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from Jornal De Fato
Boas-vindas, agradecimentos, despedida da gestão e continuidade da luta pela Cultura em-vindo, Gilson Matias, novo diretor Geral da Fundação José Augusto, que ora se soma a Mary Land Brito, Secretária Extraordinária da Cultura do RN, na luta pela continuidade da construção de uma política cultural no RN.
Em 2019, início do Governo Fátima Bezerra, encontramos o setor cultural do Rio Grande do Norte em estado de terra arrasada. Reabrimos a maioria dos espaços culturais até então fechados: Biblioteca Câmara Cascudo, Teatro Alberto Maranhão, Forte dos Reis Magos, Pinacoteca, Escola de Dança, Papódromo e Museu da Rampa, investindo quase 40 milhões nestas restaurações e, a duras penas, proporcionamos funcionalidade às Casas de Cultura espalhadas pelo interior, ainda que aquém do que gostaríamos. Garantimos a funcionalidade dos corpos artísticos e das escolas de artes da FJA – Fundação José Augusto. Reimplantamos a política de editais que havíamos iniciado na nossa primeira gestão nos governos Wilma de Faria/Iberê Ferreira e realizamos centenas de eventos, mesmo tendo uma pandemia que paralisou o mundo, especialmente o mundo cultural. Ampliamos, significativamente, o Programa Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura (Lei Câmara Cascudo), hoje duplicado em seus valores disponibilizados e triplicados no número de projetos apresentados, com o dobro do número de projetos patrocinados com significativa ampliação do número de empresas patrocinadoras em função das mudanças que esta gestão promoveu na legislação do Mecenato. Foram mais de 30 milhões de reais de incentivo fiscal nestes últimos quatro anos em que estivemos à frente da FJA, sob a liderança da governadora Fátima Bezerra. Também deixamos em condições de implantação, o Fundo Estadual de Cultura, com mais seis milhões de reais que deverão ser disponibilizados neste ano de 2023; Nossa gestão participou vibrantemente da luta pelas leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo. E fomos um dos cinco estados bra- sileiros a aplicar totalmente os recursos para destaque para o que foi considerado como Boas Práticas de Gestão.
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Numa Fundação José Augusto que era criticada por não passar da Reta Tabajara, exceto pelas casas de cultura que encontramos em estágio de abandono e letargia, chegamos ao interior, com a territorialização dos editais que levaram metade das premiações para 9 territórios em quantidades e valores equivalentes ao território de Natal e região Metropolitana.
Trabalhamos com muitas restrições de recursos financeiros e humanos, pois encontramos, em 2019, a Fundação José Augusto com um terço dos servidores que deixamos em 2010 e um orçamento inferior a um quarto do necessário, sempre dependendo da imensa boa vontade da governadora Fátima Bezerra para liberar créditos suplementares sempre que se precisava implantar alguma ação ou projeto.
As dezenas de prédios da FJA era agredidos e vilipendiados semanalmente. Em torno de 50 unidades, com apenas três vigias em situações precárias de trabalho, deixamos uma Guarda Patrimonial, com 44 policiais garantindo a segurança e recuperamos a funcionalidade da instituição e dos novos equipamentos reabertos, com serviços terceirizados, já que os concursos estavam proibidos pelo governo federal anterior, que só repassava recursos para a COVID-19 mediante o compromisso de estados e municípios não abrirem concursos públicos, exceto em setores em que fossem obrigados por decisões judiciais. Registramos aqui nossa profunda gratidão à governadora Fátima Bezerra pela confiança e apoio nestes quatro anos de lutas muito difíceis na instituição, o que reflete as imensas dificuldades que ela também enfrentou para retornar o Estado do Rio Grande do Norte ao mundo da lógica administrativa. É como se convencionou dizer: “não foi milagre, foi gestão”.
CoNBTINUa Na edIçÃo de amaNHà (5 de março)