jornal do dia 22 02 2011

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Economia

Jornal do Dia

Editora responsável : Alessandra Lameira< alessandralameira@hotmail.com

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Macapá-AP, terça-feira 22 de fevereiro de 2011

Contribuinte que pagar IR a mais terá desconto em 2012

divulgação

Saldo da balança atinge US$ 1,6 bilhão em fevereiro As exportações no acumulado mensal, com 14 dias úteis, fecharam em US$ 12,299 bilhões Folha Press

O Carlos Alberto Barreto diz que o trabalhador poderá descontar, na declaração de 2012 (feita sobre o ano calendário 2011), a fatia do salário que ficar retida a mais na fonte a partir de agora.A polêmica que ainda existe é o quanto a tabela do IR vai aumentar.

Receita promete devolver grana em forma de descontos na declaração de 2012 do IRPF Portal R7

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trabalhador que ganhar aumento no salário mínimo neste ano e acabar com mais dinheiro retido pelo fisco verá a grana de volta no ano que vem. O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou nesta segundafeira (21) que nenhum contribuinte será prejudicado pelas mudanças do salário mínimo e da tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física). Com o aumento do mínimo de R$ 510 para R$ 545, aprovado na Câma-

ra dos Deputados na semana passada, a Receita também deverá rever o limite de rendimento que separa os isentos dos que devem declarar. Isso porque, com o salário um pouco maior, pode ser que o leão morda, neste ano, o salário de quem era isento até o ano passado. Barreto diz que o trabalhador poderá descontar, na declaração de 2012 (feita sobre o ano calendário 2011), a fatia do salário que ficar retida a mais na fonte a partir de agora. - Não trará prejuízo aos contribuintes porque, no ajuste anual, eventuais recolhimentos a maior em função da tabela anterior serão ajustados e compensados. A polêmica que ainda existe é o quanto a tabela do IR vai aumentar. Neste ano, deve declarar quem tiver renda anual em 2010 de até R$ 22.487,25, ou de até R$ 1.873,94 por mês (quase 3,5 mínimos pelo novo valor).

O governo diz que deve aumentar este teto em 4,5%. As centrais sindicais querem um número ainda maior (6,46%). O reajuste é necessário para garantir que os aumentos salariais conquistados no ano passado não sejam minimizados pela não correção dos impostos, explica o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. - Sem correção, muitos trabalhadores que receberam aumento vão ter o ganho anulado pela elevação do imposto retido na fonte. A Receita diz que já tem estudos prontos para o reajuste da tabela do IRPF. Os técnicos só aguardam a solicitação das áreas políticas do governo para encaminhar à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional proposição legislativa sobre o reajuste. Barreto não citou números, mas diz que está pronto para fazer “qual-

quer ajuste”. Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, afirmou que assim que o valor do mínimo for aprovado nas duas casas legislativas, a correção de 4,5% da tabela será enviada. BARATEAMENTO DA FOLHA DE PAGAMENTO. Sobre a desoneração da folha de pagamentos, uma antiga reivindicação dos empresários, Barreto afirmou que há estudos na Receita Federal, mas que ainda não há definição sobre a proposta. Ele diz que não será fácil fazer os cálculos para a implantação das desonerações nos diversos setores da economia brasileira. - O impacto é diferente nos vários setores da economia. Não há modelo simples nessa matéria. Não há cálculo matemático que mostre simplesmente você tira daqui e põe ali. E eles passam sobretudo por questões políticas.

Receita cria órgão para barrar sonegação em produtos importados

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O novo órgão, que terá sede em São Paulo ou no Paraná, funcionará como um centro de inteligência

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Indústria opera abaixo da capacidade pelo segundo mês Trata-se do segundo mês consecutivo em que a CNI aponta esse fenômeno Folha Press

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ondagem da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que o setor industrial utilizou menos capacidade de produção em janeiro, na comparação com a média desse período. Trata-se do segundo mês consecutivo em que a entidade aponta esse fenômeno, o que não ocorria desde a crise financeira de 2008. Na mesma pesquisa, a Confederação também detectou que o nível de produção está em queda. Pela metodologia desse levantamento, um nível acima de 50 pontos representa expansão, e abaixo

desse valor, redução. O índice para a capacidade instalada caiu de 48,2 pontos em dezembro para 45,2 em janeiro. No caso do índice de evolução da produção, a pontuação recuou para 46 no mês passado, ante 44,7 em dezembro. Para fevereiro, as expectativas apontam para a expansão em todos os itens pesquisados: o índice que reflete as projeções para a demanda teve uma leitura de 61,3 pontos, acima da média histórica (59,6); o mesmo quadro se repetiu no tocante às exportações (51,6 pontos), compras de matériasprimas (58,8 pontos) e número de empregados (54,6 pontos). A sondagem da CNI é elaborada a partir de questionários enviados 1.449 empresas, de grande (198), médio (413) e pequeno porte (838). A pesquisa desse mês foi realizada entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro.

Dólar fecha a R$ 1,66 em dia de poucos negócios Folha Press

Folha press

Receita Federal criará, ainda no primeiro semestre, um Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros. O novo órgão, que terá sede em São Paulo ou no Paraná, funcionará como um centro de inteligência onde serão cruzadas informações de todas as aduanas do país para detectar fraudes

saldo da balança comercial brasileira atingiu US$ 1,557 bilhão nas três primeiras semanas de fevereiro. Pela média diária de US$ 111,2 milhões, houve crescimento de 414,6% na comparação com fevereiro de 2010. As exportações no acumulado mensal, com 14 dias úteis, fecharam em US$ 12,299 bilhões, com crescimento de 29,6% na média diária (US$ 878,5 milhões) nesse comparativo. Já as importações (US$ 10,742 bilhões) re-

gistraram acréscimo de 17% na média diária (US$ 767,3 milhões). No ano, o superavit foi de US$ 1,98 bilhão (média diária de US$ 56,6 milhões), resultado 235,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, as exportações alcançaram US$ 27,513 bilhões, com média diária de US$ 786,1 milhões -resultado 29,2% acima do verificado no mesmo período de 2010. Já as importações (US$ 25,533 bilhões) registraram crescimento de 23,3% na média diária (US$ 729,5 milhões).

Produtos que estarão na lista negra estão máquinas e equipamentos, tecidos, equipamentos e autopeças. A ideia é impedir ques entrem no país com preços de nota abaixo do efetivo,

como o subfaturamento de produtos importados -problema encontrado principalmente em produtos provenientes da China. Entre os produtos que estarão na lista negra do centro estão máquinas e equipamentos, tecidos,

equipamentos e autopeças. A ideia é impedir que esses produtos entrem no país com preços de nota abaixo do efetivo, pagando assim menos impostos e concorrendo de forma desleal com os produzidos no Brasil. De acordo com o secretário Carlos Alberto Barreto, a vantagem do órgão será centralizar as informações que hoje estão espalhadas pelos postos da Receita nas fronteiras. “Hoje você atua muito no varejo, em

cada porto. Você perde a visão do todo”, disse. Segundo Barreto, há uma expectativa de que esse tipo de crime aumente ainda mais com a sobretaxação de alguns produtos importados estudada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Em qualquer procedimento de comércio exterior, quanto mais aumenta as taxas, mais os importadores usam esses instrumentos [ilegais]”, afirmou.

A taxa de câmbio doméstica subiu modestamente na rodada de negócios de hoje, num expediente que os agentes financeiros não tiveram sua principal referência: as Bolsas americanas, que não operaram por conta de um feriado local (“Dia do Presidente”). O dólar comercial foi negociado por R$ 1,668, em alta de apenas 0,24%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,770 para venda e por R$ 1,610 para compra. Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede 1,18%, aos 67.277 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,55 bilhões. O giro de negócios foi

bastante fraco: a BM&FBovespa registrava um volume de apenas US$ 540 milhões no segmento de dólar à vista, ante uma média de US$ 2 bilhões registrada na semana passada. O Banco Central, no entanto, não deixou de marcar presença: realizou dois leilões para compra de dólar a termo (com liquidação prevista para a primeira quinzena de março), ao em vez dos habituais leilões de compra à vista. Analistas salientam que esse conjunto de medidas do BC -compra de dólar à vista, compra a termo e “swaps” cambiais- ajudam, no máximo, a estabilizar as cotações da moeda, sem conseguir apreciar de forma relevante as taxas cambiais.


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