Jornal Concelho de Palmela | Edição 78

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TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 27 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº78 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 14.01. 2020

CASA ERMELINDA FREITAS É UMA MARCA CONHECIDA PELAS SUAS GERAÇÕES P.08 E 09

Vinhos continuam a cativar no estrangeiro

JANEIRO ARRANCA COM EXPERIÊNCIAS COM SABOR E DESTACA A FOGAÇA DE PALMELA P.03

Poceirão:

ESCOLA JOSÉ SARAMAGO CONTA COM UM DESFIBRILHADOR AUTOMÁTICO P.03

Pinhal Novo: GNR NÃO PERDOA MULTAS DE ESTACIONAMENTO EM DIAS DE VELÓRIOS P.04

Setúbal:

PALÁCIO DA COMENDA VENDIDO A CONDE MONTE CRISTO POR 50M€ P.12 Montijo:

SUPRESSÃO DE CARREIRAS PREOCUPA POPULAÇÃO DO CONCELHO P.10

Doçaria de Palmela destaca-se pela sua Fogaça

Palmela comemora 10 anos da Cidade do Vinho

ESCULTURA DE PEDRO CURTO ASSINALA O 10.º ANIVERSÁRIO DE PALMELA CIDADE DO VINHO P.04 PUB

Desporto: PINHALNOVENSE EMPATA COM ORIENTAL COM GOLOS DE NICO E DIEGO ZAPORO P.15


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ALTOS & BAIXOS

Barómetro da Semana

Miguel Garcia Diretor de Informação

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

O barómetro desta semana vai analisar dois temas que mais se destacaram pela positiva ou pela negativa. A semana ficou marcada com vários temas da atualidade de que vamos deixar aqui a análise.

Vermelho

Verde

A falta de resposta da Amarsul

Requalificação do Chafariz D. Maria I

A Amarsul continua a fazer ouvidos de mercador, pois desde a semana do Natal que os contentores de reciclagem não são despejados pela empresa, havendo já contentores que esgotaram há muito a sua capacidade de armazenamento. As populações estão revoltadas com a falta de resposta por parte da empresa que é suportada com dinheiros das autarquias.

Embora a obra ainda não ter arrancado, mas a notícia veio dar uma esperança a todos os palmelenses. Trata-se da requalificação do Chafariz D. Maria I, um monumento que é o postal de entrada da vila histórica de Palmela e que esteve ao “abandono” estético por algum tempo. A pintura das paredes a cair, os brasões pintados de cinza e sem rigor. Agora o Chafariz D. Maria I irá ter uma requalificação digna de uma peça de património.

EDITORIAL TEMPOS DE MUDANÇA! SERÁ?

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uatorze dias que já passaram desde o novo ano, ou melhor, da nova década, parece que nada mudou em todos os sentidos. Todos os anos é igual, temos o dezembro que é o mês do nascimento de Jesus e passados seis dias temos o fim de ano, onde se comemora tudo e mais alguma coisa, brinda-se ao novo ano e tentamos esquecer o ano velho, mas eu por vezes questiono-me, porque é que comemoramos o novo ano como se do mundo estivesse para acabar? Sim, porque no dia 31 de todos os dezembros passamos o dia e a noite a jogar foguetes, a noite é de folia em excessos e o dia 1 aí está ele, novo e pomposo, um dia para descansar e carregar baterias do que gastamos na noite anterior. O que muda é o dia e o ano, pois no dia 2 é tempo de começarmos a fazer contas a um mês muito complicado para a carteira de todos nós. Sim, porque todos nós gastamos o que temos e o que não temos no mês anterior, para ter uma ideia, só em dezembro de 2019, os portugueses gastaram cinco milhões de euros em compras de Natal e foram levantados no multibanco cerca de três milhões de euros. Valores que dá para pensar no que a nossa sociedade civil se está a transformar. Onde ficou o tradicional espírito de Natal de outros tempos? Será que a humanidade continua a degradar-se e continua adormecida? Depois, para além disso, 2020 acordou com uma notícia muito preocupante e que devemos todos de estar atentos, o ataque dos EUA a um alto membro militar do Irão, será que havia necessidade de reacender o medo de uma guerra? Podemos estar perante a III Grande Guerra Mundial, onde o rastilho estava armado e pronto para explodir, mas que poderia manter-se ainda apagado sem que fosse necessária esta rebelião toda. Mas ainda temos mais assuntos para nos preocupar, o ano também ficou marcado pelos grandes incêndios na Austrália, com dezenas de mortes, de perdas de bens e ainda milhares de espécies protegidas ficaram dizimadas, porquê tanta soberba na humanidade? Fica a questão e uma reflexão.

Semana em Revista

Dragas no Sado levam PAN a questionar UE

Bebé sem rosto fez três meses

DR

As dragagens no Sado continuam a suscitar muita polémica assunto que tem movido várias providências cautelares de associações ambientalistas e até de deputados. O PAN questionou, através do seu Eurodeputado Francisco Guerreiro, a Comissão Europeia sobre as dragagens que estão a ser realizadas no Sado.

Foi um dos casos polémicos de 2019, quando o médico obstetra, Artur Carvalho, ignorou os avisos dos colegas da ecografia a 5D e não alertou dos problemas que o bebé apresentava a mãe de Rodrigo. O bebé que nasceu sem parte do rosto e sem metade do cérebro no Hospital de Setúbal, completou na passada terça-feira três meses. O ‘bebé sem rosto’ como ficou conhecido está estável e é acompanhado em casa por uma equipa de cuidados paliativos pediátricos de São Bernardo.

Possível candidatura de Carlos de Sousa coloca política de Palmela em alvoroço Os rumores já começam a surgir, mas o próprio ex-presidente da Câmara Municipal de Palmela e Setúbal não confirma a sua candidatura às próximas autárquicas a Palmela. Uma possível candidatura do ex-autarca já está a dar que falar e até a preocupar alguns partidos políticos que preparam as

FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado Paginação e Produção: Rui Barba, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes

suas campanhas para garantir uma vitória no município de Palmela. Este será um ano que promete no campo político e em Palmela.

CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt

Tiragem Semanal: 13.000 exemplares


VISÃO DA SEMANA

14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

SAÚDE Medida previne morte súbita

Escola José Saramago de Poceirão-Marateca com Desfibrilhador Automático

PALMELA Experiências com Sabor

Fogaça reina em dois fins de semana em Palmela O produto típico ganha uma nova vida pelas mãos dos chefes dos restaurantes aderentes.

O estabelecimento de ensino é o primeiro a obter este equipamento no concelho. O Agrupamento de escolas José Saramago, de Poceirão e Marateca, engrossou a lista de instituições de ensino que dispõe de equipamento de Desfibrilhação Automática Externa que contabiliza apenas 2% em Portugal. A prevenção da morte súbita cardíaca e o reforço da cadeia de sobrevivência deram o mote à decisão do agrupamento. À aquisição do equipamento juntou-se o programa próprio (PDAE), aprovado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), e que formou doze operacionais, entre docentes e colaboradores da escola, para o manuseamento do desfibrilhador. A formação, ministrada pelos Bombeiros de Águas, resulta de um programa desenvolvido em parceria com a escola, bombeiros e a DAE Express, através da celebração de um protocolo com os bombeiros e a empresa que prevê o desenvolvimento e implementação destas iniciativas. Os Bombeiros de Águas, enquanto entidade formadora acreditada pelo INEM para o efeito, asseguram também a manutenção regular das qualificações dos operacionais DAE e a formação de novos operacionais que integrem este programa de Desfibrilhação Automática Externa do Agrupamento de escolas José Saramago (PDAE AEJS).

Por João Gonçalves Bombeiros de Águas de Moura dão formação a docentes e funcionários das Escolas José Saramago

A Fogaça de Palmela é cabeça de cartaz e tem estatuto de abertura do calendário de 2020 do programa “Palmela Experiências com Sabor!”. O tradicional biscoito dará vida a pratos de autor que farão certamente as delícias dos paladares mais exigentes de 17 a 19 e de 24 a 26 de janeiro. De Doces a salgados, de sobremesas a pratos principais, a fogaça dará o mote para criações gastronómicas que podem ser degustadas nos catorze restaurantes aderentes. Se a receita tradicional leva massa de pão, açúcar amarelo, farinha, banha de porco, ovos, sumo e raspa de laranja, aguardente, canela e erva-doce, as novas criações vão além da nossa imaginação numa verdadeira alquimia de sabores que promete elevar a cozinha a arte. Da carne ao peixe, as opções são muitas para os amantes deste doce, agora em versão salgada. Se o bacalhau reinou na mesa de natal, nos fins de semana da fogaça perde estatuto e dá lugar a bacalhau com crosta de fogaça, a par de outras delícias como bruschetta de queijo de Azeitão, rúcula e fogaça ou bife de peru panado com fogaça, entre outras deliciosas sugestões. Nos doces, são as receitas tradicionais que ganham uma pitada especial com o ingrediente surpresa. Arroz doce, serradura, tarde de requeijão, crumble e cheesecake prometem adoçar e surpreender com o toque especial deste ingrediente de eleição. As ofertas gastronómicas não se ficam por aqui, nem mesmo a programação do programa de promoção gastronómica “Palmela - Experiências com Sabor!”. A 15 de janeiro decorre a tradicional celebração do Dia de Santo Amaro com a "Cerimónia da Bênção da Fogaça”. Diz a lenda que neste dia a população confecionava fogaças nos fornos comunitários, delicadamente depositadas em cestos de verga ricamente decorados e transportados depois para a igreja em oferta ao santo. As fogaças tinham os mais variados formatos, de acordo com a promessa e eram depois benzidas e leiloadas. Na despedida do evento, decorrerá um “Workshop da Fogaça de Palmela” orientado pelo Chefe Nuno Gil, da Confraria Gastronómica de Palmela. Para participar nesta atividade é necessária inscrição prévia, através dos contactos turismo@ cm-palmela.pt ou 212 336 668. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal de Palmela e Rota de Vinhos da Península de Setúbal. Conheça o programa e os restaurantes aderentes: ESPECIAL FOGAÇA DE PALMELA 15 de janeiro | 18h00 | Igreja de S. Pedro, Palmela Cerimónia da Bênção da Fogaça 17 a 19 e 24 a 26 de janeiro | Estabelecimentos aderentes Fins de Semana Gastronómicos da Fogaça de Palmela 25 de janeiro | 10h00 | Casa Mãe da Rota de Vinhos, Palmela Workshop da Fogaça de Palmela

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FINS DE SEMANA GASTRONÓMICOS DA FOGAÇA DE PALMELA Estabelecimentos aderentes PALMELA 3.ª Geração Vila de Palmela | 212 350 152 Prato principal: Bacalhau com crosta de Fogaça Âncora & Serrano Brejos do Assa | 265 501 236 Prato principal: Bacalhau com Fogaça e castanhas Sobremesa: Cheesecake com base de Fogaça Casa do Castelo Miradouro do Castelo de Palmela | 212 333 146 Sobremesa: Cheesecake de frutos vermelhos com base de Fogaça de Palmela Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal Vila de Palmela | 212 334 398 Sobremesa: Gelado de Fogaça de Palmela Chateau Café Vila de Palmela | 212 333 208 Sobremesa: Fogaça de Palmela e Moscatel de Setúbal Culto Café Vila de Palmela | 926 578 578 Entrada: Bruschetta de Queijo de Azeitão, rúcula e Fogaça Prato principal: Bacalhau em cama de batata com crosta de Fogaça Sobremesa: Crumble de Fogaça Dona Isilda S. Brás | 212 333 255 Sobremesa: Cheesecake em base de Fogaça de Palmela O Correio Môr (encerra ao domingo) Vila de Palmela | 210 822 755 Prato principal: Bacalhau com Fogaça Sobremesa: Arroz doce com Fogaça Taverna da Ladeira Vila de Palmela | 212 332 612 Entrada: Queijo amanteigado com Fogaça Sobremesa: Serradura de Fogaça QUINTA DO ANJO Alcanena Quinta do Anjo | 212 870 150 Sobremesa: Tarte de requeijão com base de Fogaça de Palmela Casa da Pimenta Vila Amélia - Cabanas | 212 100 391 Sobremesa: Bolo de Fogaça de Palmela PINHAL NOVO O Telheiro Pinhal Novo | 212 362 244 Sobremesa: Tarte merengada com Fogaça de Palmela MARATECA Mar Até Cá - Restaurante e Casa de Chá Cajados | 962 465 120 Sobremesa: Cheesecake de frutos vermelhos com base de Fogaça de Palmela POCEIRÃO A Moagem (só serve almoços e encerra ao domingo) Poceirão | 265 990 317 Prato principal: Bife de perú panado com Fogaça Sobremesa: Serradura de Fogaça

Por João Gonçalves


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ATUALIDADE

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

Palmela Com desenho de Paulo Curto

ESCULTURA LEMBRA 10 ANOS DE PALMELA, CIDADE DO VINHO Fátima Brinca

AS CRÓNICAS DA NICHA

NÃO SEI SE DEUS É NEGRO!

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uma altura em que o Hospital de Setúbal é tema de notícias pelos piores motivos, desde a falta de assistência a agressões a profissionais de saúde, veio-me à memória uma deslocação que tive que fazer a este estabelecimento de saúde.

Uma maldita e incómoda dor alojou-se na perna esquerda, provocando-me momentos aflitivos. As dores intensas associaram-se ao pavor que tenho dos hospitais e, basta dizer, que foi a segunda vez, ao longo de 70 anos, que visitei como doente o S. Bernardo. Depois de fazer a ficha, passei pela triagem e um diligente funcionário encaminhou-me para a sala de Raio X. O jovem negro, sempre muito simpático e atencioso, talvez tenha percebido o terror que me assaltava, foi seguindo na minha frente e eu a coxear, choramingando com dores, procurava acompanhá-lo. O médico de serviço, por sinal bastante simpático, lá me fez o exame e mandou-me aguardar pelo resultado. O jovem negro voltou à minha presença, por entre macas e doentes, foi até à sala buscar o exame, para evitar mais demoras e mandou-me segui-lo novamente até ao pediatra. Antes de me deixar disse-me “vai ser já atendida pelo médico”. Eu chorosa e amedrontada agradeci-lhe dizendo-lhe “Você foi Deus que me apareceu”. O jovem olhou-me e disse com ar divertido “olhe minha senhora os americanos tiveram um Presidente negro, mas sinceramente não sei se Deus o era ou não”. Sorridente afastou-se deixando-me sem palavras. Também eu não sei se Deus era negro, mas aquele jovem foi de uma humanidade e carinho, que me deixou um bocadinho menos medrosa em relação aos hospitais. Na verdade esta Crónica serve apenas para mostrar, que nem tudo é mau no Hospital de Setúbal e apesar dos momentos turbulentos que vive existem profissionais competentes e de uma humanidade extraordinária.

Palmela inaugurou no sábado a peça escultórica evocativa do 10º aniversário de Palmela, Cidade do Vinho, na Avenida da Liberdade. A peça foi concebida pelo designer Paulo Curto

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inauguração da peça escultórica contou com a presença do presidente da Câmara, Álvaro Amaro, da presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente, dos vereadores Adilo Costa, Fernanda Pésinho, Pedro Taleço, do presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Jorge Mares, de Pedro Ribeiro, representante da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e do diretor regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, em representação da Ministra da Agricultura, José Fonseca. Depois da inauguração, o evento continuou com os discursos e brinde, na esplanada da Casa Mãe da Rota dos Vinhos. As intervenções começaram com Pedro Ribeiro, da AMPV, que considerou “ser uma iniciativa feliz de Palmela ao assinalar os 10 de Cidade do Vinho”. O dirigente lembrou “tudo começou em 2009 com a presidente Ana Teresa Vicente, que viu Palmela ser eleita a primeira Cidade do Vinho”, o trabalho “continuou com Álvaro Amaro e temos a presidência da Rede Europeia das Cidades do Vinho graças a Palmela”, garantiu. José Fonseca, da Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, destacou “o sucesso dos vinhos”, que passa pela “grande conjugação entre a inovação, a eficiência técnica e a interligação entre os municípios e a economia”.

Palmela terra de cultura, vinhos e território O presidente da Câmara, Álvaro Amaro, começou por fazer o balanço do “honroso percurso de Palmela como primeira Cidade do Vinho” e “gostávamos de ter assinalado os 10 anos em 2019, mas a pluviosidade e o Elsa, que fez alguns estragos, não permitiram que isso acontecesse”. O edil confessou “ter o sonho de ver a nível internacional Palmela reconhecida como terra de cultura, vinhos e território” e lembrou que Palmela “foi distinguida também em 2012 como Cidade Europeia do Vinho”, com “a grande evolução das nossas adegas, que já conquistaram quase duas mil medalhas”. O autarca sublinhou que “o concelho de Palmela assume-se como destino turístico”, tendo passado de “20 mil para 100 mil dormidas” com as pessoas a destacarem nas preferências “a gastronomia e os vinhos”. O evento terminou com um brinde a Palmela Cidade do Vinho, que aconteceu em 2009, que contou também com a participação da população.

Por Redação

SOCIEDADE Familiares e agentes funerários revoltados com GNR

GNR DO PINHAL NOVO NÃO PERDOA MULTAS Patrulha da GNR de Pinhal Novo imparável nos dias de velórios e funerais. Utilizadores acusam GNR de andar à caça à multa

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amiliares e empresas funerárias acusam os militares da GNR de Pinhal Novo de não serem tolerantes ao estacionamento nos dias dos velórios e de funerais, na rua da antiga estação ferroviária.

O JCP sabe que na semana passada alguns condutores foram multados e até uma empresa funerária também não escapou à emissão da multa. Segundo testemunhas no local, a viatura que transporta as urnas da capela, situada no Jardim José Maria dos Santos, até aos cemitérios, estaria a fazer o carregamento da urna para prosseguir até ao cemitério situado no Terrim, naquela vila. No mesmo local estaria também um dos carros de transporte do

Por Redação

padre, parado no acesso à capela, e duas militares que estavam de serviço começaram por abordar o condutor da viatura e informaram-no de que iriam multar o carro, por este se encontrar em cima do passeio. No entanto, as viaturas estariam num acesso rodoviário que dá acesso às instalações da Associação das Festas Populares e dos Dadores de Sangue, como também o acesso ao logradouro da Igreja e ao jardim. Nessa manhã de quarta-feira, alguns condutores terão sido autuados. As famílias dizem-se revoltadas com a situação, afirmando que só nessas alturas de velórios e funerais o patrulhamento da GNR é mais intensivo do que dos outros dias normais.


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14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

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DESTAQUES

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

PINHAL NOVO Casal vive em condições de pobreza extrema

António Correia

CRÓNICA CAROLAS-6

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ra estávamos a falar de Manuel Joaquim da Costa estávamos a falar que merece a gratidão de Palmela pelas iniciativas já relatadas na Crónica- Carolas- 5, mas também pelo precioso escrito “História das Músicas em Palmela” onde diz como nasceram as nossas Sociedades e quem foram os carolas que lhes deram origem. Referi que tinha o seu nome numa rua de Palmela, mas não é verdade; o seu filho, Lúcio Borges da Costa, sim; dele falaremos noutra altura. Não vou chamar para aqui todos os nomes que ele refere, mas vou

usar o seu texto. Depois de dizer como nasceu e foi dando os primeiros passos a Sociedade dos Loureiros, ele escreve: “Após alguns meses, encetaram-se os ensaios na casa que foi de João José Salgueiro, situada no Largo da Boa-Vista e na noite de 23 de Junho de 1853, o director expôs à Direcção que a Sociedade se achava habilitada para poder realizar a sua primeira saída podendo desde logo marcar-se o dia que deveria ter lugar A Direcção em convívio com os sócios, congratulou-se por esse facto e logo foi deliberado ser no dia de São Pedro, 29 de Junho desse mesmo ano. As manifestações de regozijo foram gerais pois que todos almejavam por essa inauguração. Efectivamente, no dia 29 de Junho de 1853 a Sociedade, envergando o seu luxuoso fardamento de veludo verde e encarnado, saiu da sede para a igreja executando pelas ruas um passo doble da composição do seu mestre, e na igreja estreou o seu hino, do mesmo autor, o que comoveu o povo até às lágrimas por ouvir na igreja tocar pela primeira vez uma música propriamente sua. … D’entre aquele punhado de beneméritos que levaram à evidência a melhor aspiração d’aquele povo, salientava-se a figura grandiosa de António Carlos dos Santos, o principal lutador para ver realizados os seus sonhos; esse grande homem de ciência (era médico) apesar da sua diferença entre os mais, não teve dúvida em se alistar como aprendiz, tornando-se colega humilde entre os seus colegas amigos. Não era menos patriota outro fundador, grande amigo desta vila (onde nasceu) o sr. Miguel Carlos Maria d’Almeida e Silva, prestimoso em tudo. Sim, as virtudes daqueles homens de bem é que levou a vias de facto esse engrandecimento para a sua terra, para os quais, com justificada razão, devia ser aquele dia um dos melhores da sua vida”. Também fala dos carolas que fundaram a Humanitária: houve uma crise na Sociedade dos Loureiros, que deu origem a uma cisão; alguns membros saíram e decidiram fundar outra sociedade. O motivo da crise foi sobretudo de ordem política partidária. Os principais “carolas” envolvidos na fundação da nova sociedade foram José Ferreira Sardinha e Francisco José Pardelha. Diz Manuel J. da Costa: “A Direção foi nomeada ficando o Sr. Pardelha na presidência e José Ferreira nomeado para diretor, como estava combinado, declarando este senhor que aceitava e agradecia…e que prestaria todos os seus serviços de graça durante um ano”. …” Houve momentos altos e divergências que levaram José Ferreira a demitir-se e “O Sr. Pardelha a afastar-se da vida ativa e política para tratar da sua saúde abalada por diversos desgostos.” E, acrescenta: ”Não deixaremos de deixar aqui registado os dotes de coração de que era dotado aquele exemplar presidente. Não queremos que tenha havido quem mais zelo sentisse pela sua Sociedade, sacrificando-se até ao impossível para que ela se apresentasse irrepreensivelmente em toda a parte …” Ficamos hoje por aqui.

CASAL VIVE EM CANIS NUMA PROPRIEDADE EM PINHAL NOVO Por Júlio Duarte

Podia ser um vizinho, amigo ou mesmo um familiar nosso, este é mais um caso de um casal que se não fosse descoberto por um popular de Pinhal Novo a sua situação de pobreza extrema não seria conhecida da sociedade civil. O vídeo foi partilhado nas redes sociais e rapidamente obteve várias visualizações, gerando ainda vários comentários de revolta e de solidariedade a um casal que está neste momento a morar em instalações que foram construídas para albergar cães e gatos numa propriedade que se localiza à saída da vila de Pinhal Novo para o Penteado. Nos poucos minutos de filmagem, o vídeo mostra as condições deploráveis em que o casal – ele de meia idade e a mulher com cerca de 70 anos – vivem. No dia em que o popular visitou o espaço, ouviu relatos de que tinham acabaPUB

Muita pobreza ainda mora envergonhada e escondida dos olhos da sociedade civil. Em Pinhal Novo um casal foi identificado num vídeo que foi partilhado nas redes sociais e que está a gerar uma onda de solidariedade. do de ser assaltados, levando mantas e almofadas. Na publicação o autor pede a ajuda de todos aqueles que queiram ajudar este casal que vive há meses naquele local sem as mínimas condições. Entretanto o casal vai vivendo naquele espaço que adotou como sendo a sua habitação até que apareça quem sabe um qualquer milagre.


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14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

03-09-2019 | Jornal Concelho de Palmela

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OMEDICOVETERINARIODOMEUMELHORAMIGOPINHALNOVO

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OMEDICOVETERINARIO


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SHOW OFF

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

EMPRESAS Casa Ermelinda Freitas

COLHEITA DE 2019 APONTA PARA GRANDES VINHOS A Casa Ermelinda Freitas continua a ser um caso de sucesso e não pára de obter prémios a nível internacional. Neste ano a adega de Fernando Pó ganhou o prémio de Melhor Vinho Português em Hong Kong e foi eleita Produtor Europeu do Ano pelo Sommelier Wine Awards (SWA) que se realiza todos os anos em Inglaterra.

O

s vinhos da colheita de 2019 serão grandes vinhos para a Casa Ermelinda Freitas e irão continuar a garantir a qualidade e o sucesso da adega de Fernando Pó. A Casa Ermelinda Freitas é uma adega de referência a nível nacional, na região e na Península de Setúbal, que se dedica à produção de vinho desde 1920. As vinhas situadas em Fernando Pó ocupam 550 hectares, em terrenos arenosos ricos em água, desempenhando um papel importante na maturação das uvas. A brisa envolvente dos rios refresca as vinhas durante os verões secos, atribuindo suavidade e elegância aos vinhos. O Castelão com 29 castas tem contribuído para que desde 1999 a Casa Ermelinda Freitas, tenha angariado mais de 1000 prémios nacionais e internacionais, onde se destacam 386 medalhas de ouro, 426 de prata e 232 de bronze.

Melhor vinho português A Casa Ermelinda Freitas ganhou o prémio de Melhor Vinho no Concurso Cathay Pacific Hong Kong International Wine & Spirit Competition 2019. Mas a adega de Fernando Pó foi também eleita Produtor Europeu do Ano pelo Sommelier Wine Awards (SWA) que se realiza todos os anos em Inglaterra. Um troféu com um sabor especial porque foi a primeira vez que esta distinção foi atribuída a um produtor de vinhos tranquilos português. Outro prémio de destaque foi atribuído pela Federação Internacional de Jornalistas de Vinhos e Bebidas Espirituosas (FIJEV) no Concurso Citadelle du Vin em Bordéus, na França.


SHOW OFF

14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

Leonor Freitas ruma ao Norte

Um ano de excelência

A empresária Leonor Freitas carateriza-se pelo dinamismo sempre na procura de fazer mais e melhor. A gerente da Casa Ermelinda Freitas saiu da zona de conforto e rumou ao Norte, onde concretizou o sonho de apostar na Quinta de Canivães, com 20 hectares de vinha, na região de Vila Nova de Foz Côa. O segundo projeto foi a aquisição da Quinta do Minho, na Póvoa de Lanhoso, que a par da produção de vinho nos 30 hectares de vinha, aposta também na recuperação da casa principal oriunda do século XVIII, que está a ser requalificada para apoiar atividades ligadas ao turismo vitivinícola. Os vinhos desta quinta já se encontram à venda em diversas superfícies comercias, com as marcas Fugaz, Gábia, Porta Nova e Campos do Minho e, brevemente serão lançados os vinhos do Douro.

O ano de 2019 está a terminar e o balanço para a Casa Ermelinda Freitas não pode ser melhor, que já atingiu cerca de 200 prémios, o que demonstra a qualidade dos vinhos produzidos numa adega com quase um século de existência. O sucesso, faz questão de destacar Leonor Freitas, “deve-se a uma equipa que connosco trabalha e aos consumidores que escolhem os nossos vinhos”. Apesar dos vinhos se encontrarem em quase todos os países, mais recentemente na Nigéria, sendo já 34 em todo o mundo, a Casa Ermelinda Freitas ainda não conseguiu implantar-se na Suécia, mas a empresária Leonor Freitas acredita que apesar de “ser um desafio difícil continuaremos a lutar para levar até ao país nórdico os vinhos do concelho de Palmela”.

Enoturismo está em fase de crescimento Os Jardins de Vinhas espalham-se em mais de 500 hectares e as 29 castas fazem parte da Vinha Pedagógica que recebe milhares de visitas, entre elas da comunidade escolar. Os visitantes têm oportunidade de assistir a todas as fases de produção na nova adega, inaugurada há um ano. Um dos espaços de referência é a Sala de Ouro, onde estão expostas as mais altas distinções e uma pequena exposição de rolhas de cortiça.

Museu dos Afetos: a Joia da coroa O emblemático espaço nasceu da pequena adega onde tudo começou. Os painéis dão a conhecer as memórias das quatro gerações de mulheres que sonharam um mundo novo e apostaram na concretização de um projeto, que orgulha Fernando Pó e o concelho de Palmela.

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CASA ERMELINDA FREITAS Contactos: Rua Manuel João de Freitas Fernando Pó 2965-595 Águas de Moura Portugal Google Maps GPS: N 38º 38' 08" W 8º 41' 40" Email: geral@ermelindafreitas.pt Tel: +351 265 988 000,+351 300 500 435 Fax: +351 265 988 004 FACEBOOK: ErmelindaVinhos INSTAGRAM: Ermelinda Wines

Por Fátima Brinca


10 NOTICIAS DO MONTIJO

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

LOCAL Transportes na discussão pública

TRANSPORTES, OBRAS E CULTURA DISCUTIDOS NA REUNIÃO CAMARÁRIA NO MONTIJO Temas como a supressão de horários e carreiras da TST, as obras na EB Joaquim de Almeida e ainda os aspectos culturais no concelho, foram alguns dos temas debatidos na primeira reunião camarária no Montijo. Supressão de carreiras leva a discussão em reunião de executivo

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primeira reunião camarária do Montijo em 2020 iniciou-se com a intervenção do presidente Nuno Canta, referindo a questão das alterações e supressões de carreiras por parte da Transportes Sul do Tejo, e com uma moção apresentada pelo vereador Ricardo Bernardes (PS) exigindo a reposição de todas as carreiras retiradas pela empresa. “Conseguimos reverter a supressão das carreiras intermunicipais 333 e 435 que a TST tinha retirado de forma unilateral” referiu Nuno Canta. “Depois de termos conhecimento destas alterações, estivemos em contacto com a AML – Área Metropolitana de Lisboa, que interveio junto da empresa e no dia 7 de janeiro estas carreiras foram repostas. Da parte da Câmara Municipal iremos continuar a lutar pela reposição de todas as carreiras e horários, e mantemos o compromisso de mobilidade para com a população, exigindo que seja cumprido o que a empresa assumiu com a AML.” “Foi com algum desagrado embora sem surpresa que assistimos à posição da TST” frisou o vereador Carlos Almeida (CDU) sobre o tema, solicitando algumas alterações ao texto da moção, e relembrando o processo que levou à introdução do passe intermodal. Para o vereador João Afonso (PSD/CDS-PP) “esta moção vale zero, e o PS tem nesta matéria uma enorme descontração política, sendo que é o PS e a CDU que estão à frente da AML, que já demonstrou ser incompetente na gestão dos transportes” criticando depois as situação dos autocarros “permanentemente avariados ou sem condições de circulação, com carreiras disfuncionais e desarticuladas com os horários da Transtejo” e também a falta de transporte municipal e de postos de carregamento de carros eléctricos.

Em resposta, Nuno Canta referiu que “em algumas coisas tem razão, mas noutras exagera, e em algumas das nossas preocupações o PSD nem sequer nos acompanhou. Sobre o estado dos transportes, isso tem a ver com políticas de desinvestimento durante anos, e por isso as autarquias da AML assumiram investir no transporte público”.

Obras na EB Joaquim de Almeida A vereadora Maria Clara Silva (PS) interveio para explicar a demora nas obras da Escola Básica Joaquim de Almeida, “que estava prevista decorrer em 270 dias, terminando a 23 de Dezembro de 2019. No entanto, o empreiteiro veio solicitar uma prorrogação do prazo, alegando que foi feita uma alteração ao projecto do refeitório, o que não é verdade e por isso não aceitámos. No dia 27 de Dezembro tivemos uma reunião com o empreiteiro, Nelson Teodoro, e com os engenheiros da câmara, e iremos ter nova reunião na sexta-feira para avaliar a situação, embora a empresa tenha garantido que irá fazer um forcing para acelerar as obras. Da nossa parte iremos imputar-lhes as responsabilidades do não cumprimento, até porque a autarquia também terá de solicitar uma prorrogação relativamente aos apoios do Programa 2020, uma vez que a obra estava orçamentada para 2019.” A vereadora garantiu que o atraso das obras não irá prejudicar os alunos “que vão continuar a ter as refeições como até agora, embora isso signifique um maior peso logístico para os funcionários da Câmara para garantir a distribuição destas.”

Limpeza urbana, segurança e cultura Ainda no período antes da ordem do dia Carlos Almeida apresentou alguns assuntos colocados por munícipes, entre eles a falta de segurança nas piscinas municipais devido a furtos nos cacifos e também “a falta de resposta por parte da estrutura do município quando recebem estas queixas, o que foi o caso, e que é um direito do cidadão”. O presidente referiu que “esse tipo de situações nas piscinas não é comum, posso até dizer que se terá tratado de um caso excepcional, embora a Câmara Municipal tenha de responder por isso, e por isso tenho de me penitenciar”. O vereador comunista referiu ainda os problemas sobre a higiene e limpeza dos espaços públicos, “que foi até referido pelo presidente que seriam deposições articuladas e organizadas” o que levou Nuno Canta a frisar que “não vamos desistir de punir quem prevarica colocando o lixo fora dos contentores ou lixos que não pertencem ali”, e aproveitou ainda para elogiar “os trabalhadores dos serviços durante o período das Festas que foram impecáveis na limpeza urbana”. A vereadora Ana Baliza (CDU) solicitou explicações sobre a queda de um eucalipto na EB D. Pedro Varela “e se há algum relatório sobre a situação de árvores e situações de perigo”, respondendo Nuno Canta que “a gestão dessa escola passou em Janeiro para a Câmara, mas temos realizado um trabalho de levantamento para garantir a segurança. A situação teve a ver com a passagem de uma tempestade, e felizmente caiu para a estrada. Sobre os relatórios temos a informação da Proteção Civil.” Na sua intervenção João Afonso apresentou

um artigo de opinião publicado num jornal local, de Elídio Massacote, director pedagógico do CRAM – Conservatório Regional de Artes do Montijo, criticando as participações da iniciativa ‘Natal com Arte’, ao que Nuno Canta respondeu que “sendo director dessa instituição, devia de colocar o lugar à disposição depois do que disse, porque ao CRAM cabe grande responsabilidade na contribuição do aspecto cultural no concelho e que eu saiba não foi proposto por ele qualquer programa ou espectáculo que tenha sido recusado.” As vereadoras Sara Ferreira e Maria Clara Silva defenderam a posição da Câmara na área cultural e a programação do ‘Natal com Arte’, criticando ainda a “esporádica presença do vereador João Afonso nessas iniciativas”, e quanto ao professor Elídio Massacote “terá sempre um posicionamento crítico relativamente ao que o PS faz, pela sua posição política, e não responde pela posição do povo do Montijo”. No período aberto à população interveio apenas Fernando Eusébio, presidente do Clube Desportivo Cultural e Recreativo Os Unidos, que desejou um Bom Ano Novo ao executivo e fez uma retrospectiva do clube durante 2019, em termos de atletismo e com a introdução da modalidade de raguebi. "Mas Os Unidos vão precisar de ajuda em 2020, que será o ano do tudo ou nada, e podemos vir a lançar o clube para a ribalta, porque temos grandes projectos, e o que trouxermos para o clube, será também para o Montijo. No entanto apelo a uma ajuda extra da parte da Câmara e da Junta."

Por Carmo Torres


14.01.2020 Jornal Concelho de Palmela 24.09.2019 | Jornal| Concelho de Palmela

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NOTÍCIAS DE SETÚBAL

Jornal Concelho de Palmela |14.01.2020

CULTURA Interprete nasceu em 1753 e foi lembrada por autarcas

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Avenida que lhe dá nome e honrarias foi palco de uma homenagem a um dos maiores vultos culturais com a deposição de flores na glorieta. O vereador da Cultura de Setúbal, Pedro Pina, depositou as flores em representação de todos os setubalenses pelo orgulho no seu percurso profissional que “depois de mais de dois séculos, continua a deixar rasto elevado por toda a Europa”, enalteceu. A memória viva da artista é reflexo de toda a sua trajetória na música clássica do século XVIII que perpetua a seu nome há mais de dois séculos. Na cerimónia estiveram presentes os presidentes da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e do Coral Luísa Todi, Luís Fernandes, e representantes da direção da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Rui Farinho, e da Universidade Sénior de Setúbal, Maria do Carmo Branco. A indicativa contou ainda com o comandante da Companhia

Setúbal comemora nascimento de Luísa Todi de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, e representantes do Centro de Estudos Bocageanos, do Rotary Clube de Setúbal, do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida e da Força Aérea Portuguesa. As celebrações do nascimento da cantora lírica encerram hoje com a apresentação do romance biográfico “Minha Irmã Luísa Todi”, de Maria Helena Ventura, nos Serviços Centrais da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.

O marco do 267.º aniversário da cantora lírica foi assinalado na passada quintafeira com uma homenagem.

Autarcas e convidados lembraram cantora lírica Por João Gonçalves

INVESTIMENTO Conde Monte Cristo é o novo proprietárioSetúbal

Palácio da Comenda foi vendido a aristocrata estrangeiro

Conde Monte Cristo é o novo proprietário do Palácio da Comenda.

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uitas são as histórias em volta do tão afamado Palácio da Comenda, propriedade que esteve nas mãos do conhecido empresário de construção civil, António Xavier de Lima, e onde morou algum tempo com a sua família, mas este acabaria por abandonar o palácio e a propriedade que se situa em pleno Parque Natural da Serra da Arrábida, em Setúbal. O Palácio da Comenda que foi construído em cima de uma rocha e junto à praia com o mesmo nome, tem algumas histórias de arrepiar, há quem acredite que o edifício está possuído de histórias de um autêntico filme de terror, algumas vozes falam que 4 homens estavam a jogar às cartas na cave e mataram-se uns aos outros no fim de jogarem. Há quem afirme que consegue ver um vulto numa das janelas virada para a praia, e que se consegue ouvir barulhos debaixo da casa, o que se resta é que o edifício é vendido segundo documentos

em 1848 por D. Maria, Rainha de Portugal. Pelo palácio passaram nomes como a viúva de John F. Kennedy – 35º Presidente dos EUA que foi morto em 1963, refugiando-se na Arrábida a convite dos condes D’ Armand. Uma obra arquitetónica que estava à venda desde 2009, o edifício foi agora adquirido por um aristocrata estrangeiro e ator (James Caviezel), Conde Monte Cristo, que desembolsou cerca de 50 milhões de euros pelo edifício e pelos 600 hectares de quinta que estão espalhados pela serra da Arrábida. As obras já são visíveis no local e servirá para habitação do novo proprietário que irá usufruir dos 26 quartos existentes e do acesso privativo à praia.

Por Miguel Garcia

Chama-se Conde Monte Cristo e é o novo proprietário do imóvel que esteve anos ao abandono e a saques. O aristocrata estrangeiro iniciou no início do ano a obra de requalificação que dá nova vida ao Palácio da Comenda. James Patrick Caviezel, Jr. (Mount Vernon, 26 de setembro de 1968) é um ator estadunidense. Em alguns filmes nos créditos aparece Jim Caviezel e em outros James. Iniciou sua carreira em 1991, no filme My Own Private Idaho, o qual lhe rendeu o cartão Screen Actors Guild. Não conseguindo alcançar fama, decidiu se mudar para Los Angeles, onde poderia ter maiores oportunidades de reconhecimento. Logo depois, em 1992, apareceu na série de televisão The Wonder Years. Alcançou algum sucesso como o Soldado Robert Witt no filme The Thin Red Line (1998), um drama de guerra referente a Segunda Guerra Mundial. Ganhou notoriedade em 2004 ao interpretar Jesus no drama épico A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson, por sua atuação foi indicado ao Prêmio MTV Movie de Melhor Ator e venceu o prêmio MovieGuide Grace de Melhor Performance em Filmes. Em 2011, interpretou John Reese na série televisiva Person of Interest, até o seu término em 2016, sendo nomeado ao People's Choice Awards para o Ator Dramático de TV Favorito. Seu outro sucesso foi no filme Escape Plan (2013), como Willard Hobbes. No ano de 2018, Caviezel atuou em mais um filme bíblico, desta vez interpretou Lucas, apóstolo de Jesus em Paul, Apostle of Christ. Jim é casado com Kerri Browitt desde 1996, ela é professora de inglês. Ela e o ator adotaram três crianças da China, as quais sofriam de câncer.


14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

Lixo, monos e falta de civismo

Alertas & Recados estão de regresso

ALERTAS & RECADOS

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Um novo ano começou com muitas situações a repetirem-se pois a mudança aconteceu apenas no calendário. Pouco ou nada mudou em relação aos monos e sacos de lixo junto aos contentores e a falta de civismo, que continua a “atacar” os edifícios municipais. Mas refira-se que os munícipes parecem mais atentos e vão denunciando diversas situações. Mas vamos aos alertas & recados desta semana.

Lixo continua a ser imagem de marca

Mais e melhor fiscalização

O lixo continua a acumular-se junto aos contentores, como quisesse ser a imagem de marca (degradante) do concelho. Nesta caso a situação acontece no Pinhal Novo com o munícipe António Campos a lançar um alerta pertinente, onde manifesta “enorme revolta”, porque “certa gente continua a emporcalhar a nossa terra”. Este leitor mostra-se “profundamente triste” porque “considero que a minha terra não merece tais atitudes”.

Também Isilda Carreira lamenta ver o “meu lindo Pinhal Novo a ser vítima de gente que não respeita o ambiente e dá uma imagem de uma terra que merece todo o respeito”. Esta leitora envia-nos a fotografia da situação que lhe provocou “um enorme mau estar”. Para esta leitora a câmara “tem que apostar em mais e melhor fiscalização, pois quem suja tem que pagar”.

Amarsul acusada de “roubar” passeios

É preciso caçar os “vândalos”

O munícipe José Faria lança um alerta pertinente e apela à intervenção da Câmara. O morador no Pinhal Novo começa por interrogar-se “afinal o que quer a Amarsul fazer na vila de Pinhal Novo?” e acrescenta “fazerem-nos prisioneiros de uma reciclagem que dá milhões a ganhar a uma empresa privada?”. A Câmara Municipal de Palmela, interroga, “sabe o que se passa? Se sabe é conivente com este "assalto" ao espaço público?” Na foto de José Faria o munícipe pergunta: “os passeios fizeram -se para os peões ou para ‘plantar’, indiscriminadamente, contentores?” e não deixa de lembrar “se um automóvel estiver estacionado em cima do passeio é (e muito bem) multado porque os passeios são para os peões”, mas “agora o que vão fazer?” José Faria conclui “tudo tem os seus limites. Haja vergonha”.

A Biblioteca é um edifício de referência no centro da vila de Pinhal Novo e devia ser estimado como tal. No entanto, apesar do esforço dos artistas da Associação Os (In) diferentes há quem entenda destruir o seu trabalho com riscos e frases sem nexo. Maria José Santos, residente em Setúbal, veio assistir à exposição do alfaiate Víctor Gaspar e não se conteve “que pena destruírem uma pintura tão bonita”. A visitante reconhece que infelizmente “há vândalos em todo o lado”, mas não deixa de reconhecer “é impossível a qualquer câmara manter os edifícios públicos limpos desta ‘epidemia’ de vandalismo e a nós resta-nos lamentar tais atitudes”.


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CULTURA

Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020

PINHAL NOVO Academia existe desde 2004

PINHAL NOVO Acervo de Vítor Gaspar em destaque

Cabanas proporciona música para todas as idades

Exposição “O Alfaiate” no Auditório Municipal de Pinhal Novo A mostra que inaugurou sexta-feira ficará patente até 28 de fevereiro.

Auditório Municipal recebe a arte da Alfaiataria numa exposição memoriável A Academia Classic’Art Piano vai apresentar a Gala de Ano Novo, no dia 19 de Janeiro e devido ao número de alunos, será realizada em duas partes, às 11h00 e às 15h00, no Auditório Municipal do Pinhal Novo. Mafalda Casmarrinha é a responsável pela instituição, que tem instalações nas Cabanas e Setúbal, que desenvolvem as áreas de piano, guitarra clássica e elétrica, canto e violino.

Por Fátima Brinca

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Gala de Ano Novo da Academia Classic’Art Piano e da nova Classikceremony, irá realizar-se a 19 de Janeiro, às 11h00 e às 15h00, no Auditório Municipal de Pinhal Novo. Os 100 alunos terão a oportunidade de apresentar à comunidade o trabalho realizado, num momento de partilha musical, convívio e boa disposição. O projeto da Classic’Art Piano contempla alunos de todas as idades, desde os três anos, que queiram aprender música e realizar o sonho de tocar. A Academia é certificada pelas escolas Abrsm e Rock School Music, possibilitando aos alunos certificados a nível internacional, pendendo assim desenvolver uma carreira musical profissional.

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ma viagem pelo mundo da alfaiataria, deambulando ao sabor das histórias, a partir da coleção particular do alfaiate aposentando Vítor Gaspar, pode ser visitada gratuitamente, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 19h00, e ao sábado, das 14h00 às 19h00, mantendo-se encerrada aos feriados. O Foyer do Auditório Municipal de Pinhal Novo até 28 de fevereiro ganha assim uma nova vida com instrumentos de trabalho de alfaiataria como tesoura, linha de alinhavar, livro de medidas, entre outros, bem como tecidos, fatos do autor e fotos que retratam momentos importantes da sua vida. Paralelamente, a mostra vai dar a conhecer a história da alfaiataria, da ascensão à queda, numa oportunidade para refletir sobre a indústria têxtil, os Direitos Humanos e a sustentabilidade. Vítor Gaspar, alfaiate de ofício e paixão, nasceu em Setúbal, em 1934. Foi a profissão da mãe, costureira, que o fez despertar para estar arte. Ainda em criança, em Lisboa,

trabalhou como aprendiz em várias alfaiatarias. Os conhecimentos que foi adquirindo, através da leitura ávida de revistas técnicas e da prática profissional, permitiram-lhe, aos 21 anos, ser já contramestre numa alfaiataria. Foi nesta altura que decidiu estudar para a única escola oficial do país, a Academia Maguidal, onde frequentou o curso de Corte de Vestuário de Homem e, no ano seguinte (1958), concluiu o curso de Vestuário Género Alfaiate para Senhoras. Em 1958, em Setúbal, inaugurou a Alfaiataria Vítor Gaspar conhecida como uma das melhores da cidade e transformou-se rapidamente num sucesso com clientes a aguardar três meses por um fato. A expansão do pronto-a-vestir encerrou as portas do atelier, em 1989, dedicando-se posteriormente à pintura, escrita e a ministrar palestras em escolas. A exposição é organizada pela Câmara Municipal de Palmela e por Vítor Gaspar, com o apoio do Victoria & Albert Museum.

Por João Gonçalves


SEMANA DESPORTIVA

14.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela

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FUTEBOL Com sabor a vitória

FUTEBOL Juniores sobem ao terceiro lugar

Pinhalnovense empata em casa do Oriental

Equipa de Jaime Margarido continua imparável

A equipa liderada por Luís Manuel foi empatar por duas bolas no campo do Oriental.O Pinhalnovense enfrentou uma equipa sempre difícil mas o empate foi conseguido com os golos de Nico e do ponta de lança Diego Zaporo. O Pinhalnovense subiu ao 6º lugar da tabela com menos 10 pontos que o líder Olhanense.

A equipa de Juniores do Pinhalnovense subiu ao terceiro lugar com a vitória alcançada no campo do União de Santiago. O Pinhalnovense ganhou por quatro bolas a duas com golos de Tiago Correia, que bisou na partida, Telmo e Sérgio. No próximo sábado, a equipa de Juniores joga com o Amora B, no campo Santos Jorge.

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epois de ter começado este ano a perder, o Pinhalnovense foi ao campo do Oriental para tentar inverter os resultados negativos com as equipas do Olhanense e do Louletano. Mas se a equipa azul e branca não conseguiu os três pontos, foi a mais aguerrida ao conquistar um empate. A partida terminou com um empate a duas bolas com golos marcados por Nico e Diego Zaporo. O Pinhalnovense subiu ao 6º lugar com 30 pontos, menos seis que o atual líder Olhanense.

No próximo domingo o Pinhalnovense tem mais uma deslocação difícil ao campo do Real.

Olímpico afunda-se na tabela A equipa do Olímpico voltou a perder pontos em casa e desceu para o 13º lugar com 16 pontos. O plantel montijense perdeu por uma bola a três com o Alverca. No próximo domingo o Olímpico recebe o Sacavenense.

Por Fátima Brinca

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epois de um período menos favorável a equipa de Jaime Margarido puxou dos galões e tem imposto goleadas aos seus adversários. Os Juniores ocupam agora a terceira posição da tabela classificativa, com 24 pontos, menos seis que o líder Alcochetense. O Pinhalnovense jogou no Campo do União de Santiago, onde impôs uma derrota de quatro bolas a duas à equipa da casa, com golos da equipa azul e branca de Tiago Correia, que bisou na partida, de Telmo e Sérgio.

No próximo sábado, o Pinhalnovense defronta o Amora B, no Campo Santos Jorge.

Palmelense com mais uma derrota O Palmelense depois de perder o dérbi concelhio com o Pinhalnovense sofreu nova derrota frente ao Amora B por duas bolas a uma e ocupa agora o 9º lugar com 15 pontos. No próximo sábado a equipa de Juniores do Palmelense recebe o Sesimbra, no Campo Cornélio Palma. Por Redação

ÁGUAS DE MOURA No dérbi concelhio

PALMELA Sesimbra com dois golos sem resposta

Águas de Moura levou a melhor frente ao Lagameças

Palmelense sofre mais uma derrota

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DR

Distrital da II Divisão continua ao rubro, com o líder Águas de Moura a sentir-se mordido nos calcanhares pela equipa da Quinta do Conde, que tem apenas menos um ponto. Mas a grande surpresa continua a ser o Águas de Moura, que continua invicto e ganhou o dérbi concelhio frente ao Lagameças. No campo do Olival, numa tarde de sol mas com muito frio à mistura, os homens da casa ganharam por duas bolas a uma frente a um Lagameças muito aguerrido e a querer ser a surpresa da jornada. O Quintajense voltou a ser surpreendido

Apesar da excelente réplica do Lagameças, o Águas de Moura foi mais forte no dérbi concelhio vencendo por duas bolas a uma, no Campo do Olival. O Quintajense perdeu pela margem mínima com o Melidense. em casa, onde perdeu pela margem mínima de uma bola a zero, frente ao Melidense. O Águas de Moura continua a liderar a tabela classificativa com 33 pontos, enquanto o Lagameças ocupa a 7ª posição com 19 pontos e o Quintajense tem 11 pontos e está no 14º lugar. No próximo domingo, o Águas de Moura ruma ao campo do Monte da Caparica, o Quintajense vai defrontar o União Banheirense e o Lagameças joga em casa do Zambujalense.

Por Fátima Brinca

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equipa de Duarte Machado ocupa agora o 11º lugar, fruto da derrota por duas bolas a zero frente ao Sesimbra, no Campo Cornélio Palma. O líder Oriental Dragon venceu o Beira Mar de Almada em casa por seis bolas a duas e é cada vez mais primeiro

com 32 pontos. O Palmelense no próximo domingo volta a jogar no campo Cornélio Palma onde defrontará o Alfarim.


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Jornal Concelho de Palmela | 14.01.2020


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