201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 227 | Maio de 2016

P. 9 a 20 | Altar do Santuário de Fátima veio para a Golpilheira

D. António Marto preside à reinauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

Esp

12 p ecial ágin as

LMFerraz

A Missa será às 11h00 e incluirá a bênção do espaço totalmente renovado e do seu novo Altar, uma das peças litúrgicas que foram cedidas pelo Santuário de Fátima, retiradas da também recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário. O almoço será oferecido a todos e a tarde será de convívio. A propósito desta festa, o Jornal da Golpilheira inclui nesta edição um especial de 12 páginas dedicado à igreja e à obra nela efectuada.

P. 4 | Street Dance Awards

P. 7 | Artesanato e gastronomia

Upgrade: grupo do CRG FIABA anima a Batalha conquista o 1.º lugar nos dias 2 a 5 de Junho

P. 8 | Imagem Peregrina

Bela experiência de fé e devoção

P. 3 | Oferta nesta edição

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. abertura . história .

Maio de 2016

.história.

Um projecto para Portugal 7

Luís Miguel Ferraz Director

Prendas de festa Cá estamos, uma vez mais, a dar conta da festa. Mais do que isso, de mais um momento histórico para esta comunidade da Golpilheira. Depois de alguns anos de preparação ponderada e de alguns meses de trabalho árduo, é chegada a hora de usufruir de uma igreja totalmente recuperada e “como nova”, como já ouvimos alguns comentar. Esta obra representa muito do que é a comunidade: inovadora, trabalhadora e capaz de vencer os maiores desafios, quando se une em torno de uma causa comum. Já o fez noutras obras e noutros âmbitos e este é só mais um exemplo. Como sempre, o Jornal da Golpilheira associa-se à festa e publica nesta edição um especial de 12 páginas dedicado à igreja e às obras de que foi alvo. Além disso, oferece aos leitores uma pequena prenda: um postal com a imagem que se venera nesta Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que é uma das que compõem uma colecção que o jornal da Diocese está a editar. Fazemos votos de que sirva para uma oração para que este dinamismo continue a animar-nos.

Os sindicatos são essenciais às Democracias e à realização da justiça social e só nas verdadeiras Democracias os sindicatos têm liberdade para agir em pleno. Mas para cumprirem a função de representar os trabalhadores e de defender os seus legítimos interesses, têm de estar livres de qualquer tutela político/partidária. Caso contrário, serão apenas joguetes na mão dessas tutelas que, evidentemente, se servem dos sindicatos para alcançar o Poder, provocando uma agitação, tantas vezes sem fundamento profissional ou social, que desestabiliza gravemente os regimes. Os sindicatos, além de representarem e defenderem os trabalhadores, têm de ser guias da sua emancipação e não há melhor sistema para a alcançar senão o Cooperativismo, de que já aqui se falou, embora sucintamente. E não apenas o bem particular duma classe deve ocupar os sindicatos, mas o bem geral, tarefa que deve preocupar toda e qualquer organização sindical. A este propósito disse o Papa Paulo VI na Encíclica “Populorum Progressio” (Março de 1967) no sub-capítulo 38 “Organizações Profissionais”: “Na obra do desenvolvimento, o homem, que na família encontra o seu modo de vida primordial, é muitas vezes ajudado por organizações profissionais. Se a razão de ser destas organizações é promover os interesses dos seus membros, torna-se grande a sua responsabilidade perante a tarefa educativa que elas podem e devem realizar. Através das informações dadas e da formação que propõem, têm o poder de transmitir a todos o sentido do bem comum e das obrigações que ele impõe a cada homem”.

8 Miguel Torga é, sem dúvida, um dos nossos maiores homens de Letras e de Pensamento de todos os tempos. Nos dezasseis volumes do seu

“Diário” deixou-nos reflexões que, não só são extremamente sagazes e sensatas, como continuam plenamente actuais. Recordar-se-á o leitor, se se deu ao trabalho de o ler, do meu breve apontamento do mês passado sobre a regionalização. Pois agora verá o que sobre o mesmo assunto escreveu Miguel Torga, no XVI volume do “Diário”: “Coimbra, 30 de Setembro de 1991 – Desmereceu hoje, como voz da nação, o aval que lhe dei ontem para o ser. Quer esquartejá-la, e pediu-me que o ajude na peregrina cruzada. Confunde a descentralização, o regresso ao nosso municipalismo administrativo tradicional, o povo realmente soberano, a governar-se em vez de ser governado, que sempre defendi, com a regionalização que advoga. E ouviu das boas. Mas de nada valeu. Quem não sente a unidade da pátria na própria carne, está predisposto para a ver aos bocados. Por mim, que sou de todas as terras de Portugal, e só me compreendo tão transmontano como beirão ou alentejano, não consigo imaginar-me estrangeiro em Viana, Tomar ou Silves. Sempre pensei que certos países, como a Espanha ou a Jugoslávia, se desmembrariam mais cedo ou mais tarde naturalmente (como já aconteceu na Jusgolávia e está a acontecer na Espanha). Eram aglomerados compulsivos de nações, sem ligação umas às outras, estranhas na língua, na religião e nos costumes. Mas nós somos uma família unida a viver em harmonia há oitocentos anos dentro do mesmo agro patrimonial, sem contradições de nenhuma ordem e sem nenhum dos herdeiros pensar sequer em partilhas. Eu, pelo menos. E cada dia menos, até porque, mais cedo do que era de prever, os factos se encarregam de, tragicamente, me dar razão”.

9 A Santíssima Trindade é a festa maior da nossa paróquia, que engloba as freguesias civis da Batalha e da Golpilheira. Com manifestações marcantes, várias herda-

DR

.editorial.

Jornal da Golpilheira

das do Espírito Santo da cidade de Leiria, entre elas as já desaparecidas corridas de touros na sexta-feira que antecedia o Domingo litúrgico, o bodo com a carne das rezes abatidas na corrida e com o pão, primeiro distribuído nas casas dos pobres, no hospital e na cadeia, para no Domingo ser servido a toda a gente na praça pública, e o direito que o “imperador” tinha de libertar um preso à sua escolha quando o desfile das “ofertas” passava junto à cadeia da vila, prática das virtudes cristãs da caridade, da fraternidade e da solidariedade, estas Festas cinco vezes seculares, embora perdidas tradições como as descritas, continuam no nosso tempo manifestação intensa da Fé do nosso Povo e manifestação da sensibilidade da alma popular que se traduz na beleza das “ofertas”, singulares pelo bom gosto, variedade e verdadeira arte com que são confeccionadas. Muitos destes aspectos estiveram em evidência na exposição na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, “O Museu desceu à Vila - II”, de que reproduzimos uma imagem, organizada pelo Museu Etnográfico da Alta Estremadura, do Rancho Rosas do Lena da Rebolaria.

José Travaços Santos

DR

divulgação/apoio

Cerca de uma centena de “alunos” presentes

Homenagem à professora Cândida Realizou-se no dia 21 de Maio, dia de fecho da nossa edição, no Centro Recreativo da Golpilheira, um convívio de

antigos alunos em homenagem à sua professora Cândida. Cerca de uma centenas de pessoas marcou presença numa tarde

muito animada, de que falaremos com mais pormenor na próxima edição. MCR


Jornal da Golpilheira

. campanha .

Maio de 2016

Oferta exclusiva aos assinantes!

Agora que a obra está pronta...

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Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

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Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 100 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado para trocar por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha. Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

Donativos Empréstimo Campanha OUTROS Telhas

NOME Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Saldo Fevereiro 2016 Saldo Março 2016 Saldo Abril 2016 Maria Arminda Bagagem Joaquim Monteiro / Ter. Bagagem José Monteiro de Sousa Anónimo Armando Vieira Fernandes Anónimo Anónimo Anónimo Anónimo Pe. Dr. Luciano Guerra Anónimo Afonso Sousa Marto Caixa Credito Agrícola Batalha Marco Paulo Ribeiro Ferraz

24.000,00 €

885,00 €

Totais

37.000,00 € 46.347,87 €

2.000,00 € 6.347,87 € 2.000,00 € 285,00 € 2.000,00 € 1.180,00 € 4.000,00 € 24.080,00 € 500,00 € 1.000,00 €

1.000,00 € 1.000,00 €

100,00 € 150,00 € 1.500,00 € 100,00 € 600,00 € 100,00 € 500,00 € 20,00 €

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1.000,00 €

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Total global - 147.347,87 €

Contactos:

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igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2

(enviar comprovativo de transferência)

Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Comunidade Cristã da Golpilheira Nesta edição do Jornal da Golpilheira, temos o gosto de oferecer aos assinantes um postal com a imagem que se venera na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, centro de culto da Comunidade Cristã da Golpilheira. Trata-se de um dos postais da colecção que está ser editada pelo jornal diocesano Presente Leiria-Fátima.

Jornal Presente oferece colecção de imagens marianas da Diocese de Leiria-Fátima

10.000,00 €

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

de quatro d demos cerca

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O jornal diocesano Presente Leiria-Fátima está a oferecer, semanalmente, aos seus assinantes, desde o passado dia 12 de Maio, uma colecção de cerca de 90 postais com as imagens de Nossa Senhora que fazem parte do património de todas as paróquias da Diocese. A primeira foi a imagem da Capelinha das Aparições, a segunda foi a Senhora da Saúde, do Vale do Horto, e a terceira a imagem de Nossa Senhora de Fátima da Comunidade Cristã da Golpilheira, que adquirimos para oferecer nesta edição do Jornal da Golpilheira.

“Nomes e rostos da Virgem Maria”

No âmbito do biénio pastoral dedicado pela Diocese a “Maria, mãe de ternura e de misericórdia”, esta colecção de imagens marianas irá ser publicada ao ritmo de uma por semana, com o título “Nomes e rostos da Virgem Maria na Diocese de Leiria-Fátima”. Cobrirá todas as paróquias e santuários, pelo que se prolonga por quase dois anos. Cada postal tem na frente a imagem mariana com o seu título e pertença; no verso, há uma oração, na maioria dos casos original, e uma descrição histórico-artística da peça. A iniciativa tem a colaboração do Departamento Diocesano do Património Cultural, que fornece a descrição histórico-artística, e da redacção do Presente, que edita o postal e administra a sua distribuição, bem como dos santuários marianos e das paróquias, que suportam parte dos custos com a aquisição da respectiva imagem. Segundo os promotores, são vários os objectivos que se pretendem atingir: honrar Nossa Senhora, fazendo como que uma ladainha com os seus muitos nomes e rostos (são mais de 40 invocações diferentes); dar a conhecer todo este rico património espiritual e cultural (promovendo o apreço e o cuidado por ele); ajudar as pessoas e as comunidades a identificarem-se com a sua padroeira (e a encontrarem nela inspiração e amparo para o seu progresso na vida cristã e nas relações fraternas); dar a conhecer o jornal Presente como instrumento de formação e informação a um maior número de pessoas (e assim aumentar os assinantes). Os interessados em ter toda a colecção destas imagens deverão contactar para 244 821 100 ou presente@jornalpresente.pt.


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. actualidade .

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Maio de 2016

Escola de Dança do CRG

Street Dance Awards Upgrade conquistam 1.º lugar

LMFerraz

DR

Dançarte cheio de talentos

Todos dançaram!

Realizou-se no dia 29 de Abril mais uma mostra das turmas de dança das escolas do CRG. O Dançarte é sempre uma festa divertida e que deixa “babados” os pais e amigos que enchem o salão. Desde as pub

turmas mais novinhas até às artistas já consagradas, todos enchem o palco de talento, de música, cor e energia. Estão de parabéns todos os dançarinos, os professores Liliana e David e todas as pessoas

que acompanham mais de perto este trabalho. No final, houve espaço para o público dar também um pezinho de dança, numa divertida coreografia orquestrada pela professora Liliana.

Após o prémio

Mais um importante prémio conquistado pelo grupo mais velho da Escola de Dança do CRG. Entre muitos outros concorrentes já com nome no panorama do hip-hop nacional, as Upgrade Crew não fizeram a coisa por menos e arrecadaram o

primeiro prémio das mãos do juri. Esta conquista vem rechear o palmarés deste grupo, que conta com diversas idas ao pódio em competições nacionais realizadas na região. O sonho é partir para outros destinos, mas as

deslocações obrigam a despesas e, como sabemos, os apoios não são fáceis de garantir. Resta esperar que surja um mecenas, porque as meninas e o seu professore David Brás bem o merecem...

Freguesia em festa

São Mamede festeja primeiro centenário A Junta de Freguesia de São Mamede está a comemorar este ano o centenário da sua criação. Os dias 15 a 19 de Junho serão os de maior festa, prometendo muita animação e ofertas culturais aos locais e aos que queiram visitar a vila por aqueles dias. Assim, na quarta-feira, dia 15 de Junho, o dia próprio da fundação da freguesia, haverá Missa às 11h00, seguindo-se a cerimónia de comemoração da efeméride. À noite, pelas 21h30, será exibido o filme “100 Anos de História”, com uma sessão de cinema ao ar livre a terminar em fogo de artifício. No dia 16, pelas 18h00, abrem as tasquinhas que irão funcionar durante o certame, e pelas 22h00 actua a artista Linda.

Também no dia 17 abrem as taquinhas às 18h00 e a animação a partir das 19h30, com demonstração de dança, grupo HI-FI e banda Apartirtudo. O programa de sábado 18 começa pelas 09h00, com concentração de auto-caravanas e com o início de uma caminhada “À Descoberta da Moeda”. Às 10h30, haverá demonstração de cães de parar, às 11h00 abrem as tasquinhas, às 14h00 começa o torneio de matraquilhos, às 15h00 ficam disponíveis os insufláveis e jogos tradicionais, às 16h00 apresenta-se o “freestyle” de Humberto Ribeiro, às 18h00 há uma aula de ginástica e às 20h00 transmite-se em directo o jogo Portugal/Áustria. A animação nocturna está a cargo dos grupos The Peorth e

Quinta do Bill, seguindo a noite com os DJ Philippe Kemp e Slim Cris. No domingo, também às 09h00, haverá concentração de bicicletas antigas, com a abertura das tasquinhas marcada para as 11h00. Pelas 11h30 farse-á um encontro de automóveis antigos e, meia hora depois, um encontro de motas Harley Davidson. Às 12h00 sobe ao palco David & Rafa e, às 14h00, Jorge Miguel. Às 14h30 haverá um Festival da Criança e, às 16h00, uma demonstração de pára-quedistas. A Junta de Freguesia de São Mamede convida todas as pessoas que queiram vir festejar com a população esta importante data da sua história. Todos os pormenores em www.jf-saomamede.pt.


Jornal da Golpilheira

. entrevista . . actualidade

Maio de 2016

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Juntos conseguimos 880 euros!

“Anjos sobre Rodas”

Organização do TT em convívio No passado dia 22 de Abril, a organização e colaboradores do passeio de todo-o-terreno “Anjos sobre Rodas”, do CRG, esteve reunida num jantar de confraternização. Além do agradecimento a estes colaboradores, que contribuíram para o sucesso do evento, esta noite serviu para partilhar peripécias vividas naquele dia 10 de Abril e reforçar a amizade entre todos.

Salão do CRG encheu

do festival, angariámos 880 euros, tendo já sido entregues 800 para o projecto “Há ir e voltar”, cujo objectivo será ajudar na reconstrução de uma escola em Mathare, no Quénia, para 78 meninas com ida-

des entre os 3 e os 12 anos. Com restante dinheiro, decidimos comprar bens alimentares para distribuir por algumas famílias carenciadas da freguesia da Golpilheira. Mais uma vez, obrigada

a todos os que tornaram possível esta ideia, que acreditaram, apoiaram e contribuíram para estas causas! Jéssica Rito

MCR

LMFerraz

Em primeiro lugar, queria agradecer a todos os amigos e às entidades que, de alguma forma, contribuíram para o sucesso “Festival de Sopas Solidário”, realizado no Centro Recreativo da Golpilheira, no passado dia 30 de Abril. Agradeço também à Refood Leiria, não só por ter recolhido os excedentes alimentares, como também por todo o trabalho que têm feito. Esta associação recolhe as sobras de restaurantes e eventos gastronómicos, cujo destino provável seria o lixo, e distribui-os pelas famílias carenciadas da região de Leiria. Quanto ao resultado

MCR

“Sopas solidárias” foram um sucesso

Novo visual

Café São Bento renovado Após alguns dias encerrado para obras, o Café São Bento reabriu no dia 6 de Maio, totalmente remodelado, com muito bom gosto. Para comemorar esta data, foi colocado à disposição dos seus clientes um porco no espeto, regado com muita cerveja. Muitos parabéns aos seus gerentes, extensivos também ao pessoal que ali trabalha. MCR

Festival regressa em Junho

“Música em Leiria” na Batalha A 34.ª edição do festival “Música em Leiria” decorre entre 2 de junho e 2 de Julho, com muitas estreias anunciadas, entre as quais, uma ópera cómica, um espectáculo de rua, a presença de três orquestras juntas e a participação dos alunos do Orfeão de Leiria em diversos espectáculos. Organizado pelo Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL|CA), este ano a comemorar o seu 70.º aniversário, o evento vai percorrer várias salas em Leiria, na Batalha, na Marinha Grande e em Castanheira de Pera. O cartaz aposta na diversidade musical – clássica, jazz e contemporânea – e terá direcção artística de António Vassalo Lourenço. eio, sendo ainda de destacar nesta edição o trabalho que se desenvolve no próprio Orfeão de Leiria e o seu 70.º aniversário”. Na Batalha, o Mosteiro acolherá o concerto “Poesia & Jazz”, no dia 24 de Junho, às 21h30, pelo Quarteto Jazz Manuel Lourenço com Cláudia Franco e Nicolau Santos. Info no Teatro José Lúcio da Silva e online em www.teatrojlsilva.pt e www.musicaemleiria.com.


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Jornal da Golpilheira

. sociedade . cultura .

Maio de 2016

Investimento de 3,5 milhões de euros na Batalha

DR

Nova escola básica e secundária

Aluno da Golpilheira premiado

Torneio de xadrez

Os jogadores de xadrez da Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco ( ACDRS) não faltaram à V Etapa Jovem – Leiria, Torneio A e B, realizada no dia 7 de Maio, tendo conquistado o 1.º Lugar, Torneio B, Tomás Gomes Cunha, de S. Mamede (ao centro na foto), e o 3.º Lugar, Afonso Gabriel Carvalho Rente, da Golpilheira, aluno do Agrupamento de Escolas da Batalha (à direita na foto). O grupo integrou alunos do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Batalha (Escola Sede, Centro Escolar e Escola da Golpilheira), sendo que alguns estiveram pela primeira vez num torneio desta natureza. Perante adversários mais traquejados e com mais anos de frequência destes torneios e de prática da modalidade, as crianças portaram-se muito bem e todas “inauguraram o marcador”, resistindo à pressão que um torneio deste cariz sempre carrega.

O projecto de remodelação e requalificação dos edifícios da Escola Básica e Secundária da Batalha, sede do Agrupamento de Escolas da Batalha, está concluído e em fase final de aprovação pela DirecçãoGeral dos Estabelecimentos Escolares. Com um investimento estimado nos 3,5 milhões de euros, dos quais 2,4 milhões são financiados por fundos comunitários, esta é uma obra há muito reclamada pela comunidade educativa, dado que o edifício, edificado na década de 80 do século passado, apresenta inúmeras insuficiências ao nível dos espaços lectivos, laboratórios, zonas de desporto e lazer para os alunos. O projecto prevê a requalificação de edifícios e espaços existentes (14.657 m2), novas edificações (9.985 m2) para substituição de volumes construtivos desajustados das actuais necessidades, assim como as correspondentes demolições (2.957 m2), promovendo ainda novos espaços verdes e de lazer no espaço interior da escola. Além disso, irá responder à necessida-

de de unificação das escolas do 1.º ao 3.º ciclo, de modo a optimizar os espaços, recursos físicos e meios humanos existentes, respeitando-se, no entanto, a separação dos circuitos efectuados pelos alunos dos primeiros dois ciclos e os da escola secundária. Como principais alterações, a intervenção prevê a construção de um pórtico contemporâneo, junto à entrada principal, na rua da Freiria, que promove a ligação entre os dois edifícios administrativos existentes, conferindo ao conjunto a necessária unicidade, bem como a construção de um novo edifício principal com as principais valências que se pretendem optimizar. Dos actuais blocos administrativos “F” e “G” saem as estruturas

autónomas de apoio, passando a situar-se no novo bloco, ao nível do rés-do-chão, o bar/cafetaria, a cozinha, o refeitório e a biblioteca. Outra área privilegiada nesta intervenção é a zona desportiva, onde se propõem intervenções em cinco níveis: requalificação dos espaços exteriores, com a criação de uma pista de atletismo no campo exterior situado mais a Sul, cobertura e remodelação do campo exterior situado mais a Norte, transformando este espaço num polidesportivo de ar livre de utilização permanente e não sazonal, construção de uma zona de saltos e uma zona de lançamentos com aproveitando das condições naturais existentes. Em paralelo, serão abertos

novos acessos viários e pedonais, que permitirão interligar os vários arruamentos que circundam o recinto escolar e melhorar as acessibilidades em caso de emergência. Quanto aos arranjos exteriores, propõe-se a criação de uma rede de acessos compatível com a deslocação de pessoas com mobilidade condicionada pela generalidade dos espaços. O presidente do Município da Batalha, entidade que gere a obra, considera que “esta será uma grande remodelação da Escola, trabalhada com a Direcção do Agrupamento, para melhorar os espaços funcionais utilizados pelos alunos e as condições de aprendizagem, mas também toda a zona desportiva e envolvente, num claro benefício de toda a comunidade”. Paulo Batista Santos sublinha ainda que se trata de “mais um grande investimento na Educação, respondendo a uma necessidade com mais de duas décadas, a realizar numa área que desde o início do mandato atribuímos a maior prioridade política e social”.

Município da Batalha manifesta preocupação

Estabilidade educativa comprometida O Município da Batalha dirigiu ao ministro da Educação, à secretária de Estado adjunta e da Educação e aos deputados eleitos pelo círculo eleitoral do distrito de Leiria uma comunicação escrita expressando a sua preocupação pela manutenção da estabilidade e da oferta educativa no Concelho. Em causa está o teor do despacho normativo publicado a 14 de Abril, “que altera profundamente as regras

de funcionamento dos estabelecimentos particulares de ensino com contratos de associação, nomeadamente obrigando a que só possam receber alunos que residam na área geográfica de implantação da oferta abrangida pelo respectivo contrato. No caso do concelho da Batalha, a medida afecta o Colégio de São Mamede que “representa uma parcela muito pequena no contexto da realidade nacional

do ensino particular e cooperativo, sendo a presença no território concelhio indispensável e complementar ao nível da oferta educativa”, considera Paulo Batista Santos, presidente da autarquia. E sublinha que “este colégio apresenta um projecto educativo de qualidade, alicerçado em objectivos de desenvolvimento do aluno, envolvimento da família e de grande proximidade com o meio envolvente, bem como ao

longo dos anos de funcionamento registou elevados níveis de sucesso educativo, afirmando-se como um espaço de educação de excelência e um factor central para a redução das assimetrias regionais e formação dos cidadãos da comunidade local”. A comunicação do Município da Batalha refere ainda a “proibição de abertura de turmas em início de ciclos (5.º, 7.º e 10.º anos) sempre que possa haver

oferta nas escolas públicas”, o que poderá gerar “incerteza na continuidade da oferta educativa e na estabilidade do ensino para os alunos, pais e encarregados de educação do Colégio”. Para o evitar, a autarquia “entende que deve exortar o Governo, através do titular da pasta da Educação, para que seja assegurado o cumprimento dos contratos plurianuais assinados anteriormente”.

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Maio de 2016

FIABA de 2016 promete muita animação

Gastronomia e artesanato na Batalha A 26.ª edição da FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha realiza-se de 2 a 5 de Junho, no Largo Cónego Simões Inácio, na Batalha. A inauguração será na quinta-feira, às 18h30, numa cerimónia que contemplará a outorga dos Protocolos de Apoio ao Associativismo. Marcam presença no evento mais de 60 artesãos de todo o País, que trabalharão ao vivo e demonstrarão artes e ofícios tradicionais como a trapologia, a filigrana, o trabalho com tear e couro e a produção

lhios de mel, azeite, vinhos e doçaria, divulgando o que melhor se produz no Concelho . Destaque ainda para a componente da animação, com diversos motivos de interesse, destacando-se a participação de agrupamentos como Banda Kroll, Apartirtudo, Banda Cyklone, Tocándar e, a encerrar o evento, os Minhotos Marotos. Para os miúdos e graúdos voltam a instalar-se no antigo campo de futebol diversos equipamentos de diversões, com carrosséis e carros de choque.

de brinquedos artesanais. A oferta da gastronomia recai sobre 16 associações concelhias que assegurarão as refeições e os petiscos deliciosos aos visitantes do certame, com destaque para os pratos típicos da região da estremadura. Mais uma vez, aí estará presente o Centro Recreativo da Golpilheira, cuja tasquinha será assegurada pela equipa de Veteranos de futebol de 11 da colectividade. A FIABA congregará ainda, no espaço “Mostra do Mundo Rural”, os principais produtores conce-

O presidente do Município está confiante de que o certame será mais um sucesso e reforça a sua aposta num evento “de grande importância para a promoção da Batalha e da sua dinâmica associativa, projectando o Concelho, as suas gentes e os produtos locais”. Paulo Batista Santos reforça que a FIABA “está perfeitamente consolidada na região, atendendo à qualidade do artesanato e da gastronomia, das proposta de animação que compõem o cartaz e do próprio recinto que a acolhe”.

Conferências do Mosteiro

Grande nomes da cultura na Batalha O Mosteiro da Batalha e a Câmara Municipal estão a promover um ciclo de conferências sobre história e cultura portuguesas, visando “contribuir para a afirmação da nossa identidade e riqueza cultural”. As conferências têm flexibilidade temática, mas são enquadradas por uma reflexão sobre Portugal e os portugueses, partindo de questões como: Num

gueses no Mundo”. Estão já agendadas as próximas três conferências, sempre às 16h00: a 28 de Maio, Diogo Freitas do Amaral fará “Reflexões sobre a História de Portugal à luz da História da Europa”; a 11 de Junho, Laborinho Lúcio falará de “Portugal e as suas gentes: crise e futuro”; e a 2 de Julho, Manuel Antunes abordará “O coração dos portugueses”.

“mundo globalizado”, como e com quê podemos afirmar a nossa identidade? Qual o papel da nossa história e cultura nessa afirmação? Qual a imagem de Portugal e dos portugueses no mundo actual? O primeiro convidado, no passado dia 14 de Maio, foi Guilherme d’Oliveira Martins, que abordou o tema “Na senda de Fernão Mendes: percursos portu-

Ana Cristina Luz apresentou livro

Ainda sem data marcada, está prevista para os meses de Setembro e Outubro a participação de Bagão Félix, com o tema “A emergência da ética e o futuro de Portugal”, António Barreto, sobre “Portugal, Europa, Democracia e Mudança” e Pilar del Río, falando de “Saramago e a literatura portuguesa no mundo”.

No dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, decorreu a apresentação da obra “Viagem ao passado”, de Ana Cristina Luz, no auditório do Mosteiro da Batalha. Apresentada por Luís Mourão como “uma outra forma de visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, a obra tem a particularidade de ser ilustrada por 18 crianças.

DR

“Viagem ao passado” ilustrada por crianças

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Câmara retribui com atribuição de medalha ao Parlamento

Mosteiro da Batalha é Panteão Nacional

A Assembleia da República aprovou por unanimidade, este mês, o reconhecimento do estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Recorde-se que o Mosteiro da Batalha, monumento nacional e património da Humanidade classificado pela UNESCO, é já hoje uma referência mundial como Panteão Real, uma vez que para além da Dinastia de Avis (Capela do Fundador), acolhe o Panteão de D. Duarte (Capelas Imperfeitas). Além disso, a Sala do Capítulo foi o local escolhido para a guarda do Soldado Desconhecido, estatuto da maior relevância nacional, como recordou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no passado dia 9 de Abril, na Batalha, no âmbito das comemorações do Dia do Combatente, cerimónia militar que envolveu os três ramos das Forças Armadas e a Liga dos Combatentes. A alteração deste estatuto decorreu da discussão no Parlamento da atribuição do mesmo ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no âmbito da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto (CCCJD). Na ocasião, a sugestão foi apresentada pelo Município da Batalha aos diferentes grupos parlamentares com representação na Assembleia da República, ao Governo e à Presidência da República. E dela resultou a aprovação do alargamento da classificação de Panteão Nacional a estes dois monumento e ainda à Igreja de Santa Cruz, em Coimbra. “Esta distinção nacional conferida pela Assembleia da República ao Mosteiro Batalha é uma enorme honra e um motivo de orgulho para a Batalha e para todos os portugueses”, considera o presidente da câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, que enviou uma nota de felicitação e agradecimento pelo “trabalho dos deputados da Comissão de Cultura, porque a sua decisão é antes de mais uma homenagem à história de Portugal e um reconhecimento nacional ao Soldado Desconhecido, que simboliza os mortos que desfaleceram em defesa da Pátria, bem como prestam um justo tributo aos antigos e actuais militares portugueses”. Entretanto, o executivo camarário decidiu por unanimidade propor a atribuição da Medalha de Honra do Concelho à Assembleia da República, “pelos serviços relevantes prestados ao Município, na sequência da decisão unânime em reconhecer o Estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, juntando um voto de congratulação aos deputados da CCCJD. pub


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. eclesial .

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Jornal da Golpilheira Maio de 2016

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a Batalha

Uma bela experiência de fé e devoção A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima percorreu as dioceses de Portugal, desde Maio de 2015 até Maio deste ano. Esta “peregrinação” terminou com a passagem pela Diocese de LeiriaFátima, nos dias 1 a 13 de maio, data em que regressou ao seu Santuário. “Recebida em apote-

dia 10, o Mosteiro voltou a abrir às 09h00 e foram as crianças as principais protagonistas da oração e da homenagem a Nossa Senhora. Às 10h30, foi celebrada a Eucaristia com participação dos idosos do Concelho e a Imagem seguiu então para uma passagem pelas várias paróquias: Calvaria,

ose por toda a parte”, também não foi excepção a nossa diocese, nem a nossa vigararia da Batalha. A Imagem chegou à Batalha pelas 21h30 do dia 9 de Maio, junto à capela da Jardoeira, seguindo em procissão de velas para o Mosteiro da Batalha, onde se fez uma vigília de oração pela noite. No

Juncal, Aljubarrota, Pedreiras e Reguengo do Fetal. Nesta última, depois da procissão da igreja paroquial para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal e da Missa, fezse a despedida, com a Imagem a seguir para o Alqueidão da Serra, já na vigararia de Porto de Mós. Para memória futura, publi-

camos o testemunho de alguém que participou no momento do acolhimento na Batalha. E para um resumo do que significou esta visita, publicamos um belo texto do Bispo de Leiria-Fátima sobre o que sentiu e viveu com esta iniciativa.

Foi lindo, foi sublime, foi absolutamente extraordinário... que surpresa, que alegria, que estrondosa comoção acolher a Virgem Mãe naquela gigantesca multidão, que para ser mais verdadeiro, na minha pobre opinião, senti-me mais acolhido pela sua bondade, pelo seu aconchego, pela sua misericórdia no tabernáculo do seu coração. Senti-me esmagado perante a majestosa manifestação de apreço, de amor, de abandono, de entrega à Senhora do Céu e da Terra, à Rainha dos Anjos e de nós, homens, singular mãe. Não me foi possível conter as lágrimas, embora tentasse amarrar a todo o custo esta profunda comoção. Mas que bela surpresa, ao voltar-me, vi que muitos, nesta imensa aglomeração, se tornaram solidários e deixavam também pingar de seus olhos a mesma alegria, a mesma prece, a mesma oração. Até o tempo ajudou a compor esta harmonização, este belo hino de louvor e de veneração. Era o desfile das forças militares, motas a fazer de sapadores, bombeiros e escuteiros a auxiliar. Depois de a acolher, pusemonos a andar descendo a encosta altaneira, partindo da capela da Jardoeira, em direcção ao Mosteiro, tão importante na nossa história, curiosamente, também ele dedicado à Imaculada Mãe, sob o títulos de Santa Maria da Vitória. Vi, diante dos meus olhos, um rio de luz em salpicos cintilantes, que dançavam ao sabor do vento nas mãos do povo deambulante. Este povo que vos é tão querido, este povo que vos aclama, este povo que vos canta, com profunda veneração, a sua prece humilde, a sua singela oração. Cada passo daquela caminhada era fantástico… Bem me queria concentrar para mais devotamente rezar, mas o meu pensamento espraiava-se no brilho de tanta luz pequenina, a minha mente teimava em va-

guear ao sabor da brisa que nos acompanhava a cada passo do nosso caminhar. Chegados ao Mosteiro, outro momento espectacular. Não me vou perder em devaneios, apenas vos digo: valeu a pena lá estar! É sempre bom ter a companhia desta maravilhosa Mãe, digo mais, neste mundo tão atribulado, desejamos muito que esta Mãe esteja sempre a nosso lado. É a fé no seu Filho o que nos move e a alegria de a ter por Mãe o que nos comove. Pela minha mente vagueavam tantas formas de “chamar” por esta Mãe: Virgem do Rosário, Maria do Sagrado Coração, Senhora de Fátima e de Nazaré e de todos os que a invocam. Mãe de Cristo Jesus e do discípulo João, Mãe da nova humanidade e de todos os que por ela a Deus rogam. Há tantos que através desta ternurenta Mãe se abrigam ao aconchego do Coração de Jesus, fonte eterna de misericórdia e perene salvação. Mãe dos Santos, dos fortes, dos robustos e dos pobres pecadores também, Mãe doce, Mãe carinhosa, Mãe de Deus e Mãe de todas as mães. Tem tantos nomes tem esta Mãe querida, tantas invocações, tantas quantas as nossas alegrias, tantas como as nossas aflições. É a Senhora do Ó, do bom caminho, da ponte, do Rocio, dos campos, do trigo e das colheitas. Da ajuda e de Almudena e tantas outros nomes poéticos que gostamos de lhe dar. Os marinheiros e pescadores chamamlhe Estrela-do-Mar, Senhora da Bonança, Mãe do Bom Porto e outros nomes carinhosos com que a costumam apodar. Por sua vez, os aviadores a veneram como Senhora do Bom Vento ou Nossa Senhora do Ar. Eu gosto mais dos epítetos tradicionais, como Cheia de Graça, Mãe do Salvador, Nossa Senhora da Ternura, Mãe do Eterno Amor.

Agostinho David

LMFerraz

Testemunho de um participante

Procissão em descida para o Mosteiro

Rostos de fé e alegria A visita da Imagem Peregrina encerrou na Diocese de LeiriaFátima a sua peregrinação pelas dioceses de Portugal. Apesar de o Santuário se situar no território da nossa Diocese e existir uma ligação muito próxima com Nossa Senhora de Fátima, foi com imensa alegria que verifiquei como este povo compreendeu o significado particular desta visita e saiu das suas casas para acolher com especial carinho, entusiasmo e emoção a Imagem, vendo nela o sinal da Mãe que vem visitar os filhos nos seus lugares e nas suas comunidades. Acompanhei a visita da Imagem aos grandes centros da diocese e fui recebendo notícias de como ia sendo acolhida nas vilas e aldeias. Pude ver multidões significativas com a presença de crianças, jovens, muitos homens e mulheres, doentes e idosos, autoridades locais, que nem sequer as condições adversas do tempo, por vezes, demoveram de marcar presença. Quero sublinhar apenas alguns momentos emocionantes: a chegada a Leiria com o ato de entrega da Diocese a Nossa Senhora na Sé

repleta de fiéis; a visita à prisão e os jovens reclusos com lenços brancos a acenar; a visita ao hospital com a imagem presente na capela por onde foram passando doentes, profissionais da saúde e funcionários e a transmissão da Eucaristia por canal interno. Emocionantes foram também os dois momentos finais. O primeiro foi a entrega da Imagem Peregrina ao Santuário, acompanhada pelo pároco de Santa Catarina da Serra (última paróquia a receber a visita), no dia 13 de maio, e a recepção “em sua casa” com a aclamação vibrante da multidão imensa de peregrinos, de todo o episcopado e com a saudação que tive a felicidade de dirigir à Virgem Peregrina: “Tu és a honra do nosso Povo e a glória dos nossos corações”! O último momento foi o ato de consagração das dioceses e de Portugal ao Imaculado Coração de Maria feita pelo Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, precisamente 85 anos depois da primeira peregrinação dos bispos portugueses a

Fátima e do primeiro ato de consagração de Portugal a Nossa Senhora de Fátima, em 1931. Também eu me comovi!... A melhor leitura que se poderá fazer do significado desta visita é a que fazemos nos rostos dos fiéis. Vimos expressões de alegria e festa, de sorrisos abertos acompanhados por flores, fitas, balões e frequentes aplausos à passagem da Imagem. Vimos faces marejadas e doridas, entregando a Maria pedidos de conforto e ajuda para suportar as agruras da vida. Vimos olhos elevados ao céu ou postos no chão, em contemplação serena dos mistérios da Mãe de Deus. Foram dias de festa, oração e expressão pública de fé que ficarão para sempre marcados nas memórias dos muitos milhares de pessoas que os viveram. Uma verdadeira bênção de Deus, através de Maria, para a renovação da fé e da vida espiritual deste povo de Leiria-Fátima. A Imagem partiu; a mensagem e a ternura da Mãe ficou e certamente dará frutos!

† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima


Jornal da Golpilheira

Esp

Maio de 2016

A Comunidade Cristã da Golpilheira estará em festa, no próximo domingo 29 de Maio, com a reinauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima a ser presidida pelo Bispo diocesano, D. António Marto. A Missa será às 11h00 e incluirá a bênção do espaço totalmente renovado e do seu novo altar, uma das peças litúrgicas que foram cedidas pelo Santuário de Fátima, retiradas da também recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Continuará com o almoço oferecido a todos e tarde de convívio. A propósito desta festa, o Jornal da Golpilheira inclui nesta edição um caderno especial

dedicado à igreja e à obra nela efectuada. Publicamos um texto da Comissão da Igreja sobre o processo que conduziu a esta data festiva, um texto da equipa projectista sobre os conceitos que nortearam a intervenção, um texto da empresa construtora sobre o decurso da obra, um texto do director do Museu do Santuário de Fátima sobre o mobiliário litúrgico vindo da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, um texto da Junta de Freguesia sobre alguns trabalhos conexos e ainda um texto com algumas curiosidades históricas sobre as nossas igrejas. E publicamos também várias fotos, a docu-

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12 p ecial ágin as mentar todo o processo. Neste caderno inclui-se ainda a participação publicitária de muitas das empresas e entidades que executaram, forneceram, ofereceram materiais ou apoiaram de qualquer outra forma esta empreitada. Desde já agradecemos às que aceitaram o nosso convite e possibilitaram a publicação deste caderno especial. O director

Comunidade Cristã em festa no dia 29 de Maio

D. António Marto preside à reinauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima


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. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

Jornal da Golpilheira Maio de 2016

Templo restaurado recebe altar da Basílica de Nossa Senhora de Fátima

Tal como a obra da igreja, a festa é de (para) toda a

Fotos: LMFerraz

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, principal centro de culto da Comunidade Cristã da Golpilheira (CCG), na paróquia da Batalha, entrou em obras no passado mês de Setembro de 2015. Construído na década de 1950, este templo evidenciava alguns sinais de degradação, sobretudo na estrutura do telhado, o que levou esta Comissão a ponderar uma intervenção, que foi preparada ao longo dos últimos cinco anos. Contratado o gabinete HDPG Arquitectos, quis aproveitar-se esta oportunidade para a elaboração de um projecto que dotasse o espaço de melhores condições de conforto, iluminação, estética e adequação às normas litúrgicas actuais. Esta remodelação acabaria por vir a transformar por completo o seu interior, com algumas implicações no exterior, visando torná-lo um lugar aprazível e convidativo

à celebração da fé. E a escolha dos projectistas revelou-se acertada, tal foi a qualidade do trabalho e a cordialidade, correcção e permanente colaboração para que todos os problemas se convertessem em oportunidades. A obra foi sujeita a concurso, para o qual convidámos as empresas da freguesia e outras de fora. Com um orçamento a rondar os 300 mil euros, foi adjudicada ao empreiteiro Arlindo Lopes Dias, do Olival. Também esta foi uma escolha acertada. Com um profissionalismo e uma disponibilidade a toda a prova, sempre dispostos a ouvir, a sugerir soluções e a trabalhar para que tudo correspondesse a um elevado padrão de qualidade, tanto os empreiteiros como os seus colaboradores merecem o nosso agradecimento e a nossa maior estima. Muitas empresas participantes

O mesmo poderemos dizer de outras empresas que participaram no processo, algumas sub-contratadas, outras a nosso convite. Em todas verificámos o interesse em que a qualidade dos materiais e do serviço correspondesse ao espaço sagrado a que se dedicavam. Desde a estrutura do telhado aos alumínios, das alvenarias e forras de paredes ao chão, da electrificação e redes técnicas até cada pormenor de iluminação, revestimentos térmicos, carpintaria ou pintura, cada escolha foi criteriosamente feita, equilibrando um orçamento possível com a qualidade desejável. Referimos, como exemplo, o pavimento de madeira flutuante, um topo-de-gama da conceituada empresa Pavimentos Silvas, Lda., que a certo momento não julgámos ser possível adquirir. Os arquitectos queriam o melhor, o empreiteiro desejava todas as garantias e foi possível chegar

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a bom porto, após uma árdua mas muito profícua negociação entre todos e com a empresa. Outro exemplo poderia ser o das luminárias, de qualidade também inicialmente considerada inatingível, mas que foi possível garantir com muita persistência e colaboração de todas as partes. Não podemos deixar de referir a empresa Calcidrata, que ofereceu todo o cimento-cola, a empresa Sousa & Catarino, Lda., que disponibilizou os dois blocos de pedra necessários, e a empresa Ruipedra, SA., que fez o respectivo corte e preparação para aplicação em paredes e chão e para diversas peças de pedra feitas de raiz. Referimos ainda algumas empresas locais que ofereceram serviços, materiais ou descontos consideráveis na produção: Caixifer, Construções Cesário Batista, Construções Joaquim Almeida Cardoso, Fernando

Frazão, Ferragens do Lena, Golpifer, Isaflores, Joaquim da Cruz Bagagem, Metalmonteiro, Puff e TopBanho. População generosa Mas a gratidão é extensiva a toda a população, que tem colaborado de forma surpreendente. Os fundos existentes inicialmente garantiam cerca de um terço da verba necessária e, nestes sete meses decorridos, já garantimos outro tanto em donativos e empréstimos particulares, estando por liquidar neste momento cerca de 100 mil euros. Uma das campanhas em curso é a da “venda” das antigas telhas do edifício pela quantia de mil euros cada, entregue emoldurada num quadro, como forma de agradecimento e para memória futura. A originalidade da proposta já convenceu quase quatro dezenas de “compradores”. E estamos certos que outros irão


Jornal da Golpilheira

. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Maio de 2016

comunidade cristã ainda aderir, agora que podem ver o resultado final. Mas muitas outras ofertas têm surgido e todas merecem o agradecimento com o mesmo carinho, sejam os 10 mil euros oferecidos por um anónimo ou os 60 mil emprestados por outro, até à nota de 5 euros dada por outro ainda – quem sabe com quanto custo. E também as pessoas que têm oferecido paramentos e objectos litúrgicos para a festa da inauguração. Não podemos esquecer o trabalho precioso de todos os membros do Conselho Administrativo e Pastoral da CCG, em especial das equipas de eventos, em cujos pequenos-almoços e outras iniciativas promovidas já se angariaram quase 10 mil euros. Ainda neste campo, cumprenos sublinhar o apoio de 15 mil euros da Câmara Municipal da Batalha para a mudança do telhado, a oferta de 10 mil euros

pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, o testamento de 5 mil euros na extinção do Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, a vinda de 5 mil euros da conta da Comissão da Igreja de S. Bento, fruto da união consolidada entre as duas comissões. Oferta do Santuário de Fátima Uma referência especial é merecida ao Santuário de Fátima. Além dos 7.500 euros em dinheiro, cedeu-nos um importante património material e espiritual, vindo da recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, também reinaugurada em Fevereiro passado. Em boa hora o vigário-geral da Diocese, padre Jorge Guarda, nos deu a “dica” que levou ao pedido, prontamente acedido pela reitoria e administração do Santuário. A peça mais importante é o altar, mas também a coluna para

a imagem de Nossa Senhora, as três cadeiras do presbitério, três vasos, duas mesas e uma estante, tudo na mesma pedra. Até 3 belas toalhas do mesmo altar nos foram oferecidas. É um valor simbólico e espiritual inestimável para a nossa igreja, também ela dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Igreja viva Lembramos que este processo tem, entretanto, sido acompanhado por um outro, também de renovação e revitalização, mas da igreja viva. Sem isso, a igreja de pedra de pouco valeria. Nesse sentido, esta parcela da paróquia da Batalha constituiuse com uma identidade reforçada como Comunidade Cristã da Golpilheira. O seu primeiro Conselho Administrativo e Pastoral tomou posse em Outubro passado, com mais de meia centena de pessoas directamente envolvi-

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das, distribuídas por comissões e equipas de trabalho, em sectores como as celebrações litúrgicas, a catequese, a acção social e outros eventos religiosos. Entretanto, foi reforçado com a tomada de posse das duas novas comissões da Golpilheira e de S. Bento, no passado mês de Abril. Meio ano depois, o balanço é muito positivo, sobretudo no dinamismo criado e na maior comunhão que se tornou evidente entre os fiéis desta freguesia civil. Missa e almoço de festa Está, portanto, tudo a postos para uma grande festa, no próximo dia 29 de maio, com o centro na Missa das 11h00, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e concelebrada pelo pároco, padre José Ferreira Gonçalves, e pelos reitor e administrador do Santuário de Fátima, respectivamente, padres Carlos Cabecinhas e Cristiano

Saraiva. Nesta celebração será feita a bênção do novo espaço e do altar, e será nela incluída uma cerimónia protocolar com a presença das pessoas e empresas envolvidas na obra, bem como das entidades civis que a apoiaram. No final, será descerrada a lápide evocativa deste dia. Como de festa se trata, o almoço será oferecido a todos os presentes, servido na rua em frente da igreja, assim o clima o permita. Senão, passará para o salão. Pede-se apenas, a quem quiser, que traga alguma sobremesa ou fruta para partilha com todos. Contamos com a animação do rancho folclórico As Lavadeiras do Vale do Lena, do Centro Recreativo da Golpilheira, e música ambiente, para que a tarde seja de convívio e confraternização, enquanto gente houver. Comissão da Igreja da Golpilheira


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. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

Jornal da Golpilheira Maio de 2016

Algumas datas importantes

LMFerraz

A partir do “Livro de receita e despeza da Capella da Golpilheira – 1897-1949”, do livro “Escrituração das contas da capela da Golpilheira – 1949-1970” e de outros registos avulsos do espólio da Comissão da Igreja da Golpilheira, é possível encontrar algumas datas de referência para a história da nossa comunidade cristã. Há ainda livros de actas e outra documentação, que poderão fornecer informações preciosas, mas que estão dispersos e terão de ser devidamente analisados. É um estudo que está por fazer e que iremos tentar, aos poucos, levar a cabo e divulgar. Para esta edição histórica, fomos procurar apenas encontrar alguns desses registos, sobretudo nos referidos livros de contas, entre 1897 e 1970. O primeiro registo de que há memória, nesse ano de 1897, refere que “havia em cofre 64$810”. Depois, aparece a primeira compra: “Um sino de 50 kilos, badalo, cainoto (?) - 29$100”. Será o sino que está ainda na Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Ainda nesse ano, aparecem várias compras (cabeçalho e carreto para o sino, um jogo de sacras, um vaso para água...) e várias despesas com materiais e mão de obra, o que indica que houve restauro naquela igreja. Há também registo de despesas e receitas de uma festa (em fogo, por exemplo, gastaram-se 10$180 e em músicos 8$500). Mas fomos sobretudo aos anos finais, à procura de sinais do início e decurso das obras da igreja nova. Dessa pesquisa adiantamos algumas datas curiosas: 1945-11-19 – Compra de uma nova imagem de Santo António 1947-04-19 – Licença para instituição do Santíssimo Sacramento 1948-07-25 – Compra da imagem de Nossa Senhora de Fátima e grande festa em sua honra. 1948-09-05 – Compra de uma aparelhagem sonora

LMFerraz

A história das nossas igrejas

A igreja primitiva, dedicado ao Senhor Bom Jesus dos Aflitos

1949 – Compra de carradas de pedra para a igreja nova 1950 – Os documentos indicam que haveria já, pelo menos, um esboço do projecto e teriam sido abertas as fundações. A pedra seria para enchimento de caboucos. 1951-1954 – Vários registos de que a obra avança, mas ainda não com grande velocidade. 1955-09-04 – Despesas escritura da compra do terreno para capela nova . É estranho este registo de pagamento, já que

A nova igreja, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, foi construída numa zona mais elevada

muitas testemunhas actuais asseguram que o terreno foi oferecido e nunca chegou a ser registado. 1956-12-31 – Pagamento ao arquitecto Fernando Santa Rita do projecto da igreja nova - 8.600$00 1957-07-05 – Camioneta de pedra 1960-07-16 – Entrega ao pedreiro António Cerejo, encarregado da construção da Igreja – 2.000$00. Será o início da fase mas acelerada da obra, aparecendo a partir daí muitas folhas de horas e pagamentos a pedreiros e serventes. Poderá ter havido muita mão de obra oferecida, mas é certo que houve muitos trabalhos pagos. 1961-04-01 – Pagamento cofragem da igreja 1961 – Vários peditórios em ovos 1961-04 e 05 – Ofertórios das missas para obras da igreja renderam 8.953$00 1961-05-28 – Quermesse na festa da Santíssima Trindade rendeu 1.254$00 1961-10 – Cortejo rendeu 17.567$70 1962 – Instalação do telhado. Segundo alguns testemunhos, a partir desta data já se começou a celebrar Missa na igreja nova, quando ainda nem tinha chão, a luz era trazida por um cabo da casa do senhor Bagagem e o altar era uma mesa provisória. 1962-12-13 – Compra do sacrário de metal, baldaquino, jogo de sacras, píxide, seis velas automatizadas e pintura de Nossa Senhora da Conceição (?) (7.000$00)

1962-07-05 – Entrega pelo Seminário de Leiria de uma herança de Maria Cândida da Silva (10.000$00). Aparecem em anos anteriores muitos donativos desta senhora. 1962 – Vários ofertórios “temáticos”: chefes de famílias, raparigas, rapazes, mulheres, homens... 1962-11-25 – Cortejo rendeu 6.729$50 1964-10-31 – Assentamento de tacos de madeira 1965-10-03 – Fundações para muro da escadaria 1966-05-03 – Reparação e pintura da imagem de Nossa Senhora de Fátima, por José da Silva França e Filhos, Lda., empresa do Porto. Supõe-se, por isso, que a imagem tenha sido feita nesta casa, no ano de 1948, em que surge a data da compra. 1966-10-03 – Construção da escadaria 1968-12-13 – Baixada eléctrica para “Capela de Nossa Senhora de Fátima” – primeira referência que se encontra nestes livros ao nome da dedicação da igreja. 1969 – Primeiras facturas de energia eléctrica. Nesta data estaria, portanto, consolidada a principal fase construtiva da igreja. Procuraremos em próximas ocasiões revelar mais dados da história da nossa Comunidade Cristã da Golpilheira. Luís Miguel Ferraz


Jornal da Golpilheira

. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Antigo presbitério da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Da basílica da Cova da Iria para a igreja da Golpilheira:

O mobiliário litúrgico desenhado por Erich Corsepius Em 1995, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Cova da Iria, estava em obras para remodelação do seu presbitério e para abertura da sepultura onde viria a ser tumulada, passados 11 anos, a vidente Lúcia de Jesus, junto ao túmulo de sua prima, Jacinta Marto. Com o intuito de reorganizar a estruturação dos lugares litúrgicos, o Santuário de Fátima confiou ao seu arquiteto residente, Erich Corsepius (1929-2009), o projeto de remodelação da capela-mor, a fim de a tornar mais digna, porquanto o mobiliário em uso se mostrava provisório. Para além da cadeira presidencial, foram, assim, substituídos o altar de madeira e as duas estru-

turas, muito próximas, que serviam para a proclamação da palavra e para a condução da assembleia, seja no que respeita aos comentários seja no que respeita ao canto. Embora o presbitério funcionasse já segundo a forma de celebrar do Concílio Vaticano II, é nesta altura que, do ponto de vista estético, as normas que dele dimanaram são materializadas, sobretudo pela aplicação de materiais nobres para fixação das peças litúrgicas e, bem assim, pela qualidade artística emprestada a esses dispositivos ao mesmo tempo cénicos e funcionais. Perfeitamente conhecedor da evolução da planta dos espaços litúrgicos que deriva da reflexão operada

pela Igreja ao longo do século XX, Corsepius sabe que quer fazer um altar robusto, que tenha relação clara com o lugar da proclamação da Palavra, razão pela qual o autor faz derivar, nos materiais, nas formas e nas proporções, a mesa da Palavra da mesa do Sacrifício e vice-versa. O projeto não esqueceria, obviamente, dois outros aspetos, de suma importância para a estruturação orgânica do lugar: hierarquia entre as peças desenhadas e a sua integração naquele espaço concreto. De facto, não tem a estante do condutor da assembleia o mesmo peso que as peças principais e a peanha para colocação da imagem da Virgem de Fátima também

não se mostra intrusiva. Também a integração das peças num espaço já construído com uma linguagem muito marcada fez com que o arquiteto usasse de uma medida de proporcionalidade muito apurada. No altar que desenhou, encastoou, ainda, uma peça antiga, lavrada de prata, trazida do primitivo altar da basílica e assinada em 1953 pelo escultor Martinho de Brito, estabelecendo estreita ligação à história daquele presbitério. Talvez sejam estas duas características – que se revelam, de facto, qualidades – a levarem a que as peças possam continuar a viver, ainda que num espaço diferente, depuradamente ligado a uma arquitetura do essencial, como é aquela que agora se desenha na igreja da Golpilheira. Em 2016, estas obras, agora num outro lugar, continuam a falar do essencial, desse ‘convivium’ dos discípulos de Cristo à mesma mesa, também naquele lugar congregados sob a proteção da Virgem Maria que, vestida da cor batismal, traz nas suas mãos as contas pelas quais se meditam os mistérios da vida de Cristo.

LMFerraz

Marco Daniel Duarte Diretor do Museu do Santuário de Fátima Novo presbitério da Igreja da Golpilheira

O autor escreve segundo o acordo ortográfico


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. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

Jornal da Golpilheira Maio de 2016

«Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.» Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa.” (Do relato da 2.ª Aparição de N.ª Senhora) E, abrindo as mãos, fê-las reflectir no Sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projectar no Sol.” (Do relato da 6.ª Aparição de N.ª Senhora

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Fonte: “Memórias da Irmã Lúcia”, 14.ª ed. Fátima, Secretariado dos Pastorinhos, 2010.

Imagem da Golpilheira

Um espaço dedicado à Mãe de Deus só poderia ser “branco” e profuso de luz 1. Motivação da intervenção A igreja não paroquial da Golpilheira, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, foi construída na década de 50 em terreno doado para o efeito. Em posição sobranceira da Golpilheira, situa-se a pouca distância da primitiva capela quinhentista do Bom Jesus dos Aflitos. O templo agora objecto de intervenção, construído depois da reforma litúrgica pós-Concílio Vaticano II, reflectia já alguns princípios da, então, nova orientação litúrgica. O edifício apresentava originalmente planta rectangular, de nave única, com capela-mor a Nascente. Desde a sua construção original, foram sendo feitas algumas intervenções, nomeadamente, a construção do anfiteatro do coro-alto e os espaços de apoio pastoral, a Nascente e a Sul. Em 2011, face às condições em que se encontrava o telhado, onde se identificavam diversos apontamentos no interior que indiciavam já patologias graves de infiltração, surge a vontade manifestada pela actual Comissão da Igreja, de proceder a uma intervenção mais ambiciosa para além da mera substituição do telhado. O espaço existente apresentava desde logo alguns aspectos estruturais que importava corrigir, face à incompatibilidade do espaço existente, em contraponto com o princípio basilar da desejada organização pós-conciliar, na promoção de uma “participação mais activa dos fiéis na celebração da Sagrada Liturgia”, nomeadamente, no diferencial acentuado de cotas que existia entre o nível da assembleia e o presbitério, com mais de um metro de altura. O altar, situado ao centro da capela-mor, encontravase afastado da primeira linha da assembleia cerca de cinco metros. O sacrário, por sua vez, estava localizado no fundo da capela-mor, em posição lateral, quase “oculto” do campo de visão de boa parte da assembleia, numa relação com os fiéis que se consideraria quase inatingível. O ambiente lumínico geral do espaço era bastante precário e a luz que provinha das escassas e exíguas janelas rasgadas no alçado Norte e Poente era ainda filtrado pelos vidros coloridos, conferindo ao ambiente interior uma atmosfera dominantemente sombria. O pé-direito excessivamente alto estabelecia uma relação despro-

porcionada e desconfortável, face à largura da nave, acentuada pelas chapas de “platex” pintadas de castanho que revestiam o tecto com carácter, no início, certamente de forma provisória, mas que foram perdurando. Os materiais aplicados no revestimento de paredes e pavimentos eram, de forma geral, de qualidade, cor e formas dissonantes entre si, conferindo ao espaço pouca qualidade estética. Em contraponto, desde muito cedo, na relação que se estabeleceu entre a equipa projectista e a Comissão da Igreja e o pároco, pressentimos junto desta Comunidade Cristã da Golpilheira uma vivacidade e dinâmica surpreendentes, nomeadamente, na animação da dinâmica litúrgica desejada para esta igreja, bem como na forma como pretendeu ajudar a construir este projecto e a consequente obra, de forma coerente, rigorosa e empenhada, envolvendo sempre toda a comunidade em cada nova etapa do processo. A intervenção que agora se conclui só foi possível realizar porque todos os intervenientes, desde a equipa projectista, à equipa de construção e à Comissão da Igreja, estiveram sempre em permanente diálogo e, com mútuo respeito, encontraram sempre em conjunto as soluções que materializaram esta obra, tornando-a coerente e porventura bela.

2. Conceito do projecto A “Senhora Cheia de Graça” anuncia-se em Fátima aos Pastorinhos transbordando a “Luz de Deus”, “uma luz” que emanava das mãos de Nossa Senhora… a Mensagem de Fátima convida-nos a contemplar a imagem de Nossa Senhora como portadora da “pre-

Vista a partir do altar

LMFerraz

«– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.» Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: – Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.” (Do relato da 1.ª Aparição de N.ª Senhora)

Notas sobre o projecto de arquitectura

LMFerraz

Memórias da Irmã Lúcia

Pormenor de entrada de luz

sença” de Deus que se grava indelevelmente no íntimo de cada um. Maria foi escolhida por Deus para acolher no seu ventre o “Seu Filho muito amado”, por ser pura e imaculada, ela que é o próprio reflexo do Sol, espelho digno que reflecte a sua luz. Um espaço dedicado à Mãe de Deus só poderia ser, por isso, “branco” e profuso de luz. Quando começámos este projecto, foi bastante claro para nós o desejo de definir um espaço interior luminoso, até por contraponto ao que existia, que era claramente sombrio. Foi uma tónica que sempre nos orientou neste projecto, procurando inventar a forma para a luz natural penetrar, testando as suas diversas formas, quer directamente quer de modo mais ou menos misterioso, como no fundo do presbitério ou na escada que dá acesso ao coro-alto. O espaço interior foi assim desenhado, esculpindo de algum modo uma “massa” imaginária que se traduziu no espessamento das paredes e do tecto, orientando a luz, criando efeitos de sombra projectada noutros, fazendo des-

lizar a luz nas superfícies curvas e brancas. Dedicado a Maria, desejámos um ambiente, de certo modo, quase feminino, na procura das formas mais orgânicas, curvas, superfícies concordantes e arestas. Quisemos materializar um lugar digno suficiente para acolher o “Coração Imaculado de Maria”, esse lugar de encontro em que se enraizará a nossa e a sua intimidade com Deus, um coração que é “refúgio” e que Nossa Senhora revela aos Pastorinhos como “o caminho” que conduz até Deus.

3. Intervenção realizada A intervenção proposta foi motivada pela vontade de remodelar os interiores da Igreja, sobretudo reorganizando o espaço litúrgico, de modo a introduzir novas qualidades estéticas e espaciais ao espaço, nomeadamente, uma iluminação natural mais eficiente e profusa. Pretendemos ainda ampliar parcialmente a nave da Igreja, para configurar um espaço de apoio à celebração, destinado a acomodar o coro litúrgico. A intervenção actuou ainda na cobertura e tecto interior, procurando conferir-lhe nobreza e integrar simultaneamente as necessárias infra-estruturas técnicas de iluminação, acústica e controlo térmico. Todo o espaço interior da igreja foi pensado e projectado para se orientar para o principal foco litúrgico, que é a mesa do Sacrifício Eucarístico. A ideia de fundo foi aproximar o presbitério da assembleia, fazendo avançar o Altar e o Ambão na direcção da assembleia, e transferir o Sacrário para a ala lateral do


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presbitério, de modo a permitir a oração pessoal dos fiéis de forma mais directa do que anteriormente se verificava. Nesta zona, o tecto foi rebaixado, para configurar um espaço mais íntimo e próprio para a oração e adoração ao Santíssimo Sacramento. O nível do presbitério foi igualmente rebaixado para dois degraus apenas, relativamente à nave, que foi entendida como um espaço único e revestido de forma distinta do presbitério. A presidência foi colocada em posição axial atrás do altar, assente numa plataforma sobrelevada, por forma a garantir a visibilidade do presidente da assembleia litúrgica. O presbitério foi transformado num espaço menos profundo e mais amplo, desenhado para acolher os diversos componentes litúrgicos em linha, acentuando a presença do “novo” altar, que foi colocado sob um lanternim zenital que ilumina de forma profusa todo o “corpo litúrgico” composto por Ambão, Altar e Sacrário. O fundo do presbitério, onde se situa agora a presidência, resulta num plano curvo, iluminado de forma indirecta por um novo vão “rasgado” na fachada Norte e que se projecta para a nave, unificando todo o espaço interior num movimento envolvente e congregando toda a assembleia que se distribui quer pela nave quer pelo coro-alto. A iluminação natural no interior da igreja foi conseguida promovendo a abertura de novos vãos nas fachadas disponíveis e ampliando as janelas existentes, maximizando a entrada de luz natural proveniente das diversas posições do zénite solar. No espaço sob o coro-alto, a luminância foi amplificada substituindo o guarda-vento opaco existente por um corta-vento translúcido em vidro, recuperando para o interior a luz proveniente da porta de entrada.

Carlos Monteiro

HDPG, arquitectos Humberto Dias e Pedro Gândara são dois arquitectos associados que desenvolvem a sua actividade profissional em conjunto desde 2005. Licenciados em Arquitectura e Arquitectura de Interiores pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, desenvolvem em coautoria, e parcerias com outros projectistas, projectos de arquitectura, urbanismo, arquitectura de interiores, design de mobiliário e projectos de luminotecnia, com especial vocação na área da reabilitação de edifícios históricos, da arquitectura de igrejas e espaços litúrgicos. Com projectos realizados em território nacional e no estrangeiro, foram recentemente responsáveis pelo projecto de Reabilitação da Torre da Sé de Leiria e desenvolvem actualmente o projecto de Ampliação e Recuperação da Igreja de Nossa Senhora da Luz, da Maceira, ambos monumentos classificados de interesse público. Foram também os projectistas da restauração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Golpilheira. Teste à iluminação

A iluminação natural foi ainda potenciada pelo uso criterioso de materiais, circunscrita a tonalidades claras próximas do branco ou neutras, nomeadamente, no uso de pedras calcárias claras, paredes pintadas de branco ou madeiras pintadas de branco. As imagens sagradas existentes na igreja foram ainda reposicionadas, estabelecendo uma dialéctica relacional entre si, de acordo com a sua dimensão iconográfica. No caso da imagem de Nossa Senhora de Fátima, figura central da dedicação da igreja, estará doravante situada no presbitério, no lado oposto ao Santíssimo, numa posição mais próxima dos fiéis como figura de intercessão e devoção. A imagem do Sagrado Coração de Jesus passará a situar-se na parede Norte, enquadrada com a janela que se espera um dia vir a ser guarnecida de um vitral alusivo à invocação. Finalmente, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, que é de Cristo crucificado, figurará como cruz de altar, colocada ao fundo do presbitério, junto à presidência.

4. Projecto de luminotecnia 4.1. Objectivos O projecto de luminotecnia da Igreja de Nossa Senhora de Fátima – Golpilheira, procura garantir a leitura coerente do espaço arquitectónico, sublinhando as características particulares deste, as suas massas e os seus vazios, pontuando os silêncios e valorizando a nobreza e o carácter dos materiais utilizados, em particular a pedra e

a madeira, num contexto de depuração do desenho e de grande simplicidade e despojamento formais que se traduzem nas superfícies brancas dos paramentos de parede. Procura, ainda, simultaneamente, dar resposta às premissas essenciais da iluminação de um espaço litúrgico. Assim, procurou garantir uma diversidade de ambientes luminosos que permitam a correcta iluminação do espaço, de acordo com as suas funções específicas ou os diversos momentos de utilização, sejam eles de celebração colectiva ou de recolhimento e introspecção individual. Também o destaque, pela iluminação, dos diversos elementos iconográficos, litúrgicos ou das obras de arte presentes no espaço deve ser procurado em função do seu valor simbólico ou estético, mas acima de tudo pelo seu valor programático e litúrgico. Há a considerar outros aspectos fundamentais, como o conforto visual; a adequação do fluxo luminoso, da óptica das luminárias ou da temperatura da cor à função de cada área específica; a necessidade de recentrar da atenção da assembleia nos elementos do presbitério que são o centro da celebração litúrgica; a definição e o sublinhar da hierarquia espacial através da utilização de diversos tipos de iluminação; a redução do “ruído visual” envolvente que promove a dispersão da atenção; a possibilidade de simultaneidade e/ ou de adição de diversos cenários sem que as estratégias de iluminação se anulem entre si; para além

do carácter cénico e discreto da intervenção. 4.2 Estratégia A intervenção alicerçou-se na definição de três áreas funcionais diferenciadas, a iluminar segundo estratégias distintas. De certo modo, procurou-se uma gradação qualitativa da natureza da iluminação. A área do presbitério recebe iluminação directa e orientada dos elementos litúrgicos mais significativos: Sacrário, Ambão, imagem de Nossa Senhora de Fátima, Cruz e Altar, criando e reforçando, pelo contraste na intensidade da iluminação entre estes elementos e a assembleia, o verdadeiro centro do espaço e da liturgia. Também a iluminação da parede curva no tardoz da presidência, no que se pode entender por uma reinterpretação da abside medieval, através de uma iluminação indirecta, discreta e “misteriosa”, permite conferir ao espaço uma maior profundidade, assim contribuindo para o reforçar da axialidade da nave e para o recentrar do altar no espaço, aproximando-o da assembleia. Toda a área “central” da nave é iluminada num primeiro momento através de uma estratégia de iluminação indirecta, através da colocação de luminárias que procuram incidir sobre as superfícies de parede de um modo rasante, sugerindo uma maior verticalidade do espaço e ampliando a dimensão das superfícies, libertando o volume do tecto e contribuindo para uma leitura do espaço que resulta da natureza distinta da iluminação

da nave com a nova escala introduzida pelo desenho. O forte efeito cénico e a temperatura/cor da luz permitem reforçar a intenção da intervenção arquitectónica, que se pretende serena e reorganizadora do espaço e das suas hierarquias e ligações. Está também prevista a instalação de luminárias para iluminação directa da nave central, para que se possa reforçar a iluminação na assembleia sempre que tal se justifique. Esta estratégia também é seguida na área do coro-alto, coro novo, Capela do Santíssimo, área técnica e na zona central sob o coro alto (junto da entrada principal). Na área envolvente da assembleia, podemos identificar quatro locais distintos: a Capela do Santíssimo, o coro novo, a zona da entrada e a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Promoveu-se uma estratégia de iluminação indirecta e/ou difusa do espaço, instalada essencialmente nas paredes envolventes, que, aproveitando as características da arquitectura, permite a definição de uma iluminação “volumétrica” que constitui um primeiro cenário, contribuindo para a iluminação da nave principal sem anular a estratégia adoptada para a iluminação das restantes áreas. Todos os elementos notáveis, como o Sacrário e a imagem do Sagrado Coração de Jesus, são iluminados de um modo directo, que promove a sua valorização no espaço e o destaque da envolvente.

Humberto Dias e Pedro Gândara Marinha Grande, 23-05-2016

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. entrevista . . . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima”

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Mensagem da empresa de construção

Um projecto, uma missão

LMFerraz

A remodelação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima foi, desde o início, um desafio aliciante. Não se trata de um cliente, mas sim de toda uma comunidade que faz também deste espaço a sua assembleia. A sua vitalidade está nas pessoas que a frequentam, que colaboram e contribuem para o sucesso desta obra. E desde o primeiro momento que acolhemos com entusiasmo todos os contributos que foram dados durante o decor-

rer dos trabalhos. Apostamos na qualidade de construção, na confiança do serviço prestado e no acompanhamento aos nossos clientes em todo o processo construtivo. Estamos sediados no concelho de Ourém, onde somos reconhecidos como uma empresa sólida, competitiva e em constante adaptação às exigências do mercado. Não nos limitamos à mera execução e assumimos o compromisso de contribuir para

Arquitectos Pedro e Humberto com o empreiteiro Arlindo (dir.)

que o resultado final corresponda às expectativas dos nossos clientes. Esperamos mesmo superar as expectativas, para que não seja só a execução de um projecto, mas o realizar de um sonho. Do vosso sonho!

Empresa de vocação pessoal Esta empresa tem um nome próprio, porque queremos que nos tratem por “tu”. Porque temos um rosto e uma palavra para com todos os que nos procuram. Tratamos todos os nossos clientes como amigos, pois sabemos o quão importante são os seus sonhos e ambições. E cada trabalho realizado tem a mesma dedicação e empenho, quer seja a construção de um passeio, de uma vivenda ou de um edifício industrial. A obra da Igreja da Golpilheira reflectiu esta postura e esperamos que fiquem tão satisfeitos com o resultado final como nós. O que fazemos, procuramos fazer bem feito. E isso traduz-se na fidelidade que os nossos clien-

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Arlindo Lopes Dias, Unipessoal, Lda. Esta é uma empresa de construção civil e obras públicas liderada por Arlindo Dias, com actividade própria há 30 anos. Caracterizada pela versatilidade de execução de trabalhos, realiza obras desde remodelações e reconstruções até construção de edifícios desde a sua raiz. Detém um capital social de 270.000 euros e possui um alvará que lhe permite realizar obras superiores a 2,5 milhões de euros. No seu portefólio de trabalhos executados podemos encontrar, não só reabilitações de outras igrejas, mas também construção, reconstrução e reabilitação de moradias, prédios habitacionais, edifícios hoteleiros, comerciais e industriais, centros de apoio social, creches, lares de idosos, entre outros. Foi a empresa que ganhou o concurso de adjudicação e executou a empreitada de reabilitação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Golpilheira. tes demonstram para connosco. São eles as melhores referências do nosso trabalho e trabalhamos continuamente para a sua satisfação, colaborando activamente para a construção dos seus projectos, partilhando o nosso conhecimento e experiência.

Feito por pessoas, para pessoas. Para si! Não existem duas obras iguais e na sua execução é necessário garantir que se encontrem as melhores opções construtivas, alinhando as especificações técnicas projectadas com as expectativas do resultado final. É fundamental

ter os parceiros certos e o sucesso desta intervenção também se deve a eles! Nas mais diversas áreas técnicas, trabalhamos com empresas e profissionais experientes e que também contribuem activamente para encontrar as melhores soluções, que se enquadrem nas orientações definidas pelos autores de projecto e donos de obra. Os nossos clientes não precisam de ser especialistas na construção para saberem que terão ao seu dispor as melhores opções em todas as áreas. Essa é a base de todo o trabalho: confiança.

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Juntos, superamos expectativas!


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. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Junta de Freguesia apoia as obras da Igreja

Obras em espaços junto à igreja Maria Coelho Pereira, mais conhecido por confinar com a fonte e respectivo tanque. Procedemos ainda à reposição de calçadas, com vista a melhorar a mobilidade e drenagem de águas na zona, nomeadamente, junto ao alpendre na entrada das salas de catequese, que precisava há muito de uma intervenção. Também a lápide que será evocativa das obras realizadas ficará ao nosso encargo, para que fique perpetuada a data desta reinauguração e a bênção da igreja pelo Bispo diocesano. Todas estas intervenções avulsas rondarão um investimento global de cerca de 5.500 euros, inscrito na rubrica orçamental de arranjos diversos em espaço público. Será um esforço extraordinário, mas que a bem da comunidade local e da mobilidade estamos dispostos a fazer, transmitindo ao Município a sua justificação. O presidente, Carlos Monteiro Santos

LMFerraz

De acordo com a Constituição da República, o Estado e as suas instituições são de carácter laico, não podendo dar primazia nos investimentos a uma ou a outra religião. Mas também é certo que, no caso da nossa Freguesia, o papel da religião católica sempre foi de relevo, quer no sentido formativo da sociedade local, quer na dinamização de diversas actividades de carácter geral e lúdico. Pese-se ainda a certeza de que é na religião católica que a esmagadora maioria da população se revê, independentemente de a prática habitual dominical regular ser de apenas algumas centenas, num universo de mais de 1500 habitantes. Foi por isso que o executivo da Junta de Freguesia deliberou realizar um conjunto de obras de melhoramento e embelezamento em redor das agora findas obras da igreja central da Freguesia. São elas a recuperação e pintura dos muros de suporte da própria igreja, do largo 31 de Dezembro e ainda do largo Afonso

Os muros também precisaram de uma reparação

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Parabéns à Comunidade Cristã da Golpilheira A Junta de Freguesia da Golpilheira quer assinalar este momento festivo, começando por lembrar a Comissão da Igreja, que teve a iniciativa de promover esta obra na Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Aquilo que começou por ser um alerta para a mudança do telhado, acabou, e bem, por ser uma renovação profunda no interior do templo e em todos os elementos de suporte ao culto, como a sacristia, as instalações sanitárias e outros. O que mais nos impressiona é o ambiente que agora se respira dentro da igreja. A luz, os tons, a orgânica do espaço e, acima de tudo, os materiais usados auferem o conforto necessário para que o culto seja vivido de uma forma mais participativa. Está de parabéns a população da nossa Freguesia e todos aqueles que o tornaram possível, em particular, os elementos do Conselho Administrativo e Pastoral da Comunidade Cristã da Golpilheira.


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. entrevista . . . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima”

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. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Solidez. Responsabilidade. Eficácia. Proximidade. Simpatia. Amizade. São apenas algumas das características do banco da (nossa) terra.

Temos todo o gosto em apoiar a requalificação da Igreja da Golpilheira e todos os projectos que resultam no crescimento e melhoria da qualidade de vida das pessoas deste Concelho!

A Freguesia do Reguengo do Fetal saúda a população da Golpilheira nesta importante data da reinauguração da sua igreja.

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. entrevista . cultura .

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Município sonha fazer da Batalha um “farol internacional” A eleição da Miss Portugal de 2016 e 2017 terá lugar na Batalha, terra histórica e de grande beleza. O anúncio foi feito numa sessão que decorreu no passado dia 6 de Maio, no Hotel Villa Batalha, com a presença de Rafael Freitas, estilista, Pedro Machado, representante do Turismo do Centro, Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, e Isidro de Brito, da organização da Miss Portugal. Este último começou por dizer que, normalmente, a eleição da Miss Portugal era efectuada em Lisboa, mas nos passados dois anos teve lugar na Região Centro e Região Oeste. Este ano, houve disponibilidade do Município da Batalha em receber o concurso e, “dada a experiência dos dois anos anteriores terem sido bastante positivas”, ficou acordada a sua realização na Batalha nos próximos 2 anos.

MCR

Miss Portugal eleita na Batalha em 2016 e 2017

O concurso deste ano terá lugar no dia 30 de Julho. Rafael Freitas congratulou-se por ter sido o estilista escolhido para este concurso, uma vez que é um dos grandes objectivos da sua profissão. Espera corresponder às expectativas. Informou ainda que a Batalha é o sítio ideal para apresentar as suas colecções. Já Pedro Machado enalteceu a disponibilidade do Município da Batalha para ter mais um evento de grande projecção a

seu cargo. “Vai ser uma grande propaganda para o turismo local e regional, sendo um concurso que, para além de outras finalidades, visa valorizar a mulher nos seus diversos aspectos”. O presidente da autarquia começou por afirmar que a Batalha “está associada ao turismo, património e beleza e é uma porta de entrada na nossa região”. Assim, “esta é uma área estratégica que temos de aproveitar, tirando assim o maior

rendimento dela, com uma nova dinâmica, difundindo a imagem de qualidade, organizando novos eventos, para captar novos públicos”, defendeu Paulo Batista Santos. O Mosteiro da Batalha é o terceiro monumento mais visitado em Portugal, com cerca de 500 mil turistas anuais e “neste momento, já há uma certa qualidade de oferta turística”. Mas “esta ainda pode ser potenciada, aproveitando a nossa diáspora, fazendo passar a matriz da Batalha como moderna, bonita e muito disponível para acolher novos projectos”. Deixando como mote “fazer da Batalha um farol internacional, para que possam conhecer melhor o nosso país”, o presidente anunciou que o concurso Miss Portugal deste ano, tendo como pano de fundo o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, terminará com um grande festival de pirotecnia, luz e som. | MCR

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Pia do Urso é o projecto

Batalha está nos Prémios Município do Ano O Município da Batalha está no lote dos finalistas aos Prémios Município do Ano, iniciativa da Universidade do Minho que visa reconhecer as boas práticas dos municípios portugueses com impactos assinaláveis no território, na economia e na sociedade. O projecto de recuperação da Aldeia da Pia do Urso e a instalação do Centro de BTT constitui a candidatura apresentada pela autarquia da Batalha, evidenciando o carácter estrutural que estes projectos assumiram para a promoção do crescimento turístico e económico da aldeia da Pia do Urso, da freguesia de São Mamede e do próprio Concelho. Nesta edição dos Prémios Município do Ano foram registadas 93 candidaturas, sendo que só da região centro foram submetidos 31 projectos. Os finalistas estão agrupados em 9 categorias, de acordo com a localização geográfica e a população concelhia. pub

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Futebol 11 Veteranos

30-04 – Penela – 2/Golpilheira – 2 07-05 – Tremês – 2/Golpilheira – 6 14-05 – Tó Mané – Braga - 4/Golpilheira – 1 Próximos Jogos VII Torneio Amizade -11-06 – 10h00 – Campo de Jogos Municipal da Batalha com a participação das seguintes equipas: C. R. Golpilheira, AD Pontassolense – Madeira, Tó Mané – Braga, Outras Actividades 2 a 5-06 - Participação na FIABA (Tasquinhas – Batalha) 26-06 – Convívio de final da época 2015/2016, com uma sardinhada no Parque de Merendas das Paredes.

FUTSAL

Campeonato Nacional de Seniores Femininos

30-04 - Novasemente – 3/Golpilheira – 1 14-05 – Golpilheira – 5/Sporting – 3 21-05 – Vermoim – 11/Golpilheira – 3 Próximos Jogos 28-05 – 16h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica 04-06 - 16h00 – (Quinta dos Lombos) – Quinta Lombos/Golpilheira

Taça Nacional de Juniores Femininos

08-05 – Golpilheira – 3/Sporting – 2 15-05 – Rio de Moinhos – 0/Golpilheira – 2 22-05 – Benfica – 3/Golpilheira – 0 Próximos Jogos 29-05 – 16h00 – (São João da Talha) – Sporting/Golpilheira 05-06 – 18h00 – (Golpilheira) – Golpilheira /Rio de Moinhos 12-06 – 18h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica

Torneio Complementar de Juvenis Masculinos – Série B 01-05 – Olho Marinho – 5/Golpilheira – 2 07-05 – Golpilheira – 1/Ribeira do Sirol – 0 14-05 – Amarense – 2/Golpilheira – 1 21-05 – Concha Azul – 0/Golpilheira – 10 Próximos Jogos 28-05 – 15h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Casal Velho

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos 08-05 – Golpilheira – 2/Telheiro – 0 17-05 – Atlético de Leiria - 0/Golpilheira - 7

Maior evento de Kart Endurance na Península

24 Horas da Batalha em Karting O parque Euroindy, na Batalha, vai promover a 20.ª edição das 24 Horas da Batalha em Karting, com entradas grátis, nos dias 4 e 5 de Junho. São mais de 30 equipas e cerca de 300 pilotos e convidados, portugueses e estrangeiros, que transformarão o kartódromo da Batalha num palco desportivo internacional. Afirmando-se como o “maior evento de Kart Endurance na Península Ibérica”, esta é uma competição preparada para a era digital, onde o visitante tem a possibilidade de aceder via wireless ao sistema de controlo e assim verificar como se consegue ganhar aquele segundo ou fracção de segundo nas trocas de piloto, bem como a velocidade da “box”. Mas as 24 Horas da Batalha abordam muito mais do que apenas o Karting. O poder da tecnologia no evento fornece conteúdo para todas as linhas de negócio. As equipas participantes poderão trazer especialistas das aéreas de recursos humanos, compras, “marketing” e venda, que poderão trocar informações, contactos e conferir os conteúdos durante os dois dias de evento. Pela primeira vez, o carro “Izzi-Flex” irá aparecer com um novo visual, bem como na versão eléctrica, resultado do protocolo do Instituto Politécnico de Leiria com a equipa técnica do Euroindy. Tendo em conta a autonomia das baterias, a equipa será composta por figuras públicas.

Desporto do CRG

Resumo das actividades desportivas Com os campeonatos a chegarem ao fim, é altura de se apalpar o pulso às nossas equipas. Os Veteranos, única equipa que não tem como prioridade os resultados desportivos, mesmo assim portou-se à altura. Já na “terceira parte”, foram imbatíveis. Terminam a época desportiva, no dia 11 de Junho, com a organização do VII Torneio Amizade. A equipa de Futsal Sénior Feminino, a disputar o Campeonato Nacional, teve uma primeira fase onde atingiu os objectivos. Classificou-se para a segunda fase e garantiu a presença neste Campeonato Nacional, para a época 2016/2017. O desempenho na segunda fase tem estado aquém das expectativas, muito por causa das lesões que afligiram algu-

mas atletas. Uma vitória na última jornada com o Sporting veio moralizar as tropas. Terminam o Campeonato no dia 4 de Junho, na Quinta dos Lombos. A Equipa de Futsal Júnior Feminino está a fazer um brilharete. Conquistou a Taça e o Campeonato Distritais com toda a justiça. Está a participar na Taça Nacional. Superou a primeira fase, baqueando apenas frente ao Benfica. Na segunda fase, venceu os dois primeiros jogos, um dos quais frente ao Sporting. A Equipa de Iniciados Femininos participou na Taça Promoção, e a sua participação foi agradável. É uma equipa que está numa fase de construção, cujos frutos com certeza vão aparecer muito em breve. Já

terminaram esta Taça. A Equipa de Juvenis Masculinos está a participar no Torneio Complementar de Juvenis Masculinos, Série B. O seu desempenho está a ter alguma regularidade. O último jogo realiza-se no dia 28 este mês, em casa, contra a equipa do Casal Velho. A Equipa de Iniciados Masculinos disputou o Campeonato Distrital, com excelentes resultados. Parabéns a todos os atletas, bem como aos treinadores: Miguel, Paulo e Jorge Rito nos Veteranos; Sandra e Nuno Bagagem nos Juvenis Masculinos, e Teresa Jordão nas equipas de Seniores, Juniores e Iniciados Femininos e na de Iniciados Masculinos. MCR

BTT une desporto, natureza e convívio

300 na Maratona do Centro Realizou-se no passado dia 15 de maio a X edição da Maratona do Centro, que contou com mais de 300 participantes. Organizada pela Airbike, com o apoio das entidades locais, a prova apresentou duas distâncias, de 65 km e de 40 km, procurando oferecer a todos a possibilidade de participação e satisfação, conforme o grau de exigência escolhido. E assim se cumpriu o objectivo.

DR

Equipas do CRG

Mais uma organização Batalhabikers

FIABA BTT 2016 O grupo Batalhabikers irá organizar, no dia 5 de Junho, a 5.º edição do passeio “FIABA BTT – Pelos Trilhos do Centro”, integrado na Feira Internacional de Artesanato e Gastronomia da Batalha, que se realiza entre os dias 2 e 5 de Junho. Contando com o apoio da Câmara Municipal da Batalha, da GNR, dos Bombeiros Voluntários, do Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso e de outras

entidades ligadas à prática do ciclismo, o passeio vai ter dois tipos de percursos, para que todos possam participar com família, filhos ou avós. Ambas as distâncias, uma de 45 km e dificuldade média/alta e outra de 20 km e dificuldade baixa, estarão devidamente sinalizadas com as devidas placas e fitas informativas e inseridas nos trilhos do Centro de BTT Pia do Urso. Todos os participantes estarão cobertos

por um seguro de acidentes pessoais e responsabilidade civil. As inscrições estão a decorrer e têm um limite de 300 participantes, por motivos de segurança. Segundo nota da organização, em 2012, na primeira edição da prova, as inscrições estavam limitadas a 200 participantes mas vieram 260; em 2013 limitouse a 300 e inscreveram-se 350, mas razões de segurança levaram a não ul-

trapassar muito os 300 ciclistas nos anos seguintes. Refira-se que o grupo Batalhabikers, criado oficialmente em 2010, é uma associação desportiva sem fins lucrativos, sediada na Batalha, e que tem como objectivo principal a participação em eventos ligados à prática do BTT, representando assim a vila da Batalha, fomentando e divulgando os mesmos no concelho, na região e, por vezes, a nível nacional.


Jornal da Golpilheira

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. entrevista desporto .

Maio de 2016

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Penela – 2/Golpilheira – 2 Este encontro foi disputado no dia 30 do passado mês de Abril, no Campo de Jogos de Penela. Foi o primeiro encontro entre estas duas equipas, que nos visitarão no dia 25 de Março de 2017. O jogo foi muito equilibrado, disputado com correcção, aliás, como é apanágio entre equipas de Veteranos. Marcou primeiro a equipa da casa. A nossa equipa reagiu bem e, passados alguns minutos, Calhau empatou o jogo, colocando assim justiça no marcador. Ambas as equipas procuraram obter o segundo golo. Foi mais feliz o Penela, que passou para a frente. Os nossos abnegados e lutadores veteranos não desistiram e o inevitável Calhau obteve o golo do empate. Até final do encontro não houve mais golos. Resultado certo, por aquilo que ambos os grupos fizeram ao longo dos 80 minutos de jogo. O jantar convívio realizou-se num restaurante local. Também decorreu muito bem. A refeição muito boa e bem confeccionada e as bebidas à altura. No final e após algumas horas de convívio, foi efectuada pela equipa da casa a habitual entrega de uma lembrança. Altura aproveitada para dirigir algumas palavras de incentivo a estas iniciativas, onde um dos grandes objectivos é angariar novas amizades. Tremês – 2/Golpilheira – 6 Este jogo foi disputado numa localidade perto de Tremês, no passado dia 7 de Maio. A nossa equipa, em termo de resultados desportivos, tem estado um pouco abaixo das ex-

MCR

Futebol 11 | Veteranos do CRG muito activos

Com a equipa de Penela

pectativas. Não é que tenhamos um plantel fraco. Fomos constituídos no ano de 2009, e daí até cá, poucas entradas de novos atletas se verificaram. É fácil depreender que estamos todos mais velhos sete anos. E se ainda este factor não bastasse, são os mais novos que menos participam nos nossos jogos. Para este desafio fomos com um plantel mais equilibrado. Após o apito inicial, e depois de algum tempo de estudo da equipa adversária, começámos a mandar no jogo. Não tardou muito a obtenção do primeiro golo, por Bruno, aliás muito festejado, pois era o primeiro jogo da época em que este atleta participava. O nosso domínio intensificava-se e Miguel obteve o segundo golo. Não tinha sido normal a nossa equipa marcar em tão pouco tempo dois golos. Mas o melhor ainda estava para vir. O terceiro golo surgiu com naturalidade, uma vez mais por Miguel. A equipa da casa tentava obter o seu primeiro golo, vindo a conseguilo. No entanto, ainda antes do intervalo, o nosso ponta de lança, João Lelo, obteve um golo de belo efeito. Fomos para intervalo a ven-

cer por 4-1. No segundo tempo, o Tremês reagiu, obtendo o segundo golo. No entanto, Bruno estava endiabrado, querendo recuperar o tempo perdido, e obteve mais dois golos, com destaque para o sexto, com um grande chapéu ao guardaredes. Jogo muito correcto por parte de ambas as equipas. A terceira parte realizou-se num restaurante da zona, muito acolhedor. A refeição estava óptima, bem confeccionada e muito bem servida. As bebidas também estiveram à altura dos veteranos. Como estávamos na região Ribatejana, o restaurante estava decorado com alguns objectos relacionados com o campino. O nosso amigo Cunha, sempre bem disposto e muito brincalhão, foi o primeiro a dar nas vistas, enfiando o barrete, agarrando o “aguilhão”, ao lado do cavalo, para a fotografia. Outros seguiram o seu exemplo. O jantar convívio decorreu em família, com muito diálogo, donde a amizade saiu muito reforçada. Tó Mané – Braga – 4 Golpilheira – 1 Esta foi a terceira des-

locação consecutiva a Braga. Realizou-se nos dias 14 e 15 de Maio. Fomos no sábado de manhã e regressámos depois de almoço de domingo. Os preparativos decorreram durante o dia de sexta-feira. Era necessário levar a “bucha” e as bebidas fresquinhas, para além de outras entradas. Comprámos três galos e o nosso veterano Zezinho guisou-os em sua casa. Partimos da sede do CR da Golpilheira por volta das oito da manhã. A primeira paragem, para trabalho de “corta feno”, realizou-se na área de serviço de Antuã. Cada qual apresentou os seus petiscos. Não faltou chouriço, queijo, atum à “Zé Liréu”, muita cebola e pouco atum, omelete com ovos de gança, e outras. As minis e o vinho branco fresquinho ajudaram a matar a sede e a aconchegar o estômago. O almoço estava inicialmente marcado para o espaço verde do Santuário da Senhora do Sameiro. Devido às condições atmosféricas, foi transferido para as instalações do nosso amigo Tó Mané. Bem instalados, lá se foi o galo e mais umas minis e outras bebidas. O jogo estava marcado

para as 15h00, em Tibães. Tínhamos de cumprir horários, uma vez que após o nosso encontro se realizava outro das camadas jovens da equipa local. A nossa equipa estava, uma vez mais um pouco desfalcada. No entanto, conseguimos fornecer dois elementos à equipa de arbitragem. Mesmo assim, não valeu de nada, porque fomos uma equipa séria. A equipa da casa, formada por atletas traquejados, uns no futebol e outros no futsal, não nos deram qualquer hipótese. Bem nos esforçámos, mas não conseguimos. O desafio foi disputado sempre com muita correcção. Os locais chegaram a estar a vencer por 4-0. No entanto, perto do final, o nosso jovem Ruben, que substituiu o pai (Álvaro Rito), foi travado dentro da área. Grande penalidade, assinalada pelo fiscal de linha e arbitro em simultâneo (ambos da Golpilheira). Penalidade superiormente cobrada por Ruben, com guarda-redes para um lado e a bola para o outro. Fim de jogo com os cumprimentos habituais. Depois do merecido e retemperado banho e como ainda faltava muito

tempo para o jantar, estacionámos perto de um lavadouro, onde se encontravam algumas mesas. Convidámos os nossos colegas de Braga, que se juntaram a nós. Havia ainda muitas minis e vinho para beber. O petisco era aquele que tinha sobrado da primeira paragem, mas onde a chouriça foi rainha. O Luís José não se esqueceu de trazer um grelhador. Ele bem grelhava, não sei é se chegou a comer algum pedaço. Assim que era colocada no prato, desaparecia. Estivemos neste convívio algumas horas. Próximos da hora do jantar, fomos guiados para o restaurante, novamente dar ao dente e à goela. A refeição deliciosa e as bebidas a não ficarem atrás. Aqui estivemos durante algumas horas em são convívio. Antes de terminar esta confraternização, um elemento do Tó Mané agradeceu a nossa presença, afirmando que estava com a sua gente e, sensibilizado, aconselhou-nos a continuar com a nossa postura. Entregou, como lembrança para recordar este dia, ao director dos Veteranos, Manuel Rito, um troféu. Este registou e agradeceu as palavras do Tó Mané, aproveitando para informar que este convívio vai continuar no dia 11 de Junho, na Golpilheira, com a participação no VII TORNEIO AMIZADE. O dia já ia longo. Regresso ao hotel para descansar. No domingo, regresso a casa, com paragem na Mealhada. Tudo decorreu muito bem para contentamento de todos os participantes. Manuel Carreira Rito

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As crianças do 3.º ano da catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira fizeram a sua Primeira Comunhão no passado dia 8 de Maio. Foi um passo muito importante na sua caminhada cristã e eles estiveram à altura, participando muito activamente na Eucaristia.

Desde 1995 Dra. Sílvia Manteigas Dr. Ricardo Gomes Dra. Clélia Neto - Ortodontia Dra. Joana Barros Ferreira - Odontopediatria

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na G

Realizou-se no fim-de-semana de 21 e 22 de Maio a festa paroquial da Santíssima Trindade. A Golpilheira fez-se representar com as bandeiras das igrejas e com um andor. Além disso, são vários os golpilheirenses que cumpriram a tradição de levar uma oferta. O 1.º prémio foi para uma delas, a família do Artur Monteiro.

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Jornal da Golpilheira Maio de 2016

Olá a todos! Estão quase a chegar as férias, mas nós trabalhamos com toda a força. Olhem só as nossas obras de arte dedicadas às mães!

. entrevista . página infantil .

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Jardim-de-Infância da Golpilheira


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Maio de 2016

. museu de todos.

. combatentes .

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Ana Moderno e Emilie Baptista

Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Outros eventos

Um dos aspectos que mais caracteriza a sociedade actual é o empenho no desenvolvimento dos instrumentos e métodos de comunicação. Os Ipads, os smartphones e outros equipamentos são uma realidade nesta era da comunicação em tempo real. Até à última geração de equipamentos, um longo percurso se efectuou na história das telecomunicações que, curiosamente, dá os primeiros passos na deficiência auditiva. O cientista e inventor escocês Alexander Graham Bell (18471922), fundador da companhia telefónica Bell, criou um aparelho que reproduzia transmissão eléctrica da fala humana. Filho de mãe surda, Bell nascera num ambiente em que comunicação tinha um aspecto particularmente relevante. Ensinou linguística e comunicação para surdos-mudos e foi ele quem patenteou o telefone, em 1876. Tendo por base as temáticas da inclusão e da comunicação, apresentamos, este mês, o telefone móvel modelo Porty da marca Philips, datado de 1989. Este pesado aparelho, que muitas vezes adopta a designação popular de “tijolo”, foi utilizado pela Radio Batalha 104.8fm, conforme evidencia o autocolante aposto na peça. Terá servido de meio de comunicação aos repórteres e jornalistas daquela rádio, extinta em 2014, após 26 anos de actividade. A peça encontra-se exposta na vitrina que o MCCB dedica à comunicação, juntando-se a outros objectos relacionados com o mesmo tema (máquina fotográfica, gravador de rádio, componedor tipográfico, entre outros). Para os mais jovens, a descoberta de que se trata de um dos primeiros telemóveis utilizado no nosso Concelho é motivo de grande surpresa. Repetem-se, em cada visita guiada neste museu, as mesmas perguntas: “como era transportado?”; “não se enviava sms?”; “só dava mesmo para fazer telefonemas?”; entre outras questões que se apre-

sentam como sinais de uma sociedade cada vez mais desenvolvida no que respeita à tecnologia. Com esta “chamada”, reforçamos o convite aos leitores do Jornal da Golpilheira a conhecer o telefone móvel e outras peças que contam a história da Batalha e da região. Recorda-mos que nos primeiros domingos do mês a entrada é gratuita a naturais e residentes no Concelho da Batalha (mediante apresentação de comprovativo de residência) e que às 11h30 há visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o nosso Museu. Fontes: Biblioteca Digital Mundial - https://www.wdl. org/pt I n f o p e d i a . p t - h t t p : / / w w w. i n f o p e d i a . pt/$alexander-graham-bell Explicatorium.com - http://www.explicatorium. com/sobre-explicatorium.html

Gostas de cantar?

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Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira! Telefona para o 965 022 333 ou manda um email para Lmferraz@iol.pt

Vencido Abril, de boa memória, em particular para os associados do Núcleo de Combatentes, pelos 4 eventos em que fomos protagonistas, mas também para os Batalhenses em geral, dada a presença do Sr. Presidente da República na Batalha, nas cerimónias nacionais do dia 9, o nosso percurso continua a ser trilhado serenamente e, assim, já em 28 deste mês de Maio, voltaremos a ser intervenientes num outro acontecimento invulgar, pois irá decorrer, em Fátima, o 1.º Convívio Nacional de Combatentes, sob a égide da nossa Liga Central. Este evento tem ainda um outro significado especialíssimo para os Combatentes e Associados no Núcleo da Batalha, dado que, na cerimónia religiosa que irá decorrer na Basílica da Santíssima Trindade, será o nosso Coral que irá animar a liturgia! Os membros deste nosso Coral merecem esta honra, pois têm sido persistentes e incansáveis no seu ensaio semanal, mesmo em condições espaciais e temporais difíceis e sem qualquer aliciante em perspectiva, fazendo-o apenas pelo prazer do convívio e da execução dos diversos cânticos, e até agora não mais do que isso. Parabéns a todos eles. Voltando aos eventos que vamos realizando, para Junho temos mais 2 já confirmados (50 elementos irão visitar 4 ilhas dos Açores, de 1 a 6, e de 2 a 5 voltaremos a participar na FIABA). Há ainda um 3.º em perspectiva (Lisboa, 10 de Junho), enquanto para os meses seguintes temos já outros em “carteira”, os quais divulgaremos a seu tempo. Mas como “nem só do pão vive o homem”, também nos apetece falar de coisas mais abrangentes e que até possam não ter a ver directamente connosco, por exemplo, da UBER... UBER?... – Afinal o que significa esta palavra “UBER”, até há pouco nossa desconhecida, mas que há quase 2 anos anda para aí nas “bocas do mundo” e não pelas melhores razões? – Pois ao que vamos sabendo, a Uber “é uma empresa tecnológica, com sede nos Estados Unidos da América. Entrou em Portugal em Julho de 2014, com o serviço UberBlack, apenas na cidade de Lisboa. Cinco meses depois, estreou-se com o serviço UberX, em Lisboa e no Porto, simultaneamente”. Como verificam, a frase explicativa está entre aspas, o que significa que não é da nossa autoria. Em boa verdade, nós também não tínhamos uma ideia concreta acerca do que é e o que realmente representava esta palavra, de origem americana (inglesa, portanto), mas significará algo de super, excepcional e outros predicados semelhantes.

O que é facto é que se trata de uma organização que, além de ter começado a operar em Lisboa em Julho de 2014, entretanto, também já chegou ao Porto e a Faro e faz uma concorrência tremenda às empresas de táxis. Segundo os taxistas portugueses, o problema principal é que essa concorrência é desleal e ilegal; desleal, porque alegadamente não há as exigências para esta organização que existem para os taxistas nacionais, designadamente em termos de pagamentos de impostos, e ilegal, porque já houve um tribunal que ilegalizou a UBER, mas a empresa continuou sempre a operar, como se nada fosse consigo! Ora, isto parece-nos um bocado surreal, na medida em que, além das autoridades não conseguirem fazer cumprir a lei, os governos (anterior e actual) têm-se limitado a titubear, como se estivessem de mãos atadas; como se outros valores mais altos se alevantassem… E se calhar assim é, visto que, enfim e até em defesa dos nossos governantes, sabe-se que esta organização está a enraizar-se, rápida e tenazmente, em vários países do mundo, com predominância na Europa; mesmo em países teoricamente bem mais poderosos do que Portugal, e a verdade é que, apesar dos protestos e greves dos taxistas locais, os respectivos governos também nada têm feito para resolver o problema, seja através da ilegalização da Uber, seja através da regularização da sua actividade, equiparando-os aos taxistas ou algo afim, ao menos pondo a organização a operar sem vantagens perante as empresas de táxis. Será caso para perguntarmos: porquê tanta passividade (para não lhe chamarmos subserviência) dos governos, perante algo que, no mínimo, parece estar à margem da lei? O tema daria “pano para mangas”, mas por agora teremos de ficar por aqui.

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Jornal da Golpilheira

. temas .

Maio de 2016

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Dia Internacional da Família

Panorama vitivinícola mundial - 3 No seguimento do assunto das duas edições anteriores, vamos hoje abordar o incremento do sector dos vinhos rosé. Em 2014, a produção mundial de vinhos rosé (excluindo os espumantes) estima-se em 24,3 Mhl, o que representa 9,6% da produção mundial de vinhos tranquilos. A produção de vinhos rosé desenvolveuse nos últimos anos graças ao impulso de um aumento do consumo. Quatro países representam 75% da produção (2014): França (7,6 Mhl), Espanha (5,5 Mhl), Estados Unidos (3,5 Mhl) e Itália (2,5 Mhl). O consumo mundial alcançou 22,7 Mhl, o que representa um aumento de 20% desde 2002. França e Estados Unidos são os principais consumidores, com 8,1 e 3,2 Mhl consumidos respectivamente em 2014. Somente poucos países experimentaram uma redução no seu consumo e são precisamente aqueles com maior relevância histórica no consumo deste tipo de vinho: Itália,

.saúde.

. mensagem .

.vinha.

Espanha e Portugal. O consumo de rosé globaliza-se e o número de novos países aumenta, especialmente da Europa do Norte (desde 2002): Reino Unido (+250%), Suécia (+750%), mas também Canadá (+120%) e Hong Kong (+250%). França regista a subida mais expressiva nos últimos anos: + 2,5 Mhl entre 2002 e 2014. Os vinhos rosé passam de 17% em 2002 para 30% em 2014, do consumo total de vinhos tranquilos. Desde 2002, que as exportações mundiais de vinhos rosé (9,8 Mhl em 2014) experimentam um crescimento regular, estimulado por uma forte procura procedente dos grandes países consumidores, em primeiro lugar, nações não produtoras, como o Reino Unido, os Países Baixos e a Bélgica. Actualmente, mais de uma garrafa de vinho rosé em cada três atravessa uma fronteira. O crescimento do consumo está muito impulsionado por franjas etárias mais jovens da população.

No dia 15 de Maio, celebra-se o Dia Internacional da Família, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1993, destacando a importância da família como célula-base da sociedade. O Dia Internacional da Família promove a reflexão e a discussão acerca da importância da família nas sociedades do mundo inteiro. Nos dias de hoje, em que a família é atacada de tantos lados e de tantas maneiras, reforçamos a necessidade de reflectir sobre o que é ser família. O individualismo e o materialismo abundam e esquecemo-nos do essencial. O essencial é construir a nossa família em harmonia, reconhecendo a bênção que é ter e ser família nos dias de hoje. É por isso que a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) quer, uma vez mais, deixar uma mensagem muito clara: ser família é bom! E ser família numerosa é bom a multiplicar por 3, por 4, por 5, por 6, por 7 e por aí fora! Apesar das dificuldades, dos sacrifícios, das penalizações fiscais

que sofremos, escolher ter uma família grande é algo que supera largamente todas as contrariedades. Exige que nos dediquemos a ela com mais afinco do que a qualquer outro projecto da nossa vida. Exige que acreditemos no caminho que vamos trilhando para os nossos filhos. É renunciar ao fácil e ao imediato, privilegiar as pessoas em vez das coisas, ver os filhos como um investimento e não como uma despesa. Enquanto associação de família, a APFN preocupa-se com as suas famílias, os seus problemas, as suas expectativas e as suas necessidades. Queremos dar-lhes voz, apoiá-las para que possam continuar a crescer e a realizar o seu projecto de vida. Não exigimos benefícios nem tratamento especial, mas apenas um tratamento justo e digno. E a realidade das famílias numerosas em Portugal é que, embora representem uma minoria de 4% das famílias, têm cerca de 16% das crianças e jovens em Portugal a seu cargo.

Rita Mendes Correia, presidente da APFN

Por Luísa M. Monteiro

A fotografia Ando há muito para fotografar um barracão em ruínas junto à casa dos meus pais, é hoje, pensei. trouxe à hora de almoço a máquina fotográfica a tiracolo para não me esquecer do dever e, findas as favas que comi entre conversas com minha mãe, desci a calçada, aproximei-me do muro, das pedras a cair, das heras a treparem por ali acima. Tenho pena se a parede cair num destes invernos, ela que faz parte das geografias da minha infância. Por ali, pelo tronco — nunca percebi porque se chamava tronco àquele barracão — brincávamos à apanhada, às escondidas aos sábados, aos domingos, até durante a semana porque os dias dantes eram maiores. Hoje faltou-me porém o tempo, foi de fugida que lá fui fotografá-lo, o tronco. Ao fazê-lo vejo de súbito uma lagartixa a subir pelas pedras acima, ainda me aproximo para a captar mas o bicho foge. As lagartixas fazem também parte da minha infância. Hei de vir com calma por um destes dias, com um olhar desacelerado, e fotografar todos os pedaços que foram meus antes que desapareçam de vez, e eu me arrependa um dia de nunca o ter feito.

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Dar sangue é dar VIDA

Farmacêuticos e técnicos de farmácia Apesar de estas palavras nos direccionaram imediatamente para as farmácias, estes são grupos profissionais fundamentais ao funcionamento de um hospital, das empresas farmacêuticas e até para o desenvolvimento de novos medicamentos. Além deste facto, estes profissionais estão muitos visíveis nas farmácias, quando nos atendem sempre que queremos comprar algum medicamento ou outro produto aqui vendido. Estes dois profissionais possuem uma licenciatura, cada um com exigências científicas e conhecimentos adquiridos diferentes, sendo que as funções desempenhadas também são diferentes. Numa farmácia, o atendimento pode ser efectuado por ambos, a responsabilidade da direcção clínica é sempre de um farmacêutico e todo o trabalho deve ser supervisionado por um farmacêutico experiente. Nas farmácias, além de fornecer medicamentos prescritos por médicos, os farmacêuticos também aconselham a administração de alguns medicamentos e acompanham e colaboram no cumprimento da medicação de algumas pessoas. Estes profissionais são um elo fundamental na manutenção da saúde da comunidade. Nos hospitais, os farmacêuticos e técnicos de farmácia desempenham o árduo trabalho de fornecer a medicação individualizada a todos os doentes internados no hospital inteiro. Segundo a prescrição médica diária, os medicamentos são preparados, acondicio-

nados e distribuídos por todo o hospital, para por fim serem administrados ao doente. A preparação de doses especiais (muito pequenas ou muito grandes), o manuseamento de alguns medicamentos especiais, como a quimioterapia e a vigilância da medicação escolhida e da duração do tratamento são também funções desempenhadas por este grupo profissional. Deste modo, a presença destes dois grupos profissionais é fundamental e cada vez mais necessária, tendo em conta a individualização cada vez maior da terapêutica prescrita a cada doente. Principalmente os licenciados em farmácia têm presente uma grande componente de investigação e uma grande parte da sua formação é desenvolvida no laboratório. Assim, não é de estranhar o seu papel fundamental no desenvolvimento de novos fármacos, em colaboração com a indústria farmacêutica. O surgimento de novas doenças e novas infecções (etc.) faz com que os tratamentos disponíveis estejam sempre a evoluir e torna imprescindível estes dois grupos profissionais para a manutenção da saúde. Apesar da sua face mais visível ser nas farmácias, estes técnicos de saúde desempenham um elo muito importante na promoção da saúde e no tratamento da doença. Como está escrito na bula de todos os medicamentos, sempre que surgirem dúvidas, estas devem ser esclarecidas pelo seu médico, enfermeiro ou farmacêutico. pub

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Jornal da Golpilheira

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Maio de 2016

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Paulus Editora . Espiritualidade Irmã Faustina A santa da Misericórdia Marcin Kornas Podemos pensar no Diário da Irmã Faustina como um blogue contemporâneo. É desta forma original que se estrutura este livro, com perguntas e respostas em forma de “posts”, que apresentam a vida e a mensagem da santa da Divina Misericórdia.

Summa Angelorum - Unidos com os anjos e os santos Ferdinand Holböck Os anjos não estão apenas unidos com os santos no Céu para a liturgia celestial; já o estavam aqui na Terra com muitos santos a quem apareceram, às vezes, visivelmente; e vice-versa, muitos viveram unidos com os anjos, sobretudo com o seu anjo da guarda, de uma maneira especial, com uma devoção e um amor extraordinários e uma relação familiar única, dando assim testemunho desta verdade revelada sobre a sua existência. Neste livro, depois de umas breves páginas sobre a angelologia eclesiástica, queremos indicar em primeiro lugar os santos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são para nós cristãos testemunhas da existência dos anjos. Posteriormente serão citados santos de todos os séculos da História da Igreja, para quem a existência e actuação dos anjos não somente era uma realidade consoladora, mas também um estímulo contínuo para que um dia, em comunhão com eles, pudessem elogiar e agradecer a Deus em perpétua felicidade. Trata-se de uma obra completa sobre angelologia cristã, por isso lhe demos o título de Summa Angelorum.

Teresa de Jesus Atualidade da santa de Ávila Carlos Ros Este livro apresenta uma biografia da Santa Teresa de Ávila numa forma acessível a todos. A comemoração do V centenário do nascimento de Teresa de Jesus, celebrado em 2015, é o melhor anúncio da actualidade da figura da santa de Ávila, dos seus escritos e da sua mensagem. Pioneira em várias áreas, Teresa foi-o também ao ser declarada a primeira Doutora da Igreja. Foi uma mulher apaixonante, que redefiniu os padrões da sua época para se converter no arquétipo de mulher, de mística, de escritora, de tudo. Subiu à sétima morada enquanto se distraía na cozinha, porque também «entre os tachos anda o Senhor». Mulher alegre, que pedia que o Senhor a livrasse de santos encapotados, cheia de ternura, discrição, mãe e santa num corpo enfermiço de vida, exclamou jubilosa antes de morrer: «Enfim, Senhor, sou filha da Igreja.»

Uma colecção de luxo da Guerra & Paz

António-Pedro Vasconcelos: Um cineasta condenado a Ser livre

O Retrato de Dorian Gray

Diálogo com José Jorge Letria Guerra e Paz Editores | o fio da memória António-Pedro Vasconcelos sempre esteve no centro do furacão que é o cinema português. Foi um dos mais jovens fundadores do cinema novo, esse movimento de ruptura e de utopia estética dos anos 60, que procurou aproximar das vanguardas estéticas europeias e americanas o cinema português sufocado pela ditadura do Estado Novo. AntónioPedro filmou, escreveu crítica, criou uma das mais dinâmicas e culturalmente abertas revistas portuguesas de cinema, o Cinéfilo dos anos 70. E António-Pedro foi sempre à procura do público, ciente de que sem público a arte não cria imaginário. Neste livro, da infância a Sartre, da Sorbonne ao cineclubismo, António-Pedro revela o leitor de Sade, Marx, Hemingway e Chandler que é, mostra a sua admiração por Rossellini, bate-se por uma política cultural de transparência. Confessa, e não se importa, que se sente condenado a ser livre.

O Que Nunca Um Adulto te Disse

Oscar Wilde

O Jornalismo Português e a Guerra Colonial

Guerra e Paz Editores

Sílvia Torres

Guerra e Paz Editores

Este romance foi publicado, pela primeira vez, em Julho de 1890, numa revista mensal americana, a Lippincott’s. O editor, temendo acusações de indecência, expurgou-o, no entanto, de palavras e passagens que considerava ofensivas ou chocantes. Um ano depois, o autor publicaria o romance, agora na forma de livro, revendo a versão anterior, acrescentando-a substancialmente e transformando-a num manifesto filosófico: a beleza é a única coisa que interessa perseguir e conquistar na vida. Dorian Gray é um jovem belíssimo. Basil, encantado com a sua beleza, pinta-lhe o retrato. Apaixonado pela sua própria imagem na tela, Dorian deseja que esses traços imutáveis de beleza fiquem para sempre no seu rosto e que seja o retrato a envelhecer. É este o parti-pris narcisista, ou fáustico, do romance de Oscar Wilde. Romance filosófico, sobre a sua tese de fundo, Jorge Luis Borges disse: «Lendo e relendo Wilde ao longo dos anos, reparei numa coisa que os seus panegiristas não parecem sequer suspeitar: a saber, o facto mais elementar que, em boa verdade, Wilde tem sempre razão.»

Guerra e Paz Editores

Advogada, empresária, escritora e barmaid, Ana Amorim Dias puxa para si a hercúlea missão de aproximar jovens e adultos neste livro. Aos 40 anos, mãe de dois rapazes, a autora rapidamente percebeu a dificuldade que existe na comunicação entre pais e filhos, adultos e adolescentes, crianças e crescidos. E percebeu que tem uma missão: aproximar as duas partes. De igual para igual, fala com os jovens em discurso directo sobre o amor, o sexo, a escola, os comportamentos de risco, os pais, as drogas, o bullying e as redes sociais. Este é um livro com uma linguagem franca e inteligente. Escrito a pensar nos filhos e escrito a pensar nos pais. É uma conversa simples e descomplexada que a autora tem directamente com os jovens. Estes vão descobrir como conquistar os pais e fazer com que passem de «carrascos» a cúmplices. Vão ler sobre a importância do amor, da escola e de todos os relacionamentos humanos. Vão descobrir como manter a segurança nas redes sociais e nas festas. E também vão perceber como devem reagir quando se sentirem desintegrados ou tiverem que enfrentar processos de divórcio dos pais, ausências, bullying e outros problemas. E mais: É que se emprestarem este livro aos pais, eles vão finalmente entendê-los!

Armor Pires Mota conseguiu relatar a guerra da Guiné, com pormenores manchados de sangue e lágrimas, através de um jornal regional ao qual a censura não deu importância. Fernando Gonçalves criou o «Zé Povinho da Guerra Colonial» em Angola e pintou humoristicamente o conflito. Em Moçambique, Jorge Ribeiro gravou as mensagens de Natal dos soldados, que, por vezes, desejavam «Boas Festas para a esposa e para a noiva» ou «um Ano Novo cheio de propriedades». Fernando Correia, ao serviço da Emissora Nacional, não contou a verdade sobre a guerra porque não o deixaram. Estas e outras memórias das décadas de 60 e 70 do século XX, sobre Portugal, Angola, Guiné e Moçambique, preenchem este livro, «um exterminador implacável de lugares comuns e de ideias feitas sobre a Guerra Colonial e também, por arrastamento, sobre o jornalismo em geral e o jornalismo de guerra em particular», na opinião do ex-combatente Carlos de Matos Gomes.

Livros que mudaram a história, numa edição de grande qualidade literária e estética!

Manifesto Comunista

Mein Kampf Adolf Hitler

O Pequeno Livro Vermelho

Guerra e Paz Editores

Mao Tsé-tung

Escondi a minha Voz

Peter Jones

Karl Marx e Friedrich Engels

Um dos livros mais nefastos da história. O fim do livro proibido. Este livro, mal escrito, de teses abomináveis, foi a bíblia de um movimento, o nazismo, que dilacerou a Europa, primeiro, e o mundo a seguir. Um documento com esta natureza deve ser conhecido e deve ser publicado: a democracia deve conhecer os seus inimigos. Esta edição da Guerra e Paz inclui a versão integral do texto. Mas antes, o leitor vai encontrar 90 páginas de análise da barbárie nazi e da história da ascensão, poder e crime do nazismo, por Manuel S. Fonseca: a violência da eliminação das forças democráticas alemãs; a emergência do ódio rácico de que um ultra-exacerbado anti-semitismo é o cume; a estarrecedora criação da solução final, com os campos de concentração e dos crematórios do Holocausto.

Guerra e Paz Editores

Parinoush Saniee

Este livro andou nas mãos de milhões de seres humanos: da China à Europa, de acontecimentos histórico míticos como o Maio de 68 a filmes de Jean-Luc Godard, das mãos dos operários e militares chineses, em Pequim, às mãos do estudantes de Direito do MRPP, em Lisboa. Visto como um livro libertador, que poria em causa todo o poder – «Bombardeiem o Quartel-General» era o apelo de Mao – o que na sua construção aforística se esconde é o mais exacerbado culto da personalidade. Fanatismo, tortura, repressão da mais ínfima liberdade de pensamento, e um milhão de mortos, é o balanço que a China faz da influência deste livro. Nele vem desaguar toda a história do comunismo chinês, um comunismo que foi, desde o seu começo, furiosamente estatal e impiedosamente repressivo. Esta edição profusamente ilustrada é precedida pelo estudo “Violência, fome e reeducação na China de Mao”, de Manuel S. Fonseca.

Bertrand Editora

O subtítulo é grande e explica bem o que poderá encontrar neste livro: “Tudo o que sempre quis saber sobre os Romanos mas teve medo de perguntar”. O legado que os Romanos deixaram, assim como a sua influência, podem ainda ser sentidos à nossa volta – do nosso calendário às moedas, da nossa língua às leis – mas o que sabemos ao certo sobre eles? Este livro conta a fantástica, e muitas vezes surpreendente, história dos Romanos e do Império de maior duração da História. Peter Jones formou-se na Universidade de Cambridge e leccionou Cultura Clássica em Cambridge e na Universidade de Newcastle, até se aposentar, em 1997. Publicou durante muitos anos uma coluna regular na revista The Spectator, «Antigo & Moderno», e é autor de diversos livros na área da Cultura Clássica, incluindo as obras de grande sucesso Learn Latin e Learn Ancient Greek, bem como Vote for Caesar, Reading Virgil’s Aeneid I and II.

Guerra e Paz Editores Este é, duplamente, um livro de intervenção. Por ter o texto integral, em nova tradução, de O Manifesto Comunista, que Marx e Engels escreveram em 1848, para oferecerem um corpo teórico, um guia, às fogueiras da revolta que ardiam por todas as nações da Europa. Mas é também um livro de intervenção por apresentar, a preceder o Manifesto, 56 páginas que revisitam a história do comunismo europeu. O comunismo nasceu nas bocas da fome e no peito da revolta: era o sonho de um homem novo. Mas a utopia acabou num mar de tortura, gulags e sangue. Com um grafismo ousado, é esse périplo que se esboça na primeira parte deste livro. Na segunda, o histórico texto de Marx e Engels.

Ana Amorim Dias

Veni, Vidi, Vici

Este segundo romance da autora do célebre O Livro do Destino, é baseado em factos verídicos. Esta é uma história que faz um retrato do Irão actual, terra natural de Parinous Saniee, através do olhar de um menino e das suas relações familiares, no qual é realçada a dimensão humana e social daquele país do Médio Oriente. Porém, o drama das emoções vividas pelas personagens ultrapassa as barreiras geográficas. Uma história em que as vozes narrativas alternam entre o menino, Shahab Jun, e a sua mãe. A importância de educar, dar amor e atenção às crianças desde os seus primeiros anos de vida, de modo a minimizar as cicatrizes que estas transportarão ao longo da sua vida, a falta de compreensão de saber lidar com uma criança diferente e as expectativas depositadas pelos pais nos seus filhos são temas presentes neste livro.

Texto | Leya

À Espera de Bojangles Olivier Bourdeaut Guerra e Paz Editores Sob o olhar maravilhado e infantil do filho, um casal dança o Mr. Bojangles de Nina Simone. O seu amor é mágico, vertiginoso, uma festa perpétua. Em casa deles só há lugar para o prazer, para a fantasia, para os amigos. Quem dá o tom, quem conduz o baile é a mãe, chama tremeluzente, fugidia e extravagante. Foi ela que adoptou o quarto membro da família, a Menina Sem Préstimo, uma grande ave exótica que deambula no apartamento da família. É ela que não pára de os arrastar, a todos, para um turbilhão de poesia e de quimeras. Mas um dia ela vai longe demais. O pai e o filho farão tudo para evitar o inelutável. Eles querem que a festa continue, custe o que custar. Nunca a expressão «amor louco» foi usada com tanta propriedade. O optimismo das comédias de Frank Capra, aliado à fantasia da Espuma dos Dias, de Boris Vian.

Guia Espiritual de Fátima José Carvalho Prime Books Neste mês de Nossa Senhora de Fátima, surge no mercado uma obra que é um excelente contributo para a preparação de todos a viver mais piedosamente estes tempos dedicados à preparação do solene Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima. Num volume profusamente ilustrado, onde se revelam as orações ensinadas e mandadas rezar pelo Anjo e por Nossa Senhora, este guia apresenta ainda todas as indicações importantes do ponto de vista turístico - incluindo mapas, ilustrações e fotografias, mas também com todas as necessárias indicações de carácter religioso.


Jornal da Golpilheira

. história .

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.história. Miguel Portela Investigador

José Malhoa e Cruz Magalhães em outubro de 1913 na vila de Figueiró dos Vinhos Em 1913, um quadro que o pintor José Vinhos, entre a primavera e o fim do outono. Malhoa havia executado retratando o poeta A 9 de outubro de 1913, o jornal União Artur Cruz Magalhães e o seu cão de estima- Figueiroense, noticiava que Cruz Magalhães ção, havia despertado o interesse do redator do havia passado alguns dias na vila de Figueiró jornal A Capital que publicou a 12 de junho de dos Vinhos, de visita ao Mestre José Malhoa 1913, em primeira página, um artigo cujo con- (Jornal União Figueiroense, órgão do Centro teúdo aqui transcrevemos: «Os “Dois amigos” Democrático Dr. Afonso Costa, ano 3.º, edição de Malhôa serão legados ao Museu Nacional n.º 152, de 9 de outubro de 1913). - affirma-o o seu proprietario. A proposito do Artur Cruz Magalhães ficou hospedado no artigo de Silva Passos sobre as obras de pastel Hotel Comercial desta vila, tendo sido cume aguarella da exposição de Bellas Artes, recebeu aquelle nosso collaborador uma carta do Sr. Cruz Magalhães proprietario do quadro de Malhôa, Os dois amigos, cujo interesse os leitores apreciarão pelas partes que transcrevemos. O nosso collaborador, abusando talvez um pouco da inconfidencia de que aos jornalistas é permittido usar, communicou-nos os seguintes trechos: “Diz v. no seu impressionante artigo de “O Casulo”, de José Malhoa. Postal ilustrado de Figueiró dos Vinhos. 8, que o quadro Dois amigos, do insigne pintor Malhôa, tem o seu logar no primentado pelo administrador do concelho, Museu. Como sincero amigo do Grande Mestre, por comissões políticas locais, assim como deram-me grande prazer as palavras de justi- pela filarmónica União Democrática. Eis o que ça, que sublinhei, e suggeriram-me o desejo de ficou grafado na edição desse periódico: «Artranquilisar o espírito de v. evitando tambem thur Cruz Magalhães. Esteve alguns dias nesta possíveis trabalhos ao Museu. Desde que pude villa, de visita ao laureado pintor Malhôa, o conjecturar o valor inestimavel quadro Dois nosso illustre correligionário e mavioso poeta amigos até ao convencimento firme de que elle é indubitavelmente uma fragrante obra prima, resolvi que por minha morte elle pertencerá ao Estado, ao meu muito amado paiz. Esta resolução soube-a desde logo, há mais de dois mezes, o supremo Artista e alguns raros amigos meus. É claro que tenho de fazer de novo testamento; emquanto o não faço, digne-se v. dar-me a honra e o prazer de ficar depositário d’esta minha cathegorica declaração, que poderá tornar effectiva, visto eu não ter herdeiros forçados, caso eu falleça antes de poder cumprir tão imperioso dever”. O sr. Cruz Magalhães não offerece já esse quadro ao Museu porque deseja guardar junto de si essa obra que constitue para elle um tesouro e para a sua saudade o lenitivo de contemplar o seu fiel amigo de cinco annos. Ora Silva Passos entendeu em sua consciencia, que correspondendo á confiança com que o sr. Magalhães o institue depositario da sua declaração, deveria tornal-a extensiva a todos Opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa. Origios portuguezes que são susceptíveis de pela nal da prova tipográfica. Coleção Miguel Portela. Arte elevar-se acima de todas as mesquinhas coisas que esta existencia encerra. E, em nome Cruz Magalhães, que antehontem retirou para d’elles, agradece a resolução patriótica do sr. Lisboa, por se achar incommodado de saúde. S. Ex.ª, que para solemnisar o anniversario da Cruz Magalhães». A amizade entre o pintor José Malhoa e o Republica enviou ao sr. dr. Affonso Costa o poeta Artur Cruz Magalhães cultivada na cida- importante donativo de cem escudos, destinade de Lisboa, motivou nesse ano, uma visita do dos a qualquer casa de beneficência á escolha poeta ao seu amigo pintor que passava grandes do eminente estadista, hospedou-se no Hotel temporadas na sua terra adoptiva, Figueiró dos Commercial, onde foi cumprimentado pelo sr.

administrador do concelho, commissões politicas locaes e philarmonica União Democratica». Cruz Magalhães participou nas comemorações e festejos locais do terceiro aniversário da proclamação da República. A imprensa local noticiou esse acontecimento da seguinte maneira: «Também em Figueiró a velha philarmonica Figueiroense, percorreu á noute as ruas da villa, executando o hymno da Maria da Fonte, queimando-se bastantes foguetes que o illustre democrata Cruz Magalhães gentilmente comprou para esse effeito».

Fotografia do pintor José Malhoa com dedicatória ao Sr. António de Vasconcelos de Figueiró dos Vinhos. Opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa. Coleção Miguel Portela.

Prova tipográfica do opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa autografado por Cruz Magalhães. Coleção Miguel Portela.

do mesmo. Rumo à capital, e dias depois, noticiava a imprensa nacional, sobretudo o jornal A Capital de 14 de outubro a publicação do opúsculo que homenageava o Mestre: «PRÓ ARTE. Homenagem a Malhôa. Já com o devido louvor nos referimos á homenagem prestada por «Fabri», ou antes o sr. Francisco Arthur de Brito, do Porto, ao illustre pintor que é José Malhôa, quando fallámos da exposição das Artes graphicas. A reprodução do opusculo em que é prestada essa homenagem e que é um primor typographico foi agora accrescentada com a reprodução do retrato do pintor e de seu quadro «O Fado» em dois bilhetes postaes, d’uma execução primorosa» (A Capital, edição n.º 1152, de 14 de outubro de 1913). Sabemos que Malhoa estimou e prezou esta homenagem, tendo até ofertado alguns exemplares autografados aos seus mais chegados amigos figueiroenses. Em sinal de gratidão por tão ilustre visita a Figueiró dos Vinhos, a imprensa local, no periódico União Figueiroense, dava início, em 1914, à publicação de um folheto desse poeta dedicado às crianças. Ficarão para sempre marcadas no coração dos Figueiroenses, povo tão hábil na arte de bem receber, a amizade e a gratidão ao poeta Cruz Magalhães.

Neste opúsculo assina Cruz Magalhães uma abreviada nota biográfica sobre a vida do homenageado, que se resume ao seguinte texto: “José Malhôa nasceu nas Caldas da Rainha, em 28 de abril de 1855. Matriculou-se na Academia de Belas Artes, de Lisboa, aos 12 anos, tencionando seguir o ofício de entalhador. Teve como professores no curso de desenho: Joaquim Prieto, Vitor Bastos e Simões d’Almeida; no curso de pintura, Tomaz José da Anunciação. Obteve as seguintes recompensas: Medalhas de Honra: na Sociedade de Belas Artes de Lisboa, e na do Rio de Janeiro, Medalhas de 2.ª classe: em Madrid, Berlim e Paris (1900). Menção honrosa: no «Salon» (Société des Artistes Français) etc., etc. É comendador de Isabel a Católica e Cavaleiro da Legião de Honra”. Por motivos de saúde, Cruz Magalhães regressava das termas de Pedras Salgadas e trazia com ele a prova tipográfica de um artístico opúsculo da coleção Pro Arte com o propósito de o apresentar ao laureado pintor e alcançar, assim, Figuras e Factos - José Malhoa e Cruz Magalhães. Ilustração Portugueza, semanal do jornal: O Seculo, 2.ª série, edição n.º 403 de 10 de a sua anuência para a edição edição novembro de 1913, p. 549.


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Jornal da Golpilheira

. solidariedade . poesia . obituário .

Maio de 2016

Pão para as crianças do padre João Campanha de solidariedade

O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696. Em Maio recebemos:

- Vítor Martins - 150 euros • Total deste ano: 570 euros.

Colabore! Seja solidário... Contacte:

• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)

...e poupe nos impostos! Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

.poesia. A união e a fé Brilham os olhares, De quem trabalha Numa dura missão É sabor de fé E de muita união. Em cada semente recebida, É o sentir a ternura e o valor Só assim pode ser reconstruída Algo que merece todo o amor.

Não ter, a importância do ser Não ter nada, ser tudo; Não ter poder mas poder ser Poder dizer que sou feliz Não que tenha algo, que não é meu Não estar agarrado a créditos terrenos, Mas ter Deus como credor; Não invocarmos «Senhor» Mas pedirmos humildade e amor. Será esse o credor doutrinal Não há juros para tal, Esse sim é o tribunal divinal, No espaço universal Vaz Pessoa

O homem tira, Deus dá

A igreja é confissão, Nos convida a oração Transmite o seu perdão E ao receber é com gratidão.

Nos momentos de revolta Lembram sempre amarguras Mágoas, humilhações de volta Vicissitudes, loucuras e agruras

Em cada canto uma paixão, Que a população agradece É o sentir de cada geração Que a Golpilheira enriquece.

O chão que se descai As bases que não o são Tudo em mim retrai Não controlo a emoção

As boas e más acções, Deus de certo não as esquece E ajuda a dar força aos corações A cada um que merece.

Peço a Deus respostas Deste «monstro» que querem criar Opiniões diversas dispostas Futuro, que me querem tirar

Nota: Parabéns ao povo da Golpilheira pela reinauguração da sua igreja, a 29-05-2016. A todos um bem-haja! José António Carreira Santos Marinha Grande

Deus; desce daí Vem sofrer comigo já Desse armário saí O homem tira, Deus dá Vaz Pessoa

Município atribui Voto de Pesar

Falecimento de Nuno Repolho Nuno Repolho, como era conhecido, iniciou cedo o seu percurso político, tendo sido dos mais jovens vereadores que passaram pelo executivo municipal, marcando a sua postura por um grande sentido de responsabilidade, afabilidade no trato, sempre colaborante, interessado e empenhado, revelando-se posteriormente com um elevado sentido de empreendedorismo, o

que o levou a partir para Angola, onde se dedicou à actividade empresarial. A sua partida prematura e inesperada, no passado dia 2 de maio, deixa profunda consternação junto de todos os que o conheceram e com ele tiveram oportunidade de privar. A Câmara Municipal da Batalha reconhece ao exautarca Nuno Miguel Abegão Repolho da Conceição

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

a entrega e a perseverança com que se dedicou ao serviço autárquico, tornandose uma personalidade com relevantes contributos para o desenvolvimento do Município da Batalha, e apresenta a toda a sua família e amigos as suas sentidas condolências, juntando-se assim a todos os que lamentam a perda deste ilustre batalhense. DR

A Câmara Municipal da Batalha deliberou, por unanimidade, aprovar um voto de profundo pesar pelo falecimento de Nuno Miguel Abegão Repolho da Conceição, de 41 anos, que desempenhou as funções de vereador do Município da Batalha no mandato de 2002 a 2006, eleito pelo CDS/PP, natural do lugar de Alcaidaria, Reguengo do Fetal.

LMF

. solidariedade .

Maria, Maria, Maria O que dizer?!… Sobre ti Maria Que palavras hei-de escrever?! Amor e alegria Compaixão e sofrimento Lágrimas, raiva e dor Na cruz; não caiu o esquecimento Tua presença, teu clamor Mãe, Mãe de Deus Patamar inalcançado Nesse último adeus «Gólgota» teu calvário «Eis a tua mãe», João Nossa Mãe; Mãe de Pedro Imaculada Conceição Dai rumo, nestas almas de alpedro Dedicado a todos os cristãos marianos e à minha filha Mariana Pereira Vaz Machado. - Vaz Pessoa


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Maio de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Então já sabes que o altar que estava na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima veio para a igreja da Golpilheira?

Bem, vou indo, que devem estar a chegar os turistas do novo eixo Fátima-Batalha-Golpilheira!

Turismo .fotos do mês. MCR / LMF

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Sei pois. E estou muito feliz por termos ganho essa “prenda” de Nossa Senhora de Fátima!

Imagem Peregrina A devoção mariana é forte no nosso povo e nem os mais pequenos ficam indiferentes à Mãe carinhosa que esta imagem representa. Estas foram apenas algumas das formas de demonstrar esse amor a Nossa Senhora. Poderá encontrar outras nas centenas de fotos que colocámos em www.jornaldagolpilheira.pt.

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Festa de encerramento do ano lectivo dos alunos da Escola do Ensino Básico da Golpilheira, ano 1996/1997. A festa foi muito alegre e divertida, como demonstra a foto. Hoje, com mais 19 anos, os meninos e meninas têm a sua vida organizada. MCR

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Jornal da Golpilheira Maio de 2016


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