Jornal Cruzeiro Junho de 2013

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Junho de 2013

Ano 3 • Edição 37

3 Musicanto

Festival terá novo formato

5 Reflexão Textos de Arceli Wolanin e Aprendiz Feliz

9 Mediação Santa Rosa terá seccional do Tribunal de Mediação e Arbitragem

8 Expocruzeiro Espaços quase esgotados

10 e 11 Turismo Uma visita a Éfeso e à casa da Virgem Maria


2 Em Brasília, 24 horas

Amazônia continental @ Nossa viagem ao coração da selva Amazônica na última semana de abril foi uma aula de cidadania. O pulmão verde do mundo está em boas mãos, uma vez que o Exército Brasileiro faz um trabalho impressionante na região de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, que guarda um terço das florestas tropicais do planeta, além de concentrar a maior biodiversidade biológica do planeta. Sem contar que temos a maior bacia de água doce do mundo. Destaca-se ainda que na Amazônia existem 200 espécies diferentes de árvores por hectare, além de 1,4 mil tipos de peixes, 1,3 mil de pássaros e 300 tipos de mamíferos. Essa breve introdução com números serve apenas para demonstrar a grandeza da área que englobaria até 14 países europeus juntos, pela sua dimensão. E é lá que o Exército realiza seu trabalho de defesa nacional. Narcotráfico @ Conversamos com o general Eduardo Villas Bôas, gaúcho de Cruz Alta e colorado, o Comandante do Exército na Amazônia, o qual revelou à comitiva de deputados, senadores e assessores, que o narcotráfico está entre as principais preocupações das Forças Armadas brasileiras. Colômbia e Bolívia diminuíram a produção de cocaína, enquanto o vizinho Peru teria aumentado o plantio da droga. Villas Bôas foi categórico ao afirmar que no lado brasileiro não há plantação de folha de coca. Revela, porém, que o Brasil é o segundo maior consumidor, bem como um corredor de entrada do ilícito. Apesar de todo o esforço do Exército, da Polícia Federal e de outros agentes governamentais, a coca consegue acessar o nosso país, em função de a fronteira ter mais de 12 mil quilômetros, sendo que não temos

SANTA ROSA • Junho de 2013

Geral Carlos Leite de Oliveira (Zé) embrasilia24h@gmail.com Jornalista, trabalha em Brasília.

ainda um contingente suficiente para vigiar e coibir o ilícito. O Exército dispõe de 27 mil homens em toda a Amazônia, quando o número ideal seria de 40 mil. O general adianta que este número poderá ser alcançado em 2030. De 2003 pra cá, começou-se a se investir mais em equipamentos, armas, munição, melhoria nos vencimentos dos soldados, ou seja, o Exército que andava esquecido, passou a ter novamente vez e voz. E o general lembra ainda que em 2008, no Governo Lula, foi implantada a Estratégia Nacional de Defesa, um marco na legislação nacional. A partir de então, o país passa adotar políticas direcionadas a fim de garantir a soberania e o direito de agir em sua legítima defesa, se preciso for. Falta Estado @ As tribos indígenas no Amazonas têm no Exército uma mão amiga. Nos contatos entre as tribos e os militares, a primeira coisa que os silvícolas solicitam é uma bandeira nova do Brasil. Eles (os índios) têm orgulho em possuir a bandeira. O Exército chega onde o Estado não chega. Faltam apoios nas áreas de saúde e educação, por exemplo. Dentre os militares que servem na região amazônica encontram-se enfermeiros, médicos, dentistas, professores, os quais suprem a falta de pessoal do Estado para garantir os direitos básicos aos índios e às populações ribeirinhas, afinal, na Amazônia o que menos existe são estradas como conhecemos. “Nossas estradas aqui são os rios”, explica o general Villas Bôas. São 23 mil quilômetros de rios navegáveis, por onde são transportadas pessoas, alimentos, armas, munições, enfim, tudo o que é preciso para sobreviver naquela região. A fraca presença do Estado causa um vazio de poder, com consequências graves

como o tráfico de drogas; desmatamento irregular; tráfico de animais silvestres e até de peixes raros; biopirataria; conflitos em terras indígenas; falta de assistência à saúde e à educação, entre outros problemas. O Estado, na visão dos militares que lá atuam, precisa se fazer mais presente. É nossa! @ Os militares que servem na fronteira da Amazônia com o Peru, Colômbia, Bolívia e outros países têm orgulho em servir à pátria. Eles amam o seu país. Possuem um espírito de brasilidade que nos fazem corar ao pensar que eles, tão distantes de seus familiares e amigos, dedicam-se com tanto amor para defender um território imenso que pode estar sob ameaça, afinal, a região Amazônica tem o “petróleo” do futuro: á agua! É por isso que os militares clamam por ações integradas entre todos os órgãos governamentais, a fim de dar tranquilidade e garantias para as pessoas que lá habitam e, especialmente, para continuarmos dizendo em alto e bom som: a Amazônia é nossa! Selva!* *Saudação dos militares que atuam na Amazônia

Carlos Leite e o general Villas Bôas, cruz-altense que comanda a Amazônia

Soldados camuflados vigiam as fronteiras brasileiras na Amazônia

Alexandre Luis Thiele dos Santos Advogado. Especialista em Direito Civil Lato Sensu OAB/RS 71.791 Professor das Faculdades Integradas machado de Assis alethiele09@gmail.com

IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA Em recente decisão, STJ amplia o conceito de entidade familiar para proteger mais de um imóvel de devedor, utilizados como residências de familiares. Já é de conhecimento popular a norma de impenhorabilidade do bem de família, não raramente ouvindo-se de quem se encontra endividado e sem possibilidades de pagamento que “a casa onde eu moro e os móveis, ninguém pode me tirar!” O direito advém da Lei nº 8.009/1990, que em seu artigo 1º preceitua que “o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei”. O parágrafo único do mesmo artigo reza: “A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados”. Portanto, a residência do devedor e os bens que a integram estão protegidos por lei - excetuados os casos de dívidas geradas pelo imóvel (IPTU, financiamento, etc); pensão alimentícia; crédito trabalhista ou previdenciário de empregado(a) doméstico(a); ou, ain-

da, dado em garantia de hipoteca ou fiança para aluguéis (art. 3º). A novidade muito comentada desde a semana passada é a de que o Superior Tribunal de Justiça “STJ, ao julgar recurso que mudou decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG, considerou possível a proteção recair, simultaneamente, em dois imóveis de um mesmo devedor. Ao ser penhorada a casa onde este reside, defendeu-se alegando tratar-se de bem de família e, ao ser outro imóvel de sua propriedade penhorado, em substituição ao anterior, alegou tratar-se, também, de bem de família, pois neste último, moram suas filhas e a mãe delas. Em desajeitada fundamentação, o TJMG chegou a justificar que a relação de “concubinato” do devedor não poderia ser considerada entidade familiar. Entretanto, o STJ firmou seu entendimento no sentido de que se entes de uma família, indiferentemente de sua configuração, residirem em imóveis diversos, tal não afasta o objetivo da lei, que é a proteção do direito de moradia, como condição de dignidade da pessoa humana. Segundo o Relator da decisão, Ministro Villas Boas Cuêva, “o conceito de entidade familiar deve ser entendido à luz das alterações sociais que atingiram o direito de

família. Somente assim é que poderá haver sentido real na aplicação da Lei 8.009”. Com efeito, embora separados os membros de uma mesma família em residências diversas, ainda assim esta subsiste como entidade familiar, requerendo a adequação da proteção conforme sua multiplicidade. Segundo o citado Relator, firme neste entendimento, o STJ “passou a abrigar também o imóvel de viúva sem filhos, de irmãos solteiros e até de pessoas separadas judicialmente, permitindo, neste caso, a pluralidade de bens protegidos pela Lei 8.009”. Oportuno atentar que o entendimento não tem o cunho de proteger deliberadamente o devedor, o beneficiando da impenhorabilidade de seus bens, mas sim, garantir o direito de moradia, atendendo a finalidade da norma no sentido amplo de entidade familiar. Tudo leva a concluir que a aplicabilidade do conceito ampliado de entidade familiar se dá a partir do caso concreto, de modo que na existência de mais de um bem imóvel registrado em nome do devedor, certamente não vai restar obstada a penhora sobre tais. Quem possui o direito protetivo é a pessoa (ente familiar) e não o bem (imóvel) em si. Em suma, abrigada pela lei está a família e não o devedor.


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Entrevista

SANTA ROSA • Junho de 2013

Musicanto de 2013 O Musicanto é um festival que alcançou reconhecimento não só nacional, mas também nos países vizinhos, por sua inovação em relação aos outros festivais que acontecem no nosso estado. Com as portas abertas para várias culturas musicais, os encontros sempre foram muito ricos. Para este ano a comissão, que tem à sua frente Claudio Joner - presidente -, planeja algumas alterações no formato do festival, buscando recuperar seus traços inovadores. Em vista disto, o Cruzeiro entrevistou Claudio Joner que gentilmente esclareceu quais as novas idéias e como anda o projeto do festival para 2013. Cruzeiro - Está sendo considerada uma mudança estrutural para o Musicanto, quais as inovações que Musicanto apresentará? Cláudio - O Musicanto acontecerá em três noites temáticas: Noite Gaúcha, Noite Sul-Americana e Noite Brasileira. Os artistas locais e regionais terão mais espaço através de laboratórios culturais como por exemplo os grupos Os Costeiros e Quarteadores que abrirão as noites Gaúcha e Sul-americana com espetáculos musicais produzidos com cenários e roteiros adequados para mostrar o melhor de suas quarteadas e encontros. A CIDADE MUSICANTO (em torno do Centro Cívico) com suas tendas e pirâmides abrigará artesanato, culinária e folclore através de representações culturais do Rio Grande do Sul, Brasil e Sul-américa. Trabalharemos com o conceito de curadoria. Cruzeiro – Quais os motivos desta alteração? Cláudio - Vários são os motivos para propor um novo formato: Primeiramente, e o principal, é pensar e trabalhar pela cidade. O Musicanto

tem que continuar, pois se trata de um evento de grande proporção e expressão cultural e, é Santa Rosa quem ganha com isso - queremos uma cidade onde o Musicanto seja peça chave quando se trata de cultura e turismo de evento. Temos a necessidade de consolidar essa ideia. Para tanto, propomos que o entorno do Centro Cívico Cultural pulse com o folclore, gastronomia, seminários, oficinas, artesanato, peñas e por aí afora. Barracas/ pirâmides alocariam as mais diversas entidades que sustentam o discurso cultural de Santa Rosa para tornar o festival novamente atrativo. O desgaste de três edições canceladas (incluindo a última), o alto investimento para um público mínimo (tiveram edições com público em torno de 600 pessoas), fez com que a gente fizesse essa aposta e aceitasse o convite de repensar o formato para tentarmos reaproximar a comunidade do Musicanto. Tivemos sim, momentos muito ricos, mas o tempo nos mostrou também que uma série de desgastes fizeram com que, de alguma maneira, o público santa-rosense e regional se afastasse de nosso festival. Outra questão levantada é a da falta de critérios suficientes para julgar músicas de estilos tão distintos e de grande qualidade (chamamé, samba, milonga, zamba, baião, chacarera, candomble, frevo, maracatu, valsa) que o Musicanto abarca - como uma delas ganha um carro e outra somente uma ajuda de custos (?); Pensamos também em dar maior visibilidade para a carreira dos artistas (ao invés de uma música um show), há muito tempo as músicas que passaram pelo festival em competição não mais impulsionaram a venda dos CDs, tão pouco tocaram nas rádios e, também, é notório para todos que atualmente

existem fórmulas para se ganhar determinados festivais, verdadeiros códigos de posturas dissimulados. De expressivas, as músicas tornaram-se reprodutivas e repetitivas; de trabalho de criação, tornaram-se eventos para consumo (essa música tem a cara do festival, é só arranjar de tal maneira que passa...e dependendo de quem faz a triagem e julga eu componho o grupo); de experimentação do novo, tornaram-se consagração do consagrado. Jurados constrangidos de julgar colegas de trabalho. O clima existente entre os músicos não possibilita a troca de ideias, sendo que a arte é essencialmente espetáculo, palavra que vem do latim e significa: dado à visibilidade; nós como produtores culturais e com a importância e experiência de trinta anos de festival, propomos nos reciclar para mostrar o que de melhor produz a cultura gaúcha, brasileira e sul-americana que, literalmente, tem a cara do Musicanto. A Curadoria será formada pelos seguintes nomes: Cláudio Joner, Carlos Lozekan, Vilson Kunzler, Schimo, Larry Wisnieweky, ernando Keiber, Edson Flores de Campos, Odemar Gerhardt: Somos todos crias do Musicanto. Desde sua primeira - e inesquecível - edição, em 1983, fomos tocados pelos sons e idéias desse festival - terrivelmente democrático - (gracias, Jacaré). Saímos estrada afora para divulgá-lo, acolhemos público e artistas forasteiros, ocu-

pamos o Centro Cívico e acampamos no Parque (onde nos defumamos de música e poesia). Através dele, Musicanto, curtimos incontáveis artistas, tais como: Raulito Barboza, Mercedes Sosa, Alceu Valença, João Bosco, João de Almeida Neto, Artur Moreira Lima, Argentino Luna, Ivan Lins, Nana Caymmi, Demônios da Garoa, Cordel do Fogo Encantado, Borghetinho, Yamandú Costa, Dominguinhos, Ballet Brandsen, Oswaldo Montenegro, Tambo do Bando, Olodum, Jean e Paulo Garfunkel, Teresa Parodi, Boca Livre, 14 Bis, Soledad, Telmo de Lima Freitas, Nelson Coelho de Castro, Lenine, Antonio Tarragó Ros, entre outros, muitos outros. Nessa jornada infinita presenciamos momentos realmente mágicos, emocionantes, irrepetíveis. Muitos dos quais já continham nossas digitais. Mas somos também filhos do Mundo. Um mundo cada vez mais sem fronteiras, onde cabe a tônica triste da milonga, a alegria da vanera, a música anárquica dos Balcãs. Onde a pajada se irmana à Nova Trova Cubana, onde Thelonius Monk busca incessantemente a blue note e um incansável L.Shankar representa a ECM alemã - e provavelmente se espantariam com a levada chamamecera do Véio Borges... Pois é dessa tradição libertária do Musicanto que virão nossos parâmetros, e será nesse imenso caldo cultural que seguiremos tocando nosso barco, juntos com nossa aldeia, abertos

para o mundo. Enfim, buscamos nova visibilidade para o nosso festival hoje tão desgastado. Trabalho duro, obstinado, voluntário e que, somente a posteriori, saberemos se nosso esforço colocou em movimento esse gigante cultural adormecido. Propomos uma nova experiência que será devidamente entendida e avaliada, como já dissemos, após o término desta edição. Mas temos muita vontade de acertar ao propor esse quebra de paradigma em nome da arte, da cultura e das pessoas da nossa terra. Cruzeiro - Dentro desta ótica inovadora está inclusa a cidade de lona, que com o passar das edições se perdeu este contato maior de público com os músicos? Cláudio - É o conceito da CIDADE MUSICANTO que será presidida pelo ex- presidente da Fenasoja Elemar Lenz. É através desta que pulsará toda essa gama cultural e que proporcionará ao público uma maior aproximação com os artistas. Troca e apropriação de um patrimônio imaterial inestimável que o aspecto de competição tende deixar de fora. A CIDADE MUSICANTO será formada por diversas tendas, palco e tablado externos para que shows de música e folclore, mais artesanato, arte e gastronomia típica recebam um grande público em nossa cidade. Cruzeiro - Qual a situação quanto a patrocínio para esta edição? A OSCIP MUSICANTO e Gaia Produtora, junta-

mente com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo estão estruturando os projetos de Leis de Incentivo à Cultura (LIC e Rouanet) e montando as propostas e contrapartidas de patrocínios. Cruzeiro - Que estratégia será usada para manter o entusiasmo do artista e do público para participar do festival? Cláudio - A principal estratégia é trabalhar duro e com o maior respeito referente ao que foi produzido pela tradição de trinta anos do Musicanto - com a música deste festival que merece ser acolhido e entendido pela nossa cidade de maneira mais efetiva. Fazendo diferente, propondo novidades e de olho em experiências bem sucedidas (Cosquín / Cordoba, Chamaceros / Corrientes, Festivais de Jazz e Música Clássica), pensando e trabalhando coletivamente (com novos colaboradores que nunca tiveram oportunidade de trabalhar pelo nosso Musicanto e com os abnegados de sempre - expresidentes e coordenadores de comissões) para, aí sim, atrairmos o maior número de público possível. Pelo palco do Musicanto já passaram grandes nomes da música que tocaram pelo mundo todo. Este palco tem peso e importância suficiente para mobilizar todo e qualquer artista que queira mostrar seu trabalho e sua arte aqui em Santa Rosa. Cruzeiro - A logo do festival irá mudar? Cláudio - A Logo não mudará.


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Geral/Saúde

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Água quente: Aquecedor Elétrico, Gás ou Solar? Ao construir ou reformar sua casa ou apartamento, o fornecimento de água quente nos banheiros costuma gerar polêmica. Qual é o melhor sistema: elétrico, gás, solar? É mais oportuno colocar um aquecedor central ou usar vários aquecedores, localizados junto a cada banheiro ou a cada ponto de consumo? Não existe uma única resposta a esta questão. A melhor resposta seria um enigmático “depende”. É preciso analisar vários fatores, ponderar entre os valores, para finalmente decidir pelo mais conveniente, contudo, sem ter certeza absoluta de ter escolhido o melhor. Mas vamos analisar a questão, vendo primeiramente, quais são os sistemas disponíveis, depois as vantagens e desvantagens de cada um. Os sistemas de aquecimento dividem-se em três tipos básicos: de aquecimento localizado, de passagem e de acumulação. Um chuveiro elétrico,

destes tradicionais, pode ser considerado um sistema de aquecimento localizado. A água quente é fornecida diretamente na mesma unidade onde será aquecida. Um pequeno aquecedor que se coloca embaixo da pia de cozinha ou banheiro para alimentar a torneira, também. Os aquecedores de passagem são também chamados de aquecedores rápidos. Podem ser elétricos ou a gás e tem potência suficiente para alimentar chuveiro, torneira de pia e até a torneira da cozinha. O funcionamento hidráulico é igual nos aquecedores centrais elétricos e a gás, que consiste em uma tubulação de água quente,distribuindo-a a partir do aquecedor até os pontos de consumo. Os aquecedores de acumulação mais conhecidos são os solares, podendo também ser elétricos e a gás. Nestes, um tanque isolado termicamente mantém a água a uma determinada temperatura, de onde é direcionada aos pontos de consumo por tubulação específica.

A cruzeirense Nara Beltrame, na noite de 28 de maio (terça feira) festejou o seu aniversário reunindo velhas amigas para uma noite de pura alegria e muita confraternização. Entre toques de gaita e violão, risos, piadas, e lembranças de velhas passagens encenadas com muita graça e humor por Saletti e Lúcia Leite, a turma saboreou um delicioso galeto acompanhado de macarrão, polenta e frango ao molho. A residência da Nara ainda é o ponto de encontro desta turma de amigas. Parabéns Nara, e que os encontros se perpetuem ainda por muitos anos.

Consumo de energia elétrica Vamos pensar agora no consumo de energia elétrica. O aquecimento solar vai se pagar ao longo dos anos, desde que a obra fique em local ensolarado. Todo sistema de aquecimento solar tem um segundo sistema à eletricidade, para que à noite ou em dias nublados a casa não fique sem a água quente. Assim, quanto mais sol, menos consumo de eletricidade. O mais desperdiçador dos sistemas de aquecimento de água é o elétrico, por isso, pouco usado. Por mais bem construído que seja o boiler perde calor para o meio ambiente, tanto mais quanto mais frio for o local, pois o termostato mantém a água em determinada temperatura, cerca de 60ºC, independentemente do consumo. Na medida em que a água quente vai sendo usada, o reservatório vai se enchendo de água fria, que vai ser aquecida e mantida aquecida. Este processo é o que mais gasta energia elétrica.

O aquecimento a gás é uma boa opção, pois o custo do gás fica bem mais em conta do que o de energia elétrica. O único inconveniente do aquecimento central a gás é que o local de instalação precisa ser arejado para evitar acidentes com os gases tóxicos gerados pela queima do gás,além de ter acesso facilitado para futuras manutenções. Uma opção intermediária e bastante usada seria o aquecimento a gás de passagem, onde a água é aquecida apenas quando é necessária. Ao ser aberto o chuveiro ou torneira, a água começa a circular na tubulação e o aquecedor acende o gás, cuja chama esquenta a água dentro de uma serpentina. O inconveniente é que o aquecedor deve ficar fora do banheiro, para evitar acidentes fatais, devido à inalação dos gases tóxicos gerados pela queima do gás ou por um vazamento do gás. Assim, em termos de consumo de energia elétrica, o que gasta mais é o aquecimento cen-

tral elétrico, seguido pelo solar. Os sistemas a gás não gastam energia elétrica, mas uma boa dica e deixar, por via das dúvidas, uma tomada pronta para chuveiro elétrico junto aos chuveiros, para o caso de pane ou manutenção no sistema a gás. Manutenção Neste quesito, o chuveiro elétrico comum bate todos os outros sistemas, pois tem manutenção barata e fácil de ser feita, onde qualquer pessoa, com um mínimo de treino, pode trocar uma resistência ou desentupir o crivo. O problema é a pequena vida útil da maioria dos chuveiros e duchas elétricas.

Os sistemas de aquecimento de água por passagem, a gás ou elétrico, também apresentam pouca manutenção, mas quando necessária, fica mais cara do que a do chuveiro elétrico e precisa ser feita por técnico especializado. Sistemas de aquecimento central têm uma vida útil longa, acima dos 10 anos. Depois disto, pode ser necessária a troca de registros e válvulas, sem falar dos tambores de armazenamento e placas coletoras, que também podem precisar de reparo ou substituição. Quando isto ocorre, a despesa é alta e o serviço igualmente, devendo ser feito por empresa especializada.


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Geral

SANTA ROSA • Junho de 2013

O VERDADEIRO AMOR CONTÉM TUDO DE QUE PRECISAMOS O grande mal do século, seguramente, são as doenças da mente: depressão, vazio, inadequação, escassez, medo, insegurança, fuga... são atributos internos que obliteram a alegria da nossa existência e trazem um senso de infelicidade para a nossa vida. Existe solução para uma mente atribulada, que sofre silenciosamente, sem sequer conseguir decifrar o que a está fazendo sofrer? Quase sempre somos levados a acreditar que para solucionarmos tribulações internas, situações externas precisam de alteração. No entanto, jamais são os fatos que nos perturbam e sim a interpretação que damos a eles. Nossa interpretação é sempre o determinante dos sentimentos que vamos ter, independente do que esteja ocorrendo. Embora pareçam haver infinitas maneiras de interpretar qualquer

situação, em síntese só existem duas formas distintas de as perceber: com amor ou com medo. A primeira nos é dada pela mesma fonte que nos deu a Vida e a sustenta; a outra nós fizemos. Para uma correta compreensão do que segue, é necessário saber que quando me refiro ao Amor, estou descrevendo todo um sistema de pensamento que vem da essência Divina, que está em todos nós. Por outro lado, quando me refiro ao medo, estou falando de um sistema de pensamento do eu individual, ou ego; que é o sistema no qual nós parecemos funcionar neste mundo. Portanto, o amor aqui definido não é o amor individual que experienciamos em nossas vidas, e sim o Amor de Deus, que a tudo abrange e que não tem opostos, sendo para todo o sempre indivisível. O amor individual é como um reflexo deste

amor. Todas as pessoas sempre desejam o resultado do Amor. Mas o que muitas não sabem ou não conseguem compreender é que para que o Amor possa se manifestar através delas, é necessário abrir mão do seu oposto, o medo. Ambos são excludentes. Onde um se manifesta, o outro é obliterado. Não há necessidade de elaborarmos sobre o Amor que a tudo abrange e sustenta, pois este é extensão de Deus e é indescritível, só pode ser experienciado. No entanto, é necessário saber que o medo, embora possa pa-

recer ser algo tão natural quanto a própria vida, é exatamente o contrário do Amor. Porém visto que o Amor de Deus a tudo abrange, então não podem existir opostos. Portanto, o medo não é natural, ou seja, não vem de Deus. Só parece ser real para nós, enquanto não conseguirmos confiar totalmente no Amor de Deus. Cada vez que algo nos perturba, é um sinal visível que escolhemos sem Amor, portanto, escolhemos com medo. Uma maneira prática de revertermos esta situação é olharmos para ela, admitirmos que somos os

únicos responsáveis pela forma que nos sentimos em relação a esta questão, e então escolhermos novamente, desta vez cheios de Amor. Assim, gradativamente, nossa mente é curada do medo, e vamos seguindo cada vez mais com confiança e Amor rumo a descoberta de quem realmente somos: Filhos de Deus, extensões de Seu Amor, em tudo supridos por este Amor. Esta prática requer treino e disciplina mental para nos lembrarmos a cada vez que estamos infelizes, raivosos ou com medo, de que não precisa ser assim. Existe uma ferramenta que chamamos de perdão verdadeiro e que tem o poder de curar tais sentimentos, substituindo estes sentimentos sofredores por sentimentos amorosos. O perdão verdadeiro não cura os fatos, e sim, a nossa interpretação dos mesmos. Para praticarmos este perdão ver-

dadeiro, precisamos nos unir em mente com Deus, (Cristo, Espírito Santo, Ser Divino, Jesus) para que Ele substitua nosso senso de individualidade e falta pela completeza que só o Amor pode dar. Estando confortados e ao mesmo tempo repletos do Amor de Deus, já não iremos perceber o isolamento e a falta, que é a raiz de todo medo. Assim, compreendemos que todos os problemas deste mundo são símbolos de uma crença de separação de Deus, e que a cura desta crença vem com o perdão a estes símbolos. Agora, a raiva e o medo já não se justificam, pois são símbolos de um sistema de crença falho, que precisa de correção. Já o perdão verdadeiro se justifica sempre, pois só ele trás esta correção e como conseqüência, a paz eterna. Que assim seja, que as bênçãos dos céus estejam com todos. Aprendiz Feliz.

imagina. Toda a magia que você possui está baseada em sua palavra. Sua palavra é magia pura, e o mau uso dela é magia negra. A palavra é tão poderosa que uma única pode mudar ou destruir as vidas de milhões de pessoas. Você pode transcender o sonho do inferno apenas firmando o compromisso de ser impecável com sua palavra. Use a palavra para espalhar o amor. A impecabilidade da pa-

lavra pode levar a liberdade pessoal, ao sucesso e à abundância; pode facilmente dissolver todo o

medo e transformá-lo em alegria e amor. Seja impecável com sua palavra.

O PODER DA PALAVRA Arceli Wolanin A palavra é o poder que você tem de criar. Sua palavra é o dom que vem diretamente de DEUS. O livro de Gênesis, na bíblia, falando da criação do universo, diz: ¨No inicio havia o verbo, e o verbo era com DEUS , e o verbo era DEUS¨. Mediante a palavra você expressa seu poder criativo. É por meio da palavra que você manifesta tudo, independente-

mente de qual língua que você fale, sua intenção se manifesta por intermédio da palavra. O que você sente e o que realmente você é será manifestado mediante a palavra. A palavra não é apenas um som ou um símbolo escrito. A palavra é força, é o poder que você possui de expressar-se e comunicarse, de pensar, e portanto, de criar os eventos de sua vida. A palavra é a mais poderosa ferramenta

que você possui; é a ferramenta da magia, porém, como uma espada de dois gumes, sua palavra pode criar o sonho mais belo ou destruir tudo ao seu redor. Uma das lâminas é o mau uso da palavra, que cria um verdadeiro inferno. A outra lâmina é a impecabilidade da palavra, que apenas cria beleza, amor e o céu na terra. Dependendo de como é usada, a palavra pode libertar você ou pode escravizá-lo mais do que


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Especial

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Geral/Educação

Escola Estadual de Educação Básica Cruzeiro fez bonito nos Jogos Escolares 2013 A fase municipal dos JERGS edição 2013, contou com a participação de várias escolas municipais e estaduais do município de Santa Rosa. Os jogos tiveram início no dia 21/05/2013, com várias modalidades, nas categorias Mirim, Infantil e Juvenil. A Escola Estadual de Educação Básica Cruzeiro teve participação destacada nesta fase municipal, obtendo o 1º lugar em várias modalidades na categoria juvenil, masculino e feminino, conforme segue: MODALIDADE CATEGORIA CLASSIFICAÇÃO FUTSAL JUVENIL FEM. 1º LUGAR FUTEBOL DE CAMPO JUVENIL FEM. 1º LUGAR FUTEBOL DE CAMPO JUVENIL MASC. 1º LUGAR HANDEBOL JUVENIL FEM. 2º LUGAR ATLETISMO 200m RASOS JUVENIL MASC. 2º LUGAR 400m RASOS JUVENIL MASC. 2º LUGAR 3000m RASOS JUVENIL MASC. 1º LUGAR SALTO EM DISTÂNCIA JUVENIL MASC. 1º LUGAR ARREMESO DE PESO JUVENIL MASC. 5º LUGAR REVEZAMENTO 4X100m JUVENIL MASC. 3º LUGAR 100m RASOS JUVENIL FEM. 1º LUGAR 400m RASOS JUVENIL FEM. 1º LUGAR 800m RASOS JUVENIL FEM. 1º LUGAR 3000m RASOS JUVENIL FEM. 1º LUGAR SALTO EM DISTÂNCIA JUVENIL FEM. 1º LUGAR SALTO EM ALTURA JUVENIL FEM. 1º LUGAR ARREMESSO DE PESO JUVENIL FEM. 2º LUGAR REVEZAMENTO 4X100m JUVENIL FEM. 1º LUGAR Parabéns a todos os atletas que participaram da fase municipal, nas mais diversas modalidades esportivas. A Escola segue bem representada para a próxima fase dos JERGS edição 2013.

SANTA ROSA • Junho de 2013

Expocruzeiro já vendeu quase todos os espaços 5ª Expocruzeiro ocorrerá de 07 a 11 de agosto na antiga viação férrea do bairro Cruzeiro, onde tem acontecido todos os anos. Para o presidente Angelim Coletto a feira será um sucesso, e esforços não faltam para tornar isto uma realidade pois a comissão de coordenação da feira tem trabalhado incessantemente desde janeiro. Alguns importantes patrocinadores não participarão da 5ª Expocruzeiro, mas a comissão já garantiu a participação

de outras empresas que estrearão na feira. A grade de shows está praticamente fechada e Coletto adiantou alguns dos eventos. No sábado, 10, dia do município a show fica por conta da família Ortaça, patrocinado pela prefeitura, e num outro dia, ainda a ser definido, deverá haver um show gospel exclusivamente com artistas da cidade. No dia 05 de julho, lançamento da feira haverá um jantar-show, patrocinado pela secretaria da cultura municipal.

Os espaços internos foram todos comercializados já na primeira semana em que foram lançados. Segundo Coletto, restam ainda alguns poucos espaços a serem vendidos na área externa. Coletto agradece às empresas que já firmaram compromisso de participar da feira e pede que toda comunidade Cruzeirense compareça, pois a feira é para fomentar o comércio local, lembra, e portanto, muito importante para o bairro.

Exerça sua cidadania denunciando maus-tratos ou crueldade para com os animais. O Brasil possui legislação pertinente e autoridades competentes que são responsáveis pela manutenção da lei e punição de crimes. Caso você presencie maus tratos a animais de qualquer espécie, sejam domésticos, domesticados, silvestres ou exóticos, vá a Delegacia de Polícia mais próxima e faça um boletim de ocorrência (BO), ou compareça à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente. Os maus tratos vão de abandono, envenenamento, mutilação, animais presos constantemente com correntes pesadas, cordas que sejam muito curtas, mantidos em lugar anti-higiênico, presos em locais incompatíveis com o porte do animal, locais sem iluminação ou ventilação, como também ani-

mais presos ao relento, expostos às intempéries do tempo e com escassez de alimento e de água, A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da lei Federal nº 9.605, que prevê como pena a detenção de 3 meses a 1 ano e multa. Ao fazer a ocorrência, tente narrar com exatidão o ocorrido, se possível fotografe. Quanto mais detalhada a narração maior a chance de sucesso na investigação. È importante que o denunciante leve por escrito a lei federal acima descrita. O autor da denúncia não será o autor do processo judicial que for aberto a pedido do delegado. O decreto 24645/1934, reza em seu artigo 1º “Todos os animais existentes no país são tute-

lados pelo estado”, logo, uma vez concluído o inquérito, para a apuração do crime, ou elaborado TCO, o delegado encaminhará ao juízo para a competente ação penal onde o Autor da ação será o Estado e não você. Não tema denunciar. Não se cale frente aos crimes com animais e o meio ambiente, e exija das autoridades responsáveis as providências previstas por lei. Este texto está sendo reeditado devido à importância da matéria por ele tratada. O jornal Cruzeiro tem em seu editorial o perfil da cidadania, do respeito à vida e da dignidade humana e insiste em levar à população matérias sócio educativas que resgatem a fraternidade e a sensibilidade de seus leitores.


Santa Rosa terá seccional do Tribunal de Mediação e Arbitragem Constituído com o propósito de regularizar a aplicação deste novo instrumento de justiça, coube ao Tribunal de Mediação e Arbitragem do Estado do Rio Grande do Sul - TMA/RS, organizar e disciplinar uma postura Institucional, hoje reconhecida e servindo de referência para ser implantada nos demais Estados da Federação, capaz de disciplinar a correta aplicação da Lei Federal 9.307/96. O TMA/RS e as suas Seccionais surgiram como resultado de ampla mobilização, congraçando líderes comunitários em diversos municípios do Estado do RS, os quais, interpretando os aspectos propositivos e transformadores constantes na Lei Federal 9.307/96, fundamentaram a existência deste Instituto, constituindo-o como um legítimo Fórum de Justiça Comunitária. O nosso verdadei-

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ro objetivo enquanto Instituição é velar pela correta aplicação deste instrumento, fortalecendo princípios e postura institucional sólida, o que é condição fundamental para que seja adequadamente interpretado pela população, assegurando mérito e credibilidade ao Instituto da Arbitragem e da Justiça Comunitária. O QUE É MEDIAÇÃO? É uma forma de solução de conflitos em que um terceiro neutro e imparcial auxilia as partes a conversar, refletir, entender o conflito e buscar, por elas próprias, a solução. Nesse caso, as próprias partes é que tomam a decisão, agindo o mediador como um facilitador. A cada dia cresce a procura pelos Fóruns de Mediação do TMA/ RS, onde Advogados, representando e as-

sistindo juridicamente os seus clientes, e mesmo Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas – Empresas, Associações, Condomínios. Poderão encaminhar Processos para a solução de litígios referente (Direito Patrimonial Disponível) tais como: - Questões referentes a cheques, promissórias ou outros créditos a receber. - Disputas decorrentes de Contratos de compra e venda ou locação de Imóveis. - Litígios sobre Arrendamento de Terras, Condomínios. - Indenizações de correntes de Acidentes de Trânsito (Danos Materiais). - Litígios de prestação de serviços, Contratos em Geral etc. O TMA não atua em questões Trabalhistas, Previdenciárias, Direito de Família, Infância e Juventude e Criminal. O Forum de Mediação e Justiça Comunitária do TMA/ SR (Santa Rosa/RS) funcionará em breve na rua Armando Roos Haag, 36, sala 209/210 – centro junto ao SINDILOJAS. E-mail: tmasantarosa@tmars.org.br.

PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA 50 ANOS Celebrar o jubileu significa resgatar a história de uma caminhada, tendo presente aquilo que nos apontam as Escrituras: fazer memória e celebrar a caminhada realizada; pedir perdão pelas falhas cometidas; manifestar gratidão a Deus pelas maravilhas realizadas ao longo da caminhada e projetar a caminhada em sintonia com a proposta da Igreja, visando à construção do Reino de Deus. Ao fazer esta memória da caminhada trazemos presente que em 15 de setembro de 1963, por decreto do Bispo Dom Aloísio Lorscheider, foi criada a Paróquia Sagrada Família de Cruzeiro. Em 16/04/1963, Pe. Alfredo Bonna, SDB, Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, veio para Cruzeiro, preparar esta

comunidade para transformá-la em Paróquia. Nestes 50 anos tivemos a alegria de contar com os seguintes padres que atuaram na paróquia: 08/09/1963: Pe. Eduardo Ruckhaber – 1º pároco; 31/01/1965: Pe. Luciano Hermeto Brod; Em 1980 assumiu interinamente o Pe. Zeno Antônio Schweitzer, SDB, uma vez que o Padre Luciano não se sentiu capaz de conduzir a paróquia por causa de sua dificuldade visual; 18/01/81: Pe. Florentino Maboni; 27/01/85: Pe. Leoclides Basso; 08/02/87: Pe. Aloísio Ruedell; 29/01/89: Pe. Rosalvo Frey; 19/02/95: Pe. Ramão Hilgert; 03/02/96: Pe. Mauridio Weber, SCJ;

21/03/99: Pe. Tarcilo Backes, SCJ; 31/07/99: Pe. Erno Junges; 31/01/04: Pe. João Nelson Loro; 29/07/06 à 31/12/06 Pe. Hugo Bieger foi nomeado Administrador da Paróquia, período em que o Pe. João Nelson Loro esteve em semestre sabático; 07/02/10 – Pe. Valmir José Puhl (atual). Ao celebrarmos o Jubileu de Ouro, é oportuno reavivarmos a consciência de que esta paróquia é constituída de um povo humilde, culturalmente miscigenado, mas sempre disposto a acolher a novidade do Reino de Deus e, apesar de sua limitação, dinamizar a participação sem perder a sua identidade cristã. Celebrando o jubileu invoquemos a Sagrada Família que rogue por nós.

Celebrações - mês de junho Comunidade

dia

hora

SÃO FRANCISCO – Nova Esperança

06

19h30min

N. SRA. APARECIDA – Morada do Sol

07

19h

TODOS OS SANTOS - Barra do Reginaldo

08

14h15min

SÃO JOSÉ – Km 03

08

15h30min

SANTA CECÍLIA – V. Ibanês e Cruzeiro do Sul

08

19h30min

SANTO ANTONIO – Jardim

09

10h

SÃO PEDRO – Faxinal

13

14h30min

N. SRA. APARECIDA – Vila Aparecida

14

19h30min

SÃO JOSÉ OPERÁRIO – Guabiroba

15

14h15min

SÃO JOÃO BATISTA – Km 10

15

15h30min

SÃO ROQUE – Pereira

15

19h30min

SAG. CORAÇÃO MARIA – Valdemar Pisoni

20

19h30min

N. SRA. APARECIDA – Morada do Sol

21

19h

N. SRA DE FÁTIMA – Reginaldo

22

14h15min

N. SRA. PER. SOCORRO – Pessegueiro

22

15h30min

N. S. AUXILIADORA – Julio de Oliveira e Speroni

22

18h

SANTA CECÍLIA – V. Ibanês e Cruzeiro do Sul

22

19h30min

SANTO ANTONIO – Jardim

23

09h45min

N. S. IMACULADA CONCEIÇÃO – Bela União

29

14h15min

SÃO JOSÉ – Km 03

29

15h30min

NOSSA SRA DE FÁTIMA – Progresso

29

19h30min


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Ephesus, Pamukkale, Sirince, Decidimos que durante os feriados de Natal 2012, permaneceríamos na Turquia onde estamos vivendo atualmente por motivo de trabalho. Como é sabido, o Natal não se festeja neste país majoritariamente muçulmano, mas tiramos uns dias de férias e...pé na estrada. A região escolhida foi a província de Izmir; mais precisamente a pequena cidade de Selçuk pela proximidade ao sitio histórico de Ephesus, uma relíquia da cultura Greco-Romana que ha muito queríamos conhecer. Por acaso, comentei com os meus colegas turcos sobre o nosso plano de viagem que por coincidência iniciava-se no dia 21 de Dezembro. Tal foi o impacto da noticia que em uníssono disseram-me: “you are a believer” (você é um crente); referiam-se a famosa profecia Maya à respeito do fim do mundo em 2012. É claro que tínhamos conhecimento de tal profecia; o que não sabíamos, entretanto é que 10 km distante de Selçuk está localizada a pequena aldeia de Şirince que, segundo os “believers” seria um dos lugares preservados do apocalipse juntamente com Bugarach, uma pequena aldeia nos Pirineus franceses. Disseram-me, inclusive, que Tom Cruise havia levado toda sua família em segredo, para estar a salvo na dita aldeia! Não consegui convencer meus colegas que o nosso objetivo não era fugir do apocalipse; a partir desse momento tornamo-nos, eu e minha parceira, oficialmente “believers”. Mas o que eles não tinham ideia é que desde 2010 já sabíamos que o mundo

não iria acabar; quando de uma visita a um sitio histórico em Tulum na Riviera Maya um guia nativo já nos havia contado o grande segredo!!! Dia 21, Sexta-feira cedinho embarcamos no primeiro voo para Izmir; de Istambul são só 50 minutos de viagem. No aeroporto tentávamos adivinhar se havia algum “believer” entre os passageiros, mas todos nos pareceram bastante normais; pouquíssimos turistas e a grande maioria composta de nativos. Um atraso de quase 50 minutos foi o aviso da poderosa mãe natureza que nos mostrou uma vez mais quem realmente tem o poder no universo; devido a uma grande nevasca no dia anterior, nosso avião foi obrigado à passar pelo processo de “deicing” já que havia bastante gelo acumulado nas asas. O bilhete consistia de “fly&bus” e do aeroporto de Izmir apanhamos diretamente um micro ônibus que nos levou até o centro da pequena cidade de Selçuk. São mais ou menos 45 minutos de viagem por um belíssimo vale com grandes plantações de hortaliças, tais como, repolhos, alhos, tomates e também arvores frutíferas tais como, laranjas, figos, bergamotas, limões e como não podia ser de outra forma, oliveiras por toda a parte.

veitar o dia ensolarado e fomos diretamente visitar as ruínas de Ephesus. Enfim, se o mundo acabasse hoje, pelo menos teríamos visitado uma das grandes maravilhas da humanidade. O dono do hotel gentilmente nos levou de carro até o sitio histórico distante 3 km de Selçuk. Ephesus em uma só palavra é majestosa. Fundada pelos gregos e mais tarde transformada pelos romanos em uma das cidades mais importantes do Mediterrâneo chegando atingir uma população de 250.000 habitantes no século I AC (segunda maior cidade da época). Uma das sete maravilhas da antiguidade, o templo de Artemis, fazia parte do complexo, mas hoje, infelizmente, só resta uma coluna em pé; O templo foi totalmente destruído quando da chegada do cristianismo na região em 401 DC. (para mais informações consulte a Wikipedia). Mas voltemos à Ephesus atual; um grande trabalho de restauração foi feito a partir de 1895 principalmente através de ajudas da Alemanha e Áustria, tanto financeiras como arqueológicas e hoje em dia ainda continuam os trabalhos de restauração com apoio de grandes instituições

Um relato simples de um casal

Fachada da biblioteca de Celsius europeias e turcas. O que se vê, é simplesmente deslumbrante; a famosa rua central de mármore ladeada pelos edifícios governamentais e casas da classe privilegiada, o grande teatro, a via appia com 500 metros de cumprimento por 11m de largura unindo o porto ao centro da cidade, o portal belíssimo da biblioteca de Celsius, o imenso “agora”(o mercado central) onde se vendiam artigos de todo o mundo antigo, os banhos públicos, as diversas fontes, entre tantas outras maravilhas. Um destaque especial para a “casa da ladeira”, um condomínio da época muito bem

Chegando ao hotel encontramos uma equipe de televisão que estava prestes a deslocar-se a Şirince (pronuncia-se Xirinje) a fim de documentar o tal comentado apocalipse. Nós, ao contrário, resolvemos apro-

Sirince

restaurado consistindo de varias habitações, banhos internos, um pequeno templo, lojas, salões, etc. O complexo todo está hoje preservado graças a uma cobertura metálica (um teto) que protege os mosaicos e os vários afrescos da época ainda hoje visíveis nas paredes. Um sistema moderno de andaimes com piso de vidro possibilita ao visitante admirar todo o esplendor desta construção. Ficamos no total quatro horas caminhando por entre as maravilhas de Ephesus e em cada canto, em cada pedra uma nova descoberta. Já visitamos muitos sítios históricos no pas-

sado, mas definitivamente Ephesus é um superlativo. Não foi por acaso que Cleópatra e Marco Antonio por duas vezes escolheram Ephesus para as suas temporadas de férias. Aliás, em uma delas, aproveitaram para dar cabo de meia irmã de Cleópatra, a princesa Arsinoe IV, que se encontrava exilada devido à disputas políticas. Ephesus foi também um importante marco do cristianismo; o apóstolo João viveu e pregou o Evangelho na região. Uma pequena nota à respeito das ruínas históricas na Turquia; durante muitas décadas estavam realmente abandonadas mas, a partir dos anos 80 a restauração e a preservação tomaram um grande impulso graças à grande ajuda financeira da Europa. É claro que os turcos como bons negociantes que são, perceberam que os sítios históricos são uma grande fonte de ingressos e hoje em dia muitos sítios esquecidos pela história estão passando por grandes trabalhos de restauração. Em qualquer visita paga-se uma taxa em média de 20 reais e a infraestrutura de apoio aos visitantes é muito boa. Por aproximadamente 10 reais pode-se também alugar um guia digital que transmite áudio em várias linguagens, mas


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Natal e... o fim do mundo. simples com o pé na estrada.

Casa da Virgem maria ainda não encontramos um com português... Voltamos de taxi para o centro de Selçuk e o mundo continuava existindo, nada de anormal se passava no planeta, mas em Şirince reinava o caos; milhares de visitantes, trânsito impossível e o sistema de comunicações colapsado! Afinal, o Apocalipse aconteceu... mas ao contrário do que creiam os “believers”. Voltamos ao hotel onde fomos recepcionados com o tradicional çay (chá turco). Este simpático hotel familiar não tinha sido a nossa primeira escolha, mas já que o nosso preferido na pesquisa estava fechado resolvemos ficar no St. John. Muita sorte nossa, pois após pernoitarmos quatro noites ficou claro que não poderíamos ter escolhido melhor. Como normalmente procedemos em nossas andanças, preferimos sempre hotéis pequenos, mais intimistas, e não os pertencentes às grandes cadeias. Nos pequenos hotéis familiares sempre existe a possibilidade e bater um bom papo com o pessoal (algumas vezes o idioma complica um pouco!). Compartir experiências e aprender dos nativos é sempre enriquecedor e o St. John foi a melhor escolha possível em Selçuk.

Sábado, 22 de Dezembro, o mundo continuava existindo; após um excelente “kahvalti”( o café da manhã tradicional turco), pé na estrada outra vez. Destino: a casa da Virgem Maria. Mas, antes uma pequena nota sobre o “kahvalti”. O tradicional pequeno almoço turco consiste sempre de azeitonas, tomate, pepino, vários tipos de queijos e embutidos (nunca de suínos) mel, geleias, frutos secos, variedade de pães e ovos, normalmente cozidos. E claro, o tradicional “çay”. Bem, voltando ao passeio; alugamos um carro (agência do amigo do dono do hotel) e seguimos por uma estrada bem conservada serpenteando uma pequena montanha e lá no topo, rodeada por um jardim de oliveiras está situada esta pequena construção que segundo alguns relatos foi a moradia do Apóstolo João (existem evidências históricas e científicas que João realmente habitou a casa). Conta a lenda que Jesus Cristo confiou a guarda de sua mãe à João e que a Virgem Maria esteve durante anos vivendo ali. Esta lenda nasceu de um sonho que uma freira alemã, Ana Caterina Emmerich, teve no século 19 no qual descreveu com riqueza de detalhes o lugar sem nunca haver visitado a Turquia. Em 1881 um frade fran-

cês baseado na descrição da freira descobriu esta pequena casa no topo do monte Rouxinol. O lugar é belíssimo, sente-se o perfume das flores e dos frutos, e há sem dúvida um sentimento de paz no lugar e a vista lá do topo é fantástica; as ruínas de Ephesus estão bem visíveis lá de cima. A casa é pequena e é constantemente guardada por freiras e frades; dentro há uma pequena imagem da Virgem Maria colocada dentro de um arco sem dúvida de estilo romano. Um lugar de culto. O fluxo de peregrinos é bastante significativo todos os anos. Após esta curta visita resolvemos viajar mais 200 km até Pamukkale. Não estava no programa original, foi uma decisão de última hora. As mudanças de planos são quase uma constante nos nossos passeios e quase sempre foram acertadas, se bem que algumas vezes as coisas não deram muito certo. Mas a aventura sempre valeu à pena. Após pouco mais de 3 horas conduzindo com muito cuidado, não por causa das estradas que são ótimas, mas devido ao “estilo turco” de conduzir (voltaremos ao tema em outro capitulo) chegamos à esta pequena cidade de veraneio que nesta época estava bastante deserta. Hotéis

e restaurantes por toda parte, mas todos fechados. De longe já se podia observar o que parecia ser uma imensa duna de areia muito branca. O parque natural de Pamukkale ( “castelo de algodão” em turco) consiste de um complexo de piscinas públicas no sopé da montanha que recebem as águas termais vindas lá do topo e dentro da reserva protegida os “tanques” que descreveremos à seguir. Entrando na reserva, após pagar a respectiva taxa, caminham-se uns 20 metros e chega-se ao “algodão” que na petrologia é definido com travertino – uma rocha carbonatada em que o calcário se distribui em camadas, criando esta maravilha da natureza de uma cor branca intensa e a erosão causada pela água originada de uma fonte termal vai criando tanques naturais onde as águas termais se acondicionam criando um verdadeiro spa ao ar livre. Bem, antes de começar a subida pela encosta é obrigató-

rio tirar os sapatos para não poluir o ambiente. Minha parceira que sempre gosta de argumentar tentou convencer o guarda que estava muito frio. A única resposta que se ouvia em um parco inglês era “shoes off or out” (tire os sapatos ou dê o fora). A discussão acabou logo! A temperatura ambiente naquele momento era de 6ºC e chegamos à pensar que nossos pés iriam congelar. Ao pisar a rocha, no ponto inicial onde estávamos, ainda não havia água, mas a poucos metros adiante tivemos o primeiro contacto com ela e o doce calor que imediatamente agasalhou nossos pés. Fomos subindo lentamente a encosta num ambiente surrealista, o branco da rocha, o azul da água depositada nos tanques, o som do silêncio e a vista contrastante do verde lá embaixo. A sedimentação do calcário cria pequenos sulcos ou ranhuras formando desenhos simétricos no solo que ajudam também a aderência evitando as escorregadelas no piso

molhado. A medida que se sobe, aumenta o fluxo da água e são incontáveis os pequenos tanques que se formam. Algumas crianças banhavam-se lá no topo assim como uns turistas japoneses, isto, apesar dos 6ºC reinantes. Chegando ao topo, os pés massageados pela natureza, relaxamos um pouco, espírito leve e cheios de energia graças a esta maravilha da Natureza. É um lugar único, indescritível. Bem, mas a aventura não termina aqui. Agora no topo, visitamos as ruínas de Hierapolis, uma antiga cidade greco-romana que esteve ativa até o império bizantino, estão lá com todo o seu esplendor. Esta cidade foi um lugar de repouso e de cura nos tempos antigos. Cleópatra esteve entre os visitantes. As piscinas antigas, que antes faziam parte dos banhos romanos, agora devidamente restauradas estão à disposição para o uso público. Como já estava ficando tarde não tivemos tempo para visitar todo o complexo, que inclui também um teatro imen-

O portão principal da Basílica de São João so e um museu construído sob as ruínas dos antigos banhos romanos. Pés descalços, outra vez, e fizemos o recorrido ao inverso. Quanta energia! Retomamos a estrada e chegamos a Selçuk já bastante tarde; tempo para uma janta acompanhada de um “şarap”, o vinho turco. Não quero ser mau com

meus amigos turcos, mas eu costumo dizer que o “şarap” (pronuncia-se xarape) é de verdade mais um xarope do que propriamente um vinho! A Turquia possui um das maiores áreas de vinhedos a nível global, mas certamente ainda não aprenderam a fazer um bom vinho. Cansados, mas tremendamente energizados voltamos ao

hotel, e antes de adormecer um só pensamento; voltaremos em breve a Pamukkale com tempo para desfrutar das coisas boas que em seu tempo Cleópatra e Marco Antonio gozaram! Veja mais fotos e leia o restante deste relato no site do Cruzeiro. www,cruzeironoticias. com.br


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