Jornal de Fato

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Instituto Federal do RN realiza hoje curso de designer gráfico

mossoró Paralisação

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Governo do RN promove mais 832 Praças da PM e dos Bombeiros

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Sábado, 19 de setembro de 2015 /jornaldefatorn

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Cerca de 10 a 15 cirurgias eletivas estão deixando de ser feitas devido ao atraso de 90 dias no pagamento dos profissionais de anestesia

Anestesiologistas suspendem atendimentos de cirurgias Amaro Jr./A Tarde

A decisão foi tomada em uma reunião que aconteceu na tarde de quintafeira, 17, e contou com a presença das categorias e da Prefeitura Municipal de Mossoró

O

s 16 profissionais que compõem a Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) e prestam serviço à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) suspenderam suas atividades e as cirurgias eletivas só voltarão a ser realizadas mediante o pagamento dos serviços que estão atrasados há quase 90 dias. A decisão foi tomada em uma reunião que aconteceu na tarde de quinta-feira, 17, e contou com a presença das categorias (anestesiologistas, obstetras e pediatras) e da PMM. Os profissionais atendem no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM), no Hospital Wilson Rosado e no Hospital e Maternidade Almeida Castro. De acordo com o presidente da CAM, anestesiologista Ronaldo Fixina, a situação está insustentável e não há nenhum avanço nas negociações, o que levou os médicos a optar pela paralisação até que o pagamento da dívida seja efetuado. “A decisão inicial era de que iríamos apenas reduzir a quantidade de atendimentos de alta complexidade, no entanto como a dívida referente aos atendimentos de baixa e média complexidade também está no mesmo patamar, infelizmente tivemos

CIANO MAGNTA AMARELO PRETO

)) Anestesias pararam, deixando de ser feitas entre 10 e 15 cirurgias eletivas por dia Assecom

que tomar uma atitude mais drástica e suspender tudo por tempo indeterminado até que a Prefeitura efetue o pagamento”, afirma o médico. “Por dia, estão deixando de ser feitas entre 10 e 15 cirurgias e a situação vai ficar ainda pior se o pagamento não for feito. Quanto mais dias se passarem sem a realização dos procedimentos, maior será a fila de espera, e o que nos preocupa é que o paciente é prejudicado, tem o seu quadro antes eletivo com evolução para uma coisa mais grave, uma emergência. Tudo isso só está acontecendo por falta de compromisso por parte da gestão”, diz Ronaldo. “A gente lamenta muito, a gente quer colaborar, mas não tem a contrapartida”, diz Ronaldo Fixina. “A gente pede a compreensão da população e o discernimento do

)) Ronaldo Fixina, presidente da Clínica de Anestesiologia gestor”, complementa. A situação da anestesiologia pode se agravar. De acordo com o presidente da CAM, se nenhum fato novo para resolver a situação for efetivado até a próxima se-

mana, o Hospital e Maternidade Almeida Castro poderá ficar sem o serviço. “Quarta ou quinta, a Clínica de Anestesiologia vai retirar os plantonistas da maternidade”, informa Fixina.

O presidente da CAM explica que o problema também está relacionado à falta de pagamento referente aos plantões do setor de obstetrícia da unidade, cujo atraso, semelhante ao das cirurgias eletivas, já se aproxima dos 90 dias. “O atraso vem desde o mês de junho”, afirma. Segundo Fixina, há dias em que são realizadas cerca de 20 cirurgias no Hospital Maternidade Almeida Castro. Caso os anestesiologistas suspendam o serviço, isso fará que as mulheres que necessitem dos procedimentos sejam encaminhadas ao Hospital da Mulher. A Prefeitura de Mossoró, por meio de uma nota da Secretaria Municipal da Fazenda (SEFAZ), informou que o pagamento dos anestesiologistas e obstetras que prestam serviço ao Município foi regularizado dia 17. Foram repassados para a Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM) cerca de R$ 114 mil, e para o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia (NGO), aproximadamente R$ 133 mil, valores referentes ao mês de junho. Quanto ao pagamento do mês de julho, que tem processo vencendo no próximo dia 20, o repasse deve ser efetuado após o dia 30 de setembro, dentro do prazo estabelecido em contrato, que permite ao Município realizar esse pagamento em até 90 dias após o vencimento do processo. A Prefeitura ainda destacou que o processo de pagamento referente ao mês de agosto ainda não foi encaminhado para a Secretaria Municipal da Fazenda.

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Situação pode se agravar, se nenhum fato novo para resolver a situação for efetivado, segundo Ronaldo Fixina

PMM determina redução de plantonistas nas UPA's

A empresa que presta serviços à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), Serviços de Assistência Médica e Ambulatorial Ltda. (SAMA), informou aos médicos por meio de memorando que a PMM determinou que fosse reduzida a quantidade de médicos de plantão nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A Prefeitura alega a necessidade de redução de custos gerais, diante da crise financeira. A determinação entra em vigor a partir do dia 1.º de outubro. A PMM autorizou manter os quatro plantonistas exclusivamente em horários de pico de demanda. Diretor administrativo da Sama, Diego Dantas informa que a redução está dentro da legalidade contratual, mas atinge diretamente a população. “O cliente contratante pode reduzir ou aumentar a quantidade dos serviços em 20%, nesse caso a Prefeitura alega que reduziu a quantidade dos médicos para tentar pagar em dias os plantões, mas haverá prejuízo para a população”, diz Diego Dantas. O diretor ainda informa que o horário de pico nas UPAs é das 16h às 22h.


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