Jornal de Fato

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2 opinião

Sexta-feira, 2 de agosto de 2013

)

# indicadores )) DÓLAR )) EURO

R$ 2,3030 R$ 3,0410

)) POUPANÇA )) TR

0,5223% 0,0000%

)) SELIC )) OURO

8,5% R$ 97,000

Gildo Bento

# A cidade Bicicleta

Mossoró é uma das cidades do RN que mais valorizam o uso da bicicleta.

# opiniãoartigo

))Adimplência parcial Alcyr Veras

economista e professor universitário

Q

# previsão do tempo no RN

uando se tenta fazer uma avaliação sobre a situação econômica do Brasil, nos dias atuais, somos levados, na maioria das vezes, por impulso, a emitir opiniões sobre os pontos críticos, esquecendo-se os acertos e avanços, sobretudo nas duas ultimas décadas. É evidente que houve alternância entre períodos prósperos e recessivos. Por exemplo, a crise econômica de 2008, motivada pela bolha americana, não afetou drasticamente o Brasil. A própria crise européia, que se arrasta até hoje, provocou alguns percalços quanto à diminuição do volume das nossas exportações, mas não entramos em pânico, nem tivemos nossa moeda desestabilizada. É verdade que o país vive, atualmente, um patamar de baixo crescimento econômico (a previsão do PIB caiu de 3.2% para 2.5%, segundo o FMI). Contudo, há setores que estão começando a reagir favoravelmente; como o agronegócio e o ramo da construção civil. Mas, quando o assunto é Dívida Externa, precisamos desmistificar alguns tabus que surgem devido à análises parciais ou incompletas, as quais levam a interpretações equivocadas que, por sua vez, alimentam falsas conclusões eufóricas. Vejamos a seguinte pergunta que tem se mostrado sempre recorrente: a Dívida Externa total do Brasil realmente foi paga? Não, não está integralmente paga. Na verdade, em dezembro de 2005, o Brasil quitou apenas a dívida que tinha com o FMI (Fundo Monetário Internacional), pagando, por antecipação, o valor de 15,5 bilhões de dólares que venceriam até o final do ano de 2007, economizando assim 900 milhões de dólares em juros. Porém, ainda restam dívidas referentes a empréstimos com outras entidades financeiras internacionais

(!)

como, por exemplo, o BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), também chamado de Banco Mundial, e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), além dos bancos Barclays e Morgan Stanley. Como se sabe, a Dívida Externa brasileira é o somatório de todos os débitos resultantes de empréstimos e financiamentos obtidos no exterior pelo próprio Governo Federal, como também por empresas estatais e por empresas privadas. O primeiro empréstimo externo, contraído pelo Brasil com a Inglaterra, foi em 1824 no valor de 3,7 milhões de libras esterlinas. Na época, era chamado de empréstimo português porque teria sido destinado a cobrir dívidas do período colonial, o que na prática, segundo dizem, significava o pagamento a Portugal pelo reconhecimento da Independência do Brasil. Durante a fase do Império, há registros de que os governantes da monarquia brasileira tomaram 17(dezessete) empréstimos em Bancos Ingleses para quitar débitos antigos. Para bancar a guerra com o Paraguai, foram feitos novos empréstimos com a Inglaterra destinados a comprar navios e suprimentos. Com a instalação da República, o governo Campos Sales fez a primeira renegociação da Dívida Externa do Brasil. Mas, em 1931, a primeira moratória brasileira foi matéria de capa do New York Times. Durante o Estado Novo (1937), Getúlio Vargas suspendeu o pagamento de todos os empréstimos por três anos. Em 1959, Juscelino Kubitschek rompeu com o FMI, porque aquela Instituição Financeira Internacional não aceitava os altos índices da inflação brasileira. Entretanto, o período em que o Brasil mais vezes recorreu ao FMI e em valores extraordinariamente altos, foi durante o Regime Militar, tanto devido à crise internacional do petróleo em 1973, como para manter artificialmente o chamado milagre econômico, que mesmo apesar disso, diga-se por uma questão de coerência, formou-se a base da infraestrutura brasileira nas áreas de energia, transportes e telecomunicações.

Um produto da Santos Editora de Jornais Ltda. Fun­d a­d o em 28 de agos­t o de 2000, por Cé­s ar San­t os

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