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from Jornal de Fato
Cont. da PÁg. 3
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o senhor falou que está havendo retaliações aos membros do bloco diálogo e respeito, é uma referência à decisão do prefeito allyson Bezerra de exonerar todas as pessoas que foram indicadas pelo vereador omar nogueira? o senhor se refere a esse tipo de retaliação?
Sim. Mas, tem também palavras ofensivas contra nós, ditas por pessoas que estão trabalhando na gestão municipal. Nós, inclusive, estamos vendo a possibilidade de uma ação na justiça contra a pessoa que chamou a gente de ladrão, que afirmou que o bloco estava querendo extorquir. Aí eu pergunto: extorquir o quê? Essa pessoa precisa de mais informação para, antes de falar, saber o que está dizendo, e não tentar denegrir a imagem do nosso grupo.
esses ataques partem de pessoas ligadas ao prefeito allyson?
Sim, acho que sim, e tem até familiares (do prefeito).
Para a gente ter uma clareza melhor, qual foi o sentimento que levou a esse grupo de seis vereadores a criar o novo bloco na Câmara Municipal?
Me perguntaram, na Câmara Municipal, quem foi o autor da ideia de criar este bloco. Eu disse, quem criou foi o líder do prefeito, que começou desprezar os vereadores que compõem o bloco Diálogo e Respeito. Foi formado um grupo dentro da bancada do governo, as coisas aconteciam e a gente ficava completamente de fora. Então a gente se uniu, somamos seis vereadores para formar o bloco e exigir diálogo e respeito. O que queremos é dialogar e também respeito, porque precisamos de respeito. Eu tive 929 votos (o segundo menos votado entre os eleitos em 2020), o colega Isaac da Casca teve mais de três mil votos (o mais votado com 3.113 votos), mas dentro da Câmara todos são iguais, todos têm a mesma importância. Não é certa essa coisa de tratamento diferenciado, isso não existe. Somos 23 vereadores, todos devem ser respeitados. Portanto, queremos respeito, queremos igualdade entre todos os vereadores.
o senhor foi um dos primeiros a apoiar allyson Bezerra na trajetória política dele, desde a eleição para deputado estadual em 2018. Hoje, vocês
Quem fez surgir o bloco foi o líder do prefeito na Câmara, que começou a desprezar os vereadores da bancada
estão distantes, e isso lhe causa algum tipo de decepção?
A gente tinha uma amizade com o prefeito de Mossoró desde a época de Maria das Malhas (ex-vereadora que no passado foi apoiada por Paulo Igo e Allyson). Tínhamos uma parceria boa, junto com Lucas das Malhas (vereador), e essa caminhada tomou uma proporção importante, até que ele (Allyson) chegou com a proposta de ser deputado estadual. Ele me procurou, foi na minha casa, conversamos, e eu aceitei o desafio. A gente foi para rua, vestimos a camisa, saímos pelo interior e ele se elegeu, graças a Deus. Depois, Allyson teve o fortalecimento na Assembleia Legislativa e veio com o novo desafio de ser candidato a prefeito de Mossoró. De pronto, eu aceitei. Nas primeiras conversas, ele queria que eu também saísse candidato a vereador. A gente trabalha no ramo da panificação, temos um grande leque de fornecedores, de clientes na cidade de Mossoró, e isso foi importante para eu aceitar o desafio de ser candidato. Fortalecemos o Solidariedade, formamos um grupo e tivemos êxito. Mas, depois que ele passou a ser prefeito, assumiu novas responsabilidades, e a nossa amizade foi se distanciando. Nós tínhamos uma conversa simples, sem adulação, porque é assim entre amigos, mas isso foi se distanciando.
Quando o senhor percebeu essa mudança?
Eu me filiei ao Solidariedade no dia que Allyson se filiou. Ajudei a fortalecer o partido em Mossoró. Mas, recentemente, senti que eu estava sendo rejeitado. Teve confraternização do Solidariedade em Mossoró aonde eu me vi de fora, não fui convidado. Eu fui rejeitado. A partir daí, a gente viu a nossa rejeição dentro do grupo, que estava sendo descartado. Mas, continuo firme, continuo lutando pelo povo de Mossoró, lutando por aquelas pessoas que acreditam no nosso mandato, na nossa luta pela causa evangélica (é evangélico da Assembleia de Deus). Estou à disposição para ouvir o prefeito, para ouvir a comunidade, o povo de Mossoró, porque o meu mandato é do povo.
o bloco diálogo e respeito vai caminhar junto nas eleições deste ano ou a união dos seis vereadores se resumem a ação parlamentar na Câmara Municipal?
Cada vereador tem seu compromisso, cada um tem o seu pensamento, por exemplo: o vereador Lamarque (Oliveira) é ligado ao deputado estadual Coronel Azevedo (PSC), já o colega Isaac da Casca é précandidato a deputado estadual, assim como o Cabo Tony (Fernandes), e tem a Carmem Júlia que é do MDB e deve seguir o partido nas eleições deste ano, o mesmo acontece com Omar Nogueira, e eu também tenho o meu pensamento. Então, a gente respeita a posição política de cada um.
Qual é o pensamento do senhor em relação às eleições deste ano?
Somos do Solidariedade e estamos vendo o melhor cenário para definirmos o nosso apoio. Estamos aguardando, vendo os projetos e, com certeza, devemos optar pelo melhor para Mossoró.