Jornal de Fato

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)) Saúde

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Cerca de 30% dos mossoroenses ainda não têm Cartão do SUS

mossoró Alto da Pelonha

)) Oportunidade Caern anuncia novo concurso público

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Quinta-feira, 5 de setembro de 2013 /jornaldefatorn

@defato_rn

Empresa tenha deixado de mandar veículos ao bairro por causa da falta de condições estruturais das vias, moradores reclamam dos transtornos

Moradores alegam que ônibus deixaram de circular em bairro Carlos Costa

Empresa diz que firmou acordo com Prefeitura para que ônibus circulassem apenas em determinados horários, mas usuários denunciam ausência total do serviço a partir de determinado trecho

O

s moradores do bairro Alto da Pelonha (zona leste) reclamam que os ônibus deixaram de circular por lá alegando falta de infraestrutura das vias. Eram apenas dois veículos, mas agora o bairro estaria desassistido pelo transporte coletivo. A medida seria a confirmação de um aviso que a empresa Sideral teria emitido no final de agosto aos usuários – os veículos não entrariam mais nos bairros até a melhoria das ruas. “Srs. usuários do Alto da Pelonha, informamos que, a partir de 26/08/2013, só entraremos no conjunto após o conserto das ruas”, anunciava um bilhete anexado ao para-brisa dos ônibus. “Eu não vejo os ônibus entrando no Alto da Pelonha. As pessoas vão andando a pé para casa; há muita reclamação”, conta a comerciante Eliete Rodrigues, que possui um estabelecimento próximo à parada de ônibus do bairro. Segundo a dona de casa Ozilene Dantas, as crianças,

)) Sem ônibus no bairro, moradores precisam andar até 1 quilômetro todos os dias

Decisão

Justiça determina que governo reforme escola em 90 dias

A

juíza da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Mossoró, Anna Isabel de Moura Cruz, determinou que o Governo do Estado reforme a Escola Estadual Francisco Antônio de Medeiros, no bairro Belo Ho-

rizonte. A obra deve ocorrer em 90 dias. A decisão é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que demonstrou os riscos pelos quais passam os alunos na escola.

De acordo com o MP, a infraestrutura precária da unidade de ensino compromete o fornecimento de uma educação adequada às crianças, “direito fundamental estabelecido em lei”. A escola apresenta problemas na estrutura, como infiltrações, cupins em portas, janelas e telhado e falhas no sistema elétrico, além de não ser adaptada para acessibilidade. A Magistrada estabeleceu multa de R$ 1 mil por cada dia de atraso na conclusão da re-

quando voltam à noite da escola, vão a pé para casa ou pedem carona a carroceiros por determinado trecho. “Vejo também muitas crianças pequenas que estudam à tarde tendo de sair de casa ao meio-dia para poder pegar o ônibus.” Moradores do conjunto Geral Melo (zona leste), ainda mais distante do ponto de ônibus, relatam ter de caminhar mais de um quilômetro para poder ter acesso ao transporte coletivo. De acordo com Célio Carvalho, gerente da empresa Sideral, a empresa firmou um acordo com a Prefeitura para alternar os horários de circulação de ônibus no Alto da Pelonha justamente pela falta de condições estrutu-

forma. O dinheiro que vier a ser pago por motivo de descumprimento deve ser revertido ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do Rio Grande do Norte. Iguaraci Sousa, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, disse ao JORNAL DE FATO que a pasta ainda não foi notificada da decisão. “Na hora que recebermos [a decisão], veremos receitas e todas as ações que precisaremos providenciar”.

/photos/jornaldefatorn

rais das ruas. Os veículos só entrariam no bairro às 6h, às 12h e às 17h30. Carvalho ressalta o fato de a Sideral estar aguardando o projeto de urbanização e calçamento no local para regularizar tal situação. Durante todo o dia de ontem, 4, a reportagem do JORNAL DE FATO tentou contato por telefone com o secretário de Desenvolvimento Urbanístico, Alexandre Lopes, mas não obteve retorno nas ligações. Moradores reclamam da demora na resolução do problema. “Nós somos esquecidos aqui”, afirma Ozilene Dantas.

“ As pessoas vão andando a pé para casa; há muita reclamação.”

ELIETE RODRIGUES Comerciante

Rômulo Arnaud, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE-RN), lembra que outras escolas do bairro também estão em situação precária. São exemplos a Francisco Sales Cavalcanti – o Caic do Belo Horizonte –, que espera há dois anos por reforma, e a Justiniano de Melo. No último dia 29, no acordo que suspendeu a greve dos professores, o governo garantiu a reforma de diversas escolas por todo o RN.


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