Jornal Cruzeiro Fevereiro 2012

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Fevereiro de 2012

Ano 2 • Edição 23

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Saúde

O autista no universo escolar

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Ecologia

Cuidados com seu jardim

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Alcides Vicini

Não concorro mais

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São José do Inhacorá

Uma cidade que cuida de seus espaços

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Carnaval

Escola de Sambe de Santo Ângelo, Império da Zona Norte, homenagea Santa Rosa

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Entrevista

Ecologia, uma ciência moderna

12 - Lojas Becker inauguram filial no bairro Cruzeiro


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SANTA ROSA • Fevereiro de 2012

Geral

Valmir Bruski

Magnus Langbecker

vbruski@ibest.com.br

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A CULPA É DE QUEM?

esta minha coluna de estréia no Cruzeiro, jornal este que me orgulho em fazer parte a partir desta edição, o tema não poderia ser outro, senão a leitura. Como escritor, sócio fundador e ex-presidente da ASES - Associação Santa-rosense de Escritores - e autor de seis livros publicados, me sinto um tanto quanto a vontade para abordar o assunto. Como diria Monteiro Lobato, “Um país se faz com homens e livros”. “Mas depende o livro”, diz o crítico.”Isso não é Literatura”, brada o professor provinciano. Vou relatar um fato que ocorreu comigo recentemente, fato este que merece uma reflexão, principalmente por parte de alguns educadores, que mesmo com a melhor das intenções, acabam irrefletidamente afastando os jovens dos livros. Então vamos ao fato... Já era tarde, tarde da noite quando minha sobrinha Carol, com não mais do que dezesseis anos de idade, veio em minha casa com um livro em punhos e me pediu para auxiliá-la, pois teria que apresentar um trabalho na escola sobre o texto. Até ai nada de mais, a não ser pelo fato de o livro ser “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, um dos maiores clássicos da nossa Literatura. Como exigir com que uma jovem desta idade interprete uma obra de tamanha profundidade literária, se até mesmo nós, leitores assíduos de nomes como William Shakespeare, Edgar Alan Poe, Norman Vicent Peale, John Lê Carre, Joseph Murphy, enfim, uma lista telefônica fora de ordem, por vezes nos deparamos com passagens que são umas verdadeiras incógnitas?

Não, não tenho nada contra trabalhar os clássicos da Literatura Brasileira em salas de aula, desde que seja uma opção do aluno, não uma imposição do professor. Desafio os nobres leitores desta coluna que nunca tenham lido ou ouvido coisas do tipo, “Que livro mais ridículo”, “Não tinha coisa melhor para ler”? Quando na verdade, essas pessoas deveriam ser as primeiras a incentivar a leitura. Voltando para o caso de Carol, dei-lhe algumas dicas de como desenvolver o trabalho e ela por sinal saiu-se muito bem. Neste momento ela deve certamente estar lendo algum livro condizente com sua idade, enquanto que suas colegas talvez estejam assistindo o Big Brother; ou pior, ouvindo “Ai seu te pego” de Michel Teló; ou Latino, atração da Fenasoja deste ano, com “A dança do “kuduro”. Lamentável! Agora me diz: a culpa é de quem? Dica de leitura: Eu não poderia encerrar esta crônica sem uma dica de leitura. Entre tantas obras para sugerir, fica difícil escolher uma; mas tem um livro de Jô Soares que merece destaque. Trata-se de “As Enganadas”, um livro que é um sucesso de público e de vendas. Com um enredo irreverente, o livro conquista qualquer leitor, desde o mais jovem até o mais experiente. Desprezando o estilo de romances investigativos e focados em quem matou quem, Jô Soares debocha de sua própria história, levando ao público uma história rápida e prazerosa. Vale a pena ler!

Tolerância: um exercício necessário

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ivendo em época de individualismos cada vez mais acirrados faz-se necessário observar em nosso dia a dia um esforço de convivência com uma enorme diversidade de opiniões, atitudes, formas de expressão, etc. Diante deste quadro torna-se imprescindível um esforço por algo sem o qual a vida em sociedade torna-se adversa ou insuportável: a tolerância. Verificando o sentido etimológico do termo “Tolerância” constatamos que este provém do latim tolerantia que por sua vez vem de tolero, tolerare. Tolero, tolerare significa “suportar”, “sofrer”, “manter”, “persistir”, “resistir” e “combater”. Tolerantia “corresponde à capacidade de persistir nas nossas opiniões, na vontade suportando a diversidade”. Verifica-se portanto pela origem da palavra que esta originalmente teve um sentido negativo consistindo na atitude de suportar algo que se considerasse errado ou uma conduta desagradável. Numa definição mais atual temos definições de alguns pesadores mais contemporâneos: - David Heyds, na “Introduction” a Toleration – An Elusive Virtue(1996), considera que a “tolerância” é “uma virtude perceptual porque faz um compreender o outro”; - John Horton, em “Toleration as a virtue” (1996) diz que “a tolerância pressupõe uma atividade intelectual deliberada” - Fernando Savater, por sua vez, “ À quel engagement conduit la tolérance?”, em La tolérance, l’indifferance, l’intolérable (2001), considera que “a tolerância é uma norma para viver em democracia”.

- Françoise Héritier, em O Eu, o outro e a tolerância (1997), realça que a “tolerância” é mediadora essencial entre o eu e o outro; - Julie Saada-Gendron, em La Tolérance (1999), cuja opinião assenta sobre uma concepção de idéia de homem, isto é, “tolerância” implica o respeito pelo outro e não a aceitação das suas opiniões. Dentre toda esta diversidade de conceituação temos como essência a imprescindibilidade da “tolerância” ao reconhecermos que não somos proprietários de verdades absolutas e portanto temos de conviver com diferentes formas de ver o mundo. Religiosidade, espiritualidade, ideologia política e até mesmo paixões esportivas devem ser vistas como em enorme caleidoscópio onde torna-se impossível definirmos linhas perfeitas ou formações perfeitamente sólidas. Nada do que somos ou fazemos nos garante direito a julgamentos precipitados ou atitudes de ódio ou intolerância. Urge portanto contrapormos todas as formas de absolutismos e colocarmos em nossa vivência esta maravilhosa mezinha contra nossa errônea vontade de nos colocarmos como donos da verdade e imperadores do bom senso. O torcedor do time adversário, o adepto de outra tendência religiosa e o cidadão de convicções ideológicas opostas as nossas devem ser encarrados na amplitude de um macrocosmo que nos coloca juntos ou diversos a cada passo que damos. Vivamos portanto no constante exercício desta formidável e atualíssima formula de felicidade: a tolerância.

Inscrições para a Escola de Teatro Administração Municipal por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, a partir do dia 15 de fevereiro recebe inscrições para a Escola de Teatro Municipal. Podem inscrever-se estudantes ou pessoas da comunidade que tenham interesse e disponibilidade de tempo, a partir dos 4 anos de idade. De acordo com a Coordenadora da Escola de Teatro Municipal de Santa Rosa, Rojane Santos, as aulas têm o objetivo de desenvolver a expressão oral e corporal, fazendo com que o aluno sinta a paixão pela arte de representar e desperte o interesse pelas artes cênicas, onde poderão ter noções com técnicas diferenciadas para: formação de atores, criar, escrever e representar histórias. Este trabalho já existe a mais de 10 anos,

tendo sesenvolvido vários projetos em parceria como o Programa Pró Jovem, da Assistência Social, Pelotão Mirim da Brigada Militar, Grupo Brigada em Cena, Grupos teatrais Arteiros e Arteirinhos. Estes projetos são apresentados na região com muito sucesso. As aulas e inscrições são gratuitas e acontecem no Centro Cívico durante a semana nas terças, quartas e quintas-feiras. Os documentos necessários para inscrição são RG ou certidão de nascimento e endereço atualizado. As inscrições podem ser feitas das 14h até as 16h. Uma das atividades já programadas para 2012 é a V Mostra Regional de Teatro, que envolve grupos teatrais de toda a região. Mais informações pelo email: teatro.arteiros@yahoo. com ou fones: 9132-8702 e 8149-6887.


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Entrevista

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Ecologia, a ciência moderna Pedro Fiedoruk, advogado com 30 anos de serviços é defensor do meio ambiente. Pós graduado em Gestão Ambiental na Unijuí com mais de 400 palestras proferidas na região, tem conhecimento de causa para falar sobre ecologia e defender as idéias mais avançadas. Fiedoruk é daqueles que vive da maneira que prega. Planta suas hortaliças e produz seu próprio adubo completamente livre de químicos. “Não pense você que sua horta caseira adubada com esterco de aves é totalmente orgânica”, diz, “pois as aves recebem muitos hormônios, os quais fatalmente estarão presentes em seu esterco, o que já faz com que sua horta, embora não receba agrotóxicos, não seja totalmente orgânica”. Ele sabe o que fala, e fala com propriedade e paixão. O estudo e a defesa do meio ambiente são umas de suas paixões.

Na década de 90 exercia função pública na prefeitura de Santa Rosa e ajudou a fundar a Associação de Proteção Ambiental junto com colegas a quem dedica profunda admiração como Juarez Guterres, Hélio Vetoratto, professor Garcia e Teodoro Dutra. Eles incentivaram Fiedoruk a abraçar a causa ambientalista que, entusiasmado, passou a ler tudo o que tinha ao seu alcance. Era necessário dominar o assunto. Posteriormente, em virtude da experiência na defesa ambiental foi convidado a fundar a primeira Gerência Regional da Fundação Estadual de Proteção Ambiental da região de Santa Rosa - FEPAM -, e sua condição de advogado lhe dava condições de atuar firmemente na defesa das leis que tratavam de meio ambiente, aplicando-as a casos práticos. Fiedoruk, aliás, esclarece que seu conhecimento das questões ambientais

vem de muita leitura sobre o tema, mas sobretudo da prática diária através das vistorias ambientais – “foi aí que aprendi”, conclui, “tratando os assuntos na prática, no dia a dia”. “Os órgãos ambientais devem ter duas preocupações”, explica, “são dois aspectos que ancoram o trabalho do agente ambiental. O aspecto legal e o aspecto do conhecimento aplicado. No campo legal”, continua Fiedoruk, “é interessante observar que a legislação está integrada entre os três níveis de governo, federal, estadual e municipal. Aquilo que o município se omite, o estado ou a união intervém, e a maior autoridade no assunto”, Fiedoruk faz questão de ressaltar, “é o ministério público”, e afirma, “não há hoje impunidade quanto às questões ambientais. Se o agente fiscal se omitir poderá ser punido pelo ministério público

Pedro Fiedoruk mediante denúncia, e aí é que entra o trabalho integrado com a comunidade. Se o meio ambiente não está sendo respeitado é preciso que o cidadão critique, comunique, denuncie. O cidadão deve fazer a sua parte, colaborando e exigindo que se cumpram as normas ambientais.”

à fenasoja.” José Lutzenberger é autor do livro Manual de Ecologia Do Jardim ao Poder, onde explana, com lucidez, sua visão ecológica a respeito de jardins e urbanização, descarte de lixo, uso de agrotóxicos, transgênicos e desmatamento. Em determinado trecho diz, “precisamos nos certificar se nossa José Lutzenberger ação é sustentável, isto é, se não implica “Tive a honra de demolição dos suporrecebê-lo, junto com tes da vida no planeminha família, por ta, e se está orientada ocasião de uma visita para a justiça social, se

Pedro Fiedoruk com os filhos e José Lutzenberger

não pisa muita gente. Eu não gostaria de ver a humanidade desaparecer, e dentro da humanidade eu gostaria de ver mais equilíbrio. Eu não posso considerar progresso aquilo que não prevê a manutenção da integridade da vida e o aumento da soma da felicidade humana.” Segundo Fiedoruk, a palestra que Lutzenberger proferiu no colégio Concórdia foi histórica para a região. “A partir desta palestra foi que entendemos a profundidade e a extensão das preocupações ambientais. Suas idéias eram mais amplas e abrangentes. Foi então que conhecemos a mensagem de Lutzenberger, hoje mais atual do que nunca, e passamos a aplicá-las. Sua palestra foi muito incentivadora para nós que estávamos nesta batalha da defesa ambiental, e hoje tenho orgulho de ser admirador e seguidor de seus preceitos.” Fiedoruk lembra que Lutzenberger dizia “todos nós temos que nos engajar neste movimento (defesa integral do meio ambiente), e todos lucraremos. Do contrário, seremos as vítimas de um futuro avassalador.”

vam bandeiras frentes às empresas multinacionais protestando contra os produtos químicos, o entendimento a respeito de cuidados com o meio ambiente não avançava, até por que à época os então ecologistas não tinham profundidade científica. Não havia como trocar informações. Foi então que os defensores do meio ambiente partiram em busca de estudar ecologia, dominando o assunto para propor ao mundo novas idéias. E foi a partir desse momento que as empresas pararam para ouvir o que tinham para dizer e mostrar aqueles ecologistas. Ouviram, auxiliaram e investiram em seus estudos. Eis o fato” - enfatiza Fiedoruk - “que transformou a ecologia no que ela é hoje. Uma ciência multidisciplinar de vasto conhecimento e aplicação, com vários graus de graduação. Há muitos doutores e mestres em ecologia hoje”, relata.

Devemos poupar nossos recursos hoje, enquanto somos ricos para não empobrecermos amanhã. O Brasil tem recursos, somos ricos ainda, ao contrário da Europa que já esgotou sua capaciO conhecimento dade de produção para auto sustento. A EuroFiedoruk diz com ên- pa depende da produfase – “o mundo mu- ção de terceiros para dou. Hoje requer que se alimentar. se tenha conhecimenFiedoruk encerra cito sobre aquilo que se tando São Francisco quer tratar,” e relata de Assis, patrono da uma história corrente ecologia, que a 800 no seu curso de pós- anos já dizia “sede so-graduação, “enquanto lidário e parcimonioso os ecologistas agita- no uso dos bens”.


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Geral

Minha Casa, Minha Vida beneficia mais 32 famílias em Santa Rosa. Nesta quinta – feira foi realizada a entrega das chaves aos proprietários. O Jardim Residencial Bela Vista, no Bairro Planalto esteve em festa na tarde de ontem, 02. Beneficiários do Programa Federal Minha Casa Minha Vida, receberam as chaves dos seus apartamentos no Conjunto Habitacional Cerejeiras, localizado a Rua Cerejeira, nº 90. A obra tem dois prédios, somando 32 moradias de dois quartos, sala, cozinha/lavanderia e banheiro, festeiro coletivo, cisterna de captação da água da chuva, pátio fechado com espaço para veículos, guarita e sistema de portão eletrônico, totalizando um empreendimento de R$ 1.382.000,80, mais o valor do terreno doado pela Prefeitura de Santa Rosa. O valor, subsidiado pelo Ministério das Cidades, para cada apartamento foi de R$ 43.139,00. O Prefeito Orlando Desconsi parabenizou toda a equipe que trabalhou para a execução do projeto e ressaltou a importância do empreendimento para Santa Rosa e principalmente para as famílias beneficiadas pelo programa: “A habitação é um sonho de cada brasileiro e de cada santa-rosense e manifesto minha imensa satisfação em estar compartilhado este importante momento, que é a conquista da casa própria, com as 32 famílias, que a partir de hoje farão parte do Conjunto Habitacional Cerejeira. Vale ressaltar que este espaço é mais que uma moradia é um lugar de novas amizades, que requer uma boa convivência e qualidade de vida”.

SANTA ROSA • fevereiro de 2012

Vicini não concorre mais Valmir Bruski

Na oportunidade, Desconsi destacou as inúmeras conquistas do município de Santa Rosa e agradeceu ao Governo Lula, ao Governo Dilma, pelos subsídios federais para a execução do Conjunto Habitacional e também ao Governo Tarso pela nova fase de relação com Santa Rosa. O síndico do Conjunto Habitacional, Paulo José Unfer desejou as boas vindas aos moradores e enfatizou a perspectiva de uma boa convivência entre todos, procurando sempre uma vida melhor. Para o Secretário Municipal de Habitação e Mobilidade Urbana, Ramão Moreira, o Programa Minha Casa Minha Vida é um sonho concretizado na vida dos brasileiros que mais precisam. “Fico feliz por ver este projeto em minha comunidade, proporcionando uma melhor qualidade de vida a nossa gente”, disse. O evento também contou com a presença do Superintendente de Negócios da Caixa – da Superintendência Norte Gaúcho, Ruben Valter Grams, do Gerente Geral da Agência da Caixa Econômica de Santa Rosa, Jair Roque Kieling e das Gerentes de Atendimento, Vera Lucia

O ex- prefeito de Santa Rosa, Alcides Vicini, comunicou esta semana à imprensa que não há qualquer possibilidade dele vir a disputar as eleições municipais deste ano, pondo um ponto final nas especulações que vinculavam seu nome como um dos possíveis candidatos majoritário. Prefeito por três mandatos, Vicini tem Desconsi e Suzana Peter. em seu currículo um O Superintendente fa- cargo de vice-prefeilou sobre o desafio que o Governo Federal lançou sobre a Caixa Econômica. “Assumimos e cumprimos o compromisso de um milhão de casas com o presidente Lula e agora fomos desafiados pela presidenta Dilma a fazer dois milhões de moradias”. Grams também enfatizou o apoio da prefeitura municipal, na articulação da conquista do Programa e na doação do terreno para a construção dos apartamentos, segundo ele, em uma área privilegiada digna dos moradores do Conjunto Habitacional. O Deputado Estadual Jeferson Fernandes ficou empolgado pelas novas instalações e pela satisfação dos moradores. “A qualidade da obra mostra o respeito pela dignidade dos moradores e a sintonia do governo com o desenvolvimento sustentável. Este imóvel é uma conquista de vocês, pois é uma obrigação do governo oferecer este benefício”, finalizou. Após a solenidade, os moradores receberam as chaves dos apartamentos e conheceram os seus novos lares e novos vizinhos.

to e um de deputado estadual, além de ter sido secretário, tanto do município quanto do Estado. Questionado sobre o que o levou a tomar esta decisão, Vicini foi categórico ao afirmar que não tem mais condições físicas e psicológicas de cumprir com as obrigações que o cargo exige. “Na vida existe o momento certo de iniciar e de encerrar uma atividade, seja ela qual for, e eu cheguei à conclusão que

este é o momento ideal para eu me afastar da vida pública” disse ele. Procurado pelo jornal Cruzeiro,o presidente do PP, Joel Faccin, disse que a decisão de Vicini foi pessoal, e que deve ser compreendida e respeitada, até porque, segundo ele, a gratidão entre os dois é mútua. “Assim como o PP é grato ao Vicini, Vicini é grato ao PP e os dois se complementam”, enfatizou o presidente.

Julgamento da lei da ficha limpa deve ser retomado em 15 dias Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o julgamento do processo sobre a validade da Lei da Ficha Limpa deve ser retomado em até 15 dias. Ele sinalizou que o processo pode entrar na pauta, inclusive, “antes do carnaval”.

Para evitar novas surpresas para as eleições de 2012, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma ação pedindo que o STF declarasse constitucionais todos os pontos da lei. O julgamento começou em novembro do ano passado, e o relator, ministro Luiz Fux, Serão analisadas três entendeu que a lei era ações que tratam da constitucional, mas legalidade da Lei da que alguns ajustes preFicha Limpa – uma cisariam ser feitos. contra e duas a favor. Sancionada poucos Fux defendeu, por meses antes das elei- exemplo, que o político ções presidenciais de ameaçado de cassação 2010, a lei chegou a só ficaria inelegível deimpedir o registro de pois que a Comissão de alguns políticos. No Ética já tivesse procesentanto, esses candi- so contra ele. O entendatos acabaram sendo dimento foi criticado liberados depois que pela imprensa e pela os ministros do STF opinião pública, que entenderam que a nor- viram brechas para ma alterava o processo que políticos escapaseleitoral e que, segun- sem da punição, e Fux do a legislação, deveria acabou voltando atrás esperar um ano para quando o julgamento produzir efeitos. retornou ao plenário,

já em dezembro, após pedido de vista do ministro Joaquim Barbosa. Em seu voto, Barbosa votou pela constitucionalidade integral da norma, mas o julgamento foi interrompido novamente por um pedido de vista do ministro Antonio Dias Toffoli, que devolveu o caso para julgamento assim que o STF voltou do recesso de fim de ano. Além da Ordem dos Advogados, o PPS acionou o Supremo para garantir a validade da lei. Já o Conselho Nacional dos Profissionais Liberais (CNPL) pediu a anulação da regra que torna inelegível por oito anos o profissional excluído do exercício da profissão por órgão profissional competente.


Saúde

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A pessoa com autismo e as suas relações com o mundo. Psicóloga Fernanda Aparecida Szareski Pezzi Professora Estela Massotti

O Autismo caracteriza-se como um transtorno invasivo do desenvolvimento (F84.0, CID 10) que se manifesta durante toda a vida do sujeito, sendo que seus sintomas, aparecem necessariamente até os 2 anos e 6 meses de idade. As áreas mais afetadas se referem à interação social, a comunicação e o comportamento restrito e repetitivo. Tal transtorno tem incidência no mundo todo, em famílias de todas as raças, etnias e classes sociais, sendo mais comum em meninos do que em meninas. Até o momento, não foi encontrado nenhum marcador biológico, que identifique o autismo e também, suas causas não são conhecidas. No que se refere, a sua manifestação, acredita-se que ela estaria relacionada à interação de diversos fatores, entre eles, os genéticos, fatores maternais, ambientais, stress oxidativos. Alguns dos comportamentos comuns desse transtorno são: dificuldade em manter o contato visual e em se comunicar; agem como se fossem surdos; resistem a mudanças de rotina; às vezes podem apresentar agressividade; usam as pessoas como se fossem ferramentas; não ‘se misturam’ com as outras crianças; comportamento repetitivo podendo apresentar estereotipias; entre outros.

Um alerta importante é para que a família e os profissionais da escola observem desde o nascimento os comportamentos das crianças, e caso percebam comportamentos atípicos possam estar intervindo para que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados precocemente. Quanto mais precoce for a intervenção melhor será o desenvolvimento global dessa pessoa, é importante que um plano terapêutico seja construído por uma equipe interdisciplinar com vistas a estimular as áreas mais atingidas pelo transtorno. Nesse processo, a escola entra como um espaço muito importante de desenvolvimento. Todos sabemos da grande importância que a escola ocupa na vida de qualquer pessoa, é onde construímos nossas primeiras relações, desenvolvemos os aspectos cognitivos, a capacidade intelectual e social. No caso de alunos com autismo, ou com qualquer deficiência o desafio é construir uma escola que considere todas as diferenças humanas, uma vez que,

cada aluno/a apresenta características que são inerentes a sua história de vida. As crianças e adolescentes com autismo apresentam alguns comportamentos que, às vezes, num primeiro momento causam insegurança e angústia nos profissionais da escola, por não saber como agir, como cuidar, como ensinar, mas o fato é que com o decorrer do tempo, a partir do conhecimento desses alunos a tendência é que esses sentimentos dêem lugar às expectativas e ao desejo de que eles aprendam e se desenvolvam. Nesse processo, a família ocupa um papel fundamental, pois é em conjunto com os profissionais, através do diálogo, que poderão se desenvolver estratégias que garantam a qualidade de vida desses sujeitos. Cabe salientar, que existem comportamentos considerados próprios do transtorno, mas não existe um padrão de criança autista, isto é, cada uma vai se desenvolver de uma forma dependendo dos estímulos recebidos, do grau do transtorno, etc Neste

contexto, não há como antecipar como será a escolarização desta criança, se vai se adaptar ao ambiente escolar ou se vai aprender a ler, escrever, desenvolver raciocínio lógico-matemático... É claro que as concepções teóricas nos ajudam a preparar esse ambiente para que ocorra a melhor adaptação e desenvolvimento possível, bem como, estratégias pedagógicas específicas para que tenham o sucesso almejado. Atualmente, trabalhamos com a concepção de uma escola que mesmo moldada pelos paradigmas tradicionais, receba e aceite essas crianças, considerando que elas precisam de um tempo diferente para aprender, para permanecer na escola, com atividades diferenciadas, apoio contínuo, com Atendimento Educacional Especializado, enfim um ambiente adequado. Na Rede Municipal de Ensino, hoje contamos com uma escola referência para o atendimento desses alunos, e ainda, profissionais estão sendo capacitados e convidados a buscar o conhecimento pedagógico nessa área do desenvolvimento humano. Entendemos que todos podem e devem estar na escola comum, contudo precisam receber o atendimento adequado. Como nos diz Mantoan a “inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças.” E quem vive essa experiência adquire um aprendizado que é único e fundamental para a nossa vida.

5 Agenda da Saúde Vitória Nardes Trofóloga CRT 44565 Indesejado por todas as mulheres, magras, gordas, altas, baixas, brancas, negras, novas ou de mais idade. É reconhecida com facilidade e mal vista por todos os olhares. Flegmão é o processo inflamatório agudo ou crônico do tecido celular que existe sob a pele ou em torno das vísceras englobando artérias, veias e nervos. É crônica e não tem cura, apesar de ser uma afecção benigna não escolhe classes de pessoas para se instalar, chega quando ninguém espera e afeta principalmente o mundo feminino compromento as coxas e nádegas, sendo considerada antiestética com pluralidade etiopatogênica. Tem uma grande capacidade de provocar alterações imunológicas, hormonais, metabólicas de microcriculação e até predisposição genética. É popularmente chamada e reconhecida mundialmente como a intrigante e temida CELULITE. Entre os inúmeros causadores da celulite e os fatores mais agravantes estão as gorduras saturadas, alimentação inadequada e irregular, excesso de sal, uso abusivo

do fumo, açúcares, bebidas alcoólicas e gaseificadas, farináceos refinados, sedentarismo, pílulas anticoncepcionais, disfunções hepáticas, obesidade e disfunções gastrointestinais. A celulite é classificada em 4 graus mas se tratada logo no inicio pode ter resultados positivos. O aumento da celulite diminui a temperatura da pele. Altera-se com a gravidez e por ocasião da menstruação e nos casos de graus mais elevados as partes afetadas tornam-se doloridas. O tratamento requer uma detalhada averiguação clinica por médicos especializados e seguidas conforme diagnóstico. Não esquecer que o melhor tratamento deve ser ministrado de dentro para fora. E para isso recomenda-se em primeiro lugar uma desintoxicação orgânica e em seguida uma adequação alimentar. Aumentar o uso de alimentos integrais, frutas diuréticas, água fria em abundância, cereais, legumes crus, fibras e vitamina A. Cuide carinhosamente do seu corpo antes que o flegmão lhe adote. Com carinho “A vida a saúde e a educação começam na alimentação.”


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Especial

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Especial

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Ecologia

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Cuidados com seu jardim Nesta edição vamos abordar um tema bastante importante para a saúde de nosso gramado e das árvores de nossos jardins. Tomamos o depoimento do Senhor Romildo de Moura, jardineiro a 20 anos. - Cruzeiro – Devido à seca quais os cuidados, além da rega, você adota? - Romildo – Eu digo sempre que tudo começa com o olhar zeloso do jardineiro, este é o primeiro quesito para um gramado saudável e bonito, porque se detecta qual a necessidade para aquela grama, aquele ambiente. Desta avaliação periódica vem a forma de tratar o gramado e os cuidados necessários para seu pleno desenvolvimento. A seca nos gramados que eu cuido não produziu grande impacto, pois o solo estando bem equilibrado a planta se torna bem mais resistente, e sempre tenho a participação dos meus clientes que ajudam na manutenção com a rega regular, quando necessário. - Cruzeiro – para aquelas pessoas que não tem uma pessoa especializada para cuidar de seu gramado quais as dicas que você deixa: - Romildo – Em primeiro lugar devem-se ter cuidados com: aparadores: Sempre averiguar se as lâminas do seu aparador de grama estão bem afiadas e também manter bem lubrificadas as engre-

nagens. Aparadores com as lâminas cegas mastigam as folhas da grama, enfraquecendo-as e deixando com mau aspecto. No verão, mais do que nas outras estações, a freqüência do corte é muito importante, porque a grama cresce mais depressa, estimulada pelo calor, luz e umidade, e os efeitos da falta de corte tornam-se mais profundos e evidentes. A altura da grama deve ficar em torno de 3 centímetros para o tipo de grama plantada na nossa região. Adubação e reposição da matéria orgânica: Sempre dou preferência ao adubo orgânico. No caso de se usar esterco, deve-se ter o cuidado em aplicar esterco já curtido, pois a aplicação de esterco não curtido ou “terra preta” de origem desconheci-

da para cobertura do solo, poderá implicar em materiais contendo milhares de sementes de plantas invasoras que fatalmente vão contaminar rapidamente o seu gramado. Irrigação: Não se esqueça de regar no verão, principalmente em época de seca, mas também não exagere, irrigue sempre antes que o solo fique completamente seco, sempre pela manhã ou pela tarde, evitando as horas mais quentes do dia. Se as folhas começarem a enrolar ou ficarem marcas de amassadas das suas pegadas no gramado, é sinal de que o gramado está com sede e está na hora de uma rega de emergência. É melhor regar em intervalos maiores, do que regar toda hora, pois assim vai estimular o aprofun-

A grama está encostando no caule. É necessário deixar um espaço de pelo menos 20 cm entre o caule e a grama.

damento das raízes das gramíneas e as tornam mais resistentes a futuros períodos de estiagem. Outra dica importante: O cuidado que deve ser tomado durante o corte é o sentido do trabalho. Procure alterar a direção dos cortes, evitando assim uma possível compactação do solo. A compactação do terreno reduz a quantidade de oxigênio disponível para as raízes e dificulta seu crescimento normal. Em casos mais graves pode até levar à morte das plantas. Por exemplo, se desta vez a grama for cortada no sentido norte sul, na próxima prefira cortar na direção leste oeste, e assim sucessivamente.

Fazendo a limpeza ao redor do caule.

machucado aumenta em contato com a a chance de doenças natureza e dentro do contaminarem esta possível estou sempre árvore. me reciclando, para No verão costumo melhor preservar o proteger um pouco o nosso meio ambiensolo com forragem de te. Todos os resíduos folhas, mas mante- orgânicos advindos nho sempre o cuidado do meu trabalho eu de não deixá-las em acondiciono em sacos e faço o ninho de - Cruzeiro – No caso contato com o caule. pássaro, para fazer de no meio de um graExerço minha pro- a compostagem que mado haver árvore fissão com satisfação, retornará aos jardins qual o cuidado? - Romildo – No caso gosto muito de estar fortificando o solo. de haver árvore devemos ter cuidado em manter, ao redor do caule, um raio de 20cm limpo de grama, evitando assim a criação de doenças devido ao contato do caule com as gramas que dificultam a entrada de luz do sol e a ventilação do caule. - Manter a devida atenção para evitar que a haste de plástico do aparador não entre em contato com Espaço de 20 cm sem grama ao redor do caule. o caule. Este descuido Cuidado com o fio da máquina de cortar grama. é muito comum de se ver, e onde o caule fica Evite machucar o caule.


São José do Inhacorá Cristiane Vianna Um exemplo de conservação do espaço público é demonstrado na cidade de São José do Inhacorá, município que possibilita aos seus moradores e visitantes espaços turísticos, como o Parque São Francisco de Assis, o Calvário pela tradição da encenação de Páscoa e Natal, com uma quantidade expressiva de visitantes, que se encantam com as atrações. A cidade conta ainda, com uma praça, muito visitada, e é um espaço de grande valor à comunidade inhacorense, que proporciona lazer e entretenimento. Todos podem usufruir de um espaço de qualidade e conservado. Através de um resulta-

do de campanhas com a finalidade de preservação e conscientização do cuidado, a praça proporciona um de ambiente agradável, a todos que apreciam este local. Para a Administração Municipal, é uma grande

satisfação oferecer espaços como este, e a praça veio ao encontro da população que manifestava a ausência de um local para encontros de famílias e de lazer e, hoje utiliza esse espaço com muita alegria.

Boca no Trombone Direitos do Consumidor. Isso Existe? Para onde vai o nosso TROCO? Victória Nardes Parece até brincadeira de esconde-esconde mas é a mais pura verdade e tão sério quanto notícia fúnebre. Por que será que muitos comerciantes de Santa Rosa não devolvem o troco? Moro em Santa Rosa a alguns meses e como boa observadora comecei a contar os centavos deixados por onde pago muitas contas: de luz, água, telefone, alimentos e outras coisas mais. Um centavinho aqui, dois centavinhos ali, quatro ou cinco acolá e assim por diante... Quando exijo meu troco recebo apenas um sorrisinho maroto dos atendentes e a resposta “não tem troco”. Isto quando não tentam empurrar a famosa balinha. Se insistirmos nos olham com indiferença como se estivéssemos a mendigar. De centavo em centavo a caixa registradora recheia suas gavetas até o final de cada dia, cada mês, cada ano, 1, 2, 3, 4 ou 5 centavos por cliente, multiplicados pela população santa-rosense que alcança aproximadamen-

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Geral

SANTA ROSA • fevereiro de 2012

te 60.000 habitantes dá para arrecadar uma boa quantia não é mesmo? Se cliente ao pagar seus encargos não tiver 5 centavos não poderá saldar a sua conta, mas se sobrar 1 ou 2 centavos fica do outro lado do balcão para nunca mais ser visto. De nada adiantará reclamar no próximo pagamento pois os comerciantes tem memória curta, não se lembram de nada. Mas com certeza lembram de contar todos os dias no final do expediente os cruzeiros arrecadados dos consumidores desapercebidos. Para onde vai o nosso troco? Como diz o velho ditado “de grão em grão a galinha enche o papo”.

De centavo em centavo alguns comerciantes espertos enchem a sua carteira com o nosso troco. É hora do consumidor ficar de olho e exigir o que é seu. Não se omita, pois quem cala consente. O ex ministro Ricupero (da Economia) já dizia há muito tempo: Quem não valoriza os seus centavos jamais aprenderá a administrar os seus cruzeiros. E como dizem que há lei para tudo e para todos, eu como uma boa observadora lesada pergunto às autoridades no assunto “Segundo a lei que nome damos para esse ato e seus autores? Estou de Olho Fom-Fom!

Verão Mágico é esporte, lazer, alegria. É um espaço onde a comunidade confraterniza-se, apreciando as diversas atividades físicas e varias modalidades de esporte. O lazer é complementado com ofertas dos mais diversos lanches. Venha conferir. O evento que se encerrará no dia 16 de fevereiro, é promovido pela Prefeitura Municipal de Santa Rosa, através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer em conjunto com a RBS TV e Associação Santa-rosense de Esportes (ASE), com apoio da Brigada Militar.

Matrículas abertas para o curso Técnico em Farmácia Nos dias de hoje o estabelecimento farmacêutico é o serviço de saúde mais acessível ao cidadão, e não falamos de serviço público, hoje há dificuldades no acesso inclusive pelos planos de saúde. Isto faz com que as pessoas, enquanto esperam angustiadas pela consulta, procurem os estabelecimentos farmacêuticos na tentativa de aliviar seus sintomas ou até mesmo curar suas moléstias. Por isso é importantíssimo que as drogarias e farmácias estejam preparadas para isto, que tenham uma equipe com qualificação suficiente para suprir esta necessidade dos seus clientes, não apenas indicando e ensinando a utilizar os medicamentos que diminuem ou aliviem seus sintomas , mas sabendo identificar a gravidade do problema, orientando o cliente a buscar um recurso mais apropriado, se for o caso. Isto é importantíssimo, pois a partir de um conselho dado por um profissional de confiança, o cidadão irá buscar o que necessita com mais ênfase. O que quero dizer é que o profissional que faz este primeiro contato com o cliente não deve estar apenas preparado para sugerir e ensinar a utilizar um medicamento, mas

deve sim ter a sensibilidade e o conhecimento para perceber se o problema trazido a ele é possível de ser solucionado ali, ou se deve buscar um profissional mais especializado, e isto fará toda diferença no tratamento da moléstia, pois todos sabemos que quanto antes feito o diagnóstico, mas rapidamente podem ser tratadas as doenças e mas facilmente podem ser curadas. É claro que dentro de um ideal, o farmacêutico deveria ser o profissional que faria este atendimento, no entanto hoje sabe-se ser impossível que toda a demanda de atendimentos passe por ele, pois cada vez mais ele tem se envolvido com as questões gerenciais, que são também pertinentes a suas atribuições. Então o técnico em farmácia é um profissional que veio de encontro a esta demanda, aos moldes do que ocorre em várias outras áreas, como nos laboratórios de análises clínicas, que também possuem técnicos ou na enfermagem, onde há uma equipe comandada pelo enfermeiro com atribuições bem claras de cada membro. Este profissional vem para se tornar a pessoa ou as pessoas de confiança do farmacêutico, pois sob sua orientação será o

colaborador que executará as ações básicas dentro estabelecimento, trazendo a ele tudo o que passar da sua resolutividade, o que beneficiará seu trabalho, dando-lhe tempo de exercer todo seu potencial. Dentro desta proposta que o FEMA criou o curso técnico em farmácia, em resposta a uma demanda local e regional, baseada nos relatos dos empresários e farmacêuticos, que não estão preocupados com a titulação, mas sim com a qualificação das pessoas, garantindo maior oportunidade de trabalho àqueles que estão dispostos a investir em aprendizado e desejam buscar colocação nestes estabelecimentos, mas principalmente, qualificando os serviços para melhor atender a comunidade. Cabe ressaltar que este curso visa não somente promover a qualificação técnica, sob o ponto de vista da saúde, mas também formar profissionais que saibam trabalhar em equipe e se relacionar com os clientes, pois o estabelecimento farmacêutico além de ser um local de promoção da saúde é também um comércio, e como tal não pode ser esquecido. É claro que o empresário quer resultados e existem técnicas para se obtê-lo, o que faz parte do currículo.


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AMIGAN

AMIGAN em defesa da VIDA. A feira de doação do mês de janeiro de 2012 foi realizada na empresa Quatro Patas, que receberam carinhosamente as integrantes da AMIGAN. A empresa também fez doação de uma guia para cães, e uma casinha. Esta feira em especial foi carregada de muita emoção devido a adoções de animais adultos com problemas físicos como o caso de uma cachorrinha poodle que após ser atropelada e ficar com dificuldade de locomoção foi abandonada por seu dono. E nesta feira, felizmente um casal que por ali passava, o Sr. Sidnei Ragazzão e Graciane S., comovidos com a história triste desta pobre cachorrinha a adotaram. Outra adoção emocionante foi a de uma cahorrinha adulta que presenciou a tragédia ocorrida com seus donos que tiveram suas vidas ceifadas devido a um incêndio. O pobre animal estava em depressão profunda. Entre tantos anjos que nos ajudam a cumprir com nosso objetivo nas feiras também gostaríamos de mencionar o Sr. Germano e a Dona Nelci, que são parceiros incansáveis, socorrendo os animais quando a ONG não tem espaço para acomodá-los. Durante a feira foram doados 15 cães, filhotes e adultos.

Sr. Germano e D. Nelci

A feira de adoção de Fevereiro será na Hermanns no dia 18. Na av. Inhacorá 177.

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O carnaval, festa do povo. De origem européia, o carnaval chegou ao Brasil, a princípio, destinado à elite mas caiu no gosto popular, recebendo alguns trejeitos da cultura africana. Para além da análise histórica e sociológica, o carnaval se transformou, inegavelmente, numa importante experiência coletiva, momento de grande descarga emocional e autoafirmação para o brasileiro. Curiosamente, após um longo período de incertezas políticas e econômicas, surge com força, em diversos locais do Brasil, as manifestações do carnaval de rua, como exemplo o Rio de Janeiro, que extrapolou as fronteiras do nosso

país, fazendo do carnaval um dos maiores eventos turísticos. Hoje o carnaval rompeu com a estratificação social, étnica e econômica, e tornou-se uma identidade nacional. Santa Rosa está resgatando o carnaval de rua, através de um trabalho da Secretaria de Cultura uma vez que entendemos que nossa cidade comporta e com a ajuda da escola de samba A Turma do Alambique que completa 27 anos de atividades carnavalescas. Em Santa Rosa, o carnaval de rua a 14 anos não mais acontecia, e em 2010 a turma do alambique, remanescente dos carnavais passados, trouxe novamente esta festa popular. Este ano temos mais

uma escola de samba, a Unidos da Sulina, que está recebendo todo o apoio da Turma do Alambique. “É um passo de cada vez”, diz o secretário da Cultura e Turismo, “estamos recebendo a participação da comunidade, das escolas, enfim de todos que creditam nesta atividade carnavalesca que não é só durante o desfile, mas é um trabalho que envolve crianças e a comunidade durante o ano todo. O mais importante é que a gente conseguiu resgatar esta confiança e as escolas e as comunidades entenderam este desafio, e neste carnaval estarão brilhando e levando o melhor que é a beleza e a alegria para o povo. A escola Império da Zona Norte da cidade de Santo

Ângelo homenageou os 80 anos de Santa Rosa, irão apresentar na avenida aqui em Santa Rosa, e para nós é uma enorme alegria recebêlos.” O carnaval do ano passado mais de treze mil pessoas preistigiaram, e tudo indica que este ano o número de espectadores será bem maior. O samba enredo da Turma do Alambique conta a história da soja desde o cultivo na China, até os dias de hoje, sendo esta cultura que projetou Santa Rosa como Berço Nacional da Soja. A Escola Unidos da Sulina conta a história da construção do Bairro Sulina, que se iniciou com a família Schimit, e que muitas pessoas moradoras do próprio bairro desconheciam.

A corte carnavalesca de Santa Rosa. As princesas Tainara e Amanda, a rainha Ariane Siqueira e o rei Momo Manoel Araújo. O Secretário da Cultura Ângelo Zeni, Marlene Bamberg e a rainha de 2011.

11 Reunião dos blocos carnavalescos A Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, atendendo determinação da Promotoria Pública, convoca os responsáveis pelos Blocos Carnavalescos para uma reunião dia 10/02/2012-Sexta-feira, às 18h30min, no Centro Cívico Cultural Antônio Carlos Borges. A reunião terá como pauta o regramento da Programação Carnavalesca de Santa Rosa\2012, definida em reunião na Promotoria Pública (07/02) conduzida pelo Dr. Marcelo Augusto Squarça que contou com representantes da Brigada Militar, FUMSSAR, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, Polícia Civil, Secretaria Municipal de Habitação e Mobilidade Urbana e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo - órgão organizador e responsável pela programação, convida os responsáveis pelos blocos: Xoxoteiro, Sem Kueka, Chama a Mãe que o Pai tá loco, Êxtase, Mucho Loko, As Purinhas, As Boemias, Caximira, H Romeu, Fora de Controle e Dosagem Certa – blocos constituídos até o presente momento e os demais que estão se organizando, para se fazerem presentes na reunião que será de extrema importância para a organização e melhor condução das festas momescas em nosso município. “É Santa Rosa na Passarela do Samba” o lema da Programação Carnavalesca de Santa Rosa/2012.


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