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Polícia Federal vai investigar assassinato de quilombola

>> m aria b ernadete Pacífico era líder quilombola de Pitanga dos Palmares no estado da Bahia

APolícia Federal da Bahia abriu inquérito nesta sextafeira, 18, para investigar o homicídio da liderança quilombola Maria Bernadete Pacífico Moreira, morta a tiros na noite de quinta-feira, 17, dentro de casa no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município Simões Filho (BA).

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A Superintendência da PF na Bahia informou que também é responsável pela investigação do assassinato do filho de Maria Bernadete, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, assassinado há quase seis anos, no dia 19 de setembro de 2017.

Em nota, a PF disse que “todos os esforços estão sendo empregados para a devida apuração da autoria dos homicídios e as investigações seguem em sigilo”.

O governo federal enviou nesta sexta-feira uma equipe para acompanhar os desdobramentos do assassinato da liderança, com representantes dos ministérios dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial.

C Aso

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia disse que as informações preliminares indicam que dois homens, usando capacetes, entraram na casa da vítima e efetuaram disparos com armas de fogo. O órgão pede para que denúncias sobre o caso sejam enviadas, com todo sigilo, ao telefone 181 (Disque denúncia da SSP). Maria Bernadete era também coordenadoraexecutiva da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). A Conaq vinha denunciado ameaças, perseguições e intimações aos moradores do Quilombo Pitanga dos Palmares. Os membros coordenação dizem acreditar que a disputa por terra e água em torno do quilombo tem motivado a violência contra as lide -

Palmares reconhece mais 16 comunidades quilombolas

ranças locais.

Levantamento da Rede de Observatórios de Segurança, realizado com apoio das secretarias de segurança pública estaduais e divulgado em junho deste ano, já apontava a Bahia como o segundo estado do Brasil com mais ocorrências de violência contra povos e comunidades tradicionais. Atrás apenas do Pará, a Bahia registrou 428 vítimas de violência no intervalo de 2017 a 2022.

população, também podem requerer a titulação das terras em que vivem.

O direito à autodefinição, previsto na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), garante o direito à certificação, sem que haja necessidade de conferência. Atualmente, somadas as certificações publicadas hoje, a fundação emitiu 2.955 certidões, para 3.630 comunidades.

De acordo com o Censo 2022, em todo o país, 1.327.802 pessoas se reconhecem quilombolas, representando 0,65% da população brasileira em 1.696 municípios.

PRosa VeRso

comunidades se autodeclararam remanescentes de quilombo

A Fundação Cultural Palmares reconheceu mais 16 comunidades que se autodeclararam remanescentes de quilombo, em cinco estados. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 18.

As comunidades Barreiros, em Francisco Badaró (MG); Gramadinhos, em Doutor Ulysses (PR); Jacarezinho, em Pedras De Maria Da Cruz (MG); Campo Novo (composta pelas comunidades: São José, Cangapara, Soledade II e Cacilha), em Serrano Do Maranhão (MA); Quilombolas Do Xingu (composta pelas comunidades: Tauerá, Buiuçú, Taperú, Turú e Maripí), em Porto De Moz (PA), Quadrado Vinte e Um, em Campo Formoso (MG); Rumo Santa Maria, em Cururupu (MA); Tócos, em Antônio Cardoso (BA) e Moreré, no município de Cairu (BA), além de passarem a ter acesso às políticas públicas voltadas para essa crispinianoneto@gmail.com

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, o conceito de comunidade remanescente de quilombo é político-jurídico e envolve uma diversidade complexa, que, em comum, traz na sua trajetória a memória da população brasileira. A certificação possibilita o reconhecimento de uma dívida histórica que o Estado tem com esse grupo étnico-racial.

& Q

burrice em ação.

ue me desculpe o burro (Equus africanus asinus), animal sagrado na cultura popular, por ter transportado Jesus menino, “jumento nosso irmão”, na frase do Padre Vieira, consagrada na voz do Rei Luiz Gonzaga.

Como diz o ator Benvindo Siqueira, nunca se viu tantas “estupidezes” por metro quadrado.

O “cabra”, sempre safado, em pleno exercício da Presidência da República, em pleno Palácio da Alvorada conversa e toma café da manhã com um hacker, ou seja, um criminoso e propõe: 1. Fraudar as urnas eletrônicas para uma exibição em praça pública, em pleno 7 de setembro; 2. Que ele, o hacker, assumisse um grampo, ou seja, um crime, que fizeram contra o Tribunal Superior Eleitoral; 3. Afirma que o grampo estaria em seu poder, outro crime, e que teria sido feito por estrangeiros, mais um crime; 4. Além disso, o presidente promete ao hacker que lhe daria indulto caso fosse preso pelos crimes de fraude contra o processo eleitoral, ou seja, contra a democracia. Ou seja, trocar um indulto por um serviço criminoso; 5. O Presidente da República manda o criminoso para o Ministério da Defesa 6. Achando pouco, garante que mandaria prender o juiz que, porventura prendesse o hacker pelo cometimento dos crimes por ele, presidente da República, encomendados.

O que se viu no depoimento de Walter Delgatti é que há uma quadrilha bem organizada que tinha o intuito de usurpar a vontade soberana do povo brasileiro. Mas não é só. Uma deputada federal correligionária e até ali, íntima do presidente da República contrata o hacker, sabendo que se trata de um criminoso e paga a ele 40 mil reais, sem segredos, como se estivesse comprando um serviço lícito. De quebra, ainda paga hospedagem e passagens para o dito cujo. Achando pouco, posta nas redes sociais, foto com o criminoso dizendo: “vem coisa boa por aí”;

Tem mais: O ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel do Exército, da ativa, com ajuda do pai general, também da ativa, vende em uma nação estrangeira, um relógio e joias diversas presenteadas ao País por um governante estrangeiro, deixando todos os rastros, como se fosse uma venda normal de um produto legalizado;

Achando pouco, o presidente da República manda seu advogado recomprar o relógio, criando a figura do crime de ‘re-receptação’ de coisa roubada. O sujeito compra, com dinheiro vivo, pega recibo em seu próprio nome, traz o objeto de volta ao Brasil, devolve-o para cumprir uma exigência do TCU, ressalte-se que exigência foi feita a Jair Bolsonaro. E o advogado diz que fez todo esse movimento sem o conhecimento de Bolsonaro, pois estaria dando um presente ao Estado brasileiro. Ato contínuo afirma que o Estado brasileiro lhe deve os 49 mil dólares que deu pelo relógio nos Estados Unidos. Onde já se viu cobrar pagamento por presente?

O próprio Jair Bolsonaro, na condição de Presidente da República, depois de duas horas com um criminoso em palácio, manda o sujeito para o Ministério da Defesa trabalhar junto aos militares que acompanhavam as urnas eletrônicas no TSE. E o cara é recebido nada menos que quatro vezes no meio oficial burocrático e militar, com a missão de cometer um ou mais crimes.

Outros bolsonaristas que cuidam da informática do CNJ – Conselho Nacional de Justiça trabalham com senhas, as mais elementares, quase infantis, mesmo sabendo que estão tratando com um sistema de informações de grande importância para processos judiciais. Acharam pouco 17 mil arquivos jogados para a lixeira, mas nunca deletados?

Todos os assessores do Presidente da República movimentam legalmente em bancos, recursos em valores cinco, dez, vinte ou cem vezes superiores aos seus ganhos legais. Boa parte da grana se destina aos gastos da Primeira Dama, que envolve até mesmo um irmão nas operações ilegais com as joias.

Para fechar a semana, precisamos somente registrar pergunta e resposta de Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente a João Pedro Stedile na CPI do MST: “Tem algum tipo de movimento como o MST na China...?”. Com um sorriso irônico nos lábios, Stedile respondeu: “Não. Porque lá eles fizeram a reforma agrária em 1949”.

Só não se pode deixar fora da disputa da “Cangalha de Ouro, a senadora Damares Alves, que disse no plenário do Senado que a vida do hacker corria perigo. Todo mundo entendeu que se tratava de uma ameaça e ameaça à vida é crime grave.

Na disputa, correndo por fora das “estupidezas” da semana, só o imbecil do Ceará, deputado federal André Fernandes, o Bolsonarista que assinou o pedido da CPI.

Leandro Kazuo/RL Comunica

semana

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