201608 Jornal da Golpilheira 230 - Agosto de 2016

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P. 2| Dia 23 de Setembro

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 230 | Agosto de 2016

P. 8-9 | Ordenado há 50 anos

P. 11-17| Batalha em Agosto

Assembleia Geral Bodas de Ouro do Mais de 50 mil e eleições no CRG P. José Gonçalves vieram à festa

P. 12| Dia 1 de Outubro

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

P. 24| Dias 27 a 29 de Agosto

Festival de Folclore S. Bento festeja da Golpilheira Sr.ª da Esperança

P. 4 a 6 | Comunidade Cristã da Golpilheira

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Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos fez a ligação com Nossa Senhora de Fátima

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. abertura . história .

.editorial.

Jornal da Golpilheira Agosto de 2016

.história.

Um projecto para Portugal 15

Luís Miguel Ferraz Director

Em modo “festa” Nesta edição falamos de festa e é em festa que iremos continuar, como já é apanágio da nossa terra. Com o ânimo próprio do calor do Verão e o retempero que alguns dias férias trazem a quase todos, é tempo de alegria e de convívio, de sorrisos e de celebrações. Ainda assim, é também tempo de preparar o regresso à normalidade dos dias de trabalho ou de estudo, pelo que é conveniente ir afinando as agendas e anotando responsabilidades. Nesse sentido, puxo para aqui um assunto que deverá ser do interesse de todos: a Assembleia Geral do Centro Recreativo da Golpilheira. Nos últimos anos, o cenário tem sido desolador, com meia dúzia de participantes a representar uma associação que tem mais de meio milhar de sócios e movimenta muitas centenas de pessoas nas suas actividades. Fica o apelo à participação!

É uma experiência repetida: convidar amigos e conhecidos para assistir a uma cerimónia cívica e eles, embora respondendo que irão, não comparecerem. Aconteceu-me, mais uma vez, em 14 de Agosto. Sem espanto, mas com imensa tristeza. Celebrar datas, com a importância desta, não é apenas evocar um acontecimento e as figuras que nele intervieram, mas tentar aproveitar a lição dos factos e das atitudes e trasladá-la para o nosso tempo, buscando motivos e incentivos para a vida nacional na actualidade, exemplos que sugiram e alicercem as novas decisões e, sobretudo, aprendendo nela que sem amor efectivo à Pátria, amor desinteressado de compensações e capaz de todos os sacrifícios, a liberdade dos cidadãos (que só existe se a Pátria for livre) e o progresso do Povo não passam de ficção. A lição da batalha real travada há 631 anos nos campos de S. Jorge nunca nos foi tão necessária como hoje.

16 O Serviço Nacional de Saúde foi essencial para substituir os antigos médicos que nos acudiam dia e noite e nos socorriam nos seus consultórios, normalmente instalados nas suas residências, ou se deslocavam às nossas casas quando estávamos acamados.

proporcionar a toda a gente o direito de ser assistida na doença, é que precisa de ampla remodelação. Os governos não podem adiar mais a solução. Do funcionamento pleno destes Serviços, que têm de ser serviços permanentes e de abranger a totalidade da população portuguesa, depende a prática democrática do acesso geral à Saúde.

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Quadro do Pintor José Manuel Soares, evocando a batalha de Aljubarrota, que ilustrou as capas da banda-desenhada “A Ala dos Namorados”, com texto de Artur Varatojo e desenhos do citado pintor, e do disco “Hino à Batalha” com música e interpretação de Frei e Vicente.

O sistema, de que agora depende a saúde das populações, está porém ainda longe de corresponder às necessidades actuais. As pessoas não adoecem só a determinadas horas do dia nem em determinados dias da semana e não podem esperar dias ou meses por uma consulta, o que as obriga a recorrer frequentemente às urgências hospitalares. Segundo uma notícia que há pouco os jornais publicavam, há uma

percentagem, até certo ponto elevada, de doentes que recorrem aos hospitais sem forte motivo justificativo. Mas se não têm, na área da sua residência, quem lhes acuda, a quem mais poderão pedir ajuda? Evidentemente que não são os médicos e o restante pessoal dos Centros de Saúde que têm culpa. Muita fazem eles. Quantas vezes o impossível. O sistema, que é imprescindível na actualidade, o único que pode

divulgação/apoio

Centro Recreativo da Golpilheira

Assembleia Geral Ordinária Convocatória No dia 23 de Setembro de 2016, pelas 20h30, reúne-se a Assembleia Geral Ordinária, pelo que convoco todos os sócios a assistirem à reunião com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Relatório da Direcção, Contas do Exercício de 2015 e Parecer do Conselho Fiscal. 2. Eleição dos novos Corpos Gerentes para o próximo biénio. 3. Proposta de actualização do objecto social. 4. Outros assuntos de interesse para a Colectividade. Nos termos dos estatutos, não comparecendo a maioria dos associados à hora marcada, será a reunião efectuada às 21h30 do mesmo dia, com qualquer número de sócios, não podendo os restantes discordar daquilo que foi deliberado. Dada a importância da reunião, agradecemos a comparência de V/ Ex.as. O vice-presidente da Mesa da Assembleia, Carlos Agostinho Costa Monteiro

Na magnífica revista digital (mas em Maio também publicada em papel) “Observador”, a jornalista Laurinda Alves, no excelente artigo “ Quero continuar a ser filha dos meus pais” chama-nos a atenção para o abandono dos velhos (aqueles da minha idade ou mais velhos ainda) por parte das famílias, concluindo: “Os filhos que cuidam dos pais por amor são verdadeiros salva-vidas. Salvam da solidão, da exclusão, do abandono, da indigência emocional em que vivem muitos velhos”. Tenho exemplos disto, que me confirmam as palavras da jornalista. O nosso tempo é de individualismo e de egoísmos atrozes, que além de ferirem a consciência cristã do nosso Povo, são estúpidos porque não nos deixam ver que, assim como tratarmos dos nossos velhos, seremos tratados na nossa velhice. E desta condição ninguém se livrará.

José Travaços Santos

Dia 6 de Novembro

Almoço Convívio dos nascidos em 1958 Todos os nascidos no ano de 1958 da freguesia da Golpilheira são convidados a participar num almoço de convívio, no próximo dia 6 de Novembro, para juntos comemorarem o “casamento” do ano de nascimento com o número de anos de aniversário. Os interessados deverão contactar a Isabel Soares (917731417) ou o Luís Henriques (913673796).


Jornal da Golpilheira

. campanha .

Agosto de 2016

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Agora que a obra está pronta...

O seu donativo é mais CAMPANHA 200 telhas! necessário do que nunca

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

Donativos e empréstimos recebidos

MCR

Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha. Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

(objectivo: 200 mil euros)

Donativos

NOME

Campanha Telhas

OUTROS

Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Saldo Fevereiro 2016 Saldo Março 2016 Saldo Abril 2016 Saldo Maio 2016 Saldo Junho 2016 Saldo Julho 2016 Anónimo Anónimo Gabriel Marques Vieira da Silva Anónimo Fernanda Pereira Rui Pedro Monteiro e Cláudia Monteiro Portal Carlos Alberto Pereira Carreira Pe. Manuel Antunes Anónimo Armindo Monteiro António Lúcio Bagagem Manuel Pinto Clara Marques

24.000,00 €

885,00 €

2.000,00 € 2.000,00 € 2.000,00 € 4.000,00 € 3.000,00 € 3.000,00 € 2.000,00 €

6.347,87 € 285,00 € 1.180,00 € 24.080,00 € 13.570,00 € 22.266,10 € 370,00 € 50,00 € 80,00 € 120,00 € 50,00 € 100,00 €

Totais

43.000,00 €

1.000,00 €

Ofertas que chegaram nas férias

Empréstimo

Emigrantes de Londres e dos EUA levaram telhas

2.000,00 € 1.000,00 € 60.000,00 €

Tal como informámos no passado mês, um grupo de emigrantes naturais da Golpilheira a residir em Londres, na Inglaterra, entregou à Comissão da Igreja da Golpilheira um donativo de 2.000 euros para as obras da igreja. São eles: Maria dos Anjos Soares, Maria do Carmo Alves, Leonor Monteiro, Graça Rosa, Almerinda Pereira, Graciete Monteiro, Goretty Silva, Júlia Ferraz, Lucília Henriques Videira, Jacinto Rodrigues, Lídia Monteiro Santos e José Marques Silva. Aproveitando a vinda de férias, alguns destes amigos emigrantes participaram na Missa da festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, no domingo 31 de Julho, onde receberam o agradecimento da Comissão da Igreja e dos fiéis presentes, representada numa telha que ficará exposta no salão de festas da igreja.

1.000,00 €

200,00 € 25,00 € 500,00 € 50,00 € 50,00 € 100,00 €

70.308,97 €

Emigrantes de Londres

64.000,00 €

Contactos:

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sua!

igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)

Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

LMF

Total Donativos 114.083,97 €

Emigrantes dos EUA

No domingo seguinte, houve nova entrega de telhas a emigrantes, desta vez dos Estados Unidos da América, às famílias de Adriano Monteiro Guerra, José Monteiro Grosso e Diamantino Monteiro Grosso, estes últimos ausentes. E anunciou-se também a compra de mais uma telha por Rui e Cláudia Monteiro, filhos de Armindo Monteiro. Além destes emigrantes, outros têm feito também os seus donativos, juntando-se, assim, à corrente de angariação de fundos para as obras da nossa Igreja de Nossa Senhora de Fátima. É bom sentir que, embora longe da sua terra natal, estes golpilheirenses não esquecem as suas raízes e têm acompanhado com interesse a vida da Comunidade. Aos poucos estamos a chegar à meta dos 200 mil euros de que temos necessidade. Desde Setembro, já angariámos cerca de 114 mil euros e acreditamos que com o saldo das duas festas deste ano e mais algumas ajudas conseguiremos em pouco tempo pagar a nossa dívida. A todos os que têm contribuído, com muito ou com pouco, muito agradecemos, pois é com pequenas gotas que se fazem os grandes mares. A Comissão da Igreja


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. reportagem .

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Agosto de 2016

Comunidade Cristã da Golpilheira

Festa em honra do Senhor dos Aflitos fez a ligação com Nos passados dias 30 de julho a 1 de agosto, a Comunidade Cristã da Golpilheira festejou o Padroeiro da sua igreja histórica do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, que remonta ao século XV e continua hoje a ser o coração da vida comunitária local. Assim, foram muitas centenas de fiéis e visitantes a participarem nestes que são os principais festejos anuais da comunidade, com larga representação dos emigrantes daqui naturais. O momento alto foi a Missa dominical, presidida pelo vicereitor do Santuário de Fátima, padre Vítor Coutinho. Desta forma se sublinhou a forte ligação ao Santuário por parte da Comunidade, cujo principal centro de culto é dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Esse laço foi especialmente reforçado aquando da recente reinauguração desta igreja, para a qual foi oferecido o altar e outro mobiliário litúrgico que esteve ao serviço da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima até à sua

Foi a primeira festa na nova igreja

P. Vítor Coutinho

também recente remodelação. O padre Vítor Coutinho quis frisar essa união e sublinhou que “não é minimamente forçada a ligação temática de uma festa dedicada ao Senhor dos Aflitos numa igreja dedicada a Nossa Senhora de Fátima”. Aliás, “a Mensagem de Fátima pode resumir-se na vinda de Nossa Senhora a lembrar-nos que Deus está sempre presente nas aflições da humanidade e da nossa vida pessoal”, afirmou. Se as leituras do dia apontavam para

o desprendimento dos bens materiais e para o centrar da vida no que é realmente importante, “o segredo da felicidade está nessa confiança em Deus que nos ama e nos acolhe sempre”, concluiu. Após a procissão pelas ruas da freguesia, a festa continuou com a animação num arraial onde a restauração e os jogos populares são dos principais atractivos, especialmente a “corrida de cântaros” de segunda-feira. Bem podemos dizer que foi uma grande festa, com o restaurante sempre cheio, a rua apinhada de gente, muita animação e alegria. Estão de parabéns os nascidos em 1976, “quarentões” deste ano, que assumiram a organização e cumpriram com esmero. No momento da passagem da bandeira, os nascidos em 1977 chegaram-se à frente e asseguraram que veio para ficar a tradição de serem os “quarentões” a organizar estes festejos. Fotos: LMF e MCR

Procissão

Comissão de festas honrou o Padroeiro

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entrevista . . . .reportagem

Agosto de 2016

Nossa Senhora de Fátima

Prémio não reclamado

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Ainda não foi reclamado o prémio da churrasqueira, sorteado na festa. A carta premiada foi o “2 de Espadas”. Quem a tiver em seu poder deverá contactar a Comissão (917580031 ou festeiros76@gmail.com). Se não for reclamada até 15 de Setembro, a churrasqueira será vendida e a receita reverterá para a festa.

Rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG, actuou na tarde de domingo

Corrida de cântaros é um dos “ex libris” da festa

Filarmónica também animou o almoço

Quebra de panelas

Um brinde de despedida

Redes sociais...

Festeiros não resisitiram à corrida de cântaros

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. reportagem .

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A tradição cumpriu-se. Mais uma vez. Quem participou nos festejos do Senhor Bom Jesus dos Aflitos pode ter pensado que o arraial apareceu e desapareceu num ápice. Que tudo foi simples, fácil e rápido. Mas não. Juntámo-nos a primeira vez no dia 13 de Novembro de 2015, para começar a preparar a festa. A nossa festa. Tinham passado 40 anos e alguns de nós viam-se todos os dias, outros foram viver para longe e perderam contactos, outros ainda, não tendo nascido aqui, decidiram juntar-se ao grupo. Houve muitos encontros e reencontros. Muitas histórias recordadas entre a “Escola do Paço” e a de Bico Sachos. Nenhum de nós tinha organizado esta festa. Tudo era novo. Tudo era desconhecido. A festa ia aparecer feita. Era a única certeza que tínhamos. Movia-nos o entusiasmo das coisas novas e do tempo que ainda tínhamos pela frente. No início tudo se faz. Todas as ideias são fantásticas. O entusiasmo transborda. O nosso pequeno grupo foi trabalhando até que a data se aproximou. Foi nessa altura que o entusiasmo foi ultrapassado pela realidade e “stress”. Não nos podíamos esquecer de nada. Da farinha para as filhós, da quantidade de bebidas para os bares, do número de frangos para o restaurante, da licença para o arraial, de prendas para a quermesse... e se as quantidades não chegassem?! E se... e se?!... Uma imensidão de pormenores e

incertezas a que nenhum de nós estava habituado. E o arraial montou-se com a ajuda de muita gente, mais experiente e com o espírito festeiro na guelra. E quando a festa estava pronta para começar, podemos dizer que estávamos exaustos e desejosos que tudo passasse rápido. E passou. Depois do fogo de artifício de segunda-feira, pudemos finalmente descansar sem preocupações. Pudemos ir ao Bar76 (o nosso bar) e beber um tão merecido copo, com toda a tranquilidade. A festa estava feita, mas nenhum de nós a desfrutou da maneira que todos estão habituados. Desfrutamos do outro lado, sempre obstinados para que tudo corresse bem. E correu. Houve momentos que foram especiais: o dia em que colocámos o mastro, e que deu início aos festejos, foi um momento simbólico e muito especial; a procissão dos andores, tão típica da nossa freguesia e que abrilhantou as ruas de cor e cheiro a murta; os jogos populares de segunda-feira, onde todos pudemos dar umas belas risadas; e, finalmente, a remoção do mastro, já com sentimento de muita nostalgia e orgulho. Depois, houve momentos que passaram despercebidos a todos e que ficarão nas nossas memórias: as reuniões no mercado de Pataias (onde o vinho branco tem pólvora); as noites de sexta-feira a fazer flores de papel (há festeiros que

Fotos: LMF

Espírito de Festeiro (e outras histórias)

Comissão na cerimónia de honra à bandeira

não nasceram para o artesanato) e que terminavam sempre na Tasca da Tinouca; o depósito no cofre nocturno do banco (onde a bolsa do dinheiro ficou presa e não entrava nem saía); o pão-com-chouriço oferecido ao Padre (ao invés de frango assado); as intermináveis mensagens no Whatsapp (que nos acordavam de madrugada); a licença para o fogo-de-artifício (que foi obtida horas antes do fogo começar); a incerteza da actuação do Zé Café e Guida (com quem só tínhamos falado uma vez, meses antes da festa); as noites em branco

a jogar às cartas (e a guardar o arraial); as famosas frases: “Não te preocupes, vai aparecer tudo feito” ou “isto é assim, porque o ano passado foi assim”. São histórias que ficam para contarmos mais tarde, mas o mais importante fica para a vida. Fica o respeito que sempre tivemos por todos e pela opinião de todos. Ficam as novas e restabelecidas amizades para sempre. Fica a ausência de desejos de protagonismo ou competições estéreis.

Montagem dos arcos

Fazer flores de papel

Montagem do palco

Fazer cordão de murta

Ornamentação dos arcos

Cozinha

Fica a noção que todos demos o que podíamos, sem esperar rigorosamente nada em troca. Fica a memória dos momentos bem passados e muito transpirados. Fica, acima de tudo, o orgulho e a alegria imensas de termos organizado esta festa. De termos sido festeiros. Obrigado a todos. Obrigado a todos os espíritos de festeiro, deste ou de quaisquer outros anos, que fazem com que esta tradição se mantenha.

Comissão de Festeiros de 1976


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. sociedade .

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Papa Francisco preocupado com refugiados

Misericórdia da Batalha avança com concurso

Novo lar nascerá na Batalha

Batalha em cimeira no Vaticano A Academia de Ciências Sociais da Santa Sé, instituição directamente dependente do Papa Francisco, vai organizar uma cimeira sobre a problemática do acolhimento dos refugiados na Europa, que terá lugar no Vaticano, nos dias 9 e 10 de Dezembro deste ano. Para este evento foram convidados os presidentes de municípios que tenham envolvimento directo nessa matéria, visando uma troca de experiências e de ideias sobre um assunto que está claramente na lista das prioridades do Papa.

Em representação de Portugal, está prevista a participação de Lisboa e também da Batalha, um dos municípios que acolheu famílias de refugiados e que, ainda recentemente, foi convidado para representar Portugal no Estados Unidos da América em missão de trabalho e troca de experiências sobre a integração de refugiados. Em nota enviada à comunicação social, o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, considera que “é uma enorme honra participarmos em tão simbólica iniciativa de Sua

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A Santa Casa da Misericórdia da Batalha vai avançar com a construção de um lar para idosos, junto ao seu Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas. O concurso já foi publicado a 19 de Agosto no Diário da República, data a partir da qual correm 21 dias para a apresentação de candidaturas à obra. O curso refere que será feita a beneficiação do edifício para acolhimento das cozinhas e lavandaria de apoio a valências sociais, ao nível do rés-do-chão, e edificação de 1.º piso para estrutura residencial de apoio a idosos, estimando como valor de empreitada a quantia de 1.060.000 euros.

Santidade o Papa Francisco e será uma oportunidade para conhecer melhor a realidade do acolhimento em outras cidades europeias”. O autarca refere ainda que “neste projecto solidário que o Município da Batalha abraçou há cerca de um ano, tem sido um trabalho muito gratificante e que envolve empresas, escola e instituições locais, para além da colaboração de inúmeros voluntários que todos os dias contribuem para o sucesso no acolhimento e integração destas famílias”.

Câmara reitera pedido ao Governo

Inaugurada este mês

Nova Casa de Velar em S. Mamede Foi inaugurada no passado dia 7 de Agosto a Casa de Velar de São Mamede, localizada junto ao Cemitério daquela freguesia. Trata-se de uma obra de grande importância material e de conforto, que passa a dotar as celebrações fúnebres com todas as condições e dignidade que as famílias merecem.

Qualidade, através do Laboratório de Ruído e Vibrações, apurou que as medições de ruído ambiente no Mosteiro da Batalha revelam valores muito acima dos permitidos por Lei para o local e que se devem integralmente à influência do trânsito na Estrada Nacional que passa em frente do Mosteiro. “Por essa razão, o Mosteiro da Batalha, Monumento Nacional e Património da Humanidade pela UNESCO, está a degradar-se a olhos vistos (situação mais visível na fachada principal do Mosteiro, frente à estrada nacional), para o qual tem contribuído o volume excessivo de trânsito de veículos pesados que passa pela estrada nacional, porque a alternativa criada – a A19 – não cumpre o objecti-

vo que justificou a sua construção, isto é, constituir uma alternativa ao troço da EN1 na zona frontal do Mosteiro”, frisa a edilidade. Segundo Paulo Santos, “a valorização e protecção do Mosteiro da Batalha, património nacional e classificado pela UNESCO, deve ser uma prioridade nacional e representa em termos locais um objectivo estratégico que o Município da Batalha está fortemente empenhado e disponível para investir recursos”. Mas para garantir a viabilidade de uma solução, é necessária “igual disponibilidade e apoio da parte do Governo e da Concessionária Infraestruturas de Portugal”.

DR

Na sequência do anúncio do Governo de 15% de desconto em algumas auto-estradas, sobretudo no interior do País e no Algarve, a Câmara da Batalha reiterou o alerta já enviado ao Governo para que também a A19, variante ao IC2 na Batalha, seja alvo destes descontos. Segundo nota da autarquia, o presidente Paulo Batista Santos lembrou ao ministro do Planeamento e das Infra-estruturas o “objectivo de minimizar no imediato os impactos ambientais existentes sobre o Mosteiro da Batalha, através da designada modulação de portagens na A19 (descontos e reduções no valor das portagens às viaturas pesadas) e uma intervenção preventiva no IC2/EN1 zona frontal do Mosteiro, através da redução da faixa de rodagem e a introdução de condicionamentos ao trânsito de pesados de mercadorias, para reduzir a velocidade e o fluxo de tráfego, factores principais de ruído e de vibrações que afectam a estrutura do Mosteiro”. A este propósito, a Câmara já se disponibilizou para colaborar na solução, uma vez que inscreveu no seu plano de acção de reabilitação urbana (PARU) o projecto de requalificação ambiental da frente do Mosteiro, estando o mesmo em apreciação junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região Centro. Recorde-se que um estudo realizado pelo Instituto de Soldadura e

DR

Batalha quer descontos na A19

Mais uma “Feira de Stocks”

Comércio anima a Batalha Mais uma iniciativa animou, nos passados dias 20 e 21 de Agosto, a Praça do Município, junto ao Auditório Municipal da Batalha. Tratou-se de mais uma edição da “Feira de Stocks”, evento do comércio tradicional local com a parceria do Município da Batalha e da ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós. Com cerca de 15 lojas aderentes e muito público a aproveitar os grandes descontos em calçado, têxteis, vestuário, ourivesaria e outros artigos, foi mais uma prova de que a dinamização de iniciativas em conjunto traz benefícios para todos.


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. sociedade . eclesial .

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Pároco da Batalha há 35 anos

No final da Missa recebeu flores

taram publicamente a sua homenagem ao aniversariante. Foi o caso do presidente do Município da Batalha, Paulo Santos, que o considerou um “bom homem, honesto, frontal e fiel aos seus princípios”, reconhecendo que “mesmo quando não concordamos, é evidente a sua preocupação em dar o melhor pela Igreja e pela sua paróquia”. O ex-director do Mosteiro da Batalha, Júlio Órfão, falou em nome dos amigos presentes e sublinhou a dedicação do “padre Zé” à paróquia, cuja obra mais

visível é o Centro Paroquial. Publicamos nestas páginas o núcleo dessa intervenção. No final, antes do bolo e do champanhe que chegaram para os cerca de 350 participantes no almoço, foi-lhe oferecido um livro com quase uma centena de páginas cheias de dedicatórias manuscritas por pessoas e instituições batalhenses, em agradecimento pela dedicação e ajuda espiritual que lhes deu durante as últimas décadas de sacerdócio. LMF LMF

O padre José Ferreira Gonçalves festejou, no passado dia 15 de Agosto, as suas Bodas de Ouro de ordenação sacerdotal. Várias centenas de fiéis da comunidade paroquial da Batalha, que serve há 35 anos, uniramse ao seu pastor na celebração eucarística e num almoço de confraternização. Tanto na homilia da celebração como num breve discurso, o padre José Gonçalves frisou que os frutos da sua vida sacerdotal são, sobretudo, dom de Deus e ajuda dos fiéis que com ele partilharam essa vida. “Nas três paróquias onde estive - Monte Redondo, Atouguia e Batalha sempre cheguei com medo, mas em todas Deus me mostrou que não vale a pena ter medo quando colocamos a vida nas suas mãos”, afirmou. “A comunidade é que faz as obras, não é o padre, e o motor é Deus”, concluiu. Embora “não muito adepto de homenagens” - segundo a comissão organizadora deste convívio, recusou “placas, lápides ou prendas vistosas” - aceitou “celebrar com os amigos que fazem parte da minha história sacerdotal e que contribuíram para que seja feliz, cinquenta anos depois da ordenação”. Vários amigos e representantes de instituições locais manifes-

LMF

Padre José festejou Bodas de Ouro Sacerdotais

No final do almoço recebeu um livro com dedicatórias

No próximo ano pastoral

Vigararias em peregrinação a Fátima No âmbito do segundo ano do biénio dedicado a “Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”, a Diocese de Leiria-Fátima apresentou já o calendário e o programa base para as peregrinações das vigararias ao Santuário de Fátima, que serão presididas pelo Bispo diocesano, D. António Marto. Neste biénio dedicado ao aprofundamento e maior vivência da mensagem de Fátima, estas peregrinações vicariais são momentos muito importantes que irão substituir a tradicional peregrinação diocesana no

5.º Domingo da Quaresma. A peregrinação da vigararia da Batalha será a 18 de Fevereiro. O programa geral, que será semelhante para todas as vigararias, é o seguinte: 16h30 – Encontro de formação sobre a Mensagem de Fátima, no Centro Paulo VI 18h30 – Celebração da Eucaristia, presidida pelo Senhor Bispo, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário 20h00 – Jantar partilhado no Albergue do Peregrino 21h30 – Oração do Rosário na Capelinha, seguida de pro-

cissão de velas 23h00 – Vigília de oração eucarística na Basílica de Nossa Senhora do Rosário A Diocese publicou, ainda, as seguintes recomendações: 1. O programa é uma proposta e cada vigararia pode concretizá-lo e adaptá-lo do modo que entender mais oportuno, tendo em conta a disponibilidade do Bispo e dos espaços do Santuário; 2. As peregrinações vicariais substituem os habituais encontros vicariais com a presença do Senhor Bispo, que na prática são realizados em Fátima; não have-

rá, em 2017, a peregrinação diocesana a Fátima no 5.º domingo da quaresma, retomando-se a tradição no ano seguinte; os peregrinos da Diocese são convidados a participar na peregrinação internacional de 12-13 de Maio; 3. No contexto do ano pastoral, atendendo a que de 1 a 13 de maio de 2016 houve a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima às vigararias, poderá haver iniciativas pastorais que ajudem a sensibilizar e motivar os fiéis para irem a Fátima com esta perspectiva que liga os dois acontecimentos: Nossa Se-

nhora veio-nos visitar a “nossa casa” e está connosco nas suas múltiplas imagens existentes nas nossas comunidades; mediante a peregrinação vicarial, vamos nós visitá-la à sua “casa”, ao seu Santuário em Fátima; 4. Com o programa proposto, para os fiéis estarem em boas condições físicas, não são de recomendar as peregrinações a pé nesta ocasião. Com a eventual excepção das paróquias vizinhas de Fátima, seria de preferir a viagem em autocarro, promovendo o espírito de peregrinação comunitária.


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. entrevista . sociedade . eclesial. .

Agosto de 2016

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Discurso de homenagem ao padre José paróquias por onde foi passando. Decorridos apenas três meses após a sua ordenação, é nomeado, em Novembro, coadjutor do pároco de Monte Redondo, de onde saiu em finais de Janeiro de 1971, por ter sido nomeado capelão militar. No entanto, foi de curta duração a sua passagem pelas forças armadas, dado que após conclusão do respectivo estágio foi dispensado desse serviço. É ainda no ano de 1971 que, por Provisão de 29 de Junho, é nomeado pároco da freguesia da Atouguia, onde se manteve cerca de nove anos, tendo deixado obra feita e gratas recordações, como recentemente me confidenciou um antigo presidente de Junta daquela freguesia. Seguiu-se a Batalha. Na sequência da Provisão datada 25 de Dezembro de 1980, é nomeado pároco da Batalha, terra acolhedora, sem dúvida, mas cuja relevância histórica e monumental lhe confere uma matriz sociológica diferenciada, constituindo a sua paroquialidade um desafio mais exigente. Posto isto, no próximo mês de Dezembro, se Deus quiser e os homens ajudarem, o P. José Gonçalves completará 36 anos à frente dos destinos desta paróquia. É obra… Enquanto pároco da Batalha, por Provisão de 2 de Setembro 1993, foi, temporariamente, encarregue da paroquialidade da Calvaria, mantendo-se esta situação até Fevereiro de 1994. Ao longo do exercício do seu múnus sacerdotal nesta paróquia, foi por diversas vezes vigário da Vara da Batalha.

José Ferreira Gonçalves nasceu a 7 de Abril de 1941 na bonita aldeia do Carregal, freguesia e concelho de Ourém, distrito de Santarém, mas diocese de Leiria. Foram seus pais Manuel Francisco Gonçalves e Arminda da Conceição Ferreira e, não obstante todas as dificuldades que na época se faziam sentir conseguiram criar, educar e encaminhar na vida, para além do José mais cinco filhos, três rapazes (um dos quais, o Joaquim, já faleceu) e duas raparigas. Concluído o ensino primário na escola situada à sombra das muralhas do castelo de Ourém, para onde se deslocava utilizando o meio de transporte mais em voga na época, ou seja a pé, o jovem José Gonçalves entra no Seminário diocesano, na Cova da Iria, em 15 de Outubro de 1952. Ainda hoje, do lado Sul do recinto do Santuário, podemos encontrar o edifício, funcionando agora como loja de artigos religiosos, onde se apresentou e começou a cimentar a sua vocação. Terminou o Curso do Seminário em 1966. A recepção das diversas ordens sacras foi sucedendo em curto espaço de tempo. A Tonsura (que na altura incluía abertura da coroa no cocuruto da cabeça) em 19 de Dezembro de 1964; o Subdiaconado em 23 de Janeiro de 1966; o Diaconado em 27 de Fevereiro de 1966 e a ordenação de Presbítero, em cerimónia presidida pelo então Bispo da diocese D. João Pereira Venâncio, na Sé de Leiria, em 15 de Agosto de 1966, faz hoje precisamente 50 anos, efeméride que justifica esta homenagem e explica a nossa presença aqui. Como todo e qualquer homem, acabada a formação, o P. José Ferreira Gonçalves inicia o seu sempre efémero peregrinar, assumindose como mais um factor actuante na feitura da história religiosa da Diocese e, com mais ênfase, das

LMF

Júlio Órfão

Enfim, um percurso de vida já longo e plenamente preenchido numa prática, posso testemunhar, que pretende louvar e honrar a Deus servindo e ajudando os homens. Conheço o P. Zé (é assim sem formalismos que o gosto de tratar o que me é permitido pela confiança e estima mútuas) há cerca de 30 anos, mas foi sobretudo a partir de 1992, ano em que assumi as funções de Director do Mosteiro, que o conheci melhor e se iniciou uma colaboração responsável e desinteressada, não apenas na gestão partilhada da Igreja do Mosteiro, mas também, como já referi, em algumas actividades da paróquia, designadamente no campo da música. Nesta gestão partilhada, por vezes com alguns escolhos pelo meio, sempre soubemos conjugar de forma elevada e digna a defesa dos valores religiosos inerentes a um espaço que funciona como igreja paroquial, com o direito que os cidadãos têm de o fruir enquanto património nacional e da humanidade. Homem prático, solidário, persistente desde cedo constatou a necessidade de criar condições adequadas para a prática religiosa e para o normal desenvolvimento das diversas actividades da sua nova paróquia. É, pois, com uma certa regularidade que vemos os diversos templos religiosos da paróquia serem bem recuperados e melhor conservados. Sem dúvida que é sobretudo o resultado do trabalho, da dinâmica e das convicções das diversas comissões fabriqueiras, mas

Mais de três centenas de pessoas participaram na homenagem

nas decisões está sempre presente a figura do pastor que aconselha e dá directrizes. É também neste contexto que, amadurecida a ideia, se desenvolve o polivalente Centro Paroquial, um das melhores e mais completas infra-estruturas paroquiais que conheço na região. Penso que é legítimo sentir orgulho numa obra que pode ser apontada como um dos emblemas dos 35 anos que já leva à frente dos destinos desta paróquia. É uma obra de grande utilidade, fundamentalmente vocacionada para serviço da paróquia, mas não só, e o P. José Gonçalves foi, sem dúvida, o maior responsável pela sua concretização. É, por assim dizer, o centro nevrálgico da paróquia, pois aí se desenvolvem praticamente todas as actividades relacionadas com o fervilhar da vida paroquial, desde logo a catequese, as múltiplas reuniões do grupo de jovens, da Conferência de São Vicente de Paulo, do grupo de acólitos de São Nuno Álvares Pereira, as festas da Santíssima Trindade, entre outras utilizações. Também o Agrupamento 194 dos Escuteiros da Batalha, fundado em 1964, o que faz dele um dos agrupamentos mais antigo da Diocese, aí tem a sua sede. Mais recentemente, o complexo foi enriquecido com a Creche/Jardim Mouzinho de Albuquerque, da Junta de Acção Social da Paróquia da Batalha, o que lhe confere um cariz marcadamente social e educativo. É no âmbito de realizações como estas que continuo a pensar e a repetir que as homenagens não se pedem, fica feio, também não se

rejeitam liminarmente, antes devem aceitar-se, com naturalidade, quando radicam no merecimento e no reconhecimento, como é o caso presente e a testemunhá-lo estão estas centenas de paroquianos e amigos aqui reunidos. Que continue, P. José Gonçalves, a ter saúde e forças pois todos sabemos que, como diz o texto bíblico, “a messe é grande e os operários são poucos” e, quando assim é, há que continuar até que a “alma nos doa”, mesmo quando o corpo parece já fraquejar. Pelas minhas contas, ao longo destes 50 anos, já celebrou cerca de dezanove mil missas e ainda a procissão vai no adro. E, certamente, também aqui entre os presentes poucos serão aqueles a quem, a eles próprios ou alguém da sua família, o P. Zé não tenha administrado algum sacramento. Concordo pois, e em absoluto, com aqueles que defendem que na comunidade eclesial, as obras materiais são muito importantes, mas sempre como meio para se chegar a Cristo, cumprindo a sua função ao proporcionarem as melhores condições a todos aqueles que são convidados e se disponibilizam a fazer essa caminhada. Caros amigos, vou terminar não sem antes partilhar com o P. Zé uma breve reflexão do escritor brasileiro Caio Fernando de Abreu e redigido, qual exame de consciência, após o seu autor ter cumprido mais uma etapa difícil da sua vida: “Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tudo tentado da maneira mais bonita que sei”.


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. sociedade .

Jornal da Golpilheira Agosto de 2016

“Miss Portugal” foi na Batalha Realizou-se na noite de 30 de Julho a eleição da “Miss Portugal” 2016, no Largo do Condestável, paredes-meias com o cenário inconfundível do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. A assistir estiveram largas centenas de pessoas, que muito aplaudiram o espectáculo. Ainda antes dos desfiles, actuaram os cantores Micaela Abreu, Guilherme Azevedo e a fadista Yolanda Soares. Participaram também, no decorrer desta gala, a dupla de bailarinos internacionais Hanna Karttunen e Victor da Silva. A grande vencedora deste concurso foi Cristiana Viana, de 19 anos, de Gondomar, que irá representar Portugal na competição “Miss Mundo”, a realizar em Washington, Estados Unidos da América (EUA), onde estarão

MCR

Mosteiro fez brilhar jovem de Gondomar

Momento da coroação

cerca de 130 concorrentes, no próximo dia 20 de Dezembro. O título de “Primeira Dama de Honor”, foi atribuído a Ana Bonfim, de 25 anos, da Região Autónoma

da Madeira. Esta concorrente foi também eleita “Miss Elegância” e irá representar o nosso País no “Miss Grand International”, em Las Vegas, EUA. O título de “Se-

gunda Dama de Honor” foi para Catarina Caldeira, de 20 anos, também da Madeira, que representará Portugal no “Miss Tourism International”, na Malásia.

A organização distinguiu ainda com o título de “Miss Desporto” Rafaela Lopes, de 16 anos, de Torres Vedras. A “Miss Fotogenia” foi para Catarina Monteiro, também de 16 anos, de Ourém. “Miss Popularidade” foi conquistado por Vanessa Sousa, de 19 anos, da Madeira. “Miss Talento” coube a Ana Batista, de 19 anos, de Grândola. Depois dos prémios entregues, registou-se um maravilhoso espectáculo piro-musical, que para além de assinalar este inédito evento na Batalha homenageou também a selecção portuguesa de futebol, que conquistou brilhantemente o Campeonato da Europa, em França. Não faltaram os temas “Que saudades eu já tinha da minha alegre casinha” e “We are the champions”. MCR

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. cultura .

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Agosto de 2016

XXXI Gala Internacional de Folclore O rancho folclórico “Rosas do Lena”, da Rebolaria, organizou a sua XXXI Gala Internacional de Folclore, no passado dia 6 de Agosto, integrada nas Festas da Batalha e contando com o apoio do Município, da Junta de Freguesia da Batalha, do comércio local e de outras entidades. Ao final da tarde, a recepção aos grupos foi feita nos Paços do Concelho da Batalha, presidida pelo seu presidente, Paulo Batista Santos, que deu as boas-vindas e distribuiu algumas lembranças a todos os grupos presentes. Seguiu-se o jantar, na sede do rancho anfitrião, muito bem servido e que a todos agradou. Cerca das 21h30, deu-se início à gala, tendo como palco o Largo do Condestável e como pano de fundo e cenário o majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Foi mais uma grande apresentação e demonstração do folclore nacional e internacional. O espectáculo começou com o grupo “Gaitilena – Gaiteiros da Batalha”, que abriu o apetite ao numeroso público presente, demonstrando que na nossa região a “Gaita de Foles” também é um instrumento a preservar. Seguiu-

Fotos: MCR / LMF

Uma noite de grande beleza

Grupo Folclórico “Anatolian”, da Turquia

se o rancho Rosas do Lena, que mais uma vez nos presenteou com um excelente espectáculo, onde se destacaram a dança coreografada do “Mioto” e o ancestral “Jogo do Pau”. O Grupo Etnográfico Rusga de “Joane”, de Vila Nova de Famalicão, demonstrou em palco a beleza das

suas danças e cantares. O Grupo Folclórico e Cultural da Boavista, de Portalegre, formado por dançarinos muito jovens, também nos mostrou toda a graciosidade das suas danças e cantigas populares. O Grupo Folclórico “A Rusga de Arcozelo”, de Vila Nova de Gaia, brindou-nos com

algumas modas rodadas que muito entusiasmaram o público. Brilhante actuação dos seus instrumentistas e cantadores. Cada um dos grupos folclóricos colocou em palco toda a beleza do folclore, o que mais nos identifica como portugueses, defendendo a nossa cultura, usos e costumes,

para que a nossa identidade nunca se perca. Mas houve também cultura de outros países. O Grupo Folclórico “Anatolian”, da Turquia, também formado por muitos jovens, actuou com muita harmonia e elegância. E, a encerrar, o Grupo Modeno, da Ilha do Príncipe, mostrou toda a beleza e sensibilidade dos seus cantares. A encenação de um nascimento foi um dos momentos mais apreciados, pela sua novidade e riqueza etnográfica. Todos os que assistiram a este grande espectáculo, gratuito, não deram o seu tempo por mal empregue. Está uma vez mais de parabéns o rancho organizador e todas as pessoas e entidades que contribuíram para este grandioso evento, presenciado por milhares de pessoas. Permitam-me que destaque aqui o empenhamento do presidente da direcção, José António, e por um dos mentores e impulsionadores deste grupo ao longo de várias décadas, o nosso “Nobel do Folclore” José Travaços Santos, homem não só do folclore, mas também historiador e da cultura em geral. Manuel Carreira Rito

Gaitilena – Gaiteiros da Batalha

Rancho Rosas do Lena

Grupo Etnográfico Rusga de “Joane”

Grupo Folclórico e Cultural da Boavista

Grupo Folclórico “A Rusga de Arcozelo”

Grupo Modeno, da Ilha do Príncipe


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. divulgação .

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. entrevista . . reportagem

Agosto de 2016

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Batalha cumpriu a tradição de Agosto

Grandes espectáculos

Dengaz

LMFerraz

que “mais de 20 empresas aproveitaram a oportunidade para promoveram os seus produtos”. Lembramos, ainda, em pré-cartaz, no sábado 6 de

The Gift

José Cid

LMFerraz

asseguraram a confecção de milhares de refeições servidas no recinto dos festejos”, bem como a 9.ª edição da Mostra das Actividades Económica, em

LMFerraz

de Xadrez que, no cômputo geral, reuniram mais de 500 atletas. A organização sublinha ainda “o forte envolvimento das associações concelhias, que

LMFerraz

Ao longo dos quatro dias 12 a 15 de Agosto, as festas da Batalha terão atraído à vila mais de 50 mil pessoas, segundo números apontados pela autarquia. Os principais responsáveis foram os cabeças-de-cartaz dos quatro serões, Dengaz, José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés. As duas últimas noites foram, sem dúvida de “casa cheia”, com o recinto “à pinha” e em verdadeira festa. Mas o programa contou com outras actividades, destacando-se na componente desportiva mais um Grande Prémio de Atletismo Mestre de Avis e a realização de Torneios de Futebol (Femininos e Masculinos) Inter-Freguesias e

LMFerraz

Mais de 50 mil pessoas vieram à festa

Xutos & Pontapés

Agosto, a Gala Internacional de Folclore (ver p. 11) Além de algumas fotos destes momentos mais significativos, nesta edição poderá encontrar vários

apontamentos sobre estes eventos e actividades, com destaque para a celebração do Dia do Município assinalado a 14 de Agosto.


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. reportagem .

Jornal da Golpilheira Agosto de 2016

Dia do Município O momento mais solene das festas de Agosto é a celebração do Ferido Municipal de 14 de Agosto, coincidente com a data histórica da Batalha Real que garantiu a independência nacional em 1385. Se foi a partir dessa data que nasceu a Batalha, poderá também dizer-se que foi aí que (re)nasceu Portugal e, mesmo, o mundo tal como o conhecemos. Esta universalidade esteve bem patente nas celebrações deste ano, em vários pormenores, como a presença e animação pela Filarmónica Estrela do Oriente, de Algarvia, Nordeste, ilha de São Miguel, Açores, a participação das famílias de refugiados Sírios que foram acolhidas no concelho da Batalha, e, sobretudo, a participação de muitos emigrantes batalhenses, bem como do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro. Após o hastear das bandeiras, pelas 10h00, o primeiro momento do dia foi a reinauguração do Posto de Turismo da Batalha, transformado num espa-

ço moderno e acolhedor, onde o espaço aberto e a luz são dominantes. Depois de, há cerca de um ano, a gestão deste espaço ter sido assumida pela autarquia, estas obras visaram dotá-lo de melhores condições de acolhimento e informação aos milhares de turistas que visitam a Batalha. A comitiva dirigiu-se, então, às Capelas Imperfeitas, ali ao lado, para a sessão solene do Dia do Município, presidida pelo vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza. “Não vamos fazer balanços do passado e anunciar metas futuras, mas sim agradecer àqueles que hoje contribuem para a construção do concelho e pedir façam ainda mais”, começou por referir o presidente da autarquia. E a primeira referência foi para a honra de o Mosteiro da Batalha ter recebido a classificação de Panteão Nacional pela Assembleia da República, o que motivou a atribuição de uma medalha municipal (ver caixa) e que vem “fazer justiça a uma reali-

Fotos: LMF

A Batalha que está no mundo

Vice-presidente da Assembleia da República presidiu à sessão

dade já consolidada pela história”. O discurso de Paulo Batista Santos dirigiuse, então, à diáspora e ao contexto actual das migrações, apontando o exemplo de acolhimento a duas famílias de refugiados, estando “na linha da frente” com a mesma disponibilidade com que tantos batalhenses foram outrora acolhidos noutros países, designadamente, a França. “Não ignoramos os que precisam”, referiu. E alargou os horizontes territoriais do con-

celho até “onde está um batalhense”, anunciando a criação de um Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE), a partir desse dia (ver caixa). Por fim, o presidente agradeceu “aos colegas autarcas e a todos os funcionários do Município por ajudares a fazer da Batalha “uma terra de gente simples, mas de grande coração e apostada em preparar as gerações do futuro”. Na intervenção que se seguiu, o secretário de Estado das Comunidades sublinhou a “feliz inicia-

tiva” da criação do GAE, referindo que o objectivo é “abrir portas ao diálogo dos municípios com os consulados de todo o mundo”. José Luís Carneiro apelou aos emigrantes que se inscrevam nos serviços de registo consular, de modo a “podermos saber onde se encontram e ajudá-los, sobretudo em situações de emergência”. A terminar a sessão, José Manuel Pureza agradeceu a distinção “não muito comum” do município à Assembleia da República e frisou que a enten-

Homenagem a D. João I Filarmónica dos Açores fez as honras musicais

Momento de inauguração do Posto de Turismo

Momentos de música lírica abrilhantaram a sessão

Famílias sírias acolhidas na Batalha

de como reconhecimento pelo bom serviço prestado. “Mas o povo é que é o maior sujeito político”, alertou vice-presidente do Parlamento, lembrando que a honra de panteão foi dada pelos túmulos dos reis, mas também pelo do Soldado Desconhecido, que “representa os anónimos de todos os tempos e de todas as batalhas pela liberdade”. Um último momento solene, ao final da manhã, foi a deposição de coroas de flores e honras militares ao túmulo de D. João I, na Capela do Fundador do Mosteiro. Os emigrantes voltaram a ser o centro das atenções, num almoço que reuniu cerca de três centenas de participantes no recinto de festas. O sentimento foi de convívio entre conterrâneos que apenas não residem na terra que os viu nascer. Isto porque “não há emigrantes, há portugueses”, como lembrava o deputado Carlos Alberto Gonçalves, na abertura do almoço. LMF


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. entrevista . . reportagem

Agosto de 2016

Câmara da Batalha vai ter Gabinete de Apoio ao Emigrante O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Santos, assinaram nesta sessão do Dia do Município da Batalha, um protocolo para a criação do Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE), um espaço que pretende oferecer acompanhamento aos cidadãos que saem ou querem regressar ao Concelho. À semelhança da Loja do Cidadão, este gabinete funcionará no edifício da Câmara e permitirá aos emigrantes tratar de assuntos como a Segurança

Assinatura do protocolo

Social, equivalência de estudos, investimentos, duplas-tributações, entre outros. Será um serviço gratuito, para residentes ou não em Portugal, bem como seus familiares. Este acordo de cooperação entre o Município da

Batalha e a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas “será mais um instrumento com o propósito estreitar as relações da Batalha com as redes da diáspora, informar os emigrantes dos seus direitos nos paí-

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Imagem do Município

Novo vídeo institucional

ses de acolhimento, apoiar no regresso em Portugal, contribuindo para a resolução dos problemas apresentados, de forma rápida, gratuita e personalizada”, considera o presidente da autarquia”. Ao mesmo tempo, visa “valorizar a dimensão económica e empresarial, através da relação com o Gabinete de Apoio ao Investidor na Diáspora”. Os GAE foram criados em 2002 e existem já em 118 municípios portugueses, assumindo um papel cada vez mais importante no atendimento aos emigrantes.

“Há batalhas que se travam todos os dias” é o título do novo vídeo institucional das Batalha, apresentado no Dia do Município. Com locução do conhecido actor batalhense Tobias Monteiro, o filme destaca o crescimento que o concelho da Batalha tem registado em áreas como a demografia, o turismo e o dinamismo económico, evidenciando a dinâmica da sua população. Pode ser visto na página do facebook da autarquia.

Medalhas de Mérito Na sessão solene, a Câmara da Batalha atribuiu as seguintes condecorações: - Medalha de Honra do Concelho da Batalha à Assembleia da República, pelos serviços relevantes prestados ao Município da Batalha, designadamente pela decisão unânime em reconhecer o Estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, de que resulta maior renome para o Concelho, maior beneficio e honra em especial para o Mosteiro. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Ouro ao padre José Ferreira Gonçalves, pelas Bodas de Ouro sacerdotais a 15 de Agosto deste ano, considerando que aos 75 anos de idade esteve os últimos 35 anos ao serviço da Paróquia da Batalha, assistiu e foi parte activa no percurso de vida cristã de diferentes gerações de batalhenses, tendo presidido a muitos dos seus sa-

cramentos, pelo seu percurso ligado à paróquia da Batalha, por ter vivido, enquanto pároco, diferentes e importantes fase da vida do concelho, com momentos que foram determinantes para o seu desenvolvimento económico, social e cultural. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Ouro Instituto Politécnico de Leiria, pelo trabalho de excelência ao nível do ensino e formação integral dos cidadãos, a investigação e a difusão do conhecimento e cultura, promovendo activamente o desenvolvimento regional e nacional e a internacionalização, valorizando a inclusão, a cooperação, a responsabilidade, a criatividade e o espírito crítico e empreendedor, também em colaboração com o Município da Batalha. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata ao ex-Presidente da Assembleia Municipal

da Batalha José Vieira dos Reis, a título póstumo, pelo serviço autárquico e excelência profissional, ligado a momentos determinantes da vida do concelho, marcando o seu mandato por uma postura íntegra, afável e colaborante, evidenciando uma notável capacidade profissional, e tendo-se revelado um exemplo de dedicação ao serviço público. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata ao deputado à Assembleia da República eleito pelo Círculo da Europa, Carlos Alberto Gonçalves, considerando o seu percurso parlamentar de entrega à causa das comunidades portuguesas, em que se tem frequentemente mostrado disponível para apoiar e participar nos Encontros de Emigrantes Batalhenses realizados anualmente em França e na Batalha, onde se revelam notórios os laços de proximidade e amizade que vêm sendo for-

talecidos junto da comunidade emigrante. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata ao director do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Joaquim José Pereira Ruivo, considerando que, no âmbito das suas funções como director do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, tem sabido criar e colaborar com o município numa notória dinâmica cultural do monumento, acolhendo e proporcionando diferentes projectos direccionados para diferentes públicos. - Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata ao director do Agrupamento de Escolas da Batalha, Luís Miguel Faustino Novais, considerando o Projecto Educativo criteriosamente desenvolvido e a disponibilidade para colaborar com o município em diferentes iniciativas, receptividade à execução de projectos conjuntos, que envolvem toda a

comunidade escolar, com destaque para a cooperação leal e competente que sempre colocou no processo de autonomia escolar e de descentralização que partilha com a Câmara Municipal da Batalha. - Medalha de Cultura e Mérito Desportivo - Grau Prata à Comissão Organizadora da 25.ª edição do jantar convívio dos Batalhenses em Paris, representada pelos senhores Rafael Matos e David Monteiro, considerando a sua disponibilidade para dar continuidade ao Encontro Anual de Emigrantes Batalhenses em França. - Medalha de Assiduidade e Bons Serviços a Ivone Ferreira Tomás, pelos 16 anos de serviço e dedicação ao Município da Batalha. - Medalha de Mérito, a título póstumo, ao colaborador Vítor Almeida, recentemente falecido.

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. desporto .

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Desporto nas festas de Agosto Integradas nos Festejos da Batalha de 2016, tiveram lugar no dia 15 de Agosto duas provas de atletismo. Foram a 9.ª Prova de Atletismo Batalha Jovem e o Grande Prémio Mestre de Avis, este com partida em São Jorge e meta na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha. Ambas tiveram o apoio do Município e da Junta de Freguesia da Batalha, Associação Distri-

tal de Atletismo de Leiria, Atletismo Clube da Batalha, entre outras. A primeira prova foi cronometrada pela ADAL e a segundapelo “Trilho Perdido”. Ambas foram muito concorridas e bem disputadas, a primeira por 82 e a segunda por 260 atletas. Apresentamos os primeiros classificados de ambas, nos vários escalões. MCR

Fotos: MCR

Manhã de atletismo na Batalha

Prova Batalha Jovem

Prova Batalha Jovem Benjamins “A” Femininos 1.ª – Rute Martins – C. Benfica Abrantes 2.ª – Lara Pereira – G. A. Caranguejeira 3.ª – Maria Morgado – C. Benfica Abrantes Benjamins “A” Masculinos 1.º – Gabriel Cunha – A. C. da Batalha 2.º – Bruno Caldeira – C. Benfica Abrantes 3.º – Tiago Dekie – G.A. da Caranguejeira

Um dos vencedores da Prova Mestre de Avis

Prova Mestre de Avis Geral Femininos 1.ª – Marisa Barros – S. C. Salgueiros 2.ª – Emília Kumós – S. L. Benfica 3.ª – Margarida Dionísio – A. C. R. Senhora do Desterro Geral Masculinos 1.º – Daniel Gregório – C. A. Seia 2.º – Pedro Arsénio – G. D. R. Reboleira 3.º – Samuel Freire – Sporting C. P. Seniores Femininos 1.ª Emília Kumós – S. L. Benfica 2.ª – Margarida Dionísio – A. C. R. Senhora do Desterro 3.ª – Alexandra Oliveira – G. A. Fátima Seniores Masculinos 1.º – Daniel Gregório – C. A. Seia 2.º – Pedro Arsénio – G. D. R. Reboleira 3.º – Samuel Freire – Sporting C. P. Juniores Femininos 1.ª – Manuela Martins – A. C. Vermoil 2.ª – Marta Calado – C. B. Abrantes 3.ª – Sara Roberto – Clube SEM Juniores Masculinos 1.º – Carlos Alves – A. C. Vermoil 2.º – João Navalho – C. B. Abrantes 3.º – Ruben Tibério – C. B. Abrantes

Realizou-se também uma caminhada

Masters Femininos (35 anos e mais) 1.ª – Marisa Barros – S. C. Salgueiros 2.ª – Vanda Ribeiro – GRECAS 3.ª – Fátima Silva – C. D. Póvoa Masters Masculinos (35-40 anos) 1.º – Jorge Robalo – C. A. Vale Figueira 2.º – André Ferreira – Boavista do Pico 3.º – Luís Gomes – G. A. Caranguejeira Masters Masculinos (40-45 anos) 1.º – Luís Rações – C. F. Os Belenenses 2.º – Narciso Fabião – A. C. Vermoil 3.º – Fernando Neves – G. D. C. Eirapedrense Masters Masculinos (45-50 anos) 1.º – João Vaz – C. C. D “O Alvitejo” 2.º – Domingos Barros – C. A. Olímpico Vianense 3.º – António Ferreira – Individual Masters Masculinos (50-55 anos) 1.º – Tozé Velha – G. D. 3 Santos Populares 2.º – José Durão – C. Benfica Abrantes 3.º – Alexandre Soares – Boavista do Pico Equipas: 1.º – Boavista do Pico – Açores 2.º – Grupo de Atletismo da Caranguejeira 3.º – Casa do Benfica de Abrantes

Benjamins “B” Femininos 1.ª – Magda Aleixo – C. Benfica Abrantes 2.ª – Eduarda Silva – Juv. Vidigalense 3.ª – Luísa Burguete – C. Benfica Abrantes Benjamins “B” Masculinos 1.º – João Batista – Triatlo Torres Novas 2.º – Tiago Gomes – A. Clube da Batalha 3.º – Rodrigo Martins - C. Benfica Abrantes Infantis Femininos 1.ª – Susana Santos – F.F. Paz Mundial 2.ª – Bárbara Dias – C. Benfica Abrantes 3.ª – Lara Duarte – C. A. Óbidos Infantis Masculinos 1.º – Pedro Monteiro – U. A. Povoense 2.º – Lourenço Ferreira – A. M. Atibá 3.º – Guilherme Silva – C. Benfica Abrantes Iniciados Femininos 1.ª – Sofia Duarte – C. A. De Óbidos 2.ª – Adriana Duque – C. Benfica Abrantes Iniciados Masculinos 1.º – Rafael Catita – C. Benfica Abrantes 2.º – Ruben Aleixo – C- Benfica Abrantes 3.º – Pedro Pedro – A. Clube da Batalha Juvenis Femininos 1.ª – Rita Camponês – G. A. Da Caranguejeira 2.ª – Matilde Dias – C. Benfica Abrantes Juvenis Masculinos 1.º Tobias Ferreira – B. V. Bombarral 2.º – Ricardo Batista – Triatlo Torres Novas 3.º – Gonçalo Heitor – C. Benfica Abrantes


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>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. entrevista desporto .

Agosto de 2016

Torneio “São Nuno de Santa Maria”

Atlético Clube Batalha

Batalha venceu o torneio masculino

3. Também no domingo, a final ficou por Batalha – 5/S. Mamede – 0. Foi um torneio disputado com muita correcção, onde imperou a cordialidade e a amizade de todos

os participantes. No final de cada jogo, foi oferecido pela organização um jantar a todos os participantes, nas tasquinhas instaladas no recinto de festas. A equipa da Batalha

foi uma justa vencedora deste torneio. Os prémios foram entregues no próprio domingo, depois dos jogos, pelo presidente e vereadores do Município. MCR

Torneio “D. Filipa de Lencastre” Também no programa das Festas da Batalha, as mulheres das quatro freguesias do concelho disputaram entre si o Torneio “D. Filipa de Lencastre”, em futebol de 7. Foi na manhã do dia 15 de Agosto, no campo municipal. Apesar do calor, os jogos foram bem disputados, com muito “fair play”. Os resultados foram os seguintes: Batalha – 1/Reguengo do Fetal – 1 e, nas grandes penalidades, Batalha – 3/ Reguengo Fetal – 1; Golpilheira – 8/São Mamede – 0. No apuramento do 3.º e 4.º lugares: Reguengo do Fetal – 6/São Mamede – 1.

MCR

Mulheres também deram bola

Golpilheira venceu o torneio feminino

A final ditou um Golpilheira – 3/Batalha – 0. Vitória justa da equipa

da Golpilheira, que marcou 11 golos e não sofreu nenhum. Os prémios fo-

ram distribuídos após o final do último encontro. MCR

“Trilhos do Reguengo” O Atlético Clube Batalha, com apoio da Junta Freguesia do Reguengo Fetal e da Casa do Povo do Reguengo, organiza no dia 4 de Setembro, pelas 09h30, a 1.ª edição dos “Trilhos do Reguengo” que consiste em duas provas: Trail de 15 km e uma caminhada de 8 km, com partida e chegada na zona histórica da Vila do Reguengo Fetal (Largo da Praça da Fonte). A prova realiza-se na sua totalidade em trilhos e caminhos da freguesia de Reguengo Fetal, atravessando locais emblemáticos de beleza paisagística singular como a Pia da Ovelha, Buraco roto, Malhadouro, Cabeças Moinhos, Cabeço Maúnças, Lugar da Pena, Escarpa de Falha do Reguengo do Fetal. As inscrições devem ser feitas até 28 de Agosto, com limite de 200 atletas no Trail e 150 na caminhada. A idade mínima para participar no Trail é de 18 anos e na caminhada 9 anos.

Torneio com 41 participantes

Xadrez nas Festas da Batalha Cerca de 41 participantes, desde crianças a adultos, estiveram a disputar o torneio de xadrez inserido no programa das festas da Batalha. O Concelho esteve representado pela Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco e pelo Agrupamento de Escolas, sendo alguns xadrezistas da Golpilheira. Como relata a professora Fátima Gaspar, “é com orgulho que damos os parabéns a todos os participantes e clubes representados pelo excelente desempenho! O mérito foi evidente, pois até os pequenos jogadores iniciados pontuaram e tiveram a coragem de enfrentar adversários muito experientes na modalidade e de escalões etários muito superiores”. Em destaque, por ordem de classificação: ACDRS - Joana Pires (1.º lugar), Augusto Rente e Patrícia Cunha; Golpilheira - Afonso Rente (1.º lugar), Guilherme Cerejo; Centro Escolar - Enzo Santos (1.º lugar), Martim Paulino; Reguengo do Fetal - Francisco Gomes (1.º lugar), Rodrigo Valério; 3.º CEB/Secundária - Simão Soares (1.º lugar), Laura Vieira. “O importante é continuar a jogar.... e a aprender ainda mais! Foi, sobretudo, uma grande grande lição de vida!”, conclui Fátima Gaspar. E salienta a importância desta modalidade “no desenvolvimento de competências-chave na criança, que permitirão a obtenção de melhores resultados escolares, pois a jogar as crianças desenvolvem competências cívicas e capacidades intelectuais”. DR

MCR

Quatro freguesias em campo O VIII Torneio de Futebol Inter-Freguesias, organizado anualmente pelo Município da Batalha no âmbito das Festas de Agosto, conta com a colaboração e participação das freguesias do concelho: Batalha, Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede. Realizou-se mais uma vez no campo municipal da Batalha, nos passados dias 13 e 14 de Agosto. No sábado, registaramse os seguintes resultados: Golpilheira – 1/S. Mamede – 2; Batalha – 3/Reguengo do Fetal – 1. No domingo, para o 3.º e 4.º lugares: Golpilheira – 2/Reguengo do Fetal – 2 e, nas grandes penalidades, Golpilheira – 1/Reguengo do Fetal –

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CONSTRUÇÕES


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. divulgação . temas .

Agosto de 2016

Na Rebolaria

Noite de música de dança “Bye Bye Summer” é o nome da noite de música de dança que acontecerá no próximo dia 2 de Setembro, no salão de festas do Centro Recreativo da Rebolaria, a partir das 22h00. O evento conta com nomes como o organista Luiz Music e os DJ K. Miranda, AC e Miguel, este último natural da Golpilheira e que festejará nessa noite o seu 20.º aniversário. A sessão tem entrada livre e está integrada nas festas do Centro Recreativo da Rebolaria que decorrem nesse fimde-semana.

. combatentes .

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Combatentes portugueses que, mais tarde, também foram legionários O mês de Julho foi pródigo para os portugueses em acontecimentos positivos de cariz desportivo (futebol: campeões europeus; atletismo: várias medalhas, incluindo 3 de ouro; hóquei em patins: campeões europeus), os quais ajudaram a que a generalidade do nosso povo andasse com o ego um pouco mais em alta durante uns bons tempos. Estas vitórias dariam matéria para um bom artigo, mas, apesar disso, optámos por abordar um outro assunto que, cremos, também não deixará de despertar a atenção dos nossos leitores. Vamos a ele: Recordemos que a França, no rescaldo da II guerra mundial, foi um dos países que mais devastado ficou, designadamente, em termos de perdas de vidas humanas. Assim, para fazer face à escassez de mão-de-obra, este país abriu as suas fronteiras a emigrantes e de Portugal acolheu muitas dezenas de milhares, grande parte deles combatentes do ex-ultramar que, regressados de África e sem quaisquer perspectivas de futuro no nosso país, para ali foram tentar governar a vida. A partir de 1970, a necessidade de mão-de-obra em França já era bem menor, mas, mesmo depois desta data, milhares de outros combatentes continuaram a seguir o mesmo rumo. Só que, sendo já mais reduzidas as suas oportunidades de trabalho, uma das formas de muitos se “desenrascarem” foi alistarem-se na Legião Estrangeira Francesa. Afinal, já tinham preparação militar e experiência de combate; tinham conseguido escapar à morte em África e podia

ser que a “sorte” os continuasse a proteger. Calcula-se que se terão alistado mais de 2.000 portugueses, cumprindo um ou mais contratos (5 anos cada), até se desvincularam e irem continuar a sua vida por outras paragens. O que muitos destes legionários não saberão é que o governo francês tinha, para eles, um sistema de compensações bastante aliciante, mas de que ainda hoje não usufruirão, uns por falta de informação, outros por desleixe, etc. Ora, em especial com o objectivo de ajudar estes seus companheiros a recuperarem tais direitos, um grupo desses legionários portugueses, entretanto regressados à Pátria, decidiram fundar a Associação de Veteranos da Legião Estrangeira Francesa em Portugal (AVLEFP). Para melhor compreensão destes seus objectivos, passamos a transcrever o seguinte texto, que nos foi facultado pelo Presidente da sua Direcção e com quem temos todo o gosto em colaborar nesta demanda: “Caros amigos e/ou colegas legionários, Muitos de nós temos direitos adquiridos durante o serviço prestado na Legião Estrangeira. Cada um deve poder recuperar os direitos que são seus e, eventualmente, ainda não foram reconhecidos pelo Estado Francês. Para que a Associação e eu próprio vos possamos ajudar, é necessário proceder ao estudo do processo de cada um, o que só pode ser feito com a vossa colaboração. Assim, os interessados devem enviar-nos uma fotocópia

do seu atestado de serviços prestados (Attestation des services accomplis – service militaire), também chamado ESS – Etát signalétique des services. Caso não possuam o ESS, podem enviar, por escrito, os elementos relativos ao serviço na Legião, às campanhas em que participaram (operações OPEX, Compagnie tournante, afectações, etc.) e nós tentaremos fazer tudo o necessário para que cada um possa pedir o seu ESS ao 1.º Regimento, tratando-se de cidadãos portugueses. Nos casos de dupla nacionalidade, o pedido será feito aos Arquivos Nacionais de Pau (Centre des Archives du Personnel Militaire de Pau – CAPM). Os nossos direitos de antigos legionários são: Cartão de Combatente – Reforma de Combatente – Título de Reconhecimento da Nação (Titre de reconnaissance de la nation – TRN) – Irantec (Retraite complementaire publique), para quem tem menos de 15 anos de serviço. O reconhecimento, pelo Estado Francês, de qualquer destes direitos, resultará sempre numa melhoria financeira. Conto com todos para colaborarem neste esforço de melhoria de condições dos antigos legionários. O Presidente da AVLEFP, Rafael de Matos Maurício.” Terminamos com a informação de que esta associação tem a sua sede na Rua da Portela, 2-A, Pia do Urso, 2495031 São Mamede, os telefones 926395551 e 926158741 e emails rafaeldapia@gmail. com e cabral.aurelio@hotmail.fr.

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Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira! Telefona para o 965 022 333 ou manda um email para Lmferraz@iol.pt


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. temas .

Agosto de 2016

.saúde.

Cap Magellan

Leiria juntou jovens portugueses “de cá e de lá”

Fisioterapeutas ração pré-operatória e bronquiolites (nas crianças com este problema, é um procedimento muitas vezes recomendado). A reabilitação de doentes do foro neurológico corresponde a um grande volume de trabalho destes profissionais. Assim, doentes com AVC, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, lesões medulares, paralisia facial, entre outros, beneficiam muito do acompanhamento pelos fisioterapeutas. A sua reabilitação é, em grande parte, devido ao esforço e dedicação destes técnicos de saúde. Já referida na reabilitação respiratória, o trabalho destes profissionais com crianças é muito importante. Eles intervém desde o nascimento (por exemplo com os bebés prematuros) até à adolescência. O objectivo é assegurar um óptimo neuro-desenvolvimento (tendo em conta o movimento, coordenação, postura,…) em crianças com condições especiais, como paralisia cerebral, torcicolo congénito, escoliose entre outros problemas mais ou menos graves. Nos ginásios e clubes desportivos, o acompanhamento por parte destes profissionais garante o desenvolvimento de uma actividade física segura, com planos de prevenção de lesões e aconselhamentos de postura, melhorando a performance do atleta e contribuindo para a sua reabilitação, no caso de lesões. Uma outra área da fisioterapia é a actuação nas lesões relacionadas com o trabalho. Pode actuar nas empresas, avaliando a rotina de trabalho de forma a prevenir problemas físicos, consequência de movimentos repetitivos ou más posturas. De um modo preventivo podem ser elaboradas sessões de esclarecimento sobre ergonomia, adequação do local de trabalho, sessões de ginástica laboral, entre outros. De um modo geral, toda a população pode beneficiar, em algum momento da sua vida, destes profissionais de saúde. Reeducação postural global, disfunção temporo-mandibular, obesidade e estrias são outras áreas onde estes profissionais podem actuar para ajudar a manter a saúde na comunidade.

Fundada em Paris, a 24 de Novembro de 1991, a Associação Cap Magellan é a maior associação de jovens luso-descendentes e franceses lusófilos, tendo em comum a vontade de promover a cultura e língua portuguesas e de manter laços fortes entre a França e Portugal. Associação pioneira, deseja chamar a atenção para as vantagens de uma cultura e de uma língua internacional no seio de uma sociedade em plena mutação, e reflectir um Portugal em movimento, para a Europa e o espaço

lusófono. Pelo 2.º ano consecutivo, a Cap Magellan organiza, à margem da sua campanha de segurança rodoviária, um Encontro de Jovens “Portugueses de lá, Portugueses de cá”. Este evento é destinado aos jovens, com idade entre 18 e 30 anos, com um programa curto e informal mas suficientemente denso e enriquecedor ao nível das trocas de experiência dando a conhecer a cada um dos presentes o seu país de origem, a sua história, costumes e tradições, providenciando ao

mesmo tempo, momentos de lazer e intercâmbio cultural. O objectivo é de favorecer o intercâmbio entre jovens portugueses residentes em Portugal e jovens portugueses “de fora” de Portugal. A cidade de Leiria foi a escolhida para a edição deste ano, no passado dia 13 de Agosto. Durante o dia houve encontro e debate de ideias e, à noite, houve festa com os milhares que se juntaram no “LeiriaDancefloor”, no Estádio Municipal.

.vinha. José Jordão Cruz Engenheiro Téc. Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Casta Gamay Esta casta de uvas tintas existe em França, pensa-se , desde o século III. Existe a Gamay branca, a griz e a cinza. É uma das castas mais antigas do mundo, muito utilizada na zona de Côte d’Or . Em algumas zonas de França, esta casta é misturada com a conhecida Pinot Noir. O solo arenoso, rico em ardósia, no Norte de França, região de Beaujolais, oferece as condições ideais para a uva Gamay. Também o solo do Sul é propício à uva Gamay. A Pinot Noir também se cultiva no nosso país, sobretudo no Alentejo e Algarve, com uma área já considerável, não se sabendo no momento quantificar a sua área de cultivo. Em Portugal, é usada para vinhos em combinação com outras castas. A mistura das uvas da casta Gamay com as uvas da

DR

Ana Maria Henriques Médica Interna

O fisioterapeuta é um profissional de saúde que actua na recuperação, reeducação, reabilitação e prevenção de incapacidades e dificuldades originadas por problemas musculares, articulares, cardiovascular, respiratório e neurológico. O seu objectivo é o de desenvolver e atingir a máxima capacidade funcional e qualidade de vida dos utentes. Estes profissionais obtêm uma licenciatura que os capacita para uma análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas nos conhecimentos adquiridos sobre a estrutura e funcionamento do corpo. O fisioterapeuta é um técnico de saúde que pode trabalhar em diversos locais, como clínicas, centros de saúde, hospitais, lares e outras instituições, clubes desportivos, empresas, entre muitos outros. Estes técnicos utilizam técnicas de manipulação terapêutica das articulações e cadeias musculares, cinesioterapia respiratória, aplicação de calor e frio, hidroterapia (terapia com água), massoterapia (terapêutica com massagens), linfoterapia (drenagem linfática manual), entre outras. Utilizam também máquinas que auxiliam no seu trabalho como a electroterapia, ultra-sons, ondas curtas, laser, ondas de choque, magnetoterapia, etc. A fisioterapia pode ser útil em diferentes idades e pode ajudar a resolver problemas muito diferentes. Assim, a face mais conhecida desta ciência é o trabalho nas lesões músculo-esqueléticas. Estas são lesões dos músculos, tendões e articulações que são normalmente causadas por acidentes e podem manifestar-se unicamente por dor ou desconforto. Nesta vertente da fisioterapia é elaborado um plano de exercícios físicos específicos e adequados a cada utente e exercícios de reabilitação quando já existe uma lesão instalada. A fisioterapia respiratória promove a expansão pulmonar, aumenta a força dos músculos respiratórios e elimina secreções, sendo assim um meio de terapêutica e de prevenção de recorrência de dificuldades respiratórias. Está muitas vezes indicado em doenças como a DPOC, asma, prepa-

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casta Pinot Noir dá o vinho que se chama “Passetoutgrain”, um vinho muito pouco conhecido do público português. Só os especialistas o conhecem. Esta casta de uvas também se cultiva na Suíça, ocupando uma área de cerca de 15%, sendo a segunda casta mais utilizada neste país. Na África do Sul, Itália, Califórnia e Canadá, também é cultivada, podemos dizer que há poucas vinhas, mas as que há são áreas grandes. Não sabemos qual o portaenxerto, “americano”, que melhor afinidade tem com esta casta. Todavia, pensamos que qualquer um se adapta, com mais ou menos sucesso. Tratando-se de seres vivos, o sucesso da enxertia também é influenciado pelo ano, tempo me-

teorológico, temperatura, etc.. O mesmo acontece com as pessoas: há anos em que sofremos com as mudanças brusca de temperatura e, com o aumento das temperaturas a verificarem-se todos os anos, é certo que se deve começar rapidamente a estudar e ensaiar plantas resistentes aos ventos de mudança, etc. A uva Gamay dá origem a vinhos mais ácidos, com aroma de frutas, pouco tanino e álcool. A cor é vermelho rubi, tendendo ao azul. Esses vinhos são melhor apreciados jovens e frescos. O vinho desta casta, o vinho Beaujolais Nouveau, é colocado no mercado com a idade de apenas dois meses.

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. livros .

Agosto de 2016

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Paulus Editora . Espiritualidade

Fenómenos extraordinários dos místicos e santos Paola Giovetti Levitações, bilocações, jejuns prolongados durante meses ou anos, estigmas, profecias, visões e muitos outros ainda são fenómenos típicos da mística de todos os tempos: acontecimentos aparentemente incríveis, mas tão bem documentados e testemunhados que não permitem dúvidas sobre a sua realidade. Neste livro, estes fenómenos são apresentados, enquadrados e discutidos com grande riqueza de exemplos e testemunhos. O resultado é um quadro surpreendente e maravilhoso que evidencia a marca sobrenatural do misterioso diálogo dos místicos com o Senhor. Trata-se de uma leitura envolvente, que suscita curiosidade e surpresa, mas que abre novos horizontes sobre este tema.

Pier Giorgio Frassati - Um jovem

segundo o Evangelho Michele Aramini Pier Giorgio Frassati viveu apenas 24 anos, mas o suficiente para ser modelo de santidade para os jovens. Nasceu em 1901, em Turim, Itália, no seio de uma família da alta burguesia. Dotado de várias qualidades humanas, simpatia, amigo de todos, alegria interior, pureza de coração, a partir dos 18 anos procurou viver intensamente os valores evangélicos a ponto de se tornar verdadeiro discípulo de Cristo e testemunha de uma fé profundamente enraizada na amizade com Cristo. Foi beatificado em 1990 por João Paulo II. Este livro é ilustrado a cores.

Louvado sejas, Senhor Cânticos do Renovamento Carismático (Livro com CD gratuito ) Colectânea de cânticos do Renovamento Carismático interpretados pelo Grupo do Renovamento Carismático de Lisboa. A colectânea foi escolhida pelo próprio grupo com a finalidade de servir ao louvor do Povo de Deus, seguindo uma lógica celebrativa, com cânticos de acolhimento, perdão, escuta, comunhão, adoração, louvor e ainda de devoção mariana. Estes cânticos estão especialmente destinados ao Movimento do Renovamento Carismático, mas podem ser escutados em retiros, momentos de oração, encontros paroquiais e de catequese, etc.

Papa desafia jovens a serem Doutrina Social em acção

Foi apresentado nas Jornadas Mundiais da Juventude, na Polónia, o DOCAT, o mais recente título da colecção YOUCAT. À semelhança dos títulos anteriores, a PAULUS Editora é a distribuidora oficial para a língua portuguesa deste novo volume que aborda a Doutrina Social da Igreja numa linguagem jovem, acessível e dinâmica. O Papa Francisco diz no prefácio que «com a força do Evangelho, podemos mudar realmente o mundo». O sonho do Papa é que esta mudança aconteça pelas mãos dos jovens. «Eu espero que um milhão de jovens, mais ainda, que uma geração inteira seja, para os seus contemporâneos, uma doutrina social em movimento», diz o Santo Padre. Para Francisco, «o mundo só

mudará quando homens com Jesus se entregarem por ele, com Ele forem para as periferias e para o meio da miséria». O Papa Francisco desafia todos os jovens a irem para a política e a lutar pela justiça e pela dignidade humana, sobretudo dos mais pobres. «Um cristão que não seja revolucionário neste tempo, não é cristão», diz o Santo Padre. O DOCAT é uma tradução popular da Doutrina Social da Igreja Católica, tal como foi desenvolvida em importantes documentos desde Leão XIII. São especialmente os jovens que se devem sentir interpelados para lerem os grandes documentos da Igreja no seu texto original e orientarem a sua acção segundo as máximas da verdade, da justiça e

do amor. O DOCAT estará disponível em mais de 30 línguas e conta também com uma APP que transmite a Doutrina Social da Igreja de uma forma divertida. O Papa Francisco vai oferecer o DOCAT a todos os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude. Um gesto que é o ponto de partida para uma campanha juvenil à escala global: «Faz parte do sonho do Papa.» Um sonho em que os jovens serão a Doutrina Social em acção. «Ponde-vos, portanto, vós mesmos em movimento. Se muitos colaborarem nesta acção comum, então as coisas irão melhorar neste mundo e os homens poderão sentir que o Espírito de Deus age através de vós», desafia o Santo Padre. A edição portuguesa do DOCAT estará disponível a partir de Setembro em www. paulus.pt, nas PAULUS Livrarias e nas melhores livrarias nacionais.

Doutrina Cristã - escrita em diálogo para ensinar os meninos Marcos Jorge, sj

O presente livro resgata um catecismo clássico, escrito no século XVI. Foi provavelmente o catecismo escrito em português de maior sucesso de todos os tempos: teve inúmeras edições em português ao longo dos séculos (a primeira foi em 1566; a última, no principio do século XX), e foi traduzido para tupi (Brasil), congolês, latim, konkani e malabar (Índia), chinês e japonês (houve quatro edições no Japão entre 1592 e 1600). Embora esta Doutrina tenha linguagem muito simples, é teologicamente muito rica e profunda. Contém introduções e notas do professor José Miguel Pinto dos Santos.

Menino do Lapedo: Sol e Lua

Querido Mundo, como estás?

Joaquim Santos Ilust.: Antunes da Silva Inforletra

Toby Little Quinta Essência

Quando, em 1998, o estudante universitário leiriense Pedro Ferreira encontrou umas pinturas rupestres numas rochas no Vale do Lapedo, em Santa Eufémia, estava longe de imaginar que iria levar a uma das descobertas arqueológicas mais importantes a nível mundial neste final de século: o esqueleto completo de uma criança com cerca de 25 mil anos, no que seria o primeiro túmulo do Paleolítico Superior encontrado na Península Ibérica. Alvo do interesse da comunidade científica, o Menino do Lapedo despertou também o interesse do escritor e jornalista leiriense Joaquim Santos, que fez “ressuscitar” o menino para protagonizar uma bonita história familiar. Uma interessante forma de contar e divulgar a História, numa leitura agradável e, ao mesmo tempo, cheia de pormenores de interesse sobre este tema.

Este ano vais ser o melhor aluno – ‘Bora lá? Jorge Rio Cardoso Guerra e Paz Editores | Clube do Livro SIC Estudar é, para ti, uma actividade altamente secante? A escola e as aulas andam a dar-te cabo da paciência? Os teus pais não param de te atormentar? Os professores só te repreendem? Então este livro é para ti! Estudar não tem de ser um martírio. Este livro apresentate as técnicas necessárias para poderes ser o melhor aluno, ajudando-te a fazer do estudo uma actividade aliciante, e sem deixares de ter tempo para te divertires com os teus amigos. É tudo uma questão de método e de organização. ‘Bora lá? Do 2.º ciclo ao fim do ensino secundário, tens aqui dicas para descobrires soluções para as dificuldades que vais ter na tua vida de estudante.

Em Junho de 2013, Toby Little, um menino de cinco anos, ia a caminho de casa depois da escola e a pensar no longo verão que tinha pela frente. Em vez de sonhar com viagens ao estrangeiro, andara a ler um livro, Letter to New Zealand, escrito por Alison Hawes, onde a autora explica o que acontece na viagem de um envelope desde Inglaterra até ao outro lado do mundo. Quando se aproximavam de casa, Toby perguntou à mãe se também podia escrever uma carta à Nova Zelândia. Depois de mais alguns passos, teve uma ideia ainda melhor. «Posso escrever uma carta a todos os países do mundo?» Um livro que mostra que o mundo é tão grande como a nossa imaginação e está cheio de potenciais amigos à espera de serem descobertos, estejamos onde estivermos.

Massa Fresca - Livro 1: Confia na Vida Sara Rodi e Susana Tavares Oficina do Livro Depois de conquistar muitos adolescentes e jovens pela televisão, a série “Massa Fresca” apresenta-se agora em livro. Escrito por Sara Rodi e Susana Tavares, este livro vai ajudar a reviver todas as aventuras de Maria Miguel e os irmãos Elias. «Confia na vida... Ela premeia sempre os corajosos», era o que a mãe lhe dizia. Foi a pensar nestas palavras que, nesta história, a Maria se lança de mota contra um carro, para proteger dois irmãos que estavam na estrada. Assim conhece o Simão e a Leonor, e, mais tarde, a Catarina, o Salvador e a Teresinha, os cinco filhos do casal Elias. E conhece também o Francisco, o charmoso tio das crianças. Nada será como dantes…


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. história .

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.história. Miguel Portela Investigador

Francisco da Silva, pintor de brutesco na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche: da atribuição à contratualização - Contributo documental inédito Nas primeiras décadas do século XVIII, a região de Peniche evidenciou-se pelas várias empreitadas artísticas que foram levadas a efeito nos muitos edifícios religiosos que compunham essa vila, tendo aí afluído um conjunto significativo de artistas, - pedreiros, aparelhadores, entalhadores, pintores, escultores, azulejadores, entre tantos outros (PORTELA, Miguel, “Uma oficina de entalhadores em Serra d’El-Rei no século XVIII. Contributo para o estudo da obra de Luís Correia, mestre entalhador da tribuna da Igreja Matriz de Maiorga - parte I”, Cadernos de Estudos Leirienses- 8, Editor: Carlos Fernandes, Textiverso, 2016, pp. 287-303; PORTELA, Miguel, “Francisco dos Santos, mestre dos azulejos da Igreja de S. Sebastião de Peniche: da atribuição à contratualização - Contributo documental inédito”, Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XX, Edição 228, junho - 2016, p. 25; PORTELA, Miguel, “Manuel da Silva mestre dos azulejos da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche. Contributo documental inédito”, O Figueiroense, Edição compartilhada com O Ribeira de Pera, Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, N.º 24, 16 de julho de 2016, pp. 8-9). A igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche evidenciase nesse enquadramento tendo beneficiado nas primeiras décadas do século XVIII de importantes obras de cariz artístico, sobretudo no que concerne à execução de um retábulo principal e outros laterais em talha dourada, assim como à pintura do tecto dessa igreja. Atribuição da pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche No que respeita às pinturas setecentistas executadas nas igrejas de Peniche, Flávio Gonçalves, nos anos 80 do século XX, constatou: “Na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, acha-se precariamente conservada a pintura do tecto ou forro que cobre a nave e o coro – pintura efectuada em 1719. O seu autor, que nenhum documento conhecido identifica, pintou também, em Peniche, o tecto da nave e coro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, o que se deduz da íntima conexão estilística das duas obras. Tectos, ambos, de madeira, em forma de abóbada de meio canhão, inundam-nos pletóricos ornatos naturalistas, entre os quais emerge, ao centro, uma composição figurativa.” (GONÇALVES, Flávio - “As obras setecentistas da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche e o seu enquadramento na arte portuguesa da primeira metade do século XVIII”, Separata do Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, II Série, N.º 89, 1.º Tomo, Lisboa, 1983. In Arte em Portugal II, Instituto de História de Arte, Faculdade de Letras do Por-

to,1984, pp. 37-38). Anos mais tarde, Vítor Serrão, na sua obra História da Arte em Portugal - O Barroco, seguindo a mesma interpretação refere ter sido a pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche executada pelo pintor Pedro Peixoto, em 1705, afirmando também, que a pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche foi executada pelo mesmo pintor, em 1719 (SERRÃO, Vítor, “ A fortuna do «Brutesco Nacional»”, História da Arte em Portugal - O Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003, pp. 60-61). Em 2006, Vítor dos Reis, na sua tese de doutoramento atribui a obra da pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição ao pintor Pedro Peixoto, propondo 1705, como o ano da sua execução (REIS, Vítor Manuel Guerra dos, O Rapto do Observador: Invenção, representação do espaço celestial na pintura de tecto em Portugal no século XVIII, Lisboa, 2006. Texto policopiado. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2 vols, Apêndice, p. 92). Neste contexto, e de acordo com os referidos autores, a pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche são atribuídas ao pintor Pedro Peixoto, que as terá executado em 1705, segundo Vítor Serrão e Vítor dos Reis, ou em 1719, de acordo com Flávio Gonçalves. Francisco da Silva (de Oliveira) pintor de brutesco Sabemos agora, que em 16 de outubro de 1714, foi lavrada em Peniche uma escritura de con-

trato e obrigação entre os oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Peniche e Francisco da Silva de Oliveira, mestre pintor, morador no Reguengo Grande para a execução da pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche (doc. 1). Através desta escritura reconhecemos que “os dittos officiais da Confraria de Nossa Senhora da Conseisão mandaram por em pregão a obra da igreija da dita Confraria no que respeitava a obra da pintura do tetto da ditta igreja e os seos frontepicios para se remattar a quem menos dese”. Pretendiam os confrades que fosse executada “hua trage no meio acompanhada de brutesco revestida com alguns rapazes donde os pedir com seu fillete dourado e na targe a Assunsam de Nossa Senhora e no frontepicio do arco um panel de Sam Sebastião”. Francisco da Silva (de Oliveira) comprometeu-se “a dar a ditta obra acabada the a terseira semana da Quaresma”, do ano de 1715, ou seja, decorreu a obra entre outubro de 1714 e a Quaresma de 1716. Percebemos também, através desse contrato, que esta obra fora arrematada pelo valor de 168 000 réis, asseverando-se que seria esse valor pago em “quatro pagamentos todos valores que pelo dito rematante lhe forem pedidos com declarasão que no primeiro pagamento para comesar a ditta obra lhe entregarão elles ditos offeciais outenta mil reis digo setenta mil reis”. Nesse sentido, garantiam os oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição a “entrigar a elle dito arematante a ditta quantia em quatro pagamentos hum no principio da ditta obra dois no meio della e ultimo no fim della”.

Em síntese Com os elementos aqui apresentados, revisitámos mais uma página pouco conhecida da História de Peniche, particularmente de Francisco da Silva (de Oliveira), pintor, cuja vida e obra permanece completamente desconhecida. Esperamos que a revelação deste contrato conduza à reescrita da História de Peniche e do que se tem escrito acerca da História da Arte, particularmente sobre a pintura de brutesco, que carece de uma reposição célere levando em linha de conta a verdade historiográfica dos factos alicerçados neste documento inédito, investigado e revelado pelo autor Miguel Portela.

Documento 1

1714, outubro, 16, Peniche - Contrato entre os oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Peniche e Francisco da Silva (de Oliveira), mestre pintor, morador no Reguengo Grande, para a execução da pintura do tecto na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche. Arquivo Municipal de Peniche, Livro Notarial de Peniche [1714-1719], Caixa 33, fl. 22v-23. [fl. 22v] Escriptura de contratto que fazem os officiais da Confraria de Nosa Senhora da Conseisão e Francisco da Silva pintor morador no Regengo Grande. Em nome de Deos Amem. Saibão quantos heste publico instromento de cartta escriptura de contrato ou como em direito milhor dizer se posa lugar haja e mais valler virem que no anno do Nasimento de Noso Senhor Jesus Christo de mil e settecentos e quatroze annos aos dezaseis dias do mes de outubro do ditto anno nesta

Pormenor da pintura do tecto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Peniche.

villa de Peniche cazas de morada de mim taballião pareseram prezentes partes outrogantes o Padre João Domingues Pacham thezour digo Pachão escrivão da Confraria de Nossa Senhora da Conseisão desta villa e juiz em abzencia do juiz e da ditta Confraria estavam asim Gonsallo Dinis thezoureiro Domingos Quaresma procurador e os mais irmãos estando asignados e da outra partte Francisco da Silva mestre pintor morador no Regengo Grande termo da villa de Óbidos todos pesoas de mim taballiam conhecidas e logo pelo ditto Francisco da Silva foi ditto a mim taballião perante as testemunhas ao diante nomeadas e asinadas que os dittos officiais da Confraria de Nossa Senhora da Conseisão mandaram por em pregão a obra da igreija da dita Confraria no que respeitava a obra da pintura do tetto da ditta igreja e os seos frontepicios para se remattar a quem menos dese com declarasão de ser aparelhada a obra da […] digo que consta de hua trage no meio acompanhada de brutesco revestida com alguns rapazes donde os pedir com seu fillete dourado e na targe a Assunsam de Nossa Senhora e no frontepicio do arco um panel de Sam Sebastião e com effei // [fl. 23] e com effeito rematara asim a ditta obra em a quantia de cento e sesenta e outto mil reis e que asim deseram elle proprio ser boa e livre vontade e sem constrangimento de pesoa se obregava a fazer a ditta obra na forma da sua arematasão se dechar corentemente boa a contento dos ditos officiais e que sendo cazo que não o seja cappaz e terlhe alguma faltta de se emmendar a sua custa porquanto a sua vontade e tensão [sic] hera fiquar a ditta obra a contento delles dittos officiais da ditta Confraria com condisão porem que elles dittos officiais serão obrigados a entrigar a elle dito arematante a ditta quantia em quatro pagamentos hum no principio da ditta obra dois no meio della e ultimo no fim della e que sendo asim dice que tudo asim cumpriria e não para ser contra a ditta arematação não seria ouvido em juizo nem fora sem primeiro depozitar na mão dos dittos officiais todo o preço que demandar quizer sem para iso ser necesario dar fiansa para o que desde logo o abonão e hão por abonado para tudo poder receber sem fiansa e não para impedirem empretaria provisão real a qual sendo por elle empetrada desde logo a bem vazia [sic] e quer que seja havida posa se reseber como se empretada não fora pelo que deste intromento fose expreza e declarada o seguintte: Pelos dittos thezoureiro e escrivão e mais irmãos, foi ditto que todo seos mottos proprios suas boas e livres vontades sem contragimento de pesoa alguma aseitavão a ditta arematasão por a pesoa do dito arematante e se obrigavão a entreguar com o ditto dinheiro o preço porque se rematou a ditta obra com os dittos quatro pagamentos todos valores que pelo dito rematante lhe forem pedidos com declarasão que no primeiro pagamento para comesar a ditta obra lhe entregarão elles ditos offeciais outenta

mil reis digo setenta mil reis // E pelo ditto rematante foi ditto que para effeito de tudo asim comprir nomeava por seu fiador a Antonio Borges Monforte morador no dito Regengo Grande que em seo nome pareseo prezente o cappittam Pedro Franco de Barbuda desta dita villa pelo qual me foi apresentada hua procurasão que disse ser feita pelo sobredito de que o theor he seguinte § Pella prezente por mim feita e asinada considerados os meos poderes em direito necesarios com livre e geral admenistrasão ao Padre Pedro Franco da villa de Peniche para que em meu nome e como se prezente fora para se asinar hua escriptura e condesois do ajuste que Francisco da Silva pintor fas com os senhores juis escrivão e mais officiais que de prezente servem e ao diante poderão servir em igreja e freguesia de Nossa Senhora da Conseisão da villa de Peniche e assim se podera por na ditta escriptura as clauzullas e condesois que necesarias foram por hua e outra parte tanto no que o ditto ha obrar e pintar como tambem a quanto do aseitte e forma dos pagamentos e para firmeza e vallidade da ditta escriptura obriga nella e o seu cumprimento minha pesoa e bens e para tudo lhe consedo os meos poderes e o haverem por firme effeito sobre este por se cobrar Regengo Grande quatroze de outubro de seiscenttos e quatroze Antonio Jorge Monforte // e não dezia mais a ditta procurasão e treslladada como ditto he por elle cappitão foi ditto que he em nome do ditto seu constituinte aseitava esta escriptura como nella se conthem e declara afiança por fiador do dito rematante e queria que por seos bens se cobrisse toda a perda que pudese cauzar a dita obra a dita Confraria e que sendo cazo que o dito rematante falte a dita obrigasão elle por elle se obriga a tudo asim comprir como na ditta escriptura se declara com fé e testemunho de verdade asim outorgarão e de tudo pedirão a mim taballião fose feito heste intromento nesta minha notta e para tudo deserão renunsiavão juis de seu foro tem de lugar e queriãose demandar nesta ditta villa e perante quem heste for apresentado que pedirão o aseitarão e eu taballião em nome de quem tocar posa abzente como pesoa publica estipulante e aseitante. Testemunhas que a tudo forão prezentes João Simois declaro que pelo ditto arematante foi ditto que elle se obrigava a dar a ditta obra acabada the a terseira semana da Quaresma sendo prezentes por testemunhas João Simois mareante e Jozeph Ribeiro todos moradores nesta ditta villa e pessoas de mim taballião conhecidas que dou feé conheser a todos e serem os proprios que se asinarão com os dittos outrograntes de seos sinais que decerão custumavão fazer Antonio da Fonsequa taballiam que a escrevi. (a) O Padre João de Pachão (a) Escrivão Gonçalo Denis (a) João Rebelo (a) Francisco da Silva de Oliveira (a) De João Simois testemunha † (a) Jozeph Ribeiro


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Jornal da Golpilheira

. divulgação . poesia .

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Um dever cumprido Abri a janela E olhando vi coisa bela O dia amanhecia E eu simplesmente sorria. A vida sempre dura, Cheia de amargura Cavei muita terra, A vida algo de severa. Cavei muita terra, Semeei flores Linda Primavera Floriu lindas cores. O homem não morre, Quando a gente quer Na vida muito se corre Por amor a uma mulher. Vagueiam sonhos, São eles o permanente De sentimento ardente Mas sempre risonhos. É tudo isto, A que persisto A vida está sempre Ligada à terra. O amor nasce, Quando a paz é feita de união Na saúde vamos falando O resto são desabafos do coração. 18-05-2016 José António Carreira Santos

Humanismo apartidário Ser humano Tem partido? Reflicto todo dia; todo ano Sinto-me dividido Não se pode ser liberal Conservador ou progressista Sem descurar, o cultural Desse carácter humanista Monárquico, republicano Socialista ou social democrata Pomba, charéu ou pelicano Explosão ou atitude sensata Educação ou desespero Linha ténue indivisível Pobreza ou mundo próspero Sentimento indescritível Sentidos anos de amargura Desprezo e inaceite por mui doutores Não há mal que não dê fartura Sabedoria aumenta, senhores doutores Enalteço-vos esse meu saber Tumultos interiores ultrapassados Tudo tem de acontecer Meus fados designados Vaz Pessoa

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

.poesia. Gioconda “Mona L(u)ísa” Tuas lágrimas varrem onda A saúde a debilita Mona L(u)ísa Gioconda Mas de espírito escorreita Sentada, não por dores Sentimentos acumulados Na vida muitos “tutores” Filhos, amigos, enteados Beleza de rugas acentuadas Coração perfurado Percorridas muitas estradas Comunhões alteradas Levante-se Gioconda Erecte-se Dona “Mona L(u)ísa” Metarmorfeia tua onda Ajuda quem precisa Nota: Para si, Gioconda, Luísa Machado Paulo Vaz Pessoa

Na janela do meu quarto Tomo mil e uma personagens Viajo no meu quarto Com Deus, faço inúmeras viagens Sou dragão, sou águia, sou lagarto Na janela desse quarto Vejo o açude desse Lena De saudades fico farto Da minha alma serena Abstraiu-me de todos os males Deus e eu, nessa dicotomia Questiono-me quanto vales Aonde vai minha autonomia Sou regente de mim mesmo? Ou alguém me guia Activismo ou abismo Fidalguia ou tauromaquia Na janela desse quarto Rio; entristeço-me e choro Rejeitado; humilhado fico farto Nunca perco o decoro Esse Deus que O procuro Tantas vezes ao meu lado Livra-me sempre do apuro Quando me sinto acabado Na janela do açude Aparece o arco-íris Esqueço o meu ataúde Mudo com atitudes viris Vaz Pessoa


Jornal da Golpilheira

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. a fechar .

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Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

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Então lá acabaram os Jogos Olímpicos... andámos todos a falar em medalhas, mas só a Telma do Judo é que safou Portugal com o bronze...

Deixa lá, pode ser que o Presidente da República queira confortar os outros atletas e dê uma medalha a cada um quando cá chegarem...

Pois... parece que isso de distribuir medalhas está virar moda! Põe-te a pau que, por este andar, também nos vai calhar a nós um dia destes...

Medalhar .foto do mês.

LMF

Festa inclusiva... A festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos foi verdadeiramente inclusiva. Assim, a Joaninha teve direito a participar na corrida de frangos e até na quebra de panelas! Aqui está ela em plena acção vitoriosa. Mas, pelo sorriso maroto, não estaria ela a pensar em dar mais umas marteladas numa cabeça ali à mão de semear?! Fica a dúvida...

Recordar é viver… Almoço-Convívio dos “Jovens da Terceira Idade”, realizado em finais dos anos 90, no Salão de Festas do C. R. da Golpilheira, integrado na Semana Cultural, levado a efeito anualmente pela nossa Associação. Pode observar-se que alguns dos presentes neste convívio, infelizmente, já não pertencem ao “Mundo dos Vivos”. É de destacar que, nestes convívios, é a única vez no ano em que alguns dos nossos conterrâneos se revêm, razão mais do que suficiente para a sua continuidade. | MCR


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. divulgação .

Jornal da Golpilheira Agosto de 2016

A Comunidade Cristã da Golpilheira volta a estar em festa nos próximos dias 27 a 29 de Agosto, desta vez na igreja de São Bento, em honra de Nossa Senhora da Esperança. A Comissão de Festas, constituída pelos naturais e residentes na Golpilheira nascidos em 1981, preparou um recheado cartaz religioso e de arraial que, como habitual, garantirá a celebração e animação de muitas centenas de pessoas naquele recinto emblemático da nossa freguesia. A Missa da festa será no domingo, às 12h00, seguida de procissão, antecedida pela recolha de andores, a partir das 10h00, com acompanhamento da Banda Filarmónica de Pataias. Mas o programa religioso abre logo no sábado, com uma oração mariana, às 19h00. Haverá também Missa na segunda-feira, às 18h00, pelas intenções dos festeiros. O arraial também começa no sábado, com o habitual serviço de restaurante, café da avó, bares, quermesse e outras animações, e com a música da Banda Kroll. Na tarde de domingo haverá animação com o Ginásio Papastress”, pelas 18h30, e, à noite, espectáculo com o grupo DSTriBand. Cabe ao duo Zé Café e Guida animar o último serão, na segunda-feira. Neste último dia, haverá corrida de frangos e quebra de panelas, a partir das 18h30, e tudo terminará com a transmissão da bandeira e fogo-de-artifício, pelas 24h00.


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