Edição n0. 29 - Agosto 2016
20 mil exemplares (Comprovados)
Haddad vistoria nova iluminação e faz balanço de gestão Prefeito vistoriou obras da iluminação de LED e falou para centenas de pessoas numa reunião de prestação de contas. Pág. 03
Prefeitura garante convênio para Operação Delegada. Pág. 3
Moradores reivindicam Parque dos Recantos. Pág. 10
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Remoção suspeita de árvores em Perus tra, na Praça Inácia Dias – uma figueira – também foi eliminada sob o argumento de que representava risco à população. Esse procedimento será objeto de análise na próxima reunião do CADES de Perus, empossado re-
centemente. O ambientalista Paulo Rodrigues, diretor do Jornal Cultural, analisa a possibilidade de recorrer ao Ministério Público para uma análise da questão. Segundo ele, tem crescido o número de árvores erradicadas sem necessidade aparente.
Nessa semana uma equipe de poda de árvores da Subprefeitura de Perus efetuou a remoção de uma sibipiruna na Padre Manoel Campelo. Aparentemente sadia e sem nem de longe representar qualquer tipo de risco à população, a árvore foi cortada radicalmente. O que chama a atenção é que esse procedimento equivocado está se tornando norma no bairro. Apenas na região central de Perus outras duas árvores sofreram o mesmo processo. Uma delas, na rua Mogeiro, nas proximidades da Praça do Samba, foi abatida faz duas semanas. Antes, uma ou-
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CNA
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Haddad vistoria obras de implantação de 5.500 lâmpadas de LED em Perus
Rua Sales Gomes A substituição pela Ilume das 5.500 lâmpadas da iluminação de rua do distrito de Perus por modernas unidades de LED já foi praticamente concluída. O prefeito Fernando Haddad e o secretário de Serviços da Prefeitura Alberto Serra vistoriaram as obras no dia 4 de agosto. A troca das lâmpadas, ocorrida em tempo recorde, dotou Perus de uma das mais modernas técnicas de iluminação pública da América Latina. A substituição das luminárias atendeu uma reivindicação encaminhada por Paulo Rodrigues, diretor do Jornal Cultural, a Simão Pedro, então secretário de Serviços da Prefeitura, a quem cabe gerenciar o programa Led nos Bairros, que instalará 120 mil lâmpadas dessa nova tecnologia – 20% do total existente em toda a cidade – até o final do ano em toda a Capital. 55 mil novas lâmpadas Depois de percorrer trechos de várias ruas, o prefeito participou de uma reunião de prestação de contas de sua gestão com centenas de moradores numa igreja evangélica na rua Manoel Campello. Na ocasião, Haddad falou da importância da nova iluminação tanto para a segurança da população quanto para permitir que os moradores tenham acesso a bens públicos como praças e ruas melhor iluminadas. O secretário Alberto Serra destacou o investimento de R$ 17 milhões feito pela Prefeitura apenas para substituir a matriz da iluminação pública em Perus. Ele destacou que nesses quatro anos da atual gestão foram substituídas 240 mil lâmpadas – incluindo as de vapor de sódio – e houve a implantação de 55 mil novos pontos de iluminação.
Silvio de Campos
Praça do Skate
Operação Delegada terá participação da AtiGCM, diz secretário de Segurança Municipal vidades
A Prefeitura refez o contrato com a PM e garan- na em todas as subprefeituras, busca a solução te a continuidade do policiamento ostensivo da conflitos sem o uso da força ou da violência, operação delegada. A afirmação é do secretário estimula o restabelecimento da convivência pade Segurança Urbana do município, Domingos Be- cifica entre as partes em conflito, assistidas por nedito Mariano e foi feita durante reunião no iní- um mediador imparcial, especialmente treinacio de agosto napresença de comerciantes, em- do para garantir um ambiente seguro e justo. De 2ª a 6 ª feira, das 8 às 18 horas na Subprefeitupreendedores e usuários da região de Perus. Mariano garantiu que o novo contrato tem vali- ra. Tel.: 3396 8661 dade de cinco anos e a participação direta da guarda civil metropolitana. Ele afirmou ainda que dessa forma a Prefeitura atende a comunidade que temia um recrudescimento de assaltos e furtos com o um eventual fim da operação. As declarações foram feitas durante a inauguração Casa de Mediação de Conflitos, mais um serviço da Prefeitura que visa estimular as pessoas em situação de conflito na busca de solução pacífica de desentendimentos típicos de vizinhança. Mariano garantiu continuidade do convênio por mais cinco anos O programa, que já funcio-
culturais receberão incentivo
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Por Irinéia Martins
Um clima de boteco de praia no Quiosque da Villa
Com uma decoração que lembra os mais tradicionais e gostosos botecos de praia, e agora sob nova direção, ou seja - novamente sob o comando de seus fundadores - o casal Jeferson e Hevanielli, o Quiosque da Villa oferece um ambiente aconchegante, cerveja sempre gelada, servidas no balde com gelo. E tem mais: a “casa” oferece o melhor do uísque importado e nacional e as mais variadas e deliciosas porções, com destaque obviamente para as de peixes e camarão. Na parte musical rola de um sertanejo ao melhor do samba, mas sem programação fixa, mas que é sempre publicada na página do Facebook. Serviço: Quiosque da Villa Endereço: Rua Demifontes, 331 - Adelfiore - Próx. 46 DP. - De 3a. a dom., das 14 horas até 1 da manhã.
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Acampamento Irmã Alberta, no Maria Trindade, celebra 14 anos de luta e resistência
Ocupação resiste projeto da Sabesp de comercializar a área A Sabesp, empresa do governo estadual, pretende vender a área hoje ocupada pelo Movimento Sem Terra, no km 23 da Anhanguera, depois do pedágio. No primeiro sábado de agosto foi realizada uma atividade denominada Festa Agostina, onde foi reafirmada a aliança dos movimentos so-
ciais de Perus e o Assentamento Irmã Alberta. Em 2002 a Sabesp pretendia construir em Perus um aterro para o lodo de estação de tratamento de esgotos que pretendia instalar no Rio Pinheiros. A área destinada seria de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados – equivalente ao Parque Ibirapuera – no km 25 da Anhanguera, atrás do pedágio.
Ocupar para evitar o penicão
Trocar macarrao por churrasco da 28
O Movimento “Perus Unido Pela Qualidade de Vida”, que lutava pelo fim do Lixão de Perus, liderados na época por Mario Bortoto, Claudio do Valença e Paulinho Rodrigues, entre outros, pro-
Simão Pedro visita acampamento Irmã Alberta O ex-deputado Simão Pedro, que na época foi um dos principais negociadores na Asembléia Legislativa para impedir que a área fosse desocupada e utilizada para depósito de lodo, esteve nessa semana conhecendo o projeto da Casa de Farinha (mostrada na edição passada no Jornal Cultural). Simão, que deixou recentemente a Secretaria de Serviços da Prefeitura, relatou intensa atividade dos parlamentares para impedir a desocupação da área - defendida insistentemente pela Sabesp na época e que volta a ameaçar as cerca de 40 famílias que hoje vivem e rpoduzem nessa área. Para Simão Pedro esse trabalho tem que ser valorizado e estimulado por ser um embrião de um assentamento urbano que consegue produzir com qualidade ímpar. Ele também criticou o
Simão: “necessário apoio“ objetivo da empresa vo de comercializar a área. Ligada ao governo estadual, a Sabesp é uma empresa privada que comercializa ações na bolsa e distribui altos lucros entre seus acionistas, inclusive no exterior.
curou o Movimento Sem Terra e propuseram uma aliança: o MST ocuparia a área para barrar o que a população já tinha apelidado de “Pinicão”. Hoje, cerca de 40 famílias produzem alimentos para sustento e comercialização para terceiros, numa iniciativa única de ter um assentamento rural na cidade de São Paulo. Nessa área funciona o projeto de uma casa de farinha, que foi matéria na edição passada do Jornal Cultural. Acontece que depois de várias negociações e compromissos firmados com o governo do Estado, as famílias continuam sofrendo ameaças de despejo por parte da Sabesp que, alegando prejuízos com a crise hídrica, pretende vender a área. José Soró, da Comunidade Quilombaque, ressaltou que a importância da união em defesa do projeto: “Precisamos estar mais unidos, e transformar o acampamento em assentamento. Pedro Soares, integrante do MST destacou, que a proposta do assentamento, é produzir alimentos sem agrotóxicos, bem como preservar as áreas ribeirinhas, responsáveis para a produção de água na cidade.
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Moradores atestam sucesso de Implantação do Par- dos Humildes bigtender no Recanto Acampamento Irmã Unidades estão
Um equipamento conhecido como bigtender instalado pela Amlurb e a Secretaria de Serviços da Prefeitura, inaugurado recentemente pelo ex-secretário municipal de Serviços Simão Pedro, está apresentando um resultado extremamente satisfatório para moradores na área do Recanto dos Humildes. A elevada capacidade para receber entulho – cerca de 4 toneladas por vez – e o fato de permitir manter uma extensa área totalmente limpa, está mudando a qualidade de vida da população local. Uma grande quantidade de entulho, localizada principalmente nos muros da Escola Júlio de Oliveira, agora é captado e mantém a área totalmente limpa. Para a dona-de-casa Adeny Veloso, moradora faz 25 anos na área do Recanto, esse benefício é
uma grande conquista. “Moço eu nem sei o que dizer dessa lixeira subterrânea que instalaram aqui, dou nota mil, os pombos, ratos e urubus desapareceram, agora é mil maravilhas, diz ela”.
Sabesp demora para refazer calçada na Fiorelli Peccicacco Nunca foi surpresa o péssimo atendimento da Sabesp para refazer os transtornos dos serviços prestados. Dessa vez foi na própria Fiorelli Peccicacco, nas proximidades da rua Ipumirim. Numa das vias mais movimentadas do bairro, um reparo demorou mais de dois meses para que a calçada fosse refeita e liberada para o uso dos pedestres.
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Implantação do Parque dos Recantos reivindicada por representantes da comunidade de Perus
A
implantação de um parque municipal numa área localizada entre a Av. Pavão e Rua Ilha do Frade, em frente era o antigo Lixão, é uma reivindicação dos moradores da região de Perus e que foi encaminhada nessa semana ao diretor da Autoridade de Limpeza Urbana (Amlurb), Ricardo Brandão. José Carlos Seccal e Eva Aparecida Kirst conselheiros recém-empossados do Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Perus e Anhanguera – CADES – prometem pautar esta luta na primeira reunião do Conselho, que ocorrerá em setembro. Essa área foi desapropriada em 1995 com o objetivo de servir como uma barreira de proteção para amenizar os fortes odores provenientes do despejo de grande quantidade de lixo, efeito que atingia o bairro todo durante décadas. Denominada Faixa de Proteção Ambiental, a implantação foi exigida pelo Ministério Público que obrigou a Prefeitura a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC –, uma iniciativa que tem força de lei. Inicialmente a área possuía 135 mil metros quadrados, mas parte foi utilizada para implantação do Rodoanel. Com o fim das operações do Aterro Bandeirantes perdeu sentido a “faixa de proteção ambiental” e a comunidade vem dialogando com a Amlurb para que seja implantado um parque municipal no local para atender a população dos Recantos.
A área, que fica entre a Mogeiro e o Recanto dos Humildes, foi destinada à preservação ambiental no tempo do Lixão
Inicialmente o terreno tinha 135 mil metros quadrados,mas parte foi utilizada para a construçæa do Rodoanel
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Azulão, chuteira 46, foi um craque de bola na várzea da região. Foi? Ele ainda “brinca” com a bola Azulão, foi o apelido que o Antônio Benedito, hoje um respeitável senhor de 68 anos, ganhou nos campinhos de terra da infância, quando jogava descalço, pois chuteira era cara e mais difícil encontrar do seu tamanho: número 46. “Quando achava uma, tinha que levar no sapateiro, para amaciar, esticar, arregaçar”, diz ainda que treinava descalço, e quando ia jogar campeonatos calçava a chuteira, sofria demais. Quando garoto ele e Kandê jogaram um campeonato na Vila Perus descalços. Ele conta que sempre jogou de meia e pelas pontas. “Valoriza o bom futebol, sem pancadaria, quem bate esquece a arte da bola”, diz ele. Azulão diz que nunca foi goleador e só foi artilheiro uma única vez, em 1977. “Sempre gostei de servir e adorava enfiar os passes para o Etore, Guerra, Zezé, Tufi e para o melhor jogador, com quem joguei – o Gabiru – esse sim foi um craque”, diz ele. Azulão jogou no Portland, Paradões, Brasil de Caieiras e dezenas de outros times. Azulão ainda esta na ativa, nem pensa em pendurar as chuteiras: hoje ele tem seis pares de número 46, que ganhou de um colega e que joga com ele todo sábado em Barueri, “num maravilhoso campo gramado”. Ano passado ganhou um troféu (chuteira de ouro) na Copa Bifarma, de melhor jogador em campo. Do amigo de mais de 60 anos Kandê, ele tem as melhores referências futebolísticas: “nunca vi ele fazer uma falta feia”, diz ele. “Kandê jogava um futebol elegante e educado, que parou porque não gostava desse futebol feio”, completa Azulão, um boleiro muito arisco, pois foram vários meses para rolar essa conversa, sob o argumento de que tinha um compromisso na chacrinha que tem ali perto do SBT, na divisa com Osasco.
Em pé da esquerda para a direita, Sebastião , Calu, Zezé, Juliê, Rogério, Azulão, Vandão, Dentinho, Mima, Gersão, Zoio, Adão, Edelcio, Nenê, Shell, Valério, Agachados: Titon, e o time juvenil do Palmeiras em amistoso de 1979 contra os Paradões. Na foto acima, Azulão e Mazinho com o troféu do vice campeonato da Copa Bifarma 2015
Grupos da periferia têm até 6 de setembro para pleitear financiamento da Prefeitura Prefeitura lançou edital para financiar atividades culturais nas periferias com até R$ 300 mil por grupos (xom nbo mínimo 3 pessoas) de áreas com população com baixa renda Os grupos têm até 6 de setembro para concorrer a financiamentos de R$ 100 mil a R$ 300 mil.Serão destinados R$ 9 milhões ao programa, que foi viabilizado pela Lei de Fomento a Periferia (16.496/ 16), sancionada pelo prefeito Fernando Haddad. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela internet ou pessoalmente. Os coletivos que pretendem concorrer devem ser compostos por pelo menos três pessoas, com idades mínimas de 18 anos, e produzir atividades artísticas há pelo menos três anos. Quem optar por enviar as propostas pela plataforma SPcultura terá até 4 de setembro. Nos dias 5 e 6 serão aceitos apenas projetos protocolados pessoalmente nos seguintes endereços: Centro: Sede da Secretaria Municipal de Cultura, na Avenida São João, 473, 8º andar Zona Sul: Casa de Cultura de Santo Amaro – Manoel Cardoso de Mendonça, Praça Dr. Francisco F. Lopes,
434 - Santo Amaro; Zona Norte: Centro Cultural da Juventude (CCJ), Av. Atividades culturais da periferia terão incentivos públicos Dep. Emílio Carlos, 3641 V. Nova Cachoeirinha; Zona Oeste: Casa de Cultura do Butantã, Avenida der mais recursos às regiões culturais que historiJunta Mizumoto, 13 - Jd. Peri – Peri; camente tiveram menos acesso a eles. Zona Leste: Casa de Cultura Raul Seixas, Rua MurO edital divide a cidade em quatro áreas. Uma múrios da Tarde, 211 - José Bonifácio. delas inclui distritos em que pelo menos 20% dos Entre os objetivos do programa estão são am- domicílios têm renda per capita média de até meio pliar o acesso aos meios de produção cultural, re- salário mínimo (R$ 440). Para esta região, será desduzir desigualdades sócio-econômico-culturais na tinado 70% do orçamento previsto no edital. cidade, democratizar o acesso ao recurso público, Os chamados “bolsões” de pobreza da região fortalecer as práticas artísticas nas periferias, se- central, principalmente nos baitrros da Sé, Pari e gundo o edital. Bom Retiro, terão acesso a 7% dos valores instituO projeto de lei recém sancionado é o primeiro ídos pela lei. que reconhece a desigualdade na distribuição de Mais informações: http://spcultura.sp.gov.br/ recursos públicos na cidade e se propõe a conce- projeto2018/