Jornal das Alagoas - Edição Número 88

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Alagoas, 11 de agosto | Ano 1 | Nº 088 | 2019

R$ 1,00 Adriano Machado/Reuters

CRB segue em busca de contratações para o time Página 9

www.jornaldasalagoas.com.br

Agência Senado

Bolsonaro indicará novo procurador dia 16

Senado cria comissão para acompanhar “caso Itaipu”

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“Semana das sentenças começa” amanhã Página 3

DISPUTA POLÍTICA

ELEIÇÃO DA UVEAL TAMBÉM ESTÁ NA MIRA DOS “RENANS” ENTREVISTA

“O Senado não pode ser carimbador da Reforma” O senador Rodrigo Cunha (PSDB) conversou com o Jornal das Alagoas e falou sobre temas como as eleições vindouras e o que se espera do Congresso Nacional no segundo semestre. Ele avalia - por exemplo - que a chegada da Reforma da Previdência no Senado deve pautar o debate. Para Cunha, ainda há epaço para as discussões. “O Senado não pode simplesmente carimbar a Reforma. Ele é uma Casa revisora e eu vou estudar o assunto”, frisa. Páginas 6 e 7

Pais que tiveram que criar os filhos sozinhos falam de superação Essa edição do Jornal das Alagoas traz uma reportagem especial que mostra a situação de pais que - por força das circunstâncias - acabaram tendo que criar seus filhos sozinhos e assim ocupar uma lacuna insubstituível: a

presença da mãe. Esses pais relatam o desafio, a superação e detalham a relação com os filhos. Não é uma situação tão comum, mas é uma realidade para algumas famílias. Conversamos com esses heróis. Página 4

O MDB do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho não perde uma oportunidade de se fortalecer. Preparando-se para 2020 e 2022, já atraiu prefeitos, paralamentares e se estrutura dentro de uma hegemonia política. Não há espaço político em que os “Renans” não se queiram presentes. Até na disputa pela presidência da União dos Vereadores de Alagoas há articulações que envolvem os emedebistas. Em regra, o destino da UVEAL é decidido por “acordo”, mas agora a pode colocar em confronto Fabiano Leão, que tem o apoio do MDB, e Eduardo Tenório. Página 12

Em 11 anos, TJ reconhece 12 mil paternidades Em pouco mais de uma década, o Tribunal de Justial do Estado de Alagoas já atuou em aproximadamente 12 mil processos de reconhecimento de paterindade. Atualmente, existem 1.675 solicitações em andamento. Página 3


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EDITORIAL

Corrigir os excessos

EXPEDIENTE Jorge Luiz Borges Tinoco Diretor-Executivo Luis Vilar Editor-Geral Benedito Lima Diagramação

O presidente da República, Jair Bolsonaro

discussões.

(PSL), tem uma grande responsabilidade pela frente: a indicação do novo Procurador-Geral da República (PGR). É de esperar que a ação se dê de forma republicana e sem

É preciso corrigir os excessos, limitar os papéis das partes dentro dos processos de investigação, garantir o direito constitucional à defesa, o

levar em conta polêmicas vazias que pouco agregam. O que o Brasil espera do novo procurador é o que importa.

que – no final das contas – significa a paridade das armas. Isso pode ser feito sem histrionismos, ideologizações e – acima de tudo - “sem querer jogar o bebê fora com a água suja do

E o que se espera?

banho”.

Bem, o país vivenciou um recente contex-

A Lava Jato se tornou um marco na nossa Histó-

to em que poderosos acabaram pagando por seus atos. O que antes era tido como território da impunidade, desde o julgamento do mensalão, tem sido revertido. Claro que

ria e o Ministério Público Federal tem um papel enorme nisso. Quais características deve ter o novo procurador, então? A defesa da Constituição, assumir o dever de afastar a política parti-

há erros cometidos nesse processo e – em alguns momentos – se colocou em xeque a discussão das garantias individuais, pois todos merecem uma Justiça justa. Todavia, é inegável que com a Operação Lava Jato, o Brasil passou a viver um outro momento, com maior fiscalização dos atos públicos

dária e/ou ideológica de dentro do MPF, zelo pelo papel fiscalizador do órgão e a postura de independência em relação aos demais poderes. Um procurador-geral não deve favores.

e mais participação da população nessas

Para anunciar (82) 3028.2050 CNPJ 33.009.776/0001-21 Endereço Rua Barão de Penedo, 36 Edifício Delmiro Gouveia, Sala 205 - Centro CEP 57.020-340 Maceió - Alagoas E-mails redacao@jornaldasalagoas.com.br comercial@jornaldasalagoas.com.br

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

É isso que tem que ser buscado. O MPF é um órgão fundamental à democracia. O império das leis não pode ser vermelho ou azul. Ele tem que ser o império das leis!

CENA URBANA

O lixo nas ruas é um problema constante. E na Avenida Senador Rui Palmeira, no Vergel, não é diferente. Lá, a equipe do J.A. não encontrou só lixo. Reparem ao fundo da imagem, é possível ver duas crianças brincando entre o amontoado de lixo.

ARTIGO | Janguiê Diniz*

Novos públicos requerem novas empresas As relações de consumo têm mudado muito e de forma bastante acelerada nas últimas décadas. Se, antes, para adquirir qualquer coisa, era necessário ir a uma loja; e, posteriormente, vieram as vendas por telefone; hoje, boa parte das transações já é feita pela internet. Acontece que essas relações de consumo – e o próprio relacionamento das marcas com seus clientes – têm sofrido alterações não mais por causa das tecnologias (ao menos não diretamente), mas por mudanças no próprio perfil do público consumidor. Nas décadas de 1980 e 90, surgiu a chamada Geração Y, ou Millenials, aqueles que viram

de perto o boom da internet e das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Hoje, eles têm entre 24 e 38 anos de idade, estão em idade economicamente ativa e formam boa parte da mão de obra nacional, ou seja, ainda têm influência sobre as relações de mercado. No entanto, já começa a despontar uma nova geração, a Z, ou Centennials. Estes são os nascidos entre 1995 e 2010, que já vieram ao mundo em meio à tecnologia e cresceram com ela. São os chamados nativos digitais. É com estes que as empresas precisam se preocupar ainda mais e dedicar atenção e estudo. As gerações anteriores se

adaptaram às ofertas. Com a Geração Z, de forma inversa, é o mercado que precisa se adequar aos clientes. Isso porque esse público está acostumado com a liberdade e a experiência personalizada que o ambiente digital oferece e leva isso para todas suas relações, inclusive as de consumo. Tudo precisa ser fácil, prático, rápido – instantâneo, até – e do jeito que eles querem, não como as marcas querem oferecer. Apesar de serem muito jovens, muitos ainda sem poder de consumo, são eles o futuro do mercado e os que possuem mais influência. Esse novo panorama exige das empresas, principalmente,

* É Mestre e Doutor em Direito

investimento na inovação. É preciso cativar o cliente de forma cada vez mais especial e diferenciada. Isso porque, no mundo multiconectado, você pode comprar o mesmo produto de uma empresa local ou de uma do outro lado do globo. Os fatores decisivos serão detalhes que farão a oferta mais atraente para cada cliente. Daí a importância de estar conectado com a clientela, analisando constante as tendências de consumo, as necessidades do público-alvo, para atendê-las de forma inovadora e criativa. É preciso, mais do que nunca, ser “amigo” do seu cliente, criar laços e intimidade.

Fabrício Melo

OPINIÃO


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ALAGOAS DIA DOS PAIS | Atualmente existem 1.675 solicitações em andamento no Núcleo de Promoção da Filiação

Em 11 anos, TJ já julgou 12 mil processos de reconhecimento de paternidade Gabriela Flores Repórter

Quem nunca esperou para dar um abraço apertado no pai, para contar aquele segredo e ouvir o conselho que só ele é capaz de dar, e quando chega o mês de agosto, ai sim o coração aperta ainda mais e é tomado pela ansiedade da festa da escola quando os colegas “desfilam” com os pais? Pois é, essas sensações e emoções que são quase naturais, infelizmente não fazem parte da vida de milhares de alagoanos.

C

onforme dados do Núcleo de Promoção da Filiação (NPF) do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) atualmente 1.675 processos para reconhecimento de paternidade estão em andamento. O NPF, que completa 11 anos de existência, centraliza as averiguações de paternidade encaminhadas pelos oficiais de registro civil, a fim de promover o efetivo cumprimento do princípio da prioridade absoluta, contido na Constituição Federal de 1988 e, em especial, o disposto nas leis 6.016/73, 8.560/92 e 8.069/90. Segundo informações da assessoria de Comunicação do TJ, desde sua criação até hoje, mais de 12.000 processos foram julgados e aproximadamente 10.000 registros foram retificados e tiveram os nomes dos pais acrescentados.

LACUNA O estudante universitário João Pedro (nome fictício) comentou que a falta do nome de pai nos documentos sempre foi um motivo de constrangimento e tristeza. “Quando era menor e aconteciam as festas de Dia dos Pais na escola eu nunca ia, e isso me deixava muito mal, além de me fazer sentir ‘diferente’ dos outros”, comentou ele. O estudante disse ainda que sua mãe e sua avó, com quem foi criado, sempre lhe deram muito amor e atenção, “mas sempre faltava algo, principalmente um nome em meu documento, na minha história de vida, precisava saber minha origem, independente de quem fosse meu pai”, desabafou. Anos depois, ao entrar na faculdade de Direito fiquei conhecendo o trabalho de NFP e, após conversar com minha mãe, resolvi entrar com

o processo para ter direito ao nome de meu pai nos documentos. “Hoje tenho o nome dele no registro, mas a lacuna deixada pela sua ausência na minha infância e adolescência é uma marca que ficará para sempre. Disso tiro uma lição: eu não quero ser igual a ele”, concluiu João. COMO REQUERER A PATERNIDADE A demanda do NPF é identificada pelos Cartórios de Registro Civil que, ao procederem ao registro de nascimento sem o nome do pai, preenchem o termo de alegação de paternidade e encaminham para o Núcleo iniciar a averiguação. Outra porta de entrada são as escolas, espaços onde são encontradas crianças que foram registradas antes da implantação do Núcleo e registra também a demanda espontânea de quem busca o serviço de forma direta. Para a garantia da efetividade do reconhecimento da paternidade, os mandados de averbação são encaminhados pelo Núcleo diretamente ao Cartório de Registro Civil, evitando, assim, que os responsáveis deixem de concluir o procedimento. No caso de recusa do suposto pai em reconhecer, seja espontaneamente ou via exame de DNA, o caso é encaminhado para a Defensoria Pública, que propõe a ação de investigação de paternidade. CONVÊNIO No início deste mês, o TJ renovou o convênio que objetiva reduzir a prevalência de registros de nascimentos sem nome do pai. A parceria é com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seads), que cede assistentes sociais ao NPF.

Primeira ‘Semana de Sentenças’ começa amanhã

O

Poder Judiciário de Alagoas realiza, de 12 a 16 de agosto, a primeira “Semana de Sentenças”. O objetivo é alavancar a produtividade e reduzir o número de processos pendentes de julgamento, atendendo às metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação envolve todas as unidades judiciárias do Estado. O ato normativo que trata da força-tarefa foi assinado em julho pelo presidente do Tribunal de Justiça, Tutmés Airan. Durante a semana, os magistrados deverão priorizar a prolação de sentenças, promovendo o cumprimento de possíveis demandas pendentes nos processos e privilegiando o julgamento de casos antigos. O monitoramento dos dados de produtividade das unidades ficará a cargo da Divisão de Estatística da Assessoria de Planejamento e Modernização do Poder Judiciário (APMP). As próximas “Semanas de Sentenças” estão previstas para ocorrer de 13 a 17 de abril e de 3 a 7 de agosto de 2020. Ascom/TJ

Tutmés Airan determinou que casos mais antigos sejam priorizados


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ESPECIAL SUPERAÇÃO | Pode não ser muito comum, mas famílias formadas por pai e filhos também existem

Meu Pai, Meu super-herói... Erika Messias Estagiária

Algo considerado incomum e visto por muitos apenas como um sinônimo de “obrigação” vem acendendo uma fagulha de esperança e muito amor. A função de ser pai e criar os filhos por conta própria está quebrando aos poucos aquela noção de que só uma mãe pode assumir os dois papéis na vida de uma criança.

S

egundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de famílias constituídas apenas por pais solteiros está crescendo e, durante os últimos dez anos, já somam pelo menos 28% dos casos. A realidade pode ainda estar muito distante se comparado aos 72% das crianças que nem sequer tem o representante paterno em seus registros de nascimento, mas tudo indica que nos próximos anos essa situação pode mudar. Um pai que viveu esse pequeno fato por um bom tempo foi o professor do IFAL e chefe do departamento de graduação, Márcio Yabe. Em meio a uma separação e a decisão judicial de guarda compartilhada, a sua filha mais nova

preferiu ficar morando com ele. Na época, a mãe das meninas estava de mudança para Caruaru (PE) e a decisão incomum da menina mudou a rotina de Márcio completamente. “Quando a Camila disse que queria ficar morando comigo em Maceió, ela só tinha 12 anos e no primeiro momento me vi sem saber o que fazer diante da situação. Passei a perceber os obstáculos que teria, pois se tratava de uma menina e no papel existia algumas coisas que normalmente seria esperando que a mãe tratasse. Mas aos poucos fui me adaptando à rotina dela, buscava ao máximo conversar, ter uma relação aberta com ela e orientá-la nas diversas questões possíveis. Posso dizer que na época achei

que seria muito difícil, porém aprendi muito sobre cuidados e responsabilidade e de como manter um diálogo aberto. Isso fortaleceu nossas ligações de afeto”, relata o professor Marcio. A rotina do professor mudou mais uma vez quando a filha mais velha, Juliana, pediu para concluir o ensino médio em Maceió. Ele conta que, mesmo havendo as questões de guarda compartilhada, a ex-esposa nunca contrariou as escolhas das duas filhas, mantendo assim um consenso saudável entre a família. Outro fator que ajudou Márcio a ser um pai com duas funções foi o equilíbrio espiritual, já que ao frequentar a igreja, ele aprendeu a ter uma conduta menos rígida e incluiu

a comunicação como ponto-chave na relação com suas meninas. Neste Dia dos Pais, a pequena família do professor Márcio vai seguir uma comemoração tradicional, mesmo ele não acreditando muito na data. Para ele, ser pai e mãe não existe uma grande diferença, o cuidado deve ser por igual. “Hoje a Camila está com 19 anos e a Juliana tem 23, mas sempre irei ser o pai que cuidou e, para mim, isso é o que tem de mais importante. Ter minhas filhas bem, com saúde, estudando e sabendo lidar com a vida, é minha maior alegria. Dia dos Pais deve ser comemorado todos os dias com respeito e amor”, diz.

“Enfrentei a maior perda da minha vida, mas fui forte pela minha filha” Em outubro de 2002, o taxista de 50 anos José Dennis dos Santos Bomfim sofreu uma perda que iria virar sua vida de ponta cabeça. Ele, a esposa e a filha de cinco anos estavam indo de bicicleta para uma igreja que ficava no bairro do Prado quando um motorista embriagado perdeu o controle de seu veículo e acabou causando um acidente. Voltando ao passado, o pai de Thais Carla Bomfim, hoje com 24 anos, lembra como foi difícil contar para a filha que a mãe não iria mais voltar. A menina perguntava todos os dias e sempre que havia festinha na escola, a perda ficava mais evidente. No dia do trágico acidente, Dennis só soube que a esposa Nazaré havia falecido semanas após sair de um coma induzido. Ele fala que na época a pequena Thais ficou morando com alguns parentes logo depois de sair do hospital. “Entrei em choque. Pensei em como seguiria com

a minha vida e se conseguiria continuar sendo o pai da minha única filha. Os parentes aconselharam que eu deixasse a Thais com minha cunhada, pois tinham certeza que não saberia cuidar de um filho sem uma mulher, ainda mais uma menina. Não vou dizer que essa era não era a melhor opção, mas quando tive alta e reencontrei minha pequena, prometi à mãe dela que jamais deixaria de ser pai e cuidar da nossa filha”, relembra. Hoje, Dennis espera pela filha, que é casada e mora em São Paulo, para comemorar esta data representativa, pois foi pai e mãe dentro de uma promessa e viu o verdadeiro significado do amor multiplicado nos dois netos. “Agradeço a Deus por ter me dando forças, por nunca ter abandonado minha filha e por ter me ajudado na criação dela. A data de hoje só fortalece meu amor e renova minhas esperanças para meus netos, que tem a melhor mãe que um avô pode criar”, conta


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BRASIL MPF | “É uma escolha muito importante, tem de escolher bastante. É o mesmo que casamento”, compara o presidente

Indicação para novo Procurador-Geral da República sairá até o dia 16, diz Bolsonaro Pedro Peduzzi Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse que vai indicar o nome para o comando da Procuradoria-Geral da República até a próxima sextafeira. Segundo ele, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, tem apresentado sugestões, mas ainda não há uma definição sobre o sucessor de Raquel Dodge.

Marcos Corrêa/PR

“É

uma escolha muito importante. É o mesmo que casamento. Tem de se escolher bastante para se casar. Todo mundo está no páreo. Tem uns 80 no páreo”, disse o presidente ao deixar o Palácio do Alvorada, na manhã da última sexta-feira. Bolsonaro deixou a residência oficial em Brasília acompanhado por Sérgio Moro. Segundo ele, o ministro foi encontrá-lo para que pudessem participar juntos da cerimônia de entrega de espadas dos novos oficiais generais do clube militar. “Em grande parte me aconselho com ele [Moro]. Eu sou técnico de um time de futebol e ele é um jogador. Ele conversa, dá sugestão, assim como os demais ministros.” PACOTE ANTICRIME Questionado pela imprensa sobre as dificuldades para a tramitação do pacote anticrime na Câmara dos Deputados, o ministro da

Moro auxilia Bolsonaro na escolha do nome do substituto de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República

Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que vê os obstáculos com naturalidade. “A reforma da previdência sempre teve prioridade porque existe necessidade de alavancar a economia. Superada a votação na Câmara, não existe nenhum óbice [empecilho]”, disse o ministro.

“É um projeto importante que não seria possível se não fosse a eleição do presidente. Se tivesse tido outro resultado na eleição provavelmente a gente estaria discutindo anistia a criminosos ou alguma coisa assim”, acrescentou Sérgio Moro. Jair Bolsonaro também se

manifestou sobre o assunto. Segundo ele, quem faz o calendário para a análise da matéria é o Legislativo, e não o Executivo. “Logicamente um ministro na situação do Moro quer ver suas propostas aprovadas. Mas ele tem consciência de que isso não depende apenas dele, mas do parlamento.”

Senado cria comissão para analisar compra de energia de Itaipu Alex Rodrigues Agência Brasil

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Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou a criação de uma subcomissão temporária para analisar a assinatura de acordo entre Brasil e Paraguai para a negociação de energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, na fronteira entre os dois países. De autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), o Requerimento n° 52 aponta

a necessidade de o Senado inteirar-se sobre a suspeita de “tentativa de favorecimento ilegal a uma empresa brasileira que atua na área de energia”. De acordo com o requerimento, a subcomissão também deverá “fazer gestões junto ao Senado do Paraguai, no sentido de distender o clima de apreensão e desconfiança criado por negociações sigilosas e malconduzidas”. A subcomissão será composta por três membros titulares e três suplentes e deve apresentar suas conclu-

sões em até 60 dias. Nesse período, deverá enviar ao país vizinho uma comissão. A divulgação das condições do primeiro acordo gerou uma crise política no país vizinho. No dia 24 de julho, o então presidente da estatal paraguaia de eletricidade, a Agência de Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Pedro Ferreira, renunciou ao cargo. Inicialmente, Ferreira justificou a decisão alegando “desentendimentos” em questões envolvendo negociações sobre a compra, pelo Para-

guai, de energia de Itaipu. Posteriormente, o próprio Ferreira disse a jornalistas que o acordo não convinha a seu país, pois, entre outras coisas, levaria o Paraguai a pagar mais pela energia. Uma ata do acordo já havia sido assinada um mês antes de o então presidente da Ande tornar público o assunto. Assinada em 24 de maio pelo embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Simas Magalhães, e pelo embaixador paraguaio no Brasil, Federico González, a ata do acordo foi anulada no

dia 1º de agosto, depois que a imprensa do país vizinho tornou pública a negociação, considerada prejudicial aos interesses paraguaios. Jornais e sites do Paraguai falam em um potencial prejuízo de US$ 200 milhões para o país caso o acordo tivesse sido levado a cabo. Ao propor a criação da subcomissão, o senador Jaques Wagner afirma que, “independentemente dos interesses legítimos do Brasil em tal renegociação, é forçoso reconhecer que os resultados foram desastrosos”.


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ENTREVISTA RODRIGO CUNHA | Senador alagoano destaca ainda que vai trabalhar para fortalecer o PSDB nas eleições de 2020

“O Senado não pode carimbar o que foi feito na Câmara. É uma Casa revisora e pode discutir a Reforma da Previdência” Waldemir Barreto/Agência Senado

Luis Vilar Editor-geral

Na edição desta semana, o Jornal das Alagoas traz uma entrevista com o senador da República, Rodrigo Cunha (PSDB). Ele está em seu primeiro mandato e faz uma análise de sua própria atuação nesses seis meses, bem como fala da expectativa diante do regresso das atividades parlamentares após o recesso. O Congresso Nacional – em especial o Senado Federal – deve travar discussões importantes para o país nos próximos meses. Em pauta, a Reforma da Previdência que deve ser apreciada até setembro. Além disso, chega a Reforma Tributária e a possibilidade da revisão do pacto federativo. Rodrigo Cunha também comenta sobre o processo eleitoral vindouro, principalmente em Maceió e Arapiraca, que são as duas principais cidades do Estado que estão sob o comando do tucanato.

Qual a avaliação que o senhor faz desses primeiros seis meses de atividades no Senado Federal? Eu venho de uma missão que é muito grande. Eu estou comprometido e determinado a fazer o meu melhor. Não quero errar, quero acertar. Quando errar quero consertar os erros. Eu jamais vou esquecer como foi que eu cheguei no Senado. Eu cheguei por meio das pessoas. Esses primeiros seis meses de mandato, mergulhei em Brasília para saber onde estou pisando e me permitir experiências em várias áreas para saber com qual me identifico mais. Ninguém vai me colocar no bolso. Nós temos um longo percurso pela frente e pessoalmente, quando eu paro e vejo que a História do país está sendo feita na minha frente, sinto o tamanho da responsabilidade. Busquei repetir o que deu certo na experiência como deputado federal e a primeira foi buscar pessoas para estarem ao meu lado pela capacidade técnica, desprendimento ideológico. Então, fiz uma seleção no meu gabinete, que foi preenchida por seis pessoas em funções específicas e não ser apenas conhecido pelo discurso. Isso é buscar rodar o Estado todo, como ocorreu. Ter uma presença legislativa forte, como nós tivemos. Realizar audiências públicas e economizar. Isso é eficiência. Um mandato de baixo custo, mas atrelado ao que traga retorno à população. Na Comissão que estou (Transparência) há algo essencial para mim, que é a fiscalização. Por onde passei, tentei deixar essa marca, pois se fiscaliza para dar certo. Foi essa a minha marca no Procon. Durante os quatro anos de mandato, contabilizamos escolas, hospitais e delegacias visitadas. Hoje, isso me possibilitou conhecer Alagoas de uma ponta a outra, sabendo o que as pessoas passam. E nessa linha contribui muito. A fisca-

lização é positivo para o próprio governo quando não há apenas quem balance a cabeça. Não faço uma linha de pessoal de ataque, mas sim das políticas públicas e escolhas certas e erradas de gestão. Essa fiscalização no Senado é muito maior, pois estou em uma Comissão composta por 16 senadores e que trata de diversos assuntos. Coloquei como pauta fiscalizar obras inacabadas e no país são muitas. Escolhemos creches como prioridade absoluta nesse primeiro semestre. Houve audiências públicas nesse sentido. Aqui no Estado, visitamos as 81 creches paralisadas, busquei o diálogo com os prefeitos e secretários na busca por resolver esse problema. Ou seja: buscamos soluções para problemas que são diversos. Esse trabalho foi abraçado pelo CNJ. Há algo concreto sendo realizado. Vou me dedicar muito para conseguir recursos para isso e pode ser que minhas emendas futuras sirvam para isso. Essa linha de fiscalização precisa estar na nova geração de políticos. O senhor foi um dos idealizadores da audiência pública que discutiu a situação do bairro do Pinheiro e adjacências após o afundamento de solo e antes mesmo da responsabilização da Braskem. Qual foi a importância daquele momento e como isso contribuiu, na visão do senhor? Eu tive também a oportunidade, e foi um primeiro momento, e muita gente questionou por achar estranho um senador da República interferir em uma questão que envolvia um bairro, mas a questão do Pinheiro era algo que estava mexendo com a vida da cidade e que me incomodava como ser humano. Quando ouvia o relato de uma pessoa, de outra e de outra, me incomodava com aquilo. Você sente. Eu tenho amigos, parentes, conhecidos

e há desconhecidos que moram na regão e foram afetados e começou o ano com a corda no pescoço e recebendo a informação de que teriam que sair de suas casas. É uma tragédia psicológica concretizada. Então, dessa forma, eu pensei o que eu poderia fazer. Sai conversando pontualmente com cada órgão e cada um que estava trabalhando na questão. Algumas informações via que eram atualizadas de uma para o outro e não seria eu que atualizaria cada um. Assim, vi a necessidade de realizar a audiência pública e chamei os órgãos que interferiam de alguma forma na questão para sentar na mesma mesa para que todos soubessem o que eu estava sabendo, pois as informações estavam truncadas. Quando eu soube do plano de evacuação, vi que tinha que fazer

alguma coisa. Então, expusemos o fato com muito cuidado para não passa por cima de alguém, mas para tornar público o que eu tinha conhecimento. Procuramos saber se as pessoas estavam correndo risco e quais os passos, para depois saber quem era o culpado pelo problema. Tivemos – no mínimo – um diálogo ali e pude perceber como a articulação pode trazer resultado. Imediato, uma semana depois, já houve incremento no desembolso de quantitativo dos aluguéis sociais, pois tinha ali a Defesa Civil e o Ministério do Desenvolvimento Social, o que agilizou as coisas. O grande objetivo era fazer com que todos conversassem e criassem um núcleo interministerial, envolvendo ainda Estado e município. Conseguimos antecipar o laudo, que ocorreu logo na sequ-

ência. Essa é uma história de fiscalização e atuação para mostrar a atividade da nossa Comissão, que já vai retornar do recesso com trabalho, como a convocação do ministro do Turismo que vai falar sobre destinação de recursos públicos para candidaturas, que é o caso que se fala da existência de laranjas. É uma Comissão que trata da transparência e eficiência dos recursos públicos. Vamos falar também sobre o Fundo Amazônia, participando ativamente dessas discussões. Agora, não vou ficar lá em cima e esquecer o Estado de Alagoas. O senhor falou muito sobre as atividades do primeiro semestre. Mas o segundo semestre promete uma agenda intensa, como a Reforma da Previdên-

Cunha: “Em relação ao pacto federativo, tem que haver formas de encaminhar o dinheiro mais diretamente para os municípios”

cia e a Reforma Tributária. Isso envolve embates. Eu queria saber o que senhor pensa em relação a esses temas, que devem ser as principais questões que o Senado vai enfrentar? O assunto da Reforma da Previdência será o grande chamariz nesse semestre. A redação final vai chegar ao Senado. Como sempre serei extremamente responsável para estudar. Entendo que é necessário sim se fazer ajustes na forma como é hoje a Previdência, mas tem pontos positivos e nega-

tivos. Precisamos saber se todos os negativos foram eliminados na Câmara. No positivo, há combate aos privilégios, que é algo que sempre combati, tanto que abri mão da minha aposentadoria especial. Assim como abri mão do auxílio-mudança, pois são situações que não cabem mais no país. Não sofro pressão de corporações e de grupos A ou B e vou votar conforme minhas convicções e na busca pelo melhor para o Brasil. Não há segmento que venha me pressionar. Agora, também estão tentando construir uma forma de consenso para que se chegue o texto ao Senado Federal e só se carimbe o que foi feito na Câmara. Essa não é a função do Senado, que é uma Casa revisora e não para referendar. Nós temos total legitimidade para a discussão. Quanto à Reforma Tributária, há uma ideia de criar uma comissão especial entre as duas Casas para que se consiga o grande objetivo que é unificar a forma de cobrança não só dos impostos em si, mas a equidade entre os estados. Vai caminhar muito para o consenso. Será uma discussão sadia e deveria pegar o próprio embalo da Reforma da Previdência, pois uma coisa está atrelada a outra. Inclusive, se tentou caminhar a Previdência na Câmara e a Tributária no Senado, mas não houve. Em relação ao pacto federativo, tem que haver formas de encaminhar o dinheiro mais diretamente para os municípios sem ter que passar necessariamente pela União. Sinceramente, nessa questão de obras inacabadas – por exemplo – é muito raro encontrar uma que seja do município. A grande maioria é do governo federal. Isso mostra o quanto o recurso, estando mais na ponta, torna as coisas mais céleres e aí a fiscalização disso cabe aos órgãos responsáveis. No cenário político, como o senhor enxerga o PSDB na disputa

vindoura na capital alagoana? Eleição eu vou tratar no próximo ano. O momento agora é de focar no próprio mandato. Eu tive uma experiência durante a campanha eleitoral com o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB). Sua votação em Maceió o credencia para uma candidatura, mas ao contrário do que tem sido dito, não foi feito nenhum acordo entre mim e o deputado para eleições. É natural se especular, mas não houve acorde de gerações que envolvam discussão de eleição municipal ou governamental. Não assumi compromissos para eleição estadual ou para o pleito agora. O PSDB é o partido que tem a prefeitura da capital. O prefeito Rui Palmeira tem que ser ouvido. Precisamos saber se as alternativas do PSDB existem. O Rui tem uma responsabilidade enorme com o município e eu estou disposto a percorrer o Estado para construir novas lideranças. O PSDB é um partido que sempre foi forte em Alagoas e que vai crescer. O meu objetivo é esse. Em Arapiraca, o Rogério Teófilo tem um relógio contra o tempo para mostrar que vai melhorar os indicadores. Ele plantou muito e vai colher agora. Ele plantou um projeto para colher no tempo correto. A população de Arapiraca está esperando e ele é o prefeito e naturalmente irá para reeleição. Não o vejo em uma linha de fazer campanha, mas de trabalhar para cumprir o que ele prometeu. Eu torço para que dê certo. Eu torço para quem está na frente dos municípios dêem certo, pois o momento de vestir camisas eleitorais é lá na frente. Como filho da terra, pela votação que eu tive em Arapiraca, e isso traz uma responsabilidade. Eu quero participar também ativamente dos destinos da cidade. Eu vou participar e espero que surjam pessoas para serem vereadores ativos. Nessa linha eu posso ajudar a formar novas lideranças.



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GERAL COLUNA DO VILAR - por Luís Vilar

MPF e transparência

Por uma educação de qualidade

Plano Estadual A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas abre espaço, amanhã, para se discutir o Plano Estadual de Educação, aprovado na legislatura passada. O plano delimita metas para a educação estadual. Na sessão de agora, a pauta proposta pela deputada estadual Jó Pereira (MDB), focará na avaliação e monitoramento das ações de valorização e carreira dos profissionais da área. Ponto, evidentemente, importante, pois muitos são os profissionais que lutam contra condições adversas para darem aula. De acordo com Pereira, haverá uma série de sessões sobre o Plano Estadual de Educação, já que ele se desdobra em vários temas. Nunca é demais lembrar que Jó Pereira tem uma visão simpática a temas como ideologia de gênero nas escolas, dentre outros, e até foi contra a Escola Livre, que buscou combater a doutrinação escolar. Espero que temas como esses – apesar de serem espinhosos – também entrem em pauta ao se avaliar o que o aluno anda também aprendendo. Comba-

ter o preconceito, promover o respeito ao humano independente de qualquer coisa é dever do ambiente escolar, mas isso não pode servir de desculpas para o proselitismo e a militância política em sala de aula e isso tem sido sim um problema. O ambiente realmente plural para a exposição das ideias precisas ser garantido, bem como também fiscalizado o cumprimento de uma grade curricular técnica, que envolva Português, Matemática, História etc. Afinal, acompanhar metas é também perceber se o Estado tem conseguido ofertar

ao aluno o básico do conhecimento, já que o país ocupa os piores índices quando o assunto é Educação. Então, Pereira está corretíssima quando cobra valorização dos profissionais e quando busca analisar as metas que devem ser cumpridas. Só espero que outras questões não sejam colocadas em segundo plano, pois possuem tanta importância quanto, como por exemplo: a qualidade do conteúdo e a base curricular que vem sendo trabalhada, para que a escola não seja desvirtuada em função de visões ideológicas, sejam elas quais forem.

PT E PCC De acordo com matéria divulgada pelo Estadão, um dos líderes do PCC – interceptado pela Polícia Federal – destacou que possui um “diálogo cabuloso” com o Partido dos Trabalhadores. O contexto é de uma linha de acesso entre a facção criminosa e sabe-se lá qual setor do partido por tantos anos. É algo a ser investigado em detalhes. A interceptação ocorreu durante a Operação Cravada, que mira no núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital. Que o PT tem ligações com o crime não é novidade, basta lembrar da aliança com a guerrilha promovida pelas Farcs. Uma rápida pesquisa no Google deixa isso

bem claro. E aí, quem for podre que se quebre. Agora, o fato é que – na história recente desse país – a ligação entre os revolucionários e o crime não é recente e há muito do pensamento revolucionário dentro do PT. Na década de 60 e 70, por exemplo, o presídio de Ilha Grande assistiu bandidos comuns serem cooptados pelas teses revolucionárias e assim forçados a serem um braço armado de mobilizações políticas. Um dos textos usuais para a “catequese da Revolução” era o Manual do Guerrilheiro Urbano de Carlos Marighella: um terrorista que ganhou status de herói para alguns e até estampa cinebiografias descontextuali-

zadas que tentam romantizar o que foram esses movimentos no Brasil. Então, não assusta que – tantos anos depois – o PT, que tem na sua fundação muitos desses revolucionários do passado, ter hoje ligação com movimentos como o PCC. Aliás, isso também explica como essa bandidagem teve tantos cartões verdes durante os governos passados. Porém, o PT – ao que tudo indica e segundo as investigações – não é o único partido que tinha essa relação. Que se investigue. Pouco importa qual seja a sigla. Aí está uma linha de novelo que precisa ser puxada e esclarecida nos mínimos detalhes.

O Ministério Público Federal – após a divulgação de que 80% das prefeituras de Alagoas não cumprem a legislação que as obriga a ser mais transparente para com o cidadão – lançou uma nota dizendo que sempre foi atuante nessa questão e lembrou que, em 2016, até assinou um Termo de Ajuste de Conduta com muitos gestores municipais. Bem, está na hora de enquadrar esses gestores de forma mais efetiva e propor ações contra estes, pois a plena transparência deveria ter sido atingida pelos municípios no ano de 2013, mas estamos em 2019 e apenas 13 prefeituras cumprem devidamente as suas obrigações nesse quesito. Os prefeitos – dessa forma – precisam pagar por isso. Fica claro que não basta TAC. O MPF fez a sua parte com o TAC e ao ajuizar ações contra 93 prefeituras, mas mesmo com algumas condenações diante de processos que foram julgados, é preciso maior celeridade nas ações propostas. É inconcebível que na era da internet e com as facilidades que os novos meios trazem, ainda existam prefeitos por aí que se comportem como se não devessem prestar contas ao cidadão. São recursos públicos. Ou seja: oriundo do suor do pagador de impostos, que é quem trabalha e muito para sustentar o Estado, enfrentando ainda uma imensa burocracia e sufocado pela mentalidade estatista desse país. Os políticos precisam entender – de uma vez por todas – que eles não são patrões, mas sim funcionários, ora bolas!

Leilão na comunicação Deu na Coluna Labafero e a notícia não é boa para o senador Fernando Collor de Mello (PROS): “No próximo dia 16, o prédio onde hoje está instalada a Organização Arnon de Mello, conhecido como “prédio da TV Gazeta”, no Farol e o prédio da faculdade Facima, no Tabuleiro, onde nos tempos áureos funcionou o Jornal Gazeta de Alagoas, estarão indo a leilão pela Justiça Federal. Os imóveis, que são de propriedade do senador Fernando Collor de Mello (Pros/ AL) estão avaliados em R$ 26.206.400,00, sendo em R$ 8.282.400,00 (TV Gazeta) e R$ 17.924.000,00 (Facima). Mas se engana quem acha que essa “bolada” vai para os bolsos do senador. Segundo a Justiça Federal, a dívida da OAM está orçada em R$ 14.467.269,96. Com o “troco” o que se espera é que esse valor, caso haja compradores, seja revertido para pagar as dívidas, principalmente as trabalhistas”. Sem mais...


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ESPORTES DIRETORIA DO CRB | segue contratando para atender o técnico Marcelo Chamusca, que deseja reforçar o elenco

Futebolês entra em campo: Parte 6

... por um A espaço no time

Marcelo Alves Repórter

Caro leitor, diz o adágio popular: uma imagem fala mais que mil palavras. No título desta matéria falta apenas uma palavra no início da frase onde estão as reticências. Foi proposital. Fica, portanto, a seu critério escolher qual o vócabulo mais apropriado para definir a cena envolvendo o volante Wesley Dias e o meia Élton Arábia, e, assim, completar o texto. Esta editoria optou por ficar com o que diz o lance, registrado por Gustavo Henrique, da Assessoria de Comunicação do CRB.

Os dois reforços: Wesley Dias, é indicação de Marcelo Chamusca, e Élton Arábia, tem o aval do presidente do CRB

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esley Dias e Élton Arábia, que são os dois últimos reforços até o momento contratados pelo CRB, já estão treinando com o restante do elenco regatiano. Fisicamente os dois estão aptos para jogar. Enquanto no quesito burocracia - até o fechamento desta edição, na sexta-feira passada

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cada jogo sob o comando do técnico Argel Fucks, o CSA apresenta melhora técnica. No último duelo com o Vasco (0 a 0), o Azulão esteve bem próximo de balançar a rede adversária. A expectativa é de que o time azulino marque o primeiro gol desta nova era e, como consequência, conquiste a vitória contra o Fortaleza, amanhã à noite, às 20h, no Estádio Rei Pelé. A tática para encarar o Fortaleza será a mesma: 4-4-2 (com dois volantes, dois meias e dois atacante). Mas haverá novidades em relação aos jogadores que irão compor esse esquema.

“Torçai” por nós O paraguaio atacante de beirada, ou extremo, Héctor Bustamante, está cotado para estrear. Outro que também pode fazer estreia é o curinga Euller que atua como lateral-esquerdo,

-, somente o meia Élton Arábia havia sido regularizado no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesta era do técnico Marcelo Chamusca, que completou, ontem, quatro meses, o CRB já contratou 14 jogadores. Chegaram ao Galo neste novo momento meia armador – o camisa 10 -, e também de atacante de beirada. Há ainda o retorno do goleiro Jordi, que cumpriu suspensão e, por tabela, a cláusula do contrato de empréstimo que tem com Vasco. PROVÁVEIS TIMES: CSA: Jordi; Carlinhos, Alan Costa, Luciano Cástan e Apodi, Jean Cléber, João Vitor, Jonatan Gómez e Didira; Alexsandro e Ricardo Bueno. Técnico: Argel Fucks FORTALEZA: Felipe Alves; Tinga, Quintero, Roger Carvalho e Carlinhos; Felipe, Juninho e Romarinho; Osvaldo, André Luis e Wellington Paulista. Técnico: Rogério Ceni. (M.A.)

o goleiro Fernando Henrique; os zagueiros Ewerton Páscoa, Victor Ramos e Ygor Nogueira; os laterais Bryan (esquerdo) e Israel (direito); o volante Wesley Dias; os meias Guilherme Costa e Élton Arábia, e os atacantes Filipe Ferreira, Willie, Allisson Farias, Léo Ceará e Willians Santana.

inda sobre a entrevista do técnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo, no programa “Bem, amigos”, da última segunda-feira, há um tema que será discutido por vários dias: a falta da essência do futebol. Principalmente, a falta do drible. De acordo com o treinador vascaíno, estão tolhendo a capacidade do improviso do jogador brasileiro em detrimento da tecnicidade. Ele chegou a dizer que estão forçando a barra para prevalecer a opinião do técnico sobre a qualidade técnica do atleta. “É muita tática. Não estamos jogando futebol”, disse Luxa, na ocasião. Ele chegou a revelar que até a forma de falar com o atleta mudou, para não machucá-lo. O treinador contou que não aguentou tanto o politicamente correto, que optou por recorrer à linguagem “Luxemburgo da Bola”.

SEM ARRODEIO |

CRB x Vitória-BA: Ingressos à venda

Gustavo Henrique/CRB

Arquibancadas baixa: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00). Alta: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00). Cadeiras: R$ 60,00 (meia: R$ 30,00). Ascom/Selaj

Inscrições seguem até amanhã Para disputar a Taça das Grotas, os interessados devem ir à sede da Selaj, no Rei Pelé, das 9h às 15h.

Governo Estadual apoia CRB e CSA O Azulão receberá R$ 1,5 milhão. O Galo, R$ 1,2 milhão. Valor do patrocínio será pago em 2 parcelas.

Márcio Ferreira


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VEÍCULOS AUTO RODAS - por Igor Pereira www.autorodas.com.br

Toyota Prius 2020

Design e segurança

Novo Chevrolet Cruze

O Toyota Prius 2020 chega em agosto e surpreende ao manter-se por aqui com a proximidade do lançamento do Novo Corolla Hybrid, que terá o mesmo conjunto motriz híbrido, mas abastecido com etanol. O liftback tem preço sugerido de R$ 128.530,00. Apesar de ainda ser abastecido apenas com gasolina e ter design que não agrada a maioria, o Toyota Prius 2020 quer manter seu apelo para quem deseja um carro moderno e muito eficiente. Para isso, ficou menos exótico, adotando novos faróis de LED com base da lente retilínea. Além disso, o para-choque ganhou novas entradas de ar laterais, assim como grade inferior remodelada. Agora, o Toyota Prius 2020 não tem mais rodas de liga leve com calotas metálicas como antes. O conjunto é totalmente novo e tradicional.

Mulher rouba Tesla e bateria acaba

O Chevrolet Cruze P re m ie r 2 0 2 0 che g a ao m e rc a d o n a c i o n a l c o m a promess a de conectar família e amigos a bordo do modelo médio, que pode ser sedan ou hatch, no caso o Cruze Sport6. Com atualização visual, ele adota uma

nova versão topo de linha, q u e j á v i n h a g a n h a n do espaço em outros carros da GM desde o Equinox. Além do visual e da conectividade a bordo, o Chevrolet Cruze Premier 2020 traz ainda algumas alterações na parte de segurança e

Em alta FORD TERRITORY NO BRASIL

Algumas pessoas não têm sorte, nem mesmo para cometer crimes. Uma mulher na cidade Payson, Arizona, nos Estados Unidos, se deu mal ao tentar cometer um crime. E digamos que o ato de roubar um carro, no caso um Tesla, não foi a pior delas. A meliante roubou um carro. O azar dela foi ter escolhido um carro elétrico, no caso um Model S. A falta de sorte a atingiu quando, durante a fuga, acabou a bateria do sedan elétrico. Segundo o chefe de polícia de Payson, durante a perseguição foi necessário até mesmo utilizar pregos na tentativa de forçá-la a parar. No entanto, mesmo com pneus furados e sem bateria, a ladra não se rendeu. Ela permaneceu trancada no carro, o que obrigou a polícia a quebrar um dos vidros para prendê-la.

A Ford confirmou o SUV Territory para os mercados de Brasil e Argentina. O anúncio foi feito na última quarta-feira e confirma os rumores de que a marca americana apostaria mesmo num produto desenvolvido pela chinesa JMC, sócia da montadora na China. Baseado no modelo Yusheng S330, o Ford Territory vai buscar a aceitação junto aos consumidores da região na onda do crescimento das vendas de utilitários esportivos. O produto tem porte semelhante ao da última geração do Escape, que é conhecido como Kuga no país vizinho e Europa.

economia de combustível, a fim de atender aos pedidos de clientes e ampliar a proteção dos ocupantes. Em parceria com a Claro, a General Motors promete estender a tecnologia para outros modelos do portfólio local.


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SOCIEDADE ESPALHAÍ - por Elzlane Santos elzlane@espalhai.com

Filhos de quatro patas

Amor sem limites Esperando o Lucca Luiz Felipe Bari vai passar esse Dia dos Pais em alto grau de ansiedade. É que está quase na hora da chegada de Lucca Bari, seu primeiro filho com a fotógrafa Rafa Kissy. Ele revelou como está se sentindo: “Eu só queria que vocês sentissem tudo que estamos sentindo nesse momento, ansiedade, medo, esperança, vida, amor, preocupação, tudo mesmo! O medo de que o mundo não seja o que a gente pensa para um filho, mas queremos muito que melhore, e que ele faça parte dessa evolução. Se ele já conseguiu nos melhorar, por que não mudar o mundo?” Vem, Lucca, e traga muita Luz para esse nosso mundo conturbado.

Hunter, Summer e Clark são os três filhos do jornalista e psicólogo Vitor Luz, que descobriu a alegria de ser pai há três quando passou a conviver com eles. “Nunca imaginei sentir um amor tão puro e genuíno. Eles preenchem meus dias e sempre estão dispostos para um passeio e banho de mar. Minha relação com eles, além de muito afetuosa, é composta de muito respeito e admiração, sou fã da personalidade de cada um. Eles demonstram carinho das maneiras mais curiosas, Hunter vive colado em mim, Summer sempre busca algo para me trazer quando chego, e Clark quando quer carinho não lembra que é pequeno e se mete na frente dos grandes, ele sabe se impor”, conta Vitor. E nesse Dia dos Pais a família tem algo especial para comemorar. É que finalmente temos uma lei que garante que “ANIMAL NÃO É COISA”. “Acredito que desta

forma podemos equilibrar as expectativas e trazer um olhar mais afetuoso por esses seres que só sabem dar amor e não pedem nada em troca. Podemos passar o dia fora de casa, eles sempre estarão nos esperando para nos receber de

patas abertas e vários Lambeijos!”, comemorou o jornalista. Que nesse domingo ele e seu três filhos possam se divertir muito e que em todos os dias do ano o respeito e amor pelos animais seja garantido para todos.

O PAPAI É POP l Neste Dia dos Pais O Boticário firmou parceria com o jornalista e palestrante Marcos Piangers, pai da Anita e da Aurora e autor do best seller “O Papai é Pop”. A campanha nas redes sociais da marca fala dos aprendizados da paternidade. “Ser pai é algo tão profundo e transformador que às vezes você se pergunta quem é que ensina mais, se é o filho ou é o pai. Quem ensina é o amor. Amor de pai para filho, de filho para pai. Esse é o aprendizado mais bonito”, destaca Piangers no vídeo.

Em alta Papo cabeça Ronaldo Bispo e Dante protagonizam uma história com muitas cenas de cumplicidade entre pai e filho. O grande Dante ainda nem tem 2 anos, mas já parece entender tudo que o papai fala “sobre o céu, a terra e o mar” - como diria Renato Russo. E assim eles vão vendo o tempo passar numa casa cheia de música, cultura e arte. Nessa foto eles deviam estar conversando sobre algum trecho de um das centenas de livros que o papai já leu.

PAI AMIGO Tem pai que mais parece amigo, brother, parceiro, e tudo isso junto e misturado. Assim é Felipe Bastos com seus três meninos, Gabriel, Guilherme e Gustavo. Essa turma dá um trabalho pra mamãe Carla Danielle. Mas é tanto amor que acaba em festa.

PAI APAIXONADO Fernando Peron perdeu a noção do tempo e da agenda lotada desde o último dia 30, quando chegou a este mundo a pequena Lia, sua primeira filha. Ele se derreteu de amores por ela e anda sumido até da internet, onde tem presença constante.

PAPAI GAMER Pai tem como uma de suas missões passar para os filhos o aprendizado que conquistou na vida. Marcelo Martins leva a sério essa missão e passa para Enrico tudo que aprendeu no vídeo game. E eles têm até uniforme para as “sessões de aprendizado”.

PAI INFLUENCER l Em tempos de domínio das redes sociais, em que a vida profissional se entrelaça com a pessoal, o jornalista James Silver, vez ou outra, convoca os filhos Bia, Juju e Vini para fazer fotos em alguma campanha. Quem vê o resultado nem imagina quanta negociação é precisa para que Juju abra um sorriso, e quantos Mc Donald’s custa essa simpatia do Vini. Mas é isso que dá ter pai influenciador.


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ÚLTIMAS ELEIÇÃO

| O pleito acontece no dia 31 de agosto, mas expectativa é de que pouco mais de 300 edis participem

Disputa dos vereadores pela UVEAL envolve os “Renans” Delane Barros Repórter

Alagoas tem 1.076 vereadores. Apesar de todos serem habilitados, poucos participam da eleição da entidade que representa a categoria, a União dos Vereadores de Alagoas (Uveal). O pleito na entidade acontece no dia 31 de agosto, mas a expectativa é de que pouco mais de 300 legisladores municipais marquem presença no dia da votação. De um lado, o presidente da entidade, Fabiano Leão, vereador por Arapiraca, vai para a reeleição. De outro, o vereador por Quebrangulo, Eduardo Tenório, que faz parte da atual diretoria, monta uma chapa como dissidente.

Ascom Câmara de Arapiraca

A

disputa acirra a movimentação nos bastidores da política e deve envolver nomes conhecidos no Estado. Fabiano Leão começou a busca de apoio para renovar a gestão à frente da entidade e tem visitado os possíveis eleitores. “Tenho reforçado o contato com os vereadores do Estado, com os presidentes de Câmara. Sempre estive perto da categoria, inclusive estou na sede da entidade todas as segundas-feiras, para atender as demandas da categoria”, garante. Ele afirma que a Uveal disponibiliza serviços para uso dos representantes dos municípios, a exemplo de apoio jurídico e contabilista. “Fazemos um esforço naquilo que estamos à frente da entidade”, acrescenta Leão, que diz administrar um orçamento mensal de aproximadamente R$ 20 mil. A arrecadação tão baixa se deve, segundo ele, ao fato de as contas da entidade dependerem unicamente do pagamento das Câmaras Municipais que são associadas, mas não são muitas. Além disso, a taxa é baixa. De acordo com Leão, a maior pagadora é a Câmara de Arapiraca, que destina R$ 700 mensais. Para um futuro mandato, Fabiano Leão diz que, ao contrário da eleição anterior, há três anos, quando teve dificuldade para montar a chapa, tem o apoio de dez regionais, cada uma delas com dez vereadores. No caso de renovação do mandato, pretende delegar apoio a esses delegados regionais, que terão acesso permanente ao presidente. “Ou seja, estaremos mais próximos dos colegas vereadores, que precisam de apoio porque é a primeira porta a quem o cidadão recorre nas cidades do interior”, afirma.

Fabiano Leão conta com o apoio do MDB

DISSIDENTE O presidente da Câmara Municipal de Quebrangulo, Eduardo Tenório, dissidente da atual diretoria da Uveal, defende um maior protagonismo da entidade nos assuntos da categoria, especialmente em defesa do municipalismo. Para assumir a cadeira da instituição, diz contar com o apoio de, pelo menos, 200 vereadores. A crítica principal que faz à atual gestão é a falta de contato com os legisladores. “Não há contato com os vereadores. Conheço presidentes de câmaras que nunca tiveram qualquer contato com o presidente atual. A Uveal, atualmente, está ofuscada, sem qualquer protagonismo”, critica ele. Ele faz a crítica por fazer parte da entidade há dez anos. “É preciso uma integração e faremos isso a partir da eleição, no dia 31 de agosto”, promete ele. Tenório conta com o apoio do vereador José Márcio Filho (PSDB), que assumiu o papel de ampliar os apoios em favor de Tenório.

No caso de Fabiano Leão, os maiores cabos eleitorais são o governador Renan Filho e o senador Renan Calheiros. O orçamento da entidade é

pequeno e a atuação está ofuscada. No entanto, a disputa pelo comando da Uveal promete agitar os bastidores políticos até o final do mês.

Sine Alagoas disponibiliza oportunidades de trabalho Sete Assessoria Empresários de várias áreas estão com oportunidades de emprego em aberto e deixaram vagas disponíveis no Sine Alagoas. HÁ OPORTUNIDADES PARA QUEM QUER TRABALHAR COMO: COZINHEIRO

1 vaga

PINTOR DE OBRAS

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1 vaga

PASTELEIRO

1 vaga

MANICURE

1 vaga

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