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MERCADO
Abril 2019
SETOR SUCROALCOOLEIRO ESTÁ NOS PLANOS DE CRESCIMENTO DA TÓPICO PARA 2019 ARQUIVO
Líder nacional no segmento de infraestrutura flexível para armazenagem e cobertura - com mais de 65% do market share - a Tópico comemora 40 anos e celebra a data com uma meta agressiva: expansão de 50% em relação à 2018 com foco principal nos setores de açúcar e fertilizantes, logística e automotivo. Destes, o sucroalcooleiro se destaca por conta do volume da safra 2019/2020 – que prevê 32 mi de toneladas. Com a produção a passos largos e o escoamento não necessariamente no mesmo ritmo, investir em armazenagem é essencial. Escolher uma estrutura que atenda às necessidades do produto e que possa ser instalada em curto espaço de tempo se torna estratégico em um mercado volátil. E é aí que a Tópico se diferencia frente à concorrência. Por serem instalados num prazo de 15 a 30 dias, os galpões modulares e flexíveis conseguem atender rapidamente à necessidade dos produtores, que precisam lidar com mu-
danças no preço de commodities, sazonalidades de safra e estratégias de armazenagem para venda futura. As estruturas são moduladas de acordo com a necessidade do cliente
e conservam a integridade do produto até o escoamento. “As usinas precisam de pronto atendimento e temos a opção ideal: somos rápidos, atendemos os requi-
sitos de qualidade e oferecemos a flexibilidade que permite aos fornecedores lidar melhor com as incertezas do mercado. Nossas estruturas podem ter o layout dimensionado de acordo com a demanda e volume”, pontua o diretor Comercial, Sergio Gallucci Parisi. Os galpões flexíveis são feitos em aço e lona importada de alta durabilidade. Também há soluções revestidas de zinco. A estrutura garante melhor conforto térmico, menor concentração e condensação de gases tóxicos e permite a realização de estocagem no modelo first in/ first out. Tem maior capacidade de armazenamento, melhora na produtividade e flexibilidade para alterar a configuração depois de instalado, além de não utilizar energia elétrica e entregar melhor retorno financeiro e menor custo total de aquisição. A Tópico atua no mercado sucroalcooleiro em parceria com grandes companhias do setor, como a Tereos Internacional e a Zilor.
MECANIZAÇÃO: O RELEVO NÃO É MAIS OBSTÁCULO EM PERNAMBUCO Adaptações criam ambiente favorável para as Colhedoras no corte da cana ARQUIVO
A mecanização da lavoura canavieira é um caminho sem volta. Mesmo em Pernambuco, onde 70% da topografia das áreas cultivadas é considerada ondulada e de inclinação elevada, as colhedoras têm mostrado bons resultados. Dados do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do estado (Sindaçucar – PE) apontam que as empresas sucroenergéticas têm investido na introdução de novas tecnologias de corte, carregamento e transporte de cana. Tanto que foi criado, pela entidade, o Fundo de Tecnologia com o objetivo de desenvolver e adaptar equipamentos que sejam economicamente viáveis e atendam a diversidade topográfica da região. A iniciativa já visitou sete países e investiu R$ 5 milhões em pesquisas. “Cerca de 30% das atividades de colheita podem avançar para apri-
moramentos em mecanização, sendo a atual mão-de-obra deslocada e aproveitada em outras funções nas empresas. A compatibilização mais equilibrada das atividades manuais com aquelas de tecnologia de mecanização é essencial para a manutenção da atividade em Pernambuco”,
ressalta o presidente do Sindaçucar, Renato Cunha. A Usina Ipojuca tem buscado se adaptar a essa nova realidade. Com 90% da área acidentada, a empresa investiu na Colhedora modelo Case A-4000. “A troca dos pneus por esteiras pode permitir que o equipamento opere em terrenos com até 15% de declive”, explica o agrônomo Marcos Vinícius Lins e Silva. E os números falam por si. Os dados da safra de 2018/2019 da Ipojuca apontam que o equipamento foi responsável pela colheita de 15% da área própria cultivada. “O volume diário da máquina equivale a produção média de setenta homens”, complementa o gerente agrícola Jorge Dutra. A empresa pretende manter os investimentos. “Adaptar as tecnologias a nossa realidade topográfica pode ser um caminho para tornar a
atividade mais produtiva e o processo fabril mais eficiente e competitivo”, pontuou o diretor-superintendente da empresa, Marco Antônio Dourado. Para o diretor-presidente da Usina Ipojuca, Francisco Dourado, a introdução das colhedoras não substitui a mão-de-obra do cortador de cana. “As inovações surgem para facilitar o trabalho humano. Nossa topografia não permite a substituição da mão-de-obra humana pela mecânica como já acontece em regiões do Centro-Sul”, reforça, sugerindo novas adaptações: “Uma ideia é trabalhar sem os transbordos, deixando a cana em montes de tamanhos maiores que a carregadeira convencional pode apanhar e finalizar a colheita. As esteiras seriam colocadas na parte traseira das colhedoras para que essas sejam melhor aproveitadas no Nordeste brasileiro”.