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GERAIS/OPINIÃO
from Jornal De Fato
Automóveis
vendas de veículos caem 38,5%, aponta Anfavea
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Repórter da Agência Brasil - Rio
AAssociação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou que, em janeiro deste ano, foram vendidos 126,5 mil veículos, o que representa uma queda de 38,5% em comparação a dezembro do ano passado. Na comparação com janeiro do ano passado, a retração foi de 26,1,5%.
Ao divulgar os dados na segunda-feira (7), o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, considerou a queda como relevante. “Foi uma queda relevante com relação a dezembro, que foi um mês muito bom, nós puxamos bastante a produção e o emplacamento, em grande parte para entregar muitos veículos pendentes de meses anteriores por falta dos semicondutores”.
O executivo lembrou que janeiro já é tradicionalmente um mês de poucas vendas no mercado de automóveis, no entanto, destacou outros motivos para a retração no mês.
“Janeiro já é esperado uma queda, como acontece todos os anos, mas tivemos alguns aspectos que impactaram ainda mais esse resultado, como o alto volume de emplacamento em dezembro, o desequilíbrio na cadeia de suprimentos, e tivemos uma transição no sistema de emplacamentos, como veículos que foram vendidos, mas não foram emplacados no mês de janeiro. Mas esse tema já foi resolvido e o emplacamento já voltou ao normal em fevereiro”, disse.
Moraes disse ainda que as chuvas de verão e a variante Ômicron também foram agravantes que levaram à maior queda nas vendas no primeiro mês do
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Em janeiro deste ano, foram vendidos 126,5 mil veículos
ano. “Tivemos chuvas acima da média em regiões importante como São Paulo, que é o maior mercado, que impactaram na frequência de consumidores de lojas e inclusive fecharam algumas lojas que tiveram problemas adicionais como alagamentos em determinadas regiões, e obviamente, a variante Ômicron que está afetando a cadeia como um todo, os fornecedores, os fabricantes e o varejo”.
Houve retração ainda na produção de veículos, com queda de 31,1% com relação a dezembro. Segundo o balanço divulgado pela Anfavea, foram fabricadas 145,4 mil unidades no primeiro mês deste ano, enquanto a produção em dezembro do ano passado ficou em 200,4 mil veículos. Comparado com janeiro de 2021, a queda na produção foi de 27,4 %.
Para o ano, o presidente da entidade disse que a alta da taxa de juros pode desestimular as vendas. “Estamos trabalhando com uma restrição da oferta sim, mas na nossa previsão do ano a gente considera o impacto da questão do crescimento do PIB mais tímido e do aumento da taxa de juros. É uma mistura dos dois impactos. Em um ano normal, a gente só olha a demanda. Este ano ainda temos que olhar a oferta e a demanda por conta desse aumento de juros, a capacidade da pessoa física de comprar, o emprego ainda não está em um nível adequado, enfim, restrição na oferta e certo limite na demanda considerando o cenário do Brasil que temos para 2022”.
exportAções
As exportações de automóveis também registraram queda de 33,5% em janeiro, com relação a dezembro de 2021, com a venda de 27,6 mil veículos para fora do país. Com relação a janeiro do ano passado, a alta foi de 6,6%, quando houve a exportação de 25,9 mil unidades.
CAminhões
A venda de caminhões teve retração de 26,8% em janeiro em comparação com dezembro do ano passado. Foram vendidas, no último mês, 8,7 mil unidades. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a elevação nas vendas de caminhões foi de 15,5%.
emprego
O nível de emprego na indústria teve alta de 0,3% em janeiro na comparação com o último mês de 2021. Na comparação com janeiro do ano passado, a queda foi de 2%. As fabricantes de veículos empregavam em janeiro do ano passado 103.384 pessoas, enquanto agora tem um quadro total de 101.335 funcionários.
setor turístico está retomando no Brasil, diz ministro
O ministro do Turismo, Gilson Machado, disse ontem (7) que o setor turístico no Brasil está retomando a geração de emprego e renda com o avanço da vacinação contra a covid-19 na população brasileira e com a menor letalidade da variante Ômicron do novo coronavírus.
“O turismo vem há oito meses consecutivos com números positivos. Em novembro, tivemos um faturamento com o turismo no Brasil de R$ 14,7 bilhões, em dezembro, de R$ 19 bilhões. Entre outubro e final de fevereiro, vamos criar, só no turismo, 500 mil novos empregos de carteira assinada”, disse o ministro.
Gilson Machado recebeu, nesta segunda-feira, o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro e a Medalha Tiradentes, a maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
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crispinianoneto@gmail.com
Moro: a trajetória de queda de juiz herói a bandido sonegador
Um banner que circula no twitter mostra notícia da época do calvário de Lula, quando o papel de Sérgio Moro era o de Juiz algoz, em contraste com outro banner destes novos tempos que estamos vivenciando em que Moro virou alvo da Justiça.
O banner que traz o Moro-herói X Lula-Ladrão, diz: O juiz Sérgio Moro ordenou o bloqueio de contas e propriedades do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de tê-lo condenado a nove anos de prisão por corrupção. Agora vejamos o banner que traz Moro como o bandido procurado: Subprocurador Lucas Furtado solicita medida cautelar por suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos que o ex-juiz recebeu da Consultoria Alvarez e Marsal.
A situação se inverteu. Enquanto Lula é candidato favorito a presidente da República, inocentado em 23 processos, a maioria dos quais da lavra de Sérgio Moro, o ex-juiz, exherói mundial, paladino da Justiça agora é procurado por vários crimes, especialmente pela possibilidade de ter recebido dinheiro ilegal por atividades ilegais, além do mais, com a possibilidade de, como Al Capone, ser fisgado pelo Imposto de Renda sonegado.
Uma empresa de engenharia que pagou cerca de R$ 800 mil a Moro tem capital social de apenas 10 mil reais e uma sedesinha mixuruca, com muitos indícios de que seja apenas uma empresa de fachada ou lavanderia de dinheiro sujo. Ironia do destino é que a especialidade de Sérgio Moro é justamente combater tráfico e lavagem de dinheiro sujo.
A cada hora aparece um novo escândalo. Um deles é que a Consultoria Alvarez & Marsal, que contratou Moro para prestar assessoria, recebeu 16,5 milhões de dólares, quase cem milhões de reais para reestruturar uma fornecedora da Petrobrás que foi quebrada em consequência de sentenças de Sérgio Moro.
Tem tuiteiro dizendo que pelos critérios lavajatistas, Sérgio Moro agora passa a ser considerado criminoso. Pelos critérios não lavajatistas ele já era bandido antes.
O momento quando Lula disse que “hoje sou eu, amanhã será você”, na cara do Moro, deve ter se transformado nos últimos dias em pesadelo recorrente no cafofo dos “conjes”.
O deputado Nildo Tato, de São Paulo, diz: Moro terá seus bens bloqueados. Ele que condenou Lula sem provas para eleger Bolsonaro, quebrou a indústria da construção civil brasileira, sonegou impostos e quer ser Presidente da República. E conclui: Moro fugirá do Brasil, pois é um covarde, condenado pelo STF por suspeição e parcialidade e ainda com suspeita de sonegação. E fecha: “Pode arrumar as suas malas. Tchau, querido!
É aí que o deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo, pergunta: “Algum juiz já determinou a apreensão do passaporte do Marreco? Ou vai esperar esse marginal fugir?” E a blogueira Cynara Menezes conclui ironicamente: “A coisa está tão ridícula que daqui a pouco o Moro vai querer contratar o Cristiano Zanin, advogado de Lula, para dizer que ele está endo vítima de Lawfare.
simples Assim...
O excelente Chico Pinheiro foi certeiro no Bom Dia Brasil no que diz respeito ao racismo brasileiro que alguns insistem em negar. Usou as palavras de Emicida para denunciar mais um caso de racismo: o táxi não para, mas a viatura para. Não existe democracia racial no nosso país, temos uma dívida com o povo negro. A luta antirracista é nossa obrigação.
preConCeito e disCriminAção
Numa única semana tivemos uma mulher resgatada do trabalho escravo e do abuso sexual, bem aqui em Mossoró, dita Terra da Liberdade, orgulhosa de ter libertado seus escravos. Isto na casa de um pastor protestante, pregador dos valores da família tradicional e cristã; tivemos também um negro assassinado a pauladas, no Rio de Janeiro, porque estava cobrando uma dívida de dois dias de trabalho não pagos, na cruel modalidade “trabalho intermitente”; tivemos um cidadão decente, trabalhador, mas que era portador do “crime sem perdão” de ter a pele escura, assassinado por um militar da Marinha que era seu vizinho, mas que se achou no direito de atirar primeiro para perguntar depois, mas que depois não perguntou nada, apenas desfechando mais dois tiros, mesmo com os outros vizinhos gritando que aquele negro era um trabalhador e que morava naquele mesmo condomínio.
preConCeito e disCriminAção ii
Como se não bastasse o festival de discriminação e preconceito, o jumento-mor da nação, o presidente da República, chamou os nordestinos de paus-de-arara, depois de errar o estado natal do Padre Cícero de quem ele revogara o Voto de Pesar, achando pouco, seu filho Eduardo, também batizado pelo general Mourão como “Bananinha”, disse que a cratera que se abriu no metrô de São Paulo foi motivada pelo fato da empresa Acciona ter contatado mulheres para trabalhar na obra. O preconceito, a discriminação e a exploração humana tiveram sua semana de “glória”.
BoleTIM focus
Mercado financeiro projeta inflação de 5,44% para 2022
lucIaNo NascIMeNTo
agência Brasil
Omercado financeiro aumentou mais uma vez a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgado ontem (7), em Brasília, pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - deve fechar 2022 em 5,44%. É a quarta vez que se projeta alta da inflação para 2022. Há uma semana, a estimativa do mercado era de que a inflação terminasse o ano em 5,38%. Há quatro semanas a previsão era de 5,03%.
Para 2023, analistas mantiveram a expectativa
agência Brasil

ao longo do ano, foram registradas 20.699.802 admissões e 17.969.205 desligamentos
ouTrasPalavras
José nicodemos
aristida603@hotmail.com
Geraldo de joÃo doMINGos
Geraldo de João Domingos: nascido e vivido em Areia Branca, no entanto carioca não era mais tipicamente carioca, na jinga malandra, na gíria com sotaque. Só conhecia o Rio de Janeiro, de cinema e de revistas. Nunca foi lá, como tantos rapazes da sua idade, de favor, a bordo de navio. E era amigo de vapozeiros, traziam-lhe a gíria carioca.
De profissão: engraxate, com ponto cero na barbearia de Joãozinho e Sebastião, os mais conceituados oficiais da cidade, ali ao lado da prefeitura, lado oposto da rua com que esta fazia esquina. Não cantava bem; mas, em compensação, tinha ritmo. Gostava de cantar, de preferência, samba de breque, enquanto engraxava sapatos.
A voz é que não ajudava mesmo, fraca. Em todo caso, agradava, tanto que o freguês sempre lhe pedia para cantar um determinado samba, o que o convencia de ser mesmo o canto que se imaginava. Habilmente, acompanhava o ritmo, ao mesmo tempo que engraxava, batucando nas laterais da caixa de engraxate, naquele tempo característica.
Também servia mandados nas repartições públicas, em principal o correio, fazendo a vez de carteiro, e se a entrega de cartas e telegramas era nos escritórios das empresas de navegação, sempre ganhava uma gorjeta. De bons modos, digamos até, nobres, toda gente, das diversas gradações sociais, gostava de Geraldo. Era uma simpatia.
E saía rua afora sempre cantando um samba de motivo da malandragem carioca, na moda, o samba de breque, outras vezes músicas de Orlando Silva, sendo que se saía melhor no samba do gênero. Sabia tudo dos grandes sambistas cariocas, e só cantando samba é que se mostrava com bom ritmo, infelizmente prejudicado pela voz adversa.
Mas era convencido. Menino, eu gostava de ficar ali na barbearia, um bom tempo, a ouvir Geraldo cantar samba de breque, tanto mais pela jinga do típico malandro do morro, pois, como disse atrás, malandro carioca do morro não era mais tipicamente carioca, em tudo. Aí, Geraldo era perfeito, e sabia transmitir isso ao ritmo do samba.
Nem o velho Bezerra da Silva era mais exato na jinga, com seu paletó branco malandro, e era só o que lhe faltava, a Geraldo, sempre em mangas de camisa, as camisas da última moda no Rio que lhe davam os vapozeiros. Paletó, de jeito nenhum. Nunca usou, uma só vez que fosse. Não ia mesmo com o artefato, por motivos que ignoro.
Tuberculoso, sem condições de tratamento, ainda a fome, um dia Geraldo amanheceu morto, no casebre da esquina da rua da Tarrafa, onde morava, sozinho, com o pai, velho e doente. Não vi Geraldo cadáver, mas suponho terá levado dentro nos olhos, meio verdes, tirante a cinza, a imagem de uma roda de samba num morro carioca.
aversÃo
O leitor terá notado já minha sistemática aversão a essa coisa que se chama Congresso Nacional. Está certo. É porque é daí, tal a bandalheira, muito à vista, que, com certeza, deriva todo o mal que assola o país. É o princípio.
reProvaÇÃo
Por igual, terá notado já o meu desejo, e aí também está certo, de que todos os componentes dessa inutilidade, em falta do nome mais adequado, que é o tal Congresso, fossem reprovados pela urna eleitoral, nas eleições deste 2022.
ceGueIra
Um desejo de todo impossível, eu sei disso, porque o povo brasileiro ainda não despertou para a realidade do país, apesar de longamente esbulhado em seus direitos por essa agremiação de inimigos – do povo e da pátria. Uma cegueira.
linguagem
Grande crédito de inteligência, e de interesse pela cultura, seria dado às editoras deste país, se reeditassem, entre tantas obras de igual valor, em termos de prestação à cultura brasileira, a “Seleta clássica” do mestre João Ribeiro, textos comentados, por este, à base ampla de uma didática irretocável. Obra de mestre. Com essa obra, inexplicavelmente esgotada, desde há décadas, quase se pode dispensar a leitura direta dos clássicos, livro a livro, visto que ela, a Seleta de João Ribeiro, nos proporciona, digamos até, a vivência dos eternos modeladores da linguagem, no dizer do mestre Sá Nunes, da linha de Mário Barreto. Temos aí, perfeitamente, uma visão panorâmica da literatura clássica da língua portuguesa, de todo indispensável ao estudo das humanidades. A prova é que nossos grandes escritores se nutriram da seiva clássica, para construção do seu estilo.
da semana passada em relação ao IPCA. A projeção desta semana aponta uma inflação de 3,50%. Há duas semanas, o cálculo era de 3,40% no próximo ano. Em 2024, a projeção é a mesma das últimas semanas: inflação de 3%.
O boletim, divulgado semanalmente, reúne a estimativa para os principais indicadores econômicos do país.
PIB
No boletim divulgado ontem, o Focus também manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas no país - registrada há sete dias. A projeção é de crescimento do PIB de 0,30% em 2022. Há quatro semanas o mercado previa a expansão da economia brasileira em 0,36%.
O Focus registra pela terceira vez seguida diminuição na expectativa de crescimento do PIB para 2023, passando de 1,55% na semana passada para 1,53%. Para 2024, a estimativa se manteve estável, ficando em 2%.
Taxa de juros
A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, em 2022, ficou estável pela quarta vez em relação ao divulgado na semana passada: 11,75% ao ano.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. A decisão era esperada por analistas financeiros.
A taxa atingiu os dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2017, quando estava em 10,25% ao ano. Esse foi o oitavo reajuste consecutivo na taxa Selic. Em comunicado, o Copom indicou que continuará elevando os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.
Para o fim de 2023, a estimativa do mercado é de que a taxa básica de juros caia para 8% ao ano. E para 2024, a previsão é de Selic em 7% ao ano, cálculo que repete o das semanas anteriores.
dólar
A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 também se manteve igual ao projetado na semana passada: R$ 5,60. Já para o próximo ano, o mercado estima que a moeda deve ficar em R$ 5,50. Para 2024, após um período de estabilidade, a moeda norte-americana deve passar dos R$ 5,40, estimados na semana passada, para R$ 5,39.
Indicador de emprego da fGv atinge menor nível desde agosto de 2020
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Brasília
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 5,3 pontos de dezembro de 2021 para janeiro de 2022. Foi o terceiro recuo consecutivo. Ele chegou a 76,5 pontos, menor patamar desde agosto de 2020 (74,8 pontos).
O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de trabalho, com base em entrevistas feitas com consumidores e empresários da indústria e do setor de serviços.
Queda eM jaNeIro
Todos os componentes tiveram queda em janeiro. O principal destaque negativo foi o indicador de situação atual dos negócios da indústria, que contribuiu com -1,6 ponto para a queda de 5,3 pontos do Iaemp. Também tiveram recuos relevantes à tendência dos negócios nos próximos seis meses e as intenções de contratação nos próximos três meses do setor de serviços, que contribuíram com -1 e -0,9 ponto, respectivamente.
“A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no quarto trimestre com o surto de Ômicron e Influenza, o que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador, tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”, disse o pesquisador Rodolpho Tobler, em nota divulgada pela FGV.