Jornal cultural

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Outubro 2015

20 mil exemplares (Comprovados)

Sábado, 24 outubro, das 10 às 18h., no Centro Cultural Vergueiro, ocorrerá o seminário “ Da Fábrica à Construção do Território Jaraguá Perus”, organizado pelo Departamento do Patrimônio Histórico – DPH e pelos Movimentos Pró Centro Cultural na Fábrica. Inscrições no local.

UPA na Vila Caiúba

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ma área na confluência das ruas Estevão Ribeiro Resende com Almofada, na Vila Caiúba, desapropriada pela Prefeitura desde 1991, será a sede da futura Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Perus. O secretário municipal de saúde, Alexandre Padilha, acompanhado de lideranças do bairro, esteve na área para o lançamento oficial da obra. O Jornal Cultural vai acompanhar a construção deste importante equipamento de sáude para o bairro.

Arthur Gazeta

Seminário sobre uso cultural e histórico da Fábrica de Cimento no Centro Cultural Vergueiro

Jornal Cultural apoia a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama

10 anos com arte Pág. 12


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Pinga, ponta esquerda de muito respeito em Perus Gilberto de Castro, 75 anos, é o nome dessa edição de Papo de Boleiro. Mas certamente poucos reconhecem por esse nome um dos grandes destaques do futebol de várzea de Perus e região. Ele é Pinga, um ponta esquerda chato de ser marcado, os amigos o reconhecem como extremamente abusado e que aplicava uma finta no marcador e chegava fácil na linha de fundo, aí era só cruzar para o centro avante. Ele diz que jogou com muitos artilheiros, lembra do Rogério Pivoto, Chacrinha, Alvinho, Tinho Preto e Alfredinho. “ Com esses caras era fácil e gostoso de jogar”, diz ele. Pinga não se lembra de quantos gols marcou, mas gostava de fazer assistência e de bater falta. Eu” tinha pancada forte e colocada”, afirma ele. Gilberto conta que Jogou no Portland, no Florestal e no Mineração, além de um monte de outros times. A paixão pela bola era tão grande que aos sábados, quando terminava o jogo do Portland, tinha um carro esperando, para levá-lo para jogar no Gato Preto em Cajamar.

Pinga: “gosto por assistência e faltas: um chute forte e colocado” Legenda da foto: Rui Namba, Hélio Milano, Adilson Gaspar, Contreras, Mané Cachorro, Alfredo Ruas (técnico). Agachados: Osvaldo Sanfoneiro, Marquinhos, Luciano, Piva e Pinga. Portland 1962

Jornal Cultural é uma publicação da Editora Locomotiva Paulista Circulação: Perus e Anhanguera

A coluna Papo de Boleiro tem apoio da Porcena Ball

Jornalista Responsável Paulo Eleutério MTB 11550

Av. Mutinga, 1451 - Sala 1 - Pirituba - 05110-000

Dir. Comercial Irinéia Martins

Impressão - Gráfica Mar Mar Contato - Renato (11-98878-7308 e 11-3941-6140) E-mail: renatomarinho@graficamarmar.com.br

Email: jornalzinhocultural@yahoo.com.br

Tel.: 2876-2774


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Por Irinéia Martins

Churra Bom junta praticidade ao sabor do melhor churrasco

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ensando em reunir a galera e fazer aquele churrasco? Passe na loja Espetinhos Churra Bom. Lá você encontra o melhor espetinho de todos os tipos de carne para o seu churrasco. Tem também os acompanhamentos indispensáveis de carvão e do gelo. Agora sob direção do Adair Tico, o novo proprietário, a Espetinhos Churra Bom é uma verdadeira grife do churrasco e reconhecida em toda nossa região. Mas se você quer relaxar e optou por ficar longe do fogo, convide os amigos para a loja e peça seu espeto assado na hora - todos acompanhados de um chopp “estupidamente gelado” (às terças. o chopp é duplo; pede um e toma dois). O Tico garante outra promoção: “no sabadão tem música ao vivo, e o ritmo claro é o sertanejo”. Não se apavore com visitas de surpresa e que chega sem avisar, a Churra Bom tem a solução. A loja funciona de ter-

ça a sexta, das 14 às 23 horas. No sábado, das 10 às 23 horas e aos domingos, das 10 às 15 horas. Av. Fiorelli Peccicacco, 1091. Tel.: 3918-7918


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Tião, Firmeza Eterna Sebastião, um queixada histórico, posa para foto que relembra um lema do movimento dos operários da fabrica de cimento. Diante de toda dificuldade e opressão, a resposta é a Firmeza Permanente.

Retirados carros da delegacia. Finalmente! Depois de muitos anos e de constantes protestos da comunidade, a Secretaria de Segurança Pública transferiu veículos que estavam nos pátios e arredores da 460. DP na Fiorelli Peccicacco.

Falta de calçadas causa risco a usuários nos Finados A dificuldade na construção de calçadas nas imediações do Cemitério de Perus é uma ameaça aos municípes nos feríados de Finados no começo de novembro. Até quando?


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Porque devemos comprar no bairro?

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Sebrae acabou de lançar uma campa nha Compre do Pequeno. Esta campanha enfatiza a importância de comprarmos do pequeno comerciante da nossa rua, da vila e do nosso bairro. Assim, podemos contribuir para fazer o dinheiro circular de forma mais democrática , principalmente num momento de crise: o dinheiro circulando no bairro cria empregos locais, e estes empregados, por sua vez, também acabam por consumir no bairro. Isso cria

um círculo vicioso positivo. Antes de consumir, valorize o comércio de Perus e Anhanguera. Veja um exemplo: José trabalha na papelaria e almoça no restaurante do bairro, cujo proprietário Paulo, faz suas compras no mercado do seu Pedro que compra material de escritório na papelaria local. Moral da história: o dinheiro circula e gera empregos no próprio bairro. Mais da metade dos empregos no Brasil são gerados pelas micro e pequenas empresas. Pense nisto antes de ir as compras.

Estacionar na Praça Inácia Dias, pode ou não?

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epois de meses, a CET instalou placa indi cando onde termina a proibição de estacio nar veículos na Praça Inácia Dias. A polêmica é que a GCM alegava que como a praça tinha apenas indicação de início da proibição (e não tinha placa delimitando o final), não era permitido estacionar em nenhum local daquela praça. Algumas centenas de multas indevidas foram lavradas e isso causou muita revolta de usuários e da população da região. O Jornal Cultural abordou o tema em edições anteriores.


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Violência Obstetricia Campanha #partocomrespeito Algumas semanas atrás, a Revista Época lançou a campanha #partocomrespeito, escrita pela repórter Thais Lazzeri. de atos desrespeitosos, abusos, maus-tratos e negligência contra a mulher e o bebê, antes, durante e depois do parto, que “equivalem a uma violação dos direitos humanos Desrespeito - É a forma menos agressiva da violência, mas a mais difundida. Inclui ofender a paciente e dispensar a ela tratamento jocoso e insensível. Exemplo: “Na hora de fazer foi bom não é, agora aguenta a dor”. Abuso - É o uso de uma posição de poder para constranger a paciente ou privá-la de um direito. Exemplo: Médico rejeitar o direito a acompanhante (apesar de o direito ser garantido em lei desde 2005) Mislene Rocha – do Blog Negligencia - Ocorre quan“Céu de Borboletas”, com os filhosdo profissionais da saúde atuam com irresponsabilidade, imprudência ou adotam procedimentos superados ou não reara produzir a matéria, a repórter passou comendados ao lidar com paciente ou bebe. Um dos motivos de grande repercussão da cammais de seis meses ouvindo histórias de grá panha é que muitas mulheres em seus depoimenvidas e famílias que sofreram abusos nos tos diziam não saber que aquilo que elas tinham hospitais brasileiros. Esta não é a primeira vez que um veículo de sofrido era crime. Muitas pessoas também demonscomunicação traz à tona uma ação a fim de discutir traram surpresa para os relatos da reportagem. Um dos relatos mais tristes que li foi da mineitemas relacionados aos direitos das mulheres. A revista TPM em 2014 lançou a campanha ra Ana Paula, que após planejar um parto natural, #precisamosfalarsobreaborto para fomentar o de- foi ao hospital com uma complicação e, sem qualquer explicação por parte dos profissionais, foi bate e descriminação da prática. Mas por que esta campanha repercutiu tanto anestesiada, amarrada na cama, mesmo sob prose a pesquisa apontou que um em cada quatro mu- testos, separada da filha, largada por várias horas lheres afirmam ter sofrido alguma violência du- em uma sala sem o marido e sem informações. Seu bebê não resistiu e faleceu por causas obscurante o parto? Antes de responder esta questão, é preciso tra- ras. Ana Paula denunciou o falecimento de sua filha ao Ministério da Saúde pedindo uma investizer listar os conceitos dentro deste contexto: Violência obstétrica - A Organização Mundial da gação e em paralelo denunciou a equipe, convêSaúde (OMS) define a expressão como o conjunto nio médico e o hospital que a atenderam ao CRM

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de Belo Horizonte. Diante do silêncio do Conselho, que abriu uma sindicância em novembro de 2012 e não forneceu mais informações, a advogada de Ana Paula, entrou com uma ação na justiça. A verdade é que o desrespeito é uma constante cultural. A violência obstétrica não é fruto do descaso e sucateamento da saúde, uma vez que ela ocorre em hospitais particulares de renome. Essa violência é fruto de pensamentos patriarcais de que a mulher está acostumada à dor, de que a mulher foi feita para sofrer. E muitas vezes é banalizada até pelas vítimas que por falta de informação acham que é assim mesmo que tem que ser. E não é não! As mulheres pedem socorro, serviços públicos se tornaram sala de tortura, hospitais em campos de concentração. A campanha além de trazer à tona mais uma das formas de preconceito contra a mulher e desmistificar um tema velado por esse mesmo preconceito, faz com que muitas pessoas se sensibilizem e sintam na pele de cada uma das vítimas dessa agressão. Lendo a reportagem e os inúmeros relatos, senti a angústia, tristeza e a raiva ocasionadas pela sensação de impotência diante do abuso num momento tão delicado da vida de uma mulher. Resta, porém, o sentimento de esperança, pela expectativa de ver esta campanha, espalhada por todo o Brasil, dando às futuras mães a possibilidade de exigir aquilo que deveria ser um pressuposto na relação interpessoal: dignidade. Mislene Rocha – Criadora do Blog materno “Céu de Borboletas” Blog - www.ceudeborboletas.com.br Instagram @ceudeborboletas Fanpaage: www.facebook.com/ ceudeborboletas.by.mis


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Espaço de beleza Lorena Ribeiro une avanços técnicos e equipe especializada para cuidar da beleza

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ayane Ribeiro começou bem cedo (16 anos) na arte de embelezamento das pessoas. A sua primeira experiência foi como manicure na escola de cabeleireiro Júlia na Lapa; aproveitou a oportunidade e começou a fazer o curso de cabelereira, terminou o curso e começou a trabalhar como cabeleireira no Salão Top Model ao lado da Loja Cem. Nesta época surgiram várias oportunidades de sociedade, mas que não duraram muito tempo: “sem a sociedade fiquei três anos na Dr. Sílvio de Campos, ao lado do Mercado Tait e, depois, mais três anos na Rua Rafael di Sandro”, diz ela. Esse ano surgiu a grande oportunidade ampliar seu Salão que hoje já conta com uma equipe maravilhosa: Debora (cabelereira), Marcelo (cabelereiro), Erika (manicure) e Monica (fisioterapeuta). No espaço tem uma linda sala do dia da noiva, com hidromassagem, sala kids, uma piscina para trabalhar com bronzeamento, espaço de nutrição, químicas, depilação, estética facial e corporal. Destaque ainda para uma nova e ampla instalação para melhor atender os clientes. Rua Ylidio Figueiredo, 430 (rua da Sabesp). Fone: 3915 7358 e cel.: 98019 8152.

Cabelereira, manicure e fisioterapeuta, num espaço com hidromassagem, sala kids e uma piscina para trabalhar com bronzeamento, destaques da nova e ampla instalação


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Perus Goumet têm 11 mil seguidores no Facebook Página no Facebook divulga o que tem no comércio - principalmente na área de gastronomia - em Perus e região

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esde maio último, Irineia Martins, a Nela, vem publicando na sua página no Facebook: Perus Gourmet, dicas que antes publicava em sua página pessoal. De modo descontraído ela comenta sobre os lugares que visita e convidando o internauta para conhecer o local e os produtos. A página já conta com mais de 11 mil seguidores e o comentário mais frequente é: “Ah! Eu não sabia que tinha isto em Perus“. Perus Gourmet tem sido um importante elo entre os consumidores e comerciantes. A moradora Leriane Orlandini postou recentemente o seguinte comentário: “Irineia, parabéns pelo seu trabalho. É muito importante para o nosso bairro, toda e qualquer divulgação do nosso comercio. A página esta linda e adoro as novidades.” Joice e Natalia proprietárias da recém-inaugurada loja de doces Romeu & Julieta, ressaltam que cerca 70% dos consumidores da loja “vieram pela página Perus Gourmet”. A postagem sobre a inauguração de um restaurante japonês acumulou mais de 180 comentários e 250 curtidas em menos de três horas. A Nela acredita que o fato de muitas pessoas desconhecerem as novidades do bairro se deve ao fato de que a maioria das pessoas, trabalha longe de Perus, e passam a semana toda fora do bairro.

Joice e Natalia, proprietárias da Romeu & Julieta, ressaltam a importância da página Perus Gourmet no empreendimento e iniciram uma campanha que toda a arecadação da venda de brigadeiro tradicional será revertida para o trabalho da Pastoral da Criança de Perus


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A Lei de Zoneamento e Adoniran Barbosa ”Eu arranjei o meu dinheiro - Trabalhando o ano inteiro - Numa cerâmica - Fabricando potes e lá no alto da Mooca - Eu comprei um lindo lote dez de frente e dez de fundos - Construí minha maloca Me disseram que sem planta - Não se pode construir - Mas quem trabalha tudo pode conseguir João Saracura que é fiscal da Prefeitura - Foi um grande amigo, arranjou tudo pra mim (...)” A maloca se destinava acolher amigos de rua: Joca e Matogrosso. Pois é! Trecho da música “Abrigo de Vagabundos” gravada em 1958, por Demônios da Garoa. Naquela época, não tínhamos Plano Diretor e nem Lei de Zoneamento. Não havia lote mínimo, mas também não era permitido construir sem planta. Naquela época, o protagonismo da organização do solo da cidade era da Cia City, “precursora do urbanismo prático em São Paulo”, frase que ficou conhecida por ter sido afirmação do Prefeito Fabio Prado, em 1936. O resto era tratado pela Lei de mercado, pelo bom gosto e voracidade do empreendedor. Hoje, estamos cuidando do PL272/2015, conhecida como a Lei do Zoneamento. O Capítulo III, trata da fiscalização. Na Audiência Pública Temática na Câmara Municipal de São Paulo, em 29/06, detectamos que temos muito a contribuir enquanto legislador e, em especial como relator desse projeto. O número de Agentes Vistores disponíveis para uma cidade, como São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes é muito pequeno. São cerca de 400 e deveríamos ter quase 2000. Seria um para cada 6 mil habitantes, contra os atuais, um para cada 30 mil paulistanos. A realidade hoje exige uma fiscalização mais eficiente. Seriam os Fiscais Urbanos, acompanhados da tecnologia de informação. A categoria quer e reivindica melhores condições de trabalho e vai contribuir para o projeto. Sem uma boa fiscalização, podemos perder todo o nosso trabalho. Teríamos um texto de Lei, mas sem aplicabilidade. Por isso, a histórica máxima que as Leis que regulam o uso do solo na América Latina, não passam de “planos-discursos”.

Vereador Paulo Frange fala sobre a ... Temos que inovar e ousar. Temos que perseguir os avanços e a legalidade. Oportunidade para todos, com simplicidade e facilidade do entendimento dos textos legislativos. Escrever o que pode ser compreendido. E não interpretado como sempre aconteceu. Esperamos que a solidariedade de Adoniran possa permear os debates. Que possamos aperfeiçoar regras para serem cumpridas e fiscalizadas. Isso só ocorrerá com a ampla participação da sociedade, que já se mostra muito ativa. Fiscalizar bem é possível! Fazer cumprir a Lei é uma obrigação do poder público e seus agentes. É possível ser duro, sem perder a generosidade e carinho que fez do João Saracura, um agente público lembrado na música de Adoniran. É cuidar da Lei com responsabilidade que se faz necessário, mas sem transformar fiscais em vilões. Sem per-

der a “ternura”. ”(...) Minha maloca, a mais linda que eu já vi - Hoje está legalizada ninguém pode demolir - Minha maloca a mais linda deste mundo Ofereço aos vagabundos - Que não têm onde dormir (...)” Cada tempo têm suas regras e suas verdades. São verdades transitórias. A vida é assim! O lote do Adoniran seria menor que o mínimo previsto hoje, de 125 m2, ou 5X 25. Não seria maloca, até porque o conceito agora é de moradia digna! Pois é, Adoniran, se já construiu e está regular, “ninguém pode demolir”! Paulo Frange (Vereador do PTB e relator da Lei de Zoneamento da Cidade de São Paulo)

.. importância da nova Lei do Zoemaneto


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Geraldinho completa 35 anos dedicados à capoeira e aos trabalhos sociais em Perus Reconhecimento popular por 35 anos de atividade na região

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os 57 anos de idade e 35 anos à frente da Academia de Capoeira Santa Maria, Geraldinho mantém firme o lema da arte: “Quem Joga não Briga”. Nascido e criado em Perus, casado com Valéria, pai de dois filhos Lucas André e Andrezinho, contra mestre de capoeira, Geraldinho é uma referência em trabalhos sociais que desenvolve com a comunidade. Primeiro capoeirista da família, iniciou com 15 anos e hoje toda a família é ligada nessa arte. Ele afirma que a capoeira se distingue das artes marciais, sobretudo por não privilegiar o combate: “a capoeira é dança, cultura, ritmo, alegria e paixão,

... após 35 anos de atuação Fotos reprodução redes sociais

na dança até tem combate, mais não se busca arrasar o oponente”, diz ele. Geraldinho enfatiza ainda que o som da capoeira é “o lamento de um povo que busca na capoeira a realização de um sonho de liberdade”. Geraldinho tem alunos, de todas as classes sociais e etárias, são alunos entre seis e 84 anos de idade. Realiza no Centro do Idoso de Perus e na Sociedade Amigos de Perus (Sadip) o projeto Capoterapia, que consiste em fazer a pessoa idosa jogar a capoeira dentro do limite de cada um. Outra coisa interessante na capoeira, é a ligação do capoeirista com seu mestre, que é para a vida toda. Mestre Geraldinho faz uma reverencia ao seu Mestre Suassuna, que não se percebe, que se passaram mais de quarenta anos. Essa mesma reverência se repete dos seus capoeiristas para com ele. Respeito e Lealdade. Geraldinho tem seu trabalho reconhecido...

Invasão de Área Pública

Moradores e comerciantes ocupam áreas públicas na Mogeiro como pode servir para a implantação de equipamentos de área para lazer. O subprefeito de Perus Roberto Massi foi informado da questão através da

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á cerca de dois meses alguns moradores e empresas estão sutilmente construindo muros e cercas e ampliando seus limites na Av. Mogeiro, em frente da entrada do antigo Lixão. Trata-se de uma área pública municipal e que é reservada para futuramente uma eventual ampliação da avenida ou mesmo para a implantação de algum equipamento de lazer e recreação, bem

reportagem do Jornal Cultural. Segundo ele, o setor de fiscalização está providenciando a autuação dos infratores e a desobstrução da área pública.

Aos poucos, muros avançam e cercam áreas públicas, o que na prática impede que futuramente esses próprios moradores e usuários possam ser beneficiados por serviços importantes


A Comunidade Cultural Quilombaque agradece muito a todas e todos que estiveram na comemoração de nosso 100. aniversário * José Soró

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festa foi linda, só positividade na Praça Inácio Dias, que estava lotada. Crianças, adolescentes, famílias inteiras em um domingo que celebrou a nossa resistência por meio da arte! São dez anos quebrando as correntes e plantando as sementes. É a quebrada mostrando a que veio.

Afro Koteban, DJ Clevinho, VL, Guetus e Bonga no grafitti). Agradecemos a todos que se somaram a nós nesta semana inteira de comemorações. Foram diversas rodas de conversa: sobre quilombos urbanos, contra genocídio da juventude preta, sobre jongo, pela lei de fomento à periferia e também os poetas do Sarau D’Quilo! (Salve professor Salomão, Quilombo Urbano Fazenda da Roseira, de Campinas, Marcelo Palmares, Douglas Belchior, Jongo de Indaiatuba Filhos da Semente Sergio Baullok e Marins Godoy, meninas do documentário Sarauzando em Buenos Aires: Amanda Prado, Kena Chaves e Tally Campos, mulheres do Arteferia, Cia Os Crespos, Théo Silveira, Samba 3). Um salve a toda a população de Perus, que for-

taleceu o evento durante toda a semana. A TODOS parceiros, que estão conosco nessa caminhada de longa data, vocês foram, são essenciais nesse processo desde o início. Um viva ao projeto VAI, que vem colaborando para que as iniciativas da periferia tenham continuidade. São muitas histórias que já passaram pela história da Quilombaque, todas elas são importantes pra nós. A Quilombaque só existe por isso! Um viva à arte que nos move! 10 anos de Quilombaque, de resistência em Perus. Nossa história não será por acidente!

Em uma década de atividade Nos negaram direitos, mas nossa criatividade ultrapassa as barreiras dos muros visíveis e invisíveis. Nossa arma é a arte; é palavra, dita, escrita, cantada; os nossos tambores; nossa ancestralidade: nossos cabelos, nossa cultura; nossa arma são nossas parcerias: os manos, as minas, todo mundo que chega e soma, numa família que se reconhece pelo corre diário; nossa arma é o que aconteceu na Praça Inácio Dias. Todo mundo numa só voz, cantando, vibrando as histórias da quebrada: com o rap, com o reggae, com a capoeira, a MPB, o samba, jazz, na contação de histórias da África que aqui também está (Salve Realidade Cruel, Nazireu Rupestre, Charlis Abraão, Samba do Congo, Esquadrão Arte Capoeira, Jazz na Kombi, Chaiss Quinteto, contação de história Dandara, Ballet

... manifestações culturais da região

... o Quilombaque assegurou espaço para ...


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