JG_249 Maio/Junho de 2018

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O Banco da (nossa) terra.

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXII | Edição 249 | Maio / Junho de 2018

Assembleia Municipal

Batalha contra porcos e petróleo Novas viaturas e carinho

Bombeiros da Batalha comemoram 40 anos

Dia do Combatente, Centenário de La Lys e 82.ª homenagem ao Soldado Desconhecido

Presidente da República pediu “orgulho” à Pátria

Vida cristã

Festa de N.ª Senhora de Fátima, Crisma e outros eventos D. António Marto

Bispo nomeado cardeal convida à Festa da Fé Entrevista aos “padrinhos”

Cross Nocturno foi uma grande prova

Foto: Rui Gouveia

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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

abertura

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Pátria Nesta edição, damos a capa ao Presidente da República. Não só por ter vindo à Batalha, não só por ter dito o que disse, mas também pelo que representa como imagem de uma identidade que nos une e a que chamamos Pátria. A tónica do seu discurso foi, precisamente, sobre a construção, a subsistência e o sentido da Nação, cuja maior riqueza – disse – reside no seu povo. Em nós. Vivemos tempos de mudança, como são, aliás, todos os tempos. Mas talvez nunca tão acelerada, com todos os riscos que isso implica, a começar pelo da leviandade, imponderação e falta de aprofundamento das bases em que se sustenta. Em consequência, quantas vezes se tomam decisões, em nome da “evolução”, que mais tarde se revelam passos atrás em humanidade e futuro.

Assistimos nos últimos anos a debates sobre questões fundamentais, que tocam a própria essência do ser humano, seja na sua determinação biopsicológica, seja na própria concepção da vida e das suas raízes e limites. É aí que se situam as construções ideológicas que fundamentam a nossa opinião sobre temas como a estruturação familiar, a “identidade de género”, o aborto ou a eutanásia. Que tem isto a ver com “Pátria”? Tudo. Porque este conceito não significa apenas um território ou uma continuidade histórica, mas – sobretudo – uma determinação social, cultural e até espiritual, que lhe dá identidade e coesão. No caso português, uma identidade construída sobre a matriz ideológica judaico-cristã, que determinou historicamente o que construíram os nossos avós e que somos hoje. Esta reflexão serve apenas o propósito de situar o debate que cada um deverá fazer, sem passar ao lado das perguntas fundamentais: Qual a matriz ideológica, filosófica ou religiosa que assumo? Que noção de “pessoa” e de “vida” ela me apresenta? Fundamento nela, com coerência, a minha opinião? Estou seguro de que ela nos levará, enquanto sociedade, a um futuro mais feliz? Feito este “exame”, estaremos aptos a dizer que Pátria queremos ser. Olhando em redor com este crivo, poderemos também imaginar que Pátria seremos…

Gastronomia e Artesanato na Batalha

FIABA “maior” este ano De 30 de Maio a 3 de Junho, a 28.º edição da FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha volta a assumir-se como um dos eventos de referência a nível regional. Com a presença de mais de 60 artesãos de todo o País e 17 tasquinhas, o evento terá este ano um dia mais do que em edições anteriores, aproveitando o feriado de quinta-feira para começar de véspera. Assumindo-se como uma marca consolidada do certame, a gastronomia regional será assumida pelas associações concelhias, que servirão ao público algumas das iguarias tradicionais da região estremenha. Continua a destacar-se a participação de 10 produtores locais, que apresentarão produtos de excelência do Concelho, como o mel, o azeite, o vinho, os licores, a doçaria, entre outros. Marcam a habitual presença as várias instituições locais e regionais da administração pública e da rede de serviços sociais, humanitários e de associativismo intermunicipal. Como tem acontecido nos últimos anos, está instalado no antigo campo de futebol um conjunto de equipamentos de diversão, tais como carrocéis e outros divertimentos mecanizados, que farão as delícias dos mais pequenos. O espaço receberá a totalidade das crianças da rede pública escolar no dia 1 de Junho, Dia Mundial da Criança, com entrada gratuita nos equipamentos. Quanto à animação do evento, o programa trará ao palco diversas propostas, dos sons tradicionais à música rock, com o intuito de abranger diversos públicos. Destaque para as participações de “Us Sai de Gatas”, “Chaparral”, “David Antunes” e, no último dia do evento, o popu-

lar “Augusto Canário”. Será ainda possível escutar os agrupamentos folclóricos concelhios, o Grupo de Concertinas da Barrenta e o grupo de percussão Tocandar. Registo ainda para o funcionamento da tenda electrónica, instalada junto ao recinto, com entrada gratuita e que oferecerá, após o enceramento do certame, um registo musical mais vocacionado para os jovens. Para Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, “esta 28.ª FIABA revela-se como mais um evento de grande importância para a Batalha, mas também para a região, que projecta o Concelho, as suas gentes e os produtores locais”. Daí a aposta reforçada do Município nesta iniciativa, “atendendo ao interesse da mesma, bem expresso quer no número de participantes que regista quer pelo factor de promoção das artes e dos saberes tradicionais da região”, refere o autarca. A inauguração será no dia 30 de Maio, às 18h30, numa visita das entidades convidadas pelo recinto e com a inclusão da sessão de outorga dos protocolos de apoio municipal ao associativismo concelhio.

BTT para todos

Integrado no programa da FIABA, realiza-se no dia 3 de Junho, mais um grande evento de BTT na Vila da Batalha, com organização Batalhabikers. Serão propostos dois percursos: um raid/passeio com +/- 48 km e de dificuldade média/alta; e um passeio-mini FIABA BTT, com +/- 20 km e dificuldade fácil, para toda a família! Haverá diversos prémios e os habituais reforços gastronómicos no recinto.

. agenda regional . 8 Junho, Sexta-feira, 17h30 – Colóquio “Portugal e a 1.ª Grande Guerra” no Mosteiro 9 Junho, Sábado, 21h30 – Concerto pela Paz nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro 10 Junho, Domingo – Feriado Dia de Portugal 10 Junho, Domingo, 18h00 – Celebração mariana, procissão, convívio de encerramento da catequese da Golpilheira, em São Bento. 11 de Junho a 14 de Julho – XV Torneio de Futsal Município da Batalha, no pavilhão da Golpilheira 15 a 17 Junho, Sexta-Feira a Domingo – Festa da Fé em Leiria 16 a 24 de Junho – Festival “A Porta” – Música e artes na cidade de Leiria 21 a 24 de Junho – Encontro Nacional de Infantis de Andebol na Batalha 6 de Julho, sexta-feira, 21h30 – Concerto de Lloyd Cole no Mosteiro da Batalha 13 a 16 de Julho - Festa do 49.º Aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira 15 a 22 de Julho – “Campo de Batalha” – Férias para jovens 4 a 6 de Agosto - Festa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Comunidade Cristã da Golpilheira 14 de Agosto, terça-feira - Feriado Municipal da Batalha 15 de Agosto, quarta-feira - Solenidade da Assunção de Nossa Senhora - Feriado Nacional e Dia Santo de Guarda. 25 a 27 de Agosto - Festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, em São Bento


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Escola de Dança do CRG

Dançarte voltou ao palco e encheu salão

Fotos: MCRito

A Escola de Dança do Centro Recreativo da Golpilheira organizou mais um espectáculo de apresentação das suas várias turmas, no passado dia 27 de Abril. Mais uma edição do Dançarte encheu o palco de movimento, cor e energia, contagiando os aplausos do salão, também ele cheio de pais, familiares e amigos dos mais de centena e meia de artistas. Dos mais pequenos aos maiores, todos mostraram o porquê do sucesso desta oferta formativa e artística do CRG, a cargo dos professores Liliana Ramos, David Brás e João Ferreira.

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sociedade

Assembleia Municipal preocupada com fontes diversas de poluição

Batalha contra porcos e petróleo

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à sociedade RECILIS desde 2003, mas que não tem saído das intenções apesar de várias promessas, como foi o recente anúncio por esta entidade de que já teria garantido os financiamentos necessários para avançar.

DR

A Assembleia Municipal da Batalha, em sessão do passado dia 26 de Abril, aprovou por unanimidade uma moção pela decisão urgente do Governo na realização de um estudo técnico e financeiro que suporte o projecto de construção e exploração da Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES) na região do Lis, projecto que deve ser concretizado “em parceria com os municípios envolvidos, independentemente da posição da RECILIS”. No documento, os autarcas defendem que “até à entrada em exploração da ETES da Região do Lis, seja implementado um plano intermédio de salvaguarda ambiental, tendo como principais objectivos a monotorização dos espalhamentos autorizados e o controlo da recolha e transporte dos efluentes das suiniculturas e respectivo encaminhamento para as unidades actualmente em funcionamento”. Recorde-se que a ETES é uma obra anunciada há mais de 15 anos, tendo o Estado concessionado esse projecto

Mas não foi só esta fonte de poluição a preocupar os deputados municipais. Na mesma sessão, foi aprovada

outra moção pela defesa dos recursos ambientais do Concelho, no contexto da recente atribuição da concessão para pesquisa de petróleo nas áreas “Batalha” e “Pombal”, dada pelo Estado português à empresa Australis Oil & Gas Portugal. Aprovada por maioria, com abstenção da bancada do CDS-PP, a moção expressa “a maior preocupação

relativamente aos impactos ambientais desta actividade de exploração de hidrocarbonetos, que devem ser minimizados nesta fase de avaliação técnica”. Em consequência, os autarcas apresentam às entidades governativas das áreas da Economia e do Ambiente a “posição firme de rejeição de realização de trabalhos de exploração de hidrocarbonetos nas áreas concessionadas com recurso à técnica de fracturação hidráulica, pelo risco de contaminação dos aquíferos por hidrocarbonetos e metais pesados”. O documento exige ainda à concessionária que “todas as actividades a desenvolver deverão estar em total concordância com os instrumentos de ordenamento do território de âmbito nacional, regional e municipal em vigor no Concelho da Batalha, nunca perdendo de vista ser necessário assegurar a preservação do património histórico e ambiental, bem assim garantir da qualidade de vida das populações”.

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Zelamos pela sua segurança!


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Dia do Combatente, Centenário de La Lys e 82.ª homenagem ao Soldado Desconhecido

Presidente da República pediu “orgulho” à Pátria

Rui Gouveia

Soldado Desconhecido

Rui Gouveia

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória recebeu, no passado dia 14 de Abril, as comemorações nacionais do Dia do Combatente e da evocação do centenário da batalha de La Lys (9 de Abril de 1918), presididas por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e presidente de honra do Conselho Supremo da Liga dos Combatentes. Além de muitas centenas de combatentes e seus familiares, marcaram presença nestas cerimónias o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, os três chefes da Marinha, do Exército e da Força Aérea, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, vários deputados e membros da Comissão de Defesa nacional, os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal da Batalha, embaixadores da Alemanha, da Roménia e de Timor, representantes dos embaixadores da França, do Reino Unido, de Angola e de Moçambique, muitos oficiais generais, adidos de Defesa Militar acreditados em Portugal e várias entidades oficiais nacionais e locais. As cerimónias iniciaram-se com uma celebração eucarística, presidida pelo bispo emérito de Portalegre / Castelo Branco e concelebrada por três capelães dos três ramos das Forças Armadas. A igreja do Mosteiro estava completamente cheia, sendo de assinalar a moldura dos guiões de cerca de cem núcleos e associações de combatentes. Após a Missa, a comemoração passou para o largo frontal do Mosteiro, recheado com as forças em parada e muitos populares. O primeiro acto foi uma simbólica homenagem aos combatentes da Grande Guerra, com a entrega das mais altas con-

Forças em parada saúdam o Presidente

decorações conquistadas no campo de batalha por um combatente ao presidente da Liga dos Combatentes, para ficarem expostas no Museu das Oferendas, junto de outros testemunhos idênticos. Estas condecorações pertenciam ao major Filipe Tribolet, sócio n.º 264 da Liga dos Combatentes, guardadas há cerca de cem anos pela sua família: Medalha da Torre Espada Valor, Lealdade e Mérito, a Cruz de Guerra de 2.ª classe, Cavaleiro da Ordem Militar de Aviz, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Medalha de Mérito da Cruz Vermelha, Medalha da Vitória e Medalha Comemorativa do Corpo Expedicionário Português – França 1914/1918, resultantes da sua acção em La Lys e o louvor que lhe deu origem. O presidente da Liga, tenentegeneral Chito Rodrigues, considerou que esta oferta foi “uma forma de homenagear, não só o major Filipe Tribolet e a sua família, mas todos os que com ele se bateram há precisamente cem anos, na Flandres, na batalha de La Lys, reavivando a memória e a história e enriquecendo o heróico espólio do Museu do

Marcelo ao seu estilo “descontraído” e afectuoso

Combatente neste Mosteiro”. Após a evocação dos milhares de soldados portugueses mortos e feridos na tristemente célebre batalha de La Lys, agradeceu ao Presidente da República “toda a entrega e empenho que tem manifestado para com a causa dos combatentes, passando das palavras aos actos”.

Valor do soldado português

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa começou por sublinhar a importância dos militares e da sua entrega, que “não tem preço” e deve deixar os portugueses cheios de “orgulho”. Como exemplo, referiu as missões mais recentes, na República Centro-Africana, onde os portugueses têm mostrado “bravura e competência”. Também o Presidente lembrou os “bravos soldados” que deram a vida em La Lys, nas ex-colónias e noutros conflitos, considerando que são “humanos, claro, com êxitos e insucessos de toda a empresa humana, mas acertando muito mais do que errando, acreditando muito mais do que descrendo, persistindo muito mais do que desistindo, vencendo muito mais do que perdendo”. Marcelo lembrou então, que “já testemunhámos muitas glórias tidas por eternas a desvaneceremse, vemos todos os dias aqueles que ainda não existiam com pátrias independentes já nós éramos uma pátria forte há muitos séculos, já dividimos mesmo o mundo ao meio, e percebemos o que era efémero nessa ilusão e o que seria duradouro nessa presença”, concluindo que “sem as Forças Armadas não teríamos sido o que fomos”. De resto, os soldados são o reflexo do povo, que “foi e é o melhor da nossa Pátria”, expressão que mereceu o caloroso aplauso das várias centenas de pessoas presentes.

Após o desfile das forças em parada, a comitiva fez uma visita ao Museu das Oferendas e a 82.ª romagem ao túmulo do Soldado Desconhecido, onde foram sepultados, a 9 de Abril de 1921, os restos mortais de dois soldados, um morto vindo da Flandres e de Moçambique. Na Sala do Capítulo, fez-se a homenagem aos mortos em defesa da Pátria e o Presidente da República descerrou uma placa evocativa do Centenário da Grande Guerra. Como habitual nesta cerimónia anual, fez-se a deposição de flores junto ao Túmulo pelas entidades oficiais e associações de combatentes, culminando com o Hino Nacional tocado pela Banda do Exército. Cerca de 500 combatentes e familiares participaram, ainda, num almoço de confraternização, no Regimento de Artilharia de Leiria.

25.º aniversário dos Encontros Nacionais

Homenagem “aos que serviram Portugal” A Sociedade Civil quer prestar uma justa homenagem a todos os que serviram Portugal em tempo de guerra, em qualquer condição e circunstância. Será junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, ao lado da Torre de Belém, a 10 de Junho. Lembrar, no Dia de Portugal, os que defenderam os valores nacionais e a perenidade da nação portuguesa é um dever cívico imperativo e que as gerações vindouras devem continuar. O presidente da Comissão Executiva para esta homenagem, tenente-general Carlos Carvalho dos Reis, lembra que “celebrar esta memória facilitará a nossa vontade e determinação em continuar Portugal livre, soberano e independente”. Para esta ocasião foram convidados o Presidente da República, os presidentes dos municípios portugueses, as chefias militares e policiais, os adidos militares e culturais dos países da CPLP, os combatentes agraciados com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e os presidentes das associações de combatentes.


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sociedade

Protolocos com Segurança Social e Município

Viatura para “crianças especiais”

Casa do Mimo vence Orçamento Participativo O projecto “Uma carrinha para a Casa do Mimo” foi o grande vencedor do Orçamento Participativo (OP) da Batalha de 2018. O vencedor foi anunciado no passado mês de Abril, indicando que obteve 291 votos, num total de 889 registados na plataforma electrónica que geriu o processo das votações. Em segundo lugar, com 132 votos, ficou o projecto de criação de um espaço de inovação pedagógica no Agrupamento de Escolas da Batalha, e em terceiro, com 126 votos, ficou a aquisição de um veículo ligeiro de combate a incêndios para os Bombeiros Voluntários da Batalha. Recorde-se que a Associação Casa do Mimo foi constituída em 2016, com sede na vila da Batalha, dedicando-se a dar respostas a crianças e a jovens com necessidades educativas especiais, assegurando ainda acompanhamento no processo de reabilitação social de pessoas com deficiência e incapacidade. O seu projecto tinha como objectivo a aquisição de uma viatura de 9 lugares, devidamente adaptada para o transporte destes utentes “especiais”, o que será agora viável com a ajuda dos 30 mil euros deste OP. A votação no OP tem vindo a crescer de ano para ano, facto sublinhado pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Santos, para justificar a iniciativa, pelo “forte envolvimento dos munícipes neste processo de participação”.

No passado dia 29 de Maio, foi assinado um protocolo de cooperação entre a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha e o Instituto da Segurança Social do Distrito de Leiria, visando o reforço de 10 camas de internamento de longa duração na Unidade de Cuidados Continuados do Centro Hospital de Nossa Senhora da Conceição. Na ocasião, foi também entregue pela Câmara Municipal da Batalha uma viatura adaptada para apoio ao programa de distribuição alimentar às famílias carenciadas, que permitirá um novo incremento na distribuição de alimentos frescos, serviço que atinge, actualmente, cerca de uma centena de utentes em todo o Concelho. Os protocolos foram formalizados pelo provedor da Misericórdia da Batalha, Carlos Agostinho Monteiro, pela directora da Segurança Social de Leiria, Maria do Céu Mendes, e pelo presidente da Câmara da Batalha,

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Misericórdia alarga resposta social

Assinatura dos contratos

Paulo Baptista Santos. Estiveram presentes na cerimónia representantes das instituições locais, como a Caixa de Crédito Agrícola, a Junta de Freguesia, o Agrupamento de Escolas, os Bombeiros Voluntário e

Recomendação da Protecção Civil

Uso do fogo em queimas e queimadas Face ao número de incêndios em contexto de práticas agrícolas envolvendo queimas e queimadas ocorridos durante o mês de Abril, a Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda a adopção das necessárias medidas de prevenção e precaução para a salvaguarda da segurança de pessoas e bens. Assim, todos devem adoptar os seguintes comportamentos na realização de queimas ou queimadas, quando permitidas, em contexto de práticas agrícolas: 1. Informar os bombeiros ou o Serviço Municipal de Protecção Civil antes da realização da queima ou queimada, indicando o dia e local; 2. Respeitar sempre as interdições à queima durante o período crítico, bem como fora do período crítico nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo; 3. Escolher dias nublados e húmi-

dos. Não realizar a queima/queimada com tempo quente e seco ou quando o vento sopra com intensidade (provoca o descontrolo do uso do fogo e aumenta o risco de incêndio); 4. Preparar a área da queima/ queimada com a abertura de uma faixa limpa de vegetação em torno da área a queimar. Molhar a faixa de limpeza antes de iniciar a queima e ter sempre um recipiente com água ou uma mangueira junto do local; 5. Não queimar grandes áreas de uma só vez, por forma a permitir maior controlo do fogo. No caso da queima, optar por vários montes de pequena dimensão em vez de amontoados grandes; 6. Ter no local equipamentos de primeira intervenção, designadamente água, pás, enxadas e extintores, suficientes para controlar a queima/queimada. Acompanhar a localização da queima/queimada, PUB

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a paróquia da Batalha, bem como os membros da mesa administrativa e alguns irmãos da Santa Casa, utentes, familiares, corpo clínico, colaboradores e voluntários.

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mantendo a atenção e vigilância. 7. Caso a queima/queimada fique descontrolada, alertar o 112. Leve consigo um telemóvel e de preferência esteja sempre acompanhado. 8. Após a realização da queima/ queimada, abandonar o local apenas quando o fogo estiver extinto. Reforçar a faixa de limpeza e rescaldar com água, caso necessário.

Conceitos

Queima – Eliminação de sobrantes de exploração agrícola ou florestal, que estão cortados e amontoados (uma área mais pequena e restrita); Queimada – Eliminação de restolho, sobrantes de exploração agrícola ou florestal que estão cortados, mas não amontoados (uma área mais extensa e menos confinada). Para informação sobre o risco de incêndio, consultar: www.ipma. pt/pt/ambiente/risco.incendio


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Novas viaturas e o carinho da população

Foi a 16 de Abril de 1978 que se realizou a primeira Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha e se elegeram os primeiros corpos gerentes. No dia seguinte, houve festa e começava o trabalho e a consolidação de uma instituição que não mais parou de crescer. Tal como continuou sempre a haver trabalho, não deixou também de haver motivos de festa, celebrando a cada ano mais um aniversário que se comemora. E já lá vão 40, com a celebração do passado dia 22 de Abril. Depois do hastear das bandeiras e da romagem ao cemitério para a habitual homenagem aos que partiram, celebrou-se a Missa no Mosteiro. No final, cá fora, a corporação em parada e muitos populares, apesar da chuva, a mostrarem um carinho que tem também crescido pelos seus “soldados da paz”, tantas vezes heróis e salvadores nos momentos de maior aflição. Sempre “sem olhar a quem”, o lema que escolheram e que continuam a defender. Não há aniversário sem prendas e elas lá estavam, também, à espera do baptismo de champanhe que lhes deseja bons augúrios para brindes futuros: um veículo florestal de combate a incêndios, oferta do Município da

Fotos: João Pragosa

Bombeiros da Batalha comemoram 40 anos

Presidente dos Bombeiros e presidente do Planalto Motor Clube estreiam moto 4 Presidente da Caixa Agrícola.... inaugura ambulância oferecida........

Batalha, uma ambulância nova entregue pelo INEM, uma ambulância de transporte de doentes, oferta da Caixa Agrícola da Batalha, uma moto 4 para operações específicas, oferta da associação Planalto Motor Clube, e um ‘drone’ para reconhecimento, oferta de um grupo de nascidos em 1977 de São Mamede. Não faltaram também dos discursos. Em nome do aniversariante, falaram o presidente da Assembleia Geral, António Lucas, o comandante, Fernando Bastos, e o presidente da direcção, Jorge Novo. Para o aniversariante, falaram alguns dos convidados, representantes das entidades presentes, como a Câmara Municipal da Batalha, a Federação dos

Bombeiros do Distrito de Leiria, o Centro Distrital de Operações de Socorro e a Liga dos Bombeiros Portugueses. A tónica das palavras foi para o louvor à dedicação dos bombeiros e ao apoio dos seus familiares, a defesa do trabalho de excelência que desenvolvem, apesar das críticas infundadas e injustas que tantas vezes tem de ouvir, e a certeza de que são fundamentais e sem eles tudo seria pior, sobretudo em cenários de tragédia como os do Verão passado, tantas vezes sem as condições de trabalho de que necessitam e que mereciam. Comum também, o agradecimento aos homens e mulheres que inicia-

ram a história da corporação e a todos os que a alimentaram ao longo destes 40 anos, incluindo os que ainda hoje decidem começar a fazer parte dela. Houve, nesse contexto, homenagens, medalhas e promoções ao corpo de efectivos, hoje mais de uma centena. Escusado será dizer, com bastantes veteranos e jovens vindos da freguesia da Golpilheira, tal como das outras três freguesias deste pequeno-grande concelho. O desfile levou-os a percorrer as ruas da vila e a desaparecer no horizonte. Mas todos sabemos que, quando forem precisos, eles voltam e estarão lá para nós. LMF

Município aposta na prevenção de fogos florestais com implementação e gestão de zonas de protecção aos aglomerados habitacionais e infra-estruturas estratégicas e identificação de pontos críticos e locais de refúgio”.

Luís Filipe Coito

A Câmara da Batalha tem afirmado a sua preocupação com a prevenção de incêndios e a preparação do dispositivo de combate, como prova o co-financiamento do novo veículo florestal de combate a incêndios adquirido pelos Bombeiros Voluntários da Batalha, no valor de 160 mil euros. Trata-se de um veículo considerado essencial e com equipamento moderno, quer pela sua capacidade de combate e inovações tecnológicas, quer pelas condições de segurança activas e passivas que proporciona aos seus operacionais. Outra iniciativa é o apoio ao projecto estatal “Aldeia Segura”, que visa estabelecer “medidas estruturais para protecção de pessoas e bens nas áreas florestais urbanas,

Presidente da autarquia inaugura viatura

Promovido pelo Governo, através da Autoridade Nacional de Protecção Civil e em parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, o programa incidirá prioritariamente

nas freguesias de São Mamede e do Reguengo do Fetal. Para o presidente da Câmara, Paulo Santos “estes programas implicam a gestão da administração central, mas, dada a proximidade dos municípios e das freguesias e o seu efeito multiplicador para o sucesso dos mesmos, é fundamental o nosso envolvimento, como garante da utilidade prática junto das populações”. E acrescenta que “na Batalha, a concretização do processo será mais uma acção complementar de prevenção e protecção das populações, a que se juntam as operações de gestão de combustíveis, o ordenamento florestal e o investimento muito significativo realizado nos meios colocados à disposição dos Bombeiros”.


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sociedade

CPCJ da Batalha

“Afectos” como prevenção contra os maus-tratos

DR

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Embora o seu trabalho seja permanente, especialmente junto das famílias com maiores dificuldades de estruturação equilibrada, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Batalha intensificou, em Abril, a promoção de iniciativas de sensibilização para o problema dos maus-tratos na infância, tema que marca este mês a nível mundial. Das diversas acções destacou-se a “Campanha Laço Azul”, cujo momento mais visível foi a elaboração de um laço azul humano, em tamanho gigante, na praça Mouzinho de Albuquerque, no centro da vila, no dia 26.

Exposição

No mesmo âmbito, foi lançada a proposta de elaboração de trabalho nos jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo do Concelho, sob a temática “Os Afectos”. Uma exposição dos trabalhos está patente na Biblioteca Municipal José Travaços Santos, até ao dia 12 de Junho.

Laço humano no centro da Vila

escolar. Numa abordagem coloquial e dinâmica, ajudou as cerca de seis dezenas de presentes a tomarem mais consciência da importância dos afectos para a prevenção de todo o tipo de problemas a relação familiar. “Não se pode prometer o sentimento”, começou por apontar a oradora, indicando que as relações familiares são uma construção permanente e não um dado adquirido à partida. Não é uma tarefa fácil, sobretudo pelas múltiplas ocupações

profissionais e lúdicas de todos os membros da família, desde as crianças aos adultos, e pela constante exigência de “perfeição” por parte da sociedade. O importante é que o sentimento seja “vivido com espaço para o perdão e o amor”, sempre no “respeito pela pessoa de cada um, independentemente da sua idade ou do seu estatuto na família”. Ao mesmo tempo, é fundamental não abdicar de valores fundamentais como a lealdade, a liberdade, a autonomia, a

Já fora deste mês, mas no seguimento dessa dinâmica, foi promovido, no dia 10 de Maio, um colóquio sobre “Pais e Filhos – Laços e Conflitos”, no auditório municipal da Batalha. A oradora convidada foi Isabel Oliveira, jurista e especialista em mediação de conflitos para as áreas familiar e PUB

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responsabilidade e a confiança, “que é a mais importante e a que é mais dolorosa de perder”. Baseando-se na sua vasta experiência profissional, Isabel Oliveira frisou a importância do envolvimento de todas as estruturas sociais, incluindo a escola, na educação e na construção de laços familiares sólidos. E não deixou de referir que “não são apenas as famílias que estão em crise, mas é toda a sociedade que o está, obrigando as pessoas a adaptarem-se a momentos difíceis para os quais não estão, muitas vezes, preparadas”. “A construção de laços sólidos, baseados na confiança e no respeito pelo outro, é a base para mais facilmente se ultrapassarem os conflitos”, afirmou, defendendo que “não há receitas mágicas” e que “as relações devem ser construídas passo a passo, respeitando a capacidade que cada um tem”. Por fim, ter a noção de que “o problema nunca é a pessoa; o problema tem de ser resolvido, mas pessoa precisa é de ser cuidada e ajudada a encontrar soluções”. Luís Miguel Ferraz

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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

Iniciativa da CPCJ da Batalha

Jovens “experimentam” assembleia municipal Para conhecer uma determinada realidade, não há nada como experimentar. Foi o que pensou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Batalha para explicar o papel e funcionamento da Assembleia Municipal aos mais novos. E várias dezenas de alunos do 11.º e do 12.º anos aceitaram o desafio, enchendo por completo o auditório da Junta de Freguesia da Batalha, no passado dia 19 de Abril. A sessão foi dirigida pelo próprio presidente da Assembleia Municipal da Batalha, Júlio Órfão, contando com a ajuda da sua 1.ª secretária, a professora Ana Barraca, cujas colaborações foram essenciais para uma maior aproximação ao verdadeiro funcionamento deste órgão autárquico. A mesa ficou completa com a aluna Ana Henriques, natural da Golpilheira, a assumir o “papel” de 2.ª secretária. Participaram também dois dos deputados municipais que representam a Assembleia na CPCJ, Fernando Marques e Luís Ferraz, que representaram a habitual função do Executivo Municipal na Assembleia, na justificação e comentário às propostas em votação e na resposta às dúvidas dos jovens “deputados”.

O protagonismo, esse, foi inteiramente dos jovens presentes, que se apresentaram devidamente preparados para o debate, com a ajuda das professoras Fátima Gaspar e Graça Teixeira, esta secretária CPCJ da Batalha. As propostas, apresentadas por uma dezena de porta-vozes

Uma experiência inesquecível A minha experiência, enquanto deputado na “Assembleia Municipal” realizada na Junta de Freguesia da Batalha, não será, certamente, esquecida nos próximos tempos. Foi um momento único, que me despertou para a importância do papel que desempenhamos na sociedade, um papel que pode ser aprimorado pela prática da cidadania activa! A desmistificação de certos preconceitos relativos à política é imprescindível, para que a sociedade se consciencialize de que a política não está só ao alcance de uma pequena minoria! A política – que provém do termo

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dos grupos de trabalho previamente constituídos, foram abrangentes e pertinentes, indo desde a promoção do turismo e da economia local à aposta na cultura, no desporto e no associativismo. Falou-se também de ambiente, saúde, educação e ordenamento do território. grego ‘politiké’, uma derivação de ‘polis’ (cidade), que designa aquilo que é público – é muito abrangente e está, portanto, direccionada para todos os que integram a nossa sociedade! Todos podemos contribuir com a nossa opinião, em prol do desenvolvimento social, cultural e económico do nosso concelho. Assim, não devemos ter receio de intervir e de nos fazermos ouvir, enquanto cidadãos. Por isso, uma das diversas propostas que apresentámos em assembleia está relacionada com a criação de uma Assembleia Municipal Jovem, uma vez que nós, jovens, o futuro do concelho e do país, também temos voz e a ambição desmedida de melhorar o bem-estar da população. Israel Paródia (aluno)

Especial relevância foi dada ao desenvolvimento da participação cívica dos cidadãos, nomeadamente, das camadas mais jovens da população. Entre elas, a constituição de uma Assembleia Municipal Jovem, como fórum de debate que possa dar continuidade a esta iniciativa e potencie o maior envolvimento dos estudantes na discussão dos problemas políticos e sociais do Concelho. Quase todas as cerca de duas dezenas de propostas a votação foram aprovadas, algumas por unanimidade. Dali seguiram para o Executivo da Câmara, onde serão, com certeza, analisadas e tidas em conta para a gestão municipal. Quem sabe se algumas não serão, mesmo, incluídas em futuros planos de actividades e orçamentos da Autarquia. No final, era evidente a satisfação de todos pelo modo como decorreu a actividade, tanto por ter permitido uma melhor percepção do que é e como funciona o principal órgão de poder local municipal, como pela riqueza das ideias e do debate que geraram. O testemunho que incluímos na caixa ao lado é disso exemplo. LMF

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sociedade

Promoção turística e captação de investimento

Batalha apresenta-se em Paris A Câmara Municipal da Batalha esteve presente, em meados de Maio, no Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Paris, integrada na delegação da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, para divulgação do turismo cultural e de natureza junto do mercado francês e lusofrancês, mas também para captação de investimento estrangeiro no Concelho. Esta presença foi realizada a convite da Câmara de Comércio e Industria Franco-Portuguesa (CCIFP), da qual o Município da Batalha é associado desde 2014 e tem obtido várias oportunidades de investimento, sendo a mais recente concretizada pela localização na Batalha de uma fábrica do grupo francês especialista em microtecnologia e mecânica, C.TECH. Com o objectivo de captar mais investimento estrageiro, a Câmara da Batalha também integra o grupo municípios subscritores de protocolo de cooperação realizado, a 22 de Maio, entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo e a AICEP Global Parques – Gestão de Áreas Empresariais e Serviços. Este protocolo visa o desenvolvimento de estratégias de internacionalização e de criação de condições favoráveis ao investimento directo estrangeiro e à competitividade, de modo a potenciar o apoio às empresas existentes, o empreendedorismo, a criação de empresas e o reforço das suas actividades, exportação e investimentos. Segundo o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, “os resultados hoje são bem visíveis ao nível do crescimento do turismo e do investimento empresarial, afirmando a Batalha como um dos concelhos mais competitivos da região Centro e do país, como evidenciam, por exemplo, os 36 projectos aprovados até final de Abril pelo programa Centro2020, a que correspondem 21 milhões de euros de investimento”.

Verbas reforçadas no Centro 2020

Mais financiamento para a Batalha “A Câmara Municipal da Batalha regista com satisfação o reforço em 60 milhões de euros para o reforço de dotação no Programa Operacional do Centro – Centro 2020”, escreve a autarquia em nota de imprensa. Em causa estão 44 milhões de euros para os Centros Urbanos Complementares (PARU), “para apoiar projectos de mobilidade urbana suave”, onde se inclui a Batalha e 67 outros municípios da região Centro. Também as empresas viram reforçados os apoios, nomeadamente através do reforço de verbas em 50 milhões de euros para o Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego, programa gerido pelas Comunidades Intermunicipais (CIM) e que apoia a criação ou expansão de micro e pequenas empresas no desenvolvimento de projectos de 100.000 a 235.000 euros de investimento. Esta proposta de reprogramação foi apresentada no passado dia 25 de Maio, no Conselho Regional do Centro, tendo merecido o consenso generalizado, o que “representa

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um sinal positivo para a coesão e desenvolvimento integrado da região, porque aproxima em termos de dotação de fundos europeus os municípios de menor dimensão em termos populacionais, mas com elevada dinâmica como é o caso do município da Batalha”, refere o presidente, Paulo Batista Santos. Recorde-se que o Município da Batalha reclamava este reforço desde o início do ano, de modo a garantir obras como uma nova ecovia, designada “De Collippo ao Vale do Lena”, ou a requalificação pedonal e

parque de eventos no antigo campo de futebol da Batalha, “projectos que representam um investimento superior a 1,5 milhões de euros”. Segundo a mesma nota, a Batalha é “o segundo concelho da área da Comunidade Intermunicipal de Leiria com mais investimento municipal apoiado pela União Europeia, imediatamente a seguir ao de Leiria, capital de distrito, registando na presente data um valor próximo dos 7 milhões de euros de investimento elegível, a que corresponde um incentivo na ordem dos 6 milhões de euros”.

Município destaca aumento do investimento

Contas de 2017 com sinal positivo A Câmara da Batalha aprovou o Relatório e Contas respeitante ao ano 2017, com meios libertos positivos de 2.330.421 euros, “um forte crescimento na execução orçamental das Grandes Opções do Plano – que atingiu um valor de cerca 13,1 milhões de euros e aumento de 56,8% face a 2016 – e uma redução da dívida total em cerca de 508 mil euros”. Em nota enviada à imprensa, a autarquia sublinha “o grau de execução orçamental de 92,6%, que compara com 89,6% de 2016”, significando um aumento de cerca 4,7 milhões de euros, “particularmente significativo na educação (+1,9 milhões de euros), ordenamento do território (+1,1 milhões de euros), saneamento/ambiente (+862 mil euros) e 251 cultura (+522 mil euros). Em termos do património municipal, em 2017 verificou-se um aumento líquido, no montante de cerca 4,1 milhões de euros, sendo de destacar aos investimentos no Centro Escolar do Reguengo do Fetal (744 mil euros), a requalificação da Escola Sede do Agrupamento escolar da Batalha (827 mil euros) e a adaptação do edifício municipal para a Loja do Cidadão (418 mil euros).

Quanto ao endividamento, o Município continua a cumprir com bastante folga o limite legal, com uma margem superior a 11 milhões de euros, ficando a dívida total na ordem dos 2 milhões, menos meio milhão desde o ano anterior. Em resumo, é “uma boa situação económica e financeira”, refere o Município, dando como exemplo o incremento patrimonial de 2,3 milhões de euros, superior ao valor das dívidas a terceiros, e a liquidez financeira a rondar os 2,9 milhões de euros, também acima de todas as dívidas existentes. Quanto aos meios libertos, serão aplicados “no financiamento de projectos aprovados e co-financiados por fundos europeus no âmbito do Portugal 2020”. “Estes bons resultados obtidos revelam que os níveis de execução financeira e operacional atingidos são fruto da aplicação de políticas sérias, com um nível de investimento consistente, de grande exigência e rigor nos domínios de Ambiente, Educação, Juventude, Acção Social, Cultura, Turismo, Mobilidade, entre outros e tem sido o pilar fundamental do desenvolvimento integrado e sobretudo sustentável do Município,

sem comprometer as aspirações das gerações vindouras”, conclui o presidente, Paulo Batista Santos.

Câmara mais transparente

Entretanto, saiu mais um relatório anual do Índice de Transparência Municipal, que coloca a Batalha na 12.ª posição a nível nacional e 52 lugares em relação a 2016. A avaliação tem em consideração a informação de interesse público disponibilizada nos portais oficiais dos municípios, pelo que estes resultados reflectem algumas alterações feitas no sítio cm-batalha.pt. O presidente comenta que este resultado revela “o amplo trabalho que vem sendo desenvolvido em torno da transparência da governança” e que “os aumentos significativos de pontuação se devem estritamente ao modo como os documentos estão agora disponibilizados no portal”. A análise incide sobre 76 indicadores, em domínios como a informação sobre a organização, Impostos e Taxas, Contratação Pública, Urbanismo e documentação económico financeira. O estudo completo pode ser consultado em bit.ly/2HpzUBS.


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Batalha é um dos municípios fundadores

Foi constituída, no dia 17 de Abril, em Mafra, a Associação Portuguesa das Cidades e Vilas Cerâmicas (AptCC), agregando 14 autarquias, entre as quais a Batalha. Pretendendo posterior alargamento a outros municípios, esta é a primeira iniciativa estratégica nacional para preservar e promover a tradição e a inovação cerâmica, num do país que é o principal produtor na Europa e dos principais exportadores para todo o mundo. Com sede nas Caldas da Rainha, a presidência da associação será rotativa, sendo a primeira direcção presidida por Mafra e estando a

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Cerâmica portuguesa reunida em associação

Batalha como membro do Conselho Consultivo. Como objectivo, anunciase “a defesa, valorização e divulgação do património cultural e histórico cerâmico, bem como a promoção da criação artística e a difusão da cerâmica tradicional e contemporâ-

nea, para além do desenvolvimento de uma política de divulgação e de comercialização da oferta cerâmica nos diversos centros de produção em território nacional e no estrangeiro”. Na ocasião foi inaugurada, na Galilé do Palácio de Mafra, uma ex-

posição itinerante de cerâmica que propõe um roteiro de visita, de norte a sul do país, pelo rico património cerâmico português. A representação do Concelho da Batalha nesta mostra foi com duas peças da Matcerâmica, localizada na freguesia de São Mamede e a maior unidade do género da Península Ibérica. A sessão contou com representantes do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial das Cidades Cerâmicas (AeuCC), oriundos de Itália, França, Espanha, Roménia, Polónia, Alemanha e República Checa.

Município da Batalha associa-se

Por proposta da Comissão Europeia, o Parlamento Europeu adoptou 2018 como o Ano Europeu do Património Cultural. Esta efeméride tem enquadramento através dos grandes objectivos da promoção da diversidade cultural, do diálogo intercultural e da coesão social, pretendendo-se apelar com esta celebração para o papel do Património no desenvolvimento social e económico de todo o espaço Europeu. O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, assume esta proposta como “um verdadeiro desígnio, que deve convocar as instituições e os europeus para os grandes objectivos da promoção e defesa do Património enquanto legado dos povos que importa preservar”.

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Ano Europeu do Património Cultural

A adesão do Município da Batalha ganha especial justificação com a recente “intervenção ambiental de protecção do Mosteiro da Batalha, que estamos a finalizar, projecto financiado pela União Europeia,

bem como pela realização de várias iniciativas, com destaque para um evento cultural à escala europeia a ter lugar no próximo mês de Julho”, acrescenta o autarca. A marcar esta adesão da Batalha

à iniciativa, foi instalada a respectiva inscrição na zona frontal ao Mosteiro, um dos monumentos mais visitados do nosso país, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO.

Executivo faz balanço de meio ano de mandato com visita às obras

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Os eleitos do executivo camarário, com excepção do vereador do CDS-PP, assinalaram meio ano do

actual mandato, no passado dia 23 de Abril, com uma visita às obras municipais em curso, nomeadamente, a

reabilitação do Edifício do Dr. Gens para Universidade Sénior e Rede Europeia de Investigadores, e a remodelação Escola Sede do Agrupamento de Escolas da Batalha. “Os primeiros seis meses de mandato têm sido de trabalho intenso, em torno dos vários projectos, seja na educação, apoio social ou no desenvolvimento da área de localização empresarial, mas também, foi um tempo de colaboração de toda a equipa de vereadores e colaboradores da câmara que muito agradeço”, comentou o presidente, Paulo Batista Santos, na reunião que se seguiu. Na mesma reunião, foram confirmados, entre outros, a realização de protocolos de colaboração com a Loja Social da Associação Humani-

tária dos Bombeiros Voluntários da Batalha e com a Associação Cultural Desportiva e Recreativa do Casal do Meio, através da cedência de escolas desactivadas, bem como a confirmação da entrega dos 30 mil euros do Orçamento Participativo à Associação Casa do Mimo, para aquisição de viatura de transporte adaptada para crianças portadoras de deficiência. “Para o ano de 2018 e seguintes, a Batalha irá conhecer mais iniciativas, seja no contexto do Ano Europeu do Património Cultural, através de eventos internacionais e de promoção externa do Concelho, seja em domínios-chave como o ambiente, a saúde e a promoção de melhores condições de vida dos cidadãos”, defendeu o autarca.


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cultura

. museu de todos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Imagem de Santa Bárbara

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A peça que o Município da Batalha, através do MCCB, destaca nesta edição, encontra-se exposta no espaço dedicado às Minas de Carvão da Batalha. Trata-se da escultura religiosa de Santa Bárbara, representando a imagem que estaria num pequeno nicho à entrada da boca da Mina das Alcanadas, para que os mineiros lhe pedissem protecção antes de entrar. Santa Bárbara segura uma palma no seu braço direito (significando o martírio dos santos que deram a vida pelo Evangelho) e com a mão esquerda segura a extremidade do manto azul (símbolo do céu; morada de todos os santos). Sobre a base, junto à perna direita, tem uma torre (símbolo da sua clausura e da sua conversão ao Cristianismo) A escultura assenta sobre um suporte castanho e verde, ovalado e com relevos que representam terrenos montanhosos que a santa vislumbrava da torre. Bárbara nasceu na cidade de Nicomédia (actual Izmit, Turquia). A bela jovem viveu no final do Século III e era filha única de Diáscoro, um homem rico que enviuvou muito cedo. Depois de enviuvar, o pai dedicou toda a sua atenção à protecção da sua única filha. Para ocultar a extraordinária beleza de Bárbara, fechou-a numa torre, sob a guarda e ensinamento de tutores da sua confiança. Da forte construção, a jovem contemplava a natureza e a sua transfor-

mação ao longo das estações do ano, questionando-se sobre a criação de algo tão perfeito e harmonioso, impossível de ser realizado pelos homens. Quando Bárbara atingiu a idade para casar (cerca de 17 anos), o pai trouxe-a para casa, para que recebesse pretendentes. E foram muitos os candidatos a apresentar-se em casa da família rica. Em nenhum deles Bárbara sentiu amor verdadeiro, recusando-os a todos. Maior era o seu desejo em conhecer o amor divino e dedicar-se a uma vida devota e em castidade. Percebendo que o comportamento da filha poderia ter sido afectado pela sua vida de reclusa, Diáscono permitiu que ela deixasse a torre, dando-lhe a liberdade de fazer visitas à cidade. Foi então que conheceu os cristãos de Nicomédia, que lhe transmitiram a mensagem de Jesus Cristo e do mistério da Santíssima Trindade. O conhecimento sobre a fé cristã tocou o coração de Bárbara e, com os cristãos, encontrou respostas às suas questões sobre o Criador. Assim se convertia Bárbara ao Cristianismo, sendo baptizada por um padre vindo da Alexandria. O pai mandou fazer obras na torre: uma luxuosa casa de banho e duas janelas. No decurso dos trabalhos, Dióscoro teve de fazer uma longa viagem. Este tempo permitiu que Bárbara mandasse construir mais uma janela, em homenagem à Santíssima trindade, e esculpir uma cruz na torre, simbolizando o sacrifício do Filho de Deus para salvar a humanidade. As mudanças feitas na construção e a simbologia da fé enfureceram Díascoro, quando regressou. Este ordenou que Bárbara fosse torturada em praça pública, para fazer a jovem renegar a fé cristã. Mas Bárbara não a renegou, mesmo mediante tamanho sofrimento. Bárbara foi então condenada à morte por decapitação, juntamente com uma jovem cristã de nome Juliana. Após a humilhação, as fiéis seguidoras de Cristo foram decapitadas. Bárbara foi degolada pelo próprio pai. Quando tamanha atrocidade aconteceu, ouviu-se um estrondo de um trovão e um enorme raio decaiu sobre Dióscoro. Depois deste fenómeno, atribuiu-se a Santa Bárbara o estatuto de protectora contra relâmpagos e tempestades, sendo também nomeada padroeira dos artilheiros, dos mineiros e das pessoas que trabalham com fogo. Fontes: jf-santabarbara.pt / www.ecclesia.com.br

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Datação: século XVIII Proveniência: Diocese de Leiria-Fátima

“100 anos de Carvão na Batalha”

Exposição recebe prémio nacional A exposição “100 anos de Carvão na Batalha - Minas da Batalha 1854-1954”, patente no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) conquistou uma Menção Honrosa, na categoria “Investigação”, nos prémios da APOM – Associação Portuguesa de Museologia, atribuídos no passado dia 25 de Maio, em Lisboa. Segundo nota do Município, esta mostra, inaugurada em 2015, “envolveu um grupo heterogéneo de pessoas e instituições, que aborda uma actividade de manifesta importância como a exploração carbonífera que marcou fortemente a economia regional na primeira metade do século XX”. Resulta, assim, “um amplo programa de investigação participada, com destaque para o envolvimento dos antigos mineiros da localidade das Alcanadas e seus descendentes, juntamente com a abordagem museológica das vivências dos antigos trabalhadores das Minas das Barrojeiras”. Também as antigas empresas que detinham os alvarás de explo-

ração do carvão foram abordadas, bem como a construção da linha de “Caminho de Ferro Mineiro do Lena”, que ligou os concelhos da Batalha a Porto de Mós, servindo a exploração e o transporte do carvão do Couto Mineiro do Lena. A par da informação documental, a referida mostra foi enriquecida com diversas peças ligadas ao universo da exploração carbonífera, como máscaras, maquetas de entivação, objectos para o tratamento de escoriações e golpes dos antigos mineiros, entre outras. Este prémio “reveste-se de grande importância, atendendo à relevância sociológica e histórica que a mesma aborda”, considera Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal, lembrando que “o Couto Mineiro do Lena foi responsável pelo desenvolvimento dos concelhos da Batalha e de Porto de Mós no século XIX, traduzindo-se a exploração do carvão com a chegada da luz eléctrica e da linha de caminho de ferro”.

Na cidade de Leiria Festival “A Porta” De 16 a 24 Junho, Leiria vai ser inundada com mais uma edição do festival “A Porta”. Trata-se de “uma experiência multidisciplinar, que envolve a comunidade, é inter-geracional, inclusiva e se activa em vários espaços e lugares carismáticos da cidade”. Mais de duas dezenas de concertos estão programados, em espaços diversos, não faltando a festa dos DJ e uma “Casa Plástica”, sob o tema

“Esta casa já deu luz”, uma exposição colectiva com vários artistas, um programa de performance, e um serviço educativo com oficinas e visitas guiadas. Finalmente, à semelhança de anos anteriores, há 4 jantares temáticos com sabores do mundo e sobremesas musicais, em várias casas particulares de Leiria.


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Mais uma “feira” cumprida

A Feira do Livro da Batalha tem-se revelado bem mais do que o nome indica. A 17.ª edição, nos dias 17 a 20 de Maio, provou isso, uma vez mais, inundando a praça Mouzinho de Albuquerque, no centro da vila com propostas variadas de animação, cultura e… livros, também. Assim, além da normal possibilidade de adquirir livros a baixo preço, as várias centenas de pessoas que passaram pelo recinto, sobretudo os mais novos, tiveram oportunidade de aproveitar um vasto programa de espectáculos gratuitos, dirigidos a toda a

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Animação à volta dos livros

família, com destaque para o concerto de Luís Portugal com “Poetas com

Voz”, a peça de teatro “Ephemeros – A Vida num só dia”, pelo Teatro Em

Caixa, e a estreia nacional do musical infantil “Peter Pan e o segredo da Ilha dos 3 olhos”, produção da companhia Rituais dell Arte. O programa incluiu a entrega de prémios do 10.º concurso literário “O Fio da Memória – O Conto” e a habitual “Feira dos ATL”, este ano dedicada ao ambiente e à importância dos recursos naturais. Nela colaboraram os Bombeiros Voluntários da Batalha, Águas de Portugal / Águas do Lena, entre outras entidades. Como sempre, os alunos da Golpilheira tiveram participação activa.

Protocolo reconhece papel da Biblioteca Municipal A Biblioteca Municipal José Travaços Santos integra a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, após protocolo assinado, no passado dia 16 de Abril, entre o Município e a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB). Passa, assim, a poder aceder e usufruir de uma rede alargada de recursos e serviços, participar em iniciativas de carácter local, regional, nacional e internacional, bem como beneficiar de futuros programas e integrar a lista pública sistematizada e actualizada das bibliotecas públicas. Este é o reconhecimento do “trabalho que a Biblioteca Municipal da Batalha vem desenvolvendo na região em torno das competências e do trabalho associado às literacias, com grande envolvimento do público infanto-juvenil”, referiu na ocasião Silvestre Lacerda, director da DGLAB. E é “mais um passo importante no percurso deste equipamento cultural

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Batalha na rede nacional de bibliotecas

concelhio, que vem desenvolvendo uma actividade fundamental na promoção do conhecimento”, acrescenta Paulo Santos, presidente batalhense, sublinhando “a elevada qualidade e a originalidade iniciativas” desta biblioteca, bem como “a extensa rede de parcerias em que vale a pena continuar a apostar”. Em 2019, a Biblioteca da Batalha

assinalará 30 anos de actividade, tendo sido criada formalmente em 1989, com o apoio da Rede de Bibliotecas Fixas do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian. O aumento da população no Concelho e a preocupação em garantir aos leitores um serviço de qualidade, ditou a construção de um novo edifício, contíguo à Câmara

Municipal, inaugurado a 17 de Março de 2001, que passou a conferir aos leitores, maior comodidade e o acesso a múltiplos recursos, num total de mais de trinta mil registos. Com mais de 8.500 utilizadores registados, a Biblioteca Municipal da Batalha, que é associada da rede de Bibliotecas da UNESCO, tem concretizado ao longo dos anos inúmeros projectos de fomento à leitura e das literacias. Destes, destacam-se: o PLIP – Projecto de Leitura Inclusiva Partilhada, desenvolvido em parceria com o IPL, Rede de Bibliotecas Escolares e Centro Professor Albuquerque e Castro (Porto), premiado pela DGLAB em 2015; a disponibilização de tablets aos utilizadores, resultado da concretização do projecto “Ler é Ver”, distinguido pela Fundação Calouste Gulbenkian; e o projecto “Biblioteca, Uma Porta Aberta”, no Estabelecimento Prisional de Leiria.

Ano Europeu do Património Cultural O artista britânico Lloyd Cole, considerado um dos músicos mais influentes de todos os tempos, celebra no Mosteiro da Batalha, num concerto acústico, o Ano Europeu do Património Cultural. A iniciativa decorrerá no dia 6 de Julho, sextafeira, às 21h30, no Claustro Real, com entrada gratuita. Com uma forte ligação afectiva ao nosso país, de várias décadas, Lloyd Cole apresentar-se-á no concerto da Batalha no seu mais recente registo,

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Lloyd Cole em concerto acústico no Mosteiro da Batalha eminentemente acústico, numa clara associação à efeméride proposta pela Comissão Europeia e pelo Parlamento Europeu de estabelecer 2018 como o Ano Europeu do Património Cultural. O presidente da Câmara, Paulo Santos, considera “um orgulho poder contar com este músico de renome internacional no Mosteiro da Batalha, atendendo à excelência da sua carreira artística e à consagração internacional do seu trabalho enquanto escritor de músicas intemporais”.

A iniciativa integra a programação do projecto “Lugares Património Mundial do Centro”, contando com financiamento do Programa Centro 2020, e visa a promoção da diversidade cultural, do diálogo intercultural e da coesão social, chamando a atenção para o papel do património no desenvolvimento social e económico do espaço europeu. Os bilhetes devem ser requisitados em reservas.cm-batalha.pt.


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cultura

Apresentação de antologia local

Em Dia da Mãe, a arte das palavras que é a poesia deu à luz um momento cultural com o lançamento da “Antologia de Poetas da Barreira”, no domingo de 6 de Maio. O salão paroquial local encheu para aplaudir os 13 co-autores desta obra, que conta com poetas do mais tipicamente popular ao mais erudito. A tarde foi animada pela vivacidade do Rancho Folclórico da Barreira, senhor das imagens e sons tradicionais locais. A Dr.ª Anabela Graça, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Leiria, em representação do presidente da Edilidade, referiu que 8 dos autores eram mulheres e 5 eram homens. Aproveitou a sua intervenção para homenagear a classe docente (bem representada) com a leitura de um poema do professor Borges da Cunha, intitulado “Aos Nossos Professores”. PUB

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Festa da poesia na Barreira

Clara Paulo apresentando a obra

Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes incentivou os poetas a “escreverem até que a mão lhes doa”, tirando do bolor das gavetas as suas obras... Os frutos (desenhados na capa do livro por Sérgio Vieira) advêm dos pomares

da Barreira, mas também do engenho dos seus poetas. Carlos Fernandes, o hábil moderador da mesa, enalteceu os nomes da cultura da comunidade da Barreira e biografou sucintamente a apresentadora da obra, Clara Paulo. Na sua intervenção, esta poetisa incentivou PUB

os autores a lançarem-se oportunamente numa segunda edição, pois entre os 4.100 habitantes mais poetas aparecerão com certeza na Barreira. Por sua vez, o padre Augusto Gonçalves referenciou que esta antologia é um valor acrescentado e, numa oportuna nota de humor,

concluiu que a poesia faz bem à saúde, pois até entre os co-autores figuravam duas enfermeiras. Como organizador deste projecto, citei Santo Agostinho, que sentenciou que a beleza (e, portanto, também a poesia) é o esplendor da verdade, em sintonia com Goethe, que rematava que verdade e poesia caminharam sempre juntas, evitando destarte que ela se torne na mais fútil das ocupações. Entre as várias intervenções, alguns autores leram um poema seu, personalizando mais e melhor a sessão. No final da tarde, os participantes do evento estavam saciados com o pão espiritual que os alimentou, conhecendo mais e melhor os artistas da emoção do verbo da Barreira. Pedro Moniz


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Habitação em parceria com o IPL

Intervenção do director, com sala cheia

Jornadas Culturais do Agrupamento de Escolas da Batalha

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O Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) realizou, no passado dia 13 de Abril, as suas Jornadas Culturais. Foi um dia cheio de iniciativas destinadas a partilhar as inúmeras actividades desenvolvidas na instituição, culminando, ao final da tarde, com a cerimónia de entrega dos Certificados e Prémios de Mérito aos melhores alunos do 1.º ao 11.º ano de escolaridade, relativos ao ano transacto. Ao palco subiram as crianças e jovens de todas as escolas do Agrupamento, incluindo, obviamente, os da Golpilheira. Na ocasião, foram também homenageados os colaboradores do Agru-

pamento recentemente aposentados e, como aconteceu no ano passado, foi distinguida uma personalidade do concelho que se destacou pelo trabalho em prol da educação. Este ano, esse prémio coube a Zulmira Pereira, que foi encarregada operacional na escola e se destacou pelo profissionalismo e dedicação aos alunos, com que pautou sempre o seu trabalho, muitas vezes para além do que a função exigia. O reconhecimento de todos foi bem patente no aplauso que recebeu. Esta sessão, com a animação de uma banda constituída por alunos com o professor de música, serviu

A “banda residente”

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Uma sessão de mérito

Zulmira Pereira foi personalidade do ano

também para apresentação de alguns dos projectos em curso. Este ano, destacou-se o programa “Like Saúde”, com o lema “Dependências – Diz não!”, que tem envolvido muitos alunos e professores em múltiplas iniciativas de sucesso em prol da prevenção da toxicodependência e de outros comportamentos desviantes. Na sua intervenção, o director do AEB, Luís Novais, sublinhou a importância dos diversos parceiros sociais neste e noutros programas e a filosofia da escola, centrada nos alunos como destinatários e actores principais do trabalho desenvolvido ao longo do ano. O acrónimo “VITRAL” resume essa intenção, indicando as características fundamentais do projecto educativo do Agrupamento: vontades, inovação, trabalho, responsabilidade, aprendizagens e liderança.

Câmara alarga serviço

Transporte gratuito para todos os alunos A Câmara Municipal da Batalha pretende alargar os transportes gratuitos a todos os alunos que frequentam as escolas do concelho da Batalha, uma medida de apoio às famílias e que representa um investimento municipal superior a 30 mil euros. Esta medida consta em proposta de Regulamento a apreciar na próxima reunião do executivo municipal e a aprovar em definitivo pela Assembleia Municipal, com o objectivo de entrar em vigor no próximo ano lectivo de 2018/2019. Legalmente, compete às autarquias o transporte aos alunos

do ensino básico e secundário que residam a mais de 3 ou 4 quilómetros dos estabelecimentos de ensino. Até à data, o Município da Batalha assegurou a totalidade do custo com o passe escolar dos alunos até ao 3.º ciclo e em 50 % o dos alunos do ensino secundário, chegando aos 100% no caso das famílias carenciadas. Além disso, faculta o transporte aos alunos dos jardins-de-infância com necessidades educativas especiais. O aumento da gratuidade visa apoiar o esforço das famílias na despesa com a educação e motivar o cumprimento da escolaridade

obrigatória, até aos 18 anos de idade ou 12.º ano de escolaridade. A medida, por isso, estende-se às escolas públicas e privadas, exceptuando os alunos que tenham já bolsas ou comparticipação nestes serviços. “Sempre entendemos a formação das crianças e jovens como pilares estratégicos para o desenvolvimento local, representando uma área de actuação prioritária para a Câmara, em larga medida, em resultado da aposta que fizemos em 2014 na descentralização de novas competências do sector da Educação”, refere Paulo Santos, presidente da autarquia.

A Câmara Municipal da Batalha está a desenvolver um projecto de reabilitação de edifícios para residência universitária de alunos internacionais do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Trata-se de uma resposta enquadrada no Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), apresentado, no dia 17 de Maio, pela secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, que prevê a atribuição de fundos para a adaptação de edifícios que as instituições de ensino superior e as autarquias queiram destinar a este fim. Esta é “uma oportunidade única” para a Batalha, afirma Paulo Santos, presidente da autarquia, apontando como benefícios “trazer para a Batalha jovens estudantes internacionais, que irão promover o concelho, dinamizar o turismo e criar condições para a sua fixação na região, bem como estimular a construção e reabilitação de edifícios na vila, em condições de financiamento muito favoráveis”. Por outro lado, “no médio prazo, cimentará a presença do ensino superior e de investigadores na Batalha, condição fundamental para desenvolver conhecimento e ampliar as oportunidades dos jovens locais”. O projecto está a ser desenvolvido em parceria com o IPL, numa primeira fase, num edifício reabilitado na Praça Mouzinho de Albuquerque e no antigo edifício dos Paços do Concelho, em fase final de requalificação. Como mais-valia, a autarquia aponta as “excelentes opções de mobilidade para o IPL, seja através do GiraBatalha – autocarro de ligação rápida a Leiria –, seja pela rede de ecovias existentes e em desenvolvimento ao longo do curso do rio Lena.

DR

LMFerraz

Batalha acolhe universitários


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infantil

Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

Jardim-de-Infância da Golpilheira Está a acabar mais um ano de escolinha... cá deixamos mais uns desenhos e os votos de boas férias!


Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

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História de uma visita de estudo…

DR

A Escola Básica da Golpilheira realizou uma visita de estudo, no passado dia 22 de Maio, ao Centro de Ciência Viva do Alviela e às Grutas de Santo António. Para sabermos como correu, vamos dar espaço a dois participantes;

heira, o destino era o tro Recreativo da Golpil Partimos às 08h30 do Cen autocarro foi bastanAlviela. Toda a viagem no do a Viv a nci Ciê de tro Cen ias músicas e brincamos. te divertida, cantamos vár a que visitámos foi a ncia Viva, a primeira sal Ciê de tro Cen do tro den Lá ples. Observámos vámos microscópios mais sim usá e ond , ias ênc eri exp das e pele e ainda gotas de s, unhas cortadas, saliva elo cab o com , sas coi s ria podemos ter no nosso ar algumas bactérias que erv obs os erm pod a par a, águ , produzimos sabonetes ar no dia-a-dia. Por fim lid de os tem que e po cor es, aroma de vários es: corante de várias cor ent pon com tes uin seg os com hamos de utilizar fo. As quantidades que tín ina cer gli e te lei s, iro che 10 ml de leite e uma corante, 4 gotas de aroma, de as got 6 e 4 re ent : ram em banho-maria (não foi derretida numa panela que , ina cer gli de ção por cta). sabemos a quantidade exa ulador), onde fizemos foi ao carsoscópio (o sim tro Cen no ita vis a und seg A s, ao tempo dos dinossauuando 170 milhões de ano uma viagem no tempo, rec e voámos sobre a Serra água num rio subterrâneo ros, andámos debaixo de os à terceira visita, ois desta aventura, passám de Aire e Candeeiros. Dep eciais. Logo de seguida colocámos uns óculos esp um filme em 3D e, claro, ueta da Serra. Na pridade, que era ver uma maq fomos para a quarta activi ar uns manípulos para ular a chuva, fazendo rod meira parte, podíamos sim Na segunda parte, rar pelas fendas da rocha. podermos ver a água a ent olvendo um camião cisum acidente de viação env observámos a simulação de ar um derrame e poluir olina, que poderia provoc terna que transportava gas polui muitos litros de água (1litro de gasolina uma grande quantidade de água). uns colegas, a sala que foi a preferida de alg Por fim, chegamos à sala sobre este animal: saber algumas curiosidades dos morcegos. Ficámos a s metade do seu peso em gramas e come todos os dia pesa apenas entre 4 e 8 podíamos pesar-nos e per vários jogos, num deles os, ceg mor os sem insectos. Na sala havia r se fos ida que deveríamos ingeri ceber a quantidade de com um espaço com os olhos r ssa ave atr teríamos de o jogo dos ‘puffs’, em que morcegos fazem à noite. hum ‘puff’, tal como os fechados sem derrubar nen uenique e quando terfizemos uma espécie de piq No final fomos almoçar, faciais e desenhar com ar à apanhada, pinturas minámos fomos brincar, jog os demorar muito, porha gigante, mas não podíam tintas e pincéis numa fol Santo António. de ir para as grutas de que de seguida tínhamos sa espera para nos guiar tínhamos um senhor à nos Ao chegarmos às grutas, a pela acção da água da nos que a gruta foi formad na visita. Ele explicoum do chão, e as esestalagmites, que cresce chuva. Mostrou-nos várias ca de 100 anos para tecto e ambas demoram cer talactites que crescem do unas, que se formam bém nos apresentou as col crescer 1 centímetro. Tam e as bandeiras. Mas o ctite a uma estalagmite, pela união de uma estala íamos colocar uma moeda am os lagos, onde até pod que mais nos fascinou for cobertas de cristais vezes encontrávamos rochas para pedir um desejo. Por magníficos. e comemos um belo geparámos em Porto de Mós No regresso à Golpilheira, 30. da terra por volta das 17h ano) lado. Chegámos à nossa lin Marta Maia Alferes (4.º

Saímos da Golpilheira de autocarro às 08h30. Quando parámos para lanchar fomos buscar as mochilas e sentámo-nos no chão, eu comi um ‘donut’ e um sumo de laranja, depois fomos para o Centro de Ciência Viva. Num microscópio, observámos cabelos, unhas cortadas, saliva e gotículas, depois fizemos uma experiência em que utilizámos os seguintes componentes: corante, aroma, glicerina e leite. Primeiro, colocámos o leite, misturámos o corante e o aroma e no final adicionámos a glicerina. Misturámos muito bem os componentes com a vareta de vidro e por fim colocámos a solução em formas e conclusão, produzimos os sabonetes. Depois, entrámos na sala do simulador e recuámos 170 milhões de anos, andámos debaixo de água, fomos ao tempo dos dinossauros e voámos sobre a Serra de Aire e Candeeiros. De seguida, vimos um filme em 3D e uma maqueta da serra. Por fim, visitámos a sala dos morcegos, onde ficámos a saber várias curiosidades: eles alimentam-se de insectos, são noctívagos, porque o Sol queima a membrana das asas, descobrimos que num metro quadrado podem caber 2000 morcegos. Ainda me pendurei nuns ferros de cabeça para baixo, tal como se fosse um morcego e imaginem… se fôssemos morcegos tínhamos de comer metade do nosso peso em fruta todos os dias. No final desta aventura fomos almoçar, pelas 12h30, sentámo-nos numa mesa de piquenique; o meu almoço foi piza com batatas fritas e sumo. Quando terminámos, fomos visitar as grutas de Santo António, por lá vimos estalagmites e estalactites com cristais, vimos ainda colunas, bandeiras e lagos. Uma das estalagmites media cerca de 5 metros. Por fim, fomos comer um gelado a Porto de Mós e regressámos à Golpilheira pelas 17h30. Leonardo Marques Mendes (4.º ano)


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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

religião

Batalha festejou a Santíssima Trindade

Paróquia cumpre tradição de séculos

Fotos: MCRito

No domingo da Santíssima Trindade, o 8.º depois da Páscoa, desde há séculos que se cumpre a tradição de todas as comunidades da paróquia da Batalha se juntarem em festa. Assim foi, no passado fim-de-semana de 26 a 28 de Maio, com a organização dos “cinquentões”, nascidos em 1968, uma prática iniciada no ano passado e que se pretende instituir como hábito para o futuro. Mantém a figura do imperador, primeiro responsável das festividades, este ano assumido por António Santos Ferreira, dos Palmeiros. Participaram muitas centenas de fiéis, logo no sábado, dia em que se recolhem as várias dezenas de ofertas e andores com os bolos “de ferradura” e o pão, tradicionais desta festividade. Neste dia, faz-se a bênção do pão e das ofertas, realizase a primeira procissão pelas ruas da vila e é celebrada a Missa. Durante a tarde, abre o arraial e, este ano, abriu também uma exposição sobre esta tradição, que esteve patente

O imperador e a filarmónica

naqueles dias no átrio do auditório paroquial São Nuno de Santa Maria. À noite, houve animação musical com a Banda Kroll. A maior concentração, no entanto, registou-se na Missa dominical, que incluiu a procissão com o Santíssimo Sacramento no adro do

Mosteiro da Batalha, acompanhada pela Filarmónica Portomosense. No final da celebração, seguiu-se o grandioso cortejo que constitui o momento mais tradicional e apreciado pelos populares e turistas que visitam a Batalha por esta ocasião. A célebre passagem pelo “Carvalho

Crianças experimentam tradição de mandar pães benzidos

Ofertas são ‘ex libris’ da festa

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do Outeiro” é um dos motivos para a fama deste percurso, sendo o local onde se atiram sobre a multidão os pequenos pães benzidos que, segundo oráculos antigos, são uma preciosa arma contra a traça das roupas e outras pragas que possam afectar bens e até produtos alimentares. Reza a lenda que tal se deve à promessa dos frades dominicanos, há muitos séculos, de realizar estas festas em agradecimento a Deus por ter protegido os seus celeiros de uma moléstia que atacou a região e semeou a fome entre a população. A festa teve também arraial com quermesse e restauração, na tarde de domingo, com animação pela Filarmónica e os ranchos folclóricos do Penedo, Quinta do Sobrado, e Camponeses de Vale das Mós, Abrantes. À noite, actuou o grupo Funkoff. Na noite de segunda-feira, celebrou-se a Missa por intenção dos Mordomos, seguindo-se uma sardinhada com a animação do organista golpilheirense Pedro Calado.

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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

Comunidade Cristã da Golpilheira

Bonita festa de Nossa Senhora de Fátima

Fotos: LMFerraz

A Comunidade Cristã da Golpilheira esteve em festa, no passado dia 20 de Maio, em honra da padroeira do seu principal centro de culto, Nossa Senhora de Fátima, neste mês que lhe é especialmente dedicado. A ocasião foi também aproveitada para comemorar o 2.º aniversário da restauração desta igreja, cuja bênção foi feita pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, a 29 de Maio de 2016. Foi uma celebração singela, mas muito sentida pelas cerca de duas centenas de fiéis que nela participaram. Começou com a Missa, às 11h00, a que se seguiu uma procissão com a imagem de Nossa Senhora e muitas crianças a levarem as suas flores. No final, de novo na igreja, fez-se uma pequena celebração mariana, terminando com a deposição de flores, pelas crianças, junto da imagem e a consagração da Comunidade à Virgem. Após a celebração, cerca de 170 pessoas participaram no almoço de convívio, cujas receitas reverteram para os vitrais da igreja, que estão em fase de elaboração. Um momento

No final da Missa, houve procissão

bonito deste convívio foi quando chegou a notícia de que o Bispo diocesano tinha acabado de ser indicado pelo Papa Francisco para cardeal. Todos aplaudiram e cantaram os parabéns a D. António Marto, com os votos de que seja feliz na nova missão

a que foi chamado. Resta sublinhar que esta festa foi organizada pelo Grupo Coral Litúrgico da Golpilheira, em colaboração com a Comissão da Igreja, função que cumpriu com muito sucesso. A organização está de parabéns e agradece

a muitas outras pessoas que com ela colaborou. Foi uma forma de este grupo agradecer a Nossa Senhora as graças que lhe tem concedido ao longo dos anos em que, na sua igreja, dão voz à animação das celebrações. LMF

Almoço de convívio

Crianças oferecem flores a Nossa Senhora

Comissão de festas organizou

“Cocktail Party” em São Bento evento visou a angariação de fundos para a festa e proporcionou uma boa ocasião de convívio para algumas dezenas de pessoas que compareceram, à volta da música de dança. LMF

A comissão de festas de Nossa Senhora da Esperança, constituída pelos nascidos em 1968 e 1998 organizou uma noite de convívio, no salão de São Bento, no passado dia 14 de Abril. Com o nome “Cocktail Party”, o

Grupo que abriu a pista...

“Campo de Batalha” | Férias para jovens católicos O “Campo de Batalha” é um campo de férias católico, sem fins lucrativos, que foi sonhado e é organizado por um grupo de jovens universitários, com o apoio do padre José André Ferreira. A ocorrer na Batalha, a iniciativa

surgiu na continuidade da “Missão País” que decorreu nesta paróquia, em Fevereiro passado, dinamizada por um grupo de universitários católicos da Escola Superior de Tecnologia e Saúde de Lisboa. O campo visa proporcionar aos

jovens, dos 14 aos 18 anos, a possibilidade de viverem uma semana de férias diferente. Assim, de 15 a 22 de Julho, com o lema “E tu, quem dizes que eu sou?”, os participantes terão oportunidade de “conhecer, estar e fazer a experiência de ser Igreja, en-

quanto comunidade, na viva esperança que cada um possa encontrar-se e ser encontrado com Deus”. Inscrições até ao dia 30 de Junho, em facebook.com/ocampodebatalha ou para campodebatalha18@gmail. com, 912330046 ou 919313221.


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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

religião

Momentos especiais

Momento significativo da caminhada cristã das crianças é a sua Primeira Comunhão, normalmente após 3 anos de caminhada catequética. Assim foi, também, no domingo 6 de Maio, para um grupo de 20 crianças da Comunidade Cristã da Golpilheira. A festa foi especialmente preparada e celebrada, com o envolvimento especial dos catequistas, familiares mais próximos e de todos os cristãos, que viram com alegria mais um grupo de crianças a reforçarem os seus laços comunitários através da Comunhão do Corpo de Cristo. A festa foi enriquecida pelo Baptismo de três crianças, duas delas também do grupo da Primeira Comunhão. Foi uma entrada em grande nesta família dos Filhos de Deus! Por ser Dia da Mãe, as crianças foram convidadas e oferecer uma flor a Nossa Senhora e outras às suas mães, num gesto de carinho filial que a todos comoveu.

LMF

Festa da Primeira Comunhão

Para mais tarde recordar, fica esta foto do 2.º ano da catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira, que fez a sua Festa do Pai-Nosso no passado dia 13 de Maio. Uma das missões da catequese é ajudar as crianças a entenderem as orações que rezam, a começar pelas mais simples, como aquelas que aprendem em casa com os seus pais ou avós.

É o caso do Pai-Nosso, a oração que Jesus ensinou e que estes meninos “estudaram” durante este ano. Para marcar mais este passo na sua caminhada de vida cristã, levaram para casa um “diploma”, onde essa oração está escrita, para os lembrar que a devem rezar todos os dias. Foi uma festa muito bonita, que ficará nas suas memórias. As catequistas

LMF

Festa do Pai-Nosso

Encerramento da catequese | Oração e festa em São Bento Os festeiros de Nossa Senhora da Esperança de 2018, nascidos em 1968 e 1998, vão organizar uma festa de encerramento do Mês de Maria, no próximo dia 10 de Junho, a partir das 18h00, na igreja de São Bento. O

evento começará com um momento de oração, seguido de procissão com a imagem de Nossa Senhora, e continuará com o tradicional leilão e convívio, com comes e bebes. Esta celebração vai ser também

aproveitada para marcar o encerramento da catequese deste ano pastoral, pelo que se convidam todas as crianças, pais e catequistas e participar activamente no momento de oração e a trazerem a sua oferta para

acompanhar a procissão e rechear o leilão. As receitas do evento revertem para a festa de Nossa Senhora da Esperança, que será organizada nesta igreja, nos dias 25 a 27 de Agosto.

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Foto-montagem|LMF

Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

O grupo de jovens e catequistas da Golpilheira

Crisma na Batalha

“Abri de par em par o vosso coração” A paróquia da Batalha celebrou, no passado dia 29 de Abril o Crisma de 63 jovens do 10.º ano, 43 deles dos dois grupos do centro de catequese paroquial e 20 da Comunidade Cristã da Golpilheira.

“Abri de par em par o vosso coração ao Espírito Santo e permanecei firmes na fé”, pediu D. António Marto, que presidiu à celebração. Partindo do Evangelho do dia, o Bispo diocesano sublinhou a importância

de nos mantermos unidos a Cristo, como os ramos à videira, “pois é dessa comunhão que nascem os frutos do Espírito Santo na nossa vida”. Uma das formas mais importantes dessa ligação é a participação na Eucaristia,

lembrou D. António Marto, apontando, ainda, a importância da oração, da “conversa frequente com Deus, que é um coração vivo a derramar o seu amor em nós”. LMF

Uma visita especial

No sábado 14 de Abril, o grupo do 10.º ano de catequese foi fazer uma visita ao Convento da Visitação, na Faniqueira. Para a maioria deles, era a primeira vez que entravam num convento e até havia quem nem soubesse que este ali existia. Começaram por fazer uma breve oração na capela e dirigiram-se à sala de visitas, onde se encontraram com 9 das irmãs ali residentes. São 11 no total, com idades entre os 44 e os 93 anos, estando duas acamadas. Ali residiu durante muitos anos a irmã Maria Pia, natural da Golpilheira, que faleceu há cerca um ano. Está, actualmente, uma da Rebolaria e várias da Diocese de Leiria-Fátima, mas também de todo o País. Entre as mais novas, estão duas irmãs do Ruanda e uma da Colômbia, que vieram para apoiar as mais velhas e garantir a continuidade desta comunidade, umas das três que existem em Portugal da Ordem da Visitação. As irmãs apresentaram-se e contaram alguns pormenores das suas vidas e também a maneira como surgiu a sua vocação à vida consagrada.

LMFerraz

Da Golpilheira para o Convento

Partilha de testemunhos vocacionais

Algumas sentiram esse chamamento desde muito novas, outras já quando eram adultas. Uma delas contou que nem sequer era católica praticante até cerca dos 20 anos de idade e foi quando estava a tirar o curso de filosofia na universidade que começou a aproximar-se da fé e, aos poucos, a sentir o desejo de entrega total a Deus.

A conversa elucidou os visitantes sobre as rotinas diárias das religiosas, em que o tempo é ocupado maioritariamente com a oração e os trabalhos domésticos, sempre em ambiente de silêncio. Mas há também momentos de recreio, que aproveitam para conversar e para actividades de lazer, como o canto, o teatro, a leitura de jornais e revistas, a consulta de temas

actuais na internet e dois noticiários por semana na televisão. Assim se mantêm informadas sobre o que se passa na região e no mundo. A sua oração é, sobretudo, pelas necessidades da humanidade e para dar graças a Deus pelas coisas boas que vão acontecendo. No início, alguns estranharam que as irmãs estivessem separadas das visitas por uma grade. Perceberam, depois, que isso representa a sua opção de deixarem tudo o que as prende ao mundo e se dedicarem apenas a Deus, em silêncio e oração. Mas, mais ainda, a todos espantou a alegria e a felicidade que resultam dessa opção de vida. Todas estiveram sempre sorridentes e com boa disposição, e as irmãs do Ruanda e da Colômbia até mostraram algumas músicas e danças típicas dos seus países. No final, ofereceram um lanchinho aos convidados e enviaram cumprimentos e a promessa da sua oração para todas as pessoas da Comunidade Cristã da Golpilheira. Grupo do 10.º ano


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religião

D. António Marto nomeado cardeal pelo Papa Francisco

O Papa Francisco anunciou, no domingo 20 de Maio, no Vaticano, a criação de 14 novos cardeais, entre os quais D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima. O consistório será a 28 de Junho, no Vaticano. A notícia apanhou a todos de surpresa, incluindo o próprio nomeado, que só soube cerca de uma hora depois. Na conferência de imprensa que deu nessa tarde, no Santuário de Fátima, D. António Marto contou que recebeu a notícia “com um misto de surpresa e de emoção”, através de uma mensagem no telefone, enviada pelo Núncio Apostólico, que tinha acabado de ouvir a nomeação dos cardeais na televisão. “Como sou um homem de emoção, as lágrimas vieram aos olhos e tive de me dominar para não dar a entender nada àqueles que me rodeavam”, revela, adiantando seguir-se “a paz de espírito de quem diz «seja feita a vontade do Senhor»”, sentindo ser “um serviço que a Igreja me pede, encontrei a tranquilidade nesta atitude de disponibilidade para colaborar com o Santo Padre nesta nova responsabilidade”. Questionado sobre se já tinha falado com o Papa depois da nomeação, respondeu que “não, nem tenciono a breve prazo falar pessoalmente com ele, mas escreverei uma carta a agradecer este acto de confiança pessoal e a pôr-me na disponibilidade para os serviços que me pedir”. Quanto a isso, espera continuar na Diocese de Leiria-Fátima, considerando que “já não se justifica” uma mudança na sua idade (71 anos). “Estou tão bem aqui; foi por causa de Nossa Senhora que vim e gostaria de terminar aqui o meu ministério episcopal”, rematou. Procurando encontrar os motivos da decisão papal, o Bispo de LeiriaFátima apontou três aspectos: “o primeiro é um serviço que o Papa PUB

DR

Bispo revela surpresa, alegria e espírito de serviço

Foto do Papa Francisco com D. António Marto em Fátima a 13-05-2017

pede para o ajudar no ministério de Bispo de Roma e de Pastor da Igreja universal”; “o segundo é uma maior ligação entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares, também a Diocese de Leiria-Fátima, para o que terá contribuído a celebração do centenário [das Aparições], em que o Santo Padre experimentou ao vivo o que significa Fátima para a Igreja universal e para o mundo”; em terceiro lugar, “é um acto de confiança pessoal do Papa na minha humilde pessoa”. E explicou: “Já estive em duas audiências com o Santo Padre, ele conhece bem o que eu penso e sabe que tem em mim um

apoiante de toda esta reforma que está a fazer para uma Igreja mais evangélica, mais próxima e mais misericordiosa, no que pode contar comigo”.

O futuro

Por várias vezes, os jornalistas insistiram na pergunta se ponderava poder vir a ser eleito Papa num futuro conclave de cardeais. D. António Marto repetiu que não, que tal ideia nem lhe “passa pela cabeça” e que confia que “o Espírito Santo há de inspirar”, a seu tempo, a escolha do Papa que for mais indicado. Sublinhou, nesse sentido, que não olha para esta nomeação “em termos de subir na hierarquia ou de meritocracia”, mas como “serviço e uma responsabilidade a mais a prestar à Igreja universal”. E contou: “Eu venho de uma família humilde e o meu pai não gostava muito que eu fosse padre, mas depois aceitou e, um dia, chamou-me à parte, depois da ordenação, e disse-me: «meu filho, lembra-te sempre que vens de uma família humilde, que não te suba o poder à cabeça»; e eu sigo este legado que o meu pai me deixou. Nunca me subiu o poder à cabeça, nem aspiro a lugares de poder. Para mim, a autoridade é um serviço e é um dever; e o Senhor dá a graça para podermos realizar a nossa missão”.

A esse propósito, comentou que “há de chegar o momento em que os cardeais se apresentem com a mesma simplicidade com que o Papa se apresenta, sem aqueles vermelhos, sem aqueles chapéus cardinalícios”, afirmou D. António Marto, adiantando que considera isso “dispensável” e que deseja dizê-lo ao Santo Padre. Ainda quanto a um futuro conclave, reunião para a eleição papal, o futuro cardeal confirmou que “gostaria de vir a participar”, mas é algo imponderável, dependente da saúde e da vida, sua e do Papa em funções. O importante agora é “viver este momento presente, que é um momento de graça para a Igreja, com este Papa, de consolidar esta reforma que ele iniciou, e depois Deus dirá”. Quanto ao contributo que poderá oferecer ao Papa Francisco, D. António Marto afirmou que é “um pastor da Igreja, com os dons que tem e que põe ao serviço”. Lembrou alguns temas que tem trabalhado e são “apaixonantes”, como a família, anunciando que no próximo mês publicará uma nota pastoral sobre os fiéis divorciados em nova união, os jovens, que “deverão ser uma prioridade da Igreja”, com a sua “linguagem nova, que não é só uma questão de técnica, mas é toda uma cultura de comunicação, de relação, de modo de ver mundo”, e a “purificação da Igreja”, para que seja “simples, acolhedora, dialogante com todos os quadrantes sem perder a identidade cristã, construtora de pontes onde hoje se levantam novos muros entre as pessoas e os povos”. Portugal estava até hoje representado por três cardeais: D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos. Compreendendo a alegria dos portugueses e dos seus diocesanos com esta nomeação, o Bispo atribui também essa “honra” à Diocese e vê com naturalidade que venha a haver festa, que espera seja de “simplicidade e sobriedade”.

Notícia aplaudida na Golpilheira

A Comunidade Cristã da Golpilheira celebrava, nessa manhã, a sua Festa de Nossa Senhora de Fátima e estavam cerca de 200 pessoas reunidas ao almoço quando souberam também. Houve aplauso, emoção e canto de parabéns! | LMF


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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

Dias 15 a 17 de Junho

D. António Marto convida-nos à Festa da Fé A Festa da Fé de 2018 é anunciada na carta pastoral de D. António Marto como o culminar festivo da celebração do Centenário da Restauração da Diocese. Está agendada para os dias 15 a 17 de Junho, no coração da cidade Leiria. Com o tema “Alegria de ser Igreja”, a Festa da Fé apresenta quatro grandes objectivos: “ser o culminar da caminhada de uma diocese que se assume como corpo; celebrar a memória de 100 anos; fortalecer o sentido de pertença à comunidade diocesana; e em Igreja sair, escutar e festejar na cidade dos Homens”. O programa procura potenciar estes objectivos, com uma diversidade de eventos celebrativos, culturais e recreativos, para todas as idades e públicos, como concertos, exposições, colóquios, animações de rua, jogos, celebrações e momentos de oração. Uma das novidades desta edição será a apresentação de um “Mapa da Diocese”, de grandes proporções, que será construído com a colaboração de cada uma das paróquias. E não faltarão, como em qualquer festa, tasquinhas e bar. O serviço de bar será da responsabilidade da Comunidade Cristã da Golpilheira, representada pelos festeiros do Senhor Bom Jesus dos Aflitos deste ano, os nascidos em 1978. É mais um motivo para não deixarmos de passar por lá.

PROGRAMA 15 de Junho - sexta-feira

20h30 - Abertura da Festa da Fé: Festa dos Carismas (Mercado de Santana), Mapa da Diocese (Praça Paulo VI), Tasquinhas e Bar (Jardim Luís de Camões) 21h30 - Sessão Oficial de Abertura e Concerto Banda Sinfónica da PSP (Teatro José Lúcio da Silva) 22h00 - Animação Musical com COMBOS, Instituto Jovens Músicos e Rockschool (Palco Jardim Luís de Camões)

16 de Junho - sábado

09h00 - Chegada das crianças (Adro da Sé) 09h30 - Abertura do recinto: Festa dos Carismas, Mapa da Diocese, Tasquinhas e Bar 09h30 - Exposição e Adoração Eucarística até às 23h00 (Igreja do Espírito Santo) 10h00 - Missa na Sé com as crianças 11h00 - Visita Guiada ao Museu de Leiria (entrada gratuita) 11h00 - Início da actividade das crianças (pelas ruas da cidade) 11h30 - Atendimento Espiritual e Confissões até às 18h00 (Sé) 15h00 - Oração com Doentes e Idosos (Sé) 15h00 - Visita Guiada ao Museu de Leiria (entrada gratuita) 15h00 - Início da animação de rua (vários locais da cidade) 16h00 – Conferência “As ofertas dos Papas a Nª Senhora de Fátima”, por Marco Daniel Duarte (Museu de Leiria) 17h00 - Ciclo de Cinema (Teatro Miguel Franco) 17h15 - Encerramento actividade das crianças (Jardim Luís de Camões) 21h30 - Ciclo de Cinema (Teatro Miguel Franco) 21h30 - Festival da Canção Jovem e Concerto com “Os Maresia” (Jardim Luís de Camões) 23h30 - Bênção do Santíssimo Sacramento (Igreja do Espírito Santo) 00h30 - Encerramento do arraial 01h00 - Oração dos Jovens (Igreja do Espírito Santo)

17 de Junho - domingo

09h00 - Chegada dos Adolescentes (Jardim Luís de Camões) 09h30 - Início da actividade dos Adolescentes 11h00 - Abertura do recinto: Festa dos Carismas, Mapa da Diocese, Tasquinhas e Bar 11h30 - Visita guiada ao Museu de Leiria (Entrada Gratuita) 14h00 - Jubileu das Vocações (Convento dos Franciscanos) 16h00 - MISSA (Praça da República, frente à Câmara, seguida de cortejo até à Sé) 18h00 - Encerramento (Sé) 18h30 – Geminações e entrega das maquetes junto do Mapa da Diocese (Praça Paulo VI)

Religiões contra a eutanásia

Cuidar até ao fim com o coração As oito mais expressivas comunidades religiosas em Portugal assinaram, no dia 16 de Maio, uma declaração conjunta sobre a eutanásia. “Cuidar até ao fim com compaixão” é o nome deste documento, assumido por Aliança Evangélica Portuguesa, Comunidade Hindu Portuguesa, Comunidade Islâmica de Lisboa, Comunidade Israelita de Lisboa, Igreja Católica, Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, União Budista Portuguesa e União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia. A declaração inter-religiosa foi assinada na Academia das Ciências, em Lisboa, e seguiu para o Presidente da República e para o Presidente da Assembleia da República, expressando uma oposição clara de todos à legalização da eutanásia: “Nós,

comunidades religiosas presentes em Portugal, acreditamos que a vida humana é inviolável até à morte natural e perfilhamos um modelo compassivo de sociedade e, por estas razões, em nome da humanidade e do futuro da comunidade humana, causa da religião, nos sentimos chamados a intervir no presente debate sobre a morte assistida, manifestando a nossa oposição à sua legalização em qualquer das suas formas, seja o suicídio assistido, seja a eutanásia”. O documento destaca os elementos e princípios comuns às diferentes confissões, em três tópicos principais: a dignidade daquele que sofre, o compromisso com uma sociedade misericordiosa e compassiva e a exigência inadiável dos cuidados paliativos. Assumindo que todo “o

sofrimento evitável deve ser evitado” e não ignorando o “carácter dramático” do mesmo, a declaração vinca que, no sofrimento, a capacidade de a pessoa encontrar sentido para o viver “não depende senão do facto da sua existência como sujeito humano”, e não tanto de fundamentação religiosa, o que implica que “a autonomia pessoal não pode ser esvaziada do seu significado social”. “O sofrimento do fim de vida é, para cada pessoa, um desafio espiritual e, para a sociedade, um desafio ético”, sublinham os oito responsáveis, destacando também que os princípios comuns às várias tradições religiosas, “como a misericórdia e a compaixão, configuraram, ao longo da história da civilização, modelos sociais capazes de criar, em cada momento, modos precisos de acompanhar e cuidar os

membros mais frágeis da sociedade”. “O que nos é pedido não é que desistamos daqueles que vivem o período terminal da vida, oferecendolhes a possibilidade legal da opção pela morte, […] O que nos é pedido é, pois, que nos comprometamos mais profundamente com os que vivem esta etapa, assumindo a exigência de lhes oferecer a possibilidade de uma morte humanamente acompanhada”, refere a declaração. Neste sentido, defendem os signatários, “os cuidados paliativos são a concretização mais completa desta resposta que o Estado não pode deixar de dar, porque aliam a maior competência científica e técnica com a competência na compaixão, ambas imprescindíveis para cuidar de quem atravessa a fase final da vida”.


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desporto

. equipas do CRG. FUTEBOL 11 Veteranos

05-05 – Crato – 1/Golpilheira – 7 12-05 – Tremez – 3/Golpilheira – 0 26-05 – Carvide – 3/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 30-05 a 04-06 – Torneio da FIABA 09-06 – TORNEIO DA AMIZADE (na Batalha)

FUTSAL Apuramento de Campeão Nacional

07-04 – Golpilheira - 3/ Quinta dos Lombos – 3 21-04 – Santa Luzia – 1/Golpilheira – 1 28-04 – Golpilheira – 2/Nuno Álvares - 3 05-05 – Novasemente – 1/Golpilheira – 0 19-05 – Golpilheira – 2/Benfica – 4 26-05 - Golpilheira – 1/Sporting – 2

Encontro disputado na Pavilhão Desportivo da Golpilheira, no dia 26 de Maio, a contar para a 13.ª e penúltima jornada deste campeonato. Jogo muito equilibrado, com várias oportunidades de golo para ambas as equipas. Foi mais feliz a equipa forasteira, que conseguiu inaugurar o marcador a meio da primeira parte. Por aquilo que se estava a jogar, nunca o Sporting esteve tão ao nosso alcance. No entanto, ainda antes do intervalo conseguiram aumentar a vantagem para 0-2. Na segunda parte, tentámos ir à procura dos golos que nos permitissem dar a volta ao resultado. Apesar do esforço das nossas atletas, não foi possível, apenas conseguimos obter um golo com um toque subtil de Lu. | MCR

Próximos Jogos 02-06, 18h00 (Vermoim) – Vermoim/Golpilheira

Juniores Femininos Taça Nacional

MCRito

Seniores Femininos

Atletas em preparação

Taça Nacional disputou-se na Golpilheira

Karaté da Batalha de parabéns Não é das modalidades mais conhecidas, mas são muitos os que a praticam no País e também no concelho da Batalha, bem aqui ao lado, no clube de Santo Antão. A Golpilheira pôde ficar a conhecê-la melhor, no passado dia 8 de Abril, já que foi no pavilhão cá da freguesia que se disputou a 18.ª Taça Nacional JSKA Portugal em karaté shotokan. O Centro

Recreativo foi o anfitrião, onde tomaram as refeições. Foram 135 os atletas que participaram na prova, organizada pela Associação Tigre Shotokan Karaté-Do da Batalha, membro do JSKA-Portugal 2005, cujo principal responsável é o sensei Álvaro Carvalho. Além da boa organização, o clube batalhense está de parabéns pela sua participação na

competição, já que os seus 27 atletas obtiveram 28 medalhas, sendo 9 de ouro, 9 de prata e 10 de bronze. Esta arte marcial visa, sobretudo, “o desenvolvimento do equilíbrio, harmonia e espírito, por meio de treinos disciplinados envolvidos em paz e integridade de carácter”. E a porta está sempre aberta a novos praticantes, de qualquer idade.

Com 12 equipas participantes

Escuteiros organizaram torneio de futsal

07-04 – Sporting – 9/Golpilheira – 1 15-04 – Golpilheira – 4/Módicos – 2 22-04 – Grupo D. Valverde – 1/Golpilheira – 7 (Passagem à Segunda Fase)

Taça Nacional 2ª. Fase – Zona Sul

06-05 – Golpilheira - 0 /Sporting - 4 13-05 – Benfica - 8/Golpilheira - 0 20-05 – Marítimo (Madeira) – 4/Golpilheira – 6 27-05 – Sporting – 8/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 03-06, 18h00 (Golpilheira) – Golpilheira /Benfica 10-06, 18h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Marítimo (Madeira)

Juniores Masculinos

07-04 – Serro Ventoso - 3 /Golpilheira - 5 14-04 – Golpilheira - 3 /Dino Clube - 5 21-04 – Pederneirense – 0/Golpilheira - 5 25-04 – Golpilheira - 5 /Catarinense - 1 01-05 – Golpilheira - 11 /Serro Ventoso - 3 05-05 – Dino Clube - 2/ Golpilheira - 3 12-05 – Golpilheira - 2/Pederneirense - 5 19-05 – Santa Catarina – 9/Golpilheira - 6

DR

Torneio Complementar –Série B

Alguns dos participantes

Os pioneiros do Agrupamento 194 Batalha do Corpo Nacional de Escutas (CNE) organizaram um torneio de futsal, neste mês de Maio, no pavilhão “Relvinha Park”, em Santo Antão.

Encontro nacional

Batalha acolhe andebol infantil A Batalha irá acolher, de 21 a 24 de Junho, a Edição 2018 do Encontro Nacional de Infantis de Andebol, uma iniciativa da Federação de Andebol de Portugal, em parceria com a Associação de Andebol de Leiria e o Batalha Andebol Clube. O evento assinala o final de época desta modalidade e promete trazer à Batalha cerca de 1200 jovens, oriundos de todo o território nacional e que, ao longo desses dias, irão participar na festa nacional do andebol e desporto infantis.

Participaram 12 equipas, com várias dezenas de atletas, onde o desportivismo e o convívio foram os principais ingredientes do evento. Muitos golpilheirenses marcaram presença, sobre-

tudo familiares dos escuteiros organizadores. As receitas reverteram para as actividades deste grupo dos escuteiros batalhenses.

Torneio de Futsal Município da Batalha

Associações concelhias voltam a competir De 11 de Junho a 14 de Julho, decorrerá no pavilhão da Golpilheira, a XV edição do Torneio de Futsal Município da Batalha, envolvendo as associações desportivas concelhias e que compreenderá também a participação de equipas femininas, à semelhança da edição transacta. A presente edição do Torneio

será organizada pela Sociedade Recreativa Relvense, vencedora no último ano, contando com o apoio do Município e da Junta de Freguesia da Batalha. Uma vez que os jogos vão decorrer na Golpilheira, somos convidados a acompanhar de perto a competição e apoiar os atletas, sobretudo as equipas da freguesia.


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Entrevista aos “padrinhos” da prova

Cross Nocturno foi uma grande prova O Atlético Clube da Batalha (ACB), com a colaboração da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia local, realizou, no passado dia 21 de Abril, a 6.ª edição do “Cross Nocturno da Batalha”. Com partida e chegada na zona desportiva da vila, foram várias centenas os atletas que participaram nas várias propostas do evento: a prova principal, com um percurso de aproximadamente 14 km, uma caminhada com cerca de 7 km de extensão, e ainda provas para os escalões mais jovens. Além de algumas imagens, que retiramos da página do ACB no Facebook, quisemos dar voz a quem viveu mais intensamente o evento, numa breve entrevista aos dois atletas batalhenses que foram convidados a apadrinhar esta edição do “Cross Nocturno”, Sofia Ligeiro (SL) e Fernando Capitão (FC). Luís Miguel Ferraz

conseguido manter sempre um nível elevado em todas as provas que organiza, não desiludindo mais uma vez.

Como avalia o atletismo actualmente praticado na Batalha?

SL – Significou um misto de responsabilidade e reconhecimento, que não estava nada à espera! Com muita honestidade, até fiquei sem palavras quando o Casimiro Gomes, presidente do AC BATALHA me convidou. Senti-me uma sortuda pelo voto de confiança e foi com grande orgulho, emoção e algum nervosismo que aceitei este desafio. Esta é sem dúvida uma prova com muito significado para mim! Apadrinhei a prova em conjunto com o grande Fernando Capitão, grande atleta e excelente pessoa. FC - Ser padrinho de uma prova organizada pelo clube que represento só pode ser mesmo uma grande honra. Participar no divertimento dos

DR

Que significou apadrinhar esta prova? Os dois padrinhos “em acção” no dia da prova

mais jovens nas suas provas, correr mais um Cross Nocturno e, por fim, entregar os prémios aos vencedores da prova principal foi inesquecível. Foi uma honra também compartilhada com a “madrinha”, amiga e atleta Sofia Ligeiro, que no final também subiu ao mais alto lugar do pódio.

Como correu esta organização? SL - Na minha opinião, correu tudo muito bem! Sou suspeita claro! Contudo, se queremos atingir a excelência, existem sempre melhorias a fazer. Como atleta do AC Batalha, posso dizer que esta edição mais

uma vez nos brindou com desafiantes trilhos e paisagens lindas. Os caminhos eram duros, mas estavam bem assinalados e houve bons reforços! A nossa vila é mágica! Só no Cross Nocturno foram quase 120 atletas a participar, sem contar com os atletas da prova jovem e da caminhada. Isto apesar de nesse dia decorreram outras provas já com renome e que movem multidões. FC - Quando a prova é organizada por atletas e para atletas, isso faz-se notar nos pormenores. O Atlético Clube da Batalha já tem um grande historial neste tipo de eventos e tem

SL - O atletismo é constituído por várias modalidades: corrida, marcha, lançamentos e saltos. Na Batalha, temos o AC Batalha como “escola” de todos os que se interessam por estas modalidades e tem vindo a crescer a bom ritmo, tendo atletas desde os mais novos até veteranos. Considero haver alguma falta de condições; ainda assim, com o esforço de todos, tem-se conseguido posicionar o ACB nas várias modalidades nos lugares mais altos do pódio e, consequentemente, projectar o nome da Batalha. O atletismo “livre” praticado na Batalha é do melhor e está a crescer. Já enraizado, temos, às quintasfeiras, as “Corridas de Avis”, onde há vários níveis, desde a caminhada até à corrida rápida. Aqui, prevalece o companheirismo, a boa disposição e onde se juntam pessoas de vários locais das redondezas e de várias faixas etárias. O lema é “Correr, a melhor terapia!”. FC - Nos últimos anos, a adesão à modalidade tem sido crescente, mesmo com alguma falta de condições. Se para a corrida já existem alguns espaços apropriados, para outras áreas do atletismo, principalmente para as camadas mais jovens, que tentam não apenas correr mas praticar outras modalidades, esses equipamentos ou não existem ou não são os melhores. Sublinho que os vários eventos de corridas de estrada ou ‘trail’ têm trazido centenas de atletas à Batalha, promovendo a nossa vila e, sobretudo, um estilo de vida mais saudável.

O Atlético Clube da Batalha surgiu em 2012, pela vontade de um grupo de praticantes de atletismo da Batalha liderado por Casimiro Gomes, Alexandrina Gomes, Joel Pinheiro e Sofia Vieira. Esta associação sem fins lucrativos tem como objectivo promover a prática do atletismo e suas variantes, com especial atenção à componente da formação desportiva de jovens. A vertente competitiva abrange as camadas jovens e também os escalões maiores. Com o lema “mais importante do que formar campeões no atletismo é formar campeões na vida”, o ACB tem

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Atlético Clube da Batalha

Foto de grupo no último Cross Nocturno

desenvolvido diversas actividades desportivas, culturais, recreativas e académicas, contribuindo também para a ocupação de tempos livres dos jovens. Filiado na Associação Distrital de Atletismo de Leiria desde a época 2012/2013, participa em variadas competições inseridas nos campeonatos distritais e defende a parceria com instituições similares. As actividades mais relevantes que organiza são o “Cross Nocturno da Batalha”, a “Corrida de São Silvestre”, o “Corta Mato Vila Batalha” e uma “Manha Desportiva” anual.


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temas

.combatentes.

.política.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

“25 de Abril”: quem culpar pelo muito que ainda falta cumprir? Se, logo após a “revolução dos cravos”, ocorrida há 44 anos, foi possível assistir à euforia de uma grande parte da população portuguesa por, acima de tudo, ter reconquistado a sua liberdade; também foi constatável que uma significativa franja da sociedade, receosa de poder vir a perder os privilégios que a ditadura lhe trouxera, não apoiou essa revolução e, após um curto período de espera, até nem tardou a combatê-la, fosse de forma aberta ou encapotada. Outras conquistas então obtidas foram o direito ao voto e à formação ou legalização de partidos políticos, independentemente das ideologias que defendessem, desde a extremaesquerda à extrema-direita. Em teoria, o conjunto destes factos demonstrava que, finalmente, a democracia também funcionava no nosso País, sendo que alguns excessos, que desde o início se cometeram (e continuaram a cometer, infelizmente, até aos nossos dias…), faziam parte da nossa aprendizagem, por estarmos a viver um “admirável mundo novo”. Se, à época, já fossemos um povo alfabetizado e mesmo que só medianamente culto, mas com princípios morais atávicos, provavelmente a circunstância de não dispormos, salvo poucas excepções, de um quadro de políticos com experiência para começarem a dirigir os destinos do País com competência, justiça e rectidão, talvez tal lacuna não tivesse provocado estragos de monta, na causa maior que era o progresso do País e o bem-estar geral da população portuguesa, em especial fazendo reduzir as assimetrias socioeconómicas até um patamar aceitável. Mas nós somos descendentes dos Lusitanos (entre outra amálgama de povos) e o que, há 2000 anos, um pretor romano terá dito desses nossos ancestrais – “um povo que não se governa nem se deixa governar” – continuou a ter plena aplicação até aos dias de hoje, talvez com uma nuance nada despicienda: é que, ao longo da nossa história e até agora, houve muita gente que se foi governando – e de que maneira! – sem minimamente cuidar de se preocupar com as vítimas que

a sua gula e ambição causavam à sua volta. Ora, o “25 de Abril”, não só não veio pôr cobro aos desmandos desta gente sem escrúpulos (com muitos “políticos” incluídos) como, segundo as estatísticas, as assimetrias sociais se têm acentuado. E agora podíamos analisar a 2.ª parte da frase acima transcrita – “… nem se deixam governar” – e acrescentar-lhe “nem querem ser bem governados”, porque, apesar de terem ao seu dispor a “ferramenta” provavelmente mais poderosa que os povos que vivem em democracia têm para poderem ser bem governados – o VOTO – são cada vez menos aqueles que, em Portugal, o usam ou o sabem usar racionalmente. O principal argumento dos abstencionistas é dizerem que não vale a pena votar, designadamente, porque os políticos, sejam de que partido forem, são todos incompetentes e genericamente corruptos. Ora, costuma ser exactamente para se alterar este estado de coisas que votar se torna essencial. Mas não: é muito mais cómodo criticar e atirar as culpas para terceiros, dizer mal de tudo e de todos e ir debitando umas aleivosias nas redes sociais, do que nos deslocarmos a uma assembleia de voto para exercermos o nosso dever cívico, nem que seja apenas a uma média inferior a uma vez por ano… Quanto aos que ainda vão votando, uma boa parte continua a fazê-lo em partidos e pessoas pelos quais já quase nutre tanta admiração e fanatismo como se do seu clube de futebol se tratasse e é exactamente desta simbiose de abstencionistas e de “fanáticos” que os políticos de menores escrúpulos gostam. Podemos afirmar que o projecto de “Abril” ainda tem muito para cumprir. Mas podemos igualmente sustentar que aqueles que mais podiam beneficiar com os resultados desse projecto têm feito muito pouco para a sua viabilização, embora tenham a “faca e o queijo na mão” para o alcance desse objectivo. “Com populismo e demagogia, muita mentira verdade parece, mas em liberdade e ‘democracia’, o Povo tem o Governo que merece”.

Eduardo Almeida Presidente AG da JSD Batalha

Corrupção, um problema lusófono

É tanta a tinta gasta na nossa imprensa escrita relativamente a este flagelo da nossa sociedade, a corrupção, e ao mesmo tempo tão pouca, pela falta de insurgimento popular por esta questão. Hoje, o português vive anestesiado pela corrupção, anestesia essa prolongada, que não questiona os porquês das promiscuidades existentes entre economia, política e futebol. Num país com uma democracia ainda jovem, não se compreende a inércia face a todos os escândalos que abalam o nosso quotidiano. Igualmente grave ao facto de existir uma pátria mãe (Portugal) doente com a corrupção é perceber que essa doença há muito que já se tinha alastrado aos restantes países da lusofonia. Um Brasil em crise, fruto de aventuras de alguns, e a braços com o descrédito da população perante as instituições, faz antever o futuro cinzento, projectado por Lula e companhia, em troca de um apartamento duplex no Rio de Janeiro e mais uns trocos para pagar os custos de condomínio. Enquanto este tipo de episódios continua a ser notícia, os populares estão presentes nas ruas brasileiras, onde uma parte reclama por justiça perante o sucedido e outra por piedade face aos acusados. Também na África lusófona, os exemplos de corrupção existem, considerados por alguns como miragem, contudo são palpáveis em dólares,

enquanto que os kwanzas escasseiam nas ruas da baía de Luanda. São estes mesmos dólares que, supostamente, um dia pretenderam comprar um magistrado do Ministério Público português, coisa irrealista num mundo ocidental ao qual orgulhosamente dizemos que pertencemos. Bem vistas as coisas, as reuniões da CPLP, para além decorrerem apenas no idioma de Camões, são uma óptima plataforma de diálogo e entendimento fase ao que essencialmente importa, o bolso de cada um dos presentes. Que ridículo foi Portugal, por via do então primeiro-ministro (José Sócrates), questionar e mostrar desconforto face à entrada de Teodoro Obiang (Presidente da Guiné-Equatorial) no círculo fechado da nossa querida CPLP, quando no fundo o bicho-ditador era no fundo o testo que faltava para a panela. Vergonha é o que sinto enquanto cidadão, por perceber que as teias da corrupção parecem ser um novelo sem fim. Perante esse pressuposto, a JSD Nacional tem vindo a desenvolver esforços para que o assunto da corrupção tenha medidas de combate, que no meu entendimento devem estar assentes no número de meios afectos a este tipo de crimes. Porque não basta fazer esforços para fora, a JSD irá propor que, no PSD, qualquer militante que tenha sido culpado por este tipo de crimes seja expulso do partido, por forma a dar primazia à ética dentro do partido.

.impressões. Por Luísa M. Monteiro O avô dorme encostado ao sofá na pequena sala de espera. Com a mão direita ampara a cabeça de modo disfarçado para que não se lhe vejam os olhos; com a esquerda braço esticado sobre o recosto segura os óculos, de que nada lhe valem, que as pálpebras tem cerradas. O panamá de um branco imaculado repousa-lhe nos joelhos. Quem lhe dera um avô. E um avô tê-la ido assim um dia buscar à escola. PUB

Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição R. Principal, 26 • Brancas 2440-090 Batalha Tel. 244 769 430 www.centrohospitalarbatalha.com


temas • 27

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.JuntaInforma.

.saúde.

Situação financeira

Famílias com crianças em idades pré-escolar e escolar

Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

A Junta de Freguesia da Golpilheira informa os seus munícipes que, apesar das grandes dificuldades financeiras, tem desenvolvido o trabalho possível, do qual destaca: regularização da funcionária; pagamento do vencimento de funcionária; diminuição da dívida à Segurança Social (evitando possível penhora do património da Junta de Freguesia); pagamento de compensações ao anterior Executivo e Assembleia de Freguesia; apoio às escolas (Pré e Escola Básica); algumas limpezas em arruamentos e no cemitério; pagamentos de baixo valor transitados do executivo anterior e compra / actualização de

Ana Maria Henriques Médica Interna programas informáticos, de acordo com as exigências da legislação em vigor. As receitas obtidas foram de 6.985,34 euros, referentes a parte de um protocolo (Município da Batalha), e 15.850 euros de transferência do FEF (Fundo de Equilíbrio Financeiro). De 1 de Janeiro de 2018, até à data, este Executivo e Assembleia de Freguesia colocaram à disposição da Junta as suas compensações. O maior valor da dívida continua, no entanto, por regularizar, comprometendo o trabalho que esta Junta de Freguesia se propõe fazer.

.viva a vida.

Jacto de Plasma Carina Pereira Terapeuta

- A revolução para os tratamentos faciais e corporais

O Jacto de Plasma é um aparelho que emite um estado da matéria, o plasma. Este estado da matéria é altamente energético, podendo interagir com o tecido cutâneo de diferentes formas, dependendo da intensidade de energia depositada. Quando ela é baixa, apresenta uma actividade séptica interessante, sendo indicado na terapêutica da acne. O depósito de energia gera uma resposta inflamatória que estimula a produção de colagénio no combate à flacidez e rugas, qualquer que seja o grau de profundidade - indicado em protocolos de rejuvenescimento e eliminação de manchas, melasmas e cloasmas. Desenvolve, ainda, uma actividade ablativa, que pode chegar até ao nível de carbonização de algumas formações

cutâneas. A prescrição deste tratamento está indicada para redução de rugas, cicatrização da acne, ‘peeling’ profundo, restauração do tecido conectivo, problemas de pigmentação, derrames, varizes e pequenos vasos dilatados, verrugas, talangiectasias e manchas senis, melhora a elasticidade da pele e normaliza os tecidos conectivos restaurando a microcirculação na pele. O tratamento com Jacto de Plasma garante resultados visíveis imediatamente após a aplicação, mantendo-se no longo prazo. Na Clínica Viva trabalhamos com base no poder da transformação e procuramos todos os dias as melhores técnicas para fazer chegar a si as melhores soluções estéticas.

As famílias vão evoluindo com o passar do tempo e existem alguns momentos-chave, que denominamos estádios do ciclo de vida familiar. Cada etapa tem problemas específicos e tarefas importantes a realizar para o bem-estar da família e para o crescimento dos seus membros. A terceira e quarta fases de uma família correspondem à expansão e contemplam as famílias com filhos em idade pré-escolar e em idade escolar, respectivamente. Como na segunda fase, o reajustamento da relação do casal ao crescimento dos filhos é fundamental para o bom desenvolvimento destes e para a solidificação da família. Transversal a estas duas fases é a importância do estabelecimento de regras claras e bem definidas, de forma a que a criança saiba claramente o que pode fazer. Na terceira fase, o filho mais velho tem entre os 30 meses e os 6 anos. Aqui, é importante entender as necessidades e interesses dos filhos, de forma a estimular a descoberta de novos horizontes. Por outro lado, o casal deve conseguir adaptar-se ao desgaste físico e à falta de intimidade. É também nesta idade que aumentam as infecções nas crianças, podendo algumas ser graves. Infecções respiratórias, gastroenterites, convulsões, acidentes, “xixi” na cama, alterações no comportamento e outros problemas de crescimento e desenvolvimento podem dificultar o normal desenrolar desta fase e os problemas familiares podem surgir ou agravar neste contexto. No período escolar, com a saída do filho do mundo familiar, o casal tem de se reorganizar com a confrontação com outros estilos de vida, com a presença de companheiros de escola e de outras famílias e com as novas relações com os educadores. O equilíbrio familiar pré-escolar é um factor importante para a adaptação à escola, em todos os seus componentes. A quarta fase corresponde à idade do filho mais velho entre os 6 e os 13 anos. Durante esta fase, de grande mudança na vida das crianças, um dos papéis mais importantes para os pais é o de

ajudar os filhos a integrarem-se num mundo mais amplo, a comunidade e a escola. Neste campo, o sucesso escolar é muito importante para o desenvolvimento da autoestima e da imagem que a criança tem de si mesma. Por outro lado, o rendimento escolar reflecte a funcionalidade familiar. Os medos da criança devem ser abordados e trabalhados em família, com uma comunicação eficaz, de forma a esclarecer a criança. Os problemas de comportamento na escola ou uma tendência excessiva para acidentes são indicadores de dificuldades na família. As perturbações de comportamento, do sono, o não querer ir para escola, as crises de choro e a recusa alimentar são alguns exemplos de problemas comuns nesta fase do ciclo de vida. Expor estas e outras dúvidas ao seu médico de família pode ajudar a clarificar sobre a sua normalidade e benignidade. Ao médico de família cabe situar o problema em termos clínicos, relacionais e sociais, avaliando a necessidade de outro tipo de intervenção. É essencial estar desperto para a importância da adaptação da família ao meio escolar, a divisão de tarefas do casal em relação ao cuidado dos filhos e aos aspectos relacionados com as vacinas e prevenção de acidentes. As famílias funcionais conseguem adaptar-se às pressões externas, respondem às necessidades de desenvolvimento dos seus membros, relacionam-se de forma madura e adulta, cumprem as suas funções e resistem às crises. Nestas duas etapas, é fundamental obter um equilíbrio entre o lar e o mundo exterior (escola e amigos) e preparar a criança para possibilidade da chegada dos irmãos.


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história

do passado.#11

Joaquim Santos Jornalista e investigador

Criação da Paróquia de São Mamede Os habitantes de São Mamede têm nos antigos deputados da Nação Vitorno Godinho e Custódio Paiva os maiores deveres de homenagem. A 6 de Maio de 1916, o jornal “Leiria Illustrada” publicou a notícia, em primeira página, da criação da Paróquia de São Mamede, do concelho da Batalha. Uma pretensão antiga. “Nova paroquia – A Câmara dos Deputados, em sua sessão de 4 do corrente, aprovou o projecto de lei criando a paróquia de S. Mamede, no concelho da Batalha, de iniciativa dos nossos correligionários, deputados da nação Sr. Vitorino Godinho e Custódio Paiva. E’ esta uma antiga aspiração que desta forma se concretiza, deferindo assim os veementes desejos dos habitantes da Batalha”. Autor desconhecido (1916, 6 de Maio, n.º 540) Nova paroquia, Leiria Illustrada, p. 1.

Necessidade de cemitério na Batalha A necessidade de construção de um cemitério na Batalha era uma das prioridades na vila no ano de 1855. O Governador Civil de Leiria e o director das obras públicas dirigiram-se ao concelho para providenciar a obra e escolher o local da mesma. “Cemiterio – O exmo. sr governador civil foi no dia 29 á Batalha aconpanhado com o sr. diretor das obras publicas n’este distrito, afim de escolher um ponto proprio para a construção d’um cemiterio, visto que ali o não á, e conbinar com a camara a maneira de se realizar uma obra tão necessaria.” Autor desconhecido (1855, 31 de Março, n.º 78), Cemiterio, O Leiriense, p. 3.

Ponte da Boutaca e caridade para os órfãos do morto da estrada da Batalha Uma breve sobre a ponte da Boutaca e uma notícia sobre a necessidade de apoio aos órfãos do trabalhador que tinha falecido na estrada da Batalha, num desastre, foram notícia em “O Leiriense” de 16 de Dezembro de 1854. “Noticiario - Ponte da Botaca – Fechou-se oje o ultimo arco d’esta ponte, segundo consta. Caridade justa – Á todas as esperanças de que os tristes órfãos, que ficaram pela morte orroroza d’um dos trabalhadores que pereceram no desastre da estrada da Batalha, sejam anparados pelo governo. Sabemos que uma bondosa srª oje d’aquele concelho, e cujo nome não publicamos para não ofender a sua modéstia, se tem interessado muito por este resultado.” Autor desconhecido (1854, 16 de Dezembro, nº 49), Noticiario, O Leiriense, p. 3.

Relatório de actividades apresentado

Rosas do Lena com ano cheio Na sua última Assembleia Geral, o Rancho Rosas do Lena apresentou o seu relatório de actividades, onde revela que 2017 foi mais um ano rico na investigação e divulgação das tradições etnográficas da nossa região. Por ser um documento que é, também, uma antologia do folclore e da etnografia, passamos a publicá-lo na íntegra. «Temos entendido, e tem sido sempre a nossa linha de rumo, que um grupo folclórico não pode limitar-se a bailar umas modas, tantas vezes copiadas doutro grupo congénere, a envergar um trajo, a fazer uns ensaios periódicos e a organizar um festival anual. A sua actividade tem de ser muito mais do que isso, começando pelo trabalho de investigar, recolher e saber aproveitar o cancioneiro local e averiguar todos os outros aspectos da Cultura Popular da sua região que, evidentemente, não se limitam às modas para bailar, e às cantigas que as acompanham. O cancioneiro religioso em que, no nosso caso, sobressaem os Cânticos da Quaresma e as loas dos círios da Estremadura, particularmente o círio localizado, denominado de “encamisada”, em louvor de Santo António, o cancioneiro social tão rico em rimances que se entoavam nalgumas tarefas caseiras e nos campos ou nas feiras, aqui habitualmente pela voz de cegos que vendiam as histórias trágicas em folhinhas, a arte de confeccionar e deitar balões de ar quente ou a de fazer brinquedos e instrumentos musicais de cana, a medicina popular e as rezas das curas, a utilização dos instrumentos tradicionais, tudo isto tem sido nossa constante preocupação. As buscas no cancioneiro regional deram azo a mais três modas muito originais, uma delas o vira mandado que ainda não tínhamos e o trabalho continuado de Joaquim Moreira Ruivo e da escola de harmónios e concertinas, por ele dirigida, proporcionaram ao agrupamento a possibilidade de aproximar o grupo de tocadores das tocatas tradicionais mais condizentes com os tons e os sons locais. Em Novembro de 2017, gravou-se finalmente um novo e mais original disco compacto (CD), que constitui o 14.º registo do agrupamento, agora incluindo, além das modas para bailar, os Cânticos da Quaresma, as loas a Santo António, as rezas das curas e os rimances. O disco é apresentado em Abril de 2018. Voltaram a realizar-se as oficinas temáticas e o museu ao vivo no Museu Etnográfico da Alta Estremadura “Casa da Madalena”, Encontro de Grupos que entoam os Cânticos da Quaresma e que tem lugar no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o Encontro Nacional de Cantadores e Tocadores de Instrumentos Tradicionais, a Tarde na Ponte da Boitaca, que inclui artesanato ao vivo, música folclórica e taberna típica, aproveitando o próprio tabuleiro da histórica ponte e as originais casas

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. curiosidades

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dos portageiros, julgando-se ser uma ponte única no nosso País, o FESTIBATALHA que integra música folclórica, festival nacional de Folclore, artesanato de várias regiões do nosso País, marchas populares e bailaricos e a prestigiosa Gala Internacional de Folclore da Batalha. Voltámos a participar no desfile do Entrudo, promovido pelo Município, a Feira de Artesanato da Batalha, também promovida pelo Município, e na organização do Presépio do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Em 2017, começámos a preparar a Exposição Etnográfica prevista para 2018, a realizar no Mosteiro de Santa Maria da Vitória e que revela a relação do povo da paróquia batalhense com o Mosteiro entre, sensivelmente, 1834, ano em que os serviços paroquiais passaram para o Mosteiro em vista do estado de ruína em que se encontrava a Igreja Matriz, e 1938, período que corresponde ao último do uso do trajo distintivo dos camponeses da Alta Estremadura. Voltámos a promover vários pequenos restauros no vasto património do agrupamento, sobretudo no edifício do Museu Etnográfico que, pela sua antiguidade requer cuidados contínuos. Infelizmente agrava-se o estado de degradação de um edifício vizinho do Museu, continuando a procurarse uma solução, que tarda, para esta situação. Tem sido ventilada a possibilidade da cedência do citado prédio arruinado ao Museu, que tem necessidade de mais espaço para as suas colecções, o que tem sido inviabilizado pelos herdeiros daquela pequena propriedade que, sem intervenção adequada, acabará por ruir e afectar com gravidade o edifício do Museu Etnográfico. Inclusivamente o Museu poderá ser assaltado a partir da casa vizinha que está ao abandono. O Museu continuou a receber visitas de estudo, sobretudo de Escolas da região e de Universidades da 3.ª Idade. Apesar dos gastos constantes e avultados com a conservação do património, que além do Museu é constituído pela sede, casa da Cultura, arrecadações e espaços envolventes, e com a constante actividade do agrupamento, em que são de considerar especialmente as despesas com transportes a vários pontos do nosso País, onde o Rosas do Lena foi participar em festivais de Folclore, o equilíbrio entre despesas e receitas não só se mantém como se tem acentuado. O agrupamento continuou a receber apoios decisivos da Câmara Municipal da Batalha, sem os quais não teria sido possível levar avante as mais importantes iniciativas que organizou. Recebeu também apoios da Junta da Freguesia e da Caixa de Crédito Agrícola. Registamos também a divulgação da actividade do agrupamento, que á igualmente uma forma de apoio, pelos Jornal de “Folclore”, “Jornal da Batalha”, “Jornal da Golpilheira” e pela página de Folclore do “Região de Leiria”.»


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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

. história .

Miguel Portela Investigador

Lucas José dos Santos Pereira [1802-1884] Arquiteto Diretor na obra munumental da Batalha

Breve introdução Lucas José dos Santos Pereira foi arquiteto diretor do convento dos dominicanos de Santa Maria da Vitória, na Batalha, entre 1852 e 1884. Os dominicanos que o habitaram durante séculos pertenceram a uma ordem mendicante, pelo que não eram monges, mas sim frades. Assim, devermos utilizar a designação de convento de Santa Maria da Vitória e não Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Este convento sofreu diversas obras de conservação e restauro, após a extinção das ordens religiosas. Um dos arquitetos responsável por essas obras, na segunda metade do século XIX, foi justamente Lucas José dos Santos Pereira. Alguns dados genealógicos Lucas José dos Santos Pereira filho de Domingos José dos Santos Pereira e de Ana Joaquina de São José nasceu em 18 de outubro de 1802, tendo sido batizado na igreja de S. Tiago, em Almada, no dia 28 desse mês e ano (doc. 1). Seu pai, Domingos José dos Santos Pereira era filho de José dos Santos Pereira e de Paula Maria Teixeira, tendo contraído matrimónio na igreja de Santa Justa, em Lisboa, em 25 de novembro de 1797, com Ana Joaquina de São José filha de Joaquim dos Santos e de Maria da Silva (A.N.T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Justa [1793-1819], Livro C15, Caixa n.º 18, assento n.º 1, fl. 87v). Em 8 de janeiro de 1853, Lucas José dos Santos Pereira, “Architecto Director actual na obra Monumental desta villa”, viúvo de D. Joana Rita dos Santos Pereira, contraiu matrimónio na igreja paroquial da Batalha com Maria de Jesus da Silva Freire filha de José Freire da Silva e de Maria da Piedade, passando a morar no Casal da Faniqueira (doc. 4). Desse casamento nasceram três filhos: Maria, que foi batizada em 5 de dezembro de 1853, tendo assistido como padrinho o barão de Porto de Mós (doc. 5); Pedro, que foi batizado em 2 de fevereiro de 1859, tendo assistido como padrinho Carlos Bende (?) Sousa de Lisboa (doc. 6); e Vitorino, que foi batizado em 7 de fevereiro de 1861, tendo assistido como padrinho António Vitorino da Fonseca Froes (A.D.L., Livro de Batismos da Batalha [1855-1874], Dep. IV-29-B-74, assento n.º 1, fls. 200v-201v). Lucas José dos Santos Pereira veio a falecer em 5 de setembro de 1884, enquanto arquiteto das obras do convento da Batalha, tendo sido sepultado no cemitério local da Batalha (doc. 7). Praticante Arquiteto da Casa do Risco das Obras Públicas Em 5 de março de 1835, foi concedida a mercê de praticante arquiteto da Casa do Risco das Obras Públicas a Lucas José dos Santos Pereira, passando este a auferir um vencimento de 600 réis diários (doc. 2). Contudo, poucos dias depois, em 16 de março desse ano, foi concedida nova mercê de praticante arquiteto, sendo o vencimento elevado a 800 réis diários (doc. 3). Arquiteto Diretor na Obra Monumental da Batalha Joaquim Possidónio Narciso da Silva, arquiteto da Família Real Portuguesa, fundador e presidente da Associação dos Arquitectos Civis Portugueses em 1863, que passou anos mais tarde a chamar-se Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, redigiu aquando do falecimento de Lucas José dos Santos Pereira umas breves notas biográficas deste arquiteto, destacando o seu importante papel na restauração do convento da Batalha. Refere Possidónio da Silva que “Este hábil artista pertenceu ao ministerio das obras publicas, tendo sido nomeado architecto de primeira classe em 1876. Quando se fundou a Academia Real das Bellas Artes de Lisboa foi nomeado seu bibliothecario, e socio da nossa associação em 1864. Na visita que el-rei o senhor D. Fernando fez ao monumento da Batalha em 1836, lastimou bastante o vergonhoso estado em que se achava aquelle edificio de tão gloriosa memoria, e tambem tão notavel pelo bello espécimen de architectura ogival em Portugal; fazendo com que o governo curasse, como lhe cumpria, da sua conservação, a fim de evitar que ficasse reduzido a um montão de ruinas. Foi então o architecto Santos Pereira encarregado de proceder á completa restauração d’este

afamado monumento histórico e artístico. Este hábil houve-se com o maior esmero n’esses trabalhos de tão importante fabrica; e causou-nos agradavel satisfação quando em 1840 vimos as obras executadas com esmerado escrúpulo na imitação do seu primitivo typo de architectura. Gostosamente informámos o Instituto Real dos Architectos Britannicos, do qual temos a honra de ser socio honorário correspondente, acerca d’esses trabalhos. O nosso relatorio foi publicado no Transactions of the Institute of British Architects 1868-1869. Passados annos voltámos ao edifício da Batalha, quando já a nova flecha estava executada e concluída admiravelmente. (…) Pela sua propria iniciativa creou Santos Pereira uma aula para ensinar desenho de ornato aos aprendizes em serviço na obra de restauração do edificio da Batalha, a fim de os habilitar com perfeição aos trabalhos do seu officio; e como esta reedificação durou para mais de vinte e cinco annos, conseguiu formar operários com precisa aptidão para os executar. Este desinteressado e patriótico procedimento é digno dos maiores louvores, e por isso tivemos a honra de propor este benemerito artista á nossa Associação para que lhe fosse conferida uma medalha de prata, proposta que foi approvada por acclamação. Quasi no ultimo quartel da sua existencia e no prolongado exercicio da sua profissão teve a mercê de cavalleiro da ordem scientifica de S. Thiago, para o que concorreu muito um dos nossos consócios. Posto que recebesse esta distincção um pouco tardia, pelo menos não ficou o seu prestimo em esquecimento, como a muitos outros com mérito e bons serviços que nada obtiveram com grave injustiça. Se lastimamos com sincero sentimento a perda de um tão distincto confrade, e consocio tão estimado, teremos todavia a consolação de que elle não será olvidado no seu paiz, pois se gravará o seu nome na lapide que vae collocar-se sobre aquelle edificio, declarando quem foi o architecto que restaurou o monumento nacional da Batalha. Se durante a sua existencia não foi apreciado quanto merecia, os vindouros prestarão a devida homenagem ao seu talento e ao seu patriotismo. (a) Possidonio da Silva” (Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, 2.º Série, 1884, n.º 8, Tomo IV, pp. 127-128). Lucas José dos Santos Pereira foi nomeado para dirigir as obras de restauro do convento da Batalha em 28 de abril de 1852. Esta nomeação ocorreu após o falecimento em 23 de março de 1852, de Joaquim Guilherme Palhares, que exercia desde 1843 cargo de gestor dessa obra (A.D.L., Livro de Óbitos da Batalha [1851-1877], PT/ADLRA/PRQ/PBTL01/003/0002, Dep. IV-29-C-33, assento n.º 3, fl. 5-5v). Bibliotecário da Biblioteca de Belas Artes Sabemos que em 19 de abril de 1837, Lucas José dos Santos Pereira foi nomeado para primeiro bibliotecário da Biblioteca de Belas Artes, em Lisboa, conforme nos informa o Diário do Governo, n.º 93, de 21 de abril de 1837, cujo conteúdo é o que se transcreve: “Ministério do Reino. Sua Magestade a Arainha, Conformando-Se com a Proprosta que á Sua Augusta Presença fez subir o Directo Geral da Academia das Bellas Artes de Lisboa, em 13 do corrente mez de Abril: Há por bem, e nos termos do Decreto de 25 de Outubro de 1836, Nomear ao Artista aggregado á Aula de Architectura da mesma Academia, Lucas José dos Santos Pereira, para primeiro Bibliothecario da Bibliotheca de Bellas Artes, creado pelo referido Decreto. E assim o Manda Sua Magestade participar á dita Academia para sua intelligencia e execução. Palácio das Necessidades, em 19 de Abril de 1837. = Manoel da Silva Passos”. Cavalleiro da ordem de San-Thiago, de mérito scientifico, litterario e artístico Em 1875 o arquiteto das obras de restauro do convento de Santa Maria da Vitória, na Batalha, foi agraciado com a ordem de Santiago, conforme ficou mostrado no Boletim Architectonico e de Archeologia, “O nosso collega o sr. Lucas José dos Santos Pereira foi agraciado com o gráo de cavalleiro da ordem de San-Thiago, de mérito scientifico, litterario e artístico, recompensa merecida pelos seus longos serviços, e principalmente pela maneira hábil e conscienciosa com que tem restaurado o monumento da Batalha, empregando todo o esmero em não alterar o estylo em os novos tra-

Fotografia de P. Marinho. Vista do Lado Norte do Convento de Nossa Senhora da Vitória na Batalha in História de Portugal, popular e ilustrada, de Manuel Pinheiro Chagas, Empreza da História de Portugal, 1899, vol. 2, p. 241. balhos que executou, mostrando neste proposito o seu atilado gosto, e o quanto sabe avaliar a architectura das outras eras. O primeiro mérito na restauração de um monumento é a conservação escrupulosa do seu estylo, e não desfigural-o com enxertos, que lhe destroem a feição e não acreditam a perícia do architecto. Receba, pois, o hábil confrade as nossas cinceras felicitações, porque quando os artistas recebem distincções devidas ao seu reconhecido merecimento, não é só honroso para elle: é tambem para a classe com o tributo alcançado pela consideração publica” (Boletim Architectonico e de Archeologia, da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, 2.º Série, 1875, n.º 5, p. 79. Em síntese Lucas José dos Santos Pereira foi um dos mais importantes arquitetos do século XIX, como responsável pela restauração do convento de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Cremos que deva ser recuperada, para os nossos tempos, a figura deste arquiteto assim como a memória da sua intervenção nesse convento de modo a podermos alcançar a sua plena relevância e a prestarmos uma justa homenagem conforme disse Possidónio da Silva: “Se durante a sua existencia não foi apreciado quanto merecia, os vindouros prestarão a devida homenagem ao seu talento e ao seu patriotismo”.

APÊNDICE DOCUMENTAL Documento 1 1802, outubro, 28, Almada [S. Tiago] – Registo de batismo de Lucas filho de Domingos José dos Santos Pereira e de Ana Joaquina de São José, que nasceu em 18 de outubro de 1802. Arquivo Distrital de Setúbal, Livro de Batismos da Paróquia de S. Tiago [1793-1803], Cota 13/5718/12, assento n.º 1, fl. 167v. < Lucas a Sam Sebastião > Aos vinte e outo de outubro de mil e outocentos, e dois de minha licença baptizou e pos os Santos olios o Reverendo Padre Severino Joze Xavier a Lucas que nasceo em dezoito do corrente mes filho de Domingos Joze dos Santos Pereyra baptizado na freguezia de Santa Justa da cidade de Lisboa onde forão reçebidos, e de Anna Joaquina de Sam Joze baptizada na freguezia de Santa Izabel, e moradores nesta villa a Sam Sebastião. Foi padrinho o Reverendo Doutor Manoel Stenisláo Fragozo Prezidente da Inquizição de Lisboa, e do Concelho de Sua Alteza Real, tocou com procuração Francisco de Sales Rabello Busca Ecónomo na freguezia do Castello desta villa de que se fes este asento que asignei. (a) O Prior Manoel Joaquim da Gama Freitas Documento 2 1835, março, 5, Arsenal das Obras Públicas – Registo de mercê de praticante arquiteto da Casa do Risco das Obras Públicas a Lucas José dos Santos Pereira, com vencimento de 600 réis diários. A.N.T.T., Registo Geral de Mercês, D. Maria II, Livro 1, fl. 300. José Francisco Braamcamp de Almeida CastelBranco, do Conselho de Sua Magestade Fidelissima, Par do Reino, Commendador na Ordem de Christo e Fiscal das Obras Publicas, etc. = Authorizado pela Portaria do Ministério do Reino de vinte e um de fevereiro último fiz passar ao Praticante Arquitecto da Caza do Risco das Obras Publicas, Lucas José dos Santos Pereira, o presente titulo para poder ser registado no Arquivo da Torre do Tombo na conformidade do Decreto de dés de novembro de mil oitocentos trinta e quatro, declarando que o vencimento deste empregado é de seiscentos reis diários. Arsenal das Obras Publicas, cinco de março de mil oitocentos trinta e cinco = José Francisco Braancamp de Almeida CastelBranco. Conferida em 28 de março de 1835. (a) Basto Documento 3 1835, março, 16, Arsenal das Obras Públicas – Registo de mercê de praticante arquiteto da Casa do Risco das Obras Públicas a Lucas José dos Santos Pereira, com vencimento de 800 réis diários. A.N.T.T., Registo Geral de Mercês, D. Maria II, Livro 4, fl. 95v. José Francisco Braamcamp de Almeida CastelBranco, do Conselho de Sua Magestade Fidelissima, Par do Reino, Commendador na Ordem de Christo e Fiscal das Obras Publicas = Authorizado pela Portaria do Ministério do Reino de vinte e um de fevereiro último fiz passar ao Praticante Arquitecto da Caza do Risco das Obras Publicas, Lucas Jozé dos Santos Pereira, o presente titulo para poder ser registado no Arquivo da Torre do Tombo na conformidade do Decreto de dés de novembro de mil oitocentos trinta e quatro, declarando que o vencimento deste empregado é de oitocentos reis diários. Arsenal das Obras Publicas, cinco de março de mil oitocentos trinta e cinco = José Francisco Braancamp de Almeida CastelBranco. Conferida em 25 de junho de 1835. (a) Basto Documento 4 1853, janeiro, 8, Batalha – Registo de casamento de Lucas José dos Santos Pereira com D. Maria de Jesus da Silva Freire.

Arquivo Distrital de Leiria [A.D.L.], Livro de Casamentos da Batalha [1848-1873], Dep. IV-29-C-16, assento n.º 1, fl. 33v. < Casal da Faniqueira - Lucas Jozé dos Santos Pereira com Maria de Jesus da Silva Freire, solteira > Aos cinco dias do mez de janeiro do anno de mil oitocentos cincoenta e trez eu António Pereira das Neves, Vigário Collado na Monumental, e Parochial Egreja desta freguezia de Sancta Cruz da villa da Batalha, na mesma, observada a forma do Sagrado Concilio Tridentino deste Bispado digo e Constituições deste Bispado, recebi in facie Ecclesiae a Lucas Jozé dos Sanctos Pereira, Architecto Director actual na obra Monumental desta villa, viuvo de D. Joanna Rita dos Santos Pereira, e filho de Domingos Jozé dos Sanctos Pereira, e de sua mulher D. Anna Joaquina de S. Jozé, baptizado na freguezia de Almada, Patriarchado de Lisboa, e residente nesta villa = Com, Maria de Jesus da Silva Freire, solteira, filha de Jozé Freire da Silva, já defuncto, e de sua mulher Maria da Piedade, natural e baptizada nesta freguezia, e residente na mesma villa: forão testemunhas, além de mais pessoas, que presentes se achavão, Joaquim Vicente da Silva, e Vicente Augusto de Faria Andrade desta villa. Declaro que forão dispensados de proclamas pela Auctoridade competente, e ficão moradores no Casal da Faniqueira desta freguezia: e para constar fiz este termo, que juntamente com as sobreditas testemunhas assignei. (a) O Vigário António Pereira das Neves (a) Joaquim Vicente da Silva (a) Vicente Augusto de Faria Andrade Documento 5 1853, dezembro, 5, Batalha – Registo de batismo de Maria filha de Lucas José dos Santos Pereira e de D. Maria de Jesus da Silva Freire. A.D.L., Livro de Batismos da Batalha [1842-1855], Dep. IV-29-B-73, assento n.º 1, fls. 238v-239. < Casal da Faniqueira - Maria > Aos cinco dias do mez de dezembro do anno de mil oitocentos cincoenta e tres, eu António Pereira das Neves, Vigario Collado na Monumental, e Parochial Igreja de Santa Cruz da villa da Batalha, na mesma baptizei solemnemente a Maria, que nasceo a dois do passado, filha de // [fl. 239] Lucas José dos Santos Pereira, e de sua mulher D. Maria de Jesus Freire dos Santos Pereira, moradores no logar do Casal da Faniqueira d’esta freguezia, donde ella é natural, e elle da cidade de Lisboa: Avós paternos Domingos José dos Santos Pereira, natural da freguezia de Santa Justa e D. Anna Joaquina de S. José, natural da freguezia de Santa Izabel, ambos da cidade de Lisboa; e maternos José Freire da Silva, e Maria da Piedade d’esta villa da Batalha. Forão padrinhos o Exmo Barão de Porto de Móz, por cuja procuração tocou o Doutor José Pedro Ferreira d’Oliveira d’esta villa, e D. Maria da Glória da Purificação Marques da cidade de Lisboa, com cuja procuração tocou José Maria Crespo d’esta villa: e para constar fiz este termo, que juntamente com a testemunha Francisco da Silva, Albino Vieira Batalha, Thesoureiro d’esta Igreja, assignei. (a) O Vigário António Pereira das Neves (a) Francisco da Silva (a) Albino Vieira Batalha Documento 6 1859, fevereiro, 2, Batalha – Registo de batismo de Pedro filho de Lucas José dos Santos Pereira e de D. Maria de Jesus da Silva Freire. A.D.L., Livro de Batismos da Batalha [1855-1874], Dep. IV-29-B-74, assento n.º 1, fl. 120. < Casal da Faniqueira - Pedro > Aos dois dias do mez de fevereiro de mil oitocentos cincoenta e nove, eu António Pereira das Neves, Vigário Collado na Monumental e Parochial Igreja de Santa Cruz desta villa da Batalha, na mesma baptizei solemnemente a Pedro, que nasceo a vinte e cinco de novembro ultimo, filho de Lucas José dos Santos Pereira, e de sus mulher Maria de Jesus Pereira, moradores no Casal da Faniqueira, e moradores nesta villa, e elle da cidade de Lisboa. Avós paternos Domingos José dos Santos Pereira, natural da freguezia de Santa Justa, e Anna Joaquina de S. Jozé natural da freguezia de Santa Izabel, ambos da cidade de Lisboa, e maternos José Freire da Silva, e Maria da Piedade d’esta villa. Padrinhos Carlos Bende [?] Sousa, de Lisboa, e com prenda de Nossa Senhora do Rozário tocou António Mendes de Vasconcellos, residente n’esta villa: e para constar mandei fazer este termo que juntamente com a testemunha João da Silva Vieira, Sachristão, assignei. (a) O Vigário António Pereira das Neves (a) Da testemunha João + da Silva Vieira Documento 7 1884, setembro, 5, Batalha – Registo de óbito de Lucas José dos Santos Pereira. A.D.L., Livro de Óbitos da Batalha [1884-1884], Dep. IV-29-C-35, assento n.º 29, fl. 9. < Batalha - Lucas José dos Santos Pereira > Aos cinco dias do mez de setembro do anno de mil oitocentos e oitenta e quatro, pelas nove horas da noite, nesta villa da Batalha, freguezia e concelho da mesma, Patriarchado de Lisboa, falleceo, tendo recebido os Sacramentos da Santa Madre Igreja, um endividuo do sexo masculino, por nome Lucas José dos Santos Pereira, Archictecto das Obras deste Monumento, de oitenta e dois annos de idade, viúvo de Dona Maria de Jesus dos Santos Pereira; natural da villa de Almada, morador nesta villa da Batalha, filho legítimo de Domingos José dos Santos Pereira, Chefe de Contínuos da Camara dos Pares, natural da cidade de Lisboa, e de Dona Anna Joaquina de São José, administradora de caza, também natural de Lisboa; o qual não fez testamento, deixou filhos e foi sepultado no cemitério publico. E para constar mandei lavrar em duplicado este assento que assigno. Era ut supra. (a) O Prior Luiz Henriques Cunhal


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Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

institucional

Centro Recreativo da Golpilheira Relatório da Direcção e Contas de 2017 3.2 - Rendimentos e Ganhos O Centro Recreativo da Golpilheira gerou um total de rendimentos e ganhos no valor total de 471.829,90€, oriundos das atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2017 em todas as secções. A repartição do tipo de rendimentos obtidos encontrase conforme os pontos seguintes, tendo sempre o comparativo com o período homólogo de 2016. a) Vendas

1 - (Resumo histórico da Associação) 2 – Actividades Sócio-Culturais e Desportivas

Ao longo do período de 2017, o Centro Recreativo da Golpilheira, conjuntamente com a colaboração dos seus associados, desempenhou diversas atividades de caráter sócio - cultural e desportivas. Todas as secções inerentes ao Centro Recreativo da Golpilheira participaram de bom grado nas seguintes atividades: Aniversário do Clube Aniversário do Nuno Mendes Baile da Pinhata Carnaval Semana Cultural Tasquinhas/Fiaba T.T. – Todo Terreno O Centro Recreativo da Golpilheira é composto pelas seguintes secções: Bar Dança/Ginástica Direção/Escritório Escola de Música Futsal Feminino Futsal Masculino Jornal Rancho Folclórico Sociedade Inserção (Restaurante) Veteranos Merecem especial realce os projectos em curso no C.R.G., que trarão à nossa coletividade um acréscimo no seu dinamismo e também assim um acréscimo no seu já riquíssimo património humano, cultural e social.Somente o bom empenho de alguns associados e membros dos órgãos sociais contribuiu para satisfazer compromissos e colmatar necessidades que foram surgindo. Antes de iniciar a exposição de resultados deste relatório, seguem algumas considerações que não se podem descurar, para melhor compreensão do que expomos. Os gastos e rendimentos foram repartidos (conforme mapas em anexo) em função dos rendimentos próprios de cada uma das secções; As depreciações estão processadas segundo o método das quotas constantes à taxa mínima; O inventário encontra-se valorizado ao custo de aquisição.

3 – Actividades Financeiras 3.1 - Resultados Líquidos do Período Análise dos Resultados por Secção: Centros de Custo

Aniversário do Clube Aniversário Nuno Mendes Baile da Pinhata Bar Carnaval Dança/Ginástica Direcção/Escritório Escola Música Futsal Feminino Futsal Masculino Jornal Rancho Folclórico Semana Cultural Sociedade Inserção T.T. Tasquinhas Veteranos Imposto s/ Rendimento Total

RLE (€)

12 636,15 € 1 665,00 € 598,37 € 2 036,84 € 757,81 € 5 102,58 € -20 456,08 € -819,47 € 9 506,67 € -1 867,01 € 516,96 € 1 599,45 € 1 123,02 € -8 933,42 € 1 784,42 € 2 940,22 € 2 495,18 € -457,03 € 10 229,66 €

Jornal Bar Restaurante Total

2017 16 790,90 74 802,75 254 562,70 346 156,35

2016 20 859,12 60 401,06 242 207,45 323 467,63

Comparativamente com o período anterior, registouse um acréscimo generalizado de 7,01 % nas vendas de todas as secções. b) Outros Rendimentos e Ganhos - Rendimentos Suplementares Serviços Sociais Aluguer Equipamentos Outros Total

2017 87,52 0,00 3 213,42 3 300,94

2016 82,72 6 600,00 3 121,31 9 804,03

Os rendimentos suplementares ascendem a 3.300,94€, sendo na sua larga maioria respeitantes a indemnizações de seguros, no valor de 2.595,30€. - Descontos de Pronto Pagamento Obtidos Bar Futsal Total

2017 2,19 0,00 2,19

2016

2017

2016

872,90 1 606,64 81 321,29 0,18 0,00 83 801,01

872,90 1 931,36 66 833,19 84,82 689,18 70 411,45

0,00 435,05 435,05

- Rendimentos e Ganhos em Investimentos não Financeiros Subsídios p/ investimento Quotas Receitas Eventos Diferença de impostos Recebimento de Seguros Total

Relativamente a estes rendimentos, destacam-se as receitas obtidas de eventos efetuados durante ambos os anos. - Donativos 2017 Junta de Freg. da Golpilheira Câmara Municipal da Batalha Junta de Freg. de S. Mamede Federação Port. de Futebol Entidades Privadas Total

2016

750,00 964,00 21 937,73 26 757,00 100,00 0,00 0,00 1 614,30 6 469,50 6 986,70 29 257,23 36 322,00

Os donativos foram realizados por diversas entidades a algumas secções do Centro Recreativo da Golpilheira, conforme consta nos mapas acima. Na sua totalidade, os donativos revelam um decréscimo de 19,45 %, face ao valor registado no período anterior. 3.3 - Gastos e Perdas Por sua vez, o Centro Recreativo da Golpilheira no desenvolvimento de todas as suas atividades, distribuídas pelas diversas secções, incorreu em gastos superiores aos verificados no período anterior. a) Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas regista um valor superior ao verificado no período anterior. Este gasto representa 40,00% do total dos gastos da Associação. b) Fornecimentos e Serviços Externos Subcontratos Serviços Especializados Trabalhos Especializados Public. e Propaganda Vigilância e Segurança Honorários Conserv. e Reparação Serviços Bancários

2017 5 988,19

2016 6 917,35

6 575,16 0,00 0,00 1 145,00 3 752,42 2 434,43

4 140,00 0,00 0,00 3 088,00 7 875,68 1 651,51

Materiais Ferramentas e Utensílios Material de Escritório Livros e Doc. Técnica Artigos para Oferta Outros Jornais/Revistas/Imp. Pneus Energia e Fluídos Electricidade Combustíveis Água Desloc., Estadas e Transp. Deslocações e Estadas Transportes de pessoal Serviços Diversos Rendas e Alugueres Comunicação Seguros Contencioso e Notariado Limp., Higiene e Conforto Outros Fornecimentos Total

Evolução dos Investimentos 2016/2017: 2 205,89 1 867,65 0,00 1 409,27

5 961,32 1 740,02 0,00 771,42

1 245,04 0,00

915,76 0,00

16 564,33 16 193,21 6 722,85 917,24 681,65 623,57 4 774,83 11 831,00 1 223,70 0,00 0,00 0,00 5 000,28 5 005,66 4 117,10 2 399,47 92,50 25,00 4 043,30 4 532,46 35 673,76 6 772,55 105 517,35 81 361,22

Esta rubrica de F.S.E. regista um acréscimo de gastos de 29,69% face a 2016, manifestando-se mais significativamente, ao nível de outros fornecimentos. c) Gastos com o Pessoal   Remunerações do Pessoal Vencimentos Subsidio Férias Subsidio Natal Férias não gozadas Prémios Subsidio Refeição Comp. Ut. Viat. Própria Bolsa de Estágio Bolsa de Ocupação Enc. s/ Remunerações Seguros AT, DP e Outros Outros Gastos c/ Pessoal Total

2017

2016

55 891,65 5 986,55 4 736,18 0,00 15 222,14 5 290,53 2 556,42 2 654,32 4 827,79 18 273,90 1 805,71 753,32 117 998,51

62 499,49 643,48 5 931,59 1 790,58 15 423,97 5 256,07 1 948,64 0,00 0,00 17 823,01 1 825,73 377,00 113 519,56

Na rubrica de gastos com pessoal consta-se um acréscimo de 3,95%, derivado da rotatividade de pessoal. Este tipo de gastos representa 25,59% do total de gastos registados em 2017. d) Gastos de Depreciação e de Amortização 2017 24 361,30

2016 27 408,89

No período de 2017, a Associação incorreu em gastos com amortizações dos ativos fixos no montante de 24.361,30€, o que face a 2016 representa um decréscimo de 11,12%. e) Outros Gastos e Perdas   Impostos IVA Imposto Selo Taxas Total Outros Correcções Rel. Ex. Ant. Donativos Quotizações Ofertas e A. Inventários Insuf. Estim. p/ Impostos Outros não especificados Outras Entidades Total

2017

0,00 438,02 1 124,35 1 562,37

2016

50,11 32,00 689,05 771,16

631,58 0,00 0,00 0,00 1 003,79 480,79 0,00 0,00 0,08 204,91 556,25 2 793,50 24 298,16 36 043,90 26 489,86 39 523,10

f) Gastos e Perdas de Financiamento Juros suportados Outros juros Total

2017 735,83 15,95 751,78

2016 981,04 0,00 981,04

No final de 2017, o Centro Recreativo da Golpilheira apresenta gastos no total de 461.143,21€ e rendimentos de 471.829,90€, o que significa um resultado líquido com valor positivo de 10.229,66€.

4 – Activo, Passivo e Fundo Social Seguidamente apresentam-se mapas que permitem apreciar a evolução dos investimentos realizados ao longo do período de 2017.

2016 Activos Fixos Tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Equipamento Administrativo Outros Activos Fixos Tangíveis Amortizações Activo Fixo Tangível Activos Intangíveis Projectos de Desenvolvimento Amortizações Activo Fixo Intangível Investimentos Financeiros Outros investimentos financeiros Total de Activo Não Corrente

2017

Variação

86 790,84 797 552,35 120 101,47 35 000,00 88 106,29 101 680,08 -739 969,82

86 790,84 0,00 797 552,35 0,00 118 201,47 1 080,69 35 000,00 0,00 88 106,29 386,00 101 680,08 0,00 -712 560,93 -24 361,30

25 210,00 25 210,00 -25 210,00 -25 210,00

0,00 0,00

414,16 349,40 -64,26 489 675,37 466 716,50 -22 958,87

Durante o período de 2017, o C.R.G. efetuou investimentos em ativos, nomeadamente equipamento básico e em equipamento administrativo. Os fundos de compensação de trabalho sofreram um decréscimo causado pela rotatividade de pessoal. Evolução do Activo Corrente: Inventários Clientes Estado e Outros Entes Públicos Caixa Depósitos Bancários Total

2016 2017 Variação 6 477,10 6 320,48 -156,62 21 260,77 16 344,84 -4 915,93 4 852,79 5 811,08 958,29 4 924,73 6 542,07 1 617,34 3 735,31 3 628,97 -106,34 42 637,38 40 022,51 -2 614,87

Relativamente às rubricas que compõem o ativo corrente, nomeadamente clientes, verifica-se um decréscimo de 6,13 % face a 2016, o que significa a diminuição do prazo médio de recebimentos. Evolução do Passivo: 2016 2017 Variação Financiamento Obtidos 117 219,56 105 160,63 -12 058,93 Fornecedores 64 798,44 55 631,41 -9 167,03 Estado Outros Entes Públicos 10 841,07 10 637,99 -203,08 Outras dívidas a pagar 115 478,79 111 728,86 -3 749,93 Diferimentos (Subsídios Investimento) 5 280,98 4 408,08 -872,90 Total 313 618,84 287 566,97 -26 051,87

Como se constata pelo quadro acima, registou-se também uma diminuição do passivo de 8,31% comparativamente com o período de 2016, que se verifica essencialmente ao nível dos Financiamentos Obtidos, Fornecedores e Outras dívidas a Pagar. Esta última, importa referir que é composta, na sua maioria, por valores que alguns Associados e membros dos Órgãos Sociais têm colocado à disposição do centro, como empréstimos particulares, de modo a fazer face a compromissos bancários e necessidades de tesouraria.

5 – Evolução Previsível da Associação A título de conclusão, espera-se que perseverem no incremento dos diversos departamentos que compõe a Associação de forma particular. Esta evidencia potencialidades de crescimento mas este só é possível com a colaboração de todos os seus associados.

6 – Plano de Actividades Quanto ao desenvolvimento do Plano de Atividades para o próximo período, o mesmo será apresentado separadamente pela Direção da Associação.

7 – Proposta de Aplicação dos Resultados No seguimento do bom desempenho da associação, esta gerou um lucro contabilístico, ou seja, incorreu em gastos inferiores aos rendimentos obtidos. Desde modo, a direcção do Centro Recreativo da Golpilheira propõe deixar ficar o Resultado Apurado no período de 2017, no montante positivo de 10.229,66€ (dez mil, duzentos e vinte e nove euros e sessenta e seis cêntimos) na conta de “Resultados Transitados”. Golpilheira, 29 de Março de 2018 A Direcção


institucional • 31

Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

Balanço Analítico Rubricas

2017

Demonstração de Resultados Geral

2016

RENDIMENTOS E GASTOS

ACTIVO  Activo não corrente

Activos fixos tangíveis Outros investimentos financeiros

466 366,60

489 261,21

349,90

414,16

466 716,50

489 675,37

6 320,48

6 477,10

16 344,84

21 260,77

5 811,08

4 852,79

217,95

14,18

1 360,89

1 372,50

Activo corrente Inventários Clientes Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários

21 229,80

10 171,04

51 285,04

44 148,38

Total do ACTIVO

518 001,54

533 823,75

FUNDO SOCIAL PRÓPRIO Fundo Próprio Fundo Social Resultados Aplicados

394 410,73

394 410,73

Outras reservas

102 184,14

102 184,14

Resultados Transitados

-276 389,96

-282 926,11

10 229,66

6 536,15

230 434,57

220 204,91

Resultado liquido do exercício Total do Fundo Social PASSIVO Passivo não corrente Financiamentos Obtidos

2017

Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços Vendas e serviços prestados (Volume de Negócios) Subsídios à exploração

Variação nos inventários da produção

323 467,63

9 301,46

0,00

0,00

0,00

Fornecimentos e serviços externos

-105 517,35

Gastos com o pessoal

-117 998,51 -113 519,56

-81 361,22

órgão de comunicação social local, de periodicidade bimestral, que visa oferecer informação, formação e divertimento aos seus leitores, em

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)

Golpilheira. O Jornal da Golpilheira é autó-

Provisões (aumentos/reduções)

nomo face aos poderes políticos,

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizações (perdas/reversões) Aumentos/reduções de justo valor

4,05

0,05

Outros rendimentos e ganhos

116 361,37

116 977,85

Outros gastos e perdas

-28 052,23

-40 294,26

35 793,10

35 311,02

-24 361,30

-27 408,89

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamentos e impostos

Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)

Fornecedores

55 631,41

64 798,44

Estado e outros entes públicos

10 637,99

10 841,07

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Financiamentos Obtidos

20 245,39

7 915,36

Outras Contas a Pagar

5 397,54

8 631,50

Diferimentos

4 408,08

5 280,98

96 320,41

97 467,35

287 566,97

313 618,84

Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do período

OPINIÃO: Em nossa opinião, as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Centro Recreativo da Golpilheira em 31/12/2017, o resultado das suas operações no período findo naquela data, em

a sua conduta no espírito da liberdade de informação, de pensamento e de expressão. Não obstante, assume pautar-se pelos princípios de inspiração cristã. O Jornal da Golpilheira, conscienleitura do presente, aposta na recolha

11 431,80

7 902,13

6,67

6,67

desta freguesia e constitui ele mesmo

-751,78

-981,04

um legado às gerações futuras, como

10 686,69

6 927,76

-457,03

-391,61

Resultado líquido do período 10 229,66 6 536,15

aceitável e se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui: A verificação, numa base de amostragem do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela Direção utilizadas na sua preparação; A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão e da Direção, com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

confessionais ou outros, orientando

te da importância do passado para a e investigação das raízes e vivências

repositório dos seus elementos históricos, culturais, etnográficos e sociais em geral. O Jornal da Golpilheira, comprometido na realidade presente como

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal De acordo com os estatutos e demais legislação aplicável, o Conselho fiscal, apresenta o seu relatório e o parecer sobre o relatório da Direção, balanço e demais documentos de prestação de contas do Centro Recreativo da Golpilheira, referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2017. Examinamos as demonstrações financeiras do Centro Recreativo da Golpilheira, as quais compreendem o Balanço em 31/12/2017, (que evidencia um total de Ativo de 518.001,54 €uros e um total de Fundo Social de 230.434,57 €uros), as demonstrações dos resultados por naturezas e os correspondentes anexos. É da responsabilidade da Direção a preparação das demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Associação, o resultado das suas operações, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema contabilístico de controlo interno apropriado. É da responsabilidade do Conselho Fiscal, expressar uma opinião baseada no exame daquelas demonstrações financeiras. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as regras estatuárias, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança

EDITORIAL

especial, à população da freguesia da

Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Exmos. Senhores Associados:

ESTATUTO

Imparidade de inventários (perdas/reversões)

216 151,49

Total F. Social e Passivo 518 001,54 533 823,75

346 156,35

O Jornal da Golpilheira é um

191 246,56

Total do Passivo

0,00

-184 462,04 -169 959,47

106 847,29

0,00

Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

109 304,20

Passivo Corrente

323 467,63

Trabalhos para a própria entidade

84 915,24

346 156,35

Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos

106 331,32

Outras contas a pagar

2016

forma de preparar seriamente o futuro, assume-se como tribuna e voz dos conformidade com o Sistema de Normalização Contabilístico (S.N.C.).

anseios das populações, tendendo ao

PARECER: 1. No âmbito das competências legais e estatutariamente conferidas, acompanhamos a gestão da Associação, tendo procedido às verificações dos livros, registos e documentos e à conformidade da sua escrituração com o S.N.C. e com observação dos requisitos legais. 2. A Direção, os serviços administrativos, e nomeadamente os de apoio à contabilidade prestaram-nos todos os esclarecimentos que solicitamos. 3. O balanço, a demonstração de resultados por naturezas e o respectivo anexo, assim como o relatório de gestão estão elaborados de acordo com a lei vigente, refletindo com exatidão, não só a situação da Associação como também os resultados das suas operações. 4. Em conclusão somos do parecer que: a) Sejam aprovados o relatório de gestão e da Direção, o balanço, a demonstração de resultados por naturezas, e o respetivo anexo referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2017. b) Seja aprovada a proposta da Direção para aplicação dos resultados.

num desenvolvimento integrado de

Golpilheira, 29 de Março de 2018 O Conselho Fiscal

nem abusar da boa fé dos leitores,

progresso das suas condições de vida, todas as suas forças vivas. Procurando a selecção criteriosa da informação, defende uma linha editorial positiva e construtiva, tendo sempre presente a salvaguarda do interesse colectivo. Não descurando o profissionalismo do trabalho apresentado, promoverá a real participação das gentes da terra na elaboração dos seus conteúdos, incluindo as pessoas mais simples, como expressão da riqueza e diversidade do seu viver, pensar e sentir. O Jornal da Golpilheira compromete-se a respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, encobrindo ou deturpando a informação.


32 •

Jornal da Golpilheira • Maio / Junho de 2018

leituras

Leiria Cidade e Diocese: 1545-1918

Paulus Editora . Espiritualidade . Bênçãos de Deus no meu Crisma

António Fonseca e Cláudia Sebastião

Livro com orações para aprofundar a vivência do Crisma e a presença do Espírito Santo na vida do dia a dia. A partir de trechos bíblicos, sugere pequenas orações sobre esta Pessoa da Santíssima Trindade, sobre cada dom do Espírito Santo e outros momentos da vida dos crentes. Livro ideal para oferecer a quem faz o Crisma.

Bênçãos de Deus na minha primeira comunhão

Este livro reúne algumas citações bíblicas, dos Papas e de santos sobre a Eucaristia. As citações deverão ajudar a criança a perceber a importância e grandeza do Mistério central da vida cristã. A acompanhar as citações, belas ilustrações.

Entrar nos Mistérios do Rosário Carlos A. Moreira Azevedo Ilustrador: Avelino Leite

«Convido a contemplar os mistérios, a entrar espiritualmente neste degrau da oração. O Rosário é uma oração contemplativa, e nós temos tão poucos espaços deste género no mundo agitado. Não queria instruir sobre nenhum tema da actualidade, citar textos do magistério da Igreja, preencher este espaço com um discurso teológico. Queria apenas tentar ajudar a contemplar os mistérios. Eles são uma representação afectiva, comovente, dos principais momentos da salvação, nos quais Deus Pai chama Maria a participar. Vamos entrar com ela na vida do Salvador, no amor do Pai, na missão do Espírito Santo.»

Manual do acólito perfeito Diego Goso

Este livro é um manual através do qual os acólitos encontrarão uma preciosa ajuda para saber sempre mais e melhor aquilo que fazem, não esquecendo as razões fundamentai s d a s suas tarefas. Com um estilo humorístico e uma escrita simples, o autor ajuda os acólitos a saber o que devem fazer e as razões pelas quais o fazem.

Preparação para o nascimento - 9 meses com Deus Éline Landon

Destinada em primeiro lugar à mulher, esta obra recorda também a importância do homem no processo de preparação para o nascimento de um filho. Este livro ajuda o casal, através de diferentes passagens bíblicas, a meditar acerca do mistério da vida que acolhe desde a concepção, passando pelo crescimento do bebé no ventre da mãe até ao nascimento. Em cada capítulo, um tema específico ligado à gravidez com um texto bíblico, um comentário de meditação desse texto, uma proposta para continuar a reflexão e uma oração. «Ao acolher a vida em nós, participamos na obra da Criação querida por Deus. O nascimento de um novo ser é um mistério sagrado e preparar-se para algo tão belo com a meditação de textos bíblicos e com a oração parece-me primordial.»

Gaudete et Exsultate

- Alegrai-vos e exultai Terceira Exortação Apostólica do Papa Francisco

Na terceira Exortação Apostólica do seu Pontificado, o Papa Francisco recorda que «a força do testemunho dos santos consiste em viver as Bemaventuranças e a regra de comportamento do Juízo Final. São poucas palavras, simples, mas práticas e válidas para todos, porque o cristianismo está feito principalmente para ser praticado e, se é também objecto de reflexão, isso só tem valor quando nos ajuda a viver o Evangelho na vida diária».

O Manual da sacristã perfeita Ou seja, a paróquia de A Z

Diego Goso

Este é um pequeno guia para todos aqueles que têm algum papel administrativo ou executivo nas paróquias. É uma espécie de abecedário da paróquia, quase um manual de funcionamento para todos os Agentes da Pastoral. É um livro destinado a todos quantos, em estreitíssima colação com o Pároco, querem ajudá-lo no acompanhamento do Povo de Deus a ele confiado.

Para que tenham vida Luís Paulino Pereira

Esta obra recolhe algumas das cronicas que o Dr. Luís Paulino escreveu para o semanário Sol. Os artigos estarão agrupados em três grandes áreas: Fé - Saúde Sociedade. Além da compilação numa só obra dos vários artigos, esta obra tem como objectivo ser um marco no jubileu do Dr. Luís Paulino ao serviço da medicina. «Nestas crónicas de Luís Paulino Pereira, a par do relato de episódios do quotidiano da profissão, mais duros ou mais pitorescos, faz-se a crítica de uma Medicina que se desumanizou – e sentem--se as saudades dessa Medicina com laivos de heroísmo em que os médicos não eram só médicos: faziam o papel de amigos, de conselheiros, de familiares, de confessores.»

Luís, uma luz que se espalha Juventude Mariana Vicentina (org.)

Uma obra que faz memória ao jovem Luís Silva, precocemente desaparecido. Este livro pretende ser um retrato da sua breve vida, posta ao ser viço dos outros e de Deus. Há vidas que nunca se apagam. São memórias que forjam a nossa identidade colectiva e dão corpo à nossa alma cristã. Não se pretende elogiar quem não precisa de vanglórias. Na sua casa que é a Igreja, Deus quis que o Luís fosse, pela sua divina graça, uma «chama ardente e luminosa».

Grupos jovens de Jesus Jose António Pagola Carles Such Hernandéz

Grupos Jovens de Jesus tem como objectivo principal que os jovens vivam um processo de conversão individual e comunitário com Jesus, aprofundando, de modo simples, o essencial do Evangelho. Este livro tem a pretensão de permitir que os jovens façam um percurso a fim de conhecer melhor Jesus e de enraizar a sua vida com mais verdade na sua pessoa, na sua mensagem e no seu projecto de fazer um mundo mais humano.

Apresentação | “O Mosteiro da Batalha explicado aos mais jovens” Vai ser apresentado, no dia 10 de Junho, às 16h30, no auditório do Mosteiro da Batalha, um livro de Rui Cunha, intitulado “O Mosteiro da Batalha explicado aos mais jovens - 40 curiosidades sobre o monumento”. A obra conta com ilustrações de Luís

Taklim e a sua apresentação estará a cargo de José Travaços Santos. Dirigida ao público infantil e juvenil, aborda algumas das curiosidades e dos aspectos mais relevantes deste majestoso monumento.

Saul António Gomes

Textiverso Apresentada ao público no passado dia 26 de Maio, esta é uma verdadeira preciosidade, onde se apresentam alguns dos documentos essenciais de Leiria. Com o título “Leiria Cidade e Diocese: 1545-1918 – Documentos fundacionais”, da autoria do professor doutor Saul António Gomes, é uma Edição Comemorativa do Primeiro Centenário da Restauração da Diocese (1918-2018), edição da Textiverso, sob a coordenação do investigador e editor cortesense Carlos Fernandes. Na sessão de apresentação, marcaram presença várias individualidades, como o presidente da Câmara Municipal de Leiria e o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, que traçaram rasgados elogios a este trabalho de recolha e análise. Com 224 páginas em formato A4, todo ele colorido, inclui, para além de uma contextualização do período considerado, a reprodução de vários documentos originais, entre eles: a Carta de D. João III de elevação de Leiria a cidade (13-06-1545); as três Bulas do Papa Paulo III da criação da Diocese de Leiria (22-05-1545,); a Bula de Leão XIII de extinção da Diocese (30-09-1881); a Bula de Bento XV de restauração da Diocese (17-01-1918); e ainda a Provisão de Bento XV de apresentação de D. José Alves Correia da Silva como Bispo de Leiria (15-05-1920). Na sequência do livro “Forais de Leiria”, este “Leiria Cidade e Diocese: 1545-1918” complementa, em termos de documentos fundacionais, o conjunto essencial que marcou Leiria nos últimos 500 anos.

História de Portugal em Disparates Luís Gaivão

Guerra e Paz Editores Esqueça tudo o que aprendeu sobre a História de Portugal. O melhor da nossa História está na «sabedoria» e na imaginação louca dos nossos estudantes. Afinal, dizem eles, «a Pré-História é a evolução do macaco até ao homem» e «as pessoas eram macacos e, a partir de então, foramse desenvolvendo, dando origem a novos macacos». É com citações como estas, rigorosamente recolhidas nos testes de História dos nossos alunos, que se faz esta novíssima História de Portugal em Disparates, livro essencial para professores e alunos, historiadores e ratos de biblioteca, políticos e deputados, ministros da Educação e presidentes da República. É que a História só se tornou possível como disciplina científica «por intermédio da Pré-História» e «através das bíblias que contavam o passado dos reis e das ruínas dos povos antigos» até hoje. Uma obra para rir, mas também para pensar sobre a educação em Portugal.


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As Portas do Mundo

A Vida Secreta dos Animais

Rui Ruivo

Chiado Editora Neste romance do autor batalhense Rui Ruivo, muitas vidas conectadas entre si. Há aqueles que acreditam freneticamente que cada um tem o seu destino traçado. “Se assim fosse onde estaria a nossa liberdade de escolha?” Mas uma coisa é certa! Não dominamos por completo tudo o que nos rodeia. Há um Deus que conta connosco para prosseguir com a sua magnifica obra. Quando uma porta se encontra fechada, algo obscuro ela encerra. Deixamos de ver o que estará por detrás dela. Mas magistralmente uma outra se abre é aí que entra a nossa liberdade, a nossa inteligência e, aqui sim deve de entrar também o nosso coração para desvendarmos da melhor maneira o que essa porta acaba de nos escancarar. Mesmo tendo essa liberdade de escolha para vaguearmos pelos caminhos que essa porta nos apresentou, algo que nos transcende, intervém, colocando outras vidas, outros obstáculos, para que com o nosso coração saibamos mover-nos nessa escolha, dignificando essa nossa vida. Essas vidas que se cruzam connosco são a chave das portas que se fecham e que se abrem diante dos nossos olhos. Só a morte encerra esta luta. Profetiza-se…

Xogum – O Senhor do Japão» João Paulo Oliveira e Costa

Temas e Debates Este segundo volume da trilogia iniciada com «O Samurai Negro» centra-se na presença portuguesa no Japão durante o século XVI. As belas e exóticas paisagens do Oriente são pano de fundo para a história de aventura de Carlos, o samurai negro, e Ana, que continuam a lutar contra a paixão que sentem desde que se conheceram. Personagens, locais e momentos à imagem dos acontecimentos reais mais marcantes do império português e nipónico cruzam-se com a ficção, numa combinação notável de talento narrativo e informação histórica. Entre 1590 e 1600 completou-se a unificação do Império Nipónico. Ieyasu, o jogador, vai dominando o Japão tal como se ganha um jogo de go. Nesta década em que a guerra baixou de tom e em que tudo estava em aberto, o Cristianismo continuava a propagarse pelo Japão apesar da rivalidade entre portugueses e castelhanos. Missionários, generais e navegadores, alcaides e pastores, bandidos e soldados, mais esbirros da Inquisição e mártires japoneses, ou mercadores de Macau e vendedores de relíquias cruzam-se a cada passo com os protagonistas que deambulam pelo mundo, do Japão a Jerusalém e a Roma, ou dos Açores à Índia e à China. E em Miranda do Douro um bispo torna-se santo, as bruxas bailam ao vento e há um mistério por resolver.

Peter Wohlleben

Onze | Nove - a minha América Latina Patrícia Campos

Com emprego estável, Patrícia Campos trabalhou como técnica cardiopneumologia durante 11 anos. Em 2016, contudo, a vontade de ver o mundo fê-la largar tudo para se tornar numa viajante profissional. Durante nove meses, explorou onze países da América do Sul e dessa experiência resultou este livro, onde transporta o leitor para o interior das suas memórias. “Compilei neste livro diversas imagens e histórias daquilo que vi e vivi. Quero que ele dê a conhecer às pessoas novas culturas que, pessoalmente, me abriram horizontes, e as leve para o interior das mesmas. Quem sabe, poderá, inclusive, ser uma inspiração para outros viajantes”, explica. Em 2017, Patrícia integrou a equipa de líderes The Wanderlust, viajantes profissionais que desenham e orientam o programa de cada destino. Actualmente, é responsável pelas viagens “Maravilhas do Sul do Peru”, “Pelos segredos do México” e ainda “Do Salar de Uyuni ao Deserto do Atacama”, que passam pelo México, Perú, Bolívia e Chile. A agência de viagens The Wanderlust, surgiu em 2014, proporcionando aventuras por vários cantos do mundo, em que o ponto central é a sustentabilidade. Nesse sentido, os viajantes são levados a envolverem-se com os destinos de viagem, protegendo e respeitando as suas comunidades, cultura, tradições e ambiente, tornando assim a experiência mais enriquecedora, gratificante e agradável.

A Arte da Guerra Sun Tzu

Guerra e Paz Editores Escrito há mais de 2500 anos, o mais conhecido tratado de estratégia militar do mundo mantém uma incrível actualidade. Para além da guerra, o grande valor da obra de Sun Tzu reside na possibilidade de adaptação das suas máximas e reflexões a qualquer campo da actividade humana em que haja situações de confronto: nos negócios, na política, no desporto, no amor. Constituído por um conjunto de treze breves capítulos, este livro convidanos a conhecer o nosso inimigo e mostra como vencer sem combater. Esta edição inclui ainda notas de alguns dos principais comentadores tradicionais deste grande clássico. É uma leitura indispensável para compreender o que está em jogo e alcançar a vitória. Uma lição de sabedoria e da arte de viver. A Guerra e Paz, Editores orgulha-se de publicar esta obra, que o renomado sinólogo inglês Joseph Needham considerava uma «obra-prima única do pensamento militar».

Pergaminho Desde cedo que mantém um contacto próximo com a natureza e com as imensas espécies que têm nos campos e nas florestas o seu habitat natural, sendo por isso grande conhecer das suas características e, especialmente, dos seus sentimentos. Após o sucesso de «A Vida Secreta das Árvores», o autor dá a conhecer o fascinante mundo dos animais em «A Vida Secreta do Animais». É verdade que a capacidade intelectual humana é superior à dos restantes seres vivos, contudo, Wohlleben revela como os animais são, tal como os humanos, capazes de sentir e expressar emoções e sensações, apresentando, numa linguagem corrente, recentes descobertas científicas que o comprovam, a par das suas próprias observações. As divertidas curiosidades que o autor foi registando através das suas vivências impelem o leitor a descobrir este mundo fascinante e a compreender as variadas habilidades e emoções dos animais, apelando à necessidade de se respeitar todos os tipos de vida. A escrita acessível e as histórias, por vezes comoventes, que Peter Wohlleben relata transportam o leitor para um mundo oculto, onde o amor, o luto e a compaixão têm papéis influentes, desvendando assim as complexas inter-relações dos animais e a sua vida emocional e cognitiva.

O Caminho do Encontro Jorge Bucay

Pergaminho Este segundo livro da série sobre os caminhos de cada individuo é já um bestseller internacional, dando continuidade ao primeiro título «O Caminho da Autodependência». Ser feliz, explica-nos Jorge Bucay, não é apenas um direito; é também um compromisso que assumimos para com a vida. Em O Caminho do Encontro, o autor desafia-nos a viver em compromisso, em contacto e em partilha com os outros. Trata-se de um desafio mais exigente do que possamos pensar: o compromisso é mais do que cumprir obrigações, o contacto é mais do que a presença, e a partilha é mais do que a dádiva. Com as suas observações e os seus comentários provocantes, inteligentes e inspiradores, Jorge Bucay demonstra em que consiste o verdadeiro caminho do encontro na amizade, na vida familiar, no amor e no sexo. Afinal, o que significa realmente estar com alguém? Até que ponto estão realmente presentes na nossa vida as pessoas a quem mais queremos – e até que ponto estamos nós presentes para elas? Um livro que vai transformar a forma como encara os afectos e a entrega emocional, permitindo-lhe cultivar relações mais ricas e enriquecedoras.

Mamas & Badanas João Pedro George

Guerra e Paz Editores Mamas & Badanas é um livro único que explora o mais profundo do imaginário e das motivações secretas dos escritores portugueses. Começa por esquartejar as badanas e contracapas dos livros, o que lhe permite desvendar factos insólitos e as mais recônditas ligações entre esses textos assombrosos e o subterrâneo psíquico dos autores nacionais. Depois analisa em profundidade a devoção contemporânea pelos peitos das senhoras, apresentados obsessivamente como um par de mamas descomunais, feitas à medida da nossa mania das grandezas e da mentira dos nossos desejos. É no cruzamento destas duas situações que o livro vai ganhando uma força tão envolvente que o leitor pasma. E estremece. Baseado numa investigação independente, que vai directa ao âmago das coisas, Mamas & Badanas entra na literatura portuguesa como uma broca num dente cariado e inaugura um género absolutamente novo em que sátira, niilismo e tragicomédia se medem frente a frente e se entrelaçam em cadências variadas. Mescla de palavras fortes, ternas e irónicas, Mamas & Badanas é a mais desconcertante obra do nosso tempo.

Regulação, Ética e Governance: O Mercado da Informação Financeira Jorge Rodrigues

RH Editora A sociedade portuguesa manifesta hoje uma profunda descrença em relação ao funcionamento de algumas das suas instituições, o que contribui para minar a confiança no futuro coletivo do país. As instituições que funcionam bem e são respeitadas pelos cidadãos contribuem para a obtenção de resultados melhores e mais sustentáveis para a sociedade. O livro pretende estimular a ponderação e questionamentos rigorosos que levem os decisores a não agir antes de pensar e a não confundir a familiaridade superficial de um assunto com uma profunda compreensão do mesmo. Este exercício de reflexão, quando bem conduzido, parece potenciar as nossas capacidades, tornando-nos mais conscientes, mais responsáveis, mais eficazes e, ao mesmo tempo, mais tolerantes e solidários. Por esse motivo foi escolhida a sequência de conteúdos de responsabilidade social das organizações, confiança, corporate governance, ética e sua implementação em associações profissionais públicas – Ordem dos Economistas, Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Ordem dos Contabilistas Certificados – todas elas ligadas à produção, certificação e disseminação de informação financeira.


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do leitor

. Poesia . O meu combate mental A passagem da vida, Tem sido dura ferida Quantas vezes são alimento Está gravado no sentimento. Sem perfil, Sem imagem Finalmente ganhei coragem De sentir não ser invisível. Sofri e lutarei, Pelo justo o analisei O porquê Só quem não vê. Se no tempo combati, Foi por algo que sofri Lembro-me cada dia Da triste hipocrisia. Apenas sinto um lamento, De tão infeliz cortesia Magoa-me o pensamento Na passagem de cada dia. Interrogo a razão, Como simples sinal Sem haver compreensão Muita coisa acaba mal. Nunca gostei de fingimento, Gosto de viver cada momento Recordando a vida com alegria Será uma vitória dia após dia. 10-07-2017 José António Carreira Santos

Diz Ah, Batalha que me devoras Batalha Minha serra da Malcata Meu Lince que ralha Que me ataca Que meus ossos Hás-de devorar Tuas redes, minha malha Ah, gente boa Que brota trigo novo Na ceifeira do antigo Que me livra do perigo Nossas gentes Novas culturas Varrem minhas amarguras Dão-me alento Palavras levas-as o vento Exaradas ficam elas Na minha escrita portuguesa Ah, Batalha burguesa Mil pecados Amados Padres Nossos Todo o dia agruras Nem sei, já se te conheço Um dia pereço Meus olhos fecho Deixo de ver estas ruelas Estas vaidades belas Neste meu amar Diferentes Que no renovo No meu findar Fico na memória deste povo Vaz Pessoa

. obituário . Agradecimento

Raul Ferreira Henriques N. 12-03-1931 • F. 18-05 -2018 Sua esposa, filha, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.

Diz que estás aí. Revela, finta o meu desdém. Mostra-Te em quem te escreve e te pinta. Diz que menti. Cala em mim a voz do sonho sem cor. Grita veloz como vento sem fim. Diz que és, Quem és e que estás aí. LMF

A vida é uma estrada Que nos encaminha, Por estreitas vielas Sinto por detrás das janelas A desagradável vizinha.

O árbitro era outro A calçada esbate O debate O jogo terminado Sucesso esperado A crítica latente Dois clubes diferentes O golo que não entrou O poste impediu O que se viu Uma bola a rolar Milhares a vibrar Centenas a discursar O jogo terminou Resultado Esperado Saudado O árbitro era ladrão O vídeo-árbitro vigarista Comunista Socialista Ah, cabrão O jogo viciado Meretrizes Entrefolhos Felizes Aos molhos Nesta roda sem solução Vigarista, pelintra, cabrão... Augusto Sesimbra

Sorri com rosto de falsidade, Julga-se superior Mas com tanta maldade Ignoro-a sem lhe dar valor. Passo na rua e medito, A ruindade de certa vizinhança Ás vezes faço que nem acredito. O que poderia ser de amor, Já perdi toda a esperança Nem quero recordar o dissabor. 06-08-2017 José António Carreira Santos

(In)temporal Quem me dera ter os dias de outrora Para descansar agora Quem me dera ter os dias de agora Para trabalhar nos dias de outra “senhora” Que faria com o meu saber Nos tempos que já se foram Agora ando a aprender E fico sem saber, onde esses tempos moram Dou-lhe um lugar Num sítio impenetrável Quando estiver nesse “altar” Já nada me é mudável Vaz Pessoa

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas dez a folhas onze, do Livro Duzentos e Trinta e Um - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão n.º 08532966 5 ZY1 válido até 29/09/2019, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, no exercício dos poderes conferidos pela deliberação n.º 2017/0175/G.A.P de dez de abril de dois mil e dezassete, constante da ata nº.08/2017 e pela deliberação nº.2018/0204/G.A.P. constante da ata nº.10/2018, ambas da Câmara Municipal, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão e primeiro andar que se destina a escola primária, com a superfície coberta de quinhentos e dois metros quadrados e logradouro com a área de mil cento e cinquenta metros quadrados, sito na Rua do Paço, nº.75, no lugar e freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 283, que provém do artigo 2582 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial e atribuído de €177.980,00; Que o Município da Batalha adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e seis, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência da referida transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e três de maio de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes, Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Golpilheira, n.º 249, 29-05-2018

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Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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. telefones úteis .

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

. Tintol & Traçadinho . Estava a pensar propor aos deputados a discussão de um problema que fosse mesmo urgente no nosso país na área da Saúde, mas não está fácil...

...as urgências funcionam bem ...não há listas de espera ...as comparticipações nos tratamentos são excelentes ...há cuidados paliativos para todos ... não me ocorre nada!

Ah! Já sei!... Vai ser um tema mesmo urgente e que a maioria da população está à espera de ver resolvido há que tempos....

Tanásia

(eu)

.fotodestaque. LMF

. ficha técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1.000 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about

Promessas

No passado dia 5 de Maio, houve celebração de promessas das várias secções do Agrupamento 194 Batalha. Na foto, o momento solene dos 4 jovens que passaram a ser Caminheiros. E o que prometiam neste momento? Só isto: “Prometo, pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por: Cumprir cada vez melhor os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria; Auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias; Obedecer à Lei do Escuta.” Nada pouco, afinal...

. recordar é viver .

. ficha de assinatura . Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Equipa de Futebol de 11 do CR Golpilheira, dos finais dos anos 80, princípio de 90. Participava no Campeonato da II Distrital da AF Leiria. Esta foto foi tirada no antigo Campo de Jogos António Gomes Vieira, na Batalha, campo pelado.| MCR


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divulgação

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