Jornal do comercio fevereiro 2018

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Ano X - nº 10 2 Fevereiro de 2018 - Fortaleza - Ceará

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Cabo submarino SACS começa a ser instalado em Fortaleza

Após percorrer 6,3 mil quilômetros pelo leito do Atlântico, partindo de Sangano, na costa angolana, o South AltanticCables System (SACS) chegou à Praia do Futuro, em Fortaleza. O cabo foi recebido por autoridades e membros dos governos Estadual e Municipal do Ceará, bem como pelo representante do Ministério das Telecomunicações de Angola, o Secretário de Estado para Tecnologia da Informação, Manuel Homem, e pelo CEO da Angola Cables, António Nunes. (Página 3)

Planejamento financeiro se torna prioridade dos microempreendedores Desde o dia 1° de janeiro estão em vigor novas regras para o enquadramento no regime de Microempreendedor Individual (MEI). A principal mudança foi o aumento do limite de faturamento, que passou de R$ 60 mil para R$ 81 mil. (Página 5)

Cineteatro São Luiz dá início a programação alusiva ao seu aniversário de 60 anos O Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), dá início a programação alusiva ao seu aniversário de 60 anos. (Veja página 8)

HÁ MAIS DE 150 ANOS FAZENDO HISTÓRIA

O centenário da beletrista: Cândida Maria Santiago Galeno A Casa de Juvenal presta significativa homenagem à escritora Cândida Galeno que, se viva fosse, estaria completando neste mês de março cem anos de existência. Alem de integrar o quadro de sócios da Academia Cearense de Letras, a ilustre escritora fundou e dirigiu a Editora Henriqueta Galeno pela qual publicou como autora notáveis obras. Foi ainda a segunda presidente da Ala Feminina da ilustre Casa e fundadora da União Brasileira de Trovadores-Seção do Ceará. (Matéria nas páginas 6 e 7)

M. Dias Branco apresenta lançamentos na Gulfood 2018, em Dubai. (Página 5)

Deputado Julinho acumula funções de destaque na AL

Com dois mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Julinho (PDT) está entre os parlamentares mais atuantes e influentes do Estado. O perfil articulador o levou a ser escolhido para ocupar algumas das principais funções do Legislativo Cearense e hoje o credencia como um destacado quadro da política local. (veja página 4)

A violência no Brasil. Ainda há esperança. Editoial/Página 2


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Editorial/Opinião

Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

A violência no Brasil. Ainda há esperança. Menores são assassinados na rua, em casa, no trabalho como se não fossem seres humanos. O certo é que as autoridades já demoraram muito para perceber que a população está aterrorizada e não aguenta mais. Por mais que o Jornal do Comércio do Ceará (JCCE) se esforce em abordar temas atualizados em seu Editorial, infelizmente, a realidade nos obriga a mostrar mais esse absurdo, fora do comum, essa triste realidade. O desejável é que não fosse uma realidade, mas a que ponto chegaram as instituições responsáveis pela segurança pública? O Legislativo e o Judiciário, que deveriam garantir os direitos de ir e vir do cidadão brasileiro, como reza na Constituição Federal, estão a claudicar. As facções criminosas praticamente dominam e desmoralizam as autoridades responsáveis pela segurança pública da maioria dos estados da Federação. Os crimes contra cidadãos, de autoria de menores de idade, e a violência imposta pelos donos da droga são assustadores; todos os dias eles mesmos se destroem e se matam no negócio da droga, pois são matadores de aluguel, comandantes de quadrilhas em todo o país, o que se caracteriza como um absurdo imenso. A recente intervenção no Estado do Rio de Janeiro decretada pelo presidente Temer e votada pela maioria do Congresso Nacional, da forma como foi posta, não leva a crer que resolva problema de tamanha complexidade. Pode até amenizar - é o que torcemos. Em plena vigência do decreto presidencial foram assassinados um comandante de UPP e um sargento do Exército, fatos demonstrativos que os bandidos ainda se sentem bem à vontade. Menores são assassinados na rua, em casa, no trabalho, nas escolas como se não fossem seres humanos. O certo é que as autoridades já demoraram muito para perceber que a população está aterrorizada e não aguenta mais! De que adianta prender um criminoso se o Estado não tem controle sobre sua prisão e as chacinas nos presídios brasileiros se tornaram uma rotina? É comum se ver presos degolarem seus rivais nos cárceres e postarem as cenas dantescas de seus atos atrozes nas mídias sociais. Nesses casos cabe a pergunta: um ser humano que degola seu semelhante merece ser chamado de humano? Entretanto, é imperioso que o regime de sua prisão seja diferenciado, com o maior rigor possível, inclusive para promover a sua ressocialização, pois isso atualmente é impossível para um indivíduo de tamanha periculosidade. Aqui mesmo em Fortaleza temos exemplos de pais de família presidiários que cometeram um pequeno delito, e que foram assassinados e não tiveram direito a um enterro digno, porque os criminosos ameaçam os familiares, parentes e amigos das vítimas no momento do velório. Enfim, o que se percebe cristalinamente é que a desmoralização está vigente e é crescente, assim também que os membros do Executivo, Legislativo e do Judiciário são alvo de comentários jocosos em programas televisivos em todo o país, taxados de incompetentes e omissos, sem força para solucionar ou pelo menos amenizar a dor da população... O governo federal encontra-se acuado, sem representatividade moral para atuar com pulso forte e, principalmente, para por em prática políticas públicas capazes de reconduzir o país aos trilhos da decência, da moral, da ética, da dignidade, da lei e da ordem. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha no mês de janeiro deste ano, 57% da população brasileira apoia a prisão perpétua e a pena de morte. O aumento foi de dez pontos percentuais, quando comparado à última pesquisa, em 2008, que era de 47%. Esses dados expressam fortemente a desconfiança da população nas autoridades constituídas e pode abrir um grave precedente, levando à radicalização do pensamento da grande maioria da população, que notadamente se constitui na parte mais injustiçada pelos nossos governantes. O mais inacreditável de tudo isso é constatar que a sociedade é refém de grandes grupos criminosos, que incluem agora crianças e adolescentes delinquentes, e ter a certeza que as autoridades não focam o problema com o remédio adequado e proporcional aos crimes praticados. A situação exige uma melhor distribuição de renda, saúde para todos, educação para as crianças, adolescentes e jovens, infraestrutura eserviços básicos nos bairros periféricos, favelas, bem como combate eficiente ao tráfico de drogas e armas, adotando medidas que visem a exclusãode servidores públicosque se corrompem pela vantagem imediata do ilícito penal. A violência no Brasil - ainda há esperança.

Jornal do Comércio do Ceará Ltda/ME CNPJ: 27.957.805/0001-84 Jornal do Comércio do Ceará CNPJ: 34.956.268/0001-13 Rua Joaquim Magalhães, 28A - Centro Fortaleza - CE Telefones: 9.8846.0975 - 9.9674.5186 DIRETOR ADMINISTRATIVO Antonio José Matos de Oliveira DIRETOR COMERCIAL João Pereira da Cunha Neto EDITOR GERAL Carol Cabral - Reg. CE 0003312 JP REDATORA Márcia Catunda DIRETOR DE MARKETING Marcus Vinícius Araújo

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Agronegócio para um novo Brasil João Guilherme Sabino Ometto* Para o bem da economia nacional, é de se esperar que se concretize na prática o anúncio do ministro da Agricultura em exercício, Eumar Novacki, feito no Summit Agronegócio 2017, de que a pasta tem o propósito de ampliar a participação da atividade no comércio exterior, de modo que o Brasil detenha 10% do mercado global. Para isso, é fundamental o cumprimento do que estabelece o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2017/2018, que prevê, segundo dados oficiais do governo, volume de crédito de R$ 188,3 bilhões, R$ 9,2 bilhões para a modernização de frotas e orçamento de R$ 550 milhões para o seguro rural no ano novo. Há avanços nesses indicadores. Entretanto, é preciso considerar que os juros específicos para a agropecuária ainda estão muito elevados: 8,5% ao ano para custeio; 7,5%, investimento; e 6,5%, armazenagem e inovação tecnológica. Tais índices não fazem sentido, em especial se considerarmos que os produtores da Europa, Estados Unidos e outras nações fortes no setor desfrutam de taxas muito menores e que a inflação está abaixo da meta. O próprio mercado tem a expectativa de que não supere 4% em 2018, segundo a edição de 24 de novembro do Boletim Focus do Banco Central, última até o

momento em que escrevi este artigo. Também é preciso considerar algumas prioridades, como a melhoria dos sistemas de armazenamento, transportes e logística, cuja precariedade é causadora de inaceitáveis desperdícios de alimentos e commodities. Item que também merece atenção é o seguro rural, que precisa ser um efetivo garantidor dos riscos a que se submetem a cada safra os empresários do campo, de todos os portes, desde as intempéries até fatores mercadológicos imprevisíveis. É pertinente entender, ainda, que o agronegócio — apesar de ser apontado por todos como o “salvador” o Brasil em meio à pior recessão de nossa história, de seu desempenho positivo no comércio exterior e curva ascendente de desempenho nas últimas décadas — enfrenta os mesmos problemas que afetam a competitividade da indústria, comércio e serviços. Juros altos, câmbio muito variável e nem sempre estimulador das exportações, insegurança jurídica, burocracia, elevada carga tributária, infraestrutura deficiente, a corrupção e a crise fiscal do setor público prejudicam a agropecuária na mesma proporção dos demais setores produtivos. Tanto assim, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), em relatório recentemente divulgado, revela que houve queda na participação dos nossos produtos agrope-

cuários no mercado internacional. Temos a quarta maior área agrícola do mundo e continuamos sendo o terceiro maior exportador, atrás somente dos Estados Unidos e União Europeia. Porém, nossa fatia no mercado global recuou de 7,3%, em 2012, para 5,1%. Seguimos líderes na comercialização de açúcar, suco de laranja e café. Os dados demonstram que a meta anunciada pelo ministro da Agricultura em exercício, EumarNovacki, de ampliar nossa fatia no comércio exterior do agronegócio, não só é bem-vinda, como premente, para recuperarmos o espaço que perdemos. Com responsável otimismo, revigorado pela resiliência das instituições, a apuração e sanção legal sem precedentes da improbidade e a oportunidade que as eleições de 2018 nos oferecem de reescrever nossa própria história com o poder do voto, devemos acreditar muito em nossa capacidade de construir um novo Brasil, um país no qual as mulheres e os homens do campo continuarão semeando a esperança. *João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP), é presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho e membro da Academia Nacional de Agricultura.

O Brasil precisa de um choque liberal *Luiz Carlos Borges da Silveira O Brasil vive delicado momento. Não se trata apenas de crise política ou econômica, o que preocupa é a crise de firmeza de decisão, de rumos para o país. Talvez fosse este o momento de firmar posições, abandonar dogmas superados e adotar o modernismo administrativo. Fundamentado tal ideia em pesquisas e análises, vejo que seria oportuno buscar um modelo consentâneo com a globalização e aplicar o liberalismo, receita com a qual países de menor potencialidade superaram suas crises e atrasos. O termo liberalismo preocupa os ultrapassados adversários da modernidade do século XXI, ou seja, aqueles apegados a sistemas decaídos ou decadentes. Liberalismo não é nenhuma ameaça, é o caminho que as nações livres e inteligentes adotam – com sucesso. O liberalismo político baseia-se na premissa de que não seria necessária a existência de um poder absoluto para gerir a vida da sociedade; e o liberalismo econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma, ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio, inclusive e principalmente governamental. Basta simples leitura da história recente de algumas nações para compreensão do que isso representaria para o nosso país. Estudo do Banco Mundial relaciona políticas favoráveis ao mercado como maior engajamento em comércio e liberalização financeira, com níveis de crescimento mais elevados. O banco concluiu que os países tidos como “mais globalizados” tiveram no período avaliado média anual de crescimento acima de 5%, contra apenas 1,4% dos “menos globalizados”. Políticas liberais, diz o relatório, foram positivas. Um dos comparativos, por ser mais evidente, refere-se às duas Coreias. A do Norte, com regime comunista onde o estado é dono de tudo, a tudo e a todos comanda, é exemplo de atraso político e principalmente econômico e social, nação em que a pobreza é assustadora. Recente

notícia cita até canibalismo, por causa da fome em províncias rurais. O país tem uma economia autárquica e altamente centralizada, o comércio internacional é muito restrito, a economia não tem como crescer, o PIB é constantemente negativo e o PIB per capita não chega a 2 mil dólares. Em contraposição, a Coreia do Sul, que adota o liberalismo amplo, era na década de 1950 mais pobre do que o Haiti, e hoje possui pujante desenvolvimento econômico, político e social, sendo país líder entre os “tigres asiáticos”; seu PIB beira os US$ 2 bi e o PIB per capita é de 28 mil dólares (dados de 2013); possui indústria moderna e competitiva e elevada posição no comércio internacional. Suécia e Canadá sãos outras duas nações que aprenderam com seus erros e se deram bem. A Suécia, durante quase 30 anos teve uma população dependente dos serviços do Estado, crescia o emprego público e diminuía no setor privado, a política assistencialista descontrolada provocava déficit orçamentário e a inflação chegava a níveis inacreditáveis para os padrões do país, os gastos públicos atingiam 67% do PIB e os impostos aumentavam de maneira preocupante. Após adotar o sistema liberal democrata melhorou a eficiência da economia produtiva e da arrecadação fiscal, mesmo com alíquotas tributárias menores. Em 2012 a inflação foi de 1.1. O país beneficiou-se também de sua coesão étnica, social e cultural e do cultivo de valores tradicionais como honestidade, frugalidade e parcimônia. O Canadá também viveu experiência socializante e a situação fiscal se deteriorou. Hoje o país exibe notável desempenho em prestação social à população com orçamentos públicos controlados, equilibrados. A partir da década de 1990 a economia decolou, havendo redução da relação dívida pública/PIB. Isto aconteceu com adoção de políticas liberais. O país passou relativamente bem pelas recessões de 2001 e 2009. Em 2012 a inflação foi de 1.6. Enquanto isso, aqui no Brasil, seguimos com propostas equivocadas, que

esquecem que quem gera empregos é a iniciativa privada. Deveríamos incentivar a produção, porém oneramos as empresas para custear a máquina pública, aumentamos impostos e paralisamos a indústria. A nossa carga tributária alcança 38% do PIB, ou seja, os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o país produz. A economia brasileira está verdadeiramente danificada, o que gera reflexos negativos em todos os setores da vida nacional. O governo deve investir nas pessoas, educacional e profissionalmente, estimular e dar condições para o empreendedorismo que gera emprego e renda e reduz a informalidade, em grande parte causada por programas assistencialistas que induzem o beneficiário a não trabalhar para não perder o bônus, caso típico do Bolsa Família. Liberalismo pressupõe a liberdade de iniciativa para o desenvolvimento individual e coletivo. Abraham Lincoln preconizou em sua Mensagem aos Homens que Dirigem o Povo: “Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios”. Em vez disso, o governo brasileiro se apropria de rendas e recursos que o setor privado utilizaria melhor para a inovação e aumento da produtividade. É urgentemente necessário redefinir a influência e a ingerência do Estado na economia privada. A conclusão lógica é que o governo está precisando de um choque de gestão, de eficiência, começando pela redução da máquina pública, eliminação ou fusão de Ministérios (atualmente existe proposta tramitando na Câmara Federal). O essencial, mesmo, é modernizar e otimizar a administração, adotar política de transparência, pois a gestão pública como está é de total ineficiência e assim não pode gerar e aplicar políticas eficazes para o desenvolvimento do país e o bem-estar social dos brasileiros. *Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal.


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Infraestrutura

Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

Cabo submarino SACS começa a ser instalado em Fortaleza Evento realizado na Praia do Futuro marcou a chegada do cabo SACS e a assinatura de um memorando de entendimentos entre Angola Cables e o Governo do Ceará para viabilizar a infraestrutura que ligará o Data Center da companhia na capital cearense ao complexo industrial do Pecém.

Após percorrer 6,3 mil quilômetros pelo leito do Atlântico, partindo de Sangano, na costa angolana, o South AltanticCables System (SACS) chegou à Praia do Futuro, em Fortaleza. O cabo foi recebido por autoridades e membros dos governos Estadual e Municipal do Ceará, bem como pelo representante do Ministério das Telecomunicações deAngola, o Secretário de Estado para Tecnologia da Informação, Manuel Homem, e pelo CEO da Angola Cables,António Nunes. Construído pela japonesa NEC, o SACS é o primeiro cabo submarino a ser instalado no Atlântico Sul, ligando a África à América do Sul. Possui capacidade de comunicação de pelo menos 40Tb/s. Sua chegada à Fortaleza significa a conclusão de mais uma importante etapa deste projeto. “O SACS é mais que um projeto de infraestruturas submarinas de telecomunicações. Trata-se de uma ponte digital que liga o hemisfério Sul e que proporcionará para Brasil e Angola o surgimento de diversos negócios relacionados com a quarta industrialização. O investimento realizado pela Angola Cables, com este cabo submarino e com as demais infraestruturas de telecomunicações que estamos trazendo ao país - Monet e Data Center de Fortaleza -, tem como objetivo potencializar a oportunidade de criação de valor para os mercados onde estão inseridos. A partir de agora, Brasil e Angola estarão a oferecer ao mundo uma rota alternativa de acesso aos Estados Unidos, um dos maiores produtores de todo o tipo de conteúdos globais, mas também à Ásia, uma das maiores regiões demográficas do planeta”, explica António Nunes, CEO da Angola Cables. “Não tenho dúvida de que com o SACS passamos a inserir o Ceará para o mundo nesta conexão digital, com competitividade de mercado pela proximidade que passaremos a ter agora com a África e com a Europa, sem depender do continente norteamericano. Isso vai atrair grandes investimentos para Fortaleza e para o estado. Por conta da nossa vocação e localização geográfica, seremos um grande centro de oportunidades para o cearense, que através das startups e dos softwares poderão fazer negócios com um novo mercado, africano, mas também se conectar com um mundo inteiro“, diz o governador do Ceará, Camilo Santana (PT). “Hoje o potencial tecnológico de Fortaleza e do Ceará se abre para toda a África. Nós temos uma capacidade de criação de softwares impressionante no nosso parque universitário. Com a abertura desse novo centro tecnológico para a África, Europa e Ásia, estaremos fazendo uma verdadeira vitrine mundial do produto cearense de software“, completa o vice-prefeito de Fortaleza,

Moroni Torgan (DEM). Benefícios O SACS traz a capacidade da companhia de encontrar soluções para problemas ainda inexistentes, uma vez que o cabo foi projetado e desenvolvido para atender acrescente demanda de dados das próximas gerações, motivado pelos serviços de streaming, incremento da produção de conteúdos e pelos avanços da Internet das Coisas. Ele chega com a perspectiva de trazer uma série de benefícios como redução de custos, aumento da velocidade de transmissão dos dados e melhoria na qualidade do acesso à informação, bem como disponibilizar maior capacidade de tráfego e assim incrementar o número de usuários de internet. “A Internet trouxe transformações profundas ao nosso modo de vida e este é um caminho sem volta. Investir em conexão se traduz em promover a inclusão de forma

Quando toda a rede internacional estiver concluída, Nunes ressalta que haverá uma grande mudança nas telecomunicações globais”.

abrangente e profunda. Já existem diversos estudos comprovando que melhorar os níveis das conexões gera grandes aumentos no crescimento e produtividade do PIB, além de ajudar a promover e acelerar o desenvolvimento de setores como saúde, científico, educação, entre tantos outros”, afirma Nunes. Complexidade A instalação do SACS em alto mar levou cerca de dois meses e envolveu a participação de engenheiros, profissionais de TI e mergulhadores profissionais para que o cabo realmente fosse fixado com segurança em solo marítimo. “Dessa forma, definimos o melhor caminho a ser percorrido, evitando possiveis rupturas que ele pudesse ter sofrido devido às movimentações rochosas do solo”, fala Nunes. Com a etapa da chegada do SACS concluída a Angola Cables passará a cuidar do processo de aterramento do cabo, instalação na sua estação, localizada na Praia do Futuro, realização de uma série de testes e, por fim, sua conexão no Data Center de Fortaleza, que se encontra em fase

adiantada de construção. A previsão para início das operações do SACS está mantida para o primeiro semestre desse ano. Memorando Além da chegada do SACS à Fortaleza, o evento marcou a assinatura de um memorando de entendimentos tendo em vista a cooperação entre o governo do Ceará e a Angola Cables, afim de viabilizar a infraestrutura que interligará o Data Center de Fortaleza ao Complexo Industrial do Pecém, permitindo o desenvolvimento regional no campo das telecomunicações. "Trazer o SACS até o Porto do Pecém significa levar tecnologia, acesso à informação e infraestrutura para que este complexo possa crescer e se desenvolver", conclui Santana. Empreendimentos Hoje, além do SACS a Angola Cables conta com outros dois grandes empreendimentos no Brasil, totalizando US$ 300 milhões em investimentos. São eles: o cabo Monet, já em operação, conectando Miami, nos Estados Unidos a Santos, passando também por Fortaleza. E o segundo projeto é a construção de um Data Center internacional, em Fortaleza, que será um agregador de cabos submarinos de fibra óptica e tem previsão de início das operações no fim do primeiro semestre deste ano. Quando toda a rede internacional estiver concluída, Nunes ressalta que haverá uma grande mudança nas telecomunicações globais, já que a troca de dados intercontinentais passará a ser mais rápida levando cinco vezes menos o tempo atual para que o continente africano tenha acesso aos conteúdos produzidos nas Américas, região que concentra os maiores centros de produção do mundo. Sobre aAngola Cables: Angola Cables é uma multinacional angolana de telecomunicações, fundada em 2009, que opera no mercado de atacado, cujo negócio principal é a comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados através de sistemas de cabos submarinos de fibra óptica. É um dos maiores acionistas do WACS (West

AfricaCable System), que liga a Africa do Sul à Londres, fornecendo serviços de nível de operador a operadores em Angola e na região subsaariana, tornando-se assim um dos maiores fornecedores de IP na região. Seus principais projetos - SACS e Monet - vão interligar três

continentes: América do Sul, América do Norte e África, bem como o Data Center de Fortaleza, uma instalação de Nível III que irá interligar os seus sistemas de cabo criando uma rede altamente conectada. Hoje a empresa já opera um Data Center em Angola, o Anganop.

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Gestão Parlamentar

Fortaleza-CE - fevereiro de 2018

Deputado Julinho acumula funções de destaque na AL

‘‘ Ao longo dos dois mandatos, parlamentar se consolidou como um dos nomes mais atuantes e influentes da política do Estado. Com perfil articulador, tem garantido benefício para população cearense nas áreas de segurança pública, saúde, educação, esporte e lazer são áreas contempladas por ações do Governo do Ceará.

Com dois mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Julinho (PDT) está entre os parlamentares mais atuantes e influentes do Estado. O perfil articulador o levou a ser escolhido para ocupar algumas das principais funções do Legislativo Cearense e hoje o credencia como um destacado quadro da política local. Julinho já presidiu duas comissões técnicas da Assembleia e também atuou na linha de frente do Governo Cid Gomes e Camilo Santana, liderando as bancadas governistas. Nessas funções, foi responsável pela defesa de diversos projetos em benefício da população cearense. Atualmente, faz parte da Mesa Diretora, colegiado que dirige os trabalhos do Parlamento. Com isso, participa das decisões sobre a pauta de matérias a serem priorizadas nas votações. Julinho também está à frente da comissão encarregada de solucionar divergências nos limites intermunicipais no Estado. O trabalho de coordenador do projeto Atlas de Divisas Georreferenciadas dos Municípios cearenses é importante para as populações de 56 municípios cea-

renses, inclusive das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri, onde a indecisão sobre os limites prejudica os cidadãos que precisam do serviço público como escolas e postos de saúde, por exemplo. Além de legislar e fiscali-

‘‘

Presidente da Comissão de Juventude. Vice-líder do Governo Cid Gomes. Presidente da Comissão de Orçamento Finanças e Tributação Vice-líder do Governo Camilo Santana. 3º Secretário da Mesa Diretora. Coordenador do projeto Atlas de Divisas. Georreferenciadas dos Municípios Cearenses. zar as ações do Executivo, o parlamentar tem o importante papel de representar a população e cobrar do governante a aplicação do dinheiro público em ações de interesse da comunidade. E é isso que Julinho tem feito diariamente

Antonio Matos

para garantir obras e projetos do Governo do Ceará, principalmente no município de Maracanaú, do qual é um dos principais representantes no parlamento cearense. Julinho também investe forte em projetos de lei próprios em benefício da população. Esse trabalho é feito nas comissões, no plenário e em diálogo com representantes dos servidores públicos e de entidades da sociedade civil. Ao longo de seus mandatos, o deputado Julinho tem se empenhado para cumprir esse papel com qualidade e responsabilidade, seja presidindo comissões, relatando projetos ou negociando com diversos setores da sociedade. Julinho é autor de 23 projetos de lei e 14 projetos de indicação. Como vice-líder do Governo no biênio 2015-2016, Julinho foi responsável pela relatoria dos principais projetos que beneficiam a população cearense, como o que instituiu o piso salarial dos agentes de saúde. Agentes Comunitários de Saúde Em fevereiro deste ano, a Assembleia aprovou o adicional de insalubridade de 20% sobre os vencimentos dos agentes comunitários de saúde. A

matéria foi aprovada com emenda de autoria de Julinho adequando o texto à legislação federal e dando mais segurança jurídica para a categoria. “Esse é mais um compromisso do governador Camilo Santana cumprido com nosso apoio”. Bilhete Único Metropolitano Ele também liderou a votação da lei nº 15.797 de 25 de maio de 2015, que proporcionou a promoção de mais de nove mil policiais e bombeiros

militares. Julinho defendeu a implantação do Bilhete Único Metropolitano e foi responsável por ampliar o benefício, tornando ilimitado o número de integrações que os passageiros podem fazer diariamente. Com ajuda de Julinho, o horário de funcionamento da linha sul do Metrofor está sendo ampliado. Julinho foi relator do projeto de lei para contratar 148 novos funcionários para o metrô.

Produção Legislativa

23 Projetos de Lei

14 Projetos de Indicação

38 Emendas modificativas


Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

Economia/Empreendedorismo

Planejamento financeiro se torna prioridade dos microempreendedores após mudanças nas regras do MEI O aumento do valor de faturamento foi a principal mudança no enquadramento do programa, além da inclusão e exclusão de algumas atividades. Desde o dia 1° de janeiro estão em vigor novas regras para o enquadramento no regime de Microempreendedor Individual (MEI). A principal mudança foi o aumento do limite de faturamento, que passou de R$ 60 mil para R$ 81 mil. Para respeitar as regras, que no geral são consideradas positivas para os microempreendedores, o caminho é planejamento financeiro e organização do negócio para crescer. De acordo com os últimos dados do Portal do Empreendedor, existem aproximadamente 7,3 milhões de microempreendedores no Brasil. O crescimento dos profissionais nessa modalidade fez com que as mudanças se tornassem necessárias e requeridas há algum tempo, segundo a Consultora Empresarial da Bosco Assessoria, Ana Paula Bosco. “A margem de antes era muito apertada para os empreendedores, pois representava um faturamento médio mensal de R$ 5 mil. Com a mudança o faturamento mensal pode chegar até R$ 6.750,00, o que proporciona mais possibilidade de crescimento para os microempreendedores e a garantia dos benefícios da Lei”. Mas nem sempre o microempreendedor tem tempo e ferramentas para fazer o controle do seu faturamento, garantir o cumprimento das regras e ainda, avaliar qual é o momento de permanecer ou mudar de regime. Nesse contexto, Ana Paula Bosco alerta para a importância do planejamento financeiro. “Não é só porque você é um microempreendedor que você não deve estar atento à saúde financeira do seu negócio”. Para ela, o MEI é uma oportunidade para quem quer testar seu modelo de negócio e, de certa forma, testar o lado empreendedor. “Mas vai chegar um momento em que o empreendedor terá um faturamento superior do que o permitido, então é necessário muito planejamento e ações de prevenção”, complementa a consultora empresarial.

Inclusão e exclusão Outras alterações do MEI implicam também na admissão de novas categorias, como apicultores e prestadores de serviço de poda e roçagem, além da exclusão de algumas atividades, como contadores e personaltrainers. “O MEI entende que o contador já é beneficiado dentro do Simples Nacional. Já a decisão de excluir as atividades de personaltrainer da lista de quem pode se enquadrar como MEI foi tomada pelo Conselho Gestor do Simples Nacional. Para tanto, foi considerado o fato de que nenhum profissional liberal, ou seja, que exerce uma atividade regulamentada, pode ser equiparado a um empresário”, explica ao lembrar que cabe algumas soluções para o profissional de personaltrainer, podendo atuar como profissional liberal, ou realizar a formalização do modelo de negócios nas naturezas jurídicas de Empresário Individual (EI), EIRELI, ou Sociedade Limitada. Contribuição mensal Outro item que mudou é a taxa mensal referente a Previdência Social, Imposto de

Circulação de mercadorias – ICMS e o Imposto sobre Serviços – ISS, que será corrigido de acordo com o salário mínimo. “A partir deste ano, os valores passam a ser de R$ 48,70 para atividades de comércio e indústria R$ 53,70 para atividades de comércio e serviços, e de R$ 52,70 para serviços”, esclarece Ana Paula Bosco. O pagamento já incide desde a primeira parcela do ano. Multa Na avaliação da consultora empresarial, a nova atualização da lei beneficia também os microempreededores que ultrapassaram o faturamento em até 20%. “Para regularizarem a situação, ao término do exercício, se o empresário faturou 20% a mais do que o permitido ele precisa recolher por meio do DAS o excesso de receita à Receita Federal”, comenta. Para ser um Microempreendedor Individual basta fazer o cadastro no Portal do Empreendedor. Depois de concluído, o microempreendedor já tem o número do CNPJ. Após isso, é só procurar a Sala do Empreendedor da sua cidade para a emissão do alvará, que vai de acordo com a legislação de cada município.

M. Dias Branco apresenta lançamentos na Gulfood 2018, em Dubai A empresa levou seus principais produtos para a feira nos Emirados Árabes com foco nas marcas Richester e Isabela.

Delicitá, Treloso Power e Adorita Tropical, estes são os três lançamentos que a M. Dias Branco, empresa líder no mercado brasileiro de massas e biscoitos, apresentou durante a Gulfood 2018, maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio e uma das maiores do mundo, que aconteceu de 18 a 22 de fevereiro em Dubai. A Companhia foi representada pelo seu Diretor de Exportação, César Reis, e pelo Coordenador Caio Moura, que viajaram com o objetivo de prospectar novos mercados, fomentar e fortalecer parcerias com clientes estrangeiros e divulgar as marcas. Além dos segmentos de massas e biscoitos, a M. Dias Branco atua em diversos outros, como torradas, margarinas, bolos, snacks e misturas para bolo, possuindo em seu portfólio marcas de grande força nas diversas regiões do Brasil. “Todo o portfólio foi apresentado durante a feira em Dubai, com destaque para as marcas Richester e Isabela e para os nossos três lançamentos”, explica César.

O stand da empresa esteve localizado no espaço da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e, lá, os participantes do evento congeceram a nova linha de biscoitos salgados da Vitarella, Delicitá, produzidos com ingredientes selecionados e que derretem facilmente na boca; foram apresentados também ao biscoito Treloso Power, no sabor chocolate recheado com baunilha, a combinação perfeita de biscoito fininho e crocante, recheio cremoso e sabor irresistível; além de conhecerem o creme vegetal termo-resistente Adorita Tropical, que pode ser transportado e comercializado sem refrigeração. “Nós temos convicção que nossa inovação e padrões de alta qualidade agradaram o consumidor internacional. Nós combinamos preço e qualidade com embalagens modernas, práticas e atrativas e sabores diferenciados”, afirma César Reis. A Gulfood é a única feira de negócios comparável aos eventos europeus ANUGA e SIAL, com conferências, apresentação de tendências e premiação às empresas com produtos de excelência inovadores. Essa é a 23ª edição do evento, que contou com cerca de 5.000 expositores, mais de 120 pavilhões internacionais e dezenas de milhares de visitantes. Sobre M. Dias Branco S. A. Indústria e Comércio de Alimentos

Contando com mais de sessenta anos de existência, a M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos é uma empresa do setor de alimentos com ações negociadas no segmento do Novo Mercado da BM&FBovespa. A Companhia produz e comercializa biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras vegetais, snacks e bolos, mistura para bolos e torradas. Sediada em Eusébio (CE), a empresa é líder de mercado em biscoitos e massas no Brasil, é a sexta maior empresa de massas e a sétima de biscoitos no ranking global por faturamento. Suas operações geram mais de 16,5 mil empregos diretos em diferentes regiões, refletindo o seu compromisso com fatores importantes para o desenvolvimento econômico e social do país. Sua história começou ainda na década de 40 quando o comerciante e imigrante português, Manuel Dias Branco inaugurou a Padaria Imperial, em Fortaleza (CE).

Crescimento mais equilibrado no varejo global; Brasil tem uma representante entre 250 maiores do mundo Receitas das 250 maiores varejistas do mundo somaram US$ 4,4 trilhões em 2016; Momento do comércio é transformador, mas consumidor conduz tendências. As 250 maiores empresas de varejo do mundo apuraram receitas somadas de US$ 4,4 trilhões no ano fiscal de 2016, o que equivale a um crescimento de 4,1% em relação a igual período de 2015, segundo o estudo da Deloitte Global PowersofRetailing 2018: mudança transformadora, comércio revigorado. "A economia global está em meio a um período de crescimento relativamente forte e com condições benignas. O crescimento avançou na Europa e no Japão, ficou estável na China e nos EUA e foi retomado em diversos mercados emergentes", afirma Ira Kalish, economista-chefe da Deloitte Global. "Para os varejistas, um crescimento econômico mais forte é sempre bem-vindo. No entanto, eles também devem lidar com as consequências negativas da crescente desigualdade de renda, ações de protecionismo e o potencial impacto do aperto monetário." Entre as empresas brasileiras, destaque para o grupo Lojas Americanas S.A, que pelo terceiro ano consecutivo figura na lista das 50 companhias de crescimento mais rápido dentre os maiores grupos varejistas globais, além de seguir como único representante do Brasil no ranking das 250 maiores empresas do setor, ocupando a 185ª colocação. “É importante perceber que, em geral, as empresas que apuraram melhores resultados entre as gigantes do varejo mundial são aquelas que se adaptaram melhor às múltiplas plataformas de vendas e de atendimento aos clientes. A cada dia, o consumidor navega com mais desenvoltura pelos canais online dos varejistas, obtém informações e trocam impressões pelas redes sociais para fazer comparações e decidir onde e como comprar. No entanto, todas as facilidades do espaço virtual não são garantias de vendas online, pois as pessoas vão escolher o ambiente que melhor atender seus anseios a cada compra, o que pode acontecer em uma loja física ou virtual”, explica Reynaldo Saad, sócio-líder da Deloitte para o atendimento às empresas do setor de Bens de Consumo e Varejo. Gigantes globais No ranking global, os cinco maiores varejistas mantiveram suas posições no quadro de líderes. Por outro lado, uma combinação de crescimento orgânico, aquisições e volatilidade da taxa de câmbio embaralhou as colocações das empresas restantes no Top 10 do ranking - que agora representa 30,7% da receita de varejo geral do Top 250 (em comparação com 30,4% no ano anterior). As norte-americanas Wal-Mart, CostcoWholesale Corporation e The Kroger Co. continuam, portanto, na liderança do ranking, seguidas pelo Schwarz Group, da Alemanha, e da também americana Walgreens Boots Alliance. A Amazon (EUA) avançou da 10ª para a 6ª colocação, substituindo nessa posição a The Home Depot (EUA), que recuou para o 7º lugar. O AldiGroup (Alemanha) manteve a 8ª colocação, enquanto que o Carrefour S.A. (França) passou do 7º posto para o 9º neste ano. Já a norte-americana CVS Health Corporation figura na última posição do Top 10, evoluindo da 12ª colocação, na qual estava no ano anterior. Pela primeira vez em quatro anos, as empresas varejistas do setor de vestuário e acessórios não foram as líderes de crescimento, mas continuam formando o segmento mais lucrativo. A quota europeia do Top 250 caiu novamente este ano, com 82 varejistas entre os listados com sede na Europa (eram 85 no ano fiscal de 2015 e 93 no ano fiscal de 2014), o que aumentou a diferença em relação às empresas da América do Norte. No entanto, desse resultado, os varejistas europeus seguem sendo mais ativos em nível mundial, enquanto buscam crescimento fora dos mercados domésticos maduros, de acordo com os dados do estudo. Quase 41% das receitas combinadas das empresas dessa região foram gerados a partir de operações estrangeiras – o que equivale a quase o dobro do apurado no geral do Top 250. Mudança transformadora O estudo da Deloitte avalia também como as regras do varejo estão sendo reescritas neste momento de transformação do setor. A inovação, a colaboração, a consolidação, a integração e a automação provavelmente serão necessárias para revigorar o comércio, impactando profundamente a maneira como as organizações fazem negócios agora e no futuro. O levantamento apurou quatro grandes tendências: Criação de recursos digitais de primeira linha - Os varejistas de todo o mundo estão se adaptando rapidamente ao fato de que, do ponto de vista do consumidor, a decisão de compras não é baseada em uma disputa entre os ambientes físico e online. Para eles, o canal de compras não importa, mas, sim, a satisfação de suas expectativas; Passar a combinar os ambientes físico e online compensa o tempo perdido - Muitos varejistas que ficaram inicialmente à margem das atuais evoluções do mercado podem não ter conseguido acompanhar as tendências digitais com a intensidade ideal, mas estão agora compensando o tempo perdido com esforços de readequação; Criando experiências exclusivas e atrativas na loja - As lojas físicas de varejo não estão sendo extintas: 90% das vendas no varejo mundiais ainda são realizadas nesses tradicionais ambientes. Mas, para competir com a conveniência e a variedade de oportunidades permitidas pelo ambiente online, oferecer experiências significativas aos clientes e contar com o engajamento das marcas são cruciais para manter as lojas físicas atrativas; Reinventando o varejo com as mais recentes tecnologias - Internet das coisas (IoT), inteligência artificial, realidades aumentada e virtual e robôs devem estar no radar dos varejistas como ferramentas de gestão e de estímulo às vendas. "Vivemos um tempo de transformação no varejo. O cliente está claramente com o controle nas mãos, habilitado pelas tecnologias para permanecer constantemente conectado e mais capacitado do que nunca para gerar mudanças de comportamento em relação às compras", diz VickyEng, líder global do setor de varejo da Deloitte.

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Fortaleza-CE - Fevereirode 2018

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O centenário da beletrista Cândida Maria Santiago Galeno Reportagem: Zelito Magalhães

Corria o ano de 1964, quando desapareceu de nosso convívio a filha e secretária de Juvenal Galeno da Costa e Silva – Henriqueta Galeno. Daí por diante, a Casa de Juvenal Galeno passou a ser dirigida pela neta Cândida Maria Santiago Galeno, que trazia no sangue a herança da poesia e das letras do avô. Desde pequena tratada carinhosamente por Nenzinha Galeno, foi a terceira filha de uma geração de onze filhos do magistrado Antônio Galeno da Costa e Silva e de Cândida de Santiago Galeno, ele o filho primogênito de Juvenal. Nenzinha Galeno nasceu em 18 de março de 1918, na Vila de São Bernardo das Russas, para onde seu pai foi, ainda solteiro, exercer a profissão de juiz. Ali vieram à luz mais dois irmãos – Juvenal (falecido antes de completar um ano) e Alberto Galeno. De volta a Fortaleza, nasceram outros filhos: Lúcia, Antonieta, Heloisa (falecida) Maria do Carmo (falecida), Stela e Iolanda.

Corria o ano de 1964, quando desapareceu de nosso convívio a filha esecretária de Juvenal Galeno da Costa e Silva – Henriqueta Galeno. Daí por diante, a Casa de Juvenal Galeno passou a ser dirigida pela neta Cândida Maria Santiago Galeno, que trazia no sangue a herança da poesia e das letras do avô. Desde pequena tratada carinhosamente por Nenzinha Galeno, foi a terceira filha de uma geração de onze filhos do magistra do Antônio Galeno da Costa e Silva e de Cândida de Santiago Galeno, ele o filho primogênito de Juvenal. Nenzinha Galeno nasceu em 18 de março de 1918, na Vila de São Bernardo das Russas, para onde seu pai foi, ainda solteiro, exercer a profissão de juiz. Ali vieram à luz mais dois irmãos – Juvenal (falecido antes de completar um ano) e Alberto Galeno. De volta a Fortaleza, nasceram outros filhos: Lúcia, Antonieta, Heloisa (falecida) Maria do Carmo (falecida), Stela e Iolanda.

o Dr. Galeno, seu pai. Em seguida, viaja para o Rio de Janeiro para aprimoramento de seus estudos. Na capital federal, fez curso de especialização no Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP) Regressando ao Ceará, matricula-se no Instituto Social de Fortaleza, onde formou-se na área de Serviço Social em 1958. Ingressando no serviço público, foi trabalhar na antiga Cadeia Pública de Fortaleza (Casa de Detenção) que ficava na rua Senador Jaguaribe, depois Emcetur. Na penitenciária, ela conheceu, entre outros detentos, José Joaquim Leandro, famoso facínora, alcunhado de Catanã, elemento considerado de alta periculosidade. Diz a crônica: “Aproximou-se dele, tratou-o como pessoa humana, porque mesmo nos criminosos, essa pessoa humana não desaparece, assim pensava Nenzinha”. O certo é que Nenzinha adquiriu a confiança de Catanã, ao ponto de haver feito em sua pessoa uma mudança radical.

O sestudos Cândida Galeno fez os primeiros estudos na cidade de Russas e o secundário no Colégio Santa Teresa, no Crato, o normal no Colégio Imaculada Conceição, em Fortaleza, diplomando-se em 1936. Retornando ao interior, passou a lecionar até 1939, quando morreu

Vida literária No ano de 1953, marcou a sua estreia como escritora, lançando o livro de contos “Naipes”. Com o livro “Presenças”, conquistou em 1954 o Prêmio Literário Rodolfo Teófilo no concurso literário promovido pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Em 1955,

lança “Trevo de Quatro Folhas”, que escreveu de parceria com três outras escritoras. Assume em 1956 a Cadeira nº 12 da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, tendo como patrona sua avó, esposa de Juvenal Galeno. Foi a terceira mulher a ingressar em 1960 na Academia Cearense de Letras, onde galgou o cargo de secretária. Sob o pseudônimo de Branca de Castela, marcou presença como colaboradora dos jornais O Nordeste, O Povo, O Estado e Correio do Ceará. Neste último periódico, mantinha a Coluna da Ala, que servia de informativo das componentes da agremiação. Figura na Antologia do Folclore Cearense, de Florival Seraine, com oprecioso trabalho “Ritos Fúnebres no Interior” (1968). Foi diretora da revista Jangada, que servia de intercâmbio cultural da Ala. Foi uma das coordenadoras da publicação “Mulheres do Brasil” cuja primeira edição data do ano de 1971 e estendeu-se em várias edições. Revelando a veia poética herdada do avô Juvenal Galeno, produziu, dentre outras composições, o soneto que transcrevemos: Santa Teresa de Jesus, os sinos Levam teu nome aos vales e às montanhas E teu nome ressurge das entranhas Da terra, após, em lírios peregrinos. Que não ouças as súplicas estranhas Das novenas e lânguidos violinos: Ouve-me o verso! Falo-te dos hinos Que entendeste, tulipas das Espanhas! Para adorar-te me prosterno e humilho Em vez do incenso, trago-te o tomilho E o manto real do sol da Salamanca. Venho em nome das almas das guitarras Alas que que entoando mil canções bizarras Vão pela noite legendária e branca. O brilhante Cruz Filho disse a respeito de Nenzinha: “A sua prosa, que se distingue pela beleza da forma e delicadeza em que é vazada, excede geralmente pelo brilho e fluência do estilo(...)” Outros caminhos Na sua visão humanística voltada para as letras. Nenzinha instalou em 1964, com Oscar Moreira, a Editora Henriqueta Galeno, através da qual inúmeras edições de livros, revistas e outras publicações saíram do seu prelo. Quando tivemos a ideia de prestar uma homenagem ao Patriarca dos Cantadores do Nordeste- Cego Aderaldo, pelo 30º dia de morte ocorrida em junho de 1967, Cân-

Hilma Montenegro

dida Galeno abriu-nos as portas da Casa com a simpatia que lhe era peculiar. A pretensão era fazermos uma simples apresentação (“Noite de Violas” seria o tema), porém, ela alterou para “Noites das Violas”, que passaram a repetir-se por vários anos. Revelando mais uma vez o seu zelo pelas letras e a poesia, criou em 1969 a União Brasileira deTrovadores-UBT, seção de Fortaleza. Recebi o honroso convite de participar da sua diretoria, ao lado de menestréis da estirpe de Vasques Santiago Filho, Carlyle Martins, Adauto Gondim, Rita de Lara, César Coelho, dentre outros. Com o apoio da Casa de Juvenal Galeno e da União dos Trovadores, a poetisa e sócia da Ala Feminina, Marilita Pozzoli, lançou em 1973 o livro “Atire a Primeira Flor” Nenzinha fez parte das seguintes instituições: Academia Cearense de Letras, Comissão Cearense de Folclore, Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Sul, Associação Brasileira de Assistentes Sociais, Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB), União Brasileira de TrovadoresUBT-seção de Fortaleza, Associação Cearense de Imprensa-ACI. Detentora das Medalha daAbolição (pela Casa de Juvenal Galeno) e Medalha da Cidade de Fortaleza, além de outras comendas. Ala Feminina Nos idos de 1936, a beletrista Henriqueta Galeno resolve romper as barreiras e os grilhões, segundo ela, “que encarceravam o “pensamento feminino”, criando uma instituição à qual denominou de “Falange Feminina”. Em 1942, um novo alento revitalizou a semente literária e as “falangistas”, organizando-se em definitivo, numa reunião dominical do dia 8 de novembro, aprovaram o nome “Ala Feminina”. Um estatuto foi elaborado, sendo a diretoria eleita a cada dois anos. Com o desaparecimento da Dra. Henriqueta Galeno, no ano de 1964, Nenzinha assumiu a direção da Casa, bem como da Ala Feminina, tornando-se sua 2ª presidente. Até então, nove escritoras estiveram à frente da Ala, a saber: Henriqueta Galeno, Cândida Galeno, Risette Cabral, Jandira Carvalho, Alayde de Souza, Neide Freire e a atual Matusahila Santiago. Nenzinha Galeno, na qualidade de presidente, criou o jornal “O Cearense” de curta duração. Veio o segundo órgão, batizado de ALA, que circulou entre 1984 e 1985. Também naquele ano de 1984, a escritora Maryse Weyne Cunha compôs a letra e música do Hino da Ala Feminina, com arranjo de Francisco Jardilino que começa com a estrofe: Nós somos da “Ala Feminina” Senhoras somos de ideias mil da Casa de Juvenal Galeno.

Gisela Paschem

Matusahíla Santiago: Atual Presidenta

Noite das Violas - Os cantadores Severino Pinto e Simplício Pereira, vendo-se atrás Zelito Magalhães (de óculos e gravata escura)

Um dos maiores poetas do Brasil No ano de 1989, com o aval das acadêmicas, Nenzinha elevou de 40 para 60 o número de Cadeiras da agremiação. O Dr. João Otávio Lobo assim define a entidade: “Ala Feminina – essa revoada de inteligência e graça – é florão de garantia neste cenáculo em que douradas abelhas de nossa “elite” trabalham uma colmeia de espiritualidade e arte”

Raimunda Neide Moreira Freire (Neide Freire), então Presidente da Ala Feminina. Contou com um Conselho Editorial comprometido com o “fazer literatura de qualidade”, trazendo nomes como o de Giselda Medeiros, Leda Costa Lima, Geraldina Amaral, sob o respaldo valoroso da diretoria, que tem à frente a escritora Matusahila Santiago.

Preito de Gratidão Revista Jangada Uma das homenagens de que foi alvo Cândida Maria Santiago No ano de 1949, sob a direção de NenGaleno, destaca-se o soneto “À Nenzinha”, da zinha Galeno e Maria de Lourdes Vasconlavra de Maria Zênith Feitosa, que transcrecelos Pinto, é criada a Revista Jangada vemos: “És um belo momento de idealismo/ cujo primeiro número veio à lume no dia 25 De Deus... E no transcurso da existência/ Plasde dezembro. Tinha como finalidade premada em nobres gestos de altruísmo/ - És genecípua divulgar e promover a literatura femirosidade em quintessência! – Tua alma é nina . A acadêmica e jornalista Geraldina Arte; o coração Lirismo.../ E em torno de ti Amaral, uma de suas fundadoras, disse em depoimento: “A Jangada foi a primeira asparzes refulgência!/ Trazes no próprio nome A saudosa beletrista revista literária essencialmente feminina no simbolismo/ De singular e rara transcendênfechou os olhos ao país. A Ala Feminina da Casa de Juvenal e cia! - “Cândida”, sim! Teu nome é singeleza/ sua revista se reúnem e se completam e mundo num sábado Relicário de Paz e de Beleza/ Que esbanjas trabalham juntas, como criadora e criatura, com grandeza espiritual!/ Inteligências apasdo dia 22 de julho no sentido de abrirem caminhos cearenses centas... Banhas/ De luz e em luz de propordas letras, ciências e artes para a consecudo ano de 1989. ções tamanhas/ - Fulge a obra de Henriqueta e ção de mais um período produtivo. Mas a revista Jangada, como qualquer outro Juvenal! No ano de 1987 é colocada na Casa empreendimento, sofreu crises existenciauma Placa com os dizeres: “Homenagem à is, as de origem financeira, e ancorou por vinte e seis anos nos “al- escritora Cândida Maria Santiago Galeno pela relevante contribuivos areais das praias de Alencar”. Em 1972, a Ala Feminina, com ção à comunidade cearense”. No mesmo ano, a 27 de setembro, o apoio de Nenzinha Galeno, escolhia um nome para um jornal ocorre o lançamento da 2ª edição de TROVADORES periódico mensal que foi “O Cearense”, de curta duração. Outro CEARENSES. A saudosa beletrista fechou os olhos ao mundo jornal veio batizado de ALA, que circulou em 1984 e 1985. No num sábado do dia 22 de julho do ano de 1989. Sunt etiam sua auspicioso ano de 1994, sem a presença de Nenzinha, a Jangada voltou a circular com nova roupagem sob a orientação da escritora praemialaudi.

EM BREVE: LANÇAMENTO DO CORDEL:

“A Ressurreição do a Amor debaixo de um pé de imbuzeiro”.

ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará

HÁ MAIS DE 150 FAZENDO HISTÓRIA

Sindicato dos Jornalistas do Ceará

Do poeta popular Chagas Gomes


8 Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

Cultura/Educação

ENTREVISTA Cineteatro São Luiz dá início a programação alusiva ao seu O repórter do Jornal do Comércio do Ceará, Eduardo Fontenele entrevista o aniversário de 60 anos O Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), dá início a programação alusiva ao seu aniversário de 60 anos. O evento traz a aula-espetáculo “Luiz, Câmera, Ação”, com o ator, diretor e dramaturgo Ricardo Guilherme. No palco, seis décadas de história do São Luiz, suas memórias e aspectos históricos que permearam a vida social de Fortaleza. O espetáculo é seguido pela apresentação “StepUP” do grupo musical espanhol aupaQUARTET. A programação tem entrada gratuita. O convite para a celebração da data é também para uma experiência estética. Um mergulho numa história construída por memória, afeto e resistência, assim como destaca a diretora do equipamento, Rachel Gadelha: “Em março, o São Luiz faz 60 anos, comemoração que nos alegra e nos convidaa seguir adiante cheios de sonhos, dispostos ao trabalho, reconhecendo trajetórias e cenários, reverenciando públicos e artistas. Seguimos sabedores de que essa casa merece todos os aplausos e uma vida longa. Que esse espetáculo nunca termine!”. Espaço de grande valor simbólico, patrimonial e afetivo para a população cearense, o Cineteatro São Luiz chega ao ciclo sexagenário sendo um dos poucos cinemas de rua ainda em atividade no Brasil. Um lugar de formação de plateia, público, audiência, mas sobretudo, de formação de repertórios artísticos e culturais, capazes de ampliar horizontes e conhecimentos, capacidade crítica e inventiva de ser e de estar no mundo. Ao longo do mês de março outras atividades marcam as comemorações, incluindo uma lista de 45 clássicos que marcaram a história do cinema, espetáculos com nomes importantes do teatro local e internacional e show com o músico Ivan Lins. Programações especiais alusivas a data também ocorrerão ao longo do ano. A abertura das comemorações começa às

escritor pernambucano Urariano Mota

(Por Eduardo Fontenele)

19h com a aula-espetáculo “Luiz, Câmera, Ação”, com Ricardo Guilherme. A classificação indicativa é de 14 anos. O ator, diretor e dramaturgo percorre as seis décadas de história do Cineteatro São Luiz (1958 a 2018), revive memórias e resgata aspectos históricos de Fortaleza com material iconográfico e sonoro. Em parceria com o projeto Giro das Artes, às 20h, quem se apresenta na Casa é o grupo musical espanhol aupaQUARTET com o espetáculo “StepUP”. Trabalho que realiza uma fusão particular de estilos - sonoridades de suas influências com suas próprias composições. O aspecto clássico dos instrumentos de cordas do grupo contrasta com a música que produzem, cheia de estratagema, força e espontaneidade. O show representa um breve passeio pela história do grupo ao propor a apresentação de músicas de alguns dos artistas que influenciaram e inspiraram suas carreiras como Michael Jackson, Sting, John Coltrane ou James Brown.

Jogos de tabuleiro podem auxiliar no desenvolvimento da criança

Os jogos de tabuleiro, ao contrário do boom atual vivido no segmento, sempre esteve presente no desenvolvimento das crianças. É um recurso muito utilizado por diversos profissionais da área de psicologia e pedagogia, e além disso, pode ser utilizado também por pais e mães dentro de casa. Quando consideramos a atividade lúdica como berço das atividades intelectuais da criança, os jogos tem um papel fundamental no desenvolvimento dos pequenos. “Os jogos são recursos muito ricos que podem e devem ser utilizados no ambiente escolar. Eles fornecem à criança as primeiras noções de regras, estratégia, envolve o “ganhar ou perder”, aponta Ana Lúcia Castilho de Oliveira, diretora pedagógica de educação infantil do Colégio Interarte, de São Paulo. Neste cenário o jogador precisa se colocar no lugar do outro, elaborar estratégias e planos, e também há uma relação psicológica muito importante na formação da pessoa, já que a derrota ensina a lidar com a frustração. Além disso, o relacionamento interpessoal entre as crianças e até entre pais e filhos acaba sendo muito estimulado “Os jogadores são incentivados a conviver, respeitar as opiniões, discutir regras. Não podemos esquecer também que é uma brincadeira, portanto fortalece os laços com amiguinhos e é uma

ótima forma da família interagir com a garotada” afirma Denise Spadini, Diretora de Educação Infantil do colégio Interarte. Para as editoras de jogos, também existe uma preocupação em atender este público “Sempre gostamos de manter games que podem ser jogados em família, e damos destaque para as principais funções que ele estimula na própria caixa do game. Como é o caso do Animal Upon Animal, que é um jogo de empilhamento que ajuda no desenvolvimento de habilidades motoras, coordenação e visualização 3D” afirma Cristiano Cuty, um dos sócios da Conclave, uma das principais editoras de boardgame do Brasil. O “Animal Upon Animal”, segundo o especialista em games e proprietário da loja Game Vault, em São Paulo, Roger Glasser, é a opção perfeita para jogos em família “O game é divertido, ajuda na coordenação motora e garante boas risadas. Notamos isso quando recebemos famílias na loja que procuram nos boardgames uma forma de interação com suas crianças” conclui. Ana Lúcia Castilho de Oliveira é Diretora pedagógica da educação infantil do Colégio Interarte. Psicóloga e psicopedagoga, com mais de 20 anos de experiência em sala de aula e consultório clínico de psicologia.

Urariano Mota tem como característica física mais marcante a sua barba hirsuta e grisalha de profeta do Antigo Testamento, apesar de ateu. Ela lhe confere o aspecto de um filósofo, de um Karl Marx, ou de um escritor de séculos passados. A barba de um José de Alencar ou de um Machado de Assis. Ela dá ao escritor uma propriedade única, confere-lhe a autoridade de um sábio, e o legitima como um ser diferenciado da maioria dos meros mortais, os de barba escanhoada. Ele adquire ares de rebelde, de marginal (não no sentido pejorativo), um outsider. É a imagem clássica de um comunista, um Fidel Castro, um Che Guevara, que voltara dos mortos, renascido. Urariano nasceu em Água Fria, bairro localizado no subúrbio do Recife, no ano de 1950,é aposentado do Banco do Brasil, formado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Atualmente é colunista do Portal Vermelho, do Jornal GGN e do Brasil 247. Além de ser colaborador do Diário de Pernambuco. Durante sua juventude, militou pela esquerda contra a Ditadura Militar (1964-1985). Hoje, um homem maduro, é, acima de tudo, um indivíduo marcado. Marcado pela morte de amigos, companheiros de luta. Marcado pelo luto. Por uma tristeza que nunca irá embora. A dor que nunca acaba, a dor da morte e da falta dos amigos. Transformou sua dor em tema literário. Sua luta que nunca acabará. Sua luta pela igualdade entre os indivíduos, pelo fim da segregação entre os gêneros, pela reforma da sociedade, extinção das classes sociais e pela implantação do marxismo no Brasil. O autor permanece perplexo diante dos crimes cometidos durante o regime de exceção que

ocorreu no Brasil e em outros países da América Latina, onde personagens como Soledad BarrettViedma, e Jarbas Pereira Marques encontraram seu fim de forma trágica. Os dois assassinados pela repressão, traídos pelo marido de Soledad, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, que a entregou grávida de quatro meses do filho dele para o martírio. O Cabo Anselmo era um agente da Ditadura infiltrado na Va n g u a r d a P o p u l a r Revolucionária (VPR), grupo do qual Soledad e Jarbas faziam parte. O massacre no qual os dois foram vítimas entrou para a história do Brasil como “Chacina da Chácara de São Bento”, que ocorreu no dia 8 de janeiro de 1973. Os mártires, além dos dois citados anteriormente, se chamavam Eudaldo Gomes da Silva, Pauline Reichstul, Evaldo Luís Ferreira de Souza e José Manoel da Silva. A chacina teve participação direta do Delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS, que executou os seis ditos “terroristas”, com 26 tiros, 14 apenas na cabeça.

Por que escrever sobre a Ditadura Militar da década de 70 nos dias de hoje? O negócio é o seguinte, Eduardo, é que a gente não escolhe os temas, os temas é que nos perseguem, entende? Não fui eu que escolhi... Eu já disse isso em outra oportunidade, eu vou escrever sobre a Ditadura. Eles nos perseguem. Porque o que você tem que escrever é sobre aquilo que te marca fundamentalmente. É impossível você ter passado pela Ditadura e não ter sido tocado por ela... Se você foi com o mínimo de consciência política, é impossível você esquecer isso. Você pode até fingir que esqueceu, mas o tema te persegue. Este tema vem me perseguindo desde o primeiro romance, Os Corações Futuristas(1997). O segundo romance foi Soledad no Recife(2009). E depois teve O Filho Renegado de Deus(2013), onde eu falo sobre a infância de um militante de esquerda. E finalmente este, que pra mim é o meu romance mais ambicioso, mas o mais famoso ainda éSoledad no Recife. Por que fixar a narrativa na revolucionária e poetisa paraguaia Soledad Barrett? Qual a importância dela para a revolução? Sim. A questão é a seguinte, Soledad não entrou por acaso, aqueles seis assassinatos que houve no Recife atingiram um amigo meu e outro que caiu na clandestinidade, daí entendi o motivo: ele havia tido contato com o Cabo Anselmo. E o Cabo Anselmo foi na casa dele, pegá-lo. Ele já tinha se mandado, entendeu? Quer dizer, eu não conheci pessoalmente Soledad. Mas eu conheci as circunstâncias que envolveram o assassinato dela e de um companheiro lá do Recife chamado Jarbas, que era um sujeito dedicado completamente à luta, ao nível da ingenuidade. Jarbas uma vez me deu uma lição de moral! (enfático) Era uma sexta-feira de carnaval no pátio de São Pedro, e eu disse: “Era bom que houvesse cerveja pra todo mundo”. Aí ele disse: “Não. Era bom que tivesse pão. Não era cerveja, não.” Ele era assim, entende? Quer dizer, esses são acontecimentos que marcaram profundamente a nossa geração. Quando eu lancei Soledad no Recife, eu fiquei incrível, porque aquela que havia sido tida como terrorista, estava na capa dela, a imagem dela na TV, anunciando o lançamento. Quer dizer, a busca, a procura de Soledad, eu estava procurando falar sobre um trauma de juventude, de quando eu tinha vinte de dois anos. O que o levou a escrever este romance? É o seguinte, foi a morte de um militante amigo, sabe? Está aqui na dedicatória, “A Marco Albertim, in memoriam”. Era um militante comunista e jornalista, lá do Recife, que morreu faz dois anos. Cerca de dois anos. E quando eu estou lá no necrotério... Rapaz, me deu uma sensação de impotência e revolta. Eu dizia: “Isso não pode terminar assim, sabe?” A revolução não houve... ainda. Porra. E eu tenho que falar sobre isso... Como eu não sei... Mas eu vou falar sobre isso. E eu pensava que eu tinha encerrado o meu ciclo! Eu pensei que o meu ciclo havia encerrado! Mas aí eu disse: “Porra! O meu ciclo não encerrou! Está aqui e eu não sei o que vem depois disso. Eu não sei...”. Mas foi a morte dele... Marco Albertim. Eu ia fazer uma pergunta sobre ele, mas você já respondeu. Outra questão: fale um pouco sobre o seu processo criativo. Ah, bom. O que chamam de processo criativo, que eu não sei bem se tenho, é o seguinte: você tem uma provocação, uma chamada, um estímulo. Essa provocação pode ser uma conversa, pode ser um trabalho... Ou seja, você é chamado... (Neste momento, a entrevista é interrompida por um interessado em adquirir o livro do autor). Urariano retoma sua linha de raciocínio e retorna à entrevista: ...Mas você não pode, seguramente, escrever somente na chamada “inspiração”. Aí você para, começa a amadurecer, e aí você começa os primeiros rascunhos. Já houve vezes em que eu comecei um livro e parei, porque quando você começa um livro, você não sabe exatamente aonde ele vai dar. Você sabe o que quer fazer e o que vai fazer, mas não sabe onde ele vai dar. Com Soledade no Recife eu tive que mudar praticamente tudo. E neste aqui eu sabia de onde eu

O escritor veio a Fortaleza para lançar seu novo romance, A Mais Longa Duração da Juventude(2017), que está na segunda edição. O livro havia sido lançado no Recife e em São Paulo. A entrevista que se segue foi realizada em uma tarde de sábado, no dia 20/01/2018, durante o lançamento da obra na ACI - Associação Cearense de Imprensa.

partia, e mesmo assim eu cortei o começo anterior, entendeu? Foi isso. Vem a chamada inspiração, e a maturação da inspiração. Quais são suas influências literárias? FiódorDostoiévski, LievTolstói, Máximo Gorki, Graciliano Ramos, Lima Barreto, Anton Tchekhov, Machado de Assis, o cronistaAntônio Maria, Rubem Braga, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Gabriel García Márquez, Ernest Hemingway, William Shakespeare, Franz Kafka, Joaquim Nabuco, Ivan Turguenieve, amigos de juventude, professor Arlindo Albuquerque (do colégio Professor Alberto Freyre, do Recife), Cruz e Souza, porradas, angústias e desesperos. Na ordem inversa. Dois escritores fundamentais na minha formação literária e humana (e não separo, para mim, sempre o literário é humano). Esqueci de Johann Wolfgang von Goethe e Miguel de Cervantes. Sem Goethe e Cervantes eu seria um homem menor, encerra Urariano. Sinopse: O romance A Mais Longa Duração da Juventuderetrata a história de um narrador-personagem, um alter ego do próprio Urariano, que retoma suas lembranças da época da militância em plena Ditadura Militar a partir de um encontro em frente ao Cine São Luiz, em 2016, no Recife, onde um amigo, chamado Luiz do Carmo, o questiona sobre o motivo de ele ter comprado um disco da cantora de jazz americana Ella Fitzgerald sem ter uma vitrola para ouvi-lo. Como uma das Madeleines do escritor francês Marcel Proust, o encontro e o disco evocam um retorno às lembranças (às vezes dolorosas) do autor. Trata-se do maior romance sobre a Ditadura no Brasil. O jornalista e escritor Paulo Verlaine destacou no livro: “a personagem Selene, 18 anos, é inspirada em Mirtes Semeraro de Alcântara Nogueira, estudante secundarista que, em 1968, liderou a chamada 'Revolta das Saias', em Fortaleza. Trecho do livroA Mais Longa Duração da Juventude: “A vida é o que resiste. Que contradição mais estranha, eu descubro e me digo: a vida, tão breve, é tudo que resiste. Mas que paradoxo: se ela está no tempo que se dirige para o fim, se ela é naquilo que deixará de ser, como resistirá à Irresistível? – É que existe uma resistência na duração do momento, pela intensidade, luz ou cintilação do breve. É como o brilho da estrela distante que recebemos agora, 'agora' ainda. Mas esse agora simultâneo não há. O que vemos já não mais existe, tamanha foi a distância que a luz percorreu no espaço até atingir a nossa percepção. Mas isso é do terreno da física, mecânico, do reino dos trezentos mil quilômetros por segundo. O que escrevo é de outra natureza. A resistência, que é vida, se faz na brevidade pelas ações e trabalho dos que partiram e partem. Mas nós, os que ficamos, não temos a imobilidade da espera do nosso trem. Nós somos os agentes dessa duração, o trem não chegará com um aviso no alto-falante, 'atenção, senhor passageiro, chegou a sua hora'. Até porque talvez chegue sem aviso, e não é bem o transporte conhecido. O trem é sempre de quem fica. E porque somos agentes da duração, a nossa vida é a resistência ao fugaz. Nós só vivemos enquanto resistimos. Nós alcançamos a imortalidade, isto é, o que transcende a sobrevivência ao breve, porque a imortalidade não é a permanência de matusaléns decrépitos, nós só a alcançamos pelo que foi mortal, mortal, e sempre mortal não morreu. A paixão é isto, o trompete de Louis Armstrong, a voz de Ella Fitzgerald, aquela pergunta de Luiz do Carmo em frente ao Cine São Luiz, 'como vais escutar Ella se não tens vitrola?'. E eu apenas olhava o Capibaribe, e apertava o disco de Ella contra o peito, e me falava 'eu a tenho perto de mim, não importa onde irei escutá-la. Ela é a minha negra de peixe-decoco. Vai ser a senhora da noite, das horas malditas'. Aquilo que num poema Goethe gravou: 'Deve mover-se, obrar criando / Tomar sua forma, ir-se alterando / Momento imóvel é aparência. / Na eternidade em disparada / Que tudo arruína / Que tudo arruína e leva ao nada / Somente o ser tem permanência” (Mota, 2017, p. 129-130). O romance está à venda na Livraria Cultura, na Saraiva, na Livraria Lamarca e no site da editora LiteraRUA, por R$ 40. O livro possui 318 páginas


Emreendedorismo/Tributos

Fortaleza-CE - fevereiro de 2018

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Hora de se preparar para a declaração do IRPF 2018 Receita Federal espera receber 28,8 milhões de formulários até 30 de abril.

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Em 1º de março começa o prazo para entrega da declaração do IRPF 2018 e quanto antes os contribuintes estiverem preparados, melhor. Este ano, algumas novidades, entre elas, a obrigatoriedade de informar o CPF dos dependentes acima de oito anos de idade. No caso de guarda compartilhada, cada filho pode ser considerado como dependente de apenas um dos pais. Estão obrigados a declarar os contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis em 2017 superiores a R$ 28.559,70. Precisa declarar também quem teve rendimentos não tributáveis acima de R$ 40 mil e trabalhadores rurais com receita bruta maior que R$ 142.798,50 anuais. Quem investiu algum valor em bolsa de valores, mercado de capital ou similar e proprietários de terrenos ou imóveis com valor acima de R$ 300 mil também estão nessa condição. Para declarar o IRPF 2018, o download do programa deve ser feito diretamente no site da Receita Federal. Márcio MassaoShimomoto, presidente do Sindicato das Empresas de Contabilidade e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon/SP), recomenda ao contribuinte buscar auxílio de um profissional habilitado para a entrega da declaração sem risco de cair na malha fina. “A falta de correção na tabela deve fazer com que mais pessoas tenham que declarar e a falta de documentos, a omissão de dados ou informações inconsistentes podem causar transtornos ao contribuinte. O ideal é que o processo todo seja antecipado o máximo possível para evitar surpresas. A multa para quem

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ultrapassar o prazo de entrega pode chegar a 20% sobre o valor devido”, lembra Shimomoto. Documentos Reunir todas as informações com antecedência evita erros no preenchimento. Os documentos mais importantes são a cópia da declaração do IR do ano anterior, recibos, notas fiscais ou boletos pagos de transações patrimoniais, aluguel, educação, serviços médicos e odontológicos e comprovantes de contribuição previdenciária para empregados domésticos com carteira assinada. Este ano, o formulário inclui campos para informações complementares e específicos para cada tipo de bem, mas o preenchimento ainda não é obrigatório. Também será necessário informar o CNPJ da instituição financeira onde o contribuinte tem conta corrente e aplica-

ções financeiras. Haverá ainda a possibilidade de impressão do Darf – Documento de Arrecadação de Receitas Federais – para pagamento das quotas do imposto, incluindo as atrasadas. Importante também guardar todos os comprovantes de rendimentos e de gastos utilizados na declaração. Os contribuintes que enviarem o formulário no início do prazo têm chances de receber mais cedo as restituições, caso tenham direito. Idosos, portadores de doença grave e deficientes físicos ou mentais têm prioridade. O prazo para declaração termina em 30 de abril. Estão isentos da declaração do IRPF portadores de doenças graves dispostas na Lei 7.713/88, entre elas enfermidades como: AIDS, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação e hanseníase.

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Projetos inovadores para a indústria de óleo e gás terão R$ 2,5 milhões da Shell Brasil e do Edital de Inovação Projetos inovadores destinados à área de óleo e gás, idealizados por startups, micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedores individuais (MEI), têm a oportunidade de receber financiamento da Shell Brasil e do Edital de Inovação para a Indústria. Estão abertas as inscrições para a chamada que vai investir até R$ 2,5 milhões em propostas destinadas ao monitoramento, controle em tempo real e análise dos chamados Big Data das operações em campos de petróleo. As inscrições podem ser feitas na plataforma:www.editaldeinovacao.com.br. Serão selecionados até três projetos tecnológicos, em fase inicial, que vão receber até R$ 830 mil. As ideias serão desenvolvidas para atingir o estágio de prova de conceito, durante 12 meses, na rede de Institutos SENAI de Inovação. Ao final desse prazo, a Shell vai definir se incluirá esses projetos no seu portfólio de tecnologia para desenvolvimento futuro. As empresas não precisam ser, necessariamente, da área de óleo e gás, mas devem apresentar competências que as permitam desenvolver, em conjunto com a Shell, soluções para o setor. O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Social da Indústria (SESI). Esta chamada, na categoria Empreendedorismo Industrial - Inovação na Cadeia de Valor, vai

integrar o Shell Startup Challenge Brasil, programa que busca selecionar startups, micro e pequenas empresas a fim de promover o crescimento das companhias baseadas em tecnologia e desenvolver provas de conceito orientadas aos desafios da digitalização do setor. O objetivo desta chamada é escolher projetos de empresas que apresentem soluções inovadoras em sistemas seguros de monitoramento, controle, diagnóstico e prognóstico das operações de campo. Os projetos poderão, por exemplo, captar informações brutas dos sistemas supervisórios de controle e aquisição de dados das plataformas de petróleo; monitorar e prover análises automáticas para a tomada de decisões em plataformas e sistemas submarinos, assim como nas operações de perfuração de poços de petróleo e completação - processo destinado a deixar um poço pronto para a produção. ESPECIALISTAS GLOBAIS A diretora técnica do Sebrae, Heloisa

Menezes, explica que as propostas inscritas passarão por uma primeira fase de seleção, da qual serão escolhidas 20 startups, MEI, micro ou pequenas empresas que receberão treinamento da instituição para que passem pela etapa final. No dia 21 de junho, no Rio de Janeiro, os selecionados terão a oportunidade de defender presencialmente seu projeto, durante cinco minutos, em inglês, a uma banca formada por especialistas globais da Shell e dos Institutos SENAI de Inovação. Representantes da Shell Brasil, do SENAI e do Sebrae também farão um roadshow, em março, para apresentar detalhes da chamada e tirar dúvidas dos interessados, em parques tecnológicos dos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina. O cronograma com as datas das visitas já está disponível na página oficial do Edital de Inovação na internet. “Estamos muito felizes em trazer para o Brasil este desafio, que é derivado do programa global Shell GameChanger, que já avaliou mais de 1.700 startups de todo o mundo ao longo de 22 anos, com mais de 100 ideias aproveitadas em nossos projetos. Queremos fazer parte da história de sucesso destas startups,” afirma o presidente da Shell Brasil, André Araujo.

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Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

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Copa do Brasil 2018: Floresta, Ceará e Ferroviário (primeiros jogos)

Éeeeeeee olha que o futebol cearense fez história na Copa do Brasil esse ano, dá-lhe Ferrão. Esse ano a Copa do Brasil 2018, completa 30 edições, com 91 participantes, por enquanto a maior goleada foi do Fluminense (RJ) 5 x 0 sobre o Salgueiro, no dia15 de fevereiro, no Engenhão pela segunda fase da competição. Essa edição vai falar sobre os primeiros momentos do futebol cearense esse ano no torneio, Floresta, Ceará e Ferroviário. Com inicio em 30 de janeiro a Copa do Brasil termina em 17 de outubro e dá vaga a Libertadores da América para o campeão, mas o que mais interessa aqui, principalmente para equipes pequenas é a premiação em caso de passar de fase, quem for campeão pode levar até R$ 50 milhões.. Jogo 1: Floresta 0 x 2 Botafogo (PB) No Estádio Presidente Vargas, o Floresta estreou em competição nacional no dia 31 de janeiro, em jogo único que tinha que vencer pois jogava em casa, já o Botafogo (PB) jogava por um empate. Vamos às escalações das equipes. Floresta do técnico Raimundinho, veio a campo com Mauro, Danrley, Regineudo, Edgar, Zé Carlos, Dim, Bruno Garcia, Gabriel, Cleiton, Edson Cariús, Paulo Victor. Já o Botafogo (PB) do técnico Leston Júnior foi escalado com Edson, Felipe Cordeiro, Gladstone, Lula, Fábio Alves, Rafael Jataí, Allan Dias, Carlos Renato, Marcos Aurélio, Dico e Nando. A classificação valia R$ 600 mil. Logo aos cinco minutos, Carlos Renato aproveita o bate cabeça de jogadores do Floresta e abre o marcador para o Belo. Depois aos 21 minutos do segundo tempo, Dico cruza e Allan Dias amplia o placar. Eliminação em casa e deixa de pegar o Atlético (MG) que havia se classificado para a segunda fase. Jogo 2: Brusque (SC) 0 x 1 Ceará. Ainda valido pela primeira fase, o Vozão foi ao estádio Augusto Bauer no dia 07 de fevereiro e quase não entra em campo devido a um problema com um dos

quatros refletores que não acendia a lâmpada, mas o eletricista que levou um choque caiu de cinco metros e fraturou um ombro, conseguiu conserta o problema e a partida se realizou. O time da casa treinada pelo técnico Pingo estava com a formação no 4-4-2 e Dida, João Carlos (Jefferson Renan), Antônio Carlos, Douglas Silva, Neguette (Edu), Carlos Alberto, França, Adão, Jean Dias, Rafinha (Cleyton) e Wilson Júnior. O alvinegro de Porangabussu do técnico Marcelo Chamusca estava com Éverson, Leandro Silva, Valdo, Luiz Otávio, Rafael Carioca, Richardson (Juninho), Pedro Ken, Ricardinho, Andrigo (Wescley), Felipe Azevedo, Elton (Arthur). O jogo não foi lá essas coisas, mas o time cearense jogava por um empate, mas mesmo assim, venceu com gols aos 20 minutos do segundo tempo, Rafael Carioca, um chute fora da área. Vovô classificado para pegar o Londrina (PR), no estádio do Café no dia 21/02. Jogo 3: Ferroviário 2 x 1 Confiança. Se na Copa do Nordeste o Tubarão era laterna, no Cearense disputava a liderança e na Copa do Brasil fazia história. Primeiro esse jogo no estádio Presidente Vargas, na mesma quarta 07 de fevereiro, com o técnico Ademir Fonseca no comando do tricolor cearense e veio a campo com Bruno Colaço, Emerson Santos, Afonso (Mota), Túlio, Sávio, Erandir, Mazinho, Janeudo, Valdeci, Luis Soares (Rodrigo Rodrigues), Valdo Bacabal (Andrei), já os visitantes do técnico Ailton Silva estava com Genivaldo, Arlan, Vitor, Renato Camilo, Osvaldir, Zaquel (Klenisson), Flávio (Gilsinho), Diogo, Everton Santos, Rafael Villa (Lucas), Frontini. O jogo dominado no ínicio pelo Ferrão teve poucas chances do Confiança com Frontini, mas o Bruno Colaço estava atento no gol. Mas os ataques do time do Ceará surtiram efeito e depois de um cruzamento de escanteio de Valdeci, Túlio marca o gol inicial do jogo. Aos 10 minutos, outro escanteio dessa vez

para os visitantes e ele Vitor Pio empate de cabeça. Precisando da vitória, o tubarão da Barra precionou mais e aos 33 minutos da etapa final outro cruzamento Valdeci coloca nos pés de Rodrigo Rodrigues que faz o gol da vitória e da classificação coral. E finalmente uma noite histórica e impressionante para o futebol cearense. Jogo 4: Sport 3 x 3 Ferroviário disputa pênaltis 3 x 4. Ilha do Retiro 15/02. Segunda fase da Copa do Brasil de 2018. Com um folha salarial de R$ 3,4 milhões, isso porque o presidente Arnaldo Barros fez um corte de 25% para esse ano contra uma equipe de tradição no futebol cearense, mas que a muitos anos não faz grandes equipes nem tem orçamento alto. Nelsinho Batista super campeão por onde passou, escalou o Sport com Magrão, Felipe Rodrigues (Neto Moura), Oswaldo Henriquez, Léo Ortiz, Capa, Anselmo, Fabrício, Thomás, Marlone, Gabriel (Índio), Leandro Pereira (Rogério). O Ademir Fonseca estava com Bruno Colaço, Amaral (Emerson Santos), Jean (Valdeci), Túlio, Sávio, Erandir, Mazinho, Janeudo, Andrei, Valdo Bacabal (Rodrigo Rodrigues), Mota. O público era pequeno é bem verdade, não era um Parque dos Principes, nem um Santiago Bernabeú, nem tinha Cristiano Ronaldo e nem Neymar, mas foi uma noite incrível de muita movimentação. Nos primeiros minutos de jogo, houve certo equilíbrio das duas equipes. Nos momentos finais do primeiro tempo o Leão da ilha cresce e Anselmo aproveita e abre o placar aos 38 minutos. Até aí tudo normal afinal, é o favorito que vence. Aos 10 do segundo tempo Fabrício amplia. E o Sport perdeu muitos gols ainda. Com um cruzamento de Rogério, Marlone marca o terceiro gol, aos 26 minutos. Caixão e vela preta? Não para o futebol que tudo pode acontecer, inclusive nada. Pouco tempo depois o Ferroviário começou uma reação incrível, aos 30 minutos Mazinho faz um gol que poderia ter sido o de honra, mas como o time da casa cochilou. Índio ainda colocou na trave de Colaço, mas a noite parecia ser de Mazinho que aos 37 depois de passe de Andrei chuta e Magrão não pega. Aos 41 depois de cruzamento de Sávio, Valdeci empata. Inacreditável, em praticamente 10 minutos o jogo muda de ares e 3 mil e 238 torcedores presenciam o inacreditável acontecer. Na disputa de penalidades, Janeudomarca,Thomás empate, Valdeci amplia, Léo Ortiz iguala, Rodrigo Rodrigues coloca o Ferrão na frente novamente, Fabrício empata para o Rubro Negro pernambucano, Mazinho amplia, Rogério perde, Mota bate e Magrão pega, Marlone perde Ferroviário é o futebol cearense na terceira fase da Copa do Brasil e enfrenta agora o vencedor de Vila Nova e Joinville.

Sete vitórias do Ceará sobre times do Sul provas de Lula no TRF – 4. Mas lá tem muito mais que isso.A capital dos gaúchos. A Poa. Tem 245 anos de fundação e uma população de 1 milhão 482 mil habitantes.

Agora vamos falar das sete vitórias do Ceará contra times do Sul Primeiro chegamos a Curitiba (PR) que tem 324 anos de vida e começou com os bandeirantes em 1661. Com 1 milhão e 894 mil habitantes. Jogo contra oAtlético (PR) 1:Entre os anos de 1973 e 2011, quando o vozão disputou seu último Brasileirão, as duas equipes se enfrentaram nove vezes, com três vitórias do Ceará, cinco do Atlético (PR) e um empate. No dia 14 de março de 1982, no estádio Joaquim Américo válido pela segunda fase do Campeonato Brasileiro o time cearense venceu por 3 x 0, a equipe bicolor. Os donos da casa, escalados por Geraldo Damasceno jogaram com Roberto Costa, Bianchi, Oliveira, Augusto, Dionísio, Nivaldo, Sarandi (Jorge Nobre), Lino, Jair Goncalves, Albeneir (Lalo), Tadeu. O vozão do técnico Caiçara veio a campo com Dalmir, Bezerra, Lula Pereira, João Carlos (gol), Jorge Luis Albuquerque, Mozart, Nicácio, Getúlio, Ademir Patrício (gol), Ramon (gol), Jorge Luís Cocota (Magno). Contra o Paraná (PR) 2:Apesar da equipe ser a mais nova da história, foram ao todo 20 confrontos entre Ceará e Paraná, desde 2012, com 4 vitórias alvinegras, 10 empates e seis vitórias bicolor. Nesses confrontos o Paraná chegou a fazer 3 x 0 contra o Ceará em 27 de julho de 2013. Já o jogo que o Ceará venceu que vamos destacar aqui foi em 23 de agosto de 2015, Ceará 4 x 3 Paraná. Esse ano para quem não se lembra, foi o ano da redenção alvinegra. O time quase foi rebaixado e Lisca assumiu a equipe nas últimas rodadas e salvou o clube de ir para Série C. Na partida contra o Paraná, o Ceará ainda estava sobre o comando de Marcelo Cabo, e foi escalado com Luis Carlos, Guilherme Andrade, Thiago Carvalho, Sandro, Victor Luis (gol), Carlão, Baraka (Vinicius), Alex Amado (Fabinho(gol)), Rafael Costa (gol), Mazola, Júlio César. Já o Paraná do técnico Fernando Diniz veio a campo com Marcos, Ricardinho, Luiz Felipe, Luciano Castán, Fernandes, Rafael Carioca, Anderson Uchoa (Jean), Danielzinho, Carlinhos (Lucas Pará), Guga, Carlão (gols) (Léo Coelho). Vamos agora ao município de Criciúma com 138 anos de vida e uma população de 212 mil pessoas, pólo internacional da indústria do plástico e descartáveis, industria química, metalmecânica, confecção, colorificos e extração mineral. Diante do Criciúma (SC) 3: No dia 07 de dezembro de 1986, pela segunda fase do Brasileirão, o Ceará venceu o

Criciuma (SC), por dois a zero, no estádio Castelão. O técnico alvinegro Paulo Frossad, escalou a equipe com Washington, Argeu, Bezerra, Djalma, Alexandre, Seginho, Rubens Feijão, Lira, Bebeto, Flávio, Petróleo (Roberto (gol)). Já o Tigre do técnico Zé Carlos Paulista jogou com Luís Henrique, Silvio Laguna, Rudi (gol contra), Sarandi, Milton Mendes, Ado (Osmair), Jorge Veras (Paulo Borges), Vanderlei, Edemilson, Carlos Alberto, Ivan. Agora chegamos a Chapecó cidade conhecida como capital do oeste, capital da agroindústria, capital do turismo de negócios. Com 100 anos de vida 214 mil habitantes. No século XVII as primeiras viagens os mamelucos iam na região para atacar as povoações indígenas e torná-los escravos. Sobre o Chapecoense (SC) 4:Em 2014, o Ceará bateu na trave e chegou em segundo lugar na Copa do Nordeste, contra o Sport, o técnico Sérgio Soares enfrentaria logo depois, a Chapecoense pela Copa do Brasil, no dia 14 de maio de na Arena Condá e a equipe alvinegra para essa partida foi Luis Carlos, Samuel Xavier, Sandro, Diego Ivo, Vicente, Ricardinho, Marcos Vinicius (Michel), Nikão (Alex Lima), Bill (dois gols), Magno Alves (Eduardo). O time de Chapecó do treinador Gilmar Dal Pozzo que depois viria dirigir o Ceará, veio a campo com Lauro, Fabiano, Jaílton, Rafael Lima, Neuton, Diones, Bruno Silva, Nenén (Wescley), Régis (Roni), Alemão Júnior, Tiago Luiz (gol). O vozão venceu por 2 x 1. Vamos a Porto Alegre bela cidade que infelizmente presenciou uma condenação injusta sem

Em jogos contra o Inter (RS) 5:Em 1972 eu não havia nem nascido e a edição do Brasileirão era apenas a segunda e o Ceará no estádio Presidente Vargas venceu o Internacional por 3 x 1, no dia 13 de setembro. O técnico era Ivonísio Mosca (eu conheço o filho dele), ele escalou o alvinegro com Hélio, Artur, Nage (gol contra), Paulo Tavares, Mauro, Edmar, Joãozinho, Samuel(gol) (Bello), Da Costa (2 gols), Erandi (Magela). Já o colorado de Porto Alegre de Dino Sani, veio com Schneider, Flávio, Pontes, Edson, Jorge Andradre, Carpegiani, Bráulio (Sérgio), Carbone, Valdomiro, Claudomiro, Escurinho (Volmir). Mas como não temos esses gols, vou passar aqui um áudio de um gol de um placar igual só que de um jogo da Copa do Brasil de 2014 Contra Grêmio (RS) 6: A gente nunca consegue engolir aquela Copa do Brasil de 1994,que poderíamos ter ganho, mas o Godoy interferiu. Tiveram outras vitórias de 3 x 0, fora de casa lá no Olímpico com gols de Felipe Azevedo, mas vamos destacar aqui aquela vitória de 3 x 0 em 1978, no dia 31 de maio no estádio Castelão, com comando de Sebastião Leonidas, e o time de Sérgio Gomes, Pedro Basílio, Artur, Dodó, Hamilton Melo (Oliveira (gols)), Chinês (Danilo), Edmar, Ivanir, Mickey (gol), Tiquinho (gol), Júlio. Já o tricolor gaúcho veio escalado por Telê Santana com Corbo, Vicente, Cassiá, Vilson, Ladinho, Tadeu Ricci, Lura (Leandro), Valderez, André Catimba,EderAleixo (Renato Sá), Tárciso. Finalmente chegamos à cidade de Caxias do Sul. A Pérola das Colônias, com 127 anos de fundação. Ela foi primeiramente habitada pelos índios caingangues e depois chegaram os imigrantes italianos. Primeira rodada 2008 Brasileirão Série B vitória sobre Juventude (RS) 7: O jogo foi no dia 10 de maio, no estádio Castelão. O técnico do Ceará era Lula Pereira que escalou, Marcelo Bonan, Michel Gaúcho (Luis Carlos), Rones, Dezinho, Alex Braz, Michel, Chicão, Cleisson, Allann Delon (gol), Ciel (Dedé) e Luciano (Vavá (gol)). Já o Zetti escalou o Juventude com Michel Alves, Hélder, Márcio Alemão, Dirley, Márcio Goiano (Elvis), Juan Perez, Paulo César (Thiago Renz), Leandro Cruz (Maycon) e Xuxa, Ivo e Mendes (gol).

pautando a bola. Carlinhos Alves Email: carlosemanuelceara@gmail.com

Sete vitórias do Leão sobre times do Sudeste

Para destacar essas vitórias do Fortaleza vamos as mais recentes. Dois jogos pela Copa do Brasil em 2016, na segunda fase do torneio. Dois confrontos contra Flamengo 1: No primeiro jogo contra o Flamengo, uma vitória por 2 x 1, no dia 04 de maio de 2016, naArena Castelão. O tricolor cearense treinado por Maquinhos Santos veio a campo com Ricardo Berna, Felipe (Erivelton), Lima, Edimar e Willian Simões. Dudu Cearense, Juliano, Pio, (Corrêa), Jean Mota (Juninho) e Everton;Anselmo. O rubro-negro carioca, do técnico Muricy Ramalho estava com Paulo Victor, Rodinei, Wallace, Juan e Jorge, Gustavo Cuellar, Willian Arão, Frederico Mancuelo e Fernandinho (Gabriel), Marcelo Cirino (Ederson) e Paolo Guerreiro. O time cearense saiu na frente com Anselmo aos 20 m do primeiro tempo e Felipe ampliou aos 26 m do segundo tempo. Guerrero descontou aos 20 m do segundo tempo (na verdade empatou e depois que o tricolor fez o segundo). 2:Na partida de volta no Rio de Janeiro o Fortaleza venceu novamente o Flamengo por 2 x 1, com gols de Pio e Alan Patrick descontou. O jogo foi em Volta Redonda. Confronto contra o São Paulo 3:Voltamos agora ao ano de 1984, quando o Fortaleza disputava a primeira fase do Campeonato Brasileiro. A vitória leonina foi pelo placar mínimo de 1 x 0, gol de Evilásio. O técnico era Caiçara, o time que foi campo era formado por Salvino,PedroBasilio,Tadeu, Caetano, Serginho, Betinho, Vágner, Luisinho Rangel, Valdir (Izone), Tangerina (Ribamar) e Evilásio. O São Paulo do técnico Mário Travaglini estava escalado com Waldir Perez, Dário Pereyra,Oscar, Paulo Roberto, Nelsinho, Humberto, Márcio Araújo, Zé Mário (Pianelli), Renato,Agnaldo, Jaiminho (Marcão). Enfrentamento contra o Palmeiras 4: No mesmo ano, o mesmo treinador e quase a mesma equipe foi a São Paulo enfrentar o Palmeiras, só uma mudança e de peso no gol Sérgio Monte fechou a meta e não foi vazado, o gol do Leão cearense foi de Vágner. O Palmeiras do técnico Carlos Alberto Silva veio a campo com Emerson Leão, Luís Pereira, Vágner Bacharel, Denys, Ditinho, Aragonez, Rocha, Carlos Alberto Borges (Cléo), Jorginho Putinatti, Reinaldo Xávier (Baltazar) e Robertinho. Superação contraAtlético (MG) 5:Em 1974, o Fortaleza enfrentou o Atlético (MG) de Telê Santana no Minerão e venceu por 1 x 0, gol de Marciano. O time alvinegro estava formado com Zolini, Vantuir, Fausto (Danival), Grapete, Cláudio, Getúlio, Arlem, Vanderlei, Marcelo Oliveira (China), Romeu e Totonho. O tricolor do Pici do técnico Urubatão tinha o grande Lulinha, Osires, Pedro Basilio, Rener, Louro, Lucinho, Hamilton Melo, Zé Carlos, Geraldino (Iris), Beijoca e Marciano. Esses jogos mais antigos faltam gols e material para passar. Boa vitória contra o Corinthians 6:No dia 13 de junho de 1974 no Castelão o Fortaleza superou o timão por 2 x 0, gols de Geraldino. O time praticamente foi o mesmo que venceu a partida citada acima. Já o clube do Parque São Jorge era treinado por Luisinho e jogava com Armando, Pescuma, Wladimir, Gali, Mosca (Washington), Paulo Sérgio, Lance, Vaguinho (Alves), Marcos Antônio Visgo, Adãozinho. Os gols da partida foram aos 17 m do primeiro tempo e aos 5m do segundo tempo. Goleada sobre o São Caeteno 7: Um confronto interessante do Fortaleza contra os times do Sudeste aconteceu no dia de setembro de 2005 na Série A, 24° rodada contra o São Caetano, até já citei esse jogo em um dos episódios sobre a participação tricolor naquela competição, mas agora vamos aos gols desse confronto. Primeiro a escalação das equipes. O técnico do tricolor cearense era Hélio dos Anjos que escalou a equipe com Bosco, Ronaldo Angelim, Márcio Goiano, Chiquinho (Thiago Matos), Marquinhos, Dude, Lúcio, Igor (Hernani), Fumagali (Clodoaldo), Erandir, Rinaldo. Já o clube paulista que na sua história tem uma final de Libertadores,veio treinada por Levi Culpi que mandou a campo, Silvio Luiz, Thiago Martinelli, Thuran (Márcio Richards), Triguinho, Raulen, Zé Luis (Emerson), Paulo Miranda, Lúcio Flávio, Pingo, Edilson, Dimba (Márcio Mexerica). Para o tricolor do Picimarcaram, Lúcio duas vezes, Igor, Fumagali e Rinaldo, para o São Caetano marcou Edilson duas vezes.


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Pesquisa/Varejo

Fortaleza-CE -Fevereiro de 2018

57% dos brasileiros apoia a pena de morte Pesquisa recente do Datafolha aponta que a maioria dos brasileiros é a favor da pena de morte. Advogado Especialista em Direito Penal explica os principais pontos que devem ser analisados.

De acordo com pesquisa recente realizada pelo Instituto Datafolha no mês de Janeiro deste ano, 57% da população brasileira apoia a pena de morte. O aumento foi de dez pontos percentuais quando comparado à última pesquisa, em 2008, que era de 47%. O levantamento foi feito com base na entrevista de 2.765 pessoas de 192 cidades brasileiras e a faixa etária que é mais favorável (61% se manifestaram a favor da execução de condenados) é a de 25 a 34 anos de idade. Segundo Carlos Eduardo Rodrigues Bandeira, advogado Especialista em Direito Penal, Mestre em Direito Político e Econômico e Consultor em Direito Penal no Theon de Moraes Advocacia Empresarial, embora a maioria da população apoie a pena de morte com a justificativa de que ela seria a solução para os problemas do sistema penal, como as superlotações (atualmente há quase setecentos mil internos no país), os gastos públicos e a impunidade, a medida não se mostra eficaz. Não houve redução de presos e crimes em países onde há pena de morte Deve-se observar que nos Estados Norte Americanos, onde existe a pena de morte, não houve a redução do número de presos e nem da delinqüência. “Os Estados Unidos contava com mais de dois milhões de presos até o ano de 2017, seguido da China com mais de um milhão e meio de população carcerária, outro país que também adota a pena capital”, enfatiza. Dificuldades da adoção da pena de morte no Brasil Para o advogado, há três pontos prin-

cipais que dificultam a adoção da pena de morte no Brasil: a longa e tortuosa marcha processual até chegar ao Supremo Tribunal Federal; a ausência de mecanismos democráticos efetivos para a manifestação direta da vontade popular e a atual situação do sistema penal no país. “Mesmo que a pena capital seja aprovada no Brasil, a decisão final pode demorar décadas, ou seja, o réu ainda ficaria sob custódia do Estado, o que continuaria a envolver gastos públicos, exatamente como se encontra o atual sistema penal”, explica Carlos Eduardo Rodrigues Bandeira. Além disso, um dos princípios da teoria penal brasileira impede a retroação de lei penal que venha a prejudicar o réu. Somente há retroagem das leis penais que venham a beneficiar o réu e não o contrário. “Nada poderá ser feito com relação aos atuais custodiados, somente aos futuros réus, o que implica na manutenção dos gastos públicos com o sistema prisional, a superlotação dos presídios e outros problemas.” O profissional ainda afirma que mesmo que se fale em clamor popular pela pena capital, dificilmente será possível a manifestação direta da população para decidir sobre uma questão tão sensível. No final das contas, a decisão será feita apenas por uma elite parlamentar eleita. Assim, a pena de morte não parece ser uma solução imediata para o sistema penal. Segundo o advogado, “O caminho ideal seria o investimento na prevenção de ocorrência de novos crimes através de políticas públicas de educação e organização do mercado de trabalho”

Especialistas discutem as principais tendências para o varejo brasileiro A mudança de comportamento do consumidor e o avanço tecnológico estão transformando o setor de varejo. Para os especialistas do segmento que acompanharam as apresentações no NRF Retail´s Big Show 2018, a maior e mais importante feira do varejo no mundo, as empresas precisam inovar como nunca para sobreviver nesse ambiente tão competitivo. As tendências e os principais pontos abordados no evento em Nova York foam apresentados e discutidos durante a 12ª edição do “Cenários do Varejo”, que aconteceu no dia 23 de fevereiro, no Teatro RioMar Fortaleza. A convite da CDL de Fortaleza e da Faculdade CDL, um time de peso de palestrantes liderados por Marcos Gouvêa de Souza, fundador da GS&MD,

Visite a Barra do Ceará. Fortaleza nasceu aqui!

• Peixada cearense • Vista privilegiada • Passeio de barco • Área de lazer para crianças • Música ao vivo • O melhor camarão da cidade

desembarcaram no Ceará para encarar uma programação de palestras, debates de ideias e troca de informa-

Temas abordados no NRF Retail's Big Show 2018 foram apresentados para o empresariado cearense na 12ª edição do “Cenários do Varejo”.

S

ções. Na pauta: consumo, tecnologia e inovação. Entre os facilitadores Luiz Alberto Marinho (sócio-diretor da GS&MALLS), Alexandre van Beeck (sócio diretor da GS&Consult) e Fábio Sayeg (fundador e CEO da ZOLY). E para encerrar com chave de ouro, a 12ª edição do “Cenários do Varejo” traz Rony Meisler, CEO e co-fundador da Reserva, falou sobre sucesso comercial, criatividade e empreendedorismo. O jovem empresário carioca é reconhecido como um dos principais nomes da nova geração de empreendedores brasileiros e, há mais de 10 anos, comanda a única empresa nacional citada no ranking das mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Company, ao lado de gigantes como Apple, Google e

Netflix.


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