JG_252 Novembro/Dezembro de 2018

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Grande reportagem

Festival de folclore, festas da catequese, convívios, propostas sociais e culturais

Temas

Ambiente, desporto, política, finanças, história, literatura, saúde, humor...

!

Oefstaeredtiçaão n

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24.ª Semana Cultural da Golpilheira trouxe um Novembro rico de iniciativas e vida

Eventos

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O Banco da (nossa) terra.

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXIII | Edição 252 | Novembro / Dezembro de 2018

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • www.creditoagricola.pt

Esta edição está cheia da

Magia do Natal Nesta foto, os meninos do jardim-de-infância cantam na festa das escolas. Na página 3, contamos como foi e mostramos fotos dos artistas do 1.º ciclo. E muitas mais podem ser vistas no facebook do Jornal.

E no dia 21 de Dezembro, sexta-feira, às 21h00, a festa de Natal para todas as crianças regressa ao Centro Recreativo da Golpilheira, animada pelas turmas de hip-hop!

a Boas Fest

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Feliz Natal e Óptimo Ano Novo PUB

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votos de Os nossos s

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

abertura

.editorial.

. cadernomensal . José Travaços Santos, Etnógrafo e investigador

Chegou! Chegou o Natal e o fim de mais um ano. Não há muito a dizer. É tempo de festa, de alegria, de sorrisos e desejos de felicidade procurados e partilhados. É também tempo de oferta, de solidariedade, de mais atenção à família, mais simpatia com os vizinhos, uma disposição mais próxima do diálogo e da concórdia. Numa palavra, tempo de Amor, o outro nome desse Menino que nasce. Idealmente, um tempo que deveria prolongar-se por cada um dos dias do novo ano. Este é também um tempo de gratidão. Por mais um ano vivido, por tudo o que de bom nos aconteceu, pela coragem que tivemos para suportar as contrariedades. No caso deste seu Jornal da Golpilheira, gratidão pelo carinho, apoio e companhia continuada de leitores, assinantes e anunciantes, que lhe permitiram chegar aqui. Esperando também nós continuar a merecer esse carinho, deixamos os nossos votos de Boas Festas e… até para o ano!

Caravela Na barca que inventámos feita de sobro e azinho aberta aos novos ventos às ondas doutros oceanos rasgámos um novo caminho inaugurámos outros tempos. Pequena e tosca barca governada pelos sonhos que a tornaram capaz de vencer perigos medonhos.

DR

Luís Miguel Ferraz Director

E vaga a vaga vencida de dois hemisférios separados fizemos a Esfera Unida.

Os descobrimentos portugueses são a maior epopeia dos sécs. XV e XVI Originalidade, pioneirismo, investigação, inventiva, conhecimento, capacidade de organização, coragem, são algumas das virtudes que tornaram possível, a um pequeno povo do extremo ocidental da Europa, realizar uma das maiores epopeias da história da Humanidade. divulgação

Já com o empreendimento avançado e a dar os primeiros passos noutros continentes, até ali desconhecidos ou mal conhecido descobrimentos, que foi exactamente o que fizemos. Ora, surgem agora, espantosamente, algumas cabeças a querer denegrir o termo e, pior do que isso, a querer enxovalhar a memória dos homens, nossos antepassados, que tornaram possível, primeiro em embarcações tão frágeis como as caravelas, realizar a mais surpreendente epopeia marítima dos séculos XV e XVI. Como disse em 13 de Novembro ao diário “Público” o notável historiador e professor universitário, doutor Onésimo Teotónio Almeida, um açoriano a viver nos Estados Unidos, onde lecciona na Universidade de Brown, Providence, em entrevista concedida ao jornalista José Riço Direitinho: “Descobrir não significa criar, inventar. Quando a Polícia descobre o criminoso, não o inventa. Os portugueses descobriram ilhas que não tinham ninguém nem ess dos europeus, surgiu a concorrência dalguns países do então mundo ocidental tentando e conseguindo aproveitar-se da nossa iniciativa, seguindo na nossa esteira, percorrendo os mares que desbravámos e ocupando os espaços onde tínhamos chegado antes. Descobrimos este novo mundo para os europeus, estando correctíssimos os termos descobrir etavam sequer mapeadas. Descobriram o caminho marítimo para a Índia, ninguém diz que os portugueses descobriram a Índia. Do resto são Descobrimentos do ponto de vista europeu...”. Sublinho: os Descobrimentos e a Expansão do Povo Português foram resultado de um ideal de extraordinária elevação e obedeceram a planos inteligentemente estruturados, a uma organização com bases sólidas e abrangendo diversos campos do saber, da matemática à astronomia, às artes da navegação e da construção naval, à geografia, à oceanografia (em que fomos pioneiros), à descoberta doutras civilizações, doutros géneros de produção agrícola que depois se espalharam pelo mundo, entre outros aspectos relevantes que conquistaram para Portugal uma posição cimeira, entre as potências mundiais, durante mais de um século. Tudo isto e que génio o motivou, deviam constituir, no nosso tempo, exemplo e lição para as gerações. Precisamos

urgentemente de o aprender em bases científicas e históricas, de o registar e de o divulgar. O Museu dos Descobrimentos, um museu pelo menos, é necessário e não só necessário como indispensável e urgente.

Até manhã, se Deus quiser A excelente locutora Dina Aguiar, com boa dicção, boa presença, extrema simpatia e a saber conduzir, com agrado geral, um dos melhores programas da RTP, o “Portugal em Directo”, foi alvo dum achincalhamento por, ao terminar diariamente o programa, empregar a expressão, tão nossa, de “até amanhã, se Deus quiser”. É altura de darmos conta de que resvalamos para um tempo perigoso de proibições e de figurinos impostos pelo “politicamente correcto”, sempre a ignorar a opinião do Povo Português ou a querer moldá-la à sua imagem.

Leiria, Capital da Cultura Tem Leira poderosos motivos de ordem histórica e cultural para ser considerada uma das cidades mais relevantes da nossa História. Foi aqui que começou a segunda metade de Portugal, quando Afonso Henriques instalou a sua fortaleza no morro sobranceiro à hoje cidade, e daqui saíram figuras marcantes das nossas Artes e Letras e, no nosso tempo, a sua actividade cultural tem-se medido pela qualidade dos seus museus e bibliotecas, das suas associações em que sobressai desde há mais de setenta anos o seu Orfeão, das suas livrarias, das suas manifestações artísticas, entre elas a do bailado, que envolvem a cidade e o seu aro, dos seus grupos folclóricos dos melhores do País, dos seus artistas, nunca esquecendo os do Teatro, dos seus homens de Letras em que não posso deixar de incluir aqueles que fazem dos melhores jornais regionais e outras publicações e ainda aqueles que criaram editoras prestigiosas, dos seus historiadores, das suas filarmónicas, tudo, tudo razões poderosas para desejar que Leiria venha a ser, ainda que pelo breve período de um ano, Capital Europeia da Cultura, o que nunca será favor, mas um justo reconhecimento do que que tem sido e continua a ser a que já é a nossa capital de região. Até Fevereiro, se Deus quiser.


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Festa das escolas da Golpilheira

Magia do Natal contagia os nossos meninos A magia aconteceu no último dia de aulas, quinta-feira 13 de Novembro. Todos os alunos e pais, bem como professores e colaboradores do jardimde-infância e da escola do 1.º ciclo da Golpilheira se juntaram para uma grande festa de Natal, enchendo por completo o salão de festas do Centro Recreativo. O palco foi das crianças, as principais protagonistas da noite, com cada uma das turmas a apresenta canções de Natal, incluindo algumas em inglês, comprovando a eficácia dos conhecimentos que adquiriram nesta nova disciplina. A Associação de Pais da Golpilheira, que organizou o evento, também se organizou para apresentar uma pequena representação natalícia, em que o Menino Jesus, Maria e José foram convidados a ir ao circo. Houve palhaços, malabaristas, arlequins e… a magia a sério, com os artistas convidados “Lanydrack & Faty”. Durante alguns momentos, a ilusão tomou conta do palco, com aves exóticas e surgir de caixas vazias, lenços a mudar de cor, objectos a desaparecer misteriosamente. A pequenada viu com

espanto e aplaudiu entusiasmada. Como habitual, houve o momento de distribuição de lembranças aos professores, animadores e pessoal auxiliar, bem como aos representantes

da Câmara, Junta, Agrupamento de Escolas e CRG. Depois, voltou a animação dos mais novos, com o pai-natal a distribuir presentes por todos eles.

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Desejamos aos nossos clientes e amigos um Santo Natal e um ano 2019 em segurança!

A noite terminou em convívio, em torno das mesas recheadas com a apetitosa partilha que todos trouxeram de suas casas. E agora… férias! Texto e fotos: LMF


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reportagem

24.ª Semana Cultural da Golpilheira

Novembro rico na freguesia A primeira Semana Cultural organizada pelo Centro Recreativo da Golpilheira (CRG) foi em 1994. Desde então, só em 2014 não se realizou e esteve em risco de desaparecer, muito pelo desânimo da organização, pela fraca colaboração e participação da população. Mas a coragem regressou no ano seguinte e, aos poucos, tem voltado também a adesão das pessoas às várias propostas, embora algumas ainda com pouca participação. Quanto à edição deste ano, entre os dias 9 e 23 de Novembro, pode dizer-se que correu bastante bem, movimentando várias centenas de pessoas nos vários dias e com um programa que enriqueceu, sem dúvida o panorama cultural da freguesia, em Novembro.

Exposição e tertúlia de escritores

• Dia 9 – A abertura fez-se com a inauguração de uma interessante

exposição de cartazes e documentos da história do CRG, que se prepara para assinalar as suas bodas de ouro de 50.º aniversário, no próximo ano de 2019. Nessa noite, no mesmo espaço do Restaurante Etnográfico, organizou-se uma tertúlia com a participação de mais de uma dezena de escritores da região. Foi uma verdadeira “viagem pela literatura”, com cada um a partilhar as suas inspirações, experiências de escrita e histórias dos livros já editados. Cerca de duas dezenas de pessoas aproveitaram esta partilha de saberes e puderem também dialogar com os escritores e editores presentes.

Arraial popular de São Martinho

• Dia 10 – A primeira multidão aconteceu no sábado, com um arraial de São Martinho organizado pela população do Casal de Mil Homens, no largo gentilmente cedido pela

empresa Andreiauto. A noite estava muito agradável e várias dezenas de pessoas vieram ajudar a que este fosse um verdadeiro convívio popular. As castanhas e a água-pé foram o prato principal, não faltando outros petiscos e a habitual animação do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG.

Almoço +60

• Dia 11 – Mais uma multidão respondeu ao convite para o almoço que a colectividade oferece anualmente aos mais velhos, embora alguns ainda bastantes novos, já que é aberto aos maiores de 60 anos de idade. É uma forma de lhes agradecer o que tem feito pela comunidade ao longo dos anos, num convívio em que participam também algumas pessoas com deficiência ou carência económica da freguesia. A animação é feita pelos participantes,

Exposição e tertúlia de escritores

Arraial popular de São Martinho

Almoço +60

Colóquio: reabilitação urbana

Colóquio sobre Saúde

Cinema infantil

na partilha de canções, anedotas e histórias de vida. Mas este ano houve uma surpresa, com a actuação do conceituado Grupo Coral da Sociedade Artística e Musical Cortesense, dirigido por Jorge Narciso. Começaram com algumas peças corais a vozes e, num registo mais popular que envolveu todos os presentes, encheram a tarde de música tradicional, acompanhada por viola, cavaquinhos e tambor.

Colóquio: reabilitação urbana

• Dia 14 – Após dois dias de pausa, apresentou-se o primeiro colóquio, sobre o tema da construção e reabilitação urbana. Perante cerca três dezenas de pessoas, alguns engenheiros e técnicos convidados foram explicando as necessidades de manutenção e conservação dos edifícios, com especial atenção para as novas exigências de climatização e isolamento térmico e acústico. Vários


reportagem educação • 5

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Desfile “Moda Golpilheira 2018” da FC...IN

golpilheirenses ligados ao sector da construção marcaram presença e partilharam também suas experiências e necessidades no trabalho concreto, sendo o problema da humidade o que mais interesse gerou. Como resumo das intervenções, poderemos dizer que, antes de qualquer obra, é importante fazer um estudo técnico bem elaborado, para aferir das melhores soluções, pois cada caso poderá ter respostas diferentes. E também que é importante tentar preservar as traças originais e tradicionais dos edifícios.

do cancro e nos vários tipos de demências, que parecem ser as grandes doenças deste século. Também aqui, cerca de três dezenas de pessoas aproveitaram para ouvir os testemunhos de alguns médicos e técnicos convidados. Em resumo, a confirmação de que a prevenção é o melhor remédio, sobretudo através da adopção de estilos de vida saudáveis. Neste domínio, os primeiros cuidados para evitar doenças são uma alimentação cuidada e manter sempre a actividade física e mental.

Colóquio sobre Saúde

• Dia 16 – Os mais pequenos foram os reis da festa desta sexta-feira. O filme “O Touro Ferdinando” fez as delícias da pequenada, que encheu por

• Dia 15 – Novo colóquio aconteceu no dia seguinte, sobre o tema da saúde, com especial incidência no problema

Cinema infantil

completo o salão do CRG. Na verdade, não foi só a pequenada, já que muitos pais e avós aproveitaram para se divertir também com esta noite de cinema.

Desfile de moda

• Dia 17 – O já tradicional desfile “Moda Golpilheira”, promovido pela FC…IN de Fátima e Vítor Cruz, voltou a encher o salão, no sábado. Em quatro rondas, as vinte modelos convidadas fizeram passar muitas propostas diferentes, desde as mais desportivas e casuais até aos vestidos mais elaborados. Nota de destaque para as criações da jovem estilista Melissa Cruz, com a marca Tamanho Único, a mostrar criatividade, bom gosto e muita qualidade no seu trabalho. Quanto às modelos, desde as mais jovens até às que já têm alguma experiência de vida, deram bom conta da tarefa, mostrando que também as mulheres da Golpilheira sabem desfilar como as que facturam milhões. E o público esteve à altura, aplaudindo com gosto o espectáculo glamoroso desta noite.

Dia da Freguesia

Dia da Freguesia

Romaria ao cemitério

• Dia 18 – É uma espécie de corolário da semana, o Dia da Freguesia, em que se juntam todas as forças vivas da Golpilheira: Junta de Freguesia, Centro Recreativo, Comunidade Cristã, Asso-

Fado humorístico

ciação de Pais e escolas. Umas tratam da carne, outras das bebidas, outras das sobremesas, outras ainda das bancas da minifeira, com diversificados produtos agrícolas e artesanais. Quem se juntou também foi a população, primeiro apenas algumas dezenas na caminhada, depois algumas centenas no almoço de convívio, onde alguns jogos tradicionais ajudaram a compor a animação para miúdos e graúdos. O domingo terminou com a celebração da Missa, com ofícios de defuntos e romaria ao cemitério.

Fado humorístico

• Dia 23 – Já fora desta cadeia de dias, mas integrado no programa da Semana Cultural, o encerramento fez-se ao som do fado humorístico de Emanuel Moura e sua banda. Inicialmente previsto para o Restaurante Etnográfico, o evento teve de se realizar no salão de festas, dada a elevada procura que registou. Foram mais de duas centenas de pessoas a marcar presença e a conviver animadamente neste serão, onde não faltaram magníficos petiscos e o tradicional caldo verde. O humor, a música, o convívio, a alegria das pessoas foi, assim, a chave de ouro da 24.ª edição da Semana Cultural da Golpilheira. Textos: LMF • Fotos: LMF/MCR


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reportagem

XXIX Festival de Folclore na Golpilheira

Uma grande noite de tradição Realizou-se no dia 6 de Outubro a 29.ª edição do festival de folclore organizado pelo Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira. Além do grupo anfitrião, a representar o Folclore da Alta Estremadura, participaram ainda: Grupo Folclórico “As Ceifeirinhas do Vale Mesío – Lousada (Entre Douro e Minho); Grupo de Danças e Cantares de Sermonde – Gaia – (Douro Litoral Centro); e Grupo Folclórico “As Ceifeiras de São Martinho de Fajões” – Oliveira de Azeméis (Douro Litoral Sul). A presença dos grupos folclóricos só foi possível devido ao sistema de intercâmbio que existe no folclore. Após a concentração de todos os grupos, seguiu-se o jantar de convívio, em que participaram também as entidades oficiais convidadas. O tempo passou rapidamente e a hora do início do festival chegou. Inicialmente, pisaram o palco do salão do CRG todos os ranchos folclóricos, ficando apenas o porta-estandarte de cada um para a habitual cerimónia de abertura e distribuição de lembranças. Para a sua entrega foram chamados os representantes das entidades oficiais convidadas. A maioria deles efectuou uma pequena intervenção, sendo consensual o papel muito importante que os ranchos folclóricos têm na divulgação e defesa das nossas danças, cantares e tradições. Estávamos diante dos maiores embaixadores nacionais da nossa cultura. As palavras de ânimo e incentivo também foram realçadas. O festival decorreu muito bem, com os grupos a representarem com rigor o folclore das regiões a que pertencem. Os presentes devem ter dado por muito bem empregue o tempo em que desfrutaram gratuitamente de toda a beleza

das nossas tradições. A fim de darmos a conhecer um pouco melhor cada um dos grupos, passamos a resumir os seus historiais.

As Lavadeiras do Vale do Lena

O Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG, foi fundado em 12 de Julho de 1989. Está sediado no lugar e freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha e distrito de Leiria, e representa o Folclore da Alta Estremadura. Golpilheira foi, em tempos, um lugar vocacionado para a agricultura. Nas margens do rio Lena, cultivava-se o milho, hortas, azeite e legumes. As danças e cantares foram recolhidos de pessoas nascidas na última década do século XIX. Eram as que se “bailhavam” a céu aberto nas alpendoradas e de portas a dentro – nas eiras, nas descamisadas, nos terreiros, pelos Santos Populares, nos serões dos enxovais e dos casamentos, nas adiafas da vindima e da azeitona e na “casa da brincadeira”. Os trajes de trabalho, domingueiro ou de cerimónia eram os que se usavam a rigor na segunda metade do século XIX. As alfaias, ferramentas e pertences, correspondentes a cada actividade, estão representados no malhador, ciranda, vindimadeira, lagareiro, abegão, jantareira, lavadeira e par de noivos pobres. Os instrumentos usados na tocata são os tradicionais da região. A origem é pastoril. É sócio efectivo da Federação do Folclore Português, sócio fundador da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura e filiado no INATEL. Em 2009, foi condecorado com a Medalha de Prata do Município da Batalha. Durante a sua existência, já efectuou inúmeras actuações, de Norte a Sul do País. Participou também

em alguns Festivais Internacionais, nomeadamente em Espanha, França e Roménia, onde mostrou toda a sua beleza de Trajes, Dança e Cantares, preservando e divulgando a nossa cultura e tradição.

As Ceifeirinhas do Vale Mesío

O Grupo Folclórico “As Ceifeirinhas do Vale Mesío”, freguesia de Sousela, concelho de Lousada, foi fundado em 1979, numa Associação Cultural e Desportiva. É filiado na Federação do Folclore Português e no INATEL. Situado na zona de transição entre o Douro e o Minho e inserido numa região agrícola, os trajes representam os mais variados extractos sociais e reflectem fielmente os seus antepassados e a sua forma de vida quotidiana. Os seus divertimentos, aos sons de vários instrumentos, proporcionam a exibição das danças, de rusgas, chulas, malhões e viras.

Danças e Cantares de Sermonde

O Grupo de Danças e Cantares de Sermonde é impulsionador e co-fundador da Associação Sermonde Cultural, que nasceu da vontade de um punhado de gente simples, modesta e genuinamente empenhada nas lides do melhor movimento associativo. Tendo iniciado as suas actividades em meados de 2008, o grupo foi fundado em Dezembro de 2010, pelo que já leva alguns anos de actividades culturais, recreativas e tradicionais, nomeadamente: rusga ao Senhor da Pedra, escapadela do resto, cantar de boas festas e janeiras, encontro de janeiras e feiras rurais. Já participou em vários festivais de folclore e outros certames de tradições e costumes da região do Douro Litoral. O grupo é representado por aproxi-

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

“As Ceifeirinhas do Vale Mesío”

Danças e Cantares de Sermonde

As Ceifeiras de S. Martinho de Fajões

madamente 50 elementos, divididos entre dançarinos, cantata, tocadores e figurinos. Os trajes, danças e cantares representados por este grupo resultam de uma investigação exaustiva dos usos e costumes que remontam a finais do séc. XIX, inícios do séc. XX.

As Ceifeiras de S. Martinho de Fajões

A actual vila de Fajões fica situada a cerca de 12 Km para norte da sede do concelho de Oliveira de Azeméis, estabelecendo fronteira com os concelhos de Vila da Feira, Arouca e S. João da Madeira. Fajões, ontem mais do que hoje, é uma terra de vivências campesinas presentes na memória do povo. Para recordar este saudoso passado, surge a expressão da alma simples do povo, tais como as suas diversões, as desfolhadas, as fainas nos campos, os desafios à viola e som da harmónica e, claro, das festas da terra e das romarias, que é o grupo Folclórico as Ceifeiras de S. Martinho de Fajões. Algumas pessoas da então freguesia reúnem-se e são feitas recolhas, quanto a trajes, danças e cantares. Aos seus trajes de noivos, de trabalho no campo, de romaria, de ir à Missa, de lavradeira rica, de ir à feira, de ir à festa, entre outras mais, junta-se a tocata constituída por concertina, acordeão, violão, a viola braguesa, cavaquinho, bombo e ferrinhos. Ao longo do país e do estrangeiro, o grupo tem marcado a sua presença, representando etnograficamente a Beira Litoral, Norte, Sul e Douro Litoral, em festivais e festas em Portugal e no estrangeiro, sendo um cartaz turístico da sua região e riqueza cultural. Fundado a 26 de Março de 1956, está filiado na Federação do Folclore Português. Texto e fotos: Manuel Carreira Rito


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sociedade

Comunidade Cristã da Golpilheira

Festas da Catequese Com o início do ano pastoral, regressa mais animação e participação às celebrações na Comunidade Cristã da Golpilheira. Como tem sido hábito nos últimos anos, em cada domingo está um dos grupos de catequese especialmente envolvido, seja ajudando no peditório e ofertório, seja com o canto nalgum momento da Missa. É nesse contexto, também, que se realizam as festas que cada ano tem especificamente indicadas no seu percurso catequético. A abertura da catequese foi no

dia 14 de Outubro, com a presença de todos os catequistas, crianças, adolescentes e respectivas famílias. No final da celebração, todos fizeram o seu compromisso de dar o melhor para aprofundar conhecimentos e vivências na fé, partindo depois para um primeiro encontro de preparação do ano. No dia 4 de Novembro, festa a Festa do Acolhimento ao 1.º ano, um momento sempre especial de boas-vindas aos novos meninos que começam a sua caminhada. Para tal, contaram com o

“apadrinhamento” por um dos jovens que foram crismados no ano passado. E estavam bem felizes os pequenitos! No dia 25 de Novembro, realizou-se a Festa da Palavra do 4.º ano. É mais um passo importante na vida das crianças, em que recebem a sua Bíblia, trazida por pais e padrinhos, e se comprometem a ler com mais atenção a Palavra de Deus. A Festa da Luz, dos meninos do 3.º ano, realizou-se na quinta-feira 28 de Novembro, pois é uma celebração que

tem mais sentido realizada à noite. No início, a igreja está muito escura e é o Círio Pascal, imagem de Jesus, que vai iluminando o espaço. É nele que as crianças acendem as suas velas do Baptismo, renovando o compromisso de serem cada vez melhores cristãos. Com a Eucaristia, que estes meninos se preparam par receber este ano, toda a igreja se ilumina e eles entendem a mensagem: Ele é a verdadeira luz das nossas vidas! Fexto e fotos: LMF

Todos presentes no início de mais um ano catequético

Acolhimento ao 1.º ano, com os crismados em 2018

Festa da Palavra do 4.º ano

Festa da Luz do 3.º ano

Mário Costa celebrou 85.º aniversário

Parabéns ao “nosso” maestro A Comunidade Cristã da Golpilheira assinalou em festa o 85.º aniversário de Mário Costa, que foi seu maestro por várias décadas e se distinguiu por uma vida de entrega e dedicação aos seus conterrâneos, não apenas na Igreja, mas em várias outras áreas do desenvolvimento social e cultural da freguesia. Foi no passado dia 8 de Dezembro, no final da Missa, que o “Sr. Mário”, como é popularmente conhecido, ouviu cantarem-lhe os parabéns. À saída, teve ainda a surpresa de ver um lanche preparado por alguns familiares e amigos, que motivou o convívio dos presentes à volta de alguns doces e bebidas. Na ocasião, recebeu os cumprimentos de pessoas de todas as idades,

pois é transversal por gerações o seu trabalho, sobretudo na área da música,

No final da Missa, houve festa de anos

cuja cortesia lhe garantiu o carinho de todos.

Entre eles, alguns dos que passaram pelo Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, um dos projectos que criou e que deixou marcas em mais de uma centena de crianças e jovens da nossa terra. Com alguma debilidade causada pela doença, Mário Costa tem estado um pouco mais ausente e, neste dia, já precisou de algumas ajudas para estar na festa. Mas o sorriso sincero e simples que o caracteriza continuou sempre presente, não se cansando de agradecer a todos o gesto de carinho e os votos de parabéns “nesta data querida” do seu nascimento, coincidente com o dia abençoado da Imaculada Conceição. O Jornal da Golpilheira associa-se a esta singela homenagem. Fexto e foto: LMF


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Votos de Feliz Natal e próspero Ano Novo

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sociedade

Convívio dos nascidos em 1966

Tradição a manter-se

Bolinho para Jesus... dá para todos

DR

LMF

O Dia do Bolinho

O Dia de Todos Santos, a 1 de Novembro de cada ano, é por nós mais conhecido como dia de ir pedir o bolinho, tradição que já esteve quase a desaparecer. No entanto, penso com a grande colaboração dos professores e funcionários das Escolas do Ensino Básico, este não caiu no esquecimento. Também a Comunidade Cristã tem ajudado, com a bela iniciativa de as crianças levarem o bolinho a Jesus, que no final dá para distribuir em convívio por todos os presentes. Após a Missa, dá gosto ver as crianças, aos magotes, a dirigirem-se às casas, entoando à entrada da porta “Ó Tia dá bolinho?” e acrescentam “que eu dou-te um beijinho”. Abrem as suas saquitas e recebem as lembranças que lhes dão. Bolos, doces e por vezes moedas. Os mais pequenitos vêm acompanhados pelo pai ou pela mãe, fazem o mesmo gesto. Com esta atitude, os pais incutem nos filhos um hábito ancestral. MCR

No passado dia 10 de Novembro, realizou-se mais um encontro de convívio dos nascidos em 1966, que este ano fazem 52 anos. Estiveram presentes cerca de 55 pessoas de todo o concelho da Batalha, das quais cerca de 21 da Golpilheira. Este grupo tem vindo a

crescer desde o primeiro encontro, há dois anos, quando todos celebravam o seu 50.º aniversário. Habitualmente, acompanhado de bolo festivo e de champanhe, jantam, dançam bastante e conhecem-se melhor, partilhando vivências e recordações, tendo mesmo estado presentes dois ele-

mentos que residem mais distantes, um em Cascais e outro na Suíça, mas que fizeram questão de estar presentes neste momento com os seus conterrâneos. Há que continuar nesta boa amizade e saudável camaradagem! Isabel Costa

Convívio dos nascidos em 1968

Golpilheira acolheu

DR

Finalistas deram sopa

Cerca de 200 pessoas servidas

Os alunos do 12.º ano do Agrupamento de Escolas da Batalha organizaram um festival de sopas, no passado domingo 25 de Novembro, tendo em vista a angariação de fundos para a sua viagem de finalistas. O local escolhido foi o Salão Senhor dos Aflitos, da igreja da Golpilheira, que se encheu com muitos familiares, amigos e população local. Todos aproveitaram para degustar algumas preciosidades gastronómicas oferecidas por pessoas e restaurantes locais e os finalistas estavam contentes com o resultado desta iniciativa. Desejamos que concluam com sucesso esta fase final dos seus estudos secundários, que continuem a ter sucesso nos estudos ou trabalhos que desejarem seguir. Quanto à viagem, que saibam aproveitar para conviver e divertir-se, procurando manter um comportamento correcto, que não venha a envergonhar os pais e a eles próprios! LMF

A ideia surgiu à volta de um copo, há 11 anos, durante uma conversa informal entre um pequeno grupo de residentes do concelho da Batalha: reunir o máximo de nascidos de 1968! Pouco a pouco, a ideia cresceu, ganhou vida e amadureceu. Todos os meios para angariar contactos e encontrar pessoas do concelho foram desenvolvidos. Não foi de todo fácil! Alguns mantinham contacto e juntos conseguiram encontrar antigos colegas, batendo de porta em porta nas diversas freguesias: Batalha, São Mamede, Reguengo do Fetal e Golpilheira. Com a

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Aos nossos clientes e amigos desejamos Santo Natal e Próspero Ano 2019

criação de um grupo privado no Facebook, novos elementos surgiram. Após um primeiro evento em 2008, têm-se reunido todos os anos. No passado dia 3 de Novembro, completou-se o 11.º convívio, com cerca de 90 participantes. O evento foi realizado no Restaurante Etnográfico do Centro Recreativo da Golpilheira, contando com a presença de Miguel Chagas para animar a festa ao som das músicas dos anos 80. Uma noite passada com alegria e boa disposição, animada com um concurso de perguntas

sobre o ano de 1968, uma árvore de mensagens, votos dos presentes, fogo de artifício, bolo de aniversário, champanhe e muitas fotografias para recordar. Foi com muita emoção que juntos relembraram os anos passados, os respectivos percursos, sem esquecer os nascidos em 1968 que já partiram. Esta iniciativa pretende, ávida em experiências e partilhas, alcançar uma centena de participantes na próxima edição, já fixada para o dia 9 de Novembro de 2019. Afinal, vale a pena recordar! Paulo Gomes

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Animado convívio

Almoço de Natal dos Veteranos Bombeiros Voluntários

Esclarecimento à população Realizou-se no passado dia 8 de Dezembro, no salão de festas do Centro Recreativo da Golpilheira, o tradicional convívio de Natal da equipa de Futebol de Veteranos da colectividade. A logística foi preparada na véspera, pela direcção desta equipa de amigos. Os veteranos e suas famílias começaram a chegar por volta da uma da tarde. Logo à entrada, esperavamnos os aperitivos e a bebida da praxe. A primeira etapa estava concluída. Sentados às mesas, iniciou-se o almoço. Com entradas deliciosas, lá se foram aconchegando os estômagos. Depois, seguiram-se as outras fases até chegamos ao café, com animação musi-

cal por um duo musical de que faz parte o jovem golpilheirense João Calado. É habitual nestes encontros entregarem-se lembranças aos veteranos, esposas e filhos. As famílias, uma a uma, foram chamadas ao palco para receberem a sua prenda, entregue pelos elementos da direcção. No decorrer desta entrega, alguns elementos foram agradecendo a presença de todos e deixando votos de que tudo corresse bem. É nestas alturas que mostramos aos nossos familiares a amizade que nos une e a forma como sabemos dignificar o CRG. Para as nossas esposas e filhos, é também uma forma de lhes demonstrarmos o carinho que temos por eles.

Também por altura desta festa, costumam distribuir-se umas rifas por todos os veteranos e alguns colaboradores e amigos. A sorteio estava um presunto e um cabaz de Natal. O presunto saiu na rifa do Victor Cruz. Já o cabaz contemplou uma pessoa que comprou a rifa a um dos veteranos. Estiveram também presentes neste convívio o presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, José Filipe, e o vereador do Desporto do Município da Batalha, André Loureiro. Todos tiveram ocasião de desejar um bom e feliz Natal e um ano de 2019 cheio de saúde e muita amizade. Texto e foto: Manuel Carreira Rito

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

Almoço de Natal do Rancho Folclórico O tradicional convívio de Natal do rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG, realizou-se no passado dia 9 de Dezembro, no Restaurante Etnográfico da nossa associação. Estiveram presentes a maioria dos elementos deste agrupamento folclórico e alguns familiares. Foi a chamada a um “ensaio” diferente, mas que não deixa de ser importante. Foi altura de as pessoas aproveitarem para dialogar e ajudarem também a matar o tempo dos intervalos da refeição. No final, o director do rancho, Manuel Rito Ferraz, e o presidente do CRG, Fernando Ferreira, agradeceram a presença de todos, realçando o empenho que têm em prol da nossa colectividade. Desejaram um feliz Natal

e que o ano de 2019 fosse um ano de sucesso e saúde. Manuel Rito avisou que agora haveria um período de férias

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e que os ensaios apenas recomeçavam no dia 4 de Janeiro de 2019. Texto e foto: MCR

Depois de mais de 600 anos de história, os bombeiros portugueses, em consequência dos diplomas sobre as estruturas de comando aprovados em Outubro pelo Governo, decidiram tomar uma decisão de excepção. Uma vez esgotadas todas as tentativas de negociação, para alterar erros graves que irão afectar não só os Bombeiros, como colocar em causa o socorro de toda a população portuguesa, chegou o momento de dizer basta! Assim, a partir das 00h00 do dia 9 de Dezembro de 2018: 1. Deixou de ser transmitida qualquer informação de ocorrências à ANPC; 2. Não participação no Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais (DECIR); 3. Não participar em cerimónias oficiais em que estejam membros do Governo e/ou membros da ANPC; Todas estas medidas serão mantidas até o Governo satisfazer as legítimas reivindicações dos Bombeiros. Os Bombeiros Voluntários reclamam: 1. Uma Direcção Nacional de Bombeiros autónoma independente; 2. Um Comando Autónomo de Bombeiros; 3. O cartão social do bombeiro. Informamos a população que a sua segurança continuará a ser assegurada com os mesmos níveis de prontidão e socorro, como de resto sempre o fizemos. O seu apoio é muito importante! Chegou agora a sua vez de nos ajudar.

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sociedade

Aniversário comemorado com olhar no futuro

Misericórdia continua aposta social

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A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, fundada em 1714, comemorou mais um aniversário, no passado dia 8 de Dezembro, evocativo da sua Padroeira, Nossa Senhora da Conceição. A festa começou pela renovação do Compromisso, na celebração da Santa Missa, às 11h00, no Mosteiro da Batalha. Depois, passou para o salão dos Bombeiros Voluntários da Batalha, num almoço de confraternização em que participaram mais de 200 irmãos, em ambiente festivo, animado por utentes das valências sociais do Centro de Dia e do Serviço de Apoio Domiciliário e por um grupo de colaboradoras do Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição. Momento especial foi a estreia do Grupo Coral do Centro Paroquial da Batalha, dirigido pelo maestro Noé Gonçalves, do Conservatório de Ourém. Durante o evento, foi apresentado um novo projecto de apoio ao Centro de Dia

- 60 doentes em Cuidados Continuados - 80 utentes em Apoio Domiciliário - 30 utentes em Centro de Dia - 83 utilizadores do Programa de Apoio Alimentar - 200 crianças com serviço de refeições escolares - 20 beneficiários da Cantina Social - 140 utilizadores diários na Unidade de Reabilitação - Muitas dezenas de utentes mensais nos serviços de radiologia e de consultas de ambulatório - Número indeterminado de utilizadores da Casa de Acolhimento e de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica

Almoço e animação foi no salão dos Bombeiros

da Misericórdia, explicado e partilhado por uma utente desta valência que, de forma entusiasmada, aderiu a esta rede social para interagir com outros idosos e entrar em contacto com a sua neta. Esta iniciativa vai procurar promover a literacia e a inclusão digital dos mais idosos, através de uma solução simples e inovadora que permite aos utentes do Centro de Dia manteremse ligados à família e a jogar entre si, através de aplicações interactivas num sistema de fácil utilização. É mais uma ferramenta de entretenimento

multimédia que será personalizada com base nos gostos de cada utente, permitindo-lhes acesso a música, filmes do seu tempo, conteúdos religiosos, notícias diárias e jogos didácticos, também com fins terapêuticos, pois estimula as capacidades cognitivas e retarda as demências. Esta comemoração contou com a presença de distintas personalidades, destacandose o presidente da Câmara da Batalha, o director do Mosteiro da Batalha e representantes da União das Misericórdias Portuguesas, da Segurança

Social e da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, um importante parceiro financeiro da instituição. Nas suas intervenções, destacaram o papel fundamental que a Misericórdia representa para a Batalha e o apoio à nova Estrutura Residencial para Idosos (ERI), em construção nas Brancas. Na sua intervenção, o provedor da Misericórdia, Carlos Monteiro, manifestou a satisfação pela presença dos irmãos, “sinal de afecto e de reconhecimento da missão da Misericórdia e do

seu compromisso para com a sua comunidade”. Reafirmou o propósito de cumprir a promessa de disponibilizar à comunidade batalhense a nova ERI e explicou os contornos do lançamento de uma campanha de apoio a este projecto, através da aquisição de um “título social” com consideráveis benefícios para aqueles que um dia pretendam usufruir de uma resposta social. O título será apresentado publicamente no início do próximo ano, em simultâneo com a abertura das inscrições para a estrutura residencial.

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município

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Freguesias podem receber património

Câmara descentraliza gestão O Município da Batalha quer descentralizar a gestão do património, propondo às freguesias ou colectividades locais que assumam alguns edifícios devolutos ou sem uso. É o caso da Extensão de Saúde da Golpilheira, da antiga pré-primária do Casal Vieira, em São Mamede, e da antiga escola primária da Torre, no Reguengo do Fetal. Esta política visa “evitar a degradação do património imobiliário que se encontra sem uso, devoluto ou abandonado, fomentando a respectiva

recuperação, conservação e reutilização, permitindo o gozo e a fruição pública deste património e um uso mais eficiente destes recursos, valorizando-os”, refere a autarquia em comunicado. Em contrapartida, as entidades que assumirem esta tarefa receberão, também, “meios financeiros que suportem a reabilitação dos edifícios transferidos”, garante o presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos, lembrando que esta “é uma prática já iniciada em algumas escolas

desactivadas, através de protocolos com associações locais”. O mesmo conceito preside à opção do Município em aceitar património devoluto do Estado, como é o caso das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, junto ao rio Lena. A Câmara vai propor ao Governo, no início de 2019, um acordo de transferência do imóvel por 50 anos, com o objectivo de reabilitar aquele espaço para um projecto de valorização patrimonial com fins turísticos, ambientais e culturais.

Câmara “devolve” 1 milhão de euros aos cidadãos

Batalha com menos impostos

Apoio/divulgação

QUOTAS e ASSINATURAS

Lembre-se que poderá pagar as suas quotas ou assinaturas ao balcão do CRG. Ajude a sua Associação!

Uma das novidades do orçamento municipal para 2019 é a devolução de 1% do IRS aos cidadãos, retirado aos 5% que são destinados pelo Estado às autarquias, o que representará abdicar de cerca de 105 mil euros anuais. Outra é a isenção da taxa de Derrama por um período de 3 anos para as empresas que instalem a sua sede social no Concelho nos anos de 2018 a 2020 e que criem e mantenham no período da isenção, no mínimo, 5 novos postos de trabalho. A este novo pacote fiscal

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soma-se a manutenção da taxa mínima de IMI (0,3%) e dos benefícios familiar que lhe estão já associados, bem como a Derrama no valor reduzido de 1,2% (ou de 0,95% para as empresas com volume de negócios abaixo dos 150.000 euros). No caso do IMI, são cerca de 350 mil euros que poderiam ser cobrados a mais e, no caso da Derrama, mais de 200 mil euros. No mesmo sentido, não haverá também actualização de taxas municipais, evitando ainda que alguns valores

viessem a ser aumentados em alguns cêntimos, o que dificultaria os pagamentos aos cidadãos e a devolução de troco pelos serviços. Assim, garante o executivo, pode contabilizar-se em “cerca de 1 milhão de euros” os impostos que poderiam ser cobrados e que ficarão no bolso dos contribuintes, tanto particulares como empresas. E conclui que “a Batalha é o município com a política fiscal mais favorável e que mais impostos devolve aos munícipes”.

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Orçamento aprovado por Assembleia Municipal conturbada

Câmara gere 16 milhões de euros em 2019 A Assembleia Municipal da Batalha aprovou por unanimidade o orçamento apresentado pela Câmara para o ano de 2019, no valor de 16 milhões euros, a que se somam 9 milhões a definir para anos seguintes. Com uma subida de 0,8% em relação ao ano anterior, é “um dos maiores orçamentos de sempre”, refere o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, destacando os investimentos previstos nas vertentes da Educação (conclusão das obras de requalificação da Escola Básica e Secundária da Batalha; aquisição de material didáctico e informático), Protecção Civil (apoio a Bombeiros Voluntários; gestão dos espaços florestais através de acções de silvicultura preventiva em vias municipais), Habitação e Ordenamento do Território (reabilitação do antigo edifício dos Paços do Concelho e da “casa da obra”; Parque de Eventos Santa Maria da Vitória – readaptação antigo campo futebol da Vila), Saneamento em vários lugares, Protecção do Meio Ambiente e Conservação da Natureza (ciclovia do Vale do Lena), Desporto, Recreio e Lazer (Pavilhão Desportivo de São Mamede), Indústria e Energia (ampliação da Zona Industrial da Jardoeira) e Turismo (remodelação do estacionamento para autocarros junto ao Mosteiro; adaptação de Escola Primária do Reguengo Fetal para hostel). A função Cultural regista também um forte incremento, resultante das parcerias e redes culturais aprovadas no âmbito do programa operacional da região Centro, nomeadamente os PUB

projectos conjuntos dos “Lugares Património Mundial do Centro”, Programa Cultural em Rede - OP(us) - Ópera no Património e ainda a parceria “Região de Leiria - Rede Cultural”. Também a requalificação da rede viária e a renovação da rede de abastecimento de águas são áreas identificadas com um forte crescimento do investimento em 2019, atendendo, por um lado, ao plano de eliminação dos pontos negros de segurança rodoviária identificados em estudo realizado pela

Autoridade de Segurança Rodoviária Nacional (ANSR), e, por outro, à implementação de medidas de eficiência e melhoria do sistema de abastecimento e de captação de água no concelho. O presidente defende que “este orçamento volta a demonstrar que a nossa aposta na promoção do bemestar e da qualidade de vida dos batalhenses é uma realidade e que está para continuar”, adiantando o desejo de “criar as condições para que as pessoas e as empresas se possam fixar

no Concelho”. “A aposta em 2019 passa igualmente por criar todas as condições possíveis para concluir com sucesso o processo de internalização da empresa municipal, bem assim assumir as novas competências municipais, para além da educação, nas áreas da saúde, justiça ou acção social, previstas no processo de descentralização aprovado recentemente pelo Governo”, acrescenta o autarca.

PS e CDS abandonam Assembeia; PSD critica atitude A sessão da Assembleia Municipal onde foi discutido e aprovado o orçamento, no passado dia 28 de Novembro, teve um início algo conturbado. Os deputados eleitos pelo PS e pelo CDS apresentaram uma declaração conjunta com várias reclamações relativas ao funcionamento da assembleia e acusando o executivo municipal de tratamento discriminatório. Entre outras queixas, o facto de os documentos distribuídos por via digital não poderem ser impressos para leitura em papel e uma já antiga questão de recusa de acesso às gravações áudio da assembleia. Quanto à Câmara, acusaram não ter sido ouvidos para a elaboração do orçamento municipal e voltaram a referir o problema com as contas da Junta de Freguesia da Golpilheira, apontando falta de vontade política para ajudar na solução, de modo a estrangular financeiramente

José Guerra da Silva

esta autarquia gerida pelo PS. Após esta declaração e em forma de protesto, abandonaram a assembleia, pelo que já não ouviram as explicações dadas pelo presidente da Assembleia, Júlio Órfão, referindo que a documentação é entregue atempadamente segundo as normas do regulamento interno, tendo sido igualmente distribuída em papel a todos os líderes de bancada. Quanto às gravações, foram autorizadas apenas como apoio técnico para elaboração das actas, pelo que foi pedido parecer jurídico sobre a possibilidade de serem disponibilizadas aos deputados, garantindo, nomeadamente, a salvaguarda do regulamento de protecção de dados pessoais. Também o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, refutou as acusações, referindo que foi enviado pedido de colaboração no orçamen-

to, conforme imposição legal, para todas as bancadas da assembleia e juntas de freguesia, tendo chegado apenas resposta das quatro juntas e da bancada do PSD. Quanto à questão da Golpilheira, estranhou também a atitude, sobretudo por, nessa mesma tarde, ter estado reunido com os líderes de bancada, alguns vereadores e representantes da junta de freguesia, onde se constitui um grupo de trabalho para resolver a questão, presidido pelo líder do grupo do PS. Os vereadores Carlos Repolho e Horácio Francisco, do PS e do CDS respectivamente, afirmaram a sua solidariedade para com os deputados ausentes, em concordância com as acusações feitas. Por outro lado, vários deputados do PSD manifestaram a sua surpresa e tristeza com a atitude dos colegas da oposição, considerando-a injustificada e desajustada.

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ambiente

Águas do Lena renova selo de qualidade

Municípios exigem mais estudos

Batalha bebe qualidade

Batalha e Porto de Mós contra prospecção de gás

A Águas do Lena, empresa concessionária do abastecimento de água no Município da Batalha renovou o “selo de qualidade exemplar de água para consumo humano” da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, título que recebe desde 2013. O certificado foi anunciado no passado dia 19 de Novembro, na cerimónia de entrega dos “Prémios dos Serviços de Águas e Resíduos”, promovida pela ERSAR em parceria com o jornal “Água & Ambiente”. Refira-se que a maioria da água é captada em profundidade no município e apenas uma pequena percentagem é fornecida pela empresa EPAL, sendo da responsabilidade da concessionária Águas do Lena a gestão, conservação e distribuição aos consumidores. Para Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, estes resultados vêm “comprovar a excelência da água que é fornecida à população e a importância de que se reveste a aposta na remodelação e renovação da rede de abastecimento, que temos vindo a fazer ao longo dos últimos anos em parceria com a empresa concessionária”. Ainda asPUB

sim, o autarca defende que “ainda há muito a fazer, nomeadamente no que respeita ao cadastro da rede, reforço da capacidade de armazenamento e renovação de condutas antigas, que, apesar de não afectarem a qualidade da água, significam ainda algumas de perdas que comprometem a melhor eficiência do sistema”. Segundo a autarquia, “este é um desafio estratégico para o futuro, numa escala supramunicipal e em colaboração com o parceiro Águas do Lena, avaliando a possibilidade de apresentar novas candidaturas aos fundos estruturais europeus para intervenção e renovação das redes de abastecimento de água e saneamento básico, cujos montantes ultrapassam os 2 milhões de euros”.

No período de consulta pública da Agência Portuguesa do Ambiente relativamente à “Sondagem de Prospecção e Pesquisa de Hidrocarbonetos Convencionais na Área de Concessão de Batalha”, que terminou a 27 de Novembro, o Município voltou a dar parecer desfavorável com “fortes reservas sobre o processo”. Segundo o presidente da autarquia, “a concessão admite especificamente que possam vir a ser efectuados trabalhos de exploração de hidrocarbonetos nesta área, não ficando liminarmente arredada a hipótese de recurso à técnica de fracturação hidráulica para a sua realização”, o que “poderá colocar em gravíssimo risco os aquíferos que abastecem o Município da Batalha, por contami-

nação de hidrocarbonetos e metais pesados”, além do risco sísmico sobre o património, em especial o Mosteiro. Também o vasto património arqueológico já identificado no Concelho poderá ser posto em risco, considera Paulo Batista Santos, exigindo a “realização de exaustivos estudos dos impactos ambientais sobre o património biológico e geológico concelhio”. Também o Município de Porto de Mós fez saber a sua oposição a este projecto de exploração de gás, sublinhando os riscos de “alterações nas linhas e massas de água” no Maciço Calcário Estremenho, considerado como o maior aquífero de água doce da Península Ibérica. Exigindo saber os métodos que estão previstos e respectivos impactos ambientais, Jorge Vala, presidente daquela autarquia pede, ainda, que “a empresa responsável pela exploração elabore e implemente um plano de contingência da água, uma vez que os riscos são evidentes, nomeadamente com a possível contaminação através de metais pesados ou mesmo produtos químicos”.

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Ministro entregou viaturas na Batalha

GNR vai guardar a floresta

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Limpezas no leito do rio Lena

DR

O Largo da Vitória, junto à entrada principal do Mosteiro da Batalha, foi o palco escolhido, no passado dia 4 de Dezembro, para a cerimónia de entrega de cerca de meia centena de novas viaturas ao Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SPNA) e ao Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR). Contando com a presença do comandante geral da GNR, tenentegeneral Luís Francisco Botelho Miguel, a cerimónia foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Referindo o desafio de garantir “um mundo sustentável, equilibrado ambientalmente, em que haja futuro para a humanidade”, o governante acusou o “caminho errado” que foi a extinção dos guardas florestais e indicou esta força policial como solução para esse regresso. Além das novas viaturas, anunciou o recrutamento de 200 elementos da GNR para o serviço de protecção à floresta, já em 2019, a somar aos 100 com que o SEPNA foi reforçado este ano. E garantiu que, até 2021, está programada a atribuição de mais de duas mil viaturas para forças e serviços de

segurança, num investimento total de cerca de 50 milhões de euros. Após a entrega das viaturas, o auditório municipal da Batalha recebeu uma sessão de esclarecimento sobre as oportunidades e desafios da descentralização para os municípios, no contexto das actuais políticas de transferência de competências do Governo para as autarquias e entidades intermunicipais. Na sessão participaram várias dezenas de pessoas, contando com intervenções de Paulo Batista Santos,

presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, Pedro Folgado, presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, e Rui Solheiro, secretário geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Coube ao ministro da Administração Interna o encerramento da sessão, governante sublinhando a importância dos municípios para o desenvolvimento de novas competências e a modernização do País.

A Câmara Municipal da Batalha está a proceder a diversos trabalhos de limpeza nas margens do rio Lena, com o objectivo de prevenir o risco de cheias e promover a conservação dos ecossistemas aquáticos. Segundo a autarquia, o rio apresenta diversos assoreamentos e vegetação a invadir o leito, sendo necessário “garantir condições de escoamento dos caudais líquidos e sólidos”, como é o caso do Inverno. Para tal, estão a ser investidos mais de 25 mil euros neste trabalho, que procura também controlar a erosão do leito. Considerando este serviço “de manifesta importância”, o presidente da Câmara, Paulo Santos apela aos proprietários de terrenos confinantes com o rio Lena que “assumam também uma atitude preventiva, nomeadamente quanto à limpeza e à desobstrução das margens”.

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cultura

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Os Denários (moedas) da República Romana

São fascinantes os denários que chegaram até nós, fruto da herança do vasto Império Romano. De utilização frequente, os denários eram moedas de prata de maior circulação naquela época. A palavra tem origem no latim “denarius” (singular) e no grego “denarion”, estando o seu significado relacionado com o valor, pois inicialmente o denário equivalia a dez asses de cobre (outra classificação de moeda romana). O sentido literal de denário é, portanto, “dez por vez” ou “que contém dez”. A palavra deu origem aos actuais termos “dinheiro”, em português, ao “denier” francês, ao espanhol “dinero” e ao italiano “denaro”. O denário terá sido cunhado, pela primeira vez, durante a República (509 a.C. - 27 a.C) até à sua substituição pelo tipo de moeda antoniniano, em meados do século III d.C. O conteúdo de prata do denário foi variando com a conjuntura política económica, mas serviu sempre de base aos cálculos de outras moedas, como o áureo (moeda de ouro), que valia 25 denários. Também no período do Novo Testamento (século I d.C.), o denário tem lugar na narrativa bíblica, atendendo à sua utilização recorrente. O MCCB exibe, em vitrine dedicada ao quotidiano romano na cidade de Collippo, 5 fantásticos denários romanos de proveniência da região e de outras áreas geográficas. Aponta-se o início da construção (ou reconstrução) desta cidade romana para a última década do século I a.C. e o seu declínio para os anos 70 do século II. Os cerca de 5000 denários encontrados “à porta” de Collippo correspondiam aos reinados de Augusto (27 a. C. - 14d.C) e de Tibério (42 a.C. e 37 d.C). Os 5 denários da República Romana em exposição no Museu referem-se às famílias M. Furius Philus, Fabia, Cornelia e imperadores Júlio César e Domiciano. Convidamos os leitores do Jornal da Golpilheira a visitar ou revisitar o MCCB e a descobrir mais sobre a herança romana na nossa região.

Uma tarde mágica à volta de um livro

“Uma fada sem asas” O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha acolheu, no passado dia 9 de Dezembro, a apresentação do livro “Uma fada sem asas”, editado pela Associação Casa do Mimo, para a qual reverte o produto das vendas. Com texto de Cidália Silva e ilustração de Margarida Oliveira, trata-se um pequeno conto infantil que surge no contexto do trabalho feito com crianças e jovens especiais a que este centro lúdico e pedagógico se dedica. Os testemunhos de alguns deles, bem como de familiares e voluntários, acabaram por resultar num bem conseguido arranjo, como se de um ramo de flores se tratasse. O prefácio de Ana Moderno e a paginação de Mafalda Brito ajudam a compor o ramalhete, cuja impressão foi feita na Gráfica da Batalha. Há obras assim, simples e belas ao mesmo tempo… Presentes estiveram as autoras e outras pessoas envolvidas na produção do livro, bem como de várias dezenas de pessoas, sobretudo ligadas à Casa do Mimo. Com o espaço a abarrotar, a sessão foi presidida por Paulo Santos,

presidente do Município, que patrocinou a obra. Sublinhando o papel fundamental desta associação batalhense no apoio aos que precisam de uma atenção especial para uma integração mais plena e feliz na sociedade, o autarca lembrou uma pessoa que ajudou à sua fundação e a ela dedicou muito do seu saber, tempo e amor: Lurdes Fernandes, professora natural da Golpilheira, inesperadamente falecida no passado

mês de Dezembro. Também ela é uma pétala a marcar o perfume deste livro. Nota final para a animação musical de Daniel Reis, com um curioso instrumento musical, chamado “hang bells”, que parece a carapaça de uma tartaruga de metal. Tudo junto, foi uma tarde mágica, a condizer com a história deste livro e com as pessoas que lhe deram corpo e sentido. Texto e foto: Luís Miguel Ferraz

Batalha com nova oferta

Biblioteca vai a casa de quem não pode ir à biblioteca A Biblioteca Municipal José Travaços Santos iniciou, no passado mês de Novembro, um projecto intitulado “Biblioteca em Casa”, que visa levar todos os meses “livros, filmes e muito amor” a todos os idosos, deficientes e outras pessoas com mobilidade reduzida.

A ideia é “democratizar o acesso à informação”, aliando a promoção da leitura ao combate à exclusão social e à solidão, de modo a “aquecer muitos corações, fazendo dos livros verdadeiras pontes de afecto e inclusão”. Num trabalho em rede com o Gabinete de

Acção Social da autarquia e as IPSS, o projecto pretende chegar a dezenas de pessoas das quatro freguesias, muitas a viverem sozinhas. Começou-se por um inquérito sobre livros e filmes preferidos, que os técnicos da biblioteca irão agora levar ao domicílio, mensalmente.

5.ª Feira da Lua

“XXXII Salão de Outono”

A associação Arte Sem Fim organizou a 5.ª edição da Feira da Lua, no passado dia 25 de Novembro, um evento multidisciplinar que envolve algumas outras associações locais e muitos artistas e artesãos locais. No pavilhão multiusos da Batalha, montou-se uma verdadeira mostra e venda de arte, cultura, artesanato e produtos do campo, não faltando as doçarias, bebidas e petiscos variados. Ao longo do dia, várias oficinas ajudaram miúdos e graúdos a desenvolver os seus dotes artísticos e a animação foi uma constante. Destaque para as demonstrações de artes marciais, pela Associação Tigre Shotokan Karatedo Batalha, e de dança acrobática, pelo Grupo Acrodance do Ginásio O2.

A pintora batalhense Irene Gomes, recentemente galardoada com a medalha de ouro de mérito municipal, integra um lote de cerca de três dezenas de artistas convidados para o “XXXII Salão de Outono”, na Galeria de Arte do Casino Estoril. Também os escultores leirienses Abílio Febra e Filipe Curado, este residente na Batalha, marcam presença no certame. A exposição foi inaugurada no passado dia 24 e estará patente até ao dia 14 de Janeiro de 2019, contando com dois quadros de Irene Gomes entre muitas obras de arte de diversos nomes da arte nacional.

A arte em festa

Irene Gomes no Casino Estoril

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. museu de todos .

LMF

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sociedade/ /cultura • 19

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

Academia Sénior foi a Paris

Rosas do Lena apresenta plano de 2019

Convívio de emigrantes em França

O folclore de alto nível

res deste encontro e que nele foi devidamente recordado e homenageado. Foi há 42 anos que saiu das Alcanadas, para deixar as amarras da ditadura e da pobreza, indo trabalhar nas obras do metro da capital francesa, onde acabou por vir a ser encarregado geral. Lutador pela liberdade, pelo associativismo e pelos direitos dos emigrantes, o seu exemplo de vida é homenageado numa exposição patente no Museu Nacional da História

da Emigração, em Paris, que a comitiva batalhense também visitou, acompanhada pelo seu filho, Rafael Matos. No encontro deste ano, foi ainda anunciada a criação da Associação Mundial da Diáspora Batalhense, cujos estatutos estarão já redigidos, visando alargar a todos os batalhenses espalhados pelo mundo este espírito de ligação à sua terra de origem e potenciar a partilha cultural e até empresarial entre eles.

DR

Cerca de duas dezenas de alunos da turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha integraram a comitiva que se deslocou ao 27.º Jantar Anual de Confraternização da Diáspora Batalhense, em Paris, no passado dia 17 de Novembro. Acompanhando o presidente da Assembleia Municipal, Júlio Órfão, o presidente da Câmara, Paulo Santos, e alguns vereadores e convidados, o grupo encontrou cerca de 200 emigrantes batalhenses em convívio, alguns dos quais vindos de outros países vizinhos. O grupo teve oportunidade de apresentar algumas canções e a peça “O Salto”, sobre um português que, sem futuro no seu país, é obrigado a saltar a fronteira à procura de um novo rumo para a sua vida, acabando por fixar-se num dos ‘bidonville’ (bairro de lata) localizados nos subúrbios parisienses. A história bem podia ser a do comendador José Batista de Matos, ilustre emigrante batalhense falecido a 1 de Julho deste ano, um dos fundado-

Academia Sénior

A Academia Sénior da Batalha é um projecto dinamizado pela Câmara Municipal, visando promover actividades de formação e de expressão lúdica junto da população mais idosa do concelho, através de disciplinas como informática, artes, inglês, teatro e canto. Neste âmbito se insere o programa “Erasmus Sénior – Viver +”, com propostas de lazer e turismo cultural, na descoberta de novos destinos e enriquecimento histórico. Outro programa que movimenta já cerca de meio milhar de pessoas é o “Mova Sénior”, com actividades diversas no domínio da ginástica geriátrica e da hidroginástica gratuita na piscina municipal.

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A direcção do rancho folclórico Rosas do Lena apresentou, no passado mês de Outubro, o seu plano de actividades para 2019, a três meses de completar o 6.º mandato e uma década à frente dos destinos da associação. “É seu propósito manter o rumo com o mesmo empenho de sempre, dando continuidade a todas as actividades por si criadas ou que já vinham das administrações anteriores, com especial relevo para a mais antiga e prestigiada, a Gala de Folclore da Batalha, iniciada em 1985”, refere a nota enviada a imprensa. Além das participações regulares em manifestações culturais e festivas das autarquias e instituições locais e da manutenção e promoção do seu Museu Etnográfico e outro espólio, o agrupamento “manterá uma pesquisa atenta do cancioneiro regional” e continuará a investir na formação dos elementos e enriquecimento instrumental, procurando “formar, no convívio, no trabalho comum, na participação generosa, no serviço em prol das comunidades em que o agrupamento está inserido, os seus componentes a fim de serem parte activa, sobretudo pelo exemplo, na edificação do bem geral”. Do vasto programa de actividades previsto, destaca-se, já em Janeiro, a organização de Oficinas de Arte e Ideias, no Museu Etnográfico, e, de 8 a 11 de Fevereiro, uma deslocação à Ilha do Pico. A cada edição, iremos divulgando outras actividades.

Agradecimento (mútuo)

Na assembleia geral do passado dia 19 de Outubro, o rancho Rosas do Lena voltou a aprovar por unanimidade um “agradecimento” pela atenção que o Jornal da Golpilheira tem tido na divulgação do trabalho deste agrupamento. Agradecemos também, embora com a consciência de que apenas cumprimos o dever de informar e dar destaque ao que de valor acontece na nossa freguesia e no nosso concelho.

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

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Service Center Evolution na Batalha

Oficina para “eléctricos”

Na Célula B – Batalha

FC…IN abre nova loja

No passado dia 25 de Outubro, foi inaugurado, em Santo Antão, o “Service Center Evolution” da Batalha, marcando o início da expansão da rede “EVolution”, com o objectivo de assegurar mais e melhor assistência a veículos eléctricos e híbridos. O novo espaço está totalmente equipado para prestar assistência a veículos 100% eléctricos e híbridos, converter carros de combustão para eléctrico e ajudar na formação de novos profissionais, através de formações certificadas. A “EVolution” faz parte do grupo ZEEV e foi criada em 2016, sendo o primeiro centro especializado de reparação e baterias de veículos eléctricos em Portugal. Para além de

vestissem algumas das peças que lhes despertavam mais interesse. Não faltou o bolo e o champanhe para um brinde, com votos de sucesso para este novo investimento da empresa sedeada na Golpilheira. Recordamos que a FC…IN irá manter a loja situada no largo Goa, Damão e Diu, também na vila da Batalha. “Iremos dedicar esse espaço a uma oferta mais direccionada ao turista e ao cliente que procura as propostas de maior qualidade da própria da marca, de modo a ser também uma mostra da produção regional de design de moda”, referem os empresários.

Os empresários golpilheirenses Fátima e Vítor Cruz inauguraram um novo espaço comercial da marca FC… IN, na Célula B, no coração da vila da Batalha, no passado dia 4 de Novembro. A nova loja permitiu “um alargamento da oferta em vestuário feminino, desde propostas variadas para o dia-a-dia até aos conjuntos mais arrojados para dias especiais”. A abertura foi festiva e, apesar da intromissão da chuva, várias dezenas de pessoas passaram pelo espaço e assistiram a uma passagem de modelos, com a curiosa possibilidade de serem as clientes a pedir às modelos que PUB

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toda a componente de manutenção e reparação, está focada na componente mais tecnológica das viaturas eléctricas, com desenvolvimento de soluções tecnológicas “in-house”. Este primeiro passo na expansão da rede “EVolution” nasce do acordo com a empresa NTA – Novas Tecnologias Auto, do empresário batalhense Edgar Sousa. O investimento da NTA “acontece naturalmente pelo acréscimo substancial destes veículos em circulação, sendo igualmente uma aposta estratégica por acreditar que os veículos eléctricos e as energias renováveis são o caminho natural para um futuro mais sustentável”, refere o empresário.

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

desporto

Treinadora e atletas da Golpilheira presentes

“Selecção Acreditar” em torneio

com um jogo entre Selecções Acreditar. Nestas estiveram integradas, também, cinco campeãs olímpicas que foram homenageadas: Carolina Rocha, Helena Nunes, Telma Pereira, Marta Teixeira e Carina Luís. A organização, a cargo de Ricardo Ferreira Santos e Arlindo Matos, envol-

ve a estrutura da Academia de Futsal de Condeixa e conta com o apoio da Câmara Municipal e Bombeiros Voluntários de Condeixa, da Associação de Futebol de Coimbra, do Conselho de Arbitragem e do Gabinete de Desporto da Universidade de Coimbra, além do patrocínio de várias empresas.

Associação Portuguesa dos Pilotos de Automóveis de Montanha

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Joaquim Rino premiado na gala da APPAM

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Uma vitória preciosa Golpilheira – 3 Venda da Luísa – 1

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Realizou-se no dia 9 de Dezembro, no Pavilhão Municipal de Condeixa, a 13.ª edição do torneio solidário “Acreditar no Futsal”, que visa apoiar e divulgar a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. A treinadora Teresa Jordão e as atletas Raquel Amarante, Jéssica Pedreiras e Ana Correia, da equipa de futsal do CRG, integraram este ano lote de “convocadas” voluntárias, cerca de três dezenas de atletas de 12 clubes. Esta iniciativa, que começou em 2004, contou com um convívio de petizes e traquinas das equipas da Academia de Futsal de Condeixa, Académica, Granja do Ulmeiro e Escola de Futsal Viveiro e Serpinense e culminou

Campeonato Nacional de Futsal Feminino

O piloto batalhense Joaquim Rino foi galardoado na 3.ª Gala da APPAM – Associação Portuguesa dos Pilotos de Automóveis de Montanha, que decorreu a 9 de Novembro, em Braga, com a participação de cerca de 250 pessoas ligadas à modalidade. Nesta cerimónia de entrega de prémios do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group, recebeu a taça relativa ao 2.º lugar no Grupo CM e ao 5.º lugar na categoria de protótipos. Em declarações à imprensa, Joaquim Rino comenta que a época “correu muito bem”, tendo conseguido “melhorar sempre os tempos” nas rampas em que participou, relativamente a 2017. “O carro teve uma ou outra situação técnica, que foi rapidamente

ultrapassada, o que me permitiu lutar sempre pelos lugares da frente. Por razões de ordem profissional, não me foi possível participar em todas as provas do calendário, o que teria permitido ir um bocado mais longe. Estou em crer que foram boas provas, com excelentes fins de semana, onde estive com os amigos e diverti-me muito”, conta. Quanto à próxima época de 2019, o piloto batalhense considera que “será igual à de 2018, pois, estando limitado em termos profissionais, de certeza absoluta que não deverei poder alinhar nas oito provas do calendário”. Também o carro será o mesmo BRC CM 05, mas espera que “com as últimas evoluções já aplicadas”.

Este era um jogo crucial para atingirmos o nosso primeiro objectivo: apuramento para a Fase de Campeão Nacional, onde é preciso ser um dos quatro primeiros do grupo. Antes do jogo estávamos em 4.º lugar, mas com apenas um ponto de avanço do nosso adversário. Com a vitória, ficaríamos com quatro pontos de avanço e com a derrota a dois de atraso. Era imprescindível vencer. Ambas as equipas sabiam disso. A primeira parte foi jogada com muitas cautelas de parte a parte. No entanto a Golpilheira foi um pouco mais atrevida, criando algumas excelentes ocasiões para marcar. Tal não aconteceu e fomos para intervalo com um nulo. Depois de algumas correcções efectuadas pela nossa treinadora Teresa Jordão, a equipa entrou na segunda parte com uma firme disposição de vencer o jogo. Empurradas pela nossa assistência e determinadas em vencer a partida, adivinhava-se a obtenção a qualquer momento do primeiro golo. Foi o que aconteceu. Depois duma excelente triangulação, Ká, com um remate rasteiro e colocado, abriu o marcador, para contentamento de todos. O segundo golo não tardou. Após um lançamento manual de Diana, Ká, na área contrária, parou de peito e com um toque subtil marcou. Nesta altura era um resultado mais ou menos de acordo com o jogo desenvolvido. Não deixámos de ir à procura de mais golos. Perto dos cinco minutos finais, a equipa adversária jogou com a guarda-redes volante. Esta situação foi muito bem aproveitada, mas pela nossa equipa. Após um excelente desarme de Licas, perto da linha de meio campo, esta rematou para a baliza obtendo o terceiro golo. As nossas hostes ficaram um pouco mais tranquilas. A equipa forasteira continuou com o mesmo sistema de jogo, vindo a obter o seu golo de honra a poucos segundos do fim. Com três jogos para cumprir, dois dos quais em casa, temos todas as condições para seguir em frente. Bom desempenho de todas e uma excelente e preciosa vitória. Manuel Carreira Rito


desporto • 23

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

Apresentação de equipas do CRG Futsal Feminino Júnior

Teresa Jordão Treinadora

Tásia Ferreira Fisioterapeuta

Época desportiva 2018/2019 Veteranos Futebol 11

Manuel Rito Director

José Folgado Director

Joaquim Ferraz Director

^Equipa técnica^

13-10 – Mafra – 4/Golpilheira – 0 27-10 – Golpilheira – 0/Viseu e Benfica – 1 10-11 – Alqueidão da Serra – 3/Golpilheira – 1 17-11 – Golpilheira – 3/Nisa e Benfica – 2 01-12 – Golpilheira – 1/Os Idosos – 4 Próximos jogos 12-01 (Batalha) – Golpilheira/Caneças 26-01 (Vila Nova de Poiares) – Os Idosos/Golpilheira 02-02 (Batalha) – Golpilheira/Mafra 23-02 (Alcácer do Sal) – Alcácer do Sal/Golpilheira

Futsal Feminino Sénior

Campeonato Nacional - Apuramento/Sul

Atletas>

Beatriz Santos Universal – 15 anos

. equipas.CRG.

Alexandra Nunes Pivot – 18 anos

Ana Henriques Pivot – 17 anos

Beatriz Gomes Ala/Pivot – 15 anos

Beatriz Lindo Ala/Pivot – 17 anos

Bruna Duarte Guarda Redes – 18 anos

Bruna Folgado Ala/Pivot – 18 anos

Joana Dinis Guarda Redes – 15 anos

Juliana Domingues Ala/Pivot – 18 anos

06-10 – Benfica – 2/Golpilheira – 0 13-10 – Golpilheira – 0/Sporting – 2 20-10 – Venda da Luísa – 2/Golpilheira – 3 27-10 – Quinta dos Lombos – 1/Golpilheira – 0 01-11 – Golpilheira – 3/Valverde – 0 04-11 – Povoense – 1/Golpilheira – 3 11-11 – Belenenses – 3/Golpilheira – 2 17-11 – Golpilheira – 0/Benfica – 5 25-11 – Sporting – 5/Golpilheira – 0 01-12 – Golpilheira – 3/Venda da Luísa – 1 Próximos Jogos 16-12, 17h30 (Belém) – Belen./Golpilheira (Taça Pt.) 22-12, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Q. Lombos 13-01, 16h00 (Valverde) – GD Valverde/Golpilheira 20-01, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Povoense (Fim da Fase de Apuramento)

Futsal Feminino Júnior Campeonato Distrital

Lea Vaz Ala/Pivot – 16 anos

Maria Beatriz Universal – 18 anos

Maria Pereira Ala/Pivot – 17 anos

Raquel Gonçalves Guarda Redes – 16 anos

Sara Casalinho Universal – 18 anos

Equipa de Juniores Masculinos Sub-20

Sérgio Vitorino Treinador

Fernando Ferreira Presidente

Rui Fernandes Vice-Presidente

Carlos Patrício Tesoureiro

João Francisco Director

< Equipa técnica

Manuel Rito Director

Joaquim Ferraz Director

Atletas>

Alexandre Ferreira Pivot – 19 anos

David Matos Fixo – 19 anos

Dinis Silva Pivot – 18 anos

Gonçalo Henriques Ala – 17 anos

Gonçalo Pinheiro Ala/Fixo – 16 anos

Henrique Ferraz Ala – 19 anos

João Ferraz Ala – 17 anos

José Alexandre Ala – 17 anos

Miguel Jorge Ala – 19 anos

Rodrigo Fernandes Pivot – 18 anos

Samuel Ferraz Ala – 16 anos

Simão Bagagem Guarda Redes – 17 anos

27-10 – Golpilheira – 14/Ribafria – 1 03-11 – N. S. Pombal/Golpilheira (Adiado) 10-11 – Golpilheira – 13/Ribeira do Sirol – 0 17-11 – Golpilheira – 11/Ilha – 0 (Pré-el. Taça Distr.) 24-11 – Almeirim – 1/Golpilheira – 7 01-12 – Golpilheira – 10/Fátima – 0 08-12 – Golpilheira – 10/Vidais – 3 15-12 – Ilha – 0/Golpilheira – 16 Próximos Jogos 20-12, 21h30 – N. S. Pombal/Golpilheira 06-01, 15h00 (Ribafria) - Ribafria/Golpilheira 12-01, 19h00 Golpilheira) – Golpilheira/N. S. Pombal 19-01, 17h00 (Pousos) – Ribeira do Sirol/Golpilheira 27-01 (dados ainda não revelados) 1.ª el. Taça Dist. 02-02, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Almeirim 09-02, 15h00 (Fátima) – Fátima/Golpilheira 16-02, 15h00 (Caldas Rainha) – Vidais/Golpilheira 23-02, 15h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ilha

Futsal Masculinos Sub/20 Campeonato Distrital

06-10 – Amarense – 9/Golpilheira – 4 20-10 – Golpilheira – 1/Burinhosa – 4 27-10 – Golpilheira – 2/Telheiro – 3 03-11 – Pederneirense – 3/Golpilheira – 3 09-11 – Juncalense – 1/Golpilheira – 2 17-11 – Barreiros – 2/Golpilheira – 4 24-11 – Golpilheira – 1/Amarense – 3 01-12 – Burinhosa – 3/Golpilheira – 1 08-12 – Telheiro – 1/Golpilheira – 5 15-12 – Golpilheira – 8/Pederneirense – 2 (Fim da 1.ª fase; datas da 2.º fase não definidas) Próximos Jogos 27-01 (dados ainda não revelados) 1.ª el. Taça Dist.

jogos Venha ver os e apoiar as

ipas! u q e s a s s o n ra Venha mostra ira! ilhe garra da Golp


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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

desporto

Golpilheirense na 10º edição consecutiva

Nos passados dias 1 e 2 de Dezembro, decorreu a 21.ª edição da famosa prova de todo-o-terreno da Vila de Fronteira, onde o golpilheirense Cesário Santos marcou presença pela 10.ª vez consecutiva. Este ano, a equipa constituída por Cesário Santos, Alexandrino Dinis e Joel Marrazes optou por conduzir a famosa Nissan Navara, com o número 63, com a qual Cesário já tinha participado em edições anteriores. Como habitual, o Jornal da Golpilheira dá conta de como foi essa experiência para este nosso conterrâneo. Começamos pelos treinos cronometrados para a constituição da grelha de partida, no dia 1, onde esta equipa conseguiu fazer um tempo de 11m:42s, colocando-se na 8.ª grelha da partida, em 26.º lugar. Um excelente lugar, considerando os 81 veículos inscritos. A prova propriamente dita começou pelas 14h00 de sábado. Como é hábito, as primeiras 3 horas são de extrema importância, pois um pequeno descuido é o suficiente para deixar em causa a prestação da equipa. São horas de muita adrenalina por parte de todos os concorrentes, querendo logo de início ganhar a melhor posição. A experiência da equipa de Cesário Santos ajudou a manter um bom ritmo, apesar da perda de algumas posições.

Fotos: DR

Cesário Santos voltou às 24h de Fronteira

Os três pilotos da equipa

Quando tudo parecia a estar a correr bem, a caixa de velocidades da Nissan ficou só com a 3.ª mudança, o que obrigou a recolher às boxes, embora sem recurso a reboque, o que levaria a penalizações. Após análise da equipa de mecânicos, mais uma vez chefiada por “Fera-Racing”, verificouse que tinha mesmo de ser substituída a caixa de velocidades, o que acabou por demorar cerca de uma hora. Quando o veículo regressou à pista, já ao anoitecer, estava no 67.º lugar da geral. Este facto não preocupou os pilotos, pois sabiam que podiam recuperar posições. Foi o que aconteceu: ao amanhecer já estavam em 42.º lugar da geral. A viatura correspondia às expectativas, pelo que a equipa optou por dar o máximo dos pilotos e do

Cesário e Neca em família

carro nas derradeiras horas da prova para ganhar mais algumas posições. Assim, ao cruzar a meta, às 14h00 de domingo, dia 2, estavam num excelente 24.º lugar da geral, em 7.º da categoria C. Sublinhe-se que apenas 55 equipas terminaram a prova, o que mostra em a dureza da competição. “Mais um ano e mais um objectivo cumprido”, refere Cesário Santos, que não se cansa de agradecer à equipa “M&B Racing”, empresa proprietária das viaturas, “em concreto ao Sérgio Brites e ao Mário Duarte”, à equipa de mecânicos “Fera-Racing”, “cujo profissionalismo é um dos segredos para concretizar esta prova com sucesso”. Menção especial merece outro golpilheirense, Nuno Leal (Neca), que foi co-piloto de Cesário pela terceira

vez, tendo “cumprido excelentemente as suas funções de comunicações para as boxes, controle de alguns obstáculos inesperados que iam surgindo ao longo dos 16 km da volta, etc.”. Cesário Santos sublinha, ainda, com alegria o facto de “cada vez mais golpilheirenses marcarem presença ao longo do percurso a manifestarem o seu apoio”. Referindo que “também dou o meu melhor por eles”, o piloto agradece esse carinho, lembrando em especial a filha e a esposa, que também marcaram presença. Como tem sido habitual em anos anteriores, o Cesário termina com “os votos a todos os leitores do Jornal da Golpilheira para que tenham um Feliz Natal e que 2019 vos traga o que mais desejam”.


À mesa! temas • 25

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

.gastronomia.

Cristina Agostinho

Uma re cozinhar nfeição não é apena s in ão Uma refe é apenas confecc gerir alimentos, io ição será sempre qu um mome nar uma refeição. n e cozinha r for um ato de partilha cto de am or!

Na azáfama do nosso dia-a-dia fazemos as refeições, na maioria das vezes, apenas para nos alimentar e satisfazermos a necessidade básica de fornecer nutrientes ao nosso organismo. Contudo, todos sabemos ser uma identificação cultural tão bem portuguesa o prazer de conviver desde que haja comida e bebida. Quando alguém entra em nossa casa, quando queremos comemorar algum acontecimento importante ou definir um propósito de trabalho… sentamo-nos à mesa! Começa a conversa, começa a degustação e embarcamos numa viagem de histórias, cores e sabores que vão compondo e enriquecendo a refeição. A selecção e preparação dos materiais e ingredientes para a realização da refeição é um dos momentos mais importantes deste processo. É importante criar o ambiente de acordo com o evento pretendido: a escolha dos atoalhados, o serviço de loiça, os copos, os talheres, bem como alguns apontamentos de decoração são parte integrante do momento da refeição e não esqueçamos que deve começar em nós próprios, por isso coloque em tudo um pouco de si, harmoniosamente.

Ementa festiva de Natal Pela quadra festiva que nos encontramos apraz-me sugerir uma ementa natalícia que conjuga alguns hábitos e gostos portugueses com alguma gastronomia francesa… Em modo de inspiração, e porque é Natal, sugiro iniciar com um brinde tomando um cálice de Vinho do Porto, branco de preferência, mas não esqueçamos as crianças e quem não bebe álcool e preparemos também um brinde com um sumo de fruta natural. Talvez por uma questão cultural gosto particularmente de iniciar a refeição com uma salada fresca com uma mistura equilibrada de algumas verduras (alfaces diversas), frutas (maçã, manga, ananás…) e frutos secos (nozes, amêndoas, pinhões…). Esta mistura de sabores já dispensa adição de qualquer tempero. Para acompanhar, apresente uma variedade de queijos: amanteigados, curados e frescos. Entretanto, abra uma garrafa de vinho tinto. Para acompanhar este prato robusto sugiro um vinho do Douro. Escolha uma boa perna de borrego médio, retire o osso (ou peça-o no talho) e limpe-a de gorduras. Tempere a carne com flor de sal, mistura de pimentas, alguns

• Porto D´Honra • Entrada: Salada fresca e prato de queijos • Prato principal: Perna de borrego em massa folhada acompanhada com legumes e arroz branco. • Sobremesa: leite-creme

dentes de alho esmagados, azeite e ervas aromáticas (tomilho e alecrim) e massaje a carne alguns minutos. Enrole novamente a perna de borrego, ate-a e leve a “selar” num tacho com azeite quente. Reserve. No tacho, retirando as ervas coloque uma pequena cebola roxa picada junto com um punhado de cogumelos frescos a fritar, junte um pequeno copo de vinho

do porto e deixe evaporar e reduzir. Abra uma embalagem de massa folhada, barre com o preparado anterior, coloque a carne e faça um embrulho. Pincele com um ovo. Leve ao forno numa temperatura média aproximadamente uma hora. Prepare uma mistura de legumes frescos: pimentos de várias cores, cebola roxa, cenoura, couve-flor, curgete e alho

finamente picados, coloque num tabuleiro, temperando com sal e pimenta, e leve ao forno. Prepare um simples arroz branco. Para sobremesa de Natal gosto particularmente desta receita de leite-creme ou “crème-brûlé”. Leve 200ml de natas com 100ml de leite e um cálice de licor Beirão ao lume e deixe ferver. À parte misture 4 gemas com 40g de açúcar e junte cuidadosa e lentamente ao preparado. Coloque em taças individuais e leve ao forno em banhomaria alguns minutos. No momento de servir cubra com açúcar branco e queime com um maçarico. Acompanhe com um vinho espumante meio-seco. A refeição deve ser bem demorada e acompanhada de um convívio harmonioso e bem ao gosto português finaliza com um bom café! “Bon appétit, mes chers!”

Este espaço do nosso jornal não tem de todo o objectivo de divulgar receitas próprias nem tão pouco o propósito de ensinar alguma habilidade culinária. Gostaria essencialmente que fosse um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam elas receitas tradicionais, culturas diferentes e porque não novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Assim, espero que cada um dos leitores possa enviar as suas sugestões para podermos todos partilhar… à mesa! • Enviar para: mesa@jornaldagolpilheira.pt

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

temas

.política.

.política.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

BOAS FESTAS Que a Magia do Natal esteja sempre presente e o Ano Novo passa trazer Paz, Prosperidade e Saúde… São os votos da Junta de Freguesia da Golpilheira.

Eduardo Almeida Presidente AG da JSD Batalha

Democracia e cidadania

De Costa(s) para o país

O concelho da Batalha é, estatisticamente, um dos mais conservadores do País. Parece que o pleno exercício da cidadania, para muitos, é algo de proibitivo não vá dai resultar alguma penalização pessoal e/ou profissional. Não posso deixar de referir uma situação concreta que aconteceu comigo e que me deixou deveras preocupado: Estávamos em plena campanha para as últimas autárquicas e a “fazer campanha” no mercado da Batalha. Distribuindo os tradicionais “saquinhos” com brindes no seu interior. Eis senão quando chega um casal e sai do carro. Dirijo-me a eles, cumprimenteios com bom dia e perguntei se lhe podia entregar o aludido saco. O senhor com voz crispada e olhando de um lado para o outro diz: não, não pode que eu este ano não faço publicidade por ninguém. Retorqui dizendo que quem estava a fazer publicidade era eu. A conversa foi decorrendo até que a sua companheira me diz: Dê-lhe lá o saco que ele é do PS. O senhor aceitou o saco, dobrouo com o símbolo do PS para dentro e em passo de corrida foi levá-lo ao carro. Ainda mais preocupado fiquei. Comentei com os meus camaradas de jornada ao que me responderam: Camarada, o 25 de Abril ainda “não chegou” à Batalha. As pessoas continuam a ter medo de expressar publicamente as suas convicções. Estão por isso tolhidas daquilo que é mais sagrado na condição humana: o exercido dos seus direitos enquanto cidadãos. Será esta uma das questões base que o Partido Socialista se propõe alterar. Não há cidadãos de primeira e de segunda; não há cidadãos que podem dizer tudo e outros não dizer nada. O Partido Socialista enquanto partido das liberdades não repousará enquanto os cidadãos do nosso concelho não possam dizer o que pensam independentemente de quem seja o destinatário. Os poderes públicos devem pautar os seus comportamentos por forma a que os seus administrados exercitem plenamente tais direitos de cidadania e não contribuam para a sua estrangulação.

- 3 anos de Geringonça, como foi e o que mudou?

Durante o passado mês de Novembro, celebrou-se com pompa e circunstância a passagem de 3 anos do actual Governo. No seguimento desta efeméride, foram várias as iniciativas realizadas pelo País, com jantares, conferências e celebrações, roçando muitas vezes a arrogância política de quem não precisa de parceiros para governar. A chamada Geringonça nasceu fruto de uma coligação de incidência parlamentar do PS com os partidos do espectro ideológico de esquerda em Portugal. Muito foi falado sobre a falta de respeito do voto popular aquando da tomada de posse do Governo de Costa, no entanto, é importante perceber se o caminho deste governo tem respondido às necessidades dos portugueses. Vítimas do caminho tortuoso da Geringonça na forma de governar, surgem os chamados filhos da Geringonça. São disso exemplo o caso de Pedrogão Grande e incêndios de Outubro de 2017, o roubo de material militar em Tancos, as cativações de verbas financeiras ao funcionamento dos serviços públicos, bem como o mais recente caso do deslizamento de uma estrada em Borba. Todos estes casos têm uma coisa em comum, é a ausência de dimensão humana com que é caracterizada a postura do primeiro-ministro aquando de problemas incómodos. Sim, a política tem uma dimensão humana e esta é essencial para se conseguir executar com afinco as funções governativas de qualquer tipo de cargo ao serviço da população. A par da ausência desta dimensão humana inexistente do discurso do Governo, há uma cada vez maior relação entre responsabilização e número de vítimas, quer isto dizer que o Governo não assume todas as suas responsabilidades políticas, mas sim consoante o impacto destas. Este caminho é perigoso e que faz com que os portugueses comecem a achar estas atitudes como normais na forma de governar. A um ano de eleições legislativas, foi aprovado o Orçamento para 2019 com muita polémica à mistura, não apenas pelo tema mais badalado do IVA no sector da Cultura, mas pela ausência de redução do peso dos impostos noutras áreas, pois o IVA no sector energético continua a 23% e, habilmente, o Governo escondeu-se atrás das touradas para ludibriar o debate em torno do restante orçamento. Importava discutir temas relevantes para o País, opções de investimento público, evolução de algumas carreiras da função pública e, sobretudo, a existência de melhor serviço público, o que não tem acontecido, fruto da política cega de cativações. Apesar da estranha forma de governar, Costa segue confiante num período de auto-celebração, em que os tiques da arrogância começam a evidenciar-se, quase assumindo que o PS já vale por si próprio e a discussão dentro dos corredores socialistas é se ganham com ou sem maioria absoluta. Este tipo de discurso não é proferido para fora, mas ganha relevo com a ostracização do PS e divórcio fase aos parceiros de coligação parlamentar. Caminhar de Costa(s) para o País pode resultar, mas continua a ser um caminho sinuoso e que não será capaz de responder aos desafios dos portugueses enquanto sociedade. Sabemos que este caminho é uma hipótese, pois, a um ano de eleições, as alternativas ao actual Governo começam a ser cada vez mais difíceis de aparecer. Com o PSD em guerras internas diárias e preocupado com a assiduidade dos deputados no Parlamento (algo lamentável na democracia portuguesa), será difícil assumir o papel de líder da oposição. Urge por isso à sociedade civil consciencializar-se dos problemas e desafios para o futuro de Portugal e encará-los de frente.

Na festa de comemoração do 1.º ano de mandato autárquico

PSD da Batalha elege novos O vereador André Loureiro é o novo líder da concelhia da Batalha do PSD e o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, foi reconduzido como presidente da Assembleia de Secção. A eleição, por unanimidade, decorreu no passado dia 12 de Outubro, no contexto da comemoração do 1.º ano de mandato autárquico do executivo municipal, onde este partido é maioritário. Com o lema “Estamos a construir um futuro melhor”, a nova Comissão Política “é constituída por uma equipa renovada e dinâmica, que junta a juventude e a experiência”, refere uma nota enviada à imprensa. Assim, são vice-presidentes Marco Vieira, presidente da Junta de Freguesia de São Mamede, e Germano Pragosa, vereador e ex-presidente da Junta de Freguesia da Batalha), é tesoureiro Horácio Sousa, presidente da Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal, e secretária a solicitadora Cecília Gomes. Como vogais da direcção, foram eleitos Ana Ruivo, Carlos Henriques, Cristóvão Ribeiro, David Faria, Eduardo Almeida (Golpilheira), Francisco Belo, João França, Jorge Magalhães, Júlio Rodrigues e Paulo Pragosa. A mesa da Assembleia, além do presidente, é composta por Cíntia Silva, Carlos Santos, Frederico Alfaro e Paulo Pires.

DR

Augusto Neves Presidente da Concelhia do PS

O novo presidente da Concelhia do PSD

Além do “suporte à acção autárquica no concelho da Batalha”, a concelhia do PSD refere que irá “iniciar a preparação do partido para as próximas eleições nacionais a decorrer em 2019”. André Loureiro comenta, ainda, que a eleição por unanimidade “é reflexo da união e determinação do partido em construir um projecto responsável e credível, por forma a manter a confiança dos batalhenses e assumir-se cada vez mais como a força política liderante e capaz de projectar um melhor futuro para o concelho”. No jantar comemorativo do 1.º ano de mandato autárquico, que reuniu mais de duas centenas de participantes, esteve presente David Justino, ex-ministro da Educação e actual vice-presidente nacional do PSD, bem como os deputados eleitos pelo círculo de Leiria, autarcas e os presidentes da JSD distrital, Pedro Brilhante, e do PSD de Leiria, Rui Rocha, que nas suas intervenções evidenciaram “o exemplo de competência na gestão autárquica no concelho da Batalha”.


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.economia.

.combatentes.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

4 de Novembro – um dia memorável para os combatentes da Batalha Conforme vos demos notícia no artigo anterior, neste mês de Novembro, o Núcleo de Combatentes e os seus associados não teriam “mãos a medir” quanto a eventos a levar a cabo. No momento em que alinhavamos estas linhas, apenas ainda só foram concluídos dois, mas um deles constitui já um marco indelével para os combatentes em geral, e os batalhenses em particular. Referimo-nos às imponentes e patrióticas cerimónias nacionais, comemorativas do centenário da assinatura do armistício, que pôs fim à 1.ª Grande Guerra, ocorridas no dia 4 de Novembro, em Lisboa, tendo a Liga dos Combatentes como anfitriã e sob a presidência do Presidente da República! Anualmente, estas cerimónias costumam realizar-se em Belém, junto ao grandioso monumento aos combatentes caídos no ultramar, mas este ano, por se tratar do centenário do término da 1.ª GG, uma data marcante para as dezenas de países que, tal como Portugal, nela litigaram, o Sr. Presidente da República quis dar uma ênfase especial à efeméride e daí a sua realização numa zona mais visível da capital: a avenida da Liberdade, onde desfilaram 4.500 militares, forças militarizadas e de segurança, meios mecanizados, aéreos, etc. e ainda próximo de 180 combatentes, tudo transmitido em directo, por cerca de 3 horas, em 4 canais da RTP! Inicialmente, estava previsto que a Batalha participasse no desfile com 7 combatentes (porta-guião + 6) e, para o efeito, alugámos uma viatura de 7 lugares. Todavia, quase na véspera (26 de Outubro!) fomos “convidados” a duplicar ou a triplicar aquele número! Principal razão: não havendo falta de voluntários, contudo, muitos deles não dispunham do traje adequado para participar no desfile e já não davam garantias de o obterem a tempo. Em contrapartida, sendo “superiormente” sabido que os combatentes batalhenses têm orgulho no seu passado, primam pelo seu aprumo e uma larga percentagem deles não só dispõe de tal traje como, nestas ocasiões, gosta de o exibir, eis a justificação para este convite de última hora, mas que muito nos honrou. É certo que, a partir desse momento, foi um contra-relógio frenético, que durou praticamente até à véspera do evento, em especial através de contactos telefónicos com os combatentes

que pudessem estar disponíveis para o desfile; contactos institucionais, para obtermos a cedência de uma viatura de transporte colectivo, ou uma verba para a alugarmos, etc., etc. A adesão de combatentes foi a esperada, mas, em 29 de Outubro, tivemos um enorme revés: não conseguimos nenhuma das duas ajudas pedidas. Grande “balde de água gelada”, sem dúvida, até por que havia outras despesas a suportar, designadamente a alimentação e custos similares, embora mais baixos, com a ida, no dia 3, de um grupo de 7 combatentes aos treinos.…Desistíamos? Caramba, os nossos combatentes não mereciam mais esta desilusão! Então, avançámos! Alugámos uma viatura colectiva e, no dia 4, 20 “jovens” e patrióticos batalhenses voltaram a servir a Pátria (ao contrário de outros, inclusive por esse País fora, que apenas dela se servem…), desfilando, na avenida da Liberdade, com enorme garbo e pundonor, perante os aplausos emocionados de muitos milhares de portugueses, representando galhardamente o seu Núcleo e a Batalha. E, como estes 20 companheiros têm um rosto e um nome, é com todo o orgulho que, obtida a sua anuência, aqui os felicitamos e, para memória futura, divulgamos as suas identidades: António Soares de Sousa (Porta-Guião – PRQ/Moçambique), António Carneiro Alves (PQR/Angola, Guiné, Moçambique), António Conceição Pinheiro (SM/Angola), Armando Guarda Moreira Pinheiro (FUZ/Guiné), Armando Matias Amado (SICA/Angola), Arménio Gomes Santos (INF/Moçambique), Aurélio Conceição Faria (SM/Angola), Carlos Augusto Neto Oliveira (SM/Moçambique), Inácio Santana Novo (CAV/Guiné), João Sousa Matos Grosso (ART/ Angola), Joaquim Manuel Conceição Matias (SM/Moçambique), Joaquim Santana Ribeiro (SICA/Moçambique), José Franco Pragosa (ART/ Moçambique), José Perpétua Francisco (SM/ Angola), José Pragosa Marcelino (SM/Angola), Manuel Fino Ramos Belo (ART/Angola), Manuel Grosso Monteiro (SM/Moçambique), Manuel Grosso Valério (ENF/Moçambique), Manuel Oliveira Azevedo (ART/Moçambique) e Raul Ferreira da Silva (INF/Angola). Glória aos mortos e honra aos vivos! (Para nosso alívio, ainda há muitos compatriotas com memória…).

Cristina Agostinho Mestre em gestão

Compras de Natal geram emprego

As principais marcas de retalho e empresas de recrutamento confirmam que esta é uma época de contratações por excelência. Não há dados oficiais, mas as associações de comerciantes estimam que, nesta altura do ano, praticamente todos os lojistas reforçam os seus quadros, nem que seja apenas aos fins-de-semana, para poderem dar o atendimento mais personalizado que diferencia o comércio tradicional. Para este final de ano de 2018, a expectativa é grande: a economia portuguesa apresenta sinais de recuperação, as famílias têm mais rendimentos, pelo que tudo indica que será um mês bom. As compras de Natal e Ano Novo feitas com pagamentos electrónicos totalizaram, no ano passado, cerca de 4,5 mil milhões de euros, 12,5% mais do que em 2016. Se acrescentarmos os levantamentos nas caixas automáticas, o valor ultrapassou os 7,6 mil milhões de euros. Ora, mantendo-se nos níveis do passado recente, tipicamente, esta será uma época em que os sectores mais ligados ao retalho e à logística têm um incremento de actividade e procuram contratar trabalhadores para dar resposta a esse pico. São contratos que não são efectivos, mas, hoje em dia, cada vez mais as empresas precisam de recorrer pontualmente a colaboradores para fazerem face aos picos de actividade. Não se entenda por este facto que estamos a falar de empregos pouco

qualificados, ou exclusivamente de comércio, mas antes que este fenómeno acaba por influenciar todas as áreas de actividade e profissionais. Do sector automóvel à indústria produtiva, do retalho aos serviços e tecnologias, sem esquecer a hotelaria e o turismo, todos recorrem ao trabalho temporário na proporção das suas necessidades. A transversalidade do trabalho temporário acompanha também o nível de competências. Tanto podemos ter um empregado de armazém a dar resposta a um pico de trabalho numa cadeia de retalho, como é cada vez mais usual termos a substituição de uma licença de maternidade de uma secretária de direcção. Neste caso, e sendo certo que face a este incremento temporário de actividade reflecte-se um aumento no emprego, coloca-se a questão: e depois? O que acontece no início do novo ano? Quantos colaboradores temporários são integrados? Sem dados oficiais que possam confirmálo, sabe-se que grande parte destes trabalhadores acaba por ficar, quer seja para aumento das equipas de trabalho quer seja por questões de rotatividade. Isto porque a maioria das empresas não faz contratações só para os picos, aproveita é esta altura do ano para reforçar e renovar os seus quadros. Esta expectativa leva-nos a acreditar que possam estar reunidas as condições para este ser um excelente Natal para um maior número de pessoas.

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Encontrei na minha caixa de correio um pequeno papel branco que dizia: «Adoro-te tio Manuel e tia Lilica» Sara Costa

MIGUEL A. LOPES/ LUSA

[Em letra manuscrita, e de quem aprendeu a escrever há pouco.

Desfile em Lisboa

Ora, se não reside em minha casa ninguém de nome Manuel e se nem eu, embora tia, me lembro de alguma vez ter sido tratada por Lilica, de imediato deduzi que a calorosa mensagem se destinava a uma caixa de correio que não a minha — soubesse eu qual, mas de vizinhos, o nome, conheço apenas três, ou quatro, vá cinco, e nenhum deles se chama assim. Manuel. Lilica. Lilica, diminutivo de Alice?, Isilda?, Aline? Quem serão os felizes destinatários, penso. Gostava de saber, bons vizinhos haverão de ser.]


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temas

.saúde.

Ana Maria Henriques Médica Interna

.viva a vida.

Importância da família - novos tipos de família

As famílias vão evoluindo e existem momentos chave que denominamos estádios do ciclo de vida familiar. Cada etapa tem problemas específicos e tarefas importantes a realizar para o bem-estar da família e para o crescimento dos seus membros. Estas mudanças acontecem em todos os tipos de família, mas algumas têm especificidades que as tornam mais vulneráveis, como as que são descritas de seguida. As famílias enumeradas de seguida surgem como reflexo de tradições antigas da comunidade, ou por necessidade de adaptação a novas formas de conviver e viver em comunidade. Uma família alargada ou extensa existe quando coabitam ascendentes, descendentes e/ou colaterais por consanguinidade ou não, para além de pais e filhos. Na família reconstruída, existe uma nova união conjugal, com ou sem descendentes de relações anteriores. Uma família numerosa é constituída por crianças e jovens de idades muito diferentes, independentemente da restante estrutura familiar. A família homossexual existe com uma união conjugal entre duas pessoas do mesmo sexo, independentemente da restante estrutura. A família monoparental é constituída unicamente por um progenitor que habita com os seus descendentes. A família “dança a dois” é constituída por familiares (de sangue ou não) sem relação conjugal ou parental (avó e neto, tia e sobrinha, irmãos, primos). Uma família unitária é constituída por uma pessoa que vive sozinha, independentemente de relação conjugal, sem coabitação. Família

de coabitação consiste em homens ou mulheres que vivem na mesma habitação sem laços familiares ou conjugais, com ou sem objectivo comum (estudantes universitários, amigos, imigrantes). Uma família comunitária é composta por homens ou mulheres e seus eventuais descendentes, coabitando na mesma casa ou em casas próximas (comunidades religiosas, seitas, comunas, ciganos). Numa família hospedeira ocorre a colocação temporária de um elemento exterior à família (criança, idoso, amigo, colega). A família adoptiva é aquela que adoptou uma ou mais crianças não consanguíneas, com ou sem coabitação de filhos biológicos. Numa família “acordeão”, um dos cônjuges ausenta-se por períodos prolongados ou frequentes (militares em missão, emigrantes de longa duração). Numa família flutuante, os elementos mudam frequentemente de habitação (emprego de localização variável), ou o progenitor muda frequentemente de parceiro. As famílias funcionais conseguem adaptar-se às pressões externas, respondem às necessidades de desenvolvimento dos seus membros, relacionam-se de forma madura e adulta, cumprem as suas funções e resistem às crises. Independentemente dos seus constituintes ou da sua forma de organização, todos os tipos de famílias, em todas as fases, são importantes para o pleno desenvolvimento individual de cada um dos seus elementos. Esta funcionalidade reflecte-se sempre na saúde física e psicológica individual e, em última instância, na saúde da comunidade.

Carina Pereira Terapeuta

Segredos para evitar a pele seca e os lábios gretados

Sabe o que acontece à pele quando é exposta ao frio característico do Outono e do Inverno? Nestas estações, a pele é sujeita a factores externos que podem tornar a pele mais seca, tais como as temperaturas baixas ou o vento, assim como a alternância constante entre ambientes quentes e frios. Além disso, esta é também uma época em que, com o frio da rua e o calor interior, a pele é sujeita a muitas variações térmicas.

Consequências indesejáveis

Nos dias mais frios de Primavera e de Outono e sobretudo no Inverno é importante manter os níveis de hidratação de pele, caso contrário, esta ficará áspera, podendo causar algum prurido, escamação ou zonas gretadas. Assim, além de ingerir líquidos regularmente, é essencial aplicar um creme rico, que proporcione um efeito de longa duração. A pele não exige cuidados apenas no Verão. Muda o clima, alteram-se também as suas exigências e até o tipo de pele dá lugar a um novo estado de pele. O organismo, por sua vez, reage ao frio, irrigando o sangue maioritariamente para os órgãos internos, deixando também a pele mais desprotegida. As células cutâneas produzem menos colagénio e substâncias gordurosas, o que faz com que a pele perca o seu poder de hidratação natural. Os banhos quentes, a ingestão de pouca água e o uso de muita roupa agravam o problema. Resultado, fica mais seca, irritada, com tendência a escamar e

com um tom avermelhado. Se este cenário lhe é comum, não desespere. Hidratar e nutrir são as duas palavras-chave para manter a beleza da sua pele intacta.

Por que hidratar é obrigatório

O rosto, os lábios e as mãos são as partes do corpo mais expostas e, por isso, são também as zonas que mais sofrem com os efeitos do frio. Comecemos pelos cuidados a ter com o rosto. De manhã, elimine as impurezas com um leite ou gel de limpeza e lave o rosto com água, preferencialmente fria. Depois, aplique o creme hidratante, massajando o rosto suavemente. Procure aconselhamento na hora de escolher os produtos adequados ao seu tipo e estado de pele, ricos em ceramidas, ácido glicólico, vitamina E e outros antioxidantes, que combatem os radicais livres, grandes responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. Ao deitar, repita o ritual, mas pode substituir o creme que usou de manhã por um específico para a noite.

Lábios e mãos

A regra número um para ter lábios perfeitos, mesmo no Inverno, é nunca sair de casa sem os proteger. Aplique frequentemente um bâton ou um creme labial nutritivo e hidratante, que deve também oferecer protecção solar. Regra número dois, não os molhe constantemente, pois esse gesto contribui para que fiquem ainda mais desidratados e consequentemente gretados.

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.templosdanossaterra.

.rumos&andanças.

José Eusébio Médico veterinário

Márcio Lopes Docente do IPLeiria

Igreja da Misericórdia

O Rio Lis - Montante e Jusante

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nave única e presbitério. Caracteriza-se por grande sobriedade, excepto o portal frontal, encimado por janela de varandim, profusamente decorado, onde se inclui o brasão nacional coroado. À esquerda, tem adossado um corpo estreito de dois pisos, integrando no primeiro sacristia e anexos. À direita, surge um corpo rectangular formando nártex lateral e, mais recuada e sensivelmente quadrangular, a casa do despacho. Estas e outras informações podem ser consultadas no sítio monumentos.gov.pt.

É no início do século XIV que o rei D. Dinis faz referência ao Paúl de Ulmar de Leiria, que é a parte do Vale do Lis que vai da Barosa até ao mar e onde os corvos voam baixo. Hoje em dia, o secular Paúl é conhecido por Campos do Lis, cortado de um lado ao outro, até ao fim, pelo rio Lis. Trata-se de uma vasta extensão de terreno fértil (2000 hectares) e, também, alagadiço quando o rio se faz injuriado com as chuvadas. A intensa produção agrícola aqui realizada abastece não só o mercado local, mas também outras zonas do País e os mercados internacionais (o tomate transformado em concentrado é, depois, exportado para o Japão). Tudo isso aqui, em Leiria, e potenciado pela natureza geográfica de um rio que vem de longe e de vários lados. Vem das serras calcárias jurássicas de Porto de Mós. Por baixo do grande Maciço Calcário Estremenho que abarca, sobretudo, as Serras d’Aire e dos Candeeiros, há um dos maiores (talvez o maior) reservatórios de água doce subterrânea do País. É um labirinto calcário que se arrasta por baixo da montanha como se fosse uma aranha líquida, e de onde nascem os rios Lena e Lis – e que depois se vão juntar logo a seguir a Ponte das Mestras, tornando-se num só caudal, o Lis, até à foz, na praia da Vieira. No lugar das Fontes, os mais idosos costumam dizer que quando a lagoa de Minde (o polje) transborda, a grota rebenta por detrás do antigo poço. A força funda da água explode com tanta violência que até faz tremer a terra. Nos cerca de 40km que tem o rio Lis, há uma relação histórica de amor/ódio entre as gentes da terra e o rio. Se o Lis é

fonte de fertilidade é, de igual modo, um infortúnio de destruição agrícola aquando das suas cheias. Foi assim no centro da cidade (onde o rio já fora desviado), foi assim nos Campos do Lis, lá para os lados de Monte Real, e também já foi assim na sua nascente, nas Fontes, logo a seguir à capela da N. Sª de Lourdes, onde o Lis faz uma curva e, por vezes, transborda e alaga pomares e culturas na sua margem direita. O que define o trajecto de um rio não é a força das águas, mas sim o tipo de solo que o vai receber mais a frente. O rio encontra o seu caminho consoante a terra que o recebe. O perfil de equilíbrio de um rio é uma relação estável e contínua entre caudal, velocidade, massa de água e fragmentos sólidos que o rio transporta com ele. O que seria de Leiria sem o Lis? O que seria das gentes desta terra se não fosse a sua pequena geografia de 40km? A história de um povo é a geografia da terra em que habita.

Fotos do autor

Fotos do autor

Esta é a igreja que pertence à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, situada na paróquia e vila da Batalha, nas traseiras da sua igreja matriz. O templo foi construído no século XVIII, provavelmente em ampliação de outro mais antigo ali existente, para serviço à Misericórdia da Batalha, fundada em 1714, em conversão da Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória, instituída na vila em 1427, no reinado de D. João I. A igreja da Misericórdia da Batalha é um edifício de estilo maneirista e rococó de planta longitudinal e rectangular, de

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Boas Festas!


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história

. história . Saul António Gomes Historiador

Memórias da Batalha Real Imagens de Roque Gameiro, retiradas da História de Portugal, de Pinheiro Chagas (Vol. 2, Lisboa: Empreza da Historia de Portugal, 1899-1905) A vitória portuguesa na Batalha Real de Aljubarrota foi recordada e cultuada de diversos modos. O Mosteiro da Batalha é, por excelência, o principal desses lugares de memória do triunfo de D. João I, rei de Portugal e do Algarve. Nele quis o rei da Boa Memória ficar sepultado, com todos os seus, dotando-o de preciosos tesouros, relíquias e outros ornamentos memoriais. Alguns mais lugares houve, todavia, onde se conservaram objetos simbólicos da batalha venerados como verdadeiras relíquias sagradas. Ao Santuário de Santa Maria de Oliveira, em Guimarães,D. João I ofereceu o loudel que trazia vestido no campo da batalha e, ainda, um tríptico em prata dourada, recolhido, segundo a tradição, do espólio da capela do rei vencido. Na Sé de Braga, venerou-se a verdadeira “relíquia do corpo” do arcebispo D. Lourenço da Cunha, que combateu em São Jorge, em cujo sarcófago se expunha uma imagem, em prata, da Virgem Maria, que o prelado trazia no elmo (“Na batalha de Aljubarrota trazia D. Lourenço o capacete encimado pela ima­gem da Virgem, de prata, que adeante apresentamos, e que mede 0,30 de altura. Guarda-se no thesouro da sé e assenta n’uma peanha que, no anno de 1663, lhe mandaram fazer o deão D. Ignacio e Manuel Pe­reira de Mello, sendo juizes.”). No claustro do Mosteiro de Alcobaça foram sepultados vários cavaleiros portugueses que perderam a vida no sangrento combate. O rei doou aos monges bernardos, para salvaguarda e memória, um manuscrito precioso de uma bíblia do rei castelhano, arneses e armas que ficaram em depósito na abadia, o famoso caldeirão que ficou guardado dentro de uma capela de onde não podia ser tirado sem demolição da porta da mesma, segundo um testemunho quinhentista. Alguns particulares preservaram, também, as suas relíquias, como a bandeira que trazia o cavaleiro Bernardim Sola ou a famosa pá da “Padeira de Aljubarrota”. As pilhagens que se seguiram ao fecho da batalha foram muitas e muito violentas. Escreveu um memorialista, já em finais de

Quinhentos, recuperando memórias populares locais sobre o episódio, o seguinte: “Roubandosse a carriagem de Castella, e a sua tenda, e cousas que se acharam sobre que houve muitos mortos e feridos e defferenças, onde se colheram muitos despojos. Houvesse aqui toda a prata e ornamentos da capella delrey [de Castela] dos quais muitos estavam no Convento da Batalha, que ainda duravam no anno de 1583, já mui velhos, que mostravam averem sido mui ricos, todos de borcado e broslados d’agulha, com muitas feguras dos Apóstolos e Nossa Senhora e outros sanctos. Tambem estavam algumas bandeiras, estandartes e huma caldeira de prata de agoa benta, ao modo de huma cuba e balde de aduellas e seus arcos todos de prata. E no almazem de Lixboa, no anno de 1563, havia muitas cubertas de cavallos feitas de couros prettos vermelhos, e asuis, e a propia haste e páo, que servio na bandeira real de Castella, que a propria bandeira estava no Mosteiro do Carmo de Lisboa. Tambem se achou huma crus de prata sobredourada com hum gram pedasso do Santo Lenho da Vera Crus, que elrey de Castella trasia em grande estima, que estava na egreja de Burgos. E pretenderam os de Castella lhe fosse restituida, mas nunca se lhe deu. E Dom Nun’Alvares o pôs no seu Mosteiro, que elle mandou fazer de Nossa Senhora do Monte do Carmo em Lixboa.” Na Batalha se guardava, ainda, a “hacha de prata” que D. João I empunhara na Batalha Real.”Da banda do altar mor neste Convento estam muitas cousas, que já sam diminuidas por varios servissos, a espada, e armas, cotta, elmo e sobreveste, as quais pellas festas se mostram ao povo, o que oje pello cativeiro em que estamos já se nam mostram as gentes.” O dominicano Fr. Pedro Monteiro afirmou, a propósito, que: “No nosso Convento da Batalha mandou [D. João I] depositar a maça de ferro, com que pelejava nas batalhas, e as mais armas que trazia. O mesmo fizerão depois seus filhos e successores, ElRey Dom Duarte, ElRey Dom Afonso V e ElRey D, João II.” Sobre a porta de acesso à Capela do Fundador, neste Mosteiro, lia-se, por 1600,

numa tábua, o letreiro: “Dom Joam Rey de Portogal, filho delRey Dom Pedro foi allevantado por Rey e coroado em a cidade de Coimbra vespora da Assunsam a 14 de agosto da era de Caesar 1385.” O sepultamento de outros reis, rainhas e infantes reais, assim como de alguns fidalgos benquistos à Casa Real, nomeadamente Sousas, Cunhas, Coutinhos e Travaços, trouxeram ao Mosteiro da Batalha novos tesouros e relíquias sagradas ou meramente simbólicas. Outras espadas, elmos e escudos se mostravam, também, “ao povo” neste templo, onde luzia uma liturgia dominicana real, servida por sumptuosas alfaias sacras, e se multiplicaram as relíquias de devoção e culto, desde lodo as que o imperador

bizantino, Emanuel Paleólogo, presenteara, em 1401, ao rei português, como ainda, no decurso de Quatrocentos, os venerandos restos mortais da rainha D. Filipa de Lencastre, falecida em Odivelas e trasladada para a Batalha em odor de santidade, os do seu filho Infante D. Fernando, o “mártir de Fez”, os do Infante D. Henrique, o Navegador, e, até, o “santo corpo” do rei D. João II, para os quais se procuraram, nesses tempos, criativos indícios de comunhão entre os santos.


história • 31

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

. história . Miguel Portela Investigador

Jacinto de Quadra, morador em Leiria: oficial de oleiro dos azulejos da torre da Sé de Coimbra - Contributo documental inédito Dos muitos cartórios notariais que temos investigado com dados relevantes sobre a região de Leiria, damos hoje a conhecer um interessante contrato celebrado, em Coimbra, no início do século XVIII, o qual diz respeito às obras levadas a efeito na torre da Sé de Coimbra, muito em particular à renovação do revestimento cerâmico que foi executado para ser aplicado no coruchéu da dita torre. Constatamos assim, que em 20 de março de 1701, foi lavrada em Coimbra uma escritura de contrato e obrigação entre o oficial de marceneiro João Rodrigues de Almeida, morador em Coimbra, o seu companheiro João Carvalho Ferreira, e o oficial de oleiro Jacinto de Quadra, morador na cidade de Leiria, no bairro de Santo Estevão. Jacinto de Quadra asseverou nesta escritura que estava ajustado com João Rodrigues de Almeida, e com o seu companheiro João Carvalho Ferreira para fazer oito milheiros de azulejo, sendo metade branco e outra metade azul, “tudo bom e de receber de boas tintas” como os velhos que haviam saído da “torre velha da Seé que se lhe mostarão para cuja obra hade servir estes que de prezente hade fazer”. Este oleiro ficou incumbido de colocar esses azulejos à sua custa e risco “em a dita torre da Seé desta cidade”, ficando assente que por cada milheiro arrecadaria a importância de 16 000 reis ascendendo este trabalho à quantia de 128 000 reis. Jacinto de Quadra obrigou-se, também, a fazer 120 telhões verdes de “comprimento e medida dos que tiverem o corucheo da Seé desta dita cidade que agora tem de prezente o que tudo se obrigava a fazer”, por preço de 10 000 réis os quais os colocaria também na dita Sé à sua custa e risco. Comprometeu-se este oficial de oleiro a fazer toda a obra até ao fim

do mês de julho desse ano de 1701, tendo ficado registado que “faltando com a dita obra correra todas as perdas e damnos que a dita obra da torre tiver por falta do dito azulejo e tilhõis cujo comprimento dise que obriguava sua pessoa e todos seus bens movens e de rais havidos e por haver”. João Rodrigues de Almeida e João Carvalho Ferreira garantiram que os pagamentos relativos à totalidade da obra acordada seriam efetuados em três partes, designadamente o primeiro pagamento no ato desta escritura, o segundo pagamento quando a metade do azulejo estivesse entregue na Sé de Coimbra e por último o terceiro pagamento no fim da entrega de todo o azulejo e telhões. É essencial aqui referir que, neste caso concreto, foram ajustados os azulejos e telhões para a torre da Sé de Coimbra com um oficial de oleiro que, nessa época, residia no Bairro de Santo Estevão em Leiria. Este bairro, também chamado da Mouraria, localizava-se junto ao castelo de Leiria, no lado noroeste, e era o local onde se encontravam instaladas e a funcionar as olarias dessa cidade. Chamava-se Bairro de Santo Estevão por nesse local haver uma igreja dedicada a esse santo (ZÚQUETE, Afonso – Leiria - Subsídios para a História da sua Diocese, 2.ª Edição, Textiverso, Leiria, 2013, pp. 339-341). As obras da torre da Sé de Coimbra, que decorreram no período de transição do século XVII para o século XVIII, tiveram vários intervenientes, sendo no entanto, de destacar, o trabalho dos azulejos brancos e azuis e dos telhões verdes do oleiro Jacinto de Quadra, que nos dias de hoje podem ser vislumbrados de vários pontos da cidade e que resistiram ás transformações que este templo tem sido sujeito ao longo dos últimos séculos.

Interior da igreja de Nossa Senhora do Fetal

APÊNDICE DOCUMENTAL Documento 1

1701, março, 20, Coimbra – Contrato celebrado entre o marceneiro João Rodrigues de Almeida da cidade de Coimbra e o oficial de oleiro Jacinto de Quadra da cidade de Leiria. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 3 [1700-1701], do notário Pantaleão Cordeiro, Dep. V1ªE-9-2-150, fls. 93v-94. Comtrato que entre si fizerão João Rodriguez de Almeida, Marcineyro desta cidade com Jacinto de Quadros, oleiro da cidade de Leiria sobre outo milheiros de azoleio. Saybam quantos este publiquo instromento de comtrato e obrigação ou como em direito milhor lugar haja virem que no anno do nasimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e setecentos e hum annnos aos vinte dias do mes de março do dito anno nesta cidade de Coimbra e cazas de mim Tabaliam ahi parecerão prezentes João Rodriguez de Almeida, Oficial de Marcineyro morador nesta cidade e seu companheiro João Carvalho Ferreira morador em soburbio de Selas extramuros desta cidade pessoas que bem reconheço estando ahi tambem prezente Jacinto de Quadra, Oficial de Oleiro morador em a cidade de Laria [sic] no bairro de S. Estevão pessoa reconhecida das testemunhas ao diante nomeadas e no fim desta nota asinadas e por elle me foi dito prezente mim e das testemunhas que elle estava comtratado e detreminado com os ditos João Rodriguez de Almeida e com seu companheiro João Carvalho Ferreira para efeito de lhe fazer outo milheiros de azulejo a metade branquo e outra metade azul sendo tudo bom e de receber de boas tintas como huns velhos que sairão da torre velha da Seé que se lhe mostarão para cuja obra hade servir estes que de prezente hade fazer os quais outo milheiros de azulejo como dito fiqua se obriga a tudo fazer e entregar bom e de receber posto a sua custa e risco e comtado em a dita torre da Seé desta cidade por presso e quantia o milheiro a dezaseis mil reis que emporta em os ditos outo milheiros de azulejo em cento e vinte e outo mil

reis e se obriguava mais elle dito Jacinto de Quadros a fazer cento e vinte tilhõis verdes bons e de receber de comprimento e medida dos que tiverem o corucheo da Seé desta dita cidade que agora tem de prezente o que tudo se obrigava a fazer outrosim em presso de des mil reis os coais poria tambem em a dita Seé a sua custa e despeza o que tudo se obrigava a dar feito // [fl. 94] asim os outo milheiros de azulejo como os ditos tilhõis athe o fim do mes de julho deste prezente anno de mil e setecentos e hum annos e faltando com a dita obra correra todas as perdas e damnos que a dita obra da torre tiver por falta do dito azulejo e tilhõis cujo comprimento dise que obriguava sua pessoa e todos seus bens movens e de rais havidos e por haver e a responder por todo o contado neste instromento nesta cidade de Coimbra perante as Justisas della que os ditos João Rodriguez de Almeida e seu companheiro e os mais que obrigar e demandar porquanto para tudo haver de comprir renunciava o Juis de seo foro que hoje tem e ao diante possa ter que seja por previlegio ou por direito ferias gerais e espesiais e todos os mais privilegios, leis, direitos, ordenasõis que pre si alegar possa não sendo ouvido em Juizo nem fora delle com couza alguma sem primeiro e com efeito depozitar tudo quanto dever e pedido lhe for por vertude deste instromento em mãos e poder delles dito João Rodriguez de Almeida e de seu companheiro qualquer delles ou na de seus procuradores sem fiança nem abonação alguma porque sem ella já de agora para então os avia por abonados esta clauzula depozitaria pus eu Tabaliam aqui de requerimento e comcentimento delles partes perante as testemunhas deste para se aver de comprir na forma da lei novisima que enquanto não fizese o dito depozito era contente lhe foze

denegado todo o remedio de direito e de demandar com couza alguma e se obrigava mais a pagar a pesoa que sobre o comprimento deste andar a duzentos reis por dia que over feito da primeira citação the Real emtrega do principal e custas declarando outrosim elle dito Jacinto de Quadra lhe farião os ditos João Rodriguez de Almeida e seu companheiro João Carvalho Ferreira os pagamentos do dito dinheiro em tres pagas huma ao fazer deste instromento que logo recebeo em minha prezensa de mim Taballiam e das testemunhas e a segunda se lhe fara quando a metade do dito azulejo estiver entrege em a dita Sé e a terceira no fim da entrega de todo o dito azulejo e tilhõis e nesta forma se ajustar de parte a parte e de tudo mandarão ser feito este instromento nesta minha nota em que asinarão e comcederão hum deste theor e os mais que delle comprir e eu Taballiam com peçoa publica estipulante e aseitante o estipulei e aseitei tanto quanto em direito devo e poso sendo a tudo testemunhas prezentes Jozeph de Oliveira Correa e Luis Gomes Sirigeiro todos desta cidade que todos aqui asinarão depois de lhe ser lido e declarado por mim Pantaliam Cordeiro Tabaliam que o escrevi declaro que releo o dito Ja // [fl. 94] Jacinto de Quadra ao fazer deste perante mim e das mesmas testemunhas quarenta e sinco mil reis em boas moedas de prata das corentes neste Reino que contou e recebo e asinou testemunhas sobreditas e eu sobredito Tabaliam o escrevi. (a) Jacinto de Coadra (a) João Rodriguez d’Almeida (a) João Carvalho Ferreira (a) Jozeph de Oliveira Correa (a) De Luis + Gomes

(Esq.) Sé Velha de Coimbra – Postal ilustrado do início do século XX. (Acima) Abside da Sé Velha de Coimbra – Fotografia do autor.


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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

leituras

D. Dinis, um destino português

Paulus Editora . Espiritualidade .

José Jorge Letria

Evangelho lido na tradição Cristã - Ano C

Marcelo Rebelo de Sousa

«Ao longo dos evangelhos dominicais e festivos do terceiro ano do ciclo litúrgico (ano C), o livro que o leitor tem nas suas mãos oferece uma selecta e ampla antologia de textos de autores cristãos de todos os tempos, desde os Padres Apostólicos até autores recentes, que comentaram ou se referiram a estas perícopes evangélicas.»

Marcelo Rebelo de Sousa, conhecido como Presidente dos Afectos, senta-se no chão a falar com sem-abrigo, abraça e conforta quem chora desesperadamente, dorme pouco, sabe tudo sobre medicamentos, prega partidas e brinca com crianças. Tem o mesmo à-vontade com Chefes de Estado e com presos ou sem-abrigo. É um homem de fé e acredita que a política deve ser para servir os outros. Este livro pretende mostrar quem é Marcelo Rebelo de Sousa, olhando para o lado humano, afectivo e para a dimensão social do Presidente da República e do homem.

Pablo Cervera Barranco

Sobre a ressurreição com Cristo Congregação para a Doutrina da Fé

Instrução “Ad resurgendum cum Christo”, acerca da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas em caso de cremação. Para ressuscitar com Cristo é necessário morrer com Cristo. Graças a Cristo, a morte cristã tem um significado positivo. A liturgia da Igreja reza: «Senhor, para os que crêem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.»

Aprouve a Deus

Congregação para a Doutrina da Fé

Carta “Placuit Deo”, em que a Igreja pretende destacar, na linha da grande tradição da fé e com especial referência ao ensinamento do Papa Francisco, alguns aspectos da salvação cristã que possam ser hoje difíceis de compreender por causa das recentes transformações culturais. Embora dirigida aos bispos, pelo seu conteúdo fundamental à fé, é útil desde logo aos colaboradores directos dos bispos, os sacerdotes, e a todo o povo cristão.

A árvore de Jessé

- Da Criação do Mundo ao Natal Teresa Power

Esta obra reúne algumas histórias emblemáticas da Sagrada Escritura. Histórias escritas ao jeito que todas as famílias, os mais crescidos e os mais pequeninos, as entendam. Histórias que nos ajudam a perceber o amor de Deus pela humanidade. Um amor que adquire uma concretização plena no Natal. Assim, a cada história está associada uma imagem para decorar a Árvore de Natal e torná-la num verdadeiro símbolo cristão: a Árvore de Jessé. Um livro de histórias bíblicas para ler em família, durante o tempo do Advento. «E se a cada dia do Advento escutássemos uma história da Bíblia, da Criação do Mundo ao Natal? E se a cada dia do Advento descobríssemos um bocadinho mais do amor de Deus por nós, que criou o ser humano para o salvar e lhe dar a vida eterna em Jesus? E se tudo isto acontecesse em família, ao serão, ao redor da Árvore de Natal?»

Caminhemos juntos

- Orientação espiritual e conselhos práticos para o fim da vida Michael Mercer

Michael começa por usar a metáfora do voltar para casa para falar da vida! De facto, ao longo de toda a nossa vida, o que fazemos é caminhar. Caminhamos para tantos lugares, às vezes muito agradáveis, mas a sensação de voltar a nossa casa é indescritível. É esta experiência muito humana e sensitiva que permitirá ao autor abordar aquela que será a última viagem da nossa vida: regressar à Casa do Pai. Com uma vasta experiência no acompanhamento espiritual de idosos e doentes terminais, Michael Mercer ajuda-nos a preparar para esse momento, não como uma fatalidade, mas como momento de conforto: afinal, é sempre bom regressar a casa, defende o autor!

- O presidente dos afetos Cláudia Sebastião

Via Stellae

- Caminhando no Advento rumo ao Natal Teresa Power

À semelhança dos pastores e dos magos, à semelhança de Maria e de José, também nós percorremos este caminho sagrado à luz das estrelas, pois por muito escura que seja a noite da vida e do mundo, ela será para sempre iluminada. É a Via Stellae, que nos conduz ao Menino de Belém. Teresa Power é mãe de uma família de 8 filhos. Fundadora, junto com o marido, Niall, de um novo movimento laical, as Famílias de Caná, que pretende revitalizar a espiritualidade familiar. Teresa traz agora a público algumas das experiências espirituais que vive em família.

Que tens a ver connosco?

- Pequeno dicionário de espiritualidade conciliar D. Manuel Linda

Esta obra reúne alguns conceitos que, na opinião de D. Manuel Linda, são válidos para aproximação de todo o crente a Jesus Cristo. Conceitos que o bispo explica citando as suas homilias. Conceitos que devem motivar o crente a viver uma vida mais espiritual. Afinal, Jesus tem tudo que ver connosco. «Os “pensamentos” que se seguem são admoestação e incentivo em ordem a uma vida sensata, feliz e com sentido. Não obstante a diversidade dos contextos em que foram pronunciados, une-os a todos a convicção profunda de que, do lado de Deus, o homem cumpre-se na sua vocação à verdade, à beleza e ao bem; e que, fora de Deus, asfixia com a falta de oxigénio de um mal que, por vezes, é tão extenso que parece quimicamente puro. Por algum motivo, afigura-se haver uma certa correlação entre o actual agnosticismo suave e a chocante amplitude do mal no mundo.»

Guerra e Paz Editores D. Dinis foi um rei exemplar. Poeta de génio e político brilhante, lançou as fundações de muito do que se tornaria Portugal. Desde a Marinha portuguesa, que daria novos mundos ao mundo, à instituição do português como língua oficial, passando pela delimitação definitiva da fronteira nacional. D. Dinis marcou a história portuguesa, num reinado de mais de quarenta anos. Além da poesia, tornaram-se famosas as suas escapadelas amorosas, bem como as difíceis relações com a rainha Santa Isabel ou a sua grande paixão pela caça. Foi também lavrador e plantou o Pinhal de Leiria. Teve inimigos, muitos, como o irmão e o próprio filho, contra quem combateu em sangrentas guerras civis. José Jorge Letria, um dos grandes escritores portugueses contemporâneos, traça a biografia deste rei, com grande rigor histórico, numa prosa de enorme qualidade. Uma leitura essencial para os amantes de história e de literatura.

O homem que matou o diabo Aquilino Ribeiro Bertrand Editora Cinquenta e cinco anos depois da morte de Aquilino Ribeiro, a Bertrand reedita aquele que é considerado o seu romance negro, num retrato cru que não ignora a situação política e social que se vivia em Portugal em 1930, no rescaldo da Implantação da República e da Primeira Guerra Mundial, numa altura em que imperava em Portugal um sistema totalitário. O Homem Que Matou o Diabo recria uma viagem repleta de peripécias, como só Aquilino Ribeiro, força telúrica posta ao serviço da literatura, poderia escrever. Numa visita fortuita à Serra, em busca de inspiração, Macário conhece Máxima, atriz, que o encanta e o desafia a visitá-la em Paris para esculpir o seu busto. Para surpresa de Máxima, Macário consegue atravessar a fronteira e chegar a França, deixando para trás, em Portugal, Isabel, mulher casada e, quiçá, uma promessa de amor futuro…

A Água e a Águia

Mia Couto Ilust.: Danuta Wojciechowska Editorial Caminho A Água e a Águia é um livro infantil sobre as grandes águias que sobrevoam a terra, no qual sobressaem os textos do autor e as ilustrações de Danuta Wojciechowska, que aqui encontrou um espaço singular para reflectir poeticamente sobre a água, temática que tem sido recorrente no seu trabalho. Vários dos livros para crianças de Mia Couto foram ilustrados por Danuta Wojciechowska - O Menino no Sapatinho, O Gato e o Escuro, ou A Chuva Pasmada, entre outros - e materializa uma propícia e exemplar colaboração entre o autor do texto e a ilustração.

Racismo e Intolerância Louise Spilsbury

Rosário dos Jovens pelos Cristãos Perseguidos Maria Teresa Maia Gonzalez Ilust.: Ir. Ângela Oliveira Fundação AIS Esta obra, oferecida à Fundação AIS pela conceituada escritora Maria Teresa Gonzalez, é ideal para iniciar os adolescentes e os jovens na oração do terço, mas também para adultos. Com meditações que interpelam e belíssimas ilustrações a aguarela, ensina a rezar o terço e a contemplar cada um dos seus mistérios. “Rezar o terço pelos Cristãos perseguidos é uma grande bênção para eles e para nós, mantendo a chama da fé bem viva. Não há nenhum mal que não se resolva, no mundo, na família, pela recitação do terço. Foi essa a mensagem principal de Nossa Senhora em Fátima há um século e que queremos ver conhecida e respondida em cada coração onde o seu Imaculado Coração quer triunfar. Que triunfo?! O triunfo do Céu. Será que vou para o Céu?!” – P. Marco Luís. Um presente perfeito para oferecer aos filhos, netos, afilhados, grupos de catequese, grupos de jovens, etc., a fim de semear no seu coração o amor a Maria.

Refugiados e Migrantes Ceri Roberts Ilust.: Hanane Kai Bertrand Editora

O preconceito ainda hoje existe na sociedade e, no seu quotidiano, as crianças vivem ou assistem a diversas situações injustas, perguntando-se como agir. Estes são os dois primeiros livros da colecção «As Crianças e o Mundo», que se apresenta como uma excelente ferramenta para pais e educadores ajudarem as crianças a compreender conceitos e a saberem o que fazer nestas situações. A linguagem simples e os desenhos apelativos destes livros proporcionam uma conversa delicada e importante, para que um adulto consiga explicar, de forma acessível, temas difíceis e, infelizmente, actuais, permitindo às crianças entender o que significam conceitos como «intolerância» e «refugiado» – e em especial perceber as dificuldades que as crianças deslocadas ou excluídas sentem. Transmitem, assim, aos mais novos uma mensagem relevante e sensível sobre a aceitação da diferença e a importância da amizade, ajudando-os a perceber como lidar com estas situações e para que saibam que podem fazer a diferença.


leituras • 33

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

Paulinas . Espiritualidade . Diante de Ti, os meus caminhos Tomáš Halík

Com a sua história de vida, Tomáš Halík leva-nos a muitos lugares inusitados e a diferentes situações da vida. Ele descreve a sua infância no estalinismo, a sua conversão ao cristianismo, a «Primavera de Praga» e a ocupação soviética em 1968, a sua secreta ordenação sacerdotal e o seu trabalho na «Igreja clandestina». Narra ainda o seu envolvimento na «Revolução de Veludo», em 1989, e as mudanças ocorridas durante a construção da democracia. Ao fazê-lo, ele não apenas documenta o seu processo de maturidade intelectual e espiritual, mas também fala, abertamente, das suas crises e conflitos internos. Tomáš Halík está, assim, na tradição de Santo Agostinho, que criou um novo género com suas Confissões: a combinação da autobiografia com considerações teológicas e filosóficas.

Vai correr bem

- Crónicas da vida de uma família Inês Cabral Menéres

Este livro é uma viagem maravilhosa, interpelante, de cinco anos sem um fim à vista... Uma peregrinação com a Inês, o Pedro e os cinco filhos, uma família que tem a simplicidade, a alegria e a confiança de comungar desta aventura tão cheia de surpresas que tem sido para eles a vida, a partir de uma grande tempestade. São palavras profundamente vividas e sentidas aquelas com que a Inês transmite de uma forma tão simples e bela, a sua história de amor que tudo supera e suporta, a sua vida diária comum e diferente à de tantas pessoas e famílias que habitam o nosso planeta. É enternecedora a forma como saboreia as pequenas e grandes alegrias da vida, cada gesto, cada imagem; como olha para as coisas e as situações com um horizonte de esperança; como tem aprendido a viver com o sofrimento e a fazer dele uma força e forma de crescimento.

Comentário à liturgia dominical e festiva – Ano B Luciano Manicardi

Porque é que a Bíblia é tão importante para a vida cristã? «Porque nos permite – diz Luciano Manicardi – conhecer Jesus de Nazaré... Através da Bíblia, e dos Evangelhos em particular, podemos conhecer a humanidade de Jesus Cristo e o sentido profundo dos seus gestos. A vida cristã pode assim nutrir-se das fontes, da “fonte genuína” da fé, como diz a Dei Verbum. E este conhecimento não é puramente intelectual, mas constitui uma indicação da via a percorrer, um conhecimento prático que nos diz como orientar a nossa humanidade pessoal, aqui e hoje.» Por isso, este livro não é apenas para os agentes pastorais que pregam a Palavra de Deus nas comunidades cristãs, mas também, e sobretudo, para os cristãos que desejam alimentar-se dela e a procuram concretizar na vida quotidiana.

Segundo o Espírito

- A teologia espiritual a caminho com a Igreja do Papa Francisco Marko Ivan Rupnik

«Tendo colhido as indicações do magistério do Papa Francisco, este texto propõe-se como a tentativa de uma teologia espiritual que caminha com a sua Igreja. [...] A Igreja é o organismo da comunhão das pessoas, isto é, de identidades que emergem através da relação. Com o Baptismo, o cristão recebe uma existência relacional à maneira de Deus, quer dizer, na qual o epicentro da relação é o Outro. Na Eucaristia, toda a Igreja faz um caminho e experimenta a sua relação numa espécie de êxtase, movendo-se em direcção ao Reino, onde está a sua realização. Se a pessoa se realiza neste sair de si mesmo, também a Igreja corresponde a esta imagem: na relação, o outro é o epicentro. A Igreja é a imagem desta humanidade em saída, que sai de si mesma e move o seu epicentro para o Outro, em direcção ao Reino de Deus. É claro que este Outro é Deus, mas passa pelo outro que cada homem é» (M. I. Rupnik).

Profissão exorcista

- Os mais chocantes casos de possessão e libertação Pe. Cesare Truqui Chiara Santomiero

Ser exorcista não é uma profissão, mas «um ministério de misericórdia» essencial para a vida da Igreja, insiste o padre Cesare neste seu livro. «O diabo não é um mito ou uma invenção para nos levar a sermos melhores, afirmam os exorcistas, isto é, aqueles que, depois de terem feito estudos específicos para serem capazes de compreender se uma pessoa está ou não verdadeiramente possessa, receberam um mandato especial do seu bispo. [...] O exorcistado é um ministério dramático... É necessário ter uma fé muito forte e nervos de aço, com discernimento, para saber reconhecer o “fumo de Satanás” que se difunde subtilmente mesmo dentro da Igreja – como disse, uma vez, o papa Paulo VI. E, no entanto, os exorcistas têm a certeza de que o poder do demónio não poderá fazer mal à comunidade dos fiéis, como explica uma passagem do Evangelho de Lucas: [...] “[Eu] dou-vos poder para pisar aos pés serpentes e escorpiões e domínio sobre todo o poderio do inimigo; nada vos poderá causar dano” (Lc 10,18-19)» (Da «Introdução»).

O Padre Capelão

- Subsídio para a história da Igreja em Portugal António Francisco Gonçalves Simões

Este é o segundo livro do Coronel Capelão António Francisco Gonçalves Simões, que ultimamente muito tem contribuído para a história do Ordinariado Castrense em Portugal. Neste volume, o Autor presta homenagem aos capelães do 2.º Curso de Capelães realizado na Academia Militar (1968), ao mesmo tempo que faz ainda memória dos capelães que participaram, há cem anos, nas campanhas da Grande Guerra, em França. Depois, recorda a fé dos militares madeirenses que partiram em missões de serviço no Ultramar, nomeadamente através das imagens que as suas Companhias levavam e de que se constituiu um museu no RG 3 (S. Martinho).

Colégio de Paróquias

- A paróquia em tempos de mobilidade Tiago Freitas

A paróquia é «a presença qualificada, próxima e ministerial da Igreja em lugares de particular relevo antropológico e espiritual para, de modo ágil e estável, atingir as periferias humanas e anunciar Cristo». Um hospital, uma escola, uma igreja ou um local de culto são, todos eles, paróquias. Distanciamo-nos assim do sentido clássico de paróquia: a comunidade eclesial, circunscrita por um território, cuja cura pastoral é confiada ao pároco e que tem nos sacramentos a sua acção pastoral mais relevante. O outro conceito relevante no modelo aqui proposto é o de «colégio». Espelha tanto a tipologia e a qualidade das relações entre as várias paróquias quanto a modalidade de liderança. Em síntese, «o colégio de paróquias é o conjunto das paróquias, entendidas como realidades de presença ministerial qualificada num determinado lugar, e curadas, sob a presidência de um pároco, por um colégio representativo dessas mesmas realidades».

O meu Coração triunfará Mirjana Soldo

Este livro é um testemunho, na primeira pessoa, dos acontecimentos de Medjugorje. Esta pequena povoação bósnia foi palco, a partir de 1981, de aparições da Virgem Maria a um grupo de jovens. Essas aparições prolongaram-se no tempo e alguns desses jovens recebem regularmente mensagem de Nossa Senhora. Mirjana Soldo testemunhanos nesta obra as suas experiências: as visões e as mensagens da Rainha da Paz. Ela foi a primeira a receber os dez segredos da parte da Virgem. No seu testemunho, a vidente conta-nos como viveu aqueles primeiros momentos, as dificuldades por que passou com as autoridades políticas e o impacto das aparições no seu entorno familiar. Ela desvela-nos factos e circunstâncias até agora desconhecidos.

Lês-me uma história de Natal?

- 25 histórias com muitas curiosidades, receitas e tarefas pessoais Francesca Mascheroni

Como é difícil esperar pelo Natal! Também os dois gémeos, a Ana e o Pedro, estão ansiosos por que chegue a festa mais bela do ano. Mas a espera é longa, longa, muito longa... Parece que nunca mais acaba! Mas o que fazer para que seja mais fácil? A sua mãe tem uma ideia: o tempo ir-se-á num instante, se todas as noites ela tiver uma história para lhes contar. Por exemplo, a do anjo Gabriel... ou, então, a da estrelinha insatisfeita... Mas são só contos, sem mais nada? Não! O divertimento continua todos os dias, cozinhando saborosos docinhos ou confeccionando simpáticos enfeites. E, assim, se prepara o Natal!

O ratinho Jorge e o Papa Francisco visitam a Terra Santa Stefano Gorla Ilustrador: Ivano Ceriani

«Lembram-se de mim? Eu sou o ratinho Jorge e vivo em Roma com a minha numerosíssima família. Tenho um amigo muito especial: o Papa Francisco! Querem saber um segredo? Quando o meu amigo Papa foi à Terra Santa, eu também lá estive, dentro da sua pasta preta. E também voei mais alto do que as gaivotas. Não acreditam?! Então leiam.» Depois da História do ratinho Jorge e do Papa que se tornou seu amigo, voltam as simpáticas incursões do ratinho mais afortunado de Roma. Nesta nova aventura, o Papa Francisco leva o ratinho Jorge aos lugares onde Jesus viveu, para que ele aprenda a conhecê-lo e se torne seu amigo.

O País sem Nome Maria de Lourdes Soares

Viajando na imaginação, O País Sem Nome busca o nome a que tem direito. Para isso nos visita e traz consigo o amor pela Vida do Planeta, e a tarefa de ajudar a salvar o Meio Ambiente em perigo. O encontro com o Rapaz que tem um Dom e que quer e crê e sabe que é possível mudar o Mundo poluído de lixo e de ignorância e ainda ter esperança no futuro, e as ilustrações sentidas e belas de Carla Nazareth, abrem caminhos: de educação, de conhecimento, de paz, de pura alegria. Então saltam palavras novas, dançam atitudes diferentes, brincam-se pequenos gestos diários... Há dificuldades, mas canta-se, colorindo as palavras; e o Rapaz que tem um Dom, transforma o canto em actos e a sabedoria em coisas concretas. E as crianças que o seguem vão aprendendo e ensinando o ser e o estar em harmonia com a Natureza. Conseguirá O País Sem Nome, aquilo que o fez viajar para o Mundo que é a nossa casa?

A alma do Ecumenismo

- A unidade dos cristãos como processo espiritual George Augustin O ecumenismo não é activismo eclesial, nem diplomacia eclesial, nem mesmo diálogo académico. «[A] conversão do coração e [a] santidade de vida, juntamente com as orações particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser tidas como a alma de todo o movimento ecuménico, e com razão podem ser chamadas ecumenismo espiritual» (Unitatis redintegratio, n. 8). «Quando Jesus pede aos seus discípulos para que sejam um só, tal como Ele e o Pai são um só, torna-se evidente que não está na nossa capacidade fazer esta unidade. Não é uma coisa que possamos programar, organizar, nem conceber e construir a partir apenas das nossas ideias e vontade. A unidade só nos pode ser oferecida como fruto da oração, através do Espírito que o Pai envia. Nesse sentido, o ecumenismo é – resumidamente – a participação na oração de Jesus, e a oração pela unidade é o caminho ideal para o ecumenismo» (W. Kasper, no «Prefácio»).


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poesia/ /obituário

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. Poesia .

O verdadeiro Natal Se aprofundássemos bem o Natal Não havia injustiças nem tanto mal. Muitos dizem que têm razão! Vários não se preocupam, nem lhes dói o coração.

O destino De manhã cedo, Acordei alvoraçado Era o segredo Num caminho traçado. Nem queria acreditar E gritei de aflito Senti vontade de chorar Mas aumentava o conflito. É estranha a vida, O ser humano vive de falsidade Deixa semeada a confusão e a ferida Depois diz não ser por maldade. Então o que poderá ser, Vida de muita traição Mas estou certo o destino é sofrer Na mais fria desilusão. É tempo de viver e sonhar, Ser feliz e ser contemplado Se um dia algo me alegrar Serei de verdade realizado. No passado fui menino, Criado com muita dificuldade Cada um de nós teve o seu destino E o momento já passado deixou saudade. Foi esse o destino Que me bateu à porta Mas de qualquer modo ainda caminho O resto só Deus o saberá E a mim pouco importa. José António Carreira Santos

Natal... como te matam Isto de ser Natal Festejos, arraial Todos nós somos bons O trafulha genial O pelintra desgraçado Nossas faces, muitos tons Pó de arroz Channel e Carrera Perfumados Disfarçados Na oportunidade primeira Voltamos ao original Humilde ou odiado Num coração Sem estação Neste mundo revirado Onde o tolo vira poeta Nem que seja violeta Num valor de coração Que oculta sofrimento atroz Escondendo a emoção Mas no fundo...nunca sós Vaz Pessoa

O sofrer de quem anda à busca Para lhe darem dormida, pão, paz e união À sorte, da crueldade fogem das suas terras Quem manda, tenha um pouco de compreensão. Natal que se está a aproximar É apenas uma simples mensagem de dor Lembro-me dos mais débeis e crianças Esses não conhecem o verdadeiro amor.

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Se a moral de cada um de nós É termos Natal todos os dias Nas horas amargas dá-nos coragem Como ver o pôr-do-sol é a nossa alegria. Natal é o sorriso e abundância em muitos lares E para as crianças há animação e união Jovens, adultos, idosos… há carinho e satisfação Natal sente-se verdadeiro amor no coração. No Natal era bom que me ouvissem! Os doentes ou deficientes o desejo alcançassem A paz e a concórdia todos concretizassem Ao anoitecer, talvez as estrelas brilhassem. 20.11.2018, Cremilde Monteiro

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

. ficha técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Compositor . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Colaboradores e colunistas . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carina Pereira, Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Isabel Costa, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Luísa Monteiro, Márcio Lopes, Marco Ferraz (publicidade), Miguel Portela, Rui Gouveia, Saul Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1.000 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about

. Tintol & Traçadinho . E quanto a planos para 2019... já decidiste o que vais pedir com as passas nesta passagem de ano?

Já sim senhor! E decidi pensar em grande!...

...por cada passa, vou pedir um mês!

plAnos .fotodestaque. MCR

Coelhos ao tacho na Tasca do Cansado As panelas, tachos, talheres, etc., já estavam a ganhar bolor, tal foi o tempo em que as habituais “patuscadas” tiveram o seu interregno. Alguns dos amigos marcaram presença, para apreciar um excelente petisco, normalmente confeccionado pelo Henrique Bento. Para a tradicional “aroeira” contribuiu com os coelhos abatidos o António Rodrigues, o único que os consegue matar. E digo isto porque as últimas “aroeiras” só foram possíveis graças a este excelente atirador. Para completar o jantar, não faltou a fruta, café e digestivos. Os habituais parceiros acabaram o serão com o jogo da sueca. Desta vez, correu tudo bem e não se aborreceram uns com os outros. É urgente novos caçadores, com coelhos para o tacho, que eu lá estarei, se for convidado.

. ficha de assinatura .

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AGENTE PRINCIPAL

Festas felizes!

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Estamos a aproximar-nos de uma das épocas mais belas do ano. Apesar de cada vez mais o comércio e o negócio se sobreporem ao religioso, nas nossas aldeias ainda conseguimos preservar o que é mais genuíno do Natal. Fui aos meus arquivos e lá encontrei esta foto, que retrata uma peça de teatro alusiva ao Natal. Penso que os actores são todos da nossa aldeia. O Menino Jesus tinha cerca de sete meses. Pelas minhas contas, esta foto deve ter mais de 30 anos, pelo que já será homem e pai de família. | MCR PUB

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2018

Natal

Pista de gelo, animação e desporto

O brilho do Natal anima a vila da Batalha O lema “Natal na Batalha tem brilho” volta a ser o pano de fundo para um vasto programa de actividades e propostas de animação, especialmente concentrado na vila, durante a quadra natalícia. Em parceiras com a ACILIS e os alguns comerciantes locais, esta iniciativa arrancou a 23 de Novembro, com a ligação das iluminações natalícias, e será mantida até ao dia 6 de Janeiro. O centro das atenções é a praça Mouzinho de Albuquerque, onde está instalada uma grande pista de gelo natural, numa tenda coberta com 200 m2, e a “casa do pai-natal”, a funcionar na galeria, com diversas oficinas temáticas Mas há outros espectáculos e apontamentos de animação de rua, sobretudo dirigidos aos mais pequenos, concertos, actividades desportivas de cariz solidário, tudo na procura de “estimular o comércio de proximidade e envolver as diversas instituições de âmbito social do concelho”, refere nota da autarquia. Também o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha realizará, de 18 a 21 de Dezembro, uma semana com actividades dirigidas aos mais pequenos, no período das férias escolares, PUB

com a realização de oficinas temáticas natalinas, visitas a monumentos da região e iniciativas solidárias. Destacamos os principais eventos agendados a partir do fecho da nossa edição, estando o programa completo disponível em cm-batalha.pt: Terça-feira 18 • Inauguração da XI Exposição de Presépios, no Mosteiro da

Batalha, patente até 6 de Janeiro. Sábado 22 • 14hOO - Oficina Temática “O estojo pessoal do painatal”, na “casa do pai-natal”. Domingo 23 • 14h30 – Espectáculo de magia, na “casa do pai-natal” e presença do pai-natal na Vila; 16hOO – Cinema infantil “A Revolta dos Perús”, no auditório municipal.

Sábado 29 • 14hOO - Oficina temática “A coroa dos Reis Magos”, na “casa do pai-natal”. Domingo 30 • 14h30 – Espectáculo de magia, na “casa do pai-natal”; 16hOO - Cinema infantil “O Coelho Kung Fu”, no auditório municipal. Texto e foto: Luís Miguel Ferraz


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