Jornal de Marau 19.03.21

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GERAL

JORNAL DE MARAU | SEXTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2021

CESURG lança projeto de Extensão que avalia perdas na colheita de soja

Reflexões da vida Emmanuel Reichert Pesquisador e Doutor em História

Notas sobre o nacionalismo

E Atividade faz parte de treinamento prático

A Faculdade CESURG Marau em parceria com a Emater/RS Ascar de Marau, visitará propriedades rurais do município de Marau, visando a caracterização dos níveis de perda na colheita da soja. As visitas serão realizadas por professores e estudantes do curso de Agronomia da Faculdade e pelo corpo técnico da Emater. O objetivo do projeto é acompanhar o processo de colheita da soja, em diferentes propriedades rurais, visando caracterizar os níveis de perda e intervir quando necessário, de modo que ajude a reduzir as perdas. A execução desse projeto de extensão beneficiará tanto os acadêmicos quanto os produtores rurais, já que o projeto visa reduzir os níveis de perdas na colheita, melhorando a lucrativi-

dade do produtor e auxiliando no desenvolvimento do município. A proposta ainda tem como foco incentivar os produtores rurais a fazer a constante avaliação nos níveis de perda da colheita de soja, e propiciar a capacitação dos acadêmicos, estabelecendo-se como uma atividade de treinamento prático. Quem tiver interesse em receber a visita, pode agendar através dos números 3342 – 1944 (Emater), (54)9 9968 2266 (Edivane Ferro – Chefe da Emater) e (55)9 9966 0261 (Professor Diogo da Silva Moura). O interessado deve informar o nome, telefone, localidade onde mora e quando iniciará a colheita da soja em sua propriedade.

Rede São João atinge marca de 800 lojas

As farmácias assumiram um papel ainda mais importante durante a pandemia de coronavírus. A São João não mede esforços para oferecer o melhor aos clientes. Investiu na capacitação dos profissionais, com treinamento para mais de 2 mil farmacêuticos, específico para a pandemia. A estrutura das filiais foi modernizada para o conforto dos 7 milhões de consumidores que passam mensalmente pelas lojas e que agora também oferecem salas de atendimento, estacionamento próprio e internet de graça.Atualmente a empresa conta com mais de 14 mil colaboradores. Num momento tão delicado, a empresa, com mais de quatro décadas de tradição, conseguiu impulsionar o conceito sobre o papel das farmácias,

que vai muito além da venda de medicamentos. “Somos um estabelecimento de saúde, estamos na linha de frente. Seguimos em todas as nossas lojas os protocolos dos órgãos reguladores. Nossa gratidão a todos os profissionais e líderes que incansavelmente dão o seu melhor em prol do seu semelhante. O momento exige união, compreensão e solidariedade. Empreender é, também, cuidar de maneira equilibrada e responsável da saúde das pessoas. O trabalho é uma dádiva e servir é a melhor oportunidade que temos. Prestar um serviço de saúde a todos faz parte da nossa essência. Com a graça de Deus, mobilização e muito trabalho chegamos a 800 lojas”, agradece Pedro Henrique Brair, presidente da Rede de Farmácias São João.

xiste uma certa dose de beleza no cosmopolitismo, aquela velha doutrina oposta às nações e fronteiras políticas, para a qual o mundo é a pátria comum de toda a humanidade. Talvez o melhor argumento prático em favor dessa corrente de pensamento é o fato de os super-ricos de nossa era viverem de acordo com ela, podendo circular pelo planeta e se estabelecer em qualquer canto dele que lhes agrade. Com a exceção deles e de uma seleta classe nômade de altos executivos, a realidade é a vida em um mundo de nações dividido por linhas em mapas. Sejam quais forem as preferências individuais, a maioria das pessoas vive em sociedades que tentam ser Estados-nação, quer dizer, comunidades políticas (Estados) que coincidem com a comunidade psicológica da nação, um conjunto de pessoas que sentem ter vínculos e um destino comum em razão de idioma, cultura, história e outros fatores. Muito já foi dito sobre os efeitos do nacionalismo. Pode ser positivo, ao criar vínculos grupais e gerar referências capazes de alicerçar o sentimento de identidade tão importante para o bemestar. E pode ser negativo na medida que cria hostilidade contra quem não pertence à comunidade – qualquer guerra encontra seus apoiadores mais ardorosos entre os patriotas de ambos os lados. Esse caráter ambíguo não é exclusivo do nacionalismo; basta lembrar que a diferença entre remédios e venenos às vezes está apenas na dosagem. Isto dito, há uma variante de nacionalismo de fachada e especialmente nocivo, que aumenta seus defeitos e põe de lado as virtudes. O nacionalismo de fachada divide a comunidade em vez de agregar. Promove o ódio interno no lugar da tolerância. É o amor a abstrações – a ideia do país, os símbolos nacionais – desacompanhado de um amor correspondente às pessoas de carne e osso. É transformar em inimigo todo aquele que se recusa a seguir esta ou aquela cartilha estreita de ideias sectárias, como se o pensamento único fosse positivo para um grupo. Pelo contrário, ele empobrece. Cedo ou tarde, ou se aceita a diversidade ou os dissidentes são despachados para os cemitérios, único lugar onde não existem vozes contrárias. Mesmo os aparentes vencedores herdam um mundo menor e mais triste. Precisamos abrir os olhos e admitir que a barbárie é um caminho possível. Fácil, sedutor, confortável nas certezas da ignorância. Só o que impede de seguirmos por ele é a escolha difícil de insistir em um amanhã melhor.


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