Edição Agosto de 2012

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Agosto de 2012

Ano 3 • Edição 29

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Invenção brasileira Conheça a lâmpada ecológica

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Ecologia Reflorestamento como uma atividade econômica

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Parreira doméstica

As vantagens de ter uma parreira em casa

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Lei Maria da Penha INSS cobrará agressores

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Professores falam do Instituto Farroupilha

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Fala Cidadão Cliente elogia atendimento


2 Em Brasília, 24 horas

Cruzeiro, de fundamento!

Carlos Leite de Oliveira (Zé) embrasilia24h@gmail.com Jornalista, trabalha em Brasília.

* Como é bom rever nossa terra natal! Passei os últimos dias em Cruzeiro visitando familiares e amigos. Um passeio no presente e reminiscências de uma infância e juventude que marcaram nossa passagem por esses pagos. Como sempre falamos, Cruzeiro é de fundamento!

um cruzeirense, o arquiteto Cristiano Dall’Agnol. Outra edificação que deixa feliz qualquer cidadão que mora longe e vem passear por essas plagas é a Escola de Educação Infantil Criança Feliz, na vila Júlio de Oliveira. São mais de 120 crianças atendidas em turno integral, as quais recebem atenção especial das educadoras da creche.

Bombando

Praça

* Uma simples caminhada e um andar de carro pelo bairro podemos anotar as profundas diferenças nos locais por onde passamos. Nos últimos 36 meses Cruzeiro mudou de cara. As edificações na avenida Flores da Cunha demonstram a pujança econômica que tomou conta do local. Prédios novos como o supermercado Cotrirosa, agência Sicredi, Lojas Becker, entre outros. Banco do Brasil em obras ao lado do posto do Nenê. Pequeno comércio aquecido ao longo da Flores da Cunha.

* Outra obra do governo federal em parceria com a administração municipal, que já está em curso em Cruzeiro, é a Praça de Esporte e Cultura (PEC), que levará o nome do nosso saudoso pai Apolônio Leite de Oliveira. No local haverá espaço para lazer, cultura e entretenimento. Sem dúvida, um investimento que resultará em bem-estar para toda a comunidade.

Habitação

SANTA ROSA • Agosto de 2012

Geral

Caminhão * Com o passar do tempo, os caminhoneiros verão quão importante é a redução da jornada de trabalho e melhores condições de trabalho. A lei que hoje causa furor na categoria, já é velha na Europa, por exemplo. Claro que ajustes são necessários. Mas não querer mudar é muita teimosia. Principalmente quando se perde produção de alimentos com caminhões parados, sem contar com a violência praticada contra colegas que não desejam aderir ao movimento.

* A construção civil no bairro me impressionou. São dezenas de moradias do programa federal Minha Casa, Minha Vida, em parceria com a Prefeitura. Em lugares onde havia alguns anos apenas mato ou casebres, hoje existem residências que acolhem famílias com dignidade. De fato, Cruzeiro não é mais o mesmo. As pessoas não estão mais jogadas dentro de gaiolas de madeira com frestas por todo o lado, como outrora. Isso chama-se política pública Eleição qualificada e humanizada, realizada por gestores eficientes. * Ao que tudo indica, Santa Rosa terá um pleito relativamente tranquilo. Claro que as Educação campanhas eleitorais ganham fôlego a partir do começo da * Impressiona igualmente a propaganda no rádio e na tevê. qualidade e a quantidade in- O importante é que a popuvestida em educação em nosso lação se engaje e participe do bairro. Basta ver a nova escola processo eleitoral, uma vez que municipal Pedro Speroni. Fi- os vereadores e prefeito eleitos quei feliz em saber que o pro- serão os futuros mandatários jeto do educandário é obra de do município.

Alexandre Luis Thiele dos Santos thiele.advogados@gmail.com

Advogado especialista em Direito Civil Lato Sensu OAB/RS 71.791

CONCURSOS PÚBLICOS: O direito do portador de surdez unilateral de concorrer às vagas destinadas aos portadores de deficiência A Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso VIII prevê que a “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”. Embora várias deficiências sejam reconhecidas como critério hábil a concorrer a tais vagas, a surdez unilateral ainda encontra barreiras em exames médicos de vários concursos. Do mesmo modo que aos detentores de visão monocular foi certificado o direito de concorrer às vagas de portadores de deficiência - tendo o Superior Tribunal de Justiça - STJ lançado a Súmula nº 377, cujo texto expressa que “o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes” – entende-se pela extensão desse direito, também, aos portadores de surdez em apenas um dos ouvidos. Insta ressaltar que aqui no estado do RS o centro da discussão se encontra na interpretação do Decreto Estadual nº 44.300/2006, que em seu art. 3º, inciso II, considera deficiência auditiva a “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500 hz, 2.000 hz e 3.000 hz”. Com efeito, entende-se perfazer-se inconstitucional o critério adotado pela norma estadual, isto porque a natureza da deficiência não é elidida em razão da unilateralidade. Seja a surdez bilateral ou unilateral, a deficiência é existente, pois normais condições auditivas não são encontradas na pessoa, carecendo a mesma da normalidade do sentido. Ou seja, a unilateralidade não afasta a caracterização de surdez e, surdez, perfaz-se uma deficiência, seja em um ou em ambos os ouvidos. A simplicidade interpretativa que confere a nuance de inconstitucionalidade interna ao inciso II do art. 3º emana do critério lógico de que não possuir o pleno sentido (audição nos dois ouvidos) já se consubstancia em uma DEFICIÊNCIA, sendo impossível concluir que um candidato detentor de surdez, ainda que unilateral, seja pessoa desprovida de tal gravame. Atenta-se que o ponto nodal localiza-se sobre o critério de “UNILATERALIDADE”, que em nada diverge em se tratando de “visão” ou “audição”. Assim, consubstanciando-se em deficiência o fato de “visão monocular” (diga-se, cegueira de um dos olhos), subentendida está, automaticamente, a acertada aplicação de tal para os casos de “audição unilateral”, porquanto a superada divergência interpretativa de caracterização de deficiência, repisa-se, trata-se de “UNILATERALIDADE”, a qual é presente em ambos os casos. Não se distingue o critério interpretativo em razão do sentido (audição-visão). D’outro prisma, poder-se-ia comparar com concursando com ausência de um dos membros superiores, com o que inconstitucional e ilegal seria a exigência da

ausência de ambos os membros superiores para lhe conhecer tal qualidade. Dentre os vários fundamentos jurídicos favoráveis ao portador de surdez unilateral, tem-se a destacar não ser juridicamente aceitável que, para enquadrar-se na condição de portador de deficiência, deva ser o portador detentor de condição mais gravosa que a própria deficiência que lhe afeta. E, não cabe à lei impor tal exigência, pois não se presta a norma a impor critério mais gravoso, pelo que neste caso já se tem a discriminação propriamente dita. E, o intuito constitucional é o de propiciar a inclusão social àqueles cuja condição é desfavorecida. Ademais, não cabe à norma hierarquicamente inferior (decreto estadual) restringir direito já amplamente previsto em normas superiores (constitucional e Lei Federal nº 7.853/89). A sustentar o todo, ressalta a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Nova York - 30/03/2007). Norma de caráter constitucional (por tratado internacional que é - e do qual o Brasil é signatário), estabeleceu nova ótica de leitura para a própria Constituição e aos critérios de determinação de deficiência elencados nas mais diversas leis. Seu objeto veio reformar antigas disposições constitucionais, sobretudo invalidar erga omnes as de ordem infraconstitucional contrárias ou incompatíveis às suas disposições, estendendo seus efeitos em controle difuso para todos os âmbitos. Dentre seus princípios gerais, determinou como obrigações a “não-discriminação”, a “plena e efetiva participação e inclusão na sociedade”, a “igualdade de oportunidades” e a “acessibilidade” dos portadores de deficiência de qualquer gênero. E, mais: dada sua natureza, com aplicabilidade imediata, revogando os critérios de concursos públicos, cujos editais pautam-se no decreto estadual nº 44.300/2006. Sob a ótica administrativa, elementar que administração pública, na realização de concursos, deve pautar-se, dentre outros, pelos ditames da proporcionalidade, isonomia e legalidade, sob pena de nulidade de seus atos e, no caso, infringir critérios rigorosos de ordem constitucional. Vários tribunais de justiça estaduais, inclusive do Distrito Federal, já aplicam em suas decisões a nova interpretação, paralelando o direito dos portadores de visão monocular, também, aos que possuem surdez unilateral. Tudo pautado em precedentes diversos, sobretudo, do STJ. Diante da resistência da administração pública em aderir ao entendimento dos tribunais, as medidas judiciais (mandados de segurança e ações declaratórias - com pedidos liminares para reserva da vaga, em sendo o caso) têm sido o meio para a efetividade do direito aos concursandos portadores de surdez unilateral. No aguardo de, num futuro próximo, tais obstáculos à pacífica inserção social sejam dirimidos.


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Entrevista

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A vocação do Instituto Farroupilha Os professores Antonio Miragem e Raquel Canova falam do IFET – Instituto Federal Farroupilha – sua área de atuação e de pesquisa. Ao Cruzeiro, relatam o atual estágio das pesquisas de sua área – Meio Ambiente – e os planos que o Instituto tem para colocar em prática os resultados obtidos. Também falam da modalidade de curso à distância e explicam como funciona esta modalidade de ensino. Professor Antonio Miragem, é o coordenador do grupo de pesquisas de poluentes persistentes do Instituto Federal Farroupilha. Com doutorado em Ciências Biológicas com ênfase na saúde humana. Professora Raquel Canova é formada em química, tem bacharelado em Gestão Ambiental e está fazendo o mestrado em Geografia na área de Educação Ambiental. Trabalhando na coordenação do eixo tecnológico Ambiente- Saúde-Segurança que agrega vários cursos, os professores atuam no curso de Técnico em Meio Ambiente. Está previsto a abertura de curso de Técnico em Meio Ambiente na modalidade EAD – Ensino a Distância – com centralização em Santa Rosa e pólos distribuídos em diversas cidades, entre elas Santo Cristo e Giruá, já

para o ano de 2013. O ensino a distância é feito basicamente via internet, mas ocasionalmente o aluno deverá cumprir alguns requisitos pessoalmente, devendo estar presente no pólo mais perto de onde mora para prestar provas ou cumprir alguma exigência do curso. O IFET é uma instituição pública de nível federal e o ensino é gratuito. Pesquisa. Miragem explica que uma instituição de educação, ciência e tecnologia precisa necessariamente praticar estes três pilares desenvolvendo a educação através de cursos, a ciência através de estudos e pesquisas e a tecnologia através da aplicação prática das ciências e estudos desenvolvidos no instituto. “Esta é a razão de ser do IEF”, explica. A pesquisa que o eixo tecnológico está desenvolvendo é um estudo a respeito dos poluentes persistentes. Poluentes persistentes são elementos jogados na natureza, como resíduos de fármacos, de agrotóxicos, resíduos industriais de tintas entre outros. São chamados de resistentes devido à sua resistência à degradação. “Não são facilmente biodegradáveis”, ressaltam os professores, persistindo por muito tempo na natureza, atingindo e poluindo o meio-ambiente.

Professores Raquel Canova e Antônio Miragem “Por serem extremamente nocivos à saúde humana, o grupo de professores resolveu desenvolver um estudo investigatório do grau de poluição com poluentes persistente na região de Santa Rosa”. Estão envolvidos no projeto profissionais da área de ciências biológicas, de

química e de engenharia ambiental. “Dentre as várias frentes de pesquisa o primeiro que motivou o grupo foi a pesquisa de avaliação de resíduos de agrotóxicos em alimentos”, explica Miragem. Os Poluentes Persistentes resistem às transformações pe-

los quais os alimentos passam nas indústrias, ou seja, mesmo que um grão passe por vários processos industriais até ser transformado no produto final de consumo, os Poluentes Persistentes continuarão presentes no produto final, não serão modificados ou eliminados, e como não são visíveis e não têm gosto, o consumidor não percebe sua presença. Somente com equipamentos de alta tecnologia é possível detectar a presença destes elementos nos alimentos. “O projeto que desenvolvemos atualmente é o de análise de resíduos em alimentos vegetais, mas já temos encaminhados os projetos para análise de resíduos em alimentos de origem animal, e resíduos na água. A princípio, o projeto estava direcionado à pesquisa com alimentos de origem vegetal”, dizem os professores, ‘’mas o grupo entendeu que deveríamos estender os estudos e abranger também os alimentos de origem animal, e outras matrizes disponíveis na natureza como a água e o solo, elementos estes que têm relação direta com a produção de alimentos.” A maneira de se fazer esta investigação é determinando, primeiramente, quais os elementos que se quer encontrar. “Nosso foco são os agrotóxicos”, relatam os professores, “de diferentes marcas e

substâncias e que muitas vezes são usados em conjunto. Um dos equipamentos usados para detectar estes elementos é o Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (foto) que consegue separar os elementos e identificá-los por cores.” Miragem e Raquel ressaltam também a colaboração entre os vários institutos de pesquisa “os pesquisadores de vários órgãos trocam informações em busca de melhor desenvolver seu trabalho”. Resultado prático das pesquisas Os estudos científicos não podem ficar escondidos dentro das instituições, seus resultados e conclusões devem ser divulgados. “Ganhamos todos com estes trabalhos” afirmam os professores. ”O enfoque é a melhoria da qualidade de vida. A população deve ser informada e também deve ter acesso aos serviços que a instituição oferece a partir do conhecimento adquirido.” “Uma das metas que temos é prestar vários serviços como o fornecimento de diagnósticos, a certificação de qualidade de determinados produtos. O laboratório usado para pesquisa deverá também prestar estes serviços.” Os primeiros resultados deste projeto que foi iniciado em 2011 deverão sair até o final deste ano.


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Educação

8ª Feira do Livro, 2ª edição do Concurso de Contos Feira do livro de Santa Rosa fará a 2ª edição do Concurso de Contos. A feira será nos dias 7 a10 de Novembro de 2012. Veja o edital do concurso. A Comissão Central organizadora da 8ª Feira do Livro de Santa Rosa, com a finalidade de estimular a produção literária local, e o intercâmbio com escritores brasileiros e de outros países institui edital que regulamenta a 2ª edição do Concurso Internacional de Contos VICENTE CARDOSO. 1- Poderão participar escritores, maiores de 18 anos. 2- O tema será: contos de fantasia e/ou ficção científica. 3- Os textos deverão ser em língua portuguesa - digitados em Word ou BrOffice – fonte Arial – tamanho 12 – espaçamento simples – justificado – máximo de 4 laudas. 4- Os textos serão enviados para o endereço eletrônico concursodecontosvicentecardoso@gmail.com no campo assunto virá “Concurso Internacional de Contos Vicente Cardoso” com arquivo em anexo nomeado “Texto” constando o texto sem identificação do autor, apenas pseudônimo. Também um outro arquivo nomeado “DadosPseudonimo” sendo que no lugar de Pseudônimo virá o pseudônimo escolhido. Por exemplo, se o pseudônimo for “Adalio” o arquivo será nomeado “DadosAdalio”. Neste arquivo constarão: pseudônimo, nome real, endereço, endereço eletrônico, telefone e breve currículo do autor. Poderão ser enviados até 2(dois) textos por participante. A cada e-mail corresponderá apenas 1(um) texto anexo. Portanto quem desejar inscrever-se no concurso com dois textos deverá enviar 2(dois) e-mails. 5- Os textos devem ser inéditos de publicação em livro na mídia papel. Publicação em livro sem registro ISBN ou e-book não quebram o ineditismo da obra. 6- Aos cinco primeiro colocados serão entregues: 1º colocado: diploma constando colocação, 15 exemplares da coletânea com os textos premiados no concurso e uma cesta de livros de escritores santa-rosenses; 2º colocado: diploma constando colocação, 10 exemplares da coletânea com os textos premiados no concurso e uma cesta de livros de escritores santa-rosenses;

3º colocado: diploma constando colocação e 9 exemplares da coletânea com os textos premiados no concurso. 4º colocado: diploma constando colocação e 8 exemplares da coletânea com os textos premiados no concurso. 5º colocado: diploma constando colocação e 7 exemplares da coletânea com os textos premiados no concurso. 7- Todos os autores que tiverem textos selecionados para participar da coletânea receberão diploma com esta menção. 8- A coletânea terá registro ISBN e será lançada na 8ª Feira do Livro de Santa Rosa que acontecerá de 7 a 10 de Novembro de 2012 na Praça da Bandeira e Centro Cultural. 9- Ao enviar seus textos os autores estarão cedendo os direitos autorais da obra enviada para publicação em livro, e-book, áudio livro e PDF a comissão organizadora da 8ª Feira do Livro de Santa Rosa. 10- Os textos poderão ser enviados até 10 de Setembro de 2012 exclusivamente via internet conforme consta no artigo 4º deste regulamento. 11- Esta vedada a participação de integrantes ou familiares dos integrantes da comissão central da 8ª Feira do Livro de Santa Rosa e de familiares dos membros da comissão julgadora deste concurso. 12- Os contos serão julgados por uma comissão de alto nível literário, indicada pela Comissão Central da 8ª Feira do Livro de Santa Rosa, cuja decisão será soberana, à qual não cabem recursos sobre o resultado do concurso. 13- As inscrições fora das normas do concurso não serão aceitas. 14- É de responsabilidade exclusiva do concorrente a observância e regularização de toda e qualquer questão relativa a direitos autorais sobre a obra inscrita. 15-Este edital atende ao disposto na Lei Federal nº 9.610 de 12/02/1998 sobre direitos autorais. 16-Os premiados concordam e permitem a divulgação de seu nome e imagem para a divulgação do concurso, sem qualquer ônus para os realizadores. 17-Os participantes declaram estar cientes e de acordo com este regulamento. 18-Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Comissão Central da 8ª Feira do Livro de Santa Rosa.

SANTA ROSA • Agosto de 2012

ADEFISA 26 anos de atividade. No último dia 10 de agosto, a ADEFISA-Associação dos Deficientes Físicos de Santa Rosa, completou 26 anos de fundação. Considerando o último censo do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, realizado em 2010, que registrou números assustadores sobre as pessoas com deficiências, que apontou o aumento de 85% em nosso país em 10 anos, devido aos acidentes de trânsito, acidente de trabalho, doenças e violências. Trata-se de uma entidade necessária e importante para o município pois sua finalidade, entre outras, visa desenvolver ações de conscientização sobre motivos que provocam a deficiência física e fomentar a efetivação dos diretos que lhes assistem. Diante das necessidades, os associados defendem com ardor os interesses da Associação, uma vez que as dificuldades são grandes e os recurso pequenos, porém mesmo assim é realizado um trabalho digno de respeito e elogios a ponto de colocar a cidade de Santa Rosa em destaque na região. Acredito que a maior necessidade da ADEFISA no momento é de pessoas destituídas de interesses egoístas e mesquinhos, pessoas que venham até a entidade com espírito de ajuda, de fraternidade, e que estejam dispostas a construir uma ADEFISA fortalecida aponto de desempenhar toda a capacidade de atendimento, inclusive com campanhas de prevenção de acidentes. Parabéns ADEFISA e conte sempre conosco. Paulo, Sandra e Willian da Veiga.


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Geral

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Lâmpada ecológica de garrafa pet Alfredo Moser é um mecânico mineiro que, com a notícia do risco de apagão, teve a luminosa ideia de usar garrafas pet cheias de água para iluminar a casa e a oficina durante o dia. Através de buracos abertos no telhado, onde se encaixa cada garrafa, a luz refraciona na garrafa e se espalha pelo ambiente. O resultado é de uma iluminação que chega a equivaler a uma lâmpada entre 40 e 60 watts. Simples e barata, a ideia ultrapassou os limites de Uberaba, cidade onde foi inventada, e ganhou o mundo, chegando à África e à Ásia. A ONU estima que um quinto da população mundial ainda viva sem eletricidade. Moser adaptou a ideia de uma conversa que tivera em seu trabalho, anos antes. Um avião havia caído e eles comentavam sobre o que fariam caso precisassem de resgate. “Nosso chefe, na época, disse para colocar água num vidro e colocar na direção do sol. O calor colocaria fogo no capim, fazendo sinal”, relembrou. Com essa “lente improvisada” na cabeça, o mecânico teve a chance de usar a dica na prática, mais de duas décadas depois, quando surgiu o risco de um apagão no Brasil. “Fiquei apavorado

que pretende chegar à marca de 1 milhão das lâmpadas de Moser instaladas nas Filipinas. Somente na capital daquele país, Manila, a organização estima que haja 3 milhões de casas sem com aquela notícia. Daí resolvi usar minha ideia, mas com garrafas de plástico. Adicionei água limpa, duas tampinhas de água sanitária, peguei um pedaço de filme de máquina fotográfica para proteger a tampinha da garrafa do sol, coloquei no telhado, e pronto”, disse. Segundo o inventor, as lâmpadas são ideais para serem usadas durante o dia nos cômodos menos iluminados. “Em um corredor que é escuro ou um banheiro, nem precisa acender a luz. Acende e apaga sozinha”, disse. Os vizinhos adotaram a ideia também. Até um supermercado do bairro usa garrafas plásticas para iluminar o ambiente. Além de ajudar o meio ambiente, a iniciativa gera economia para o usuário. A ideia de Moser foi adotada pela MyShelter Foundation,

energia elétrica. Por depender da luz solar, o dispositivo não ilumina à noite. Mas para famílias pobres, das quais muitas vivem em favelas em que um barraco está grudado em outro, sem jane-

sa área, o jovem Matayo Korogocho, quem viu no YouTube um vídeo que mostra a invenção do mecânico mineiro. Ele cresceu numa casa em que não havia dinheiro sequer para comprar querosene para iluminação. Novo modelo – Apesar de não ter o apoio que queria – Alfredo Moser disse que já procurou órgãos públicos e privados para investir na ideia das garrafas pet – o mecânico afirmou que está aperfeiçoando o projeto. “Vou melhorar a lâmpada para clarear ainda mais e para ter condições de colocar na laje, no forro”, explica. O objetivo de Alfredo

las, ter mais luz durante o dia já é de grande ajuda. Outro lugar distante onde a invenção de Moser está servindo para iluminar casas de famílias carentes é Nairóbi, no Quênia. Em Korogocho, uma região de favela, uma organização está instalando as garrafas desde o ano passado. Foi um morador des-

é ajudar principalmente as pessoas que não têm condições de pagar pela energia. “O pessoal está precisando de luz. Meu ganho é pouco, não posso cobrar muito porque é gente carente e faço um preço bom também para ajudar. Mas a manutenção é barata, não gasta fio de luz e você vai tê-la para o resto da vida. No meu galpão, as lâmpadas estão há mais de 10 anos e nunca troquei água de nenhuma”, conta.

Atendimento ao cliente é tema da palestra com funcionários da rede Super Cotrirosa Funcionários dos supermercados da Cotrirosa participaram nesta semana, 13 e 15, de duas importantes palestras sobre atendimento ao cliente. As palestras, ministradas pelo Prof. da Unijuí, Luciano Zamberlan, aconteceram no auditório do campus da Universidade, em Santa Rosa. O palestrante abordou vários aspectos relacionados às ações estratégicas que podem ser adotadas para fortalecer a relação entre funcionário e cliente, com foco na importância de atender bem, a contribuição do marke-

ting pessoal para o atendimento e fortalecimento da Cooperativa, bem como o gerenciamento do atendimento ao cliente, com exemplos práticos do cotidiano. Para o presidente da Cotrirosa, Eduino Wilkomm, a busca constante pela qualificação dos funcionários da rede Super Cotrirosa tem levado a Cooperativa a investir em cursos e palestras, através da parceria com o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). “ É preciso preparar nossos funcionários para atender cada vez me-

lhor, porque hoje o cliente está levando em consideração primeiro o atendimento, seguido da organização e preço, na hora de escolher o lugar onde vai fazer suas compras”,

destaca Wilkomm. A rede Super Cotrirosa conta hoje com aproximadamente 270 funcionários. Por: Zélia Savoldi Assessora de Comunicação e Educação Cotrirosa


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Olá, estimado leitor. Ser feliz é um desejo subjacente de todas as pessoas. Quanto a isto, todos concordam. Mas a discordância inicia quando se começa a definir o que é a felicidade. É comum ocorrer confusão entre o que é felicidade e o que é dor. Grande parte dos «males» deste mundo tem seu princípio oriundo desta confusão. Muitos, embora queiram a felicidade e acreditem estarem buscando-a, fazem exatamente o oposto: Agem e pensam de forma a se afastarem cada vez mais da felicidade, e se afundam cada vez mais em tristezas e dor. Um exemplo clássico disso podem ser as drogas. Contudo gostaria de dissertar hoje sobre uma forma muito mais sutil e freqüente de se boicotar a felicidade. Trata-se do julgamento! É claro que não conseguiríamos viver sem julgamento algum, pois se assim o fizéssemos, não poderíamos sequer atravessar a rua em segurança, para citar um exemplo. Mas não é deste tipo de julgamento que estou falando. Estou falando do julgamento que surge após sermos confrontados com alguma palavra, idéia ou ação de outra pessoa. Um julgamento que aponta para outra pessoa ou situação e a culpa pela nossa infelicidade. Ou até mesmo quando julgamos a nós mesmos, chegando ao mesmo resultado. E quando damos de cara com o resultado que não queremos, pensamos que não temos outra escolha, pois quem ou o que está sendo julgado é o culpado por nos sentirmos desta forma. E assim, acreditamos que estamos certos. Certos? Talvez, porém não felizes! E este é o enorme «preço» que pagamos pelo direito ao julgamento: a nossa felicidade. E é um preço realmente

Especial

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Estar certo ou ser feliz? Um caminho para o não julgamento. alto demais, tendo em vista que leva embora o maior «tesouro» que se possa ter: a paz e a felicidade. A verdadeira felicidade não é a alegria momentânea que sentimos ao comprar ou fazer algo; e sim, um estado de espírito que emerge do mais íntimo do nosso ser, um estado de paz que não tem opostos, um sentimento que nos eleva, e que trás como conseqüência um bem estar em forma de estado de graça. E este estado é nossa essência natural, nos dada pelo nosso Criador. Para experienciá-lo, é preciso aquietar nossa mente, deixar de lado nossos próprios pensamentos, e permitir que um pensamento muito mais completo e inteligente venha a nós, de dentro para fora. É o pensamento da Inspiração Divina (ou Espírito Santo) que está em cada um, aguardando que seja nossa vontade que Ele se manifeste e nos inspire. Pois o Espírito Santo não pode nos impor o Seu pensamento, ou não seríamos livres. Assim, Ele aguarda pelo nosso convite, que nada mais é do que a mente em estado de prontidão para receber o Seu julgamento. E Ele julga por nós, se assim o permitirmos. Nós, sozinhos, não conseguimos fazer nenhum julgamento, pois não temos o alcance total para saber de todas as partes envolvidas e, portanto, não saberíamos o que é melhor para todos. Só quem conhece o todo pode ter este discernimento. Assim, só o Espírito Santo pode julgar verdadeiramente. E no Seu julgamento, sempre haverá cura, pois Ele sempre julga de modo a trazer o Amor de Deus a nós. Julgarmos por nossa própria conta e risco tira esta feliz ferramenta do nosso alcance, nos deixando à de-

riva, com um terrível sentimento de inadequação (culpa, medo, remorso, raiva, angústia, mal estar). Julgar pode trazer tudo isto? Pode e trás! O julgamento nos aprisiona dentro do nosso próprio pensamento, impedindo-nos de alcançar a consciência da verdadeira felicidade. Portanto, abrir mão do julgamento é abrir mão de «estar certo». Mas também é a escolha por «ser feliz». Não é possível «estar certo» e «ser feliz» ao mesmo tempo, pois ambos são mutuamente excludentes. Se quero estar certo, julgarei por mim mesmo, e assim desistirei do meu estado natural, que é ser feliz. Porém se escolho por ser feliz, preciso abrir mão do meu próprio julgamento a favor do julgamento do Espírito Santo, que só julga em prol da verdadeira felicidade. Assim, desistindo de estar certo, posso ser feliz. Para chegar a maestria da escolha pela felicidade que nos é dada optando pelo pensamento do Espírito Santo, é necessário uma mente treinada; pois só uma mente treinada pode lembrar de fazer esta escolha, no momento em que é confrontada com as situações do dia a dia. Portanto, é preciso ter vigilância sobre o próprio pensamento, para saber identificar cada situação e saber responder a cada tentação de «estar certo” com a escolha de «ser feliz». isto requer, da nossa parte, o ato consciente de «parar» o próprio pensamento

julgador, dar uma pausa, e pedir ao Espírito Santo que assuma o controle do nosso pensamento. E Ele certamente o fará, pois esta é a Sua função. A nossa função é entregar a Ele nossas questões, e Ele nos inspirará em como pensar ou agir. E na Sua resposta sempre haverá paz. Só com

treinos constantes no dia a dia é que se pode alcançar o hábito desta entrega. Em suma, o verdadeiro instrutor (Espírito Santo) está em cada um de nós, sempre pronto a ajudar. Para isso, Ele requer da disponibilidade de nossa parte em aceitá-lo, e o não julgamento é uma

condição desta disponibilidade. Abrir mão de estar certo a favor de ser feliz é o caminho para o não julgamento. Colocando em prática estes preceitos, estaremos trilhando por um caminho de verdadeira felicidade e paz. Paz e felicidade a todos, Aprendiz Feliz.

Não somos vítimas Arceli Wolanin Terapeuta Holística A riqueza existe dentro e fora em cada um de nós, temos que acreditar e manifestar pensamentos prósperos, harmoniosos com o universo. A vida dá chances iguais para todos se trabalharmos com amor e respeito com nossa profissão e com nossos semelhantes, sendo colegas, empregados ou empregadores, não devemos trabalhar achando que somos eternas vitimas e que somos explorados. Se isso vocês trazem em seus pensamentos, está na hora de mudar, ser grato seja pelas pequenas oportunidades. Enquanto o indivíduo estiver se sentindo vitima das circunstâncias, da sociedade, não conseguirá se promover. Quando reagimos com atitudes positivas, tudo é conquista, aí vêm as oportunidades. Vamos ter pensamentos positivos e boas atitudes para a formação do nosso caráter, tudo é energia e com isso constituímos um universo cheio de merecimento e paz.

O universo é a perfeição divina, vamos agir de acordo com a lei de DEUS, sem cobiça, mas amando, respeitando e tendo humildade de ver em nosso centro interior a essência que somos, seguindo o bom senso ou o senso do bem. A humildade independe da condição financeira. Ser humilde é saber observar as coisas, sem ilusão. Ver a real visão. Portanto devemos ouvir a voz do coração, seguir a nossa vontade e não as dos outros. Não devemos permitir que apaguem nosso brilho ou manipulem as nossas idéias, que vão contra ao nosso caráter. Ser digno, e é com essa dignidade que podemos direcionar

a nossa vida rumo ao sucesso e a prosperidade. O tempo é sempre presente, o aqui agora, portanto o poder de mudar seus pensamentos e atitudes, a oportunidade está no agora. Acredite, você tem o poder de escolha e de conduzir sua vida. Não há vitimas nem injustiçados, mas sim o que cada um faz com o poder de escolha. Devemos fazer escolhas com o coração puro, sem a mente, pois a mente é prisioneira dos egos, então começamos ver e ouvir com dons divinos e assim podemos chegar na fonte do todo que é tudo DEUS\PAI E MÃE. O universo tem tudo em abundância, basta ter fé.


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Especial

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Ecologia

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Reflorestamento como uma atividade econômica. No dia 24 de julho ocorreu o 3º Seminário Regional de Agroflorestasem Dr. Maurício Cardoso. O Técnico Agrícola Pedro Fabrício participou e entrevistou dois palestrantes sobre a agrofloresta, o plantio comercial de árvores como Pinus e Eucaliptus. É o reflorestamento como uma atividade econômica. Entrevista com palestrante Engenheiro Agrônomo Renato Juliani, Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Dr. Mauricio Cardoso. Pedro Fabrício - Qual na tua opinião sobre a área mínima comercial para viabilizar a exploração de agrofloresta? Renato Juliani - Nós trabalhamos com área comercial não inferior a meio hectare e sem limite de área acima disto, pois o agricultor além de estar usando mudas clonadas de alta qualidade, tem que fazer um bom preparo de solo, combate a formigas cortadeiras com antecedência, fazer posteriormente o raleio, a desrama, sobrando no final 30% das árvores com alto valor comercial e que serão destinadas ao setor moveleiro. Pedro Fabrício - Qual é a área atual de eucalipto e pinus no Município de Dr. Mauricio Cardoso? Renato Juliani - Após a implantação do programa de agrofloresta estamos com uma área de 233 ha dentro de uma técnica de plantio com mudas clonadas de alta qualidade, com espaçamento adequado, com manejo adequado. Além disto temos áreas não

computadas implantadas anteriormente num sistema convencional, com mudas de baixa qualidade, e automaticamente com madeira sem qualidade para uso no indústria moveleira. Pedro Fabrício - Com este trabalho de fomento ao plantio de agrofloresta que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Agricultura, em conjunto com a Planflora Mudas Florestais, Coper-Rio, Emater, qual a pers-

biental e com ela financiamento nos bancos. Isto vai estimular muito daqui para frente o investimento em plantio de eucaliptos transformando assim a nossa área de florestas para uso moveleiro em área bem maior. Pedro Fabrício - Qual o uso principal dado a madeira produzida hoje aqui em Dr. Mauricio Cardoso e região? Renato Juliani - É para a indústria moveleira. Os galhos são vendidos

Renato Juliani A demanda por madeira é Maior que a oferta pectiva de plantio em Dr. Mauricio Cardoso e região? Renato Juliani - Quando se fala em região o plantio de mudas para o próximo ano deverá dobrar, além disto nós temos um incentivo a mais que é a habilitação dos municípios para para licenciar na parte florestal até 5 hectares. Nas pequenas propriedades da nossa região o agricultor consegue a licença am-

para lenha, e o restante mais nobre é vendido para a indústria moveleira, sendo insuficiente para atender a demanda regional. Os agricultores que investiram em florestas num passado recente, apesar da menor qualidade da madeira conseguiram comercializá-la com várias empresas que vieram até aqui para avaliar suas florestas e oferecer boas propostas de negócios, mostrando que não

existe a preocupação de onde vender a madeira, e que existe mais demanda do que oferta. Pedro Fabrício - Neste contexto geral de florestamento e exploração de florestas existe alguma ação ou preocupação com a preservação dos manancias, das fontes , vertentes, sangas? Quais os critérios usados? Renato Juliani - Incentivamos via lei municipal o plantio de árvores nativas. A cada 1000 mudas plantadas de pinus ou eucaliptos o agricultor deve plantar 30 mudas de árvores nativas, com vistoria feita anteriormente, tendo que deixar as distâncias regulamentares de mananciais de água, como fontes e vertentes e já sendo indicados os locais de plantios das nativas. O agricultor terá novo beneficio do programa quando as árvores nativas já estiverem pegas e desenvolvidas. Entrevista com Roberto M. Ferron, diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas – DEFAP-POA. Pedro Fabrício - Na exploração comercial de florestamentos qual o procedimento junto ao Defap para extração de madeira? Roberto Ferron - No caso de florestas plantadas com espécies exóticas são de livre extração. Se forem espécies nativas como pinheiro brasileiro, cedro, louro, etc, tem que encaminhar um licenciamento em um formulário bem simples. No caso de florestas plantadas há uma exigência de se fazer um cadastramento

junto a Fepam. Quando o proprietário for fazer o plantio comercial de Florestas com espécies exóticas tem que buscar o licenciamento ambiental desta atividade. Esta é uma resolução do conselho estadual de meio ambiente de 2008 que passou a valer nesta data e que está em discussão novamente dentro do conselho estadual mas ele tem validade e qualquer atividade com espécies exóticas tem que ter o licenciamento ambien-

agricultor planta ele em banhados, lugares úmidos, em volta de vertentes, ocorre a perfuração do solo, com isso o lençol rebaixa e a água fica mais profunda, correndo mais abaixo como se fosse em um dreno e aquela vertente que aflorava ali surge a quinhentos ou mil metros adiante. Se plantarmos duas mil árvores por hectare, equivale a colocarmos duas mil brocas perfurando o chão. Por isso o eucalipto não é recomendado para

Roberto Ferron As áreas de reserva legal são passíveis de exploração sustentável tal na Fepam. Pedro Fabrício - O que existe de verdade em o eucalipto ser um vilão com relação ao consumo de água? Roberto Ferron - Conforme as pesquisas existentes isto não é verdadeiro. Como o eucalipto tem uma raiz pivotante, maior do que outras espécies, e na média o sistema radicular atinge até dois metros e meio de profundidade, quando o

se plantar em banhados, em volta de vertentes, de pequenos riachos, porque ele vai rebaixar o lençol freático e a água aparentemente vai sumir da superfície, no entanto ela está correndo mais lá por baixo e conforme as pesquisas ele consome a mesma quantia de água que uma floresta nativa ou lavoura de produção de grãos como milho, feijão e outras. Este é um falso conceito que se


criou porque os agricultores receberam muitas informações equivocadas, sem bases científicas, fazendo plantios em banhados que causaram este efeito de rebaixamento do lençol. O eucalipto jamais pode ser considerado uma vilão, bem ao contrário pois não se tivéssemos plantios de eucalipto haveria mais cortes de árvores nativas. Temos que considerar que em nossa região há grande demanda de madeira para a secagem de grãos e outras atividades como a produção de energia para as fábricas, padarias, olarias, frigoríficos, ervateiras, curtumes, fábricas de balas, que têm sua base energética na lenha de eucalipto e ele supriu esta necessidade muito grande, e com isso nós preservamos imensas áreas de mata nativa. Pedro Fabrício - Com este novo código florestal como vai se tratar APPS (áreas de preservação permanente) e reserva legal, o agricultor vai poder explorar estas áreas? Roberto Ferron - Sim, sem dúvida, o novo código florestal diferencia a pequena propriedade até quatro módulos fiscais das outras propriedades chamadas de regime es-

pecial. Nos dois casos o agricultor deverá nas áreas de APP plantar espécies frutíferas nativas como guajuviras, pinheiro brasileiro, pitangas, cerejas, uvaias, cedro, erva, e outras sempre mesclando onde o agricultor poderá extrair frutos, as folhas. Na região de Passo Fundo já temos agroindústrias familiares produzindo geléias, sucos de butiá, sucos de pitanga, schmier, sorvetes, doces, picolés de frutas nativas. O Estado do Rio Grande do Sul através do DEFAP (Departamento de Florestas e Áreas Protegidas) está estimulando a recomposição das APPs e reserva legal com as espécies nativas para a obtenção de ganhos econômicos em cima destas áreas. As áreas consolidadas onde existem pastagens, construções, até uma floresta de eucalipto, inclusive nas APPs, vão poder ser exploradas sem destruir ou desmatar área total. O proprietário deverá ter o compromisso de proteger a vegetação, melhorar a capacidade do solo, proteger os rios, e mesmo com a atividade atual consolidada, se isto degradar vai ter que recompor, seja mata ou campo, conforme a região. Nas

áreas de reserva legal são passíveis de exploração sustentável, onde o produtor poderá ter um pomar, um erval, plantio de videiras, eucaliptos, mas deverá também ter uma parte de mata nativa que, se for plantada, poderá no futuro ser manejada. Pedro Fabrício - E as áreas de PRV (pastoreio racional Voisin) poderia fazer parte da reserva legal? Roberto Ferron - sim e até nas APPs ser for área consolidada. Acima de quatro módulos os proprietários terão que recompor boa parte destas APPs e reserva legal, enquadradas no chamado regime especial. Pedro Fabrício - As áreas de preservação permanente poderão ficar dentro da área de reserva legal? Roberto Ferron - Dentro das pequenas propriedades rurais as APPs poderão ser incorporadas dentro dos 20% de reserva legal, não excedendo 25% da área da total da propriedade, só para as propriedades até quatro módulos rurais, que equivalem a no máximo 100 hectares.

Produção caseira de uvas é só vantagem. Pedro Fabrício. Técnico Agrícola CREA 67003 Os benefícios de se ter uma parreira caseira são muitos. Além de produzir uvas para consumo da família, também se pode usufruir de uma bela área de lazer com grama e sombra de boa qualidade durante todo o verão. Alguns cuidados interessantes: - Escolher local ensolarado - Planejar com antecedência o pergolado ( suporte horizontal da videira) - Fazer proteção do vento sul (frio), podendo usar para isso sombrite vermelho, cipreste etc. - Escolher uvas rústicas como: Bordô – usada para consumo in natura e sucos, Niágara Branca e rosa – usada para con-

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Ecologia/Saúde

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sumo in natura, Ghoete (rosada) usada para consumo in natura e Francesa ou Concord – usada para geléias, sucos Manejos: - Mantenha uma área de 70x70cm livre de qualquer vegetação ao redor do pé da videira. - Retire a casca dos ramos da videira para evitar pragas como cochonilha. - O restante da área é importante adubar com produto de compostagem orgânica para que quando for plantada a grama a terra esteja fértil. É aconselhável deixar a videira ter um bom desenvolvimento para depois plantar a grama. - Priorize produtos orgânicos para o combate de pragas, como a calda sulfocálcica que só é usada no inverno e a calda bordaleza no verão, pois ambos são

produtos orgânicos encontradas facilmente no comércio. - Quanto à poda da videira o manejo correto é a poda anual. Após a poda faça a amarração dos galhos que irão produzir, sempre cuidando para não haver quebra dos brotos. - É indicada a aplicação de calda bordaleza após a poda e durante o desenvolvimento da videira, evitando assim doenças fúngicas, como também caldas nutritivas como Super Magro, que é produto orgânico. Este é um sistema de produção natural, sem uso de agrotóxicos e ecologicamente correto, além de que a saúde de sua família é um bem imensurável. Qualquer dúvida o leitor poderá procurar orientação técnica na secretaria de agropecuária da prefeitura.

Frutas

Uma riquíssima fonte de energia e saúde Victória Nardes Trofóloga CRT 44565 A trofologia mostra que as frutas sempre foram excelentes fontes de vitaminas e minerais, e por uma razão muito simples, pelo sabor e a facilidade de digestão. Nos dias atuais, as frutas são valorizadas por seu valor nutricional. Diversos estudos demonstram que quem consome uma grande quantidade de frutas (entre 5 e 6 por dia) podem diminuir a incidência de infartos e derrames e outras doenças cardíacas, e que suas vitaminas protegem contra uma série de outras enfermidades. As frutas cítricas são as fontes mais ricas de vitamina C, juntamente com melão cantalupo, kiwi, morangos, framboesas, mangas, mamões e goiaba. Frutas coloridas são ricas em betacaroteno que o organismo converte em vitamina A. As frutas vermelhas contêm o Licopeno. As uvas fornecem a quercetina que também é uma

fonte protetora do coração. Muitas delas são ricas em potássio, um elemento essencial para a manutenção do equilíbrio dos líquidos no corpo e também um controlador da hipertensão. A maioria das frutas são ricas em fibras e pobres em calorias e por isso são ideais para pessoas com excesso de peso. Maçãs e peras contém pectina, uma fibra solúvel que regula os níveis de colesterol no sangue, encontrados também nas frutas silvestres e frutas secas. As frutas consumidas de maneira e quantidade

corretas são indicadas para todas as idades. Podem ser usadas cruas, cozidas, assadas, em forma de passas ou em calda. Serve para acompanhar todos os tipos de refeições, lanches e devem ser companheira inseparável das lancheiras escolares. Mas devemos lembrar que as mesmas devem ser consumidas maduras e bem lavadas. Coma frutas todos os dias e conquiste muito mais qualidade de vida. A vida, a saúde e a educação começam na alimentação.

Suco Verde Desintoxicante Para acompanhar o lanche matinal, escolha um suco de frutas com baixo índice glicêmico. Evite abacaxi, melão, melancia e laranja. Prefira maçã, banana, mamão entre outros. Quem estiver disposto a fazer algo melhor ainda para vitalizar sua “máquina”, aconselho a fazer o que chamo de “suco detoxificante” Maçã – 1 unidade (Rica em pectina – retira metais pesados do organismo) Couve – 3 Folhas (Clorofila – Desintoxicante e rico em minerais) Gengibre Cru – 1 Rodela (Anti-inflamatório, Antifugno, Antibacteriano natural) Semente de linhaça – uma colher de sopa 1 Copo de Água Bater tudo no Liquidificador Não coar Beber em jejum Modo de Preparo Complete com um pouco de água filtrada. Bata tudo no liquidificador e

não coe para preservar toda a fibra. Veja a importância de cada componente deste suco: Maçã É rica em uma fibra chamada pictina, que tem grande poder de se ligar a metais pesados e retirálos do nosso corpo. Clorofila (couve ou espinafre) É a energia que as plantas produzem a partir do sol. Elas possuem um alto poder de desintoxicação e são ricas em minerais. Gengibre Antiinflamatório, antifúngico, antibiótico natural dos mais potentes. Aproveite! Semente de Linhaça Contém a proporção das duas gorduras essenciais, aquelas que o nosso organismo não consegue sintetizar. A partir delas nosso organismo pode produzir todas as outras necessárias. São o ômega 3 e o ômega 6. Quando as gorduras boas estão

em quantidade adequada, nosso corpo produz mais hormônios antiinflamatórios, antitrombóticos (prevenindo infarto e derrame) e antitumorais ( que previnem o câncer). As lignanas, que compõem a linhaça, são substâncias antioxidantes, úteis como repositores hormonais sexuais naturais. Benefícios do Suco Muitas pessoas sentem-se completamente satisfeitas com 2 copos desse suco e preferem deixar o sanduíche, iogurte natural ou fruta de baixo índice glicêmico para o lanche das 10 horas da manhã. Outro aspecto importante é que logo após duas ou três semanas depois do início do suco-tratamento, os pacientes passam a apresentar uma nova vitalidade, mais energia e disposição para os afazeres diários, além de perderem lentamente quilos em excesso, melhorando os índices de triglicérides, colesterol e diabetes.


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Lei Maria da Penha Ministério Público poderá denunciar agressor quando vítima desistir da acusação. INSS começa a cobrar dos agressores custos da violência contra mulher O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar o Ministério Público a denunciar agressores de mulheres no ambiente familiar, mesmo que elas não queiram queixa. Por 10 votos a 1, os ministros decidiram nesta quinta-feira (9) que o Ministério Público pode entrar com a ação penal, em casos de violência doméstica, mesmo que a mulher decida voltar atrás na acusação contra seu companheiro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a violência doméstica cometida pelo companheiro ocorre em pelo menos 90% dos casos. O STF julgou uma ação de inconstitucionalidade de autoria do Ministério Público. A instituição pedia que, nos trechos em que a Lei Maria da Penha condiciona a denún-

cia por agressões leves à vontade da vítima, o STF desse a interpretação para que o Ministério Público passasse a ter a prerrogativa de atuar. A ideia é que o Estado proteja a vítima quando ela se mostra incapaz de fazê-lo. A maioria acompanhou o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello. “Aos 65 anos, eu não acredito mais em Papai Noel. Sem proteção, as mulheres desistem de processar seus agressores”, disse o ministro. O ministro Luiz Fux afirmou que a ideia da alteração é intimidar os agressores, já que, agora, eles saberão que a ação judicial continuará independentemente da vontade da mulher. O único voto contrário foi o do presidente da Casa, ministro Cezar Peluso. No seu entendi-

mento, a alteração pode ser um retrocesso à proteção da mulher, já que ela pode desistir de denunciar seu companheiro à polícia na medida em que a lei não permite que ela abra mão de uma ação contra ele na Justiça. Para Peluso, hoje, muitas mulheres levam os casos de agressão ao conhecimento da polícia porque sabem que poderão voltar atrás mais à frente. Peluso defendeu que o legislador foi consciente ao determinar que a vítima deve dar seu aval para a abertura de ação. “O ser humano se caracteriza por ser sujeito da sua história, pela capacidade que ele tem de decidir por um caminho, e isso parece que transpareceu quando a lei foi elaborada”. Apesar de ter votado a favor da maioria, o ministro Gilmar Men-

Líderes realizam debate sobre atividades externas de cargos em comissão Reunião de líderes teve como objetivo iniciar as discussões a fim de definir um possível regramento para o trabalho de cargos em comissão (CCs) em locais externos ao Palácio Farroupilha. A reunião foi coordenada pelo presidente do Legislativo, deputado Alexandre Postal (PMDB), na sala da Presidência.

Conforme Postal, o entendimento entre os parlamentares sobre o assunto tem avançado. “Nos próximos dias, nós estaremos dando uma posição oficial de todo o regramento para esses cargos, dos CCs que trabalham tanto fora da Casa como nos diretórios”, afirmou. Em reunião na últi-

ma terça-feira (14), a Mesa Diretora da Casa aprovou resolução que limita a quantidade de cargos em comissão para atuação fora da sede do Parlamento. Foi estabelecido o máximo de seis servidores por gabinete para esse tipo de assessoramento parlamentar. Fonte. Agência de Notícias ALRS

des fez ressalva no mesmo sentido de Peluso. “As consequências vêm depois. Aí, podemos nos deparar com essa forma. Querendo fazer o bem, acabamos fazendo o mal. Mas não disponho de dados para seguir na outra alternativa desenhada”, disse Mendes, referindo-se à possível redução no número de denúncias se a ação na Justiça deixar de ser prerrogativa da vítima. Mendes disse que só votou com a maioria porque acredita que o STF poderá voltar atrás em algum caso concreto posterior que prove que a intervenção do Ministério Público é prejudicial. INSS começa a cobrar dos agressores custos da violência contra mulher. Instituto Nacional de

Seguridade Social (INSS) anunciou que a partir desta terça-feira (7) passará a processar judicialmente os agressores de mulheres para cobrar o ressarcimento dos valores pagos pelo órgão governamental relacionados com os atos de violência doméstica contra as mulheres. O Ministério da Previdência Social, do qual o INSS faz parte, informou que o órgão também exigirá nos tribunais uma reparação equivalente às despesas por previdência derivadas dessas agressões, sejam por invalidez ou, inclusive, por assassinato. A iniciativa foi anunciada no sexto aniversário da promulgação da lei “Maria da Penha”, nome designado em homenagem a uma mulher que ficou paraplégica devido às agressões que sofria de

seu marido. No primeiro semestre de 2012, foram registrados 388,9 mil atendimentos, dos quais 56,6% (47,5 mil) foram relatos de violência física. A violência psicológica aparece em 27,2% (12,9 mil) dos registros no período. Foram 5,7 mil chamadas relacionadas à violência moral (12%), 915 sexual (2%) e 750 patrimonial (1%). Os dados revelam ainda que em 66% dos casos os filhos presenciam as agressões contra as mães. Os companheiros e cônjuges continuam sendo os principais agressores (70% das denúncias neste ano). Outra medida anunciada é a de incentivar a notificação de casos de violência contra mulheres e promover ações de vigilância e prevenção. Para isso, o Ministério da Saúde vai destinar R$ 31 milhões às secretarias estaduais e municipais de todo o país.

FALA CIDADÃO Atendimento de qualidade. Como é bom ser atendido por uma pessoa que tem interesse em resolver nosso problema. Meu caso em particular trata de uma conta telefônica cujos problemas começaram a partir do momento em que fiz opção por um plano mais vantajoso que a operadora oferecia. Depois do pagamento da primeira conta, as seguintes não vieram corretas e embora eu as quitasse a operadora insistia em dizer que havia valores em aberto. Inúmeras vezes consultei, em uma lotérica, os débitos pendentes do meu

telefone e o resultado era sempre o mesmo: não havia débitos. Por fim meu plano foi cancelado sem que recebesse qualquer comunicação sobre isso. Já sem saber o que fazer, a funcionária Jenifer Alvanoz, do escritório local da operadora interferiu positivamente buscando esclarecer todo o ocorrido. Senti-me amparada com seu trabalho e voltei a confiar novamente na operadora, devido ao zelo, eficiência e atenção que esta funcionária dedica ao seu trabalho e aos clientes. Obrigado Jenifer, é o agradecimento de um cliente satisfeito.


Bayer lança em Santa Rosa vacina contra pneumonia enzoótica A Bayer desenvolveu nova vacina recomendada para uso em todas as raças de suínos. No dia 25 de julho, a Bayer – Unidade Aves, Suínos e Aquacultura – realizou o lançamento da Resprotek One Shot, nova vacina contra pneumonia enzoótica, em Santa Rosa. O evento reuniu produtores de suínos da região, que assistiram à palestra sobre o produto ministrada pela coordenadora técnica da Bayer, Dra. Eliana Dantas. A Resprotek One Shot é uma vacina de dose única e muito fácil de ser aplicada. É recomendado que se administre a vacina aos 14 dias de vida do leitão, aplicação indicada para todas as raças de suínos, com o objetivo de auxiliar na redução das lesões pulmonares provocadas pela pneumonia enzoótica suína, que por sua vez é causada por Mycoplasma hyopneumoniae. “Resprotek One Shot é mais um investimento que favorecerá maior rentabilidade para o suinocultor, com suíno pesado e saudável. A Dra. Eliana em sua palestra ressaltou a importância da vacinação, manejo correto,da boa higiene e ambiente favorável com boa ventilação se-

gundo ela, estes cuidados na fase de maternidade da criação dos suínos são primordiais para que os animais desempenhem seu potencial genético máximo. “Resprotek One Shot é mais um investimento que favorecerá a obtenção da rentabilidade que o produtor gosta: suíno pesado e saudável”, declara Josiédi Pires, gerente de vendas da unidade de negócios Bayer Aves, Suínos e Aquacultura. Segundo ele, com este lançamento a empresa pretende aumentar sua participação na fase de maternidade da criação dos suínos. “Os cuidados nesta fase são primordiais para que os animais desem-

penhem seu potencial genético máximo, ou seja, a performance de produtividade do suíno terminado está diretamente ligada aos reflexos do bom manejo que este animal recebeu na fase de maternidade”, explica. Josiédi informa que protocolos de campo desenvolvidos tanto no exterior como no Brasil, demonstraram que Resprotek One Shot é uma vacina altamente eficaz. “Pretendemos cada vez mais levar ao produtor final de suínos um portfólio completo de soluções com a garantia da qualidade Bayer”, conclui. Assessoria de Imprensa Bayer Saúde Animal – Unidade Aves, Suínos e Aquacultura

Classmann entrega ao presidente da AL pedido de criação da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Suinocultura O líder da bancada do PTB, deputado Aloísio Classmann, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Postal (PMDB), o pedido de instalação da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Suinocultura. O encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira (15/8), quando Classmann destacou o objetivo da iniciativa, que é unir o Legislativo e a sociedade civil na busca de soluções para uma das mais graves crises vivenciadas pelo setor. “Será o compromisso dos deputados, independente

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do partido político, com as 176 mil famílias que vivem desta atividade, no nosso Estado”, afirma Classmann, autor da Lei 13.410/2010, que coloca a carne de porco na merenda das escolas estaduais. Segundo o líder petebista, os suinocultores enfrentam um elevado endividamento, causado pelo custo de produção, embargos realizados por países importadores e o baixo valor pago pelo produto. “O prejuízo gerado chega a R$ 1,00 por quilo, no que se refere ao custo-produção”, alerta.

Entre as medidas propostas por Classmann para reverter a situação, está a prorrogação das dívidas de investimento e custeio pecuário dos produtores, além da criação de um fundo de crédito para empréstimos e financiamentos, itens propostos pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos. Além disso, destaca iniciativas como a inclusão da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos do governo federal, bem como o leilão de milho Centro-Oeste para os estados da região Sul.

PEC que prioriza a Consulta Popular no Orçamento segue para plenário Os deputados da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle votaram na manhã desta quinta-feira (16) parecer favorável do deputado Miki Breier (PSB) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 223/2011, proposta pelo deputado Ernani Polo (PP) e mais 34 parlamentares. A matéria recebeu cinco votos favoráveis e três contrários, não tendo recebido, portanto, número de votos suficientes (sete) para sua aprovação ou reprovação. Ela segue agora para apreciação em plenário, em atenção ao art. 200 do Regimento Interno da Casa. A proposição trata da execução preferencial dos recursos alocados no Orçamento do Estado em investimentos elencados na Consulta Popular. Segundo o deputado Raul Pont (PT), se aprovada em plenário, a PEC deve gerar uma ação de inconstitucionalidade, já que a prerrogativa da execução orçamentária é do Poder Executivo e não do Legislativo. A matéria foi originalmente apresentada pelo então deputado Chicão Gorski, falecido no ano passado. A Comissão aprovou parecer do deputado Carlos Gomes (PRB) ao Projeto de Resolução 18/2011, de autoria da deputada Marisa Formolo (PT), que dispõe sobre o Prêmio de Reconhecimento pela Atuação para a Sustentabilidade Socioambiental. A PEC 219/2011, pro-

Deputado Miki Breier, fala durante sessão plenária posta pelo deputado Ronaldo Santini (PTB) e mais 36 parlamentares, que trata da previdência social complementar para os servidores públicos estaduais, foi retirada pelo relator, deputado Valdeci Oliveira (PT), para reexame. Já o Projeto de Lei 227/2011, proposto pelo deputado Luciano Azevedo (PPS) e relatado pela deputada Juliana Brizola (PDT), que determina a publicação das declarações de bens e rendas de agentes públicos, recebeu pedido de vista. Dois requerimentos que constavam na Ordem do Dia ficaram para ser votados na próxima

reunião ordinária. Os deputados também decidiram não realizar a reunião ordinária na próxima quinta-feira (30) para que os parlamentares possam participar das atividades da Expointer, em Esteio. Estiveram presentes na reunião da Comissão de Finanças a presidente, deputada Maria Helena Sartori (PMDB), os deputados Raul Pont (PT), Valdeci Oliveira (PT), Carlos Gomes (PRB), Juliana Brizola (PDT), Cassiá Carpes (PTB), Zilá Breitenbach (PSDB) e Pedro Wesphalen (PP). Fonte : Agência da Notícias ALRS


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Voto Consciente


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