas o sistema foi politizado e tudo isso virou disputa política no Brasil. Estamos um pouco mais da metade do caminho e tudo o que pudemos fazer para salvar vidas fizemos e vamos continuar. O senhor falou em reprogramação, isso é diário? Todos os dias tem que ser reprogramado, tanto é que estamos tendo que rever a matriz de risco, não vamos vencer a pandemia no estado de uma vez só. A primeira etapa foi vencia em alguns municípios. Mesmo depois que a gente zerar o número de óbitos, vamos ter que contar com o comportamento da população. Isso vai continuar, provavelmente, no ano que vem. Me preocupa o crescimento no interior, por questão de estrutura e também porque as pessoas estão

cansadas das politicas de isolamento social, elas querem e precisam trabalhar, estão passando necessidade. A situação na Grande Vitória não está controlada e o vírus tem o ciclo natural dele, começou primeiro na região metropolitana e começa a se estabilizar. Como liderar politicamente em meio às discussões e decisões que mexem com a saúde e a economia? É muito difícil. Pessoas que estão perdendo a vida, pessoas que querem ficar em quarentena durante anos e ainda pessoas que acham que nunca deveríamos ter vivido a quarentena porque “o vírus é invenção chinesa”. Tem ainda quem quer fazer política e até pressões legitimas de todos os lados. Isso exige muito equilibro, muita tolerância, capacidade de dialogo, rezando para a saúde estar bem e poder dar conta do recado. Temos que dar menos peso aos radicais, de um lado e de outro. Como avalia o seu governo? É difícil nos avaliarmos, mas estou cumprindo as tarefas, estou feliz de o estado estar em primeiro lugar em transparência, tenho certeza que a maioria da população nos apoia. Tenho suportado os ataques mais violentos, mas as pessoas estão vendo equilíbrio. Aliás, reassumo o compromisso de conduzir com transparência, equilíbrio e

responsabilidade. E o governo Jair Bolsonaro, qual a sua análise sobre ele? Minha grande critica é politica, é na condução da pandemia, mudanças constantes no Ministério da Saúde, o comportamento do presidente contrário ao isolamento, meu registro e minha critica é nessa direção. Por outro lado as medidas de apoio do governo federal são boas, a ajuda aos estados, ajuda a saúde, auxilio emergencial. A ação do governo é efetiva, e a política é diferente. Minha critica é na ação politica. As eleições 2020 foram adiadas, mas o ano é eleitoral. Onde o senhor entrará? Posso entrar em um ou outro município sim, depende da distribuição das forças que me apoiam. O que eu tenho feito agora é cuidar das ações do governo e da pandemia. Depois de maio não parei para discutir conjuntura política, e fiquei feliz com adiamento da eleição. Entrarei, protegerei o governo, não arbitrei nenhuma disputa. A crise é mundial e não local. Estamos vivendo o pior momento para governador dos últimos 100 anos, o que exige muita frieza e firmeza. Já que entramos na questão eleição, como se posiciona na da mesa diretora da Assembleia Legislativa, já que aliados de sua

As pessoas já não aguentam mais o isolamento social, elas estão passando dificuldade

base já se colocam como candidatos? Esse é um assunto que a Assembleia tem que discutir primeiro, o governador é sempre chamado. Vou debater com a base aliada, com o presidente Erick Musso, mas quando eu for chamado. Não me furtarei, mas não é hora de fazer isso, estamos no meio da pandemia.


PUBLICAÇÃO LEGAL EDITAIS • COMUNICADOS • BALANÇOS • CONVENÇÕES • PRESTAÇÕES DE CONTAS SEXTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2020 )) WWW.ESHOJE.COM.BR )) BIANCA@ESHOJE.COM.BR )) ANUNCIE: (27) 3395-1800

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YELLOW STONE MÁRMORES E GRANITOS DE EXPORTAÇÃO L T D A , C N P J n º 06.880.197/0001-87, torna público que REQUEREU a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA Licença Municipal de Operação, por meio do Protocolo nº 7445/2020, para a atividade de Polimento e Resinagem de Rochas Ornamentais, localizada na Rod. Fued Nemer , Córrego do Sossego, Aracui, Castelo/ES.

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VITCAL SERVICE LTDA, CNPJ nº 10.567.927/0001-61, torna público que REQUEREU da SEMMA, a licença LAC, para atividade de reparação, retífica ou manutenção de máquinas, aparelhos e equipamentos industriais diversos, COD. 2.05, com inscrição imobiliária 006.5.021.0153.001, na localidade de Hélio Ferraz, Rua Rio Purus, n° 04, no município de Serra - ES.

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A empresa SAMAUNA IMOVEIS E PARTICIPACOES LTDA, CNPJ 05.582.173/0001-89, torna público que REQUEREU da SEMMA/PMVV, através do Processo N° 26740-2020 a Licença Municipal Prévia e de Instalação (LMP e LMI) para à atividade de Terraplanagem, na localidade da Rua Cláudio Henrique Laranja, Rodovia Leste Oeste, S/N, Rio Marinho/Vale Encantado, Vila Velha – ES, CEP 29.112-780.

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MINERAÇÃO CORCOVADO DE MINAS LTDA., CNPJ 39.282.298/0033-92 torna público que REQUEREU do IEMA, através do processo n° 8 8 9 8 4 3 4 6 , L i c e n ç a P rév i a e Licença de Instalação (LP+LI), para atividade de Extração de Rocha Ornamental, na localidade de Fazenda Boa União, zona rural, Município de Ecoporanga - ES.

DORKING BRASIL LTDA, torna público que Requereu do IEMA, através do processo n° 68869452, Licença de Operação, para Extração de granito na localidade de Córrego da Boa Vista, s/ n, Sítio Três Irmãos, Mun. de Nova Venécia - ES.

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BIBOM MINERAÇÃO LTDA, torna público que Requereu do IEMA, através do processo n° 82928495, Licença de Operação, para Extração de Rochas para Fins Ornamentais na localidade de Córrego dois irmãos, Mun. de Baixo Guandú - ES.

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GIORI TRANSPORTES LTDA torna público que REQUEREU e OBTEVE do IEMA, por meio do processo n° 88806707, a LAU – DT/ GGE N° 56/2020- CLASSE IV para TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE RESIDUOS PERIGOSOS, EXCETO MATERIAL RADIOATIVO E TRANSPORTE INTERESTADUAL, para atuar exclusivamente nas rodovias do Espírito Santo, estando sediada à R. Gênova, 61, SLA 101, PORTAL DO IMIGRANTES 29.240-000, ALFREDO CHAVES/ES.

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EMUREF DO BRASIL INDUSTRIA LTDA, torna público que OBTEVE da SEMMA/PMS, através do Proc. n° 56387/2019 a Licença LMAR de nº 22/2019, para a atividade de Fabricação de resinas, fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos, na localidade de Rua Tancredo Neves, 28, Quadra: 09; Bloco: D, município de Serra – ES.

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ART-IGOR BARRA MÓVEIS LTDA, torna público que obteve da SEMMA - Vila Velha/ES, através do processo nº 06077/2019, a Licença Municipal Ambiental Simplificada de Regularização - 072/2020, para fabricação de móveis com predominância de madeiras (8.01), na localidade da Rua Boa Vista, nº 03, Riviera da Barra, Vila Velha/ES.

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BELLY GRANITOS EXP. E IMPORTAÇ ÃO LT DA . , C N P J : 17.070.390/0001-79 torna público que OBTEVE do IEMA, através do Processo nº 88461874, Licença de Instalação (LI) nº 82/200, para atividade de Extração de Rocha Ornamental “Granito” na Sítio Silva, s/nº, zona rural no Município de Vila Pavão-ES.

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RCDC - COMÉRCIO E SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM - CNPJ 15.205.455/0001-10. Torna público que obteve junto a SEMAG, por meio do processo nº25852/2019, a LAS 030/2020, para a atividade de Motéis, na Rodovia Jones dos Santos Neves 740 - Quadra 16 - Lotes 04 a 08 - Fatima Cidade Jardim - Guarapari - ES.

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I.B. DE SOUZA-ME torna público que obteve da SEMMA, através do processo n 10773/2019, Licença LMAR 004/2020, para atividade Marmoraria, cod 3.03. N na localidade de Av. Rio Marinho, n 02 – B. Rio Marinho - V.V. – ES.

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FRANCISCHETTO COMERCIO E INDUSTRIA DE MADEIRAS LTDA, torna público que obteve da SEMMA - Vila Velha/ES, através do processo nº 25572/2015, a Licença Municipal Ambiental Simplificada de Regularização – 091/2020, para atividade (22.11), na localidade da Rodovia do Sol, s/nº, KM 8, Barra do Jucu, Vila Velha/ES.

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BRASIL COATING INDUSTRIA, COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA, CNPJ nº 28.011.844/0001-57, torna público que REQUEREU da SEMMA, a licença LAC, para atividade de depósito para cargas gerais (com produtos /resíduos COM atividades de manutenção, COD. 2.60, com inscrição imobiliária 009.1.005.0183.001, na localidade de Jardim Limoeiro, Rua Guimaraes Junior, n°218, no município de Serra - ES.

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PEIXOTO LOCADORA DE VEICULOS EIRELI, torna público que Requereu do IEMA, através do processo n° 88963934, Licença Prévia, para Extração de granito para Fins Ornamentais na localidade de Córrego Palmital, Mun. de Colatina - ES.

FERRO VELHO TERMINAL DESMONTAGEM E COMÉRCIO DE PEÇAS USADAS EIRELI torna público que requereu da SEMDEC/SUB-MA Cariacica, ES a Renovação da Licença Ambiental de Regularização (LAR) para atividade de COMÉRCIO A VAREJO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS USADOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES na localidade de Alto Laje, Município de Cariacica-ES.

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BRASIGRAN BRASILEIRA DE GRANITOS LTDA., CNPJ 32.476.525/000194 torna público que OBTEVE da SEMM A , at ravé s d o p ro c e s s o n ° 536.6203/2005, renovação de Licença Municipal de Operação (LMO), para atividade de Desdobramento e/ou polimento e/ou corte e aparelhamento de rochas ornamentais, quando associados entre si, na localidade de Civit II, Município de Serra - ES.

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ANA CRISTINA GUARNIER torna público que Requereu da SEMDEC/SUB-MA Cariacica, ES, através do processo nº23680/2013, Licença LMAR, para ativ. Retifica de motores automotivos, COD 5.10, na localidade de Sotelandia, R. Santos Dumont, n 29 – Cariacica – ES.



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