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revolucionar gerenciamento de OITs para computadores de bordo Em busca de estabilidade, produtores de cana do Centro-Sul
Datarain Consulting AWS/Amazon e Axiagro querem revolucionar gerenciamento de OITs para computadores de bordo
Bruno, da Datarain Consulting, Ariel e Flávio da Usina São Domingos e Rodrigo, da AxiAgro
A 5ª edição do Seminário de Inovações da UDOP realizado nos dias 22 e 23 de novembro em Araçatuba,SP,foi o palco para um anúncio que promete revolucio− nar o gerenciamento de dados nas operações agrícolas das usinas.
A Datarain Consulting (AWS/ Amazon), provedora de web services e a Axiagro, que disponibiliza ao setor soluções de tecnologia e inteligência para extrair a máxima performance das operações agrícolas trabalha− rão juntas para revolucionar o gerenciamento de OITs para computadores de bordo.
O anúncio foi feito por Bru− no Barros, da Datarain Consul− ting durante palestra proferida por ele no evento. O Projeto vi− sa a construção de uma moderna tecnologia de gerenciamento de OITs para os já avançados com− putadores de bordo da AxiAgro.
De acordo com Barros, a tecnologia prevê comunicação de altíssima velocidade de pro− cessamento porque usará a tec− nologia AWS Lamdba, com es− calabilidade automática de de− manda de serviços e servidores. Trata−se da mais moderna tec− nologia de desenvolvimento existente no mercado.
Com o uso dessa tecnologia é possível obter maior velocida− de e escalabilidade na gestão de dados – estruturados ou não es− truturados. Além de garantir uma análise de dados com maior integração com as soluções de Data Analytics e Data Science, com acesso aos dados em qual− quer momento e de forma si− multânea.
Além disso, existem os be− nefícios de uma arquitetura Ser− verless.Tudo isso proporcionan− do mais eficiência, agilidade de inovação e gerenciamento sim− plificado.

Em busca de estabilidade, produtores de cana do Centro-Sul começam a apostar na irrigação
Consultor avalia que a irrigação não deve ser vista apenas na questão da produtividade, mas também para diluir os custos de todas as operações
Ainda distante de ser a panaceia, que vai resol− ver todos os problemas do canavial, a irrigação vem superando mitos e vai ganhando força entre os pro− dutores de cana que buscam além de expandir, as− segurar a tão almejada estabilidade na produção. Os projetos, antes restritos à região nordeste, passam a migrar para região Centro−Sul, onde usinas e pro− dutores já sinalizam investimentos em sistemas ba− seados na irrigação.
“Esse fato pode ser claramente observado com a entrada de grandes empresas do setor no mercado de irrigação e de uma maneira muito agressiva. O que vem demonstrando que finalmente o segmento vol− tou os olhos para a irrigação ” , afirma Carlos San− ches, diretor de marketing Mercosul da Netafim.
Segundo ele, a irrigação passou a estar na pau− ta das usinas e fornecedores. “O mercado do Nor− deste é mais maduro para esse trabalho de irrigação, onde já temos 15 usinas.A Netafim, porém, preten− de escalar o mercado de cana do Centro−Sul. Atualmente grandes grupos como Raízen, Bevap, Alta Mogiana fazem parte do nosso processo ” , in− formou Sanches.
De acordo com o diretor, as usinas vão expan− dindo o programa. “Colocam a irrigação como pro− jeto piloto, e aí vem a expansão, com as áreas irriga− das crescendo a cada ano. Portanto, muito mais im− portante que o número de usinas é a expansão que suas áreas vão alcançando ” , alegou.
Para Sanches esse crescimento se deve aos ex− pressivos aumentos de produtividades registrados com o a utilização do sistema. “Claro que a pro− dutividade depende do ambiente de produção, mas a gente costuma comparar a cana irrigada final de safra, com uma de sequeiro de final de safra. A produtividade aumenta na média de 50 a 60 to− neladas por hectare. É um incremento bastante expressivo. E não estamos falando só de água, e sim de água mais nutrição, ou seja, você aproveita o sistema de irrigação para fazer uma boa nutrição
da cana ” , acrescentou.
E os investimentos continuam crescendo.A Te− reos deu início a um projeto piloto de irrigação por pivô central de seus canaviais em duas de suas uni− dades –Vertente (Guaraci) e São José (Colina), am− bas no noroeste do estado de São Paulo.
A operação visa incrementar a produtividade no campo – estima−se um ganho de 20 toneladas por hectare de cana – além de atenuar o impacto dos períodos de seca. O sistema de irrigação piloto con− tará com dois pivôs centrais que cobrem cerca de 250 hectares de plantio próprio.
Complementado pela fertirrigação, que consis− te na aplicação de água residuária junto à vinhaça nos canaviais, o projeto de mitigação de déficit hí− drico da companhia alcançará 40% da área de plan− tio de cana−de−açúcar.
As duas unidades escolhidas para iniciarem o projeto foram selecionadas por conta da maior dis− ponibilidade hídrica das suas regiões, localizadas próximas aos rios Pardo e Grande, garantindo o uso racional do recurso pelas operações da empresa.
“Nos dois últimos anos, nossa região enfrentou um longo período de estiagem, com a pior seca em 90 anos na última safra. Dessa forma, as medidas de irrigação e fertirrigação são cada vez mais impor− tantes para garantir a produtividade dos nossos ca− naviais ” , comenta Everton Carpanezi, superinten− dente de Operações Agroindustriais da Tereos.
Cassio Paggiaro, da Usina Santa Adélia disse que “ a irrigação traz a possibilidade de ganhos para áreas de sequeiro, deslocando essas áreas para onde elas fo− rem mais produtivas.Trata−se de uma ferramenta de manejo, que assegura também, segurança empresa− rial. Vamos implantar 1.300 ha de gotejamento em 2024 para colher em 2025 , informou.
Já a BEVAP Bioenergia tem investido num grande projeto de irrigação. Somando áreas próprias e de fornecedores, são 30 mil hectares de cultivo de cana−de−açúcar, com mais de 150 pivôs.
Além disso, conta também com irrigação por gotejamento, sendo a única do setor com 100% de irrigação plena (manejo frequente de água durante o ciclo da cultura, em quantidade e local exatos do cultivo da cana), se diferenciando do tradicional ma− nejo de salvação (realizado para evitar que a lavou− ra sofra o estresse hídrico).
Isso é relevante considerando que, segundo da− dos da Agência Nacional de Águas (ANA), excluin− do a fertirrigação (aplicação da vinhaça sobre o so− lo), apenas 6,7% dos mais de 11 milhões de hecta− res de cana no Brasil são efetivamente irrigados em qualquer uma das modalidades existentes.
O projeto BEVAP foi concebido e está estra− tegicamente posicionado numa região que apre− senta relevo plano, com diversidade de solos, boa disponibilidade de recursos hídricos, características climáticas ideais para o cultivo da cana−de− açúcar, mas marcadas por longos períodos de estia− gem. Por isso, a Bevap, desde sua concepção, tem investido em projetos de irrigação automatizados e de alta tecnologia.
“A irrigação está no DNA da empresa, que nas− ceu com propósito de operar com irrigação total− mente plena. Nossa busca incansável por inovação resultou no investimento do Irriger Connect e Cogni, programas pioneiros no manejo e gerencia− mento de irrigação para uso racional de água e energia elétrica na cultura da cana−de−açúcar, pro− porcionando Lâmina de água na quantidade e mo− mento certos, com maior eficiência na aplicação, sem desperdício dos recursos hídricos ” , explica Arturil− do Apelfeler, especialista no assunto e que ajudou a desenvolver e implementar os sistemas de irrigação na BEVAP.
O correto manejo cultural integrado para cada de variedade de cana plantada, também foi deter− minante para o alcance de resultados satisfatórios.
“O trabalho da empresa está colocando o No− roeste de Minas Gerais no mapa dos mais importan− tes polos de bioenergia do país. Prova disso é o au− mento de sua capacidade de moagem nos últimos anos, a qual atingiu cerca de 3 milhões de toneladas de cana, podendo chegar a 4,5 milhões de toneladas (capacidade instalada) de cana por safra ” , comenta a
empresa.
Usinas do Nordeste que já estão mais familiari− zadas com o sistema de irrigação seguem investin− do. Instalada no município de Juazeiro, na Bahia, a Agrovale é a única usina no semiárido brasileiro, com 100% de área plantada completamente irrigada, sen−
