Jornal de Fato

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2 opinião

Sexta-feira, 5 de julho de 2013

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Carlos Costa

# A cidade A ponte

Duplicação da ponte do Genésio, na BR-304, em Mossoró, já está quase concluída; projeto é fundamental para desafogar trânsito na cidade.

# opiniãoartigo

))Muda, brasileiro! Alcyr Veras

economista e professor universitário

S

# previsão do tempo no RN

em querer, agora, bancar o profeta (em relação às manifestações e protestos que hoje ganham as ruas em todo o país) permito-me, porém, citar artigo que escrevi neste mesmo espaço deste conceituado jornal TRIBUNA DO NORTE, publicado no dia 8 (quinta-feira) de dezembro de 2011, com o título: Copa também para Educação e Saúde. Fazendo as contas, já se passaram exatamente 1(um) ano, 6(seis) meses e 22(vinte e dois) dias que comentei, no referido artigo, sobre a facilidade e rapidez com que o governo brasileiro disponibilizou recursos financeiros destinados à construção de estádios de futebol para sediar a Copa do Mundo de 2014, enquanto que há décadas falta dinheiro para educação, saúde, transporte e segurança pública. Para deixar bem claro meu posicionamento, ao iniciar o artigo acima mencionado, fiz questão de declarar a minha viva paixão pelo Futebol (esporte de minha preferência desde a infância), tendo participado como atleta amador de futebol nos jogos universitários, e que, até hoje, ainda arrisco bater uma pelada, não poderia jamais ser contra o maior evento esportivo do planeta, sobretudo pela sua realização em nosso país. A propósito, transcrevo, a seguir, trechos daquele artigo: Tão logo a FIFA elegeu o Brasil como sede do próximo mundial de futebol, o governo brasileiro, prontamente, estabeleceu urgentes prioridades e mobilizou todos os esforços possíveis para assegurar os recursos financeiros no valor de 28 bilhões de reais para construção e reformas de estádios de futebol. Entretanto, o que chama atenção (e eu lamento profundamente) é que esse mesmo espírito de boa vontade política, rapidez e entusiasmo não tenha se manifestado, até hoje, para resolver, ou pelo menos amenizar os graves problemas sociais que os brasileiros são obrigados a

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conviver, nas áreas de educação, saúde, transporte e segurança pública. A população brasileira de baixa renda não tem ensino público de qualidade, nem serviços decentes das redes de saúde. Em pleno século XXI, das grandes conquistas científicas e tecnológicas, remete ao primitivismo e à indignidade cenas humilhantes e desumanas de pessoas esquálidas, com suas enfermidades expostas, atiradas sobre macas fétidas nos insalubres corredores da maioria dos hospitais públicos do Brasil. A inaceitável desculpa é sempre a mesma que se arrasta há anos a fio a falta de verbas. Hoje, enche-me de orgulho quando vejo a juventude brasileira, consciente, corajosa, independente e com vibrante capacidade de mobilização (que não precisou de representantes de classe política e sindical) ir às ruas e exigir os seus (nossos) direitos, sobre os quais as descompromissadas autoridades públicas há muito viraram as costas. O que mais me surpreende é que todos os entrevistados pela mídia (principalmente governantes e parlamentares) declararam que são favoráveis às manifestações e aos protestos porque são legítimos direitos do cidadão e contribuem para o fortalecimento do exercício da democracia. Da forma como falam, causanos a impressão de que se tratam de seres alienados (extraterrestres), sem a mínima consciência de seu papel como representantes do povo. As mesmas reivindicações que antes foram negadas, passaram agora a ser atendidas (embora parcialmente), o que expõe e revela publicamente o auto-atestado de incompetência e omissão. O contagiante movimento que tem levado centenas de milhares de pessoas às ruas, expressa o sentimento de uma população que se cansou da inércia do poder público frente aos inadiáveis problemas sociais e a indignação pela impunidade. De que adianta sermos a sexta economia do mundo, se temos um dos piores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que mede a qualidade de vida dos brasileiros. Diante da ausência política, o movimento quer exercer o diálogo para exigir mudanças em prol de um Brasil que funcione para todos.

Um produto da Santos Editora de Jornais Ltda. Fun­d a­d o em 28 de agos­t o de 2000, por Cé­s ar San­t os

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