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poesia A morte da esperança – Louco Ocidente

A morte da esperança

É apenas vazio que me habita Viciei nesse seu beijo doce que me levita Sem forças para lutar, porém disposta a fugir Angústia de querer correr sem nem ter para onde ir Que caminho seguir? Quero um abrigo, um abraço teu Quero me perder, esquecer, enlouquecer E laçar seu corpo ao meu Canto pela liberdade, Pelas mulheres caladas E crianças largadas, Pelos esquecidos e fracos, Escolas e vilas, Pessoas e vidas, Por amor, Por essa nossa Pátria mãe iludida Mas quem dará ouvidos ao meu canto abafado? Como quem grita, mas nunca é escutado Canto este que se afoga em meio a imensa ignorância Que é barrado pela hipocrisia da justiça Um canto derrotado que se silencia com desesperança Se desesperando Em meio ao caos Em seus braços

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Luise Goulart Duarte

Louco Ocidente

Hannah, queria poder dizer que a banalidade do mal deixou de ser banal Mas me perdoe Hannah Não sei qual condição seguir Pessoas loucas ofuscam a loucura deixando o ocidental te guiar e não saber escutar palavras daqueles que se assustam daqueles que são oprimidos pelo mal Mas o mal está por todo lugar está em todos em toda esquina E agora Hannah? E onde é que eu estou? Por que estou aqui se só restou o mal? Ainda levo a esperança do talvez Pois entre o certo e o errado, eu escolho ser os dois Escolho ser luz e sombra Brigam tanto por divergência que só aparece a convergência A convergência do mal Me perdoe Hannah Eu não quero fugir mais Num século que as barreiras se explodem A coletividade perdeu a capacidade de julgar o total Não quero servir ao banal Eu luto contra a maré do mundo ocidental E esse é o problema As pessoas são feitas do dualismo E agora Hannah? A festa acabou E as sereias não cantam mais

Anna Baisi

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