JG_256 Julho/Agosto de 2019

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXIII | Edição 256 | Julho / Agosto de 2019

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Senhor Bom Jesus dos Aflitos

Comunidade Cristã celebrou o seu Padroeiro

CRG fez festa rija em ano de bodas de ouro

Confira os programas:

• Festas da Batalha • Festa de S. Bento

LMFerraz

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Vamos ter novo pároco e celebramos dia 29/09


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

abertura

.editorial.

. cadernomensal . José Travaços Santos, Etnógrafo e investigador

Instrumentos musicais esculpidos no mosteiro

Luís Miguel Ferraz Director

No pórtico principal do nosso Mosteiro, no capitel da 5.ª coluna, do lado esquerdo de quem entra na igreja conventual, no capitel duma coluna da Capela de Santa Bárbara, capela que alberga presentemente o Santíssimo Sacramento, no canto noroeste do Claustro Real (junto à entrada para o antigo refeitório conventual, agora Museu da Liga dos Combatentes) e em pelo menos duas gárgulas, estão esculpidos instrumentos musicais em uso no século XV e, com certeza, em séculos anteriores e posteriores. Alguns, como os do pórtico, estão perfeitamente visíveis, embora passem despercebidos à maior parte dos visitantes menos atentos. Outros só com binóculos se alcançam. Tratando-se de instrumentos dignos da Corte Celestial, copiavam, com certeza, os da Corte Real, mas também os há de uso popular ou que se foram popularizando com o decorrer dos séculos. Os do pórtico principal, de que reproduzo três (abaixo), com a devida vénia, da obra magnífica do Professor Jean-Marie Guillouet “O portal de Santa Maria da Vitória (Batalha) e a arte europeia do seu tempo”, catedrático francês e historiador cuja ligação à Batalha se deve muito ao historiador Professor Doutor Saul António Gomes, são, segundo o que me foi dado observar, dos mais perfeitos. Neste caso trata-se de uma viola de mão, antepassada das nossas violas e violões, de um saltério, instrumento que se pendurava ao pescoço, fazendo lembrar a genébres beirã ou o sapo estremenho, estes porém de percussão, e que se tangia com

Saldo +

Temos festas, muitas festas, e temos por isso motivos de alegria. Mas temos greves lá fora, descontentamento que as provoca e descontentamento que provocam, e por isso motivos de tristeza. Há coisas que nunca mudam, tradições que se repetem, seguranças a que nos prendemos para um sentido de vida. Mas há mudanças que surgem a todo o momento, pessoas que vêm, outras que partem, novas coisas que dão à vida sentidos renovados. Alguns de nós estamos em tempo de férias, de pausa das rotinas, de retomar de energias para outros tantos dias de futuro. Mas há outros de nós que suprimos faltas e ausências, redobrando trabalhos e canseiras, esgotando as últimas forças até ao descanso que tarda em chegar. É isto a vida. Altos e baixos, sorrisos e lamentos, ir e vir de ondulado constante. É disto que enchemos mais uma edição, sempre na esperança de que o saldo seja positivo. Para saber, é uma questão de folhear e fazer as contas...

Apoio/divulgação

DR

Apoio/divulgação

uma pena de pato de pato ou com o plectro (varinha de marfim, de madeira ou de ouro), e dum órgão portativo que com a mão esquerda se dava ao fole e com a direita se tocavam as teclas de madeira. A importância destas esculturas é enorme porque nos permite a visão histórica dos instrumentos que interpretavam a nossa música erudita e popular, nos dão ideia das suas sonoridades que se repetem parcial ou totalmente nos instrumentos que deles descendem e nos revelam as suas origens e evolução. Além dos três citados, podemos ver na segunda arquivolta (a contar da porta), todos tangidos por anjos, a viola de arco (violino ou rabeca), o pandeiro com soalhas, a cítola, possivelmente a mandola ou mandora (instrumento de cordas) e a charamela (instrumento de sopro). No capitel da citada quinta coluna da igreja há, na maior parte, instrumentos de sopro, entre eles duas gaitas-de-foles bastante deterioradas, e alguns de cordas. No capitel da Capela de Santa Bárbara, naquele precioso conjunto escultório dedicado à Senhora do Ó, vê-se um instrumento de cordas, bem como em duas gárgulas das que rodeiam ou estão nas proximidades das Capelas Imperfeitas, e no recanto noroeste da Claustro Real. Numa próxima ida ao Mosteiro, sugiro aos leitores que tentem descobrir, indo preparados com binóculos, todas estas preciosidades que os deixarão, de certeza, espantados e encantados.

Em Portugal não há racismo. Há, sim, é discriminação contra o seu próprio povo Ao contrário do que se quer fazer acreditar, o nosso Povo não é racista.

Desenvolve-se presentemente uma campanha que pretende colar-nos esse rótulo infamante. Com que sentido? O sentido é claro: um Povo apoucado e achincalhado, até perder o seu legítimo orgulho, é facilmente manobrável. O que se passa na realidade é que há vastos sectores da nossa população, todos eles extremamente importantes, que têm sido e continuam a ser discriminados. Pergunte-se, a propósito, quantos agricultores, quantos operários, quantos pequenos empresários, homens do Mar têm assento na Assembleia da República? E é a esses sectores que a nossa Economia, abalada por maus banqueiros e por maus banqueiros e por maus políticos, deve ter ainda uma ponta por onde se pegue.

“Proibido proibir” Foi o lema há cinquenta e um anos, se não estou em erro, dos protestos juvenis (o que será feito dessa geração?) de Paris. Mas depressa foi esquecido e hoje voltam as proibições que, no caso português, começam a revestir-se de prepotência e de ridículo. O nosso Povo, pacífico e ordeiro, vai suportando. Até que a vasilha extravase.

Evocando palavras de D. Manuel Martins Em 22 de Setembro de 1995, publicou o diário “ A Capital”, estas palavras do que foi notável Bispo de Setúbal D. Manuel Martins: “Eu vou votar. Quase só para exercer um direito que me custou a conquistar. Mas, confesso, sinceramente, que o faço sem alegria e com pouca esperança. Faço votos de que isto aconteça só comigo…”.


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Padre José deixa a Batalha após mais de 38 anos de serviço

Padre Armindo será o nosso novo pároco Missa e almoço na Golpilheira Também a Comunidade Cristã da Golpilheira irá organizar uma festa com o antigo e o novo párocos, no domingo, dia 29 de Setembro. A Missa será às 12h15, seguindo-se um almoço de confraternização. Os interessados em prestar esta homenagem ao padre José e dar as boas-vindas ao padre Armindo deverão procurar os bilhetes que, entretanto, serão disponibilizados pelas comissões das igrejas da Golpilheira e de São Bento. Acolhimento caloroso de parte a parte

Foi anunciada a 17 de Junho a nomeação do novo pároco da Batalha, o padre Armindo Castelão Ferreira, que está há cerca de 10 anos na Marinha Grande e já passou por paróquias como Leiria, Pataias, Nossa Senhora das Misericórdias – Ourém, entre outros serviços eclesiais. Vem, assim, substituir o padre José Ferreira Gonçalves, que foi nomeado para esta paróquia a 25 de Dezembro de 1980, portanto, há cerca de 38 anos e meio. Mas vai também substituir o padre Clemente Dotti, que se aposenta, pelo que acumulará como pároco do Reguengo do Fetal. Esta já não é tão boa notícia, nem para os paroquianos de ambas, nem para ele, pois terá de se dividir entre múltiplas solicitações. Quanto ao padre José, continuará por perto, já que foi nomeado capelão das irmãs do Mosteiro da Visitação, onde ficará a residir, e da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, com serviço regular no Hospital de Nossa Senhora da Conceição, desta instituição, nas Brancas.

Encontro de apresentação

No passado dia 31 de Julho, cerca de uma centena de pessoas mais directamente ligadas aos diversos serviços da paróquia da Batalha participaram num encontro de “apresentação do pároco à paróquia e da paróquia ao pároco”, como referiu o vigário-geral da Diocese, padre Jorge Guarda, que presidiu à sessão. O vigário-geral começou por lembrar que o governo de uma paróquia não é tarefa exclusiva do padre, cabendo ao Conselho Pastoral Paroquial e ao Conselho para os Assuntos Económicos assumir essa co-responsabilidade, bem como às comissões das igrejas não-paroquiais e aos responsáveis dos diversos serviços e movimentos serem

uma ajuda para que esse trabalho seja eficaz. Depois foi dada a palavra aos presentes, para que caracterizassem a paróquia. Foram referidos aspectos positivos, em que a paróquia tem evoluído nos últimos anos, como a animação litúrgica, a pastoral familiar, o envolvimento de muitas pessoas nos diversos sectores da pastoral e também a construção de infra-estruturas como o Centro Paroquial e o jardim-de-infância da Junta de Acção Social. Mas também preocupações, como a catequese e a pastoral juvenil, transversais a toda a Igreja dos nossos dias, e o rejuvenescimento da pastoral social e caritativa. O pároco ainda em funções resumiu: “fez-se caminho, a paróquia está muito melhor do que há três décadas, mas há sempre muito ainda a fazer”. O novo pároco agradeceu a partilha e, após resumir o seu percurso pastoral até hoje, afirmou-se disponível para continuar este trabalho, num “horizonte a 10 anos”, tempo que considera ideal para a estadia de um pároco na mesma paróquia. “Estando já com 65 de idade, também não será de esperar mais”, brincou. Mais a sério, lembrou

Cerca de 100 paroquianos presentes

Tomada de posse em festa

“Conto convosco!”

que “quem faz a Igreja e a comunidade e não o padre”, cabendo-lhe a missão de “celebrar os sacramentos e coordenar as restantes tarefas, distribuindo responsabilidades”. Em jeito de programa, defendeu que é preciso “equilibrar as três pernas da ‘mesa’ pastoral”: a litúrgica (celebrações), a profética (catequese e outras formas de anúncio) e a socio-caritativa (administração e caridade).

A celebração de tomada de posse está marcada para o próximo dia 14 de Setembro, em feliz coincidência com a data da criação da paróquia, em 1512, e a Festa da Exaltação da Santa Cruz, seu orago. A Missa será às 19h30, no Mosteiro da Batalha, com a passagem de testemunho do padre José ao padre Armindo e as respectivas boas-vindas de toda a comunidade paroquial. Como é tradicionalmente dia de festa da fundação da paróquia e freguesia da Batalha, haverá o habitual jantar de convívio, com porco no espeto oferecido pela Junta de Freguesia, na Praça Mouzinho de Albuquerque, a que também a comunidade cristã se irá juntar, no final da Missa.

Homenagem ao P. José

A Missa das 11h00 do domingo 8 de Setembro, no Mosteiro, será presidida pelo P. José Gonçalves. Nessa celebração será feito o agradecimento pela sua dedicação de tantos anos à paróquia. No final, haverá almoço de convívio, no Centro Paroquial, devendo os bilhetes ser adquiridos junto da comissão organizadora (966 548 940). Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz


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eventos

Folclore do C. R. Golpilheira

30 anos, 30 festivais de folclore O rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, fundado em 12 de Julho de 1989, organizou até ao momento, em média, um festival por ano. A sua actividade é constante, ajudando a levar bem longe o folclore da Alta Estremadura, mas também prestigiando o CRG e a freguesia. O último festival realizou-se no salão de festas da colectividade, no dia 6 de Julho, com os seguintes convidados: Grupo Folclórico de Ferreirim do C. C. e Recreativo de Ferreirim (Alto Douro), Grupo Folclórico de Torre de Bera, Almalaguês (Mondego) e Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fetal (Alta Estremadura). Abaixo indicamos, resumidamente, o historial de cada um deles. Estiveram presentes várias entidades oficias, entre as quais, o vice-presidente do Município da Batalha, Carlos Agostinho, o presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, José Filipe, o presidente do CRG, Fernando Ferreira, o representante da Federação do Folclore Português, André Vieira, e o representante da Associação

Folclórica da Região de Leiria e Alta Estremadura, Joaquim Ruivo. O Festival de Folclore foi antecedido dum farto e bem servido jantar que a todos agradou. Depois da primeira passagem pelo palco, onde ficaram os porta-estandarte de cada grupo, entregaram-se aos mesmos as habituais lembranças. Após esta cerimónia protocolar, as entidades presentes deram os parabéns ao nosso grupo, pelos 30 anos de existência, pelos 30 anos de actividade e ainda por mais esta iniciativa. Foi comum a todos, o papel do folclore na preservação dos usos, costumes e outras tradições do nosso Portugal. Foi apontado aos sucessivos governos, a pouca importância e apoio que dão, continuando a ignorar esta tão nobre actividade. Após as intervenções, começou o Festival de Folclore, propriamente dito. Cada grupo, integrando muita juventude, garantindo desde já o futuro do folclore, representou com dignidade e fidelidade a respectiva região etnográfica. Esteve presente muito público, que retribuiu com calorosas palmas todas as actuações.

As Lavadeiras do Vale do Lena

Pertencente ao Centro Recreativo da Golpilheira, foi fundado em 12 de Julho de 1989, para representar com a maior fidelidade o folclore da Alta Estremadura de finais do século XIX, início do século XX. Aldeia vivendo quase toda dedicada à agricultura, não é de admirar que as suas danças, cantares e instrumentos estivessem ligados a esta actividade. É sócio efectivo da Federação do Folclore Português, sócio fundador da Associação Folclórica da Região de Leiria, inscrito no INATEL. Em 2009, foi condecorado com a Medalha de Prata do Município da Batalha. Já efectuou centenas de actuações pelo nosso país. Esteve presente também em Espanha, França e Roménia, onde mostrou toda a beleza de trajes, dança e cantares.

Grupo Folclórico de Ferreirim

Pertencente ao Centro Cultural e Recreativo de Ferreirim, a sua fundação data de 21 de Novembro de 1995. O seu objectivo era ilustrar um pouco a história do seu povo, preservando os seus valores tradicionais. Foi filiado na Fe-

deração do Folclore Português, como sócio efectivo, a 1 de Julho de 2003. Apresenta trajes de pastor serrano, trabalho, ir à festa, domingar, etc. Este grupo mantém-se em plena actividade desde a sua fundação, participando em festas romarias e vários festivais nacionais e internacionais.

Grupo Folclórico de Torre de Bera

A sua fundação data do ano de 1938, quando Torre de Bera, Almalaguês, pela sua história e tipicismo dos seus usos e costumes, foi representante da Beira Litoral no concurso “Aldeia mais portuguesa de Portugal”. Os seus trajes tentam reproduzir o mais fielmente possível o vestuário das gentes de Torre de Bera, dos finais do século XIX, princípios do século XX. Representam, na sua maior parte, as actividades do campo, mas também de romaria. É membro da Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego. É considerado de interesse cultural pelo Município de Coimbra. É sócio efectivo da Federação do Folclore Português. É também sócio do INATEL. Tem levado as suas danças e cantares a todo o País e ao estrangeiro.

Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fetal

Reguengo do Fetal é uma freguesia criada em 1512, do concelho da Batalha e distrito de Leiria, na Alta Estremadura. É uma povoação muito antiga, como atestam muitos objectos encontrado na região, existindo registos escritos, datados de 1175. A fundação do rancho foi no dia 24 de Junho de 1967. Primorosamente ensaiado e trajado, cheio de cor e movimento, tem sido digno da maior expansão e merecida simpatia e aplausos das entidades oficiais e dos milhares de pessoas para quem, ao vivo, através da rádio e televisão, tem sido divulgado. Tem actuado em Portugal e no estrangeiro, ficando memoráveis as suas actuações na Grécia, França, Espanha, Checoslováquia, Dinamarca, etc. Todas as danças e cantares apresentadas são de tradição popular, vindas de tempos remotos, mas maioritariamente representam o século XIX. Todas elas tiveram origem em festividades religiosas, santos populares, carnaval, azeitonadas, desfolhadas e outras fainas agrícolas. Texto e fotos: Manuel Carreira Rito

As Lavadeiras do Vale do Lena

Grupo Folclórico de Torre de Bera

Grupo Folclórico de Ferreirim

Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fetal


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Barbearia e TV

Vinho e Vime

Cenários rurais

Centro Recreativo da Golpilheira – 50 Anos

Festa rija em ano de bodas de ouro O aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira é em Março, mas é no Verão que se assinala festivamente, sempre a meados de Julho. Este ano assim foi também, nos dias 12 a 15. O clima, no entanto, quis manter-se fiel à Primavera e trouxe a chuva para o dia de abertura do cartaz, inviabilizando a actuação de “Elsa Gomes & Dr. Rex”, que ficou adiada para um concerto em data a anunciar. Ainda assim, algumas dezenas de pessoas andaram pelo arraial e mostraram ser mais insistentes do que o tempo. Passado este percalço, tudo correu como previsto: o restaurante encheu-se por diversas vezes a todas as refeições, o bar, o café da avó e a quermesse estiveram sempre a abarrotar de clientela e o recinto cheio vibrou pela noite fora, com a música de Nuno Marques, Nintendo Nada, Banda Kroll e FH5. Uma nota especial para a corrida de carros de rolamentos “Rodas de Aço”, que desde há 10 anos, é o ex libris destas festas. Pelas 3 maiores rampas

da freguesia, mais de 50 carros deslizaram a todo o gás, com um ou outro despiste sem gravidade a assinalar. É talvez o momento de maior afluência, com muitas centenas de pessoas a apreciar a criatividade dos construtores, a destreza dos condutores e, claro, o espalhanço dos mais desastrados. E também a esvaziar os barris da imperial, que é coisa que também desliza bem. Esta festa foi o culminar de uma semana cheia de diversas outras actividades, iniciada com o descerramento da lápide dos 50 anos e o Festival de Folclore (ver pág. 4) e incluindo caminhadas, demonstrações

de dança, torneios desportivos e muito trabalho de preparação do arraial. O apontamento final vai para o pormenor cénico, na sede da colectividade, com a montagem de algumas exposições de cenas rurais, artes e ofícios tradicionais e a história desta colectividade, que se funde com a história da aldeia neste último meio século. Tudo somado, deu um fim-de-semana muito animado e participado, significativo da vitalidade da colectividade e da garantia de que os próximos 50 anos só podem ser ainda melhores. Texto e fotos: LMF

Nintendo Nada

FH5

Originalidade a rolar

Lápide dos 50 anos do CRG No dia 6 de Julho, antes do Festival de Folclore, foi descerrada uma pequena lápide que ficará a assinalar a passagem dos 50 anos do Centro Recreativo da Golpilheira, na fachada da sua sede. O breve momento simbólico contou com a presença do presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, e do presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, José Filipe, bem como do presidente do CRG, Fernando Ferreira, e outras pessoas ligadas à colectividade. Banda Kroll (descubra o intruso)


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eventos

Festa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos na Golpilheira

Comunidade Cristã celebrou o seu Padroeiro Foi muito festivo o fim-de-semana de 3 a 5 de Agosto, honrando o Padroeiro da Comunidade Cristã da Golpilheira, o Senhor Bom Jesus dos Aflitos. É a “festa grande” da nossa igreja, que, desde 2010, tem vindo a ser assumida pelos “quarentões” de cada ano, naturais e residentes na freguesia. Este ano não fugiu à regra e a geração de 1979 deu bem conta do recado, organizando com esmero e dedicação uma bonita manifestação religiosa e popular. Não esqueceram antigas tradições, como o mastro e os cordões de murta, e primaram pelos arranjos florais, pelos trajes cuidados, pelo envolvimento dos filhos. Contando com a habitual ajuda de muitas dezenas de pessoas de todas as idades, no sábado tudo estava a postos para receber a primeira enchente de frequentadores do restaurante, bares, quermesse e outras animações do arraial. Também a dimensão religiosa foi bem preparada, com o cuidado arranjo da igreja

Honra ao Padroeiro

(contando com a inestimável colaboração da Isaflores), a participação activa dos festeiros na Eucaristia e uma procissão bem organizada.

Procissão muito participada

Tudo como é apanágio da nossa festa, incluindo a habitual saudação ao Padroeiro, na tarde de domingo, com a transferência da bandeira da igreja nova para a igreja velha. A animação também esteve em bom nível, com boa música, jogos tradicionais e a sempre muito aguardada corrida de cântaros. A maioria aguenta pouco tempo, mas ainda há mulheres de têmpera rija, como foi o caso da Fátima (vencedora), Luísa e Natividade. Este ano, até houve direito a prémio, uma moldura com o brasão da freguesia gravado em vidro, obra de arte conce-

bida por Inácio Valério. No final, antes de um grandioso fogo de artifício, a Comissão da Igreja agradeceu todo esse trabalho e dedicação e os nascidos em 1979 agradeceram a presença e colaboração de todos, confessando ter sido uma experiência fantástica de camaradagem e espírito de equipa, com suor, mas também muita diversão à mistura. No momento da passagem de testemunho, um numeroso grupo de nascidos em 1980 subiu ao palco para assumir a bandeira da festa para o próximo ano. A tradição está assegurada. Texto: LMF • Fotos: LMF/MCR PUB

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os neste

Festa em S. Bento A Comunidade Cristã da Golpilheira volta a estar em festa no fim-de-semana de 24 a 26 de Agosto, desta feita na igreja de São Bento (ver cartaz na Pág. 9). Caberá aos nascidos em 1969 e 1999 organizar o evento, que tem como protectora Nossa Senhora da Esperança.

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Imagem fica na sua igreja de orago, procissão segue

Quermesse

Rancho folclórico da Golpilheira

Elsa Gomes & Dr. Rex

A última pose...

Restaurante

Banda Tempo

Tratamento de frangos

Tudo a postos para o banho

Já não há mulheres como antigamente...

As três vencedoras, por ordem

...para o ano há mais (com estes)


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eventos

Encerramento do ano na Escola de Dança do CRG

Um grande espectáculo honrou anos 90 Foi no salão de festas do CRG que decorreu o espectáculo de encerramento de ano lectivo da nossa Escola de Dança, no dia 28 de Junho. Presenciado por uma nume-

rosa plateia, que encheu por completo esta sala, foi um espectáculo digno deste nome. Com o lema “Revenge of the 90’s”, foram cerca de duas horas sem interrupção, com

demonstrações dos diversos níveis de dança. Grande trabalho dos professores, muito bem acompanhado pelos alunos, e os frutos estão à vista. A progressão de cada nível é

soberba. Os pais têm razões para estar felizes, assim como os familiares destes alunos e professores. Para o próximo ano lectivo, contamos com o mesmo

empenho e dedicação de todos eles e ainda outros que possam vir. No final, não faltaram as filhós, café da avó e bolos. Boas férias! Texto e fotos: MCR

Com a promessa de outros eventos no futuro, o grupo convida os leitores a uma visita às suas redes sociais (Vetera-

nos CRG Golpilheira), onde se poderão ver centenas de fotos da festa e de outras iniciativas por eles organizadas.

Espectáculo nunca parou...

Veteranos do CRG organizaram

Grande festa dos anos 80

Fotos: DR

Os anos 80 “estão na moda” e há boas razões para isso. Foi uma década muito rica em todos os aspectos e também no campo musical. Basta recordar que foi em 1985, no Rio de Janeiro, que o mundo assistiu ao primeiro “Rock in Rio”. Mas esta década ficou ainda marcada pelo colorido e pelas novidades que começaram a surgir: “Pac-Man”, “Mário Bros”, “cubo mágico”, “E.T.”, “Ghostbusters”, “Dirty Dancing”, “He Man”, etc… São muitas as lembranças que

Os organizadores

marcaram uma geração. Foi com base nesta nostalgia que a secção de Veteranos de Futebol do CRG organizou, inserida nas comemorações dos 50 anos da colectividade, uma grande festa para reviver a década mais ecléctica, criativa e democrática da música e da moda: os anos 80! Ao som dos magos da electrónica “Usados com garantia”, os DJ Miguel Chagas e Paulo Granada, o Relvinha Park, em Santo Antão, encheu-se com centenas de pessoas,

no passado dia 20 de Julho. Ao ritmo da música e da dança, o principal mote foi o convívio entre amigos e a alegria que uma verdadeira noite de Verão ajudou a ser ainda mais efusiva. “Deu muito trabalho, mas o resultado compensou o esforço”, resume a organização da festa, com o agradecimento a todas as pessoas que, pela sua presença, colaboração, patrocínio, etc., ajudaram a tornar este evento num retumbante sucesso.

Os dançantes

Os DJ


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educação

Batalha acolhe ESAD

Residência artística A Batalha acolheu uma “residência artística” de 14 alunos da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), orientados pelo professor Marco Correia, de 22 a 27 de Julho. A iniciativa, em parceria entre o Instituto Politécnico de Leiria, o Mosteiro da Batalha e a Câmara Municipal, visou facultar aos alunos competências e experiências associadas à ilustração científica e ao desenho técnico, com especial incidência quanto ao Mosteiro da Batalha e aos seus motivos arquitectónicos e técnicos. Os estudantes exploraram, também, diversos espaços urbanos e naturais do Concelho. Os trabalhos produzidos serão reunidos numa publicação e integrarão uma exposição a realizar no Mosteiro da Batalha.

Requalificação da Escola Básica e Secundária da Batalha

Inauguração de novas instalações Após profundas obras de remodelação, foi reinaugurada, no passado dia 7 de Junho, a escola sede do Agrupamento da Batalha. O momento foi de “pompa e circunstância”, contando com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da Educação, Tiago Rodrigues, além do presidente do Município da Batalha, Paulo Santo, e outras entidades oficiais. As novas instalações estão muito bem concebidas e funcionais, que decerto vão contribuir para o maior sucesso dos alunos deste estabelecimento de ensino. Todos foram unânimes em afirmar que se trata dum melhoramento de louvar e enaltecer a todos os níveis. As obras de requalificação, geridas pela autarquia, custaram cerca de 4,5 milhões de euros, poupando ao Estado cerca de 12,5 milhões de euros em relação ao que chegou a estar previsto pela extinta Parque Escolar, como lembrou o presidente batalhense na ocasião. Paulo Santos afirmou que “a

MCR

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Recepção musical

educação é um projecto nunca acabado, que merece a prioridade de todos os executivos e gerações de professores” e considerou a escola da Batalha como “espaço de excelência na promoção do ensino de sucesso”, defendo mais autonomia e flexibilidade curricular, “com

maior ligação à cultura e comunidade locais”. Em resposta, o primeiro-ministro apontou este como “exemplo de autonomia, flexibilização curricular e descentralização”, ideais que defende para a escola do futuro, onde se irão preparar alunos “para

profissões que hoje ainda nem existem”. Nesse sentido, alertou para a necessidade de “aprender sempre” e de estar atento às mudanças que irão surgir no “futuro desconhecido”. Manuel Carreira Rito

Jardim-de-Infância Mouzinho de Albuquerque

Voluntariado nas férias

Jovens activos

O Município da Batalha, em parceria com as instituições sociais locais, está a promover o habitual programa de voluntariado para o período das férias escolares, com o objectivo de proporcionar aos jovens residentes no concelho a ocupação mais activa dos tempos livres e também experiências de participação cívica em diferentes sectores da sociedade. O programa destina-se a jovens com idades entre os 14 e os 25 anos, nos meses de Julho a Setembro, em áreas como apoio a idosos e crianças, saúde, biblioteca, cultura, património e loja social, com iniciativas que se espalham pelas quatro freguesias do Concelho. As inscrições já terminaram para este ano, mas os jovens interessados em integrar estes programas poderão, a qualquer altura, contactar o Gabinete de Desenvolvimento Social da Autarquia (244769110).

O J a r d i m - d e- In f â n c i a Mouzinho de Albuquerque, da paróquia da Batalha, promoveu uma festa de encerramento do ano lectivo, no dia 18 de Junho, no auditório paroquial. Nela participaram as diversas auxiliares, educadoras e crianças e estiveram presentes muitos familiares e amigos. Várias peças de teatro

MCR

DR

Festa de final de ano

Elas foram artistas

foram apresentadas, com a colaboração de todas as crianças e colaboradores do infantário. O seu desempenho fez inveja a muitos “profissionais do sector”, desempenhando cada qual muito bem cada personagem, com grande entrega e graciosidade. O convívio não terminou sem a intervenção do padre José Ferreira, dizendo que as

portas do Centro Paroquial estão sempre abertas para estas e outras iniciativas. Enalteceu ainda o trabalho e esforço preponderante que algumas pessoas tiveram na construção deste infantário, uma vez que, a determinada altura, a sua continuidade chegou a estar em perigo. MCR


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Final de ano lectivo do Jardim-de-Infância da Golpilheira

Miúdos e graúdos mostram talentos É sempre uma animação o convívio que crianças, pais, educadores e auxiliares do Jardim-de-Infância da Golpilheira partilham no final do ano lectivo. Este ano cumpriu-se a regra, no passado dia 21 de Junho, com os mais pequenos a apresentarem as músicas que aprenderam e os pais a revelar

uma coreografia com alto teor de improvisação. Como é da praxe, houve entrega de diplomas aos “finalistas”, muitos abraços e beijinhos de saudades, já antes da partida para férias, e também uma mesa recheada para o convívio prolongado até o sol se pôr.

Uma das actuações dos meninos

Fotos: DR

As educadoras

Os finalistas

Os pais juntaram-se à festa

Pais e alunos do 4.º ano fizeram convívio e homenagem

Os pais e alunos do 4.º ano da escola da Golpilheira, com mais alguns amigos, organizaram, no passado dia 20 de Junho, no parque do Troncão, um convívio que foi também manifestação de apreço e carinho para com o professor Manuel Ribeiro, que agora se aposenta. Oriundo nas Fontes, o “professor Manel, como é proximamente tratado, deixou a sua marca e prestígio, durante alguns anos em que leccionou na nossa “Escola do Paço”. Professor com grande capacidade de ensino, respeito e disciplina, deixou boas recordações a todos os alunos que tiveram a felicidade de o ter como professor. A mesa esteve sempre farta de comida e bebida. Foi uma excelente tarde de convívio, proporcionada a toda esta “família” escolar. Perto do final, estava guardada uma.

Carlos Santos preparou, com a ajuda das novas tecnologias, mensagens de todos os alunos, exclusivamente para o professor “Manel”. A emoção foi tanta, que fez brotar não só apenas uma lágrima ao canto do olho, mas muitas, na maioria dos presentes. A última intervenção foi deste homem, que humildemente contribuiu para a felicidade de todos os seus alunos. O nosso agradecimento, professor, por tudo o que fez pelos nossos filhos e netos. As portas da Golpilheira estão sempre abertas, em qualquer dia ou hora em que apareça. Que Deus lhe dê muita saúde após a sua merecida aposentação. Não foi meu professor. No entanto, quando podíamos, conversávamos sempre, conforme o tempo disponível. A Golpilheira fica-lhe eternamente grata. Manuel Carreira Rito

MCR

Despedida ao “professor Manel”

Após os diplomas


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

eclesial

2.º Campo de Batalha repetiu sucesso

De 20 a 27 de Julho, realizou-se o II Campo de Batalha, ou CB’19, na Quinta do Escuteiro – Centro Escutista da Batalha, um campo de férias católico que reúne jovens numa experiência de fé e oração, diversão e companheirismo, autenticidade e radicalidade. A primeira edição surgiu da inspiração de Carolina Ramos e Artur Costa, jovens universitários que estão a fazer a experiência da “Missão País” na Batalha, como forma de retribuir aos adolescentes e jovens da Batalha o muito que receberam dos batalhenses nesta Missão. O êxito está comprovado pelo regresso de alguns participantes do ano anterior, a que se juntaram outros, num total de 48 jovens entre os 14 e os 18 anos. Esta edição contou com a animação e coordenação de Madalena Malcata e Francis-

co Gomes, universitários do Instituto Superior Técnico de Lisboa, acompanhados por outros 18 universitários de Lisboa e o padre José André Ferreira, da paróquia de Ílhavo Inspirados em Zaqueu (Lucas 19, 1-10), o CB’19 teve como lema “Desce, vem depressa!” e, durante uma semana, sem tecnologias e apenas com o grande ecrã da criação, todos repetiram a experiência daquele publicano do Evangelho: descer para acolher Jesus. Afinal «Jesus é “jovem entre os jovens, para ser o exemplo dos jovens”», afirmou o Papa Francisco na Exortação Pós-Sinodal Cristo Vive (n.º 22) e podemos encontrá-l’O entre os jovens, numa caminhada, numa conversa informal ou na diversão de um jogo de água! Tendo como imaginário os “piratas”, cada participante a animador pôde navegar nas

Fotos: DR

Jovens em férias com Jesus

Grupo dos participantes na capela recém.inaugurada da Quinta do Escuteiro

águas imensas do Evangelho para encontrar o tesouro inestimável que é Cristo, Palavra Viva de Deus. Jovens a evangelizar jovens e a provar que é possível acreditar na esperança. A certeza desta boa sementeira era o sorriso genuíno no rosto de cada um, no final, acompanhado por alguma lágrima, sinal de nostalgia de uma semana inesquecível. O Campo de Batalha concluiu a segunda edição com a Eucaristia, profeticamente embalada pela parábola do trigo e do

Grupo da Golpilheira com os pais

joio, que serviu de mote para a recomendação: “não adormeçam na noite sem Deus, onde o joio é semeado”. A alegria que cada participante sentiu não foi fabricada, foi real, afirmou Francisco Gomes: “cabe agora à comunidade permitir que a semente não murche nem a colheita seja estragada pelos efeitos danosos do joio”! Depois de elevados, todos descemos à realidade com a promessa “para o ano, há mais”. Não sem antes deixar o nosso muito obrigado a todos quantos permitiram esta acti-

Em S. Bento

Realizou-se, no passado dia 9 de Junho, o habitual “Encerramento do Mês de Maria”, na igreja de S. Bento, da Comunidade Cristã da Golpilheira. Fez-se a oração do terço e a procissão em

volta daquela ermida, com a imagem de Nossa Senhora. Depois, houve convívio, com saborosos petiscos e o tradicional leilão das ofertas trazidas por algumas dezenas de participantes.

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Encerramento do Mês de Maria

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vidade: Quinta do Escuteiro, Junta de Freguesia da Batalha, Santa Casa da Misericórdia da Batalha, tantos pais que ajudaram em géneros e toda a comunidade da Batalha que, de alguma forma, apoiou e dinamizou este Campo de Batalha. Mas, muito em particular, um especial agradecimento a este grupo da Missão País, que voltou a proporcionar-nos esta nova magnifica experiência, tão rica de fé, afecto e dedicação! Obrigado pela vossa presença junto em nós! Campo de Batalha / Isabel Costa


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Grupo Missionário Ondjoyetu

Campanha solidária rumo ao Brasil

Envio celebrado na Golpilheira

Pão para as Crianças do P. João

LMF

O Grupo Missionário Ondjoyetu, da Diocese de Leiria-Fátima, veio celebrar com a Comunidade Cristã da Golpilheira, no passado dia 14 de Julho. A Missa foi presidida pelo padre Joaquim Domingos Luís, missionário do Verbo Divino e responsável pela pastoral diocesana das missões, acompanhado por mais de duas dezenas de elementos deste grupo, do qual fazem parte os irmãos golpilheirenses Júlia e António Canhoto. Na sua homilia, o padre Joaquim aproveitou para apresentar o trabalho feito pelo Ondjoyetu, sobretudo na Missão de S. José, no Gungo, diocese do Sumbe (geminada com Leiria-Fátima), em Angola. E lembrou que toda a Igreja

O grupo visitante apresentou-se à Comunidade

é missionária, seja naqueles que partem a anunciar, seja nos que por eles rezam e os apoiam, ou que no seu dia-a-dia se preocupam por dar

testemunho da fé. A celebração incluiu o envio de quatro destes leigos missionários, integrantes de um grupo que partiria, no

final do mês, para o Pedrógão Grande, onde continua a ser necessária a ajuda às vítimas dos incêndios de há dois anos. Luís Miguel Ferraz

Festas da Santíssima Trindade

Paróquia cumpre tradição secular

LMF

Realizaram-se, no fim-de-semana de 15 a 17 de Junho, as festas paroquiais em honra da Santíssima Trindade, que em muito contribuem para a confirmação da religiosidade e fé do nosso povo. A recolha das ofertas teve lugar no sábado, dia 15, com a primeira procissão e a bênção

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do pão. No domingo, uma multidão de fiéis, de todos os lugares da paróquia, lotou a Igreja na Santa Missa. No final, organizou-se a procissão do Santíssimo, acompanhada pela prestigiada Banda Filarmónica de Avelar, e, depois, o cortejo das ofertas, rumo ao Centro Paroquial. No caminho,

o tradicional lançamento das “merendeirinhas”, no Carvalho do Outeiro, fez as delícias de miúdos e graúdos. A venda de bolos e distribuição do pão teve lugar no recinto das festas, onde houve animação musical e outros divertimentos. O imperador dos festejos

deste ano foi João Monteiro Cerejo, ajudado na organização do evento pelos nascidos em 1969 de toda a paróquia da Batalha. As festas terminaram na segunda-feira, com grande animação musical e convívio. MCR

Há cerca de uma década, o Jornal da Golpilheira lançou uma campanha solidária com o título “Pão para as Crianças do padre João”, visando enviar donativos para os trabalhos pastorais do padre João da Felícia, natural da Golpilheira e em missão no Brasil. Desde então, seguiram para a missão cerca de 15.000 euros, fruto das ofertas dos golpilheirenses e outros amigos. Inicialmente, era mais regular esse caudal, mas entretanto “esfriou”, pelo que deixámos de publicar em todas as edições as verbas angariadas. No entanto, continuam a surgir donativos, que vamos juntando e enviamos de tempos a tempos. É o que vai suceder no próximo dia 13 de Agosto, em que um emissário levará ao padre João a verba de 1.200 euros. Nela se incluem alguns donativos anónimos e o valor de 110 euros que resultou do ofertório das crianças do 3.º ano da catequese da Golpilheira, promovido pelas catequistas Madalena Monteiro e Sofia Ribeiro. O padre João, actualmente nos subúrbios da grande cidade de S. Paulo, vai dando notícias por email e nas suas redes sociais. Continua a desenvolver os seus estudos, sobretudo da língua hebraica, e dedica-se, principalmente, à celebração da fé e à acção social nas favelas onde falta pão e paz, sobretudo para as crianças. Os interessados em participar nesta campanha poderão dirigir os seus donativos ao Jornal da Golpilheira, na igreja ou no CRG, que nós os faremos chegar ao destino. LMF


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

ambiente

Grupo Aves da Batalha no Reguengo do Fetal

Como tem vindo a ser hábito ao longo do último ano e meio de existência, o Grupo Aves da Batalha organizou, no passado dia 14 de Julho, mais uma saída de campo para observação de aves. Desta vez, o local escolhido foi o Reguengo do Fetal, mais precisamente, o vale que se encontra entre esta localidade e o Alqueidão da Serra. Para além do conhecimento do mundo natural desta freguesia, o outro objectivo desta actividade foi o de dar início a um intercâmbio entre o Grupo Aves da Batalha e a Associação 31Por1Linha. Esta é uma associação sediada em Torres Novas, fundada por amantes da natureza, profissionais e amadores, com objectivos e actividades muito semelhantes aos do Grupo Aves da Batalha: conhecer e dar a conhecer o mundo natural que nos rodeia, nomeadamente a avifauna. A sua acção tem decorrido em alguns concelhos do Ribatejo, como os de Torres Novas, Tomar e Golegã. Estabelecemos este intercâmbio como objectivo principal desta actividade, porque acreditamos que esta troca de experiências, conhecimentos e a criação de relações de parceira entre diferentes grupos/entidades/ associações é fundamental para tornar o conjunto destes grupos, que lutam por uma mesma causa, ainda mais forte e contagiante. Falando um pouco do vale visitado, caracteriza-se por ser muito heterogéneo, possuindo campos agrícolas com cultura de cereal, hortaliças e vinha, e ainda parcelas de pousio.

Fotos: DR

Observação de habitats naturais

Em plena actividade

Possui ainda, na encosta oeste, a maior e mais bem preservada mancha de carvalhal-cerquinho ou português (Quercus faginea) do concelho da Batalha. Este é formado por árvores centenárias, onde se destaca o “Carvalho do Padre Zé”, um carvalho que poderá ser o mais velho exemplar da sua espécie na Península Ibérica, estimando-se a sua idade em cerca de 1200 anos de vida. Só para impressionar, o perímetro do seu tronco ronda os seis metros. Para a visita propriamente dita, contámos com a participação de 15 pessoas, entre as quais batalhenses, leirienses e ainda os seguidores da Associação 31Por1Linha. O percurso iniciou-se no Santuário de Nossa Senhora do Fetal, pelas 08h00. Apesar do nevoeiro matinal, ao longo da visita o sol foi fazendo o seu trabalho e aca-

bou por ser uma manhã muito solarenga e quente. Durante o percurso, observámos um total de 42 espécies de aves, entre as quais se destacaram uma família de mochos-galegos muito simpática, uma águia-cobreira, um gavião, várias escrevedeiras-de-garganta-preta, trigueirões e jovens petos-verdes, muito refilões a gritar pela sua independência.

Observámos ainda algumas espécies de borboletas, como a Vanessa Cardui – Bela-Dama ou Vanessa dos Cardos –, uma espécie que faz uma migração intercontinental entre a Europa e África, podendo percorrer um total de 12.000 quilómetros durante a viagem entre a África tropical e o Árctico. Após a visita, decorreu um almoço convívio no Rio Seco,

Os participantes

onde, para além da comida e bebida que foi fundamental para repor energias, houve tempo para se falar e discutir alguns temas e problemáticas da conservação da região e do País. Este tipo de momentos, onde se discute, se conversa, se trocam ideias e se ouvem diferentes pontos de vista, a meu ver, são fundamentais para qualquer tipo de estratégia de conservação e de sensibilização da sociedade. Se mudou alguma coisa no dia seguinte? Talvez não, mas pelo menos pudemos aprender uns com os outros e, num futuro próximo, certamente que nos dotará de uma poderosa arma de conservação: o conhecimento. Só conhecendo é que se pode proteger. As saídas organizadas durante este ano e meio, que já somam um total de 14, entre saídas para observação de aves e sessões de recolha de lixo, têm permitido conhecer vários recantos do Concelho. Para além do Vale do Lena, já visitámos os Casais dos Ledos, o Casal Suão, o Rio Seco e a Mata do Cerejal, nas Alcanadas. Com estas visitas, temos conseguido angariar pessoas das diferentes aldeias do Concelho, que funcionam como guias locais nas suas aldeias, e que que acabam por repetir a experiência, participando noutras actividades. Tudo isto permite um profundo conhecimento dos habitats, fauna e flora do concelho, fundamental para a sua monitorização e conservação e para que possam ser conhecidos e vividos pelas gerações futuras. João Tomás

Limpezas e apoio aos Bombeiros

Todos pela prevenção de incêndios Findo o prazo legal para a execução das designadas faixas de gestão de combustível, a Câmara Municipal da Batalha decidiu prosseguir com os trabalhos de limpeza de florestal e coerção junto de proprietários privados. No caso de terrenos confinantes com a rede viária, a autarquia vai garantir uma faixa limpa

de, no mínimo, 10 metros, com remoção do mato e o corte de arvoredo. O Município pede aos proprietários a facilitação do acesso às suas propriedades pelas entidades responsáveis pela gestão de combustível e informa que a planta das faixas previstas pode ser consultada junto do Gabinete Técnico

Florestal da Câmara Municipal, entre as 09h00 e as 16h00, no site do Município da Batalha, e ainda nas sedes das juntas de freguesia. Na mesma linha de prevenção e combate a incêndios, a Câmara decidiu renovar os apoios à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, até ao montante

de 120 mil euros, valor que deverá ser repartido entre o funcionamento, investimento e apoio à Equipa de Intervenção Permanente (EIP), cujo financiamento é partilhado em 50% entre a Câmara Municipal e a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil. “No concelho da Batalha, o orçamento para defesa da

floresta e protecção civil tem crescido significativamente, é um trabalho nunca concluído, mas a nossa acção só será bem-sucedida se todos – entidades públicas e privadas - nos empenharmos neste objectivo local e nacional”, refere o presidente da autarquia.


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Festa de aniversário, 13 novos “soldados”, um centro de formação e novos veículos

DR

Aniversário foi no Reguengo do Fetal

LMF

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha (BVB) comemorou os 41 anos de actividade, no passado dia 28 de Abril, no Reguengo do Fetal, prosseguindo o objectivo de descentralizar esta efeméride pelas várias freguesias. O início foi, no entanto, na Batalha, com o hastear das bandeiras no quartel e uma homenagem aos bombeiros falecidos, no cemitério, onde foram também apresentadas as recentes melhorias no talhão da corporação. Já no Reguengo, após a Missa, o efectivo alinhou-se em parada na praça para a sessão solene e, com muitos populares presentes, intervieram o presidente da direcção e o comandante dos BVB, respectivamente, Jorge Novo e Fernando Bastos, bem como os convidados: o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, Almeida Lopes, o representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Marques, e o 2.º Comandante Distrital de Operações de Socorro, Mário Cerol. Na ocasião, foi benzido um veículo tanque táctico urbano, oferecido pela empresa Clara e Gema, de São Mamede, e uma ambulância, cedida pelo INEM. Seguiu-se a atribuição de medalhas de assiduidade de 5, 10, 15, 20 e 25 anos, bem como a de Serviços Distintos Grau Prata ao bombeiro Fernando Vieira, após o que os voluntários desfilaram pela localidade e participaram num almoço de confraternização com familiares e amigos. Segundo Jorge novo, “os objectivos deste mandato foram o aumento da quantidade de bombeiros da corporação, a qualidade da actuação por aumento de formação e disponibilização de mais equipamentos e veículos, a aposta na segurança pessoal e no conforto dos voluntários e o reforço da ligação à comunidade”. Tudo isto seguindo a “estratégia de diálogo e cooperação com todas as entidades”

Praxe molhada aos novos bombeiros

LMF

Bombeiros Voluntários da Batalha reforçam património material e humano

Momento da bênção do novo Centro de Formação

e em fidelidade ao lema “sem olhar a quem”.

Novos bombeiros e centro de formação

Passados cerca de dois meses, a 29 de Junho, houve novo motivo de festa, com o juramento de 13 novos bombeiros, aprovados após cerca

de um ano de intensa formação teórica e prática. Precisamente para apoio a esta formação, foi inaugurado neste dia, no edifício restaurado da antiga escola primária dos Pinheiros, cedido pela Câmara da Batalha, um novo espaço com equipamentos para ensino em sala e treino de fogo real,

desencarceramentos, entre outros exercícios. Mas “o principal activo são as pessoas”, como sublinharam as várias entidades presentes, dando os parabéns à corporação pelo reforço de efectivos jovens que tem assegurando anualmente. Agradecendo os vários apoios de instituições,

empresas e pessoas para o apetrechamento da corporação, o comandante e o presidente da direcção foram os primeiros a sublinhar esse facto e a aposta que é feita na formação, para garantir a excelência do trabalho dos “soldados da paz” na Batalha. O 2.º Comandante Distrital de Operações de Socorro afirmou, mesmo, que “os bombeiros da Batalha destacam-se pela qualidade da preparação que fazem dos seus elementos” e lembrou que “esta é a missão mais nobre do voluntariado, para a qual é fundamental o espírito de união para ultrapassar os momentos menos bons”. Mário Cerol Frisou ainda papel das famílias destes jovens, “pela educação que lhes deram nos valores da solidariedade e amor ao próximo”. Também o presidente do Município sublinhou o “orgulho que as famílias destes jovens devem sentir” e agradeceu a estes e a todos os bombeiros a dedicação ao bem comum e a colaboração que oferecem na prevenção e na resposta à protecção civil. Paulo Batista aproveitou para anunciar que o tema do voluntariado será o mote da sessão solene deste ano, onde serão homenageados, entre outros, quatro fundadores dos BVB ainda no activo e prometeu que não faltará o apoio municipal necessário para o bom funcionamento da corporação batalhense. Após esta sessão e o acto inaugural do novo centro de formação, presidido pelo pároco da Calvaria, padre José Henrique Pedrosa, foram também benzidos quatro veículo: uma nova viatura de transporte de doentes, oferecida pela Caixa Agrícola da Batalha, uma restaurada viatura de combate a incêndios, cuja recuperação foi patrocinada pela empresa Erofio, e duas viaturas de apoio, já usadas, uma oferecida pela REN e outra pela EDP. A tarde terminou com jantar volante, naquele espaço, em confraternização com familiares e amigos. Luís Miguel Ferraz


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

cultura

. museu de todos .

Mosteiro da Batalha como cenário

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Grande concerto de Russell Watson

No mês em que se assinalam os 379 anos da Batalha que determinou a Independência de Portugal, destacamos uma peça que simboliza a arte, a matéria e a História da Batalha. Este fragmento de um varandim do Mosteiro, reproduzido por Bruno Cordeiro, antigo aluno da Escola de Artes e Ofícios da Batalha, encontra-se esculpido na mesma pedra calcária de que é feito o monumento. A pedra, extraída dos solos serranos da região, tem uma textura suave e fácil de trabalhar. A decoração neste fragmento cria quatro volutas, que parecem gotas ou lágrimas, encaixadas umas nas outras para formar uma rosácea, conferindo movimento e vida à pedra. O efeito final é um delicado rendilhado, de tons e curvas suaves, harmonioso à vista e sensível ao tacto. A peça simboliza a mestria da execução e a arte dos canteiros da Batalha, que, durante cerca de 150 anos, trabalharam no Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha, e que haviam de inspirar o regresso de uma nova geração de canteiros e escultores da Batalha. O fragmento foi executado no Claustro Afonso V, no Mosteiro da Batalha, onde funcionava o curso de formação de canteiros restauradores da Escola de Artes e Ofícios da Batalha, impulsionado pelo Mestre Alfredo Ribeiro, que retomou a tradição familiar da cantaria no Mosteiro. Este fragmento é, pois, uma homenagem aos muitos obreiros da Batalha, àqueles que fizeram da pedra o seu modo de vida, que criaram, que esculpiram, que inventaram ferramentas, que criaram tendências e que as perpetuaram nos rendilhados no Mosteiro, inspirando a reprodução noutros monumentos do nosso país. Convidamos todos os visitantes a conhecer este belíssimo fragmento e a saber mais sobre a magnitude da obra que trouxe muitos artistas nacionais e estrangeiros à Batalha, marcando, com o seu estilo, as diversas etapas da construção do Monumento que é património da UNESCO desde 1983.

Imagem: Fragmento de pedra rendilhada, da autoria de Bruno Cordeiro

A praça fronteira do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, encheu-se com alguns milhares de pessoas que quiseram apreciar o concerto do conceituado artista britânico Russell Watson, no passado dia 21 de Junho. Acompanhado pela

orquestra “Ópera no Património”, o artista mostrou a razão do seu sucesso, com a irrepreensível interpretação de algumas peças do reportório clássico, à mistura com arranjos de temas da música ligeira e pop-rock, em interacção permanente com o público. Após

calorosos e demorados aplausos, fica para a história mais uma grande noite de cultura na vila heróica, promovida pelo Município da Batalha em parceria com o projecto “Lugares Património da Humanidade”. LMF

Exposição no Mosteiro

Os Principados Romenos Está patente na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha, até 31 de Outubro, a exposição “Os Principados Romenos no tempo da construção da Batalha”, que apresenta uma selecção espectacular de artefactos dos séculos XIV - XVI, provenientes do tesouro do Museu Nacional de História da Roménia (MNIR), de Bucareste, e realizados na Transilvânia, Moldávia e Valáquia. A iniciativa é da Embaixada da Roménia na República Portuguesa, em parceria com aquele museu, o Mosteiro da Batalha/DGPC, (MNIR), o Instituto Cultural Romeno e a Câmara Municipal de Batalha. O espaço dos Principados Romenos,

DR

DR

LMF

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Peça em destaque: Pedra Rendilhada

descrito amiúde pela metáfora “As Portas do Oriente”, foi igualmente influenciado, ao longo dos séculos, pela cultura ocidental, europeia, balcânica e oriental. Dos pratos decorados com aves, de inspiração biPUB

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zantina, até às peças de ourivesaria religiosas realizadas em oficinas da Transilvânia pelos artesãos que seguiam modelos ocidentais, os objectos apresentados nesta exposição ilustram a vida quotidiana do ho-

mem medieval tanto na sua vertente religiosa, como também na laica e áulica. Esta exposição irá proporcionar ao público português a descoberta de objectos litúrgicos, objectos de adorno, bem como artefactos pertencentes ao inventário utilizado diariamente no respectivo período. As peças apresentadas incluem objectos doados pelas famílias aristocratas aos mosteiros e igrejas, mas também peças que integram alguns dos tesouros medievais mais valiosos descobertos na Roménia, que datam do reinado de Estêvão, o Grande (Schinetea), bem como adornos pertencentes aos tesouros de Cotu Morii, Basarabi e Gelu.


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Esclarecimento pela Fundação GDA

Festival “Artes à Vila”

Europa financia artistas

LMF

Batalha vibrou de cultura

É um festival diferente, que merece já referência nacional. Música no património, exposições, documentários, visitas guiadas, conferências e oficinas diversas encheram a Batalha, de 27 a 30 de Junho, na 2.ª edição do “Artes à Vila”, um certame que se apresenta para “estimular e desafiar famílias e turismo para o usufruto do património material e preservar o património imaterial através da circulação de artistas e repertórios”.

Vencedor do “Iberian Festival Awards”, em 2018, na categoria de melhor novo festival nacional, o “Artes à Vila” deste ano voltou a apresentar artistas e obras da música tradicional portuguesa, jazz e músicas do mundo, com a novidade de convidar outra vila portuguesa com expressão cultural, Vila Nova de Cerveira, a apresentar em exclusivo a exposição “Volumes e interacções na história”, pela Fundação Bienal de Arte de

Cerveira. Foram quatro dias cheios, do quais destacamos os concertos de entrada livre com a qualidade de Ciranda, Tumbala, Catarata, Paulo Bragança, Por Terras Do Zeca, Academia Fernandes Fão, Pela Rua Fora, Celina da Piedade, Mad Nomad, Júlio Pereira (foto), Remexido, Orfeão de Leiria, 2 Chamadas Não Atendidas, Sete Lágrimas e Ahkorda. Um luxo que esperamos ver repetido. LMF divulgação/apoio

Mosteiro da Batalha

Coro de Santa Cecília de Florença No dia 18 de Agosto, pelas 19h30, será dado um grande concerto de música coral, na igreja do Mosteiro da Batalha, pelo mundialmente famoso

Coro de Santa Cecília de Florença, com a organização conjunta do Mosteiro e da Câmara Municipal da Batalha. A entrada é livre.

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A Fundação GDA – Gestão dos Direitos e Artistas organizou, no passado dia 28 de Junho, no Mosteiro da Batalha, uma sessão de esclarecimento sobre fundos europeus existentes e como podem ser usados para promover projectos de artistas da região de Leiria. Apresentado no âmbito do festival “Artes à Vila”, o programa intitulado “#makethemost – Fundos Europeus para as Artes e Cultura” visa influenciar a motivação, o conhecimento e a capacidade de detectar oportunidades de financiamento para projectos artísticos e culturais, fomentando o diálogo e a troca de experiências numa dinâmica continuada, através da realização de sessões informais, em espaços culturais privilegiados. “Nesta sessão falou-se dos programas de financiamento disponíveis, mas também de bons e de maus exemplos, de projectos bem-sucedidos e de enormes falhanços”, refere Francisco Cipriano, mentor da iniciativa e consultor da Fundação GDA para a área dos fundos europeus. “São tudo excelentes exemplos de aprendizagem e, por isso, privilegia-se a apresentação de casos concretos, convidando para isso os seus protagonistas”, explica. A iniciativa, criada há um ano e com seis sessões já realizadas, insere-se num conjunto de outras acções promovidas pela Fundação GDA no domínio dos financiamentos europeus, incluindo sessões de aconselhamento individuais, sempre com o objectivo de transmitir conhecimento aos artistas, tendo em vista a maximização das oportunidades de financiamento para os seus projectos.


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

sociedade

Ambiente e novas áreas empresariais

Loja do Cidadão precisa de meios

A Assembleia Municipal da Batalha deliberou, por unanimidade, na sessão de 27 de Junho, aprovar uma moção que reclama um reforço do investimento por parte do Ministério da Justiça, com o objectivo de dotar de mais meios o serviço do IRN – Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Batalha, nomeadamente, ao nível de recursos informáticos que permitam uma resposta mais célere aos pedidos dos cidadãos e empresas, contribuindo assim para a melhoria da eficácia daqueles serviços. Aberta ao público em 10 de Abril de 2017, a Loja do Cidadão da Batalha continua a ser a única da região de Leiria, envolvendo o Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa e o Município da Batalha na estratégia nacional de uma administração pública mais sustentável e próxima dos cidadãos e das empresas. Instalada no edifício dos Paços do Concelho, concentra o Instituto dos Registos e Notariado, a Autoridade Tributária e Aduaneira e o Instituto da Segurança Social. Recorde-se que, em dois anos de funcionamento, a Loja do cidadão já fez mais de 175 mil atendimentos, o que equivale a mais de dez vezes toda a população do concelho. É um “caso de sucesso”, como afirmou, em Maio passado, Luís Goes Pinheiro, secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa. “Todavia, o seu regular funcionamento não deixa de sentir alguns constrangimentos, nomeadamente, pela incapacidade de resposta dos serviços do IRN, seja na emissão do Cartão do Cidadão ou do Passaporte, seja na demora excessiva na prática de outros serviços, circunstâncias que geram fortes impactos negativos junto dos cidadãos e empresas”, refere a moção.

DR

Moção da Assembleia Municipal

A Câmara Municipal da Batalha decidiu, por unanimidade, desenvolver uma alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), tendo como principais objectivos alargar as zonas de protecção ambiental nas áreas de localização empresarial da Jardoeira (Batalha) e de São Mamede. Esta é uma das prioridades do Plano Estratégico do Concelho da Batalha 2020, para a qual está já aprovada uma candidatura ao programa Centro 2020, para a ampliação de 34 hectares a Norte e a Sul do parque industrial da Jardoeira. Para o parque de São Mamede, a candidatura está em apreciação pela CCDRC, prevendo-se um investimento total de 1,7 milhões de euros, com a

criação de 25 novos lotes e outras tantas empresas, numa área total de 40,2 hectares. Esta alteração ao PDM da Batalha irá também antecipar uma disposição obrigatória até Julho de 2020 de integrar as novas regras de classificação e qualificação do solo. Segundo o presidente da autarquia, Paulo Santos, pretende-se “um

forte incentivo à fixação de novos projectos empresariais e melhoria de condições para a expansão das empresas já instaladas” e, por outro lado, fazer do PDM “um instrumento de sustentabilidade ambiental, onde o desenvolvimento económico, o progresso social e o crescimento habitacional sejam cada vez conformados com os valores ambientais que

defendemos e fazem da Batalha um território de excelência para quem nele investe, visita ou vive”. A proposta deverá ser, entretanto, colocada à discussão pública, pelo que os interessados em participar no processo deverão contactar a Câmara antes da aprovação pela Assembleia Municipal, que se prevê para finais deste ano.

Reforço de segurança

Câmara dá viatura à GNR O executivo municipal da Batalha decidiu adquirir uma viatura para ceder à GNR local, para reforçar a capacidade operacional e de segurança no Concelho. O secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, agradeceu a oferta como “exemplo de cooperação desejável entre as autarquias, que estão mais próximas

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DR

LMF

Prepara-se alteração ao PDM

do cidadão, e as forças de segurança, para a

concretização das missões que lhes estão con-

fiadas”. Paulo Santos, presidente da Câmara, justificou a decisão com a “importância que o Município atribui à segurança e à nobre missão da GNR na garantia de segurança à população”, bem como dos visitantes, cujo número anual se estima em cerca de 800 mil pessoas.

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sociedade • 19

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Exército e Autarquia promoveram

Batalha quer

Gás solidário

Homenagem a Mouzinho A Praça Mouzinho de Albuquerque acolheu, no sábado 20 de Julho, mais uma homenagem ao Patrono da Arma de Cavalaria, Joaquim Mouzinho de Albuquerque. A iniciativa, organizada pela Arma da Cavalaria do Exército, através do Regimento de Cavalaria Nr. 6, de Braga, com o apoio da Autarquia,

contou com diversas intervenções e um desfile da força em parada. Integrada nas comemorações, decorreu, na Galeria do Posto de Turismo, a inauguração de uma exposição evocativa do antigo e distinto militar, bem como o lançamento de uma revista temática sobre Mouzinho de

Albuquerque, numa edição do Jornal do Exército. Refira-se que Joaquim Mouzinho de Albuquerque, nascido na Quinta da Várzea, na Batalha, foi um distinto militar português, cuja intervenção e sentido estratega ficou bem patente na Batalha de Macontene (Moçambique).

Câmara volta a exigir do Governo

Mais uma carta seguiu da Câmara da Batalha para o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, a reclamar a “urgente apresentação de um modelo de execução do projecto de tratamento dos efluentes suinícolas (ETES) e de despoluição da bacia hidrográfica do Lis, como tinha sido garantido às autarquias da região até Março de 2018”. Segundo o presidente da autarquia, “volvidos mais de 15 meses face à data inicial apresentada pelo Governo, afigura-se-nos incompreensível a ausência de respostas por parte do Ministério do Ambiente”, pelo que “o problema ambiental persiste e dispo-

MCR

A novela da despoluição do Lis

mos de registos recentes de descargas ilegais de afluentes suinícolas que confirmam o agravamento da situação”. Na carta enviada no final de Junho, Paulo Santos defende a construção de uma ETES como “projecto-chave para a despoluição dos cursos de água da bacia hidrográfica do Rio Lis” e “investimen-

Medidas vão das creches ao apoio financeiro

Incentivos à natalidade A Câmara Municipal da Batalha aprovou um programa “ambicioso” de apoio à educação na infância e de promoção da natalidade, através de 4 medidas concretas: assegurar a gratuitidade sem obrigatoriedade de frequência dos estabelecimentos de infância (0-3 anos) das redes privada e solidária (não inclui alimentação, transportes, complementos horários ou outros serviços); oferecer o valor de um Indexante dos Apoios Sociais (IAS - em 2019 de 435,76 euros) a todas as grávidas no último mês de gravidez; construir uma nova creche municipal, preferencialmente junto a zona empresarial; e criar uma linha de apoio financeiro até 125 mil euros anuais para entidades sociais ou privadas que queiram investir na abertura de uma creche ou jardim-de-infância. Com estas medidas, além do apoio directo às famílias, visa-se garantir a resposta de creche para cerca de 350 crianças, cerca do dobro do número actual, num investimento calculado de 900 mil euros nos próximos 2 anos.

Com o lema “Crescer Mais”, este programa baseou-se na avaliação da rede instalada, onde se identificaram fortes carências na resposta de creche, sobretudo na freguesia da Batalha, numa taxa de cobertura a rondar os 40% das necessidades, o que faz também elevar os valores cobrados às famílias pro este serviço pelas entidades no mercado. A proposta, que contou com a abstenção do Partido Socialista na aprovação, é justificada pelo presidente da autarquia como “promoção do acesso generalizado e equitativo a serviços de qualidade de educação pré-escolar, em especial para as crianças mais desfavorecidas, como medida de apoio às famílias e também de estímulo à natalidade no concelho da Batalha”. Estender o apoio a IPSS e entidades privadas é uma parceria desejada pelo “trabalho extraordinário” que fazem actualmente. O programa deverá ser regulamentado nos próximos meses, para entrar em vigor ainda este ano.

to indispensável para a sustentabilidade da actividade suinícola na região”. A missiva termina com uma crítica directa: “O Ministério do Ambiente tem conhecimento que subsiste um elevado caudal de efluentes suinícolas que não conhece qualquer tratamento e invariavelmente a região de Leiria é fustigada pelas descargas ilegais, com graves consequências ambientais para os recursos hídricos, mas também do ponto de vista da saúde pública e do bem-estar das populações, pelo que ninguém compreende ou aceita que a situação persista sem uma enérgica actuação das entidades públicas e até judiciais”. PUB

A Direcção Geral de Energia e Geologia publicou, em Maio deste ano, legislação que permite a criação de uma tarifa solidária de gás engarrafado para clientes economicamente vulneráveis, a implementar em teste nos municípios que queiram aderir, mediante o cumprimento de um conjunto de obrigações, tais como dispor de instalações com condições técnicas e de segurança para a comercialização deste produto. A Câmara da Batalha já sinalizou o seu interesse em integrar este projecto-piloto, com o prazo de um ano, disponibilizando-se para a cobrança da tarifa solidária junto dos beneficiários, como decorre da lei. “Atendendo à sua componente social, esta medida é positiva, razão pela qual decidimos aceitar a proposta”, afirma Paulo Santos, presidente da autarquia. Se for aprovada a candidatura, cada beneficiário da tarifa social terá direito, mensalmente, no máximo, a três garrafas de tipologia T3 (de 8 a 15 Kg) e uma de tipologia T5 (superior a 15 Kg). Nos agregados familiares constituídos por mais de quatro membros, o limite aumenta para quatro garrafas T3 por mês ou 16 garrafas T5 por ano.


20 •

economia/ /desporto

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Crédito Agrícola entrega prémios

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha (CCAMB) promoveu, no passado dia 28 de Junho, uma cerimónia de entrega de galardões a seis empresas do Concelho que, em 2018, foram distinguidas com o estatuto PME Líder e PME Excelência, no âmbito da parceria institucional estabelecida com o IAPMEI e o Turismo de Portugal. O galardão de PME Líder foi entregue às seguintes empresas: Abílio Guerra Rodrigues, Construções; Britagem do Fetal; Ecomais, Recolha e Valorização de Resíduos; Marfilpe, Mármores e Granitos; e Brincafestas, Comércio de Brinquedos e Fogo de Artifício, esta da Golpilheira, fundada em 1996. A PME Excelência foi a Freire & Figueiredo, proprietária do conhecido Mosteiro do Leitão, fundado em 2008 e que

LMF

PME do Concelho distinguidas

Empresários e gestores da Caixa

este ano inaugurou novas instalações, no Casal da Amieira. A sessão decorreu, precisamente, no Mosteiro do Leitão, com a presença de representantes das empresas e dos colaboradores e administradores da CCAMB. Na ocasião, Afonso Marto, presidente do Concelho

de Administração, apresentou um resumo da história e da situação consolidada desta instituição bancária, sublinhando a aposta no apoio às empresas locais, tanto no negócio corrente como no investimento que levou à atribuição destes prémios. “A posição do Cré-

Para poupança de energia

EDP oferece tomadas inteligentes A EDP/SU está a oferecer 80 mil tomadas inteligentes aos consumidores residenciais de energia eléctrica, independentemente do seu comercializador de energia, com o objectivo de promover a eficiência energética dos portugueses e o uso consciente da electricidade. Com um simples gesto, sempre que se desligar o equipamento principal, como um televisor, a tomada inteligente desliga de

forma automática os aparelhos secundários, eliminando o seu consumo em standby. Desta forma, as famílias poderão poupar até 44 euros por ano na factura de electricidade, apenas por desligarem os equipamentos que se mantêm diariamente

em modo inactivo. Os consumidores estarão também a evitar a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, por reduzirem o desperdício energético. As tomadas vão ser enviadas para todos os distritos de Portugal Continental de forma gratuita, para os consumidores não contemplados em campanhas anteriores e por ordem de registo dos pedidos no site www.edpsu.pt.

dito Agrícola, e em especial da Caixa da Batalha, tem sido destacada no panorama bancário nacional como das mais seguras e consistentes, com crescimento sustentado e solidez confirmada”, afirmou este responsável, apontando o dinamismo do tecido empre-

sarial concelhio como parte fundamental do “segredo para este sucesso”. Esta foi a primeira vez que a CCAMB realizou uma sessão deste género na Batalha, uma vez que a atribuição dos prémios às Pequenas e Médias Empresas que se relacionam com a instituição tem sido realizada a nível nacional, no contexto do Grupo Crédito Agrícola. No entanto, “temos capacidade e possibilidade de o fazer localmente, dando maior destaque às empresas batalhenses”, referiu Afonso Marto. Nesse sentido, está já a ser preparada a cerimónia do próximo ano, “com um número bem mais alargado de empresas que têm relação institucional com a Caixa Agrícola da Batalha e que são distinguidas anualmente pelo IAPMEI”.

Mais 1200 luminárias até Setembro

Mais “led” na via pública A EDP Distribuição anunciou a substituição de 1200 luminárias de vapor de sódio por tecnologia “led” até ao final de Setembro, na iluminação pública das quatro freguesias do Concelho da Batalha. O investimento ronda os 155 mil euros e perspectiva-se uma poupança anual do Município em cerca de 35 mil euros. A EDP prevê um total de 282 mil euros investidos no

concelho da Batalha ao longo de 2019, incluindo trabalhos de redução de perdas na rede de baixa tensão e melhoria da qualidade do serviço técnico prestado aos clientes. Recorde-se que, em 2012, o Concelho recebeu um projecto piloto a nível nacional, “InovGrid”, que consistiu na instalação no domicílio dos clientes dos novos contadores de energia com sistema electrónico.

XVI Torneio de Futsal Município da Batalha

Sporting da Batalha venceu que participaram no campeonato de sub-20 da AFL. Todas

LMF

A 16.º edição do Torneio de Futsal Município da Batalha realizou-se no pavilhão da Batalha, entre 11 de Junho e 13 de Julho. Foi organizado pela A. R. Amarense, em parceria com o Município da Batalha. Nele participaram 20 equipas, entre as quais três da freguesia da Golpilheira, distribuídas por quatro séries: uma da cada uma das igrejas (Golpilheira e São Bento) e outra do CRG, esta constituída por atletas

tiveram um bom desempenho, dentro da valia de cada plantel.

Jogo entre o CR Golpilheira e o Núcleo Sportinguista da Batalha

A que ficou melhor classificada foi a do CRG, em 10.º lugar.

As equipas vencedoras de cada série foram as seguintes: A – Relvense; B – Demó; C – Amarense e D – Núcleo Sportinguista da Batalha. Foi um torneio bem disputado, cujo vencedor apenas se apurou nas penalidades. Foi mais feliz a equipa do N. S. da Batalha, que venceu a Demó por 4-3. O pódio ficou assim ordenado: 1.º - N. S. da Batalha; 2.º - Demó; 3.º - Amarense. MCR


desporto • 21

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Futsal Feminino do CRG

. equipas.CRG.

Terminou mais uma época desportiva e já se prepara o regresso às competições para temporada de 2019/2020. É tempo de descanso e de balanços, pelo que fomos conversar com Teresa Jordão, coordenadora do Futsal do Centro Recreativo da Golpilheira e treinadora das duas equipas femininas que andaram pelos campeonatos e taças nacionais. “A equipa sénior concretizou o seu principal objectivo da época, garantindo a fase de apuramento de campeão e consecutiva participação no Campeonato Nacional da próxima época”, afirma, lamentando ter atingido o “segundo objectivo”, que seria chegar à “Final Four” da Taça de Portugal. Ainda assim, salienta que “esta equipa, desde que há Campeonato Nacional, sempre figurou nas 8 melhores nacionais” e – nunca é demais lembrar – já foi campeã nacional, em 2013/2014, precisamente no ano de estreia desta competição. Quanto à equipa júnior, “nada mais podia pedir-se na sua principal competição, já que conquistou o

DR

Uma época de sucessos

Beatriz Santos

seu 11.º Campeonato Distrital (4.º consecutivo) e a sua 8.ª Taça Distrital (2.ª consecutiva). Na Taça Nacional de Juniores, à semelhança da equipa sénior, “ficámos nas 8 melhores equipas a nível nacional”. Durante esta época, algumas atletas destacaram-se também nas selecções, como foi o caso de Beatriz Santos, Beatriz Gomes e Joana Dinis, das sub-17 da equipa júnior, que foram convocadas para a Selecção Distrital que disputou o Torneio Interassociações organizado pela

ÉPOCA DESPORTIVA 2019/2020 Federação Portuguesa de Futebol. Beatriz Santos foi, além disso, convocada para dois estágios da Selecção Nacional Sub-17 de Futsal. “Os objectivos principais das equipas foram conseguidos, o que se traduz por uma época bastante positiva”, resume Teresa Jordão, com as baterias já apontadas aos próximos desafios: “já estamos a trabalhar e os plantéis das equipas júnior e sénior estão praticamente definidos”. Na equipa júnior, salienta-se a subida de escalão e consequente integração no plantel sénior de quatro jogadoras, havendo a entrada de 4 ou 5 jogadoras novas. Por outro lado, a equipa sénior vai contar com oito jogadoras da época transacta, quatro sub-20 (vindas da equipa júnior) e mais uma sub-17 que se vai “dividir” entre equipa júnior e sénior. “Um plantel que junta a experiência à juventude e que nos dá garantias para atingir os nossos objectivos”, garante a treinadora. LMF

Veteranos de Futebol do CRG

X Torneio da Amizade Realizou-se, no dia 15 de Junho, a 10.ª edição do “Torneio da Amizade”, organizado pela equipa de Veteranos do CRG, no campo municipal da Batalha, encerrando assim a época desportiva de 2018/2019. Além da equipa organizadora, participaram o G. D. Garcia e os Amigos de Braga Tomané. Como é apanágio, desde o seu início, o principal prémio destes torneios é a amizade, convívio e camaradagem. Escusado será acrescentar que tudo correu bem, em prestígio do futebol dos Veteranos. Não são os resultados dos jogos que contam para a história, mas passamos a indicar os mesmos: CR Golpilheira – 2/ GD Garcia – 0; CR Golpilheira – 2/Ami-

Veteranos do CRG

gos de Braga Tomané – 1; GD Garcia – 0/ Amigos de Braga Tomané – 0. A preparação para o almoço começou logo ali, no bar improvisado no Campo de Futebol. Bifanas e imperiais não faltaram. Seguiu-se o tradicional almoço de convívio, no salão de festas do CRG. Farto e bom, não houve quem resistisse à ementa. No final, depois de proferidas algumas palavras pelos responsáveis de cada equipa, enalteceram todos estas iniciativas. Para terminar, entregaram-se as respectivas lembranças, para recordarem este dia de maravilhoso convívio. Ficou a promessa de não faltar para a próxima época o XI Torneio. Texto e fotos: MCR

Grupo Desportivo da Garcia

Amigos de Braga Tomané

A preparação para a nova época está mesmo à porta. Ultimam-se os pormenores para que tudo corra bem. Neste momento, já temos alguns calendários de jogos, que passamos a indicar. Na próxima edição daremos informações mais completas.

Veteranos Futebol 11

28-09 (Batalha) – Golpilheira/Cerv. Martins - A.Baleia 12-10 (Batalha) – Golpilheira/Talaíde – Lisboa 26-10 (Poiares) – Os Idosos-Poiares/Golpilheira 09-11 (Batalha) – Golpilheira/Alqueidão da Serra 23-11 (Valado dos Frades) – Seca Pipas/Golpilheira 07-12 (Batalha) – C. R. Golpilheira/Mourisquense 15-12 – Festa de Natal (Salão de Festas do CRG)

Futsal Feminino Sénior

Campeonato Nacional – 1.ª Fase – Zona Sul Equipas participantes nesta série: Arneiros, Venda da Luísa, Golpilheira, Leões de Porto Salvo, Quinta dos Lombos, Benfica, Sporting e Povoense. 06-10, 15H00 (Lisboa) – Sporting/Golpilheira 13-10, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica 19-10, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/V. da Luísa 26-10, 18h30 (Carcavelos) – Q. Lombos/Golpilheira 02-11, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/L. P. Salvo 09-11, 19h00 (Ventosa) – Arneiros/Golpilheira 16-11, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Povoense

Outras equipas

Outras equipas inscritas para participarem em alguns Campeonatos Distritais da A. F. Leiria: - Seniores Masculinos (plantel com base na equipa de Sub-20 da época passada) - Juniores Femininos


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

temas

.política.

.política.

.combatentes.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Augusto Neves Presidente da Concelhia do PS

André Sousa Presidente da JSD Batalha

Novo acto eleitoral – As Legislativas

Economia, Corrupção e Ambiente

O PS reúne todos os requisitos para obter um excelente resultado nacional e distrital nas próximas legislativas. A lista de candidatos a nível distrital com Raul Castro a encabeçar é sem dúvida uma enorme mais-valia. Mas a lista não é só Raul Castro, já vê. É uma lista de grande potencial. À hora que escrevo este texto o PSD pondera apresentar como n.º 2 o “Dr” Feliciano Barreiras Duarte. Esta é uma diferença abissal entre a transparência do PS a falta dela do PSD de que é exemplo máximo recente a tomada de posse como deputado europeu do Dr. Amaro. Mas há mais diferenças: Em termos nacionais creio que os cidadãos não têm memória curta e lembrar-se-ão da teoria do empobrecimento do país que Passos Coelho defendia e pôs em prática como a grande bandeira para a recuperação. Essa teoria munia-se de outras cambiantes como a emigração dos nossos jovens quadros qualificados ou o corte de salários e de subsídios de férias e de Natal, muito para além do exigido pela troika. Esses cortes cegos para empobrecer o país deram os resultados pretendidos. O país ficou realmente mais pobre, muito mais pobre. Depois veio o PS e a Geringonça dizer que a solução para a recuperação passava pela inversão de políticas: Em vez de cortar era preciso repor rendimentos do trabalho e pensões. Apregoaram a vinda do diabo e novo caos nas contas públicas. Era o retorno a antes da troika, sem dúvida, para a direita. Mas sem dúvida que nem uma coisa nem outra viria. A reposição continua a ser feita, o país cresce acima

da média europeia, o deficit é o mais baixo de sempre, a dívida pública baixou para os 118.000 milhões de euros. Com isto o país poupa muitos milhões de euros em juros, assume a credibilidade das suas políticas económicas e sociais e das suas contas públicas. Enfim, a direita que acenava com o diabo e o caos vem agora dizer que se tivesse sido governo faria o mesmo que o PS fez, vejam bem… Mas não faria como é óbvio porque quem governa o país em tempo de intervenção externa com o que isso implica na capacidade económico-financeira das famílias e das empresas e ainda vai muito para lá disso nos cortes que realiza, não repõe rendimentos, não está no ADN da direita essa política, esse caminho. Esse Estado social ou a falta dele é o que divide a esquerda e a direita. E se para alguns havia dúvidas se ainda se justifica falar de direita e de esquerda ficou bem claro com a governação do PSD/CDS e do PS/ Geringonça que essa questão ganhou enorme centralidade. A matriz de uns e de outros é hoje bem clara. É por isso que o Partido Socialista tem tudo para obter a confiança dos portugueses e com isso um excelente resultado nas próximas legislativas para continuar com as políticas que vem seguindo melhorando cada vez mais as condições de vida das pessoas. Não há país sem pessoas e é por isso que nós consideramos em primeiro lugar as pessoas, as suas condições socioeconómicas para termos um país melhor para todos. Já a direita considera que o importante não são as pessoas mas sim o país como se o país não fossem as pessoas.

1 – O crescimento económico foi das principais bandeiras do actual governo ao longo da última legislativa. Mas será que foi assim tão bom o nosso desempenho económico? Efectivamente, prevê-se que a economia portuguesa cresça em 2019 acima da média europeia. No entanto, apresenta a décima pior taxa de crescimento no total dos 28 Estados-Membros. Além disso, não existe nenhum país da UE com o PIB per capita inferior ao de Portugal a crescer menos do que a nossa economia, ou seja, continuamos a perder terreno, face aos principais correntes, como a Grécia, Estónia, Letónia, República Checa ou Polónia. 2 - A luta contra a corrupção, um dos principais factores do nosso atraso económico e social, continua a ser posta de lado. Portugal foi o país que menos cumpriu com as recomendações do Conselho da Europa na implementação de medidas de combate a este flagelo, ficando atrás de países como a Roménia, Bélgica ou Sérvia. Todos os nossos partidos continuam a dizer palavras bonitas de combate a este problema, mas nas acções concretas de mudança continuam a assobiar para o lado. António Costa, primeiro-ministro de Portugal, que durante dois anos foi o braço direito no governo de José Sócrates, disse numa entrevista que nunca suspeitou de qualquer indício de corrupção por parte do líder de governo. Ou é mentiroso, ou então muito incompetente. 3- Por último, mas não menos importante, as alterações climáticas. É claro e evidente que se vive num estado de emergência climática e que todos temos, enquanto cidadãos, de tomar medidas imediatas que possibilitem a reversão do actual estado do nosso planeta. Apesar da Europa representar uma pequena parte das emissões de gases poluentes ou da poluição dos oceanos, comparativamente com o resto do mundo, é do velho continente que se espera o exemplo de atingir a neutralidade carbónica. São pequenas acções que fazem toda a diferença. Quantos de nós continuam a não realizar a separação do lixo e reciclar o papel, plástico e vidro?

Dia de Portugal, de Camões, das Comunidades Portuguesas… e dos Combatentes da Batalha! É já uma tradição que as imponentes comemorações nacionais do “10 de Junho” – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (espalhadas pelos quatro cantos do mundo) – sejam, ano a ano, realizadas nas mais diversas cidades de Portugal, cuja selecção é prerrogativa do Exmo. Sr. Presidente da República, em exercício. Este modelo itinerante começou a ser seguido alguns anos após o “25 de Abril”. Até aí, e com grande relevo durante os 13 anos da “guerra do ultramar”, as comemorações eram sistematicamente levadas a cabo em Lisboa, sob um figurino menos abrangente que o actual e essencialmente virado para o nacionalismo exacerbado. Após uma demanda de muitos anos, levada a cabo pela Direcção Central da Liga dos Combatentes e tendo como grande premissa a dignificação dos combatentes e o seu desempenho patriótico nas guerras travadas nas ex-colónias de África, a partir de 2011, estes passaram também a participar, oficial e directamente, nas comemorações e no grande desfile das “forças em parada”. A primeira e mais significativa participação, até então levada a cabo, ocorreu, em Castelo Branco, exactamente em 2011, e o Núcleo da Batalha aceitou esse desafio com entusiasmo, tendo participado com cerca de 20 combatentes, devidamente trajados e enquadrados. Daí até ao presente, nunca mais deixámos de “responder à chamada”, culminada no pretérito “10 de Junho”, em Portalegre, com 26 elementos que, mais uma vez, honraram o nome da Batalha. Mas, entretanto, nestes 9 anos já decorridos desde a nossa 1.ª presença, temos sido sistematicamente convidados pela Direcção da Liga dos Combatentes a integrar outras comemorações oficiais, nas quais esta instituição é parceira, e só nos últimos 12 meses estivemos presentes em 5 desses eventos! O interessante desta nossa assídua participação é que a mesma não é comum à grande

maioria dos restantes Núcleos, desde logo porque a generalidade das cerimónias decorre em Lisboa e a Direcção da Liga, tendo em vista a contenção de despesas, para os Núcleos e para si própria, convida os mais próximos da Capital, razão porque o da Batalha até deveria ser excluído. Acresce que, além do Núcleo de Lisboa (cremos que até o maior do país, em termos de massa associativa), há, ainda, pelo menos, mais 24 ou 25 Núcleos localizados mais próximo da Capital do que o da Batalha, muitos deles com mais associados que nós, mas, em regra, não damos conta da participação da sua maioria nestes eventos. Então porque está a Batalha sempre presente, não raro quase até através de convite personalizado, quando se trata dum Núcleo de pequena dimensão (menos de 500 associados), comparativamente com os restantes? A razão é basicamente a seguinte e cada vez nos deixa mais orgulhosos: organização, motivação, empenho e cumprimento dos requisitos pré estabelecidos! Ora, a Direcção da Liga de há muito que sabe que somos fiáveis, empenhados e cumprimos as regras; estas consubstanciadas especialmente na nossa apresentação uniforme, exactamente como a todos é solicitado, mas boa parte continua a não cumprir. Além do mais, e apesar da nossa pequena dimensão, nenhum Núcleo nos consegue superar em número de participantes directos nestes eventos oficiais e é também aqui que julgamos ter sobejas razões para estarmos orgulhosos. Aliás, não resistimos a dar mais 2 exemplos da nossa vitalidade: nos convívios de natal colectivos, somos o Núcleo que, em geral, mais associados consegue levar; e somos também o único, dos cerca de 110 existentes no país, que dispõe de um grupo coral em actividade! Caramba! Perdoem-nos a imodéstia, mas o Núcleo da Batalha, os seus Combatentes e todos os seus associados são mesmo especiais!


temas • 23

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Para meu contentamento basta-me ao mar vê-lo. Foste à praia? Sim, fui à praia - ver o mar. Vendo o mar estou completa, não sinto necessidade de me molhar. E à medida que os anos passam irei tornar-me, julgo, muito menos exigente ainda - até aqui piso a areia, leio umas páginas de um livro na toalha; tento de quando em quando entrar na água - fria, sempre fria; daqui para a frente, sei, bastar-me-á ao mar vê-lo: poderá ser de longe: da esplanada, da calçada, do comboio em que passe. Gosto de mar e muito, mas não morro de amores pelas suas águas, - estas, as que moram perto de mim - outras há sim, cálidas, mais doces, mas desajustadas do meu quotidiano.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, A Junta de Freguesia tem feito um enorme esforço no sentido de proceder aos trabalhos de limpeza de arruamentos. Conscientes da morosidade desta tarefa, agradecemos a melhor compreensão de todos. Informamos que foi substituída parte da canalização da Fonte do Choupico (Relveiro) – Cividade. Relembramos que é proibido fazer queimas ou queimadas no período compreendido entre 1 de Julho e 30 de Setembro. Aproveitamos para desejar a todos, residentes e emigrantes, umas boas férias!

.saúde.

Ana Maria Henriques Médica Interna

Vacina contra poliomielite, infeção por streptococcus pneumoniae e infeção por neisseria meningitidis C A poliomielite é uma doença causada por um vírus, transmitido por uma pessoa doente, que atinge principalmente crianças pequenas. Não causa sintomas na maioria das pessoas infectadas, no entanto pode causas paralisia em alguns, deixando sequelas para o resto da vida ou mesmo a morte. Entre 1956 e 1965, causou 316 mortes e infectou 2.723 crianças. Esta doença encontra-se oficialmente eliminada em Portugal desde 2002, sendo que o último caso foi descrito em 1986. A vacina é a melhor forma de prevenção, fazendo parte do nosso plano nacional de vacinação desde o seu início, estando actualmente 98% da população vacinada para esta doença (dados de 2014). É

administrada em conjunto com outras vacinas aos 2, 4, 6, 18 meses e finalmente aos 5 anos. A infecção por streptococcus pneumoniae é muito comum e a sua transmissão é muito fácil. Quando esta bactéria atinge pessoas fragilizadas ou crianças muito pequenas pode causar doenças graves, como pneumonias, meningites ou mesmo septicémia (no sangue). A vacina protege contra alguns tipos desta bactéria e é um método muito eficaz na prevenção da doença. Com a introdução desta vacina no plano nacional de vacinação, conseguiu-se uma redução dos casos e a doença foi declarada como controlada. É administrada aos 2, 4 e 12 meses de idade. A infecção por neisseria

meningitidis C também causa doenças como meningites e pneumonias. A vacina protege de alguns tipos desta bactéria e é muito eficaz na prevenção de doença grave. A doença invasiva causada por esta bactéria foi considerada como controlada após a introdução da vacina no plano nacional de vacinação. É administrada em dose única aos 12 meses de idade. A vacinação continua a ser uma arma poderosa no controlo de doenças graves, incapacitantes e mesmo fatais. “As doenças infecciosas e as epidemias devastaram povos e mudaram a história da humanidade”. Está nas nossas mãos a possibilidade de controlar estes pequenos inimigos da raça humana.

O Executivo da Junta de Freguesia

Unidades de Cuidados Continuados Integrados de Saúde José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário

Esta é uma casta de uvas brancas que vendemos para a zona dos vinhos verdes e Galiza. Esta campanha, conseguimos ter uma boa quota de clientes galegos a comprar. Esta casta tem boa afinidade em diversos porta enxertos, nomeadamente, r-110, 196-17, 1103 P, é uma casta cultivada na região demarcada da Galiza, denominada Rias Baixas, logo a seguir à casta Alvarinho. O Cainho Branco tem folhas pequenas trilobuladas, cuneiformes, sendo os seus bagos, como mostra a foto, pequenos, arredondados e soltos. De uma forma geral, dependo dos terrenos e porta enxertos, nomeadamente o porta enxerto 1103 P, que é mais vigoroso, esta casta é um pouco vigorosa. Por isso, devemos fazer uma poda longa, isto é, com vara e talão, para uma melhor produção. E, como é cultivada em regiões mais

DR

Casta de uva Cainho Branco

húmidas, é sensível podridões e míldio. Deve ser conduzida a uma altura média, para melhor arejamento, consumindo, por isso, também mais nutriente e água. A maturação é situação um pouco antes do Alvarinho, podendo considerar-se média. Segundo os enólogos, “dá origem a vinhos secos, florais, com sabor frutado típico”.

Criação de valor em UCCIS A Misericórdia da Batalha, no seu papel de promotora do projecto “CARE4VALUE” – Potenciar a criação de valor em unidades de cuidados continuados integrados de saúde (UCCIS) geridos por IPSS, recebeu no passado dia 18 de Julho de 2019, no seu salão nobre, o seminário final de apresentação deste projecto, partilhando assim os principais resultados desta investigação e respectivas conclusões. Este projecto inovador integrou uma equipa de investigação em conjunto com a Misericórdia da Batalha, nomeadamente: o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Santarém e a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Feitos os cumprimentos e considerações gerais pelo provedor, Carlos Monteiro, e pelo presidente do IPL, Rui Pedrosa, e restantes representantes das instituições envolvidas, o seminário iniciou com um enquadramento de abertura ao tema “Value-based Healthcare”, por João Marques-Gomes, da Universidade Nova de Lisboa, o qual, pela sua dinâmica,

DR

.agricultura.

Sessão foi na Batalha

desmistificou a temática e despertou o público assistente para a sua relevância. Seguiu-se a apresentação do projecto pela equipa de investigação. O “CARE4VALUE” visa desenvolver e implementar um sistema de informação e controlo de gestão, que maximize a criação de valor (resultados em saúde por euro gasto) nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados de Saúde. Os resultados deste projecto-piloto contribuirão para suportar a

decisão por parte dos gestores e das equipas de intervenção, visando a qualidade, eficiência e sustentabilidade destas organizações. Em jeito de encerramento, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, enalteceu esta iniciativa, não apenas pelo carácter científico, mas fundamentalmente pelo contributo da Misericórdia da Batalha no desenvolvimento social do concelho da Batalha. Cristina Agostinho


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temas

.rumos&andanças.

.templosda nossaterra.

Márcio Lopes Docente do IPLeiria

O Arrabal e a Santa Margarida Igreja de Vale de Barreiras

José Eusébio Médico veterinário

Esta igreja foi começada a construir em 9 de Julho de 1977, situada na freguesia de São Mamede, no extremo sul da freguesia e na estremadura Sul do distrito de Leiria, onde vai confinar com o de Santarém. A mesma foi construída pelo povo do lugar de Vale de Barreiras, tendo sido benzida em 14 de Junho de 1981. A Padroeira daquela capela é Nossa Senhora da Assunção, festejando-se naquele lugar no dia 15 de Agosto. O terreno para construir esta capela foi oferecido pelo Sr. José Pedro Cardoso e sua esposa.

Matriz do Arrabal

a São João Batista, a capela do Freixial, com orago a Nossa Senhora da Conceição. Segundo o cónego Luciano Coelho Cristino, já no ano de 1431 existia no Freixial uma ermida a São Bento. O quarto templo – e o de maior referência na freguesia – é, sem dúvida, a igreja matriz do Arrabal, dedicada a Santa Margarida. Segundo Saúl António Gomes (1992), em 1392, em torno de Soutocico e do Freixial já havia comunidades rurais importantes e suficientes para manterem três igrejas: Santa Margarida do Soutocico, e a de São Bartolomeu e São Bento no Freixial. O território de Leiria (concelho) é muito heterogéneo no processo como forma a sua identidade local. Mas, inequivocamente, no caso do Arrabal, é-nos possível identificar os

Soutocico

elementos agregadores da religião e torno de Santa Margarida. Bibliografia

• Comissão Coordenadora das Comemorações do IV centenário da Freguesia do Arrabal (1992). Arrabal. Terra de Santa Margarida. Quatro séculos de História (1ªed). Leira: Junta de Freguesia do Arrabal. • Eliade, M. (1999). O Sagrado e o Profano. A essência das Religiões (1ªed). Lisboa: Livros do Brasil.

Fotos do autor

Fotos do autor

A freguesia do Arrabal, já a beirar o Maciço Calcário Estremenho e o planalto de Fátima, é uma terra indissociável à lenda da Santa Margarida. A lenda é bucolicamente encantadora. É como se estivéssemos dentro de um sonho do pastor Lereno, do poeta Francisco Rodrigues Lobo, no seu romance A Primavera. Por volta do século XVI, uma menina que estava a pastorear o rebanho, a cerca de 500 metros da actual igreja matriz, sentia fome, mas a mãe não lhe dera merenda. Esfomeada e a chorar, naquele exacto momento a menina viu a imagem de uma Senhora que lhe disse, Na arca onde a tua mãe guarda o pão está agora cheia (no dia seguinte) a menina tinha sede e, uma vez mais, a Senhora apareceu, dizendo-lhe, Escava uma pequena grota e a água aparecerá Observando, então, que se tratava da mesma senhora, a menina perguntou-lhe como ela se chamava, e a Senhora respondeu-lhe, Santa Margarida! No século XVI, provavelmente no início do Bispado de Leiria, já sem a tutela directa dos frades crúzios, a construção da ideia religiosa já exercia uma importância vital sobre as populações. Para Eliade (1999), a hierofania, i.e., a manifestação do sagrado é quando algo se revela. A adoração de uma pedra ou de uma árvore, não pela coisa em-si segundo Heidegger, mas pela manifestação do sagrado. Segundo uma lógica weberiana, a religião é a “acção comunitária”, i.e., a acção orientada pelo sentimento das pessoas de pertencerem a um todo. A freguesia tem quatro templos cristãos: a capela da Martinela (1565), cuja padroeira é Santa Luzia. A capela do Soutocico, erigida em 1610 em devoção

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Este é um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam elas receitas tradicionais, culturas diferentes e porque não novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Envie as suas sugestões para: mesa@ jornaldagolpilheira.pt

.gastronomia.

“Em Agosto toda a fruta tem gosto!” Cristina Agostinho

Estamos em pleno Verão e tudo no mês de Agosto tem cheiro a festas, convívio e férias… Mas o mês passa a correr, por isso é melhor aproveitar… Pense num jantar de família, de convívio entre amigos, ao ar livre ou numa varanda bem des-

Salada de ovos mexidos

• Salada de ovos mexidos de Verão • Bifinhos de peru Cordon-Bleu • Gelado de Bolacha-Maria

Bifinhos de peru Cordon-Bleu A pensar num jantar bem leve, mas de sabor intenso, proponho esta receita de bifinhos de peru cordon-bleu. Escolhi o peru, por ser uma carne branca e tenra, mas pode igualmente substituir por bifinho de vitela ou outra carne de sua preferência. Comece por preparar os bifinhos de peru. Os bifes não devem ser muito grandes, para melhor se poderem mexer, nem muito finos,

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Uma re cozinhar nfeição não é apena s in ão Uma refe é apenas confecc gerir alimentos, ionar uma ição será sempre qu u r e cozinha m momento de par efeição. r for um a t cto de am ilha or!

contraída… e animada. É importante preparar algumas bebidas frescas… A sugestão de ementa para este mês é perfeitamente acompanhada do início até ao final com um bom vinho rosé, bem fresco, claro!

DR

Esta salada pode ser feita em qualquer altura do ano, mas no Verão pode ser particularmente enriquecida com pimentos assados ou crus e perfumada com a erva aromática própria desta estação, os orégãos. Também é uma receita adaptável, quer seja para entrada quer seja para um lanche. Lave e corte em cubinhos um ou dois tomates maduros. Asse, pele e corte em pequenos pedaços um pimento verde e um vermelho. Numa frigideira, com um fio de azeite, comece por refogar uma cebolinha roxa e alho picados finamente. Junte uns 4 ovos bem batidos, temperados com sal e pimenta e vá mexendo. Antes de ficarem totalmente prontos, junte o tomate e os pimentos. Misture tudo muito bem, passe para um prato de servir e polvilhe com orégãos. Acompanhe com torradinhas de pão.

À mesa!

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para terem consistência. Tempere com sal e pimenta, passe-os por farinha e reserve. Corte fatias de fiambre e queijo do mesmo tamanho e quantidade dos bifes. Lave e corte alguns cogumelos frescos em fatias finas e salteie-os com uma colher de sobremesa de manteiga; conserve-os em local quente. Derreta mais uma colher de manteiga com um fio de azeite, deixe aquecer bem em lume médio e aloure os bifes de ambos os lados.

Mantendo os bifes na frigideira, coloque sobre cada um uma fatia de fiambre e distribua sobre cada um uma porção dos cogumelos. Rectifique o tempero com sal e pimenta, acrescente um pouco de salsa picada e cubra com uma fatia de queijo. Aconchegue com um caldo de galinha previamente preparado e ainda quente, tape a frigideira e deixe cozer em lume brando até o queijo derreter. Retire os bifinhos para uma linda travessa e guarneça com molhinhos de agriões. Para acompanhar, prepare uma esmagada de batata e cenoura. Descasque batatas e cenouras, corte em pequenos pedaços e leve a cozer com água temperada com sal, adicionando 2 dentes de alho esmagados com a pele. Quando estiverem cozidas, escorra água e esmague tudo. Envolva com uma gema de ovo e uma pequena colher de manteiga e tempere com noz-moscada.

Gelado de Bolacha Maria Bata 3dl de natas com 30 gramas de açúcar até ficarem fofas, deite num recipiente com tampa ou cubra com papel alumínio e coloque no congelador. Mexa de vez em quando, para evitar a formação de cristais de gelo. Esfarele 90 gramas de bolachas e junte 90 gramas de açúcar. Coloque num tabuleiro e leve ao forno quente. Deixe caramelizar o açúcar e as bolachas alourarem, mexendo de vez em quando. Deixe arrefecer e, com a ajuda de um garfo, esmigalhe tudo novamente. Quando as natas estiverem praticamente geladas, deite-as numa tigela bem fria, junte um ovo previamente batido e bata energeticamente. Misture de seguida as bolachas esmigalhadas com o açúcar. Deite num recipiente, tape e leve de novo ao congelador, até o gelado ficar bem firme. Bon appétit, mes chers!

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história

. curiosidades

dopassado.#17

Joaquim Santos Jornalista e investigador

Festejo do Sagrado Coração de Jesus em 1898 A expectativa era enorme para a festividade do Sagrado Coração de Jesus, na Batalha, em 1898. No jornal «Correio de Leiria», afirmou-se mesmo que seriam provavelmente das «mais imponentes solemnidades». “Batalha – No proximo domingo, 18 do corrente, festeja-se nesta villa o Sagrado Coração de Jesus com missa cantada por vocal e instrumental, sendo pregador o Reverendo Conego da Sé de Coimbra exmo. Dr. Manuel Antonio Ramalho. Precederá o dia d’esta festividade um tríduo (nos dias 15, 16 e 17) com praticas feitas pelo mesmo Reverendo Dr. Ramalho. Espera-se por isso que será uma das mais imponentes solemnidades religiosas, que até hoje teem aqui sido celebradas. // Abrilhantarão esta festa as distintas phylarmonicas Batalhense e Maceirense. // S. ”

S., (1898, 15 de Setembro, n.º 188), Batalha, O Leiriense, p. 2

Festa da Trindade de 1900 As primeiras festividades do século XIX, em honra da Santíssima Trindade, na vila da Batalha, foram notícia no jornal «Correio de Leiria» de 7 de Junho de 1900. Às festas da Batalha costumavam ir muitos habitantes de Leiria e de aldeias vizinhas daquele concelho. “Festa da Trindade na Batalha – Deve no domingo próximo celebrar-se na villa da Batalha, a afamada festividade da Santissima Trindade, que costuma ser muito concorrida por pessoas d’esta cidade e das freguezias limitrophes. Depois das solemnidades religiosas do costume haverá grande arraial, e á noite queimar-se-há no largo que defronta com o formoso monumento, um brilhantissimo fogo de artificio.”

Autor desconhecido, (1900, 7 de Junho, n.º 278), Festa da Trindade na Batalha, Correio de Leiria, p. 2

. história .

Saul António Gomes Historiador

Lendas da Batalha - 1 A Batalha Real de Aljubarrota e o próprio Mosteiro da Batalha deram origem a um conjunto de lendas populares em toda a região estremenha circundante. Uma das mais conhecidas é a lenda da Abóbada, à qual Alexandre Herculano deu estatuto literário superior. A memória social das populações vai usar o tópico da “Batalha de Portugal”, como a apelidou o cronista Ayala, que combateu no campo de São Jorge e ficou detido alguns meses no castelo de Óbidos, para discursos de (re) fundação. É o caso dos habitantes da povoação da Calvaria que passam a justificar o nome da sua aldeia por causa da presença, junto de uma fonte vizinha, do rei D. Juan I de Castela: “O mesmo aconteceo”, narração de um historiógrafo de finais de Quinhentos, “a huma fonte, que está aonde chamam a Cavalgaria, onde elRey de Castella junto a ella tinha sua tenda, e se derivou por elle dizer que cavalgaria num cavallo bom, porque aquelle dia da batalha, tinham cesam de quartãs, e ambos aquelles logares e a fonte tomaram aquelle ape-

llido, a hum chamam Cavalgaria de Sima, e a outro Cavalgaria de Baixo. Hum destes logares está en termo de Porto de Mós e outro no de Leiria.” Idêntica narrativa foi avançada para o nome de Aljubarrota, povoação por onde passou, vox populi, o rei vencido: “E paçando pella villa e povoaçam d’Aljubarrota quando hia fugindo, disse, que levava a aljuba rota. E os seus lhe disseram, que pouco importava. E daqui tomou aquella povoassam aquelle nome Aljubarrota, tendo outro appellido.” Na vizinha aldeia da Ataíja, nesse tempo, corria a fama de a

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Zelamos pela sua segurança!

mãe de D. João I, Teresa Lourenço, a Pinheira, ser aldeã dela natural. Em Ourém, existia a tradição de o cruzeiro da Aldeia da Cruz, chamada primitivamente Pedela, ter sido levantado pelo Conde D. Nuno Álvares Pereira, que ali se deteve quando foi dar misteriosa sepultura a um dos irmãos caído na batalha. Contava-se, até, que os castelhanos sobreviventes, com a pressa de se porem a salvo da ira das gentes, viraram “os vestidos as avessas por nam serem conhecidos, e as gentes andavam após elles por esses matos e aqui e alli [os] matavam.”


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. história . Miguel Portela Investigador

A portaria e capela do Colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra: uma obra do arquiteto João Antunes Durante as investigações que temos levado a efeito ao longo dos últimos anos, deparámo-nos com um conjunto significativo de documentos relevantes para a História da Arte em Portugal, os quais temos vindo a publicar em diversas obras, artigos, e muito em particular na imprensa regional de modo a chegar a um público cada vez mais vasto. De entre vários contratos, damos hoje a conhecer o da obra da portaria do Colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra que revela de forma inequívoca ser o risco desta portaria do arquiteto régio João Antunes. A portaria do Colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra: breves notas Não é nosso intuito debruçamo-nos sobre a história do Colégio de S. Pedro já amplamente grafada por autores setecentistas, muito em particular por Manuel Pereira da Sylva Leal (Discurso Apologetico, Critico, Juridico, e Historico…. Lisboa Occidental: Na Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1733), e por Diogo Fernandes de Almeida (Dissertaçaõ Historica, Juridica, e Apologetica,…. Lisboa Occidental: Na Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1732), pelo que, nos iremos focar exclusivamente na obra da portaria executada em 1713. António de Vasconcelos, nos seus Escritos Vários, registou em relação a este colégio: “Construiu-se-lhe um edifício próprio, que limita por Leste o pátio universitário, desde a porta principal de ingresso, actualmente chamada porta-férrea, até topar na rua da Trindade. Ficou a entrada para o Colégio ao lado da porta-férrea, adicionando-se-lhe depois ali o majestoso portal das cariátides, que há menos de setenta anos, foi mudado para a fachada ocidental do edifício; marca o sítio, onde primitivamente estivera êste ostentoso portal, uma simples porta de serviço. (…) Era o portal do novo edifício, contíguo à porta-férrea, rematado por um grande escudo heráldico oval, coberto pela teara pontifícia: - escudo bipartido, tendo na primeira metade as três faixas da família italiana Ghislária, à qual pertenceu o Papa S. Pio V (1566-1572); e na segunda as seis flores de lis usadas pelo Papa Paulo III (1534-1549), da família Farnése. Os dois papas foram – êste o instaurador, aquele o reformador do Colégio. Por isso os seus colegiais o denominaram Sacro e Pontifício Colégio de S. Pedro, sem contudo rejeitarem o epíteto de Real, por haver sido dotado e se conservar sob a protecção dos nossos Reis. (…) Desde então (2 de junho de 1855) é que se considerou definitivamente integrada, no conjunto dos edifícios centrais da Universidade, a casa do Colégio de S. Pedro, e nela se foram realizando as obras convenientes de acomodação e adaptação. Comunicou-se o tôpo do corredor do andar nobre do Colégio com o corredor dos aposentos reitorais, pela abertura duma porta; desmancharam-se internamente muitas paredes divisórias dos quartos dos colegiais, para fazer salas; eliminou-se a linda capela, que ficava na extremidade Norte do corredor do mesmo andar, para aplicar o espaço a sala de jantar, ficando contígua a casa de copa e a cosinha (…)” (VASCONCELOS, António de – “Os colégios universitários”, Escritos Vários relativos à Universidade Dionisiana, reedição preparada por Manuel Augusto Rodrigues, Coimbra: Arquivo da Universidade de Coimbra, 1987, Volume 1, pp. 199, 205-206). A portaria do Colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra Em 10 de abril de 1713, foi lavrado em Coimbra o contrato da obra da portaria do

Colégio de S. Pedro entre o doutor Manuel Nobre Pereira e mais conselheiros do dito colégio, e o mestre de obras de Ançã Manuel Caldeira (Apêndice documental). Encarregou-se Manuel Caldeira de fazer “pella planta que para a dita obra havia feito João Antunes Arquiteto da cidade de Lixboa de huma frontaria digo de huma portaria na forma que se contem na dita planta a qual elle havia asinado de seu nome a qual obra se obrigava a fazer na forma da dita planta”, tudo pela quantia de 450.000 réis. Obrigou-se também a dar a obra feita e acabada até 30 de setembro de 1713, ficando estipulado que esta seria “feita da pedraria que se tirar da pedreira donde sahio a pedraria para o portal da dita Universidade”. Perderia o dito mestre de obras 50.000 réis caso não cumprisse o prazo estabelecido para a conclusão da obra, garantindo-se que nesse caso o “Colegio poderia logo sem mais avizo nem entrepolasão alguma mandar acabar a dita obra a custa delle dito Mestre Empreiteiro metendo Offisiais os milhores que ouver em a dita obra que a acabem perfeitamente na forma da dita planta aos quais se pagarão em dobro ou o que lhe pareser o dito Reitor do dito Colegio em ordem a boa espedesão da dita obra o que tudo sera feito a custa delle dito Empreiteiro e tudo o emportante que se fizer do acabamento da dita obra elle dito Empreiteiro se obriga a pagar da cadea tomado somente pello dito Reitor do dito Colegio”. Manuel Caldeira apresentou como seus fiadores e principais pagadores “Antonio de Oliveira, morador no dito lugar d’Ageiria e a João de Oliveira, Carpinteiro morador nesta cidade na freguezia da Seé”. Cabe também referir, que neste contrato foi declarado pelo “dito Reitor e Conselheiros que sem embargo da planta da dita obra de as armas Reais com todo não seria elle Empreiteiro a fazer as ditas armas e so a fazer a pedra liza e gravando nella as letras que lhe mandarem por e outrossi seria obrigado a por no escudo das armas do dito Colegio as armas que lhe mandarem por ficando da mesma medida”. Chamamos a especial atenção para a circunstância de que neste contrato em momento algum se fazer referência ao portal deste Colégio, o qual ostenta a data de 1713, aceitando-se com algumas reservas que o mesmo possa ser da autoria de João Antunes atendendo às afinidades estilística com algumas obras conhecidas deste arquiteto régio. O livro da contabilidade das contas ordinárias do Colégio de S. Pedro [1699-1740] É precisamente com base no livro da contabilidade do Colégio de S. Pedro, correspondente ao período de 1699 a 1740 que encontramos algumas menções alusivas à obra da portaria e da nova capela deste colégio, assim como à autoria do risco de ambas (Arquivo da Universidade de Coimbra, Colégio de S. Pedro, Livro de Contabilidade – Despesa ordinária 1699-1740, Dep. IV, 1.ªE-7-544). Ficou arrolado nesse livro e no que se refere ao pagamento a João Antunes: “< 24000 de hum risco que fes o Arquiteto João Antunes para a Portaria e Capella do Collegio > Tirararse da arca do Collegio vinte, e quatro mil reis que se derão de hum risco, que fez o Architeto João Antunes para a portaria, e Capella do Collegio; de que eu Sylvestre da Sylva Peyxoto, que sirvo de Secretario do Collegio fiz este termo hoje dia, ut supra [1 de maio de 1713]” (Ibidem, item 1, fl. 52v). Relativamente ao contrato da mesma obra, surge no mesmo livro o seguinte registo: “< 480 que se derão a hum tabelião que fes huma escritura do Collegio > Ti-

rarase da arca do Collegio quatrocentos, e oitenta, que se derão a hum Tabeliião, que fez a escriptura do contracto da portaria do Collegio; de que eu Sylvestre da Sylva Peyxoto; que sirvo de Secretario do Collegio fis este termo; hoje 13 de abril de 1713” (Ibidem, item 1, fl. 52), encontrando-se também averbado “< 300 de hum próprio que foi a Ançam a hum negocio do Collegio > Tirarãose da arca do Collegio trezentos reis para hum próprio que foi a Ançã a negocio do Collegio, de que eu Manoel Gomes de Carvalho, que sirvo de Secretario, fiz este termo, dia, e era ut supra [8 de junho de 1713]” (Ibidem, item 5, fl. 53). No que respeita à nova capela que se fez neste colégio, cujo risco é da autoria do arquiteto João Antunes, ficou averbado de forma explícita apenas a execução das imagens que mandou fazer no Porto para a Cappella > Tiraramse da arca do Collegio trinta, e tres mil seiscentos reis, que se deram á conta das tres imagens, que se mandaram fazer no Porto para a nova Cappella do Collegio; de que eu Manoel Bras Anjo Secretario do Collegio fis este termo em 20 de dezembro de 1714” (Ibidem, item 1, fl. 53v).

Portaria do Colégio de S. Pedro que se encontra reposicionada no pátio interior da Universidade de Coimbra. Foto do autor.

APÊNDICE DOCUMENTAL 1713, abril, 10, Coimbra – Contrato da obra da portaria do Colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra tomada de empreitada por Manuel Caldeira, mestre de obras, sob projeto do arquiteto régio João Antunes. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 15 [1713-1714], do notário Francisco Gomes Pinheiro, Dep. V-1ªE-9-4-25, fls. 11-12. Nota: Este livro encontra-se em mau estado de conservação com algumas partes dilaceradas impedindo a sua total transcrição.

Gravura de Debrié datada de 1733 podendo observar-se a portaria do Colégio de S. Pedro (SYLVA LEAL), 1733: 322).

Contrato da portaria do Colegio de São Pedro da Universidade que tomou por empreitada Manoel Caldeira, Mestre de Obras, morador no lugar d’Ajeiria [sic]. Saibão quantos este publico instromento de contrato e obrigasão de obra na forma de planta pella via que em Direito milhor dizer se possa virem que no anno do Nassimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e setesentos e treze annos sendo aos des dias do mes de abril do dito anno em esta cidade de Coimbra no Colegio de São Pedro da Universidade adonde eu publico Tabalião ao diante nomeado adonde digo nomeado vim adonde estavão prezentes o Doutor João da Costa Leitão Reitor do dito Collegio e o Doutor Sebastião Barreto de Carvalho e do Doutor Manoel Nobre Pereira Conselheiros do dito Colegio todos no fim desta nota asinados e bem asim estava tãobem prezente Manoel Caldeira, Mestre de Obras morador no lugar d’Ageiria [sic] do termo da villa de Ançan todos pesoas conhesidas de mim Tabaliam e das testemunhas deste instromento ao diante nomeadas e no fim desta nota asinadas e logo por elle dito Manoel Caldeira foi dito a mim Tabaliam em prezença das mesmas testemunhas que elle estava contratado com elles ditos Reitor e mais Conselheiros do dito Colegio para efeito de lhe tomar a empreitada a obra que o dito Collegio queria fazer em o dito seu Colegio pella planta que para a dita obra havia feito João Antunes Arquiteto da cidade de Lixboa de huma frontaria digo de huma portaria na forma que se contem na dita planta a qual elle havia asinado de seu nome a qual obra se obrigava a fazer na forma da dita planta por quatrosentos e sincoenta mil reis sem mais outra alguma couza a qual se obrigava a dar feita e acabada na forma da dita planta sem falta // [fl. 11v] sem falta alguma emthe o ultimo do mes de setembro do dito anno a qual obra será feita da pedraria que se tirar da pedreira donde sahio a pedraria para o portal da dita Universidade o que no cazo a que elle não dê feita a dita obra emthe o ultimo do dito mes de setembro deste presente anno no tal cazo perderia elle sincoenta mil reis e não seria o dito Colegio obrado digo obrigado a pagarlhe mais que pella dita obra mais que quatrosentos mil reis e que faltando a dita obra e não a dando completamente feita no dito termo o dito Colegio poderia logo sem mais avizo nem entrepolasão alguma mandar acabar a dita obra a custa delle dito Mestre Empreiteiro metendo Offisiais os milhores que ouver em a dita obra que a acabem perfeitamente na forma da dita planta aos quais se pagarão em dobro ou o que lhe pareser o dito Reitor do dito Colegio em ordem a boa espedesão da dita obra o

que tudo sera feito a custa delle dito Empreiteiro e tudo o emportante que se fizer do acabamento da dita obra elle dito Empreiteiro se obriga a pagar da cadea tomado somente pello dito Reitor do dito Colegio para o que disse elle dito Empreiteiro para tudo asim haver de comprir e fazer a dita obra e dalla acabada emthe o dito dia obrigava sua pesoa e todos os seus bens movens e de rais havidos e por haver e o milhor e mais bem parado delles e que pello comtheudo neste com todas suas duvidas e dependensias se obrigava a responder nesta cidade de Coimbra perante o Doutor Conservador desta Univercidade ou perante outro qualquer Menistro perante quem o dito Colegio o mais quizer obrigar e demandar porque se desaforava do Juis ou Juizes de seu foro que hora tem e possa vir a ter quer seja por previlegio ou por Direito poque todo e qualquer que tinha disse o renunsiava e ferias gerais e espesiais e todos os mais previlegios, leis, direitos e ordenasõis que per si e em seu favor alegar possa e que vendo ao comprimento deste com alguma duvida, demanda ou embargos, sospeisõis ou exeseisõis ou com outra alguma couza que empida o plenário efeito e comprimento deste disse elle dito Empreiteiro Manoel Caldeira não seria ouvido em Juizo nem fora delle sem primeiro e com efeito depozitar toda a quantia dos ditos quatrosentos e sincoenta mil reis presso porque se obrigava a fazer a dita obra tudo em mão // [fl. 12] em mão delle dito Reitor […] ou quem seu poder tiver sem para reseber dar fiança nem se fazer outra alguma obrigasão porque d’agora para então o havia por abonado, esta clauzulla depuzitaria escrevi eu Tabaliam aqui de requerimento delle dito Reitor de consentimento delle dito Empreiteiro perante as testemunhas deste para se haver de cumprir na forma da lei novíssima e que emquanto não fizesse o dito depozito hera contente lhe fosse denegada toda a audiensia, ausão e remedio de Direito e se obrigava mais avendo demanda sobre o comprimento deste de dar e pagar a pesoa que nella andar a duzentos reis por dia contados desde o dia da primeira sitasão the Real emtrega de todo o principal e custas e que para segurança da dita obra se haver de fazer na forma da dita planta emthe o dito ultimo de setembro deste prezente anno aprezentava por seus fiadores principais obrigados a Antonio de Oliveira, morador no dito lugar d’Ageiria e a João de Oliveira, Carpinteiro morador nesta cidade na freguezia da Seé que prezentes estavão pessoas conhesidas das mesmas testemunhas que desserão serem os próprios asima nomeados pellos quais Antonio de Oliveira e João de Oliveira por anbos e por cada hum delles

foi dito a mim Tabaliam em prezença das mesmas testemunhas que elles de suas próprias e livres vontades fiavão ao sobredito Empreiteiro Manoel Caldeira a que elle faça a dita obra pella dita planta e a dê acabada e feita na forma della emthe o dito ultimo de setembro deste prezente anno pellos ditos quatrosentos e sincoenta mil reis como logo com efeito por este publico instromento o fiarão e delle ficarão por seu fiador e principais pagadores toda a feitura da dita obra e satisfasão na forma sobredita como se elles mesmos fosem os mesmos Empreiteiros e obrigados para cuja satisfasão diserão que obrigavão suas pesoas e todos seus bens movens e de rais havidos e por aver e o milhor e mais bem parado delles e que elles se obrigavão como fiadores, principais pagadores com todas as condesõis, clauzullas deste escretura porquanto debayxo de todas ellas sometião a tudo comprir e asim o deserão e outorgarão, e asinarão esta sua fiança e declarou elle dito Reitor e Conselheiros que sem embargo da planta da dita obra de as armas Reais com todo não seria elle Empreiteiro a fazer as ditas armas e so a fazer a pedra liza e gravando nella as letras que lhe mandarem por e outrossi seria obrigado a por no escudo das armas do dito Colegio as armas que lhe mandarem por ficando da mesma medida // [fl. 12v] da mesma medida […] pellos mesmos Reitor e Conselheiros […] obrigavão em nome do dito Colegio a darem a dita quantia de quatrosentos e sincoenta mil reis pella dita obra sendo ella feita e acabada na forma da dita planta emthe o dito ultimo de setembro para o que deserão que obrigavão os bens e rendas do dito seu Colegio e por esta maneira ouverão este instromento de parte a parte por firme e valiozo e o mandarão fazer nesta minhanota em que asinarão de que pedio e consedeu elle Empreiteiro hum instromento deste theor para o dito Colegio e eu Tabaliam asim o estipulei e aseitei tanto quanto em Direito devo e posso. Testemunhas que a tudo forão prezentes Antonio da Costa Ferreira, Estudante natural de Guimarais e Manoel Rodrigues, Criado do Doutor Manoel Galvão Colegial do dito Colegio que todos aqui asinarão com elles prezentes depois deste ser lido por mim Francisco Gomes Pinheiro Tabaliam que o escrevi. (a) Manoel Caldeira (a) Antonio da Costa Ferreira (a) Antonio de Oliveira (a) João de Oliveira Gomes (a) Manoel Rodriguez (a) João da Costa Leytão (a) Sebastião Barreto de Carvalho (a) Manoel Nobre Pereira


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sugestões de leitura

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

Paulus Editora . Espiritualidade . Batizados e Enviados - A igreja de Cristo em missão no mundo

Congregação para a Evangelização dos Povos Obras Missionárias Pontifícias

«Que o Mês Missionário Extraordinário venha a ser uma ocasião de graça intensa e fecunda para promover iniciativas e intensificar de modo particular a oração – alma de toda a missão –, o anúncio do Evangelho, a reflexão bíblica e teológica sobre a missão, as obras de caridade cristã e as acções concretas de colaboração e de solidariedade entre as Igrejas, de tal modo que desperte em nós, e jamais nos seja arrebatado, o entusiasmo missionário.» – Papa Francisco.

Moinho da Memória Carlos A. Moreira Azevedo

A metáfora do título evoca o processo do fazer da história. A história religiosa entrelaçada com a vida política tem algo de descoberta da energia que move pessoas e instituições, da identificação de mecanismos interligados, produtores de factos e criadores de ideias. Neste livro entrego aos leitores algumas horas passadas junto do moinho das fontes para lhes retirar o alimento orientador dos nossos passos. O leitor facilmente se apercebe dos contextos motivadores destes trabalhos, nascidos como serviço a quem me interpelou para reflectir ou dar a conhecer personagens e factos marcantes da memória, necessitada de ser reavivada. O Espírito que pairava sobre as águas, na página poética do Génesis, toma carne na história com a força dinâmica das utopias com lugar situado, em mentes e corações dispostos ao voo da esperança. O texto final põe os pés no terreno do futuro próximo. De certo modo, estes estudos constituem pedras e material para mostrar o movimento da azenha e também os entraves que encontrou para conceder, a cada momento percorrido, pão que nos alimente o futuro.

Aura Miguel convida Aura Miguel

Semanalmente, Aura Miguel, na Rádio Renascença, entrevista pessoas muito variadas, umas famosas, outras nem tanto, mas todas elas com um percurso humano que vale a pena conhecer de perto. Ou seja, pessoas vivas, com uma saudável inquietação humana – por oposição a uma espécie de anestesia que cresce à nossa volta. Neste livro, apresenta-se uma selecção de algumas dessas histórias pessoais, de personalidade públicas, que ajudam a pensar no essencial da vida e no que vale realmente a pena.

Fátima Campos Ferreira entrevista Manuela Eanes Fátima Campos Ferreira

«Olhando para trás, e até aos tempos de hoje, há características que nunca se apartam da sua personalidade, da sua maneira de ser e de agir. O sentido de missão e, portanto, de serviço aos outros. As fortes convicções, desde logo religiosas. A crença inabalável numa caminhada da Humanidade para mais e melhor respeito da Pessoa, da sua dignidade, dos seus direitos, da sua afirmação social. A capacidade de liderança. A determinação na definição de objectivos e na sua prossecução. A ilimitada devoção ao trabalho. A discreta finura no lidar com os demais, superiores, pares e subordinados. A criação de espírito de equipa. A alegria de viver. A espontaneidade e genuinidade da aproximação aos problemas e aos seus portadores. A lucidez desconcertante no tornear os obstáculos. A intuição constante, mesmo se subtil na sua expressão.» – Marcelo Rebelo de Sousa, Prefácio. Os direitos de autor desde livro revertem a favor do Instituto de Apoio à criança (IAC).

D. Jorge Ortiga - Semeador da alegria e da unidade

A menina Alexandrina de Balasar

Dom Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e primaz das Espanhas, é o bispo há mais tempo em funções em Portugal. É uma personalidade que marcou a Igreja em Portugal nos últimos 40 anos. A sua vida é uma feliz divina coincidência, com todos os movimentos pós Concílio Vaticano II, sem esquecer a dura realidade da luta pela liberdade no 25 de Abril, e principalmente nos anos que se seguiram à Revolução dos Cravos. Arquitecto de uma vida em Igreja em busca da unidade, contra a uniformidade. Apesar dos seus 75 anos, e de já ter entregue a renúncia ao Papa Francisco, são os seus colaboradores directos que, mesmo sendo mais novos, falam do seu ritmo acelerado de trabalho, que não lhes deixa tempo para respirar. A sua visão da Igreja e da fé está em constante mutação, na procura daquilo que melhor serve a Deus, e consegue, também, manter uma relação próxima e íntima com a sua irmã e sobrinhos, aproveitando o tempo em família para desocupar a cabeça e descansar.

Alexandrina de Balasar foi uma menina muito traquinas, mas sempre sensível aos mais frágeis, amiga de Jesus e boa filha. Adoeceu jovem e ficou acamada até aos cerca de 50 anos, ficando famosa pelo seu amor a Jesus-Eucaristia. Neste livro para colorir descobrirás muitas outras coisas sobre a Alexandrina, que está a caminho de ser santa…

Ricardo Perna

Com o coração nas mãos

Marta Arrais, Emanuel Dias

Com o coração nas mãos é uma colectânea de 52 textos de Marta Arrais e Emanuel Dias. Uma reflexão para cada semana do ano. Uma companhia para quem gosta da aventura do mundo interior. Alimento para as nossas almas num mundo cada vez mais complexo e de opiniões fáceis que nos afastam da Verdade. Os autores são cronistas do site iMissio, lidos e seguidos por muitos amigos e corações inquietos que procuram saciar a sua “fome de Deus”. São dois jovens que pensam e sentem como jovens, partilham as suas reflexões, inquietações, indignações. Mas, sobretudo, inspiram, entusiasmam, contagiam alegria, esperança e fé.

Pode-se Viver Bem

- 50 receitas psicológicas prontas para usar Pietro Piumetti

Nestas páginas encontram-se conselhos práticos para melhorar a saúde psicofísica. A fórmula é a de uma «receita psicológica» que, como qualquer outra receita, pode ser executada de modo integral ou então modificada em conformidade com os «ingredientes» que cada um tem à sua disposição, descobrindo a mais apta para cada ocasião. De facto, foram aqui recolhidas, de várias correntes psicológicas, algumas técnicas para prevenir, curar e tratar tantos problemas comuns da vida de todos: ansiedade; stresse; medos; depressão; somatização; tiques nervosos; insónia; fobias; obsessões; dependência afectiva; conflito de casal; luto; entre outros. São apresentadas também várias técnicas para potenciar a concentração, a memória, a criatividade e o relaxamento.

Matrimónio nulo? Catarina Gonçalves

A declaração de nulidade matrimonial foi durante décadas um assunto pouco explorado e pouco aprofundado na esfera externa da Igreja. Não é reduzida a margem de ignorância manifestada pelos fiéis baptizados sobre o assunto, queixando-se por vezes de que este tipo de processos tinha só e apenas um único destinatário: a classe social alta. Hoje, vivemos um momento reversível da situação, que se deve sem dúvida ao espírito revolucionário e aberto do actual Romano Pontífice. Neste livro, analisa-se a doutrina canónica sobre este complexo tema, sobretudo a partir da clarificação que veio trazer o “Motu Proprio: Mitis Iudex Dominus Iesus”, publicado pelo Papa Francisco em 2015.

Livro para colorir

Não eu, mas Deus

- Biografia espiritual de Carlo Acutis Ricardo Figueiredo

Participar da Eucaristia é estar diante de Jesus, realmente presente. Antes de mais, Carlo teve uma consciência muito clara e profunda da presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Tinha uma rara percepção deste mistério, que hoje em dia, tantas vezes, é ignorado ou desprezado pelos católicos. Carlo sublinhava este especto de uma forma muito concreta. De tal forma que construiu com a ajuda dos pais uma exposição sobre os milagres eucarísticos no mundo. Viveu verdadeiramente como Apóstolo da Santa Missa e procurava que muitos participassem na celebração. Finalmente, podemos ver na sua vida um binómio fundamental: a comunhão e a adoração eucarísticas. Indissociáveis uma da outra, encontram em Carlo uma profundidade sem igual.

Homem e mulher os criou

- Para uma via de diálogo sobre a questão de género na educação Congregação para a educação católica

A Congregação para a Educação Católica, no âmbito das suas competências, pretende agora oferecer algumas reflexões que possam orientar e encorajar quantos estão empenhados na educação das novas gerações para fazer face, com método, às questões mais actuais acerca da sexualidade humana, à luz da vocação para o amor a que cada pessoa é chamada. Deste modo pretende-se promover uma metodologia articulada nas três atitudes de escutar, de analisar e de propor, que favorecem o encontro com as exigências das pessoas e das comunidades.

Um coração sem fronteiras George Auduc

Ana Maria Javouhey nasceu em 1779, na Côte-d’Or, França, numa família de camponeses. Sentindo-se chamada a lutar contra o sofrimento e a ignorância, aos 27 anos funda a Congregação das Irmãs de São José de Cluny. No conturbado período do início do século XIX, abre escolas em França e cuida os doentes. Mas depressa o serviço de Deus a chama a ultrapassar estes horizontes. Envia religiosas para todos os continentes, em veleiros dependentes dos caprichos dos ventos: ilha Bourbon, Antilhas, Guyana, Senegal, etc. Acreditando na dignidade inalienável de todo o ser humano, prepara centenas de escravos para a liberdade. Esta obra, que se apoia na sua correspondência, evidencia a fonte dos seus empreendimentos sobre-humanos: a oração, a leitura quotidiana do Evangelho, a confiança inabalável em Deus, a devoção a São José e a Nossa Senhora.


sugestões de leitura • 29

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

A volta ao mundo em 80 dias

Primeiros tratados de música

Primeiras Obras de Dramaturgia

Círculo de Leitores

Círculo de Leitores

Círculo de Leitores

Em todas as bibliotecas, existem livros intemporais. Foram inúmeras as gerações que os leram e amaram. Que viajaram com Gulliver, exploraram com Phileas Fogg ou riram com Josephine March. Agora, o Círculo de Leitores reúne todos estes personagens numa magnífica colecção com belíssimas ilustrações da artista italiana Francesca Rossi. Numa edição de grande formato e com mais de 50 aguarelas e desenhos, esta obra do francês Júlio Verne, é um autêntico modelo para contos e livros vindouros. A corrida eufórica contra o tempo do excêntrico Phileas Fogg e do seu fiel mordomo Passepartout numa volta ao mundo, para ganhar uma aposta, é aqui apresentada numa edição cuidada e moderna, graças às magníficas ilustrações de Francesca Rossi, uma artista que capta de forma sublime e delicada a atmosfera da narrativa, em mais de 50 aguarelas e desenhos. 115.200 minutos: este é tempo que o inglês Phileas Fogg tem para deixar a Europa, atravessar os oceanos, atravessar a Ásia e os Estados Unidos e regressar a Inglaterra. Será que este cavalheiro determinado vai ser capaz de superar as incontáveis e inesperadas dificuldades na sua volta ao mundo e ganhar a aposta?

“Primeiros tratados de música” reúne num mesmo volume os dois primeiros tratados teórico-musicais simultaneamente de autoria portuguesa inequívoca, escritos em português e publicados em Portugal: a Arte de cantochão de Pedro Talésio (1618) e a Arte de música de canto de órgão e cantochão de António Fernandes (1626). Estes foram durante cerca de seis décadas os dois textos de didáctica musical de autores nacionais que mais impacto tiveram na formação de gerações sucessivas de jovens músicos portugueses e que mais nos ajudam hoje a reconstruir o universo das referências teóricas internacionais que regeram a composição e a prática musicais no nosso país no século XVII.

A fonte do teatro português moderno e contemporâneo reside no século XVI como um todo. É o seu berço e o seu princípio. É no conjunto de autores daquele século, e nas suas obras, que se encontra o elã vital de onde emana a arte portuguesa de representação teatral. Há, portanto, que registá-lo no seu todo e não sobrevalorizar um ou outro autor. Assim, «Primeiras Obras de Dramaturgia» percorre, no contexto da produção teatral, o arco literário irrepetível que vai de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno e Auto de Inês Pereira) a Jorge Ferreira de Vasconcelos (Comédia Ulissipo), passando por figuras e obras fundamentais da dramaturgia portuguesa de Quinhentos como Anrique da Mota (A Vasco Abul), Afonso Álvares (Auto de Santo António), Baltasar Dias (Tragédia do Marquês de Mântua e do Imperador Carlos Magno), António Prestes (Auto dos Dois Irmãos), António Ribeiro Chiado (Auto das Regateiras), Francisco Sá de Miranda (Os Estrangeiros), António Ferreira (Castro) e Luís de Camões (Filodemo).

Júlio Verne Ilust. Francesca Rossi

Col. Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa – Vol. 20 Coord. Rui Vieira Nery

Os jogos da minha infância Guerra e Paz Editores

Lembra-se dos jogos que fazia quando não havia tecnologia por todo o lado? O jogo do galo, a cabra-cega ou a macaca garantiam horas de animação! Com este livro, vai poder recordá-los e jogá-los em família ou com amigos. E vai poder mostrar aos seus filhos e netos como se fazia a brincadeira a sério! São dezenas de propostas, para dentro e fora de casa, que passaram de geração em geração, óptimos para ocupar pequenos e grandes nas férias e nos tempos livres, de forma didáctica e muito divertida. Da próxima vez que quiser arrancar os mais novos do telemóvel ou do sofá e eles disserem que “não há mais nada para fazer”, basta puxar por este livro da prateleira e dizer: “escolhe!”.

Educar os filhos na fé Robert Cheaib Paulinas Em relação à responsabilidade dos pais na transmissão da fé a seus filhos, não é raro ouvir-se, por vezes, a afirmação: «Quando forem crescidos, eles escolherão.» Para o autor, esta afirmação apenas parece revelar alguma ingenuidade, pois, como ele acrescenta, a mente das crianças não são páginas que se mantenham em branco até à idade adulta, e, se nelas os pais não plantarem uma semente, alguém as semeará por eles, e, provavelmente, com sementes diferentes, ou mesmo contrárias. Como pais, não se deve, de forma absoluta, delegar a outros a responsabilidade da educação dos filhos, tão-pouco a educação na fé.

Um Amor do Passado Kristin Hannah

Círculo de Leitores Pode um amor do passado mudar o rumo do futuro? Madelaine Hillyard é uma cardiologista brilhante. Uma mãe extremosa, amiga carinhosa e uma mulher insegura. Esta é a história da sua filha, Lina, uma jovem rebelde que se vai tornando numa estranha, e dos dois homens que Madelaine ama: Francis, um padre em busca da sua fé, e Angel, um homem talentoso, mas cínico. Quando a tragédia os reúne novamente, têm de aprender a perdoar as traições do passado e de encontrar a coragem para amar novamente. Comovente e inspiradora, é uma história sobre as linhas frágeis que unem as nossas vidas e os milagres dos nossos dias, os da medicina e, talvez, os que não são deste mundo.

Gambiarras de luz

Cardeal Seán O’Malley, ofm, cap Paulinas A apresentação deste livro é da pena do grande teólogo e pregador Raniero Cantalamessa, que, ao aludir ao autor, Cardeal-Arcebispo de Boston, diz que ele patenteia uma virtude suprema nas suas comunicações: o uso abundante de imagens, símbolos, metáforas, parábolas, histórias vividas, referências concretas à vida e interesses das pessoas, ou seja, vai sempre revestindo de «carne» os conceitos mais abstractos. Mas o que lhe se afigura mais curioso é que esta forma de comunicar não revela nenhuma originalidade, pois era já o método usado por Jesus. E também, à semelhança do Mestre dos mestres, «a doutrina e o dogma estão tudo menos ausentes nestes discursos “circunstanciais”, mas são propostos de maneira diversa dos manuais e do próprio Catecismo da Igreja Católica». «O leitor é aqui convidado a recriar o clima, a tornar-se ouvinte mais do que leitor. […] As homilias de O’Malley são salpicadas de pequenas histórias, memórias pessoais, anedotas, imagens que cumprem esta lei fundamental da comunicação.»

Col. Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa – Vol. 7 Coord. Miguel Real e Ricardo Ventura

Amélia de Orleães Margarida Durães Temas e Debates Elegante, amável e culta, D. Amélia parecia ser a esposa ideal do rei D. Carlos. Como mãe, foi uma educadora atenta e exigente, preparando os filhos para cargos que não exerceriam. Porém, o «ofício» de rainha consorte foi mais além. No ramo do bem-fazer, graças à sua iniciativa modernizaram-se os sectores da saúde pública e da assistência social em Portugal, estando a sua memória associada a várias instituições criadas durante o seu reinado, sendo de destacar o Dispensário de Alcântara (1893), o Instituto Bacteriológico de Lisboa (1892), a Assistência Nacional aos Tuberculosos (1899) e os sanatórios instalados por todo o país. No ramo das artes, como grande apreciadora do nosso património histórico, devem-se-lhe muitos restauros e objectos que se encontram nos palácios e museus portugueses e, sobretudo, a criação do Museu dos Coches (1905). A 1 de Fevereiro de 1908 presenciou o assassinato do marido e do filho mais velho, e, no dia 5 de Outubro de 1910, foi obrigada a partir «do país ao qual tudo tinha dado, tudo tinha sacrificado e que todas as dores e todas as amarguras lhe tinha feito sofrer». Faleceu em Outubro de 1951 no Château Bellevue, em Versalhes. Os seus restos mortais foram trasladados para Portugal, onde lhe foram prestadas as últimas homenagens, como rainha de Portugal, antes de serem depositados no Panteão dos Braganças, ao lado do marido e dos filhos.

que fala, o d u m m u é ro v li «O nde, um surdo que reuspeoguia, P. António Vieira, um cego q Teólogo/Escritor (1608-1697) » um morto que vive

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poesia/ /obituário

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e uma a folhas quarenta e duas, do Livro Duzentos e Quarenta e Dois - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, no exercício dos poderes conferidos pela deliberação n.º 2018/0121/G.A.P. de vinte e seis de março de dois mil e dezoito, constante da ata nº.06/2018, da Câmara Municipal, declara que com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de duzentos e cinquenta e nove metros quadrados e logradouro com a área de mil e oito metros quadrados, sito na Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, nº.685, Bico Sacho, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1363, que provém do artigo 1354, com o valor patrimonial de €63.520,00. Que o Município da Batalha adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e setenta e nove, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência da referida transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião Batalha, dezanove de junho de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Golpilheira, n.º 256, 29-07-2019

Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

. Poesia . Lágrimas da natureza

Convite divertido dos amigos 2019

Aonde poiso?

Debruço-me nesta janela O povo sorri Deste carro parado E com razão Qual será o meu estado Das lágrimas que não vi Na vida penso nela Apenas resta carvão. Alvitro mil sugestões Era tempo de ver Adoro me descobrir O tempo mudar Escondo o rosto sem sorrir Já começou a chover Já não estou, para ilusões A natureza estava a chorar. Amar será sempre amor Sem tempo de tempo, Ninguém me troca, minhas ideias O Vento soprou lá fora Ando de socas, sem meias Anunciando a mudança na hora De algo, dou valor Já era tempo. Não importa o que me digas Copiosamente está chovendo, Meu coração, é sempre meu Sorri parte do nosso olhar Nem sei o que me deu Vou apenas escrevendo Já não estou para intrigas O que vai no meu pensar. A quem merece, dou valor As lágrimas vão caindo, Não faço juízo final Embebedam o meu rosto Sou juíza em tribunal Por vezes vão saindo Meus éditos, são verdades de amor Sentido de cada momento Vaz Pessoa O desgosto. A natureza Comanda a nossa vida Deixa-nos momentos de tristeza E tanta solução perdida. Há um poder sem explicação, Que caminha ao nosso lado Temos de dar a justa razão E dar o valor por confirmado. Lágrimas são duros desabafos Do sentir a real natureza São perdidos enormes pedaços Que da vida são a beleza. José António Carreira Santos - 24-11-2017

. obituário . AGRADECIMENTO

José Henriques Videira N. 09-08-1924 • F. 15-07-2019

Seus filhos, genros, noras, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

Foi óptima toda a camaradagem! Mais um ano quisemos festejar, Na cidade de Leiria foi lugar apropriado Foi benéfico, não ser preciso o almoço marcar. Este dia é inesquecível Talvez para muita gente, Por ser dia do Corpo de Deus Para o catolicismo É um dom divino e decente. Todos tivemos boa ideia Para convivermos em união, Lembrando coisas passadas e gargalhadas Risos e costumes da época com moderação. Eu tinha dificuldade em subir as escadas Os colegas pediram ajuda a uns senhores, Muitos riram-se à gargalhada Ao verem eu subir num moderno elevador. O almoço foi excelente Tinham muito onde escolher. Esteva tudo óptimo e saboroso Comer bem, é preciso saber. Nesse belo almoço Tenho muito a agradecer. A Fernanda também me ajudou O que me fosse necessário ia-me fornecer. A seguir vieram as sobremesas Apenas o melhor fomos saborear, Como nós não somos nada gulosos Os gelados também tinham bom paladar. Por este ano a meta já foi alcançada! No próximo ano, se não houver contrariedades, Despedimo-nos uns dos outros e bem-dispostos; Mas não esquecemos os amigos falecidos Deixaram-nos muitas saudades. Cremilde Monteiro, 15/7/2019

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

António Marques Monteiro

Maria do Rosário Frazão

N. 25-05-1952 • F. 06-08-2019

N. 11-11-1927 • F. 21-07-2019

Seus filhos Maria do Rosário Matos, Maria Odete Matos, José António Matos, Armando Matos, Maria Madalena Matos, Maria de Fátima Ferreira, Gracinda Matos, Adelino Matos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus, a acompanharam até à sua última morada.

Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz

Sua esposa Maria Fetal Santos Marques, filhos Nélson Monteiro, Sérgio Monteiro, Tiago Monteiro, Mariana Monteiro, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…

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OBITUÁRIO

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

. telefones úteis .

Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

112 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

. Tintol & Traçadinho . Venho da festa!

Vou para a festa!

Vou para a festa!

festar . recordar é viver .

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. ficha técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about

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de Joaquim Vieira

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Penso tratar-se de um par de noivos “remediados”, uma vez que ele é portador de umas pequenas correntes e ela de um cordão em ouro. Tratou-se de uma união da primeira vintena do século XX. A indumentária está de acordo com a que se usava naquela altura. | MCR

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O desenho da ‘Melita’

Nem todos têm a sorte de ter um desenho destes. Há quem tenha dezenas (ou serão centenas?). São trabalhos artísticos que até já tiveram direito a exposição (várias vezes). Quis o destino que nunca tivessem sido publicados no jornal e a artista – Amélia, mais conhecida por ‘Melita’, para os amigos – fez questão de chamar a atenção para o lapso. Cá fica reposta a justiça. Nesta edição, não há foto em destaque, mas sim um desenho em destaque. Quem sabe se não nasce aqui uma nova rubrica... Já agora, para os mais distraídos, fica uma dica: são desenhos que só se entendem bem se forem vistos com o coração...

EXTRACTO/JUSTIFICAÇÃO Notária: Maria José Andrade Coutinho CERTIFICO, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de Justificação lavrada no dia um de Julho de dois mil e dezanove, no Cartório Notarial de Fátima, a cargo da notária Maria José Andrade Coutinho, sito na Avenida D. José Alves Correia da Silva, Edifício Vela Sul, número 2, primeiro C, exarada de folhas cento e quarenta e sete a folhas cento e quarenta e oito verso do livro de notas para escrituras diversas “Quarenta e quatro – A”: PRIMEIROS: EMÍLIO MARQUES CARREIRA, NIF 192.424.440, e MARIA OLINDA DOS PRAZERES CARREIRA, NIF 192.386.719, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, ela da freguesia de Fátima, concelho de Ourém, residentes na Rua da Lagoa, número 7, Moita do Martinho, referida freguesia de São Mamede, titulares dos cartões de cidadão números 04456929 7ZY9 válido até 15/01/2020 e 08360266 6ZY2 válido até 15/01/2020 emitido pela República Portuguesa. PELOS PRIMEIROS OUTORGANTES, FOI DITO: Que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte: Três oitavos do Prédio Rústico, composto por terra de cultura, vinte e seis oliveiras, mato e árvores dispersas, sito em Chousa, inscrito na matriz sob o artigo rústico 4366, com o valor patrimonial de 22,13€, valor atribuído neste acto, da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número oito mil quatrocentos e setenta e três/São Mamede, registada a aquisição de cinco oitavos a favor de Ilda Maria Mendes Vieira, conforme apresentação duzentos

e trinta de onze de Junho de dois mil e catorze, estando ainda omisso a titularidade dos restantes três oitavos. O que tudo verifiquei pela consulta à certidão permanente com o código de acesso PP-1886-44822-100403-008473. Que, os três oitavos do referido prédio, que se encontram omissos, vieram à posse do primeiro outorgante, Emílio Marques Carreira, ainda no estado de solteiro, maior, em mil novecentos e setenta, por doação verbal de Manuel Mendes Marques, seu avô, residente que foi no lugar de Moita do Martinho, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha. Que, deste modo, após a referida doação passou, de facto, a possuir o dito prédio em nome próprio, tendo pago desde sempre os respectivos impostos, cultivando e plantando árvores, amanhando a terra, posse que sempre foi exercida por ele de forma a considerar tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercer um direito próprio sobre coisa própria. Que, esta posse assim exercida ao longo de quarenta e nove anos se deve reputar de pública, pacífica e contínua. Assim, na falta de melhor título, os primeiros outorgantes adquirem o mencionado prédio para seu o património, na constância do casamento, por usucapião, que aqui invoca, por não lhe ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais. Fátima, Cartório Notarial, 04 de Julho de dois mil e dezanove. A Notária, Maria José Andrade Coutinho Jornal da Golpilheira, n.º 256, 29-07-2019


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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2019

divulgação

Concertos gratuitos e muita outra vida além da música

Seu Jorge (dia 14), Amor Electro (dia 15), Anjos (dia 16), Matias Damásio (dia 17) e José Cid (dia 18) são os nomes e rostos principais do cartaz das festas de Agosto deste ano na Batalha. Artistas de topo, como já nos habituou o certame que, anualmente, anima os dias em redor do Feriado Municipal. Sempre com entrada gratuita, na zona do antigo campo de futebol, as noites serão ainda abertas por organistas e duos de baile (Pedro Nobre, Célia e Luís, Licínio e Leonel, David e Rute, Ritmo Caliente) e encerradas por DJ (Miguel Chagas e Paulo Granada, Tiago M e Oskar, André Cerqueira e Pedro Cazanova, Sara Santini) na tenda electrónica (lá estarão os Veteranos do CRG com balcão de venda de bebidas). No dia 17, a música de dança sairá da tenda para o palco principal, com a dupla de DJ da RFM “Rich & Mendes”. O recinto dos festejos voltará a acolher tasquinhas PUB

tradicionais, garantidas pelas associações concelhias, zona de diversões, bem como uma exposição de viaturas, máquinas agrícolas e produtos regionais. E não esquecer que, como sempre, tudo começa no fim-de-semana anterior, com a Gala Internacional de Folclore organizada pelo rancho Rosas do Lena junto ao Mosteiro (ver cartaz neste jornal), e tudo termina com a Pirotecnia Batalhense a ribombar nos céus.

Cultura e desporto

Mas mais vida haverá fora deste recinto. No dia 14, entre as 10h00 e as 18h00, será gratuita a visita ao Museu da Comunidade Concelhia. Já nos dias 14, 15 e 17, sempre às 19h00, no Mosteiro da Batalha, o grupo de teatro “O Nariz” apresentará a sua mais recente produção: “História de Nuno Álvares Pereira – Santo Condestável” (as inscrições,

limitadas a 90 pessoas por sessão, são gratuitas e obrigatórias em reservas.cm-batalha. pt”. Na galeria Mouzinho de Albuquerque, será inaugurada uma exposição de pintura de Artur Franco, no dia 17, às 17h30. Noutro âmbito, o desporto marca a habitual presença, com torneios de futebol masculinos e femininos inter-freguesias, torneios de xadrez e de jogos electrónicos, bem como (dia 15) as conceituadas prova de atletismo “Batalha Jovem” (09h20) e “Mestre de Avis” (10h20) e uma caminhada pela vila (10h30), cujas receitas revertem para o Escutismo da Batalha (inscrições em lap2go.com).

História e voluntariado

O Feriado Municipal, dia 14, começa com o hastear das bandeiras, nos Paços do Concelho, pelas 09h45. Segue-se a inauguração da Casa do Conhecimento e da Juventude

DR

As grandes festas que a Batalha dá

P. Lino Maia é o convidado para a sessão do Dia do Município

(antigo hospital da Misericórdia, às portas da vila) e a sessão solene, nas Capelas Imperfeitas, este ano dedicada ao tema “Voluntariado e o seu papel social”. Terá como convidado especial o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), com uma longa experiência na direcção de IPSS e já condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande-Oficial.

No âmbito deste tema, serão homenageadas algumas pessoas que se destacaram na dedicação voluntária ao bem comum, como são os bombeiros José Soares, José Pragosa, Alberto Moreira e José Pinheiro, fundadores dos Voluntários da Batalha (1978) e ainda no activo. Outros dois serão da Golpilheira, ambos a título póstumo, pois infelizmente já falecidos: Mário Costa, com relevante actividade social e na formação musical, e Lurdes Fernandes, professora de ensino especial e dinamizadora da Associação Casa do Mimo. A manhã terminará na Capela do Fundador do Mosteiro, com a evocação da Batalha de Aljubarrota, seguindo-se o tradicional almoço com os emigrantes batalhenses, no recinto das festas. O programa completo das Festas da Batalha pode ser consultado em municipio-batalha. pt/FestasBatalha.pdf. LMF


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