OJB EDIÇÃO 50 - ANO 2023

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ANO CXXII EDIÇÃO 50 DOMINGO, 10.12.2023

R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

“A Bíblia é mais atual do que o jornal que irá circular amanhã” Billy Graham

DIA DA

BÍBLIA

segundo domingo de dezembro

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Mulheres Batistas da América Latina

Capacitação internacional

103ª Assembleia

Mais de 3000 crianças

União Feminina da América Latina promove congresso quinquenal na Bolívia

Convenção Batista Mineira realiza 1ª Academia Internacional nos EUA

Convenção Batista Brasileira divulga programa do seu encontro anual

SIB em Barra do Piraí -RJ apresenta musical infantil para escolas da cidade

pág. 08

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REFLEXÃO

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EDITORIAL

Como celebrar o Dia da Bíblia

Você e sua Igreja podem organizar Sua Palavra a todos nós e do valor que a celebração que mais combinar com ela tem na vida das pessoas. a sua comunidade local. A seguir, apresentamos algumas sugestões: Maratona de leitura bíblica Culto especial Promova um culto especial para celebrar a Palavra de Deus o Dia da Bíblia. Nesses cultos, lembre-se do grande amor de Deus ao entregar a

bíblica. Pessoas são escaladas para darem continuidade à leitura, e ela só é interrompida quando se completa a leitura de toda a Bíblia.

Você pode realizá-la de duas forJovens e crianças mas: A primeira opção é ler textos completos para a sua audiência. EscoIncentive os jovens e as crianças a lha um livro da Bíblia e leia-o durante a se envolverem com a Causa da Bíblia. programação. Outra opção é promover Eles podem promover ações nas reuma maratona ininterrupta de leitura des sociais para falar do Dia da Bíblia,

arrecadar fundos para apoiar a distribuição bíblica no Brasil e no mundo e promover desafios entre seus amigos para compartilharem a Bíblia. O importante é incentivar que os jovens e as crianças usem a criatividade para celebrar a Palavra de Deus. n Extraído e adaptado do site da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB): www.sbb.org.br

( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA


REFLEXÃO

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BILHETE DE SOROCABA

Já leu todos esses livros?

Pr. Julio Oliveira Sanches Já ouvi essa pergunta centenas de vezes. Ao entrarem em meu gabinete pastoral, as pessoas revelam curiosidades pela quantidade de livros existentes nas estantes. “O senhor já leu todos esses livros?”. A resposta é: “Não!” Por que tantos livros então? A explicação é sempre a mesma: “Não há biblioteca especializada na cidade para consultas”. Fui obrigado, no exercício do ministério, a montar minha própria biblioteca. Os livros foram adquiridos seguindo um critério específico: auxiliar nas pesquisas concernentes ao ministério pastoral. Algumas centenas já foram lidos, relidos e anotados várias vezes. Outros são livros de pesquisas, necessários no exercício do ministério pastoral. Alguns são especiais. Marcaram a minha caminhada com Cristo. Servem de inspiração e ânimo nos momentos

confusos. Foram presentes de amigos. Há várias Bíblias em traduções diferentes, que são cotejadas na preparação das mensagens e estudos bíblicos. Não saberia conviver sem a presença desses amigos silentes. As Bíblias, usadas nas aulas de Novo Testamento, no Seminário, bem assim a Bíblia em hebraico, do amado e inesquecível professor Purim, com sua característica especial. Não há como esquecer o professor de história eclesiástica José dos Reis Pereira. Alguns desses livros são especiais, marcaram o meu ministério e caminhada com Cristo. Servem de inspiração e ânimo nos momentos confusos. Mas, com o passar dos anos, minha biblioteca tem diminuído em seu número de exemplares. Os primeiros a serem doados foram os relacionados ao Direito ou Ciências jurídicas. Foram enviados para a Universidade local. Lembro-me bem do dia em que

partiram. Eram como filhos queridos que deixavam o lar. Seguiram seus próprios caminhos. Outros me deixaram sem a minha permissão. Foram emprestadados a amigos, ovelhas queridas, colegas de ministério, e nunca mais voltaram aos seus lugares nas estantes. Alguns foram substituídos por novas aquisições. Dois deles, de uma coleção em espanhol de Sociologia, foram levados por um pastor missionário que dava aulas em um seminário da denominação, que os levou e nunca os devolveu. Não sei se no céu haverá um momento de prestação de contas do dinheiro emprestado que nunca foi pago, dos livros surrupiados que não mais voltaram às estantes de origem. Uma boa parte dos meus e-livros os doei a um Seminário em Angola. Ofereci oportunidade ao reitor para selecionar os que desejasse. Ele escolheu os melhores entres os melhores.

Não sabia que o amado irmão entendia de livros. Às vezes, sinto saudades e necessidades de alguns raros exemplares. Ao sentir saudades, me alegro na minha tristeza, por saber que esses livros estão enriquecendo vidas e ministérios de muitos estudantes no país amigo. Sempre adquiri livros por seus conteúdos. À proporção que os lia, fazia anotações à margem. Escrevia alguns comentários. Ao discordar do autor, colocava ao lado do texto um “NÃO” grifado em vermelho. Faz bem à alma discordar dos autores. Por isso prefiro livros que possam expressar a minha aprovação ou não ao autor. Não consegui ler todos os livros de minha biblioteca, mas não me esqueci da recomendação de Paulo ao Jovem Timóteo: “persiste em ler [...]” (I Timóteo 4.13). Bons livros são bons amigos em todos os momentos. Vale tê-los como companheiros de jornada. n

quando nos lembramos que Deus nos acolhe com afeto. A Bíblia foi escrita para nos dizer que Ele oferece um banquete em nossa homenagem (Salmo 23.5). Envolvidos em conflitos dilacerantes, alcançamos paz quando compreendemos que somos aprovados pelo Pai, por meio de Jesus Cristo. A Bíblia foi escrita para nos dizer isto (Romanos 5.1). Cheios de medo sobre o futuro,

ficamos seguros quando abrigamos a inspirada convicção que o Criador nos ilumina em nossa caminhada. A Bíblia mesma diz que ela é luz que nos orienta (Salmo 119.105). “Não fiquem exageradamente preocupados diante das dificuldades. Orem sempre, fazendo seus pedidos, apresentando suas súplicas e já agradecendo” (Filipenses 4.6 - Paráfrase da autora). n

A Bíblia foi escrita para nos dizer isto

Israel Belo de Azevedo

pastor da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca - RJ

“Deus é o autor da Bíblia e somente a verdade que ela contém levará as pessoas à verdadeira felicidade” (George Muller). Precisamos nos enternecer diariamente com o fato que somos amados pelo Deus Eterno. A Bíblia foi escrita para nos dizer que Ele nos ama com

tal intensidade que enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar (João 3.16). Tomados pela ansiedade, é excelente remédio abrigar no coração a certeza de que somos aceitos pelo Pai dos cuidados. A Bíblia foi escrita para nos dizer que na cruz Ele nos perdoou (Romanos 3.24). Vivendo em uma sociedade competitiva, com exigências cada vez mais exasperadoras, experimentamos alívio


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REFLEXÃO

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A exatidão da Bíblia Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

A Bíblia é a Palavra do Senhor! É nossa lâmpada e luz para o caminho. Com seus ensinamentos temos segurança, Mesmo que encontremos os espinhos. Os autores escreveram este Livro Revelado por divina inspiração. E se alguém acrescentar alguma coisa, Sobre ele virá grande maldição. Esta Palavra é fiel e verdadeira. Nada retires, tudo vai acontecer. Assim falou Jesus, o seu Autor, E nós devemos fielmente obedecer.

Se alguém tirar um jota ou um til, Perderá a parte no Livro da Vida. Não terá lugar na cidade santa E suas bênçãos estarão sempre perdidas. Se descer um anjo lá do céu E trouxer um novo ensinamento, Consideremos que é uma mentira; Tenhamos sempre discernimento! Então, a Bíblia é bastante para nós. Não podemos alterar o que ela diz. Traz a mensagem para nossa redenção E orienta para a vida ser feliz. A Bíblia é completa e o Senhor Jesus Selou a Escritura com exatidão. Ela é a Verdade, sem tirar nem pôr; E é a bússola da nossa salvação. n

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

O amor divino dura para sempre “E cantavam juntos por grupo, louvando e rendendo graças ao SENHOR, dizendo: porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR” (Ed 3.11). O amor expresso por nós, humanos, é caracterizado pela brevidade da sua duração. A Bíblia, quando nos revela o amor divino, descreve-o como diferente e afirma: “O Senhor é

bom e o Seu amor dura para sempre” (Ed 3.11). O salmista Davi, após ter constatado por si mesmo a realidade do amor divino, convida todos os seus leitores a fazerem a mesma descoberta: “Procure descobrir, por você mesmo, como o Senhor Deus é bom. Feliz é aquele que encontra segurança nEle. Que todos os que se dedicam a Deus O temam, pois aqueles que O temem não têm falta de nada” (Sl 34.9).

Proclamemos a Verdade ao mundo sobre o Filho de Deus Levir Perea Merlo

pastor, colaborador de OJB

“A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel (Emanuel quer dizer ‘Deus está conosco’)” (Mt 1.23). Graças a Deus, estamos próximos do término de mais um ano! Chegamos até aqui tão somente pela graça do Senhor! Em dezembro, ainda temos algumas celebrações muito importantes. No segundo domingo, celebramos o Dia da Bíblia, que é a revelação especial de Deus para a humanidade, tendo Jesus Cristo como seu clímax. A Bíblia é a maravilhosa Palavra de Deus que chegou até nós. Sem ela, o mundo seria ainda um caos maior do que é hoje. Até o Corão, livro sagrado dos muçulmanos, contém textos do Velho e do Novo Testamento. No dia 25 de dezembro, comemoramos a data mais importante para

o mundo cristão, o Natal de Jesus Cristo, que é reconhecido por uma parcela significativa da humanidade. Ainda que a Bíblia não revele uma data do nascimento de Jesus Cristo, o que mais importa em tudo isso é que realmente o natalício do Mestre, de fato e de direito, aconteceu, ainda que muitos celebrem de forma tão distante do significado real. Aliás, o Natal de Cristo sempre acontece todas as vezes que alguém o deixa nascer em seu coração! Aleluia! Ainda temos a passagem de ano, que sempre será uma incógnita para todos. Nenhum ser humano sabe o que de fato acontecerá no amanhã, e muito menos sabe se ainda existirá naquele futuro-presente. Só o Senhor sabe de tudo, só Ele tem a chave desse amanhã. A nós compete não nos preocuparmos com o porvir. Nosso tema deste ano é proclamar a Verdade ao mundo, ou seja, à sociedade, o povo sem Cristo, sobre o Filho

de Deus. Existem inúmeras verdades sobre Cristo. Diremos apenas algumas e, do nosso ponto de vista, as mais importantes. Pelo texto de Mateus 1.23, vemos que Ele é o Emanuel, o Deus conosco. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. A primeira verdade sobre o “Filho de Deus” é que Ele é Deus. O Novo Testamento transfere a Jesus Cristo o título de Senhor que o Antigo Testamento reserva a Deus. Isto desde a origem, na Palestina! É da língua Aramaica, então falada na região, que vem em I Coríntios 16.22 a aclamação “Maranata” (Senhor, vem!). Ele, que era Deus, deixou a Sua glória de esplendor e Se tornou como um de nós, homem. O famoso hino de Filipenses 2.6-11 nos revela esse fato maravilhoso. A doutrina ou o ensino das duas naturezas de Cristo – divina e humana - nos ajudam a entender aquelas questões que aparentam contradições,

e não podemos cair na interpretação e ensino herético desenvolvido pelo sacerdote Alexandrino Ário, que ensinava que Deus, o Criador, criou ou gerou um filho chamado Jesus, não sendo esse, portanto, Deus. Pelo contrário, Ele é o Senhor, um com o Pai, da mesma substância, sendo um só Deus, o Deus que habita no coração de todos aqueles que confessam o Seu nome e vivem para Ele, através do Seu Espírito Santo. Não se pode crer em Cristo Senhor, receber Sua presença, sem receber também o Reino de Deus, do qual Ele é, pela Sua morte, ressurreição e pela missão de sua Igreja. Portanto, ver Cristo, é ver o Pai (João 14.7-11) e assemelhar-se a Cristo é assemelhar-se ao Pai (Efésios 5.1-2). Graças a Deus que Jesus é o Senhor, o Alfa e ômega, o Princípio e o Fim, o grande Eu Sou! Um abençoado Natal de Jesus Cristo e um ano novo na graça do Senhor! n


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A EBD e a evangelização Sylvio Macri

pastor Extraído do site www.prazerdapalavra. com.br

Talvez, nem todos os que nos leem saibam, mas a Escola Bíblica Dominical teve sua origem como uma iniciativa socioevangelística, na cidade de Gloucester, Inglaterra, por volta de 1780. Robert Raikes, jornalista e proprietário do jornal “Diário de Gloucester”, ao observar as crianças que perambulavam pelas ruas dos bairros pobres da cidade brincando, brigando e aprendendo todo tipo de vícios, resolveu criar uma escola para alfabetizá-las e ensinar-lhes a Palavra de Deus. A escola reunia-se aos domingos, dia em que a concentração de crianças nas ruas era maior, pois durante a semana, inclusive no sábado, elas trabalhavam nas fábricas. Logo de início conseguiu atrair em torno de 100 crianças. Das 10h às 14h, elas aprendiam Inglês, Matemática e História. Após um intervalo de uma hora para o almoço, estudavam o catecismo anglicano até as 17h30. Constatando os bons resultados dessa experiência, Raikes publicou um artigo em seu jornal explicando o que era a Escola Dominical, em 03 de novembro

de 1783. Um desses resultados foi que a taxa de criminalidade de Gloucester passou a cair progressivamente. Em 1792, não houve um só caso julgado pela comarca de Gloucester. O trabalho de Raikes foi saudado com entusiasmo e, em breve, escolas dominicais já estavam sendo criadas em todo o Reino Unido. A ideia logo foi exportada para os Estados Unidos. Seu trabalho foi muito assessorado pelo comerciante William Fox (17361826), diácono da Igreja Batista da Rua Prescott, em Londres. Impressionado pelas escolas dominicais responsáveis pela redução do índice de criminalidade de Gloucester, Fox chamou Raikes para formar uma associação para a promoção e criação de escolas dominicais. Juntos criaram, em 1785, a Sunday School Society of Great Britain (Sociedade da Escola Dominical da Grã-Bretanha), com o apoio de alguns bispos anglicanos. Essa sociedade, ajudada por muitos filantropos, abriu cerca de 300 escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e professores. Através de sua gráfica, Raikes publicou o Sunday School Companion, livro com versículos bíblicos para leitura. Segundo informações, já em 1787, 200 mil crianças eram alunas da Escola

Dominical em toda a Inglaterra. A primeira Escola Bíblica Dominical brasileira foi organizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1836, pelo pastor Justin Spaulding, da Igreja Metodista, com 30 alunos, em sua maioria estrangeiros. Entretanto, o modelo de Raikes, voltado para o ensino bíblico infantil, só foi aplicado pela primeira vez pelo casal de missionários escoceses independentes Robert e Sarah Kalley, que iniciaram uma EBD com apenas cinco crianças, em 19 de agosto de 1855, em Petrópolis - RJ. Esse foi o marco inicial da Igreja Evangélica Fluminense, pioneira entre as Igrejas congregacionais no Brasil. A primeira Igreja Batista brasileira foi organizada em Santa Bárbara do Oeste - SP, em 1871. Desde o início, usou-se a Escola Dominical para o ensino da Bíblia, pois sua utilização já havia sido disseminada nos Estados Unidos da América, de onde vieram os fundadores dessa primeira Igreja. O chamado protestantismo de missão já contou, ao chegar em terras brasileiras, com a importante ferramente da EBD para evangelizar o país. A imensa maioria da liderança das Igrejas evangélicas brasileiras nos seus primeiros cem anos de história foi formada na Escola Bíblica Dominical.

O principal objetivo da EBD é o ensino bíblico, obviamente, mas esse ensino é basicamente voltado para a transformação do aluno, sendo, portanto, claramente evangelístico, por um lado, e de formação moral, por outro lado. Em outras palavras, o ensino praticado na EBD leva o discípulo a construir uma fé pessoal no Deus Criador, Salvador e Senhor de sua vida e a responder às exigências éticas desse Deus em sua vida cotidiana. Paralelamente, instrui o crente a respeito da comunhão com os demais irmãos de fé e a respeito do serviço ao próximo. Na verdade, a EBD englobou e potencializou tudo o que uma Igreja cristã local necessita ensinar, a começar pela salvação. Por sua abrangência, tanto em termos de idade como em termos de classes sociais, é uma organização amplamente inclusiva. E pelo fato de lidar com as crianças desde a mais tenra idade, exerce influência por toda a vida do indivíduo. Os filhos dos crentes convertem-se não só pelo testemunho dos pais, mas também pelo ensino da EBD. Além disso, por basear-se no princípio do livre exame da Bíblia por cada pessoa, tornou-se um poderoso instrumento no desenvolvimento das liberdades pessoais. n


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REFLEXÃO

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A importância do incentivo à leitura da Bíblia para o processo de (trans)formação do homem por Deus Danielle Viana de Oliveira de Souza Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (www.oecbb.com.br)

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz […]” (Hb 4.12a) Quando falamos em leitura, especialmente na sociedade atual e nas diversas idades, logo percebemos um alto índice de resistência. Incentivar este hábito é uma tarefa que exige dedicação, esforço, tempo, vontade e, acima de tudo, persistência na busca pelo conhecimento e por estratégias para sua disseminação. Para Eliana Yunes (2003, p. 14), “a capacidade de viver de forma mais harmônica e qualitativa está enlaçada à capacidade de ler, se o sujeito todo estiver mobilizado, quer emocionalmente, quer intelectual, quer socialmente”, quer espiritualmente. É neste sentido que a leitura bíblica precisa estar entrelaçada ao ser humano como um todo, trazendo equilíbrio e vida, posto que a Palavra não é só um livro, não é só literatura, é a Revelação que penetra a alma e muda o viver. Na minha caminhada cristã, não foram poucas as vezes que comecei a leitura de um livro da Bíblia e parei. Nesse complexo processo de ler, pensar e ressignificar, buscamos encontrar algo de valor, talvez sabedoria, talvez queiramos nos aproximar de Deus. O livro de Provérbios afirma que, se “o buscares como quem busca a prata e o procurares como quem procura tesouros escondidos” (Pv 2.4), encontraremos. Contudo, nossa prática está configurada em ações profundamente desacertadas e revela quanto precisamos desta (trans)formação interior. Apresso-me em dizer que esse significado de (trans)formação vai além do simples “formar” e até mesmo além do próprio “transformar”. Esse conceito é a própria ação divina no desejo de fazer do homem adorador, desde o Éden, depois na encarnação da pessoa de Cristo e, por último, na manifestação da pessoa do Espírito Santo. Porque Deus procura verdadeiros adoradores

(João 4.23) e estará conosco para sempre. Entendemos que o ser humano se comunica por meio de uma diversidade de linguagens, respeitando os símbolos, a oralidade e o processo de evolução da escrita. Contudo, a inteligibilidade da comunicação não acontece sem mediações. Segundo Eliana Yunes (2003, p. 11), a coerência e a transparência desta comunicação residem “na ação, quando nossos gestos e atitudes puderem ser tomados como discursos que confirmem ou neguem a palavra”. É interessante observar que a autoridade do discurso de Jesus também se baseava nessa afirmativa, quando suas ações refletiam o que Ele verdadeiramente é. Em 2018, eu, Danielle Viana de Oliveira de Souza, idealizadora e fundadora do Projeto PILAR, fui tomada por uma angústia profunda caracterizada por uma inquietação interior pelo fato de que eu, embora fosse pedagoga e educadora, não gostava de ler. Na verdade, passei anos da minha vida procrastinando e enganando a mim mesma a respeito deste assunto. Depois de remoer os pensamentos e me incomodar com o marasmo próprio de uma passiva e pacata leitora (a autora que aqui escreve), que se contentava com a superficialidade das informações da Internet, veio a decisão de tornar-me uma leitora ativa, de fato, e estimular, por meio da criação do Projeto PILAR, esse hábito em mim mesma e nas pessoas. Desta forma, seria possível transformar a ação em uma oportunidade de mudança pelo estímulo individual e compartilhamento de experiências literárias. Quando você se abre para explorar essas inquietações e decide transformá-las em atitudes benéficas para um viver livre da ignorância, a mudança acontece. Ninguém vai saber tudo sempre, mas, quando a leitura é um hábito, traz benefícios, tanto para saúde do corpo como da alma. A leitura é capaz de transportar nossos pensamentos, estruturando-os para a compreensão do mundo pela cons-

trução da aprendizagem, criatividade e funcionamento da memória; pela capacidade interpretativa de si mesmo e do outro, assim como de tudo a sua volta. Também toca nossa subjetividade (Romanos 12.2), levando-nos a Deus e submetendo-nos a Sua vontade para fortalecer nossa espiritualidade. A sabedoria de Deus é revelada progressivamente na história. Só conheceremos a Deus se o Espírito Santo nos ensinar e só experimentaremos a graça se crermos pela fé em Jesus. A “mente” de Deus é insondável. Nosso relacionamento com Ele sempre parte de uma perspectiva terrena e humana. Para Miranda (2004, p. 56), “na ordem histórica que é a única que conhecemos e experimentamos, todo o ser humano está sob o dinamismo do convite de Deus. Como a salvação se faz na história, Deus quis primeiro Se comunicar. O autor da carta aos Hebreus, com certeza, se abriu para experimentar essa nova vida em Cristo. A divisa em sua alma não era para condená-lo à morte, mas para trazer vida nova pela ressurreição do Mestre. Jesus é o caminho, a verdade e a vida, então a Bíblia é eficaz porque revela a verdade. Deus não teve a intenção de omitir fatos, nem o fez. Já está bem claro que

“toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (II Tm 3.16). Então, como seria possível viver sem lê-la? Quando Deus, em um livro, registra Seu plano salvífico, Seus desejos e intenções para fazer o homem e a humanidade feliz, Ele queria Se comunicar. Queria amá-lo, porque Ele o amou primeiro! (I João 4.19) A comunicação permeia toda a convivência humana. A sociedade atual apresenta uma forma veicular simplificada de transmitir a informação. Seus conteúdos são objetivos e rapidamente substituídos. Contudo, práticas de leitura mais profundas, frente aos desafios do cotidiano, lhe darão autonomia e confiança para enfrentar a realidade e para estreitar sua comunhão com Deus, sendo possível conhecê-lo melhor. Bibliografia: YUNES, Eliana (Org.). A experiência da leitura. São Paulo: Loyola, 2003. MIRANDA, Mario de França. A salvação de Jesus Cristo: a doutrina da Graça. São Paulo: Edições Loyola, 2011. Bíblia online ARA. n

A Diretoria da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil tem a honra de convidar as esposas de pastores Batistas para o Encontro Nacional da UEPBB, no dia 23 de janeiro de 2024, a partir da 09h00, no salão principal do Rafain Palace Hotel & Convention. Endereço: Av. Olímpio Rafagnin, 2357 Parque Imperatriz, Foz do Iguaçu - PR, 85862-210 Iracy de Araújo Leite Presidente


MISSÕES NACIONAIS

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De Radical à teóloga: Conheça a história da missionária Lizabeth Lima Redação de Missões Nacionais Desde o ingresso no Programa Radical até o Programa de Formação Missionária, o missionário passa pelos processos de inscrição e documentação, participa do treinamento online e é enviado ao campo missionário para finalizar o treinamento presencial. Depois disso, começa a viver em seu campo de atuação, plantando ou revitalizando uma Igreja. A missionária Lizabeth passou por esse trilho missionário: foi Radical e missionária em Formação, trabalhando na plantação de uma Igreja no estado da Bahia. Lizabeth era professora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e aos 29 anos tomou uma decisão: “Não posso mais ficar apenas dentro de quatro paredes. Preciso ir ao campo missionário”. Dentre tantos lugares, em seu coração havia um amor pelo povo do Sertão. Por isso, em 2019, ela ingressou na 6ª Turma Radical. Após o período de treinamento, ela e sua dupla Wicttoria tiveram um grande desafio: plantar uma Igreja no bairro Novo Canal, em João Dourado - BA. A teoria e a prática se unem no campo missionário. Essa dupla do Rio de Janeiro tem feito um trabalho lindo no Sertão no Brasil, multiplicando discípulos e anunciando que a Solução é Jesus Cristo. “Ser Radical é transpor a barreira da conformidade e não saber mais de outra coisa a não ser cuidar de vidas”, disse a missionária Liza. Transpondo barreiras, pela graça de Deus, nasceu a Congregação Batista Novo Canal! A jovem sempre acreditou que Deus

Lizabeth se formou na 6ª turma do Programa Radical, de Missões Nacionais

Liza e a amiga Wicttoria aceitaram o desafio de plantar Igreja no sertão baiano

A missionária Lizabeth também fez parte da 2ª turma do Programa de Formação Missionária do Sertão a capacitaria e Ele fez ainda mais do que ela pensava! Ainda no campo missionário, Lizabeth ganhou uma bolsa de estudos e passou a cursar a graduação de Bacharel em Teologia.

Foram quatro anos de estudos e, no dia 1º de dezembro, ela e outros cinco missionários se formaram na 2ª turma do Programa de Formação Missionária do Sertão.

Deus segue chamando e capacitando pessoas! Quer viver uma experiência como essa? Acesse: www. missoesnacionais.org.br/sou-radical e seja um Radical Brasil. n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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UFBAL REALIZA CONGRESSO QUINQUENAL NA BOLÍVIA

As mulheres da América Latina foram desafiadas pelo tema “Essência de impacto” Grupos de estudos – Foram três grupos de estudos, com temas relevantes, que atraíram a atenção de todas as congressistas. Para este ano, a dinâmica foi ter duas preletoras, uma com mais vivência e outra ainda vivenciando o tema em destaque. Os temas foram:

Aildes Soares Pereira Diretora de comunicação da UFBAL 2023–2028

“Essência de impacto” foi o tema do Congresso Quinquenal da União Feminina Batista da América Latina – UFBAL, realizado dos dias 09 a 12 de novembro de 2023, no hotel Camino Real, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Dezenove países foram representados com a presença de 320 congressistas. A abertura do congresso aconteceu com a chamada dos países presentes, dirigida por Aildes Pereira (Brasil), diretora de comunicação da UFBAL. Cada representante entrava segurando a bandeira do seu país e era saudada por todos os presentes no auditório. As boas-vindas foram dadas pelas presidentes das UFMB nacionais, que expressaram alegria por receber cada uma das irmãs, assim como um Congresso Quinquenal da UFBAL pela primeira vez em seu país. Louvor e adoração – Sob a coordenação de Miriam, da Bolívia, o louvor de cada dia ficou sob a responsabilidade das igrejas convidadas pela comissão de adoração. A excelência foi a marca de cada grupo que se apresentou. Delegação do Brasil – O País foi muito bem representado, com 23 participantes – Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Brasília, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Bahia. Todas estiveram presentes nas reuniões e participaram das atividades como dirigentes, preletoras, tradutoras, recitando poesia, dando testemunho. Solange Ribeiro, diretora do SEC, fez o lançamento dos cursos da Casa em espanhol na modalidade EAD. Nova vice-presidente da UFBAL – Neusa Resende, do Brasil, vice-presidente da UFBAL no quinquênio 2018– 2023, encerrou seu mandato de modo brilhante, colocando o Brasil em evidência ao aumentar o número de brasileiras envolvidas nas atividades da UFBAL nesse período. Joslaine Santos é a nova vice-presidente e representará o Brasil no próximo quinquênio (2023–2028), que já iniciou.

• “Essência que impacta o meu ministério”, Raquel Contreras (Texas) e Martha Keila (Cuba/Brasil); Delegação do Brasil

Vice-presidentes do Brasil na UFBAL Neusa Resende (2018-2023) e Joslaine Santos (2023-2028)

• “Essência que impacta minha administração”, Beatriz Baena (Colômbia) e Noemi Janson (Bolívia) Todas apresentaram um conteúdo profundo com base bíblica, chamando a atenção para a responsabilidade e o propósito que temos para com Deus e para com a missão que ele confiou a cada uma.

Merritt Johnston, Diretora Execuitva do Departamento de Mulheres da ABM, dirigindo os devocionais

Noemi Janson (Bolívia) apresentando sua palestra

Devocionais – Foram apresentados nas manhãs do congresso pela irmã Merritt Johnston, diretora executiva do departamento feminino da Aliança Batista Mundial. Jardim de oração – Muitas irmãs, dirigidas pelas irmãs bolivianas, se reuniam no jardim do hotel, das 7h às 8h da manhã, para um momento de oração e gratidão pelas bênçãos recebidas.

Martha Keila (Cuba) apresentando sua palestra

Raquel Zarnotti (Brasil) apresentando sua palestra

Preletoras convidadas para o Congresso

Solange Ribeiro (Brasil) lançando o curso do SEC em espanhol

Mensagens – As mensagens bíblicas ficaram a cargo de Liliana Fernandez de Farina, presidente da UFBAL, que desenvolveu com muita precisão e profundidade o tema “Essência de impacto”, trabalhando a identidade pessoal. A pergunta lançada para desafiar a pensar foi: “Quem é você?” A primeira mensagem teve como título “Identidade roubada”. A segunda, “Identidade confirmada”. A terceira mensagem foi “Atitudes de identidade”.

• “Essência que impacta minhas emoções”, Raquel Zarnotti (Brasil);

Teremar Lacerda (Brasil) recitando uma de suas poesias

Verónica León Caro (Chile) a nova Presidente da UFBAL dando uma saudação às congressistas após tomar posse

Participação das mulheres jovens – Durante o quinquênio 2018–2023, o tema desenvolvido foi “Impactando gerações”. Estratégias foram criadas e metas, estabelecidas, para que a nova geração viesse a integrar a UFBAL, e isso aconteceu. Com uma oferta especial recebida pela UFBAL com essa finalidade, jovens indicadas por cada país puderam receber ajuda financeira para fazer parte dos eventos realizados no Rio de Janeiro, em 2022, e em Santa Cruz de La Sierra. As jovens beneficiadas integram a equipe da UFBAL nos eventos e ajudam na realização de várias atividades. Noite cultural – Aconteceu na sexta-feira, dia 10, e foi dirigida por Beatriz Baena (Colômbia), tesoureira da UFBAL, e sua equipe. Em 2023, a noite cultural teve um foco diferente: cada país daria destaque ao traje típico oficial do país ou de uma região, descrevendo cada detalhe da roupa com corte, cores, tecidos e demais acessórios. O Brasil foi representado por Daisy Santos Correia de Oliveira, pernambucana, que usou o traje de baiana e entrou desfilando pelo salão ao som da música “Aquarela do Brasil”. As brasileiras, usando trajes nas cores verde e amarela, entraram em seguida cantando e gingando. Jantar de gala – O ambiente aconchegante e bem decorado foi preparado


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O JORNAL BATISTA Domingo, 10/12/23

para oferecer um jantar especial, diferenciado. O prato servido foi exclusivo para essa noite de celebração dos 70 anos de existência da UFBAL. Culto de celebração dos 70 anos da UFBAL – Foi dirigido pela missionária Lily Muir (Bolívia), secretária da UFBAL. Contou com participações especiais, apresentação de vídeo contando a história da UFBAL, mensagem e perguntas sobre o vídeo apresentado. Assembleia da UFBAL – Aconteceu em três momentos durante o congresso com a participação das delegadas nomeadas por cada país, que tinham direito a voz e voto. Foram aprovados os relatórios das integrantes da diretoria e o Estatuto e Regimento da UFBAL. Também aconteceu a eleição da nova diretoria para o quinquênio 2023–2028, que ficou assim constituída: Presidente: Verónica León Caro, do Chile; Secretaria: Edivia Rodríguez, do Uruguai; Tesoureira: Beatriz Baena, Participar do congresso da UFBAL na cidade de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, foi uma experiência valiosa. Foram muitos aspectos que me marcaram: a recepção e o acolhimento das irmãs bolivianas, sempre gentis e disponíveis, a comunhão com as irmãs de outros países, alegres, coloridas, vibrantes, irmanadas na mesma fé, e a programação com palestras e oficinas desafiadoras e edificantes. Foi uma honra participar da caravana brasileira. Vivemos a experiência impactante de adorar ao Senhor em três idiomas e comemorar os 70 anos da UFBAL. Nosso coração é só gratidão à liderança e a todos que contribuíram para a realização do congresso. Agradeço a Deus por participar do evento. Que sigamos impactando o mundo com a mensagem transformadora de Jesus Cristo unidas, como cantamos no congresso: ‘Mejor juntos’. Leila Matos Igreja Batista Vida Secretária da UFMBN Niterói, RJ Foi uma experiência ímpar participar do congresso da UFBAL e ter comunhão e interação com irmãs de países e culturas tão diferentes. Noemi Giddings Leite Igreja Batista Aliança Sorocaba, SP

O congresso foi maravilhoso. Agradeço a Deus pelas irmãs bolivianas, que nos receberam com carinho. Tive o privilégio de participar do Jardim de oração. Orar com as irmãs estrangeiras foi um desafio, mas o Senhor ouviu cada oração. Voltei com muito aprendizado. O Senhor falou comigo em cada mensagem. Sou grata a Deus pela vida das irmãs brasileiras. Gilsa Evangelista Igreja Batista em Jardim Mossoró Cuiabá, MT

cada uma delas, que, com diferentes temperamentos, tomaram atitudes que fizeram a diferença em sua vida e que servem de exemplo para nós, mulheres cristãs do século 21 que desejam cumprir a missão que nos foi confiada.

Momento da Posse da Nova Diretoria eleita para o período de 2023-2028

Raquel Contreras encerrando o Congresso com uma mensagem desafiadora

Deus, em todo o tempo, falou aos corações de uma maneira muito clara e especial. Cremos que cada pessoa presente pôde voltar para o seu país de forma diferente de quando chegou, pois foi capaz responder à pergunta: “Quem sou eu?”, e entender o valor de sua essência e o propósito para o qual foi criada. Cada mulher foi desafiada a assumir sua identidade cristã e colocar-se à disposição de Deus para cumprir o propósito para o qual foi criada: ser uma adoradora, uma anunciadora das boas novas do evangelho no seu país e no mundo.

da Colômbia; Comunicações: Aildes e depois do encerramento também, dando atenção a algumas delegações Soares Pereira, do Brasil. que permaneceram mais alguns dias Posse da nova diretoria – Aconteceu na cidade. no domingo, logo após a mensagem. Encerramento – No domingo, 12, RaGratidão – Todas as irmãs bolivianas quel Contreras encerrou o evento com que trabalharam nas mais de 20 comis- uma mensagem desafiadora, destasões foram convidadas a irem à frente, cando a atuação de Marta e Maria onde receberam os agradecimentos no lar, na sociedade, nos momentos A Deus damos glória e a honra pela reapelo excelente trabalho realizado antes com Deus e nos relacionamentos. Ela lização do Congresso Quinquenal da e durante todos os dias do Congresso, mostrou a importância da essência de UFBAL. Amém! Como uma mensageira do Rei, posso dizer que participar do congresso foi uma verdadeira aventura missionária, cheia da presença de Deus. Trouxemos na bagagem muitas experiências vividas em solo estrangeiro com irmãs de muitos países, que tão carinhosamente nos acolheram, trocaram testemunhos, ideias e presentinhos. Unidas em um só propósito, pudemos crescer espiritualmente, louvar o Senhor e aprender sobre a verdadeira essência que impacta. Que o amor por missões continue ardendo no coração de cada mulher que faz parte da União Feminina Batista da América Latina. Keila Adriana Belmonte de Oliveira Ramos Segunda Igreja Batista em Campo Grande, MS

O Congresso UFBAL foi uma experiência maravilhosa de crescimento espiritual, comunhão e grande aprendizado acerca do impacto que causamos por termos a essência de Cristo em nós. As palestras e oficinas foram muito edificantes e contribuíram de forma significativa para nossa vida enquanto mulheres cristãs em missão. Louvamos a Deus pelos momentos vivenciados com as irmãs de outras nações, que nos abraçaram com carinho e muita alegria, e pela preciosa oportunidade que nos foi dada de lançar no evento os cursos de Educação Cristã (SEC) e Missões (CIEM) em espanhol. Grande bênção! Que outra expressão poderia expressar melhor a nossa alegria senão ‘Glória a Deus!’? Solange Ribeiro Araujo Diretora do SEC e gestora na formação de vocacionados da UFMBB Recife, PE

Para mim o congresso foi uma bênção, como em todas as vezes que tive a oportunidade de participar. Desta vez foi especial voltar à Bolívia, país onde pude servir com minha família por 31 anos. Fui muito abençoada. As mensagens e grupos de estudo foram abençoadores e contribuíram para meu crescimento espiritual. Teremar Lacerda Igreja Batista Memorial de São Paulo, SP

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Foi uma grande satisfação e honra poder representar o Brasil e, sobretudo, as mulheres batistas brasileiras nesse congresso de grande importância promovido pela UFBAL. Saí dessa experiência ainda mais convicta da grande missão que temos como servas de Deus no combate à violência contra mulheres. Tenho certeza de que as experiências trocadas servirão de alicerce para a formatação de políticas públicas que servirão para o fortalecimento da nossa luta no enfrentamento à violência contra as mulheres e no fortalecimento das nossas ações como cristãs. Agradeço a presidente da UFBAL, Liliana Fernandez, pela honra do convite. Ione Barbosa Delegada, deputada federal Membro da Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora, MG

O Congresso UFBAL foi uma experiência maravilhosa de crescimento espiritual, comunhão e grande aprendizado acerca do impacto que causamos por termos a essência de Cristo em nós. As palestras e oficinas foram muito edificantes e contribuíram de forma significativa para nossa vida enquanto mulheres cristãs em missão. Louvamos a Deus pelos momentos vivenciados com as irmãs de outras nações, que nos abraçaram com carinho e muita alegria, e pela preciosa oportunidade que nos foi dada de lançar no evento os cursos de Educação Cristã (SEC) e Missões (CIEM) em espanhol. Grande bênção! Que outra expressão poderia expressar melhor a nossa alegria senão ‘Glória a Deus!’? Solange Ribeiro Araujo Diretora do SEC e gestora na formação de vocacionados da UFMBB / Recife, PE

“Participar do congresso da UFBAL foi um privilégio. Agradeço a Deus pela oportunidade de ouvir as mensagens e louvar o Senhor com mulheres de diversos lugares. Prossigamos unidas em Cristo Jesus num só propósito fazer conhecido o evangelho em toda a América Latina.” Joslaine Santos Igreja Batista Central / Santana do Livramento, RS

100ª ASSEMBLEIA ORDINÁRIA DA UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL MODALIDADE PRESENCIAL

A Presidente da UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL, Cássia Virgínia Guimarães Cavalcanti, no desempenho de suas atribuições, de acordo com o ESTATUTO art. 20 inciso I e REGIMENTO INTERNO art. 10 inciso I, CONVOCA as mulheres batistas, filiadas a uma igreja Batista da CBB, devidamente credenciadas, para a 100ª ASSEMBLEIA ORDINÁRIA DA UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL, na modalidade presencial, a realizar-se na cidade de Foz do Iguaçu, PR, no dia 24 de janeiro de 2024, no Rafain Palace Hotel & Convention, localizado à Av. Olímpio Rafagnin, 2357, Parque Imperatriz, constando do programa apresentação de relatórios, homenagem aos 75 anos das Mensageiras do Rei e mensagens sobre o tema “A Mulher Cristã vivendo o verdadeiro amor”. Cássia Virgínia Guimarães Cavalcanti Presidente da União Feminina Missionária Batista do Brasil


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Convenção Batista Mineira promove a 1ª Academia Internacional, na Flórida - EUA Durante uma semana, os líderes mineiros foram capacitados por pastores americanos estratégicos.

Os líderes mineiros foram capacitados em dez Igrejas Batistas americanas, espalhadas por cinco cidades Kátia Brito

jornalista da Convenção Batista Mineira

A Convenção Batista Mineira, em parceria com a Tampa Bay Baptist Association (TBBA) no estado da Florida - EUA, promoveu na última semana, a I Academia Internacional. O pastor Lielson Penido, diretor do Departamento de Idiomas da TBBA, foi o coordenador do projeto nos EUA, que nesta primeira edição teve como participantes pastores Batistas de Minas Gerais, indicados pelas Associações da CBM; o Diretor do Seminário Teológico Batista Mineiro, pastor Danilo Secon; o diretor-exe-

cutivo da CBM, pastor Marcio Santos; e o diretor-adjunto da CBM, pastor Ramon Márcio de Oliveira, coordenador do projeto no Brasil. Durante uma semana, os líderes mineiros foram capacitados por pastores estratégicos da Flórida. “O projeto foi integralmente subsidiado graças a convênios firmados com Igrejas e Organizações americanas e faz parte de uma visão mais ampla de capacitação que vem sendo desenvolvida desde 2014 no estado das Minas Gerais”, conta o pastor Marcio Santos. As Igrejas onde aconteceram os treinamentos foram: Baptist Church

Bell Shoals (na cidade de Brandon), do pastor Sênior Corey Abney; First Baptist Church Riverview (cidade de Riverview), do pastor Sênior Keith Thompson; Igreja Brasileira Connection Baptist Church (Riverview), do pastor Lielson Penido; Idlewild Baptist Church (cidade de Lutz), do pastor Sênior Edgar Aponte; Baptist Church Mission Hill (cidade de Tampa), do pastor Sênior Paul Purvis; No Longer Love Baptist Church (Tampa), do pastor Sênior Larry Mouton; Fishhawk Fellowship (cidade de Fishhawk), do pastor Sênior Daniel Butson; First Baptist Church of Tampa (Tampa), do

pastor Sênior Bob Block; Tampa Bay Baptist Association – que tem como diretor-executivo pastor Mike Kahn (Tampa) e No Greater Love Baptist Church (Tampa) do pastor Sênior Larry Mouton Jr. Segundo o diretor-adjunto da CBM, pastor Ramon Márcio de Oliveira, essa parceria contribui para que a Convenção continue cumprindo sua missão “de servir as Igrejas Batistas do estado de Minas Gerais, capacitando pastores e líderes para que retornem para suas Igrejas e Associações e contribuem com o avanço do Evangelho em terras mineiras”, encerra. n

Seminário Teológico Batista de Teresina - PI celebra 37 anos de organização Evento reuniu ex-alunos, membros da comunidade, líderes convencionais, pastores e amigos. Rossi Sousa Matos

assessora de Comunicação da Convenção Batista Piauiense

Os Batistas piauienses testemunharam uma ocasião especial e inspiradora, no dia 26 de outubro: a comemoração do 37º aniversário do Seminário Teológico Batista de Teresina (STBT). O evento reuniu ex-alunos, membros da comunidade, líderes convencionais, pastores e amigos para celebrar quase quatro décadas de dedicação à educação teológica e à formação ministerial. Desde a sua fundação, nos idos 1985, o STBT tem sido um farol de conhecimento e espiritualidade na região, capacitando líderes religiosos e influenciando positivamente a vida de muitos. A celebração do 37º aniversário foi uma oportunidade para refletir sobre as realizações da instituição e

O aniversário do STBT foi um momento para louvar a Deus pela atuação do Seminário na região do Piauí para inspirar futuras gerações de líderes. O evento contou com a presença do pastor Paulo Martins (Missão Portas Abertas) que ministrou, através de testemunhos, nas duas noites. Além da ministração, louvores que engrandeciam ao nosso Senhor.

Estiveram representando a Convenção Batista Piauiense o pastor Gilvan Barbosa Sobrinho (presidente), o pastor Jorge Henrique Gonçalves (1º vice-presidente) e Deronilce Bonfim (administrativo). Agradecemos a todos que participaram deste evento significativo e

desenvolvido para o sucesso da celebração dos 37 anos do Seminário Teológico Batista de Teresina - PI. Que esta instituição continue a ser uma fonte de luz, conhecimento e fé na cidade de Teresina. Juntos, ansiamos por mais anos de crescimento espiritual e serviço à comunidade. n


MISSÕES MUNDIAIS

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Confiar no tempo de Deus Marta do Carmo

missionária no Equador

Ano após pandemia, Igrejas, famílias sobreviviam com muita dificuldade. Comecei a congregar nas duas únicas Igrejas na cidade com um desejo enorme de ajudar. Os irmãos eram amorosos comigo, mas me sentia inútil. Orava ao Senhor para que me guiasse, mostrando onde era o meu lugar, pois ali eles não permitiam que uma mulher ensinasse. Via tantas necessidades, tanta carência de Bíblia, e não podia ensinar. Por meio do projeto que lidero aqui, o Movimento Batista de Plantação de Igrejas (MOBAPI), viajo bastante, mas quando estava na cidade, eu queria servir e ajudar os irmãos a crescerem no conhecimento da Palavra, e na comunhão com Deus e com os demais. Aos poucos, e com muito cuidado, comecei a oferecer artesanato para as mulheres. E sempre levava uma meditação curta antes do trabalho. Porém, depois de algum tempo, me cansei e outra vez o sentimento de inutilidade tomou meu coração missionário, porque não queria estar ali só para isso. Ao ganhar a confiança das mulheres, as necessidades delas eram imensas, a fé era frágil, o pecado estava cada

vez mais presente, por falta de conhecimento. Perguntei muitas vezes ao Pai o que fazia ali. Não havia EBD. Na reunião de domingo, não havia pregação, só a fala do pastor, exortando sobre o pecado. Depois, era comida. Sempre o mesmo, tudo igual. Mas Deus me surpreendeu mais uma vez. Voltei para casa naquele domingo, sem palavras, adorando o Pai

no meu coração. E comecei a ajudar o pastor, orientando como atuar biblicamente em cada caso. Ele me permitiu dar aula de doutrinas para as mulheres e começaremos a capacitação de MOBAPI em sua Igreja, no próximo ano. Tempo de Deus! Deus tem me dado a oportunidade de estar com cada um deles em particular, discipulando muitas pessoas por meio do projeto.

Estou animando o pastor a preparar seus sermões, lhe dei uma Bíblia de estudos e alguns livros que o ajudarão muito. Estamos mais unidos. Assim como Deus teve paciência comigo, com você, devemos ter paciência, longanimidade com nossos irmãos e com os que queremos alcançar, buscando sempre ao Senhor em cada dificuldade, pedindo sabedoria em todo o tempo! n

Gratidão pelos grandes feitos de Jesus Jessé Carvalho

pastor, coordenador de Missões Mundiais no Oriente Médio, Norte da África e Sahel Africano

“Recordarei os Feitos do Senhor; recordarei os teus antigos milagres” (Sl 77.11). No final do primeiro semestre deste ano, realizamos o treinamento do DNA missionário da JMM, simultaneamente em três países da região do Sahel Africano. Alcançamos mais de 300 crentes, trazendo a visão missionária a esses irmãos e suas respectivas Igrejas. Desde o treinamento do DNA, Deus tem abençoado tremendamente e estamos colhendo frutos do investimento que temos feito ao longo dos últimos meses. Já temos o mapeamento de um dos países e definidas as primeiras regiões onde, em breve, atuaremos para estabelecer Igrejas naqueles locais. No mês de setembro, foi realizada a conferência missionária numa das Igrejas lideradas por um de nossos missionários locais, pastor Pierre Celestian. No evento, tivemos a participação também do pastor André Therá, nosso obreiro no Mali, e o presidente da Aliança Batista do Senegal, pastor Moise Nazaire Dième. Outra grande bênção foi o desejo

manifesto pela liderança da Aliança Batista do Senegal de realizar um Projeto Radical com jovens senegaleses. Eles nos enviaram uma carta formal, manifestando o interesse, pedindo a ajuda para montarem o primeiro projeto. Aquele país que recebe ao longo de anos, nossas equipes de Radicais brasileiros, é muito abençoado. Agora, eles entenderam que chegou a vez de eles iniciarem, também, um programa semelhante. Em nossa primeira reunião, a líder do programa Radical brasileiro, irmã Ana Matosinho, fez uma exposição aos líderes e esclareceu as dúvidas que surgiram. Agora, caminharemos nos próximos encontros para as fa-

ses seguintes, e o sonho é ter, no primeiro semestre de 2024, uma equipe formada por esses jovens, alcançado os seus concidadãos nos locais onde plantaremos igrejas naquele país. O coordenador continental do PEPE, pastor José Ricardo, caminha conosco em cada encontro, compartilhando também sua experiência como Radical, e sua larga experiência servindo no Oeste africano, além de me ajudar nas traduções com o francês. Peço que ore por esse grande passo que estamos dando na região do Sahel. Temos a certeza de que Deus nos direciona a isso. As lutas e batalhas surgem, e sabemos que nessa região do mundo batalhamos não só

contra as hostes do islamismo, mas também do animismo, e Satanás não está nada satisfeito com a maneira como estamos arrebentando as portas do inferno e invadindo seu território para resgatar vidas aprisionadas por essas duas formas de crença que mantem as pessoas afastadas do Senhor Jesus Cristo. Obrigado por fazer parte deste lindo trabalho que Deus está realizando em toda a região. Ore para que finalizemos o programa de plantação de Igreja e pelos jovens que farão parte da primeira equipe Radial nacional África, para que vivam uma magnífica experiência com o Senhor. n


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Programa da 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira Tema: “Vivamos o verdadeiro amor”. Divisa: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. João 13.35 Hino Oficial: Pai, faz-nos um -564 HCC Período: 24 a 27 de janeiro de 2024 Local: Foz do Iguaçu - PR Orador Oficial: Pr. Luciano Cozendey dos Santos - Primeira Igreja Batista de Rio Bonito - RJ 1ª Sessão Quarta-feira - Dia 24 - 19h às 21h55 19h00 - Composição da Mesa 19h05 - Instalação da Assembleia - Tema, Divisa e Hino Oficial 19h15 - Entrada das Bandeiras 19h20 - Apresentação das Autoridades e Visitantes 19h30 - Hino Nacional Brasileiro 19h35 - Aprovação do Programa Provisório 19h40 - Boas-vindas aos Batistas Brasileiros - Convenção Batista Paranaense 19h45 - Nomeação das Comissões e Diretoria das Câmaras Setoriais 19h50 - Momento de Adoração 20h05 - Apresentação do Pregador 20h10 - Mensagem Oficial: Pr. Luciano Cozendey dos Santos - Primeira Igreja Batista de Rio Bonito, RJ 20h50 - Momento de Oração 20h55 - Adoração e Louvor 21h20 - Posse das Diretorias Eleitas das Organizações 21h35 - Informações da Comissão Local 21h45 - Leitura e Aprovação da Agenda da 2ª Sessão 21h55 - Oração e Encerramento. 2ª Sessão Quinta-feira - Dia 25 - 08h30 às 12h30 08h30 - Instalação da 2ª Sessão 08h35 - Expediente 08h45 - Adoração e Louvor – Tema, Divisa e Hino Oficial 09h05 - Apresentação do Pregador 09h10 - Mensagem 09h50 - Adoração e Louvor 09h55 - 70 Anos das Mensageiras do Rei 10h05 - Oração 10h10 - Leitura e Aprovação da Agenda da 3ª Sessão 10h15 - Orientação sobre Grupos de Estudos Temáticos 10h25 - Grupos de Estudos Temáticos 12h30 - Oração e Encerramento 3ª Sessão Quinta-feira - Dia 25 - 14h às 17h30 14h00 - Instalação da 3ª Sessão 14h05 - Expediente 14h15 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 14h30 - Relatório do Conselho Geral - Apresentação, Deliberação e Aprovação 15h30 - Inspiração Musical 15h45 - Relatório do Conselho Fiscal - Apresentação, Deliberação e Aprovação 16h45 - Leitura e Aprovação das Agendas das 4ª e 5ª Sessões 16h50 - Oração e Encerramento 4ª Sessão Quinta-feira - Dia 25 - 19h às 21h30 19h00 - Instalação da 4ª Sessão 19h05 - Representação Denominacional – UBLA e BWA 19h15 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 19h30 - Noite Missionária – Junta de Missões Mundiais - JMM 21h00 - Encerramento

5ª Sessão Sexta-feira - Dia 26 - 08h30 às 12h30 08h30 - Instalação da 5ª Sessão 08h35 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 08h45 - Eleição da Diretoria da CBB - 1º Escrutínio 09h15 - Apresentação do Pregador 09h20 - Mensagem 10h00 - Eleição da Diretoria da CBB - 2º Escrutínio 10h10 - Adoração e Louvor 10h20 - Orientações sobre Funcionamento da Câmaras Setoriais 09h55 - Inspiração Musical 10h25 - Leitura e Aprovação das Agendas das 6ª, 7ª e 8ª Sessões 10h30 - Eleição da Diretoria e demais Cargos 10h45 - Grupos de Estudos Temáticos 12h30 - Oração e Encerramento 6ª Sessão Sexta-feira - Dia 26 - 14h às 17h30 14h00 - Instalação da 6ª Sessão 14h05 - Câmaras Setoriais • Missionária e Ação Social • Educação Ministerial • Educação Religiosa 7ª Sessão Sexta-feira - Dia 26 - 19h às 21h 19h00 - Instalação da 7ª Sessão 19h05 - Expediente 19h10 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 19h20 - Noite Missionária – Junta de Missões Nacionais - JMN 20h50 - Encerramento 8ª Sessão Sábado - Dia 27- 8h30 às 12h30 08h30 - Instalação da 8ª Sessão 08h35 - Expediente 08h50 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 09h10 - Apresentação do Pregador 09h15 - Mensagem 09h55 - Adoração e Louvor 10h05 - Oração 10h10 - Orientação sobre Grupos de Estudos Temático 10h20 - Leitura e Aprovação das Agendas das 9ª e 10ª Sessões 10h25 - Grupos de Estudos Temáticos 12h25 - Oração e Encerramento 9ª Sessão Sábado - Dia 27 - 14h às 17h30 14h00 - Instalação da 9ª Sessão 14h05 - Expediente 14h10 - Adoração e Louvor 14h20 - Relatório Comissão de Renovação e Assuntos Especiais 14h50 - Relatório da Câmara de Missionária e Ação Social 15h20 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Ministerial 15h50 - Relatório da Câmara Setorial de Educação Religiosa 16h20 - Comissão de Programa 17h20 - Leitura e Aprovação das Agendas das Sessões 17h30 - Encerramento 10ª Sessão Sábado - Dia 27 - 19h às 21h 19h00 - Instalação da 10ª Sessão 19h05 - Adoração e Louvor - Tema, Divisa e Hino Oficial 19h15 - Filme Promocional da 104ª Assembleia 19h20 - Celebração da Juventude - SJBB 20h50 - Posse da Nova Diretoria 21h00 - Oração e Encerramento


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Musical da Momô encanta três mil crianças na SIB em Barra do Piraí - RJ Crianças do Ensino Fundamental de escolas públicas e particulares assistiram à apresentação. Bruna Jorge

Ministério de Comunicação da Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ

A Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ levou cultura e a mensagem do Evangelho durante o mês que é dedicado às crianças. O objetivo era atrair alunos do Ensino Fundamental dos colégios para assistirem em seis apresentações “A canção da Momô - A Floresta Feliz”, contendo valores cristãos. Dessa forma, o projeto que nasceu no coração do pastor Celso Martinez, presidente da Igreja, reuniu mais de 3.000 crianças de unidades públicas e particulares. Através do musical, o mês das crianças foi inundado de amor, alegria e esperança. O pastor ressaltou a importância deste investimento: “Através desse musical foi possível demonstrar às crianças valores cristãos de respeito, valor da vida, de que somos diferentes, mas que somos todos amados por Deus. Além disto, ficou a porta aberta para que não somente as crianças, como também seus familiares possam retornar à Igreja em suas atividades normais e naquelas desenvolvidas tão brilhantemente pelo Ministério Infantil”. Para a escolha do tema, foi pensado em um musical curto, que fosse de fácil compreensão para as crianças. Por isso, foi escolhido “A canção da Momô”, por trazer um assunto tão im-

O espetáculo esteve “em cartaz” durante todo o mês de outubro para crianças de Barra do Piraí - RJ. A Igreja contou com o apoio da Secretaria de Educação da cidade portante como a autoestima, relata Valda Panizzi, coordenadora geral. Em resumo, o musical da Momô trata de uma tartaruga com autoestima baixa que acredita não ser útil, por não possuir asas para voar, por ser lenta e por ver diversas características que entende como positiva nos seus colegas da floresta feliz. Ao final, a tartaruga Momô descobre o seu valor e o quanto ela deve ser alegre por Deus tê-la feito assim. A Raquel Jorge, que fez parte da equipe de apoio relatou: “O que mais me impressionava nas apresentações eram os olhares das crianças e o quanto elas ficavam envolvidas enquanto tudo acontecia. Uma criança ao final da apresentação, em surpreendente euforia, revelou que aquele foi o melhor dia da vida dela.” O musical teve sua pré-estreia no dia 04 de outubro e seis apresenta-

ções em dois horários, nas sextas-feiras do mês de outubro. O espetáculo encerrou com uma exibição aberta no dia 29, último domingo do mês. Para que este evento fosse realizado, a Igreja contou com o apoio da Secretaria de Educação de Barra do Piraí - RJ, que acolheu o projeto e disponibilizou ônibus escolares para que os alunos pudessem estar presentes. A Igreja também contou com o empenho de centenas de servos e membros da SIBBP. O ministro Tiago Pereira revela o maior desafio para o acontecimento deste musical: “Reunir uma equipe tão dedicada, compromissada e grande, atuando em plena sexta-feira. Na verdade, em três sextas-feiras”. Este musical só foi possível por termos pessoas dispostas a estarem presentes no teatro e no backstage dando todo suporte neces-

sário. “A parte mais surpreendente foi a desenvoltura e o surgimento de novos talentos”, revela o ministro e produtor do musical. A respeito da experiencia do musical, Valda Panizzi relata: “Foi um privilégio participar deste projeto. Começar do zero, ir agregando irmãos e aos poucos ver o surgimento pessoas talentosas e dispostas a servir. A cada apresentação, nós podíamos ver o rostinho das crianças e o seu encantamento por tudo. Durante todo o musical, Deus esteve presente nos direcionando, nos orientando e nos fortalecendo enquanto equipe. Deus é maravilhoso. A Ele toda honra e glória”. O intuito da Igreja é de que essas apresentações aconteçam anualmente, sempre buscando levar o Evangelho às nossas crianças e à nossa cidade. n

PIB em Breu Branco - PA leva o Evangelho através do esporte Projeto Esporte e Fé atua através do futebol. Marcos Borges

membro da Primeira Igreja Batista em Breu Branco - PA

O Projeto Esporte e Fé, da Primeira Igreja Batista em Breu Branco - PA, é voltado para crianças, adolescentes e jovens e atua através do futsal masculino e feminino, nas categorias Sub-12, Sub-13, Sub-14, Sub-15, e Sub-17. As aulas são ministradas no pátio da Igreja, no Complexo Municipal e no ComEntre os chutes e corridas, os participantes do projeto ouvem palavras de esperança plexo Esportivo. As atividades incluem aulas de futebol de campo. Os líderes do projeto, Renas da da PIB de Breu Branco - PA, buscam lística a todos os participantes, falando quenos Grupos e, com isso, muitos Silva Almeida, irmão Carlos Henrique através desse projeto baseado no es- do amor de Jesus e da salvação. O adolescentes e jovens têm aceitado a Nobre Miranda e o pastor Ademir Pires, porte levar uma mensagem evange- projeto também atua através de Pe- Cristo como seu Salvador. n


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PONTO DE VISTA FÉ PARA HOJE

Quem são os diáconos e as diaconisas? Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Os diáconos e as diaconisas são servidores. Homens e mulheres chamados para servirem às mesas das viúvas e dos órfãos. São cheios de fé, do Espírito Santo e de sabedoria (Atos 6.1-7). A função foi criada pelo Senhor na Igreja por meio dos Seus apóstolos, como um ministério auxiliar visando o cuidado dos mais necessitados. São pessoas chamadas do meio do povo, que se destacaram no serviço do Rei, para desempenharem uma obra magnifica. Os diáconos e as diaconisas devem ser qualificados espiritual, ética e emocionalmente para o exercício sublime do serviço abnegado. São homens e mulheres eleitos irrevogavelmente para servirem como tais. O Senhor e a Igreja esperam que sejam intrépidos e ousados. À semelhança de Estêvão, estão prontos para sofrerem até à morte (Atos 7.1-60). Diáconos e diaconisas, saibam que o seu ministério é mais importante dos que as suas próprias vidas. Este é um princípio do Senhor Jesus Cristo (Mateus 16.24-27; 20.28). O apóstolo Paulo, na sua recomendação a Timóteo quanto aos que servem como diáconos e diaconisas, deixou claro que eles devem ser honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, guardando o mistério da fé

em uma pura consciência. Devem ser primeiramente provados e aprovados, irrepreensíveis para depois servirem dentro e fora da Igreja. No caso dos diáconos, que sejam maridos de uma só mulher e que governem ou liderem bem os seus filhos (I timóteo 3. 8-12). As diaconisas devem ser fiéis ao seu esposo e cuidar muito bem dos seus filhos. Paulo conclui dizendo que os que servirem bem terão reconhecimento e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus (I Timóteo 3.13). Os diáconos e as diaconisas podem servir em várias áreas da Igreja, especialmente na área social. Os homens e as mulheres de Deus chamados para o serviço do Rei têm o privilégio e a responsabilidade de servirem bem, com excelência. Não devem buscar apenas o bom, mas o ótimo. Eles não se contentam com meia boca. Não são pedreiros de meia colher, mas de colher inteira. Esses oficiais devem liderar os movimentos de voluntariado da comunidade eclesiástica. Eles devem mobilizar os membros da Igreja ao serviço amoroso. Esses obreiros são facilitadores. Não são construtores de muros, mas de pontes. Não dividem a Congregação, mas oram e trabalham fortemente para a sua unidade, a começar pela liderança. Os diáconos e as diaconisas são chamados para andarem com os seus pastores. Deve haver sempre um respeito mútuo. Eles são facilitadores.

São também guardiães da doutrina bíblica. São líderes-servidores, comprometidos com a mensagem da cruz. São homens e mulheres de oração, que sofrem pela Igreja de Jesus. Não medem esforços para ajudarem nos vários setores da Igreja de Cristo. São os voluntários de plantão. São marcados pela mansidão, humildade, amor e sinceridade. Os diáconos e as diaconisas têm Jesus como modelo primário e a Estevão como exemplo secundário. Através do seu trabalho serviçal, os diáconos e as diaconisas fazem a obra de evangelistas. Eles aproveitam as oportunidades sociais para falarem do amor de Cristo. Pregam o Evangelho todo ao homem todo, a todo homem e em todo o lugar. Os diáconos e as diaconisas devem ser proativos e criativos. São pessoas capacitadas pelo Senhor para a realização de uma grande obra. Existe em cada diácono e em cada diaconisa o imperativo do chamado de Deus. São servos que servem com temor e tremor. Não o fazem para aparecer, mas para que Cristo seja engrandecido. Os diáconos e as diaconisas são uma dádiva de Deus às Igrejas. Que honra é trabalharem no diaconato! Muito mais do que servirem a homens, servem a Jesus Cristo. São chamados para servirem ao Senhor em Seu próprio nome, em Seu caráter. A honra dos diáconos e das diaconisas está em ser o menor à semelhança de João

Batista. Como servos de Cristo, eles se consideram os menores na Igreja. O Senhor Jesus Cristo aparece nitidamente no trabalho dos verdadeiros diáconos e diaconisas. Eles não mandam, mas obedecem. Não são servidos, mas servem. O seu trabalho não é status, mas cruz, humilhação. Estão contidos no contentamento. Não deve haver nenhum necessitado na Igreja e nem no seu raio de ação. Os diáconos e as diaconisas visitam as casas, os orfanatos, os hospitais, as casas de repouso, as comunidades carentes etc. Eles trabalham para amenizar o sofrimento das pessoas. Eles levam amor, misericórdia, carinho, afeto, bondade, fidelidade, solidariedade, fraternidade e justiça. Os diáconos e as diaconisas são comprometidos com a ética do Reino de Deus. Vocacionados para esse ministério. Não é vacação, mas vocação. O compromisso dos diáconos e das diaconisas é com o Senhor Jesus Cristo e com a Sua Igreja. Esses homens e mulheres de Deus devem ser submissos à liderança de seus pastores. A relação pastores-diáconos/diaconisas deve ser caracterizada pelo amor, respeito, integridade, pureza de motivos, autenticidade, lisura, humildade, mansidão, equilíbrio e contentamento em Cristo Jesus. São verdadeiramente diáconos e diaconisas aqueles que servem, acima de tudo, para a glória de Deus. n


PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 10/12/23

Devemos formar pastores e não teólogos!? Lourenço Stelio Rega Frase que tenho ouvido enfaticamente por líderes que desejam implementar melhor performance na formação de nossos seminários, criando um ideário mobilizador dos objetivos educacionais para seus currículos. Formar pastores e não teólogos aponta para o fato de que os seminários necessitam preparar obreiros que sejam capacitados para o trabalho prático da Igreja. E como obreiros devem estar preparados para a “obra” atendendo à pergunta matricial “como fazer?”. Então, os currículos e todo processo educacional devem ser formatados para atender essa demanda, ensinar aos alunos a como preparar um sermão, como aconselhar, como evangelizar, como dirigir uma assembleia da Igreja, conhecer as regras parlamentares, como fazer visitas, como preparar o boletim da Igreja, como preparar uma aula, como administrar a Igreja, como utilizar ferramentas de gestão, como planejar as atividades da Igreja. Saber como ganhar almas para Cristo se torna fundamental, mas também como empreender na gestão da Igreja, saber levantar ofertas especiais, conhecer o calendário denominacional etc. Nesse processo foram surgindo alguns paradoxos binários como: academia versus ministério prático, mas também academia versus piedade e assim por diante, em que o enfoque do estudo acadêmico foi ficando como que o “inimigo número um” do sucesso ministerial, da Igreja e da denominação. Até cheguei a ouvir de importante líder que não compreendia os motivos pelos quais era necessário “prender” um aluno em um seminário por cerca de quatro anos se tudo o que ele precisaria era algo de cerca de dois anos para poder ser prático e, ainda mais, se ele fosse destinado ao campo missionário. Seria perda de tempo “reter” esse aluno por esse período sem o “lançar” a campo, se tudo o que ele precisaria era aprender a levar pessoas a Cristo, plantar uma Igreja e torná-la autossustentável. Em uma jornada de quase 50 anos atuando na formação de milhares de vocacionados, tenho pensado em algumas questões sobre esse tema que requerem avaliar o tema com mais profundidade.

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OBSERVATÓRIO BATISTA

Começo perguntando se seria possível formar médicos, sem Medicina? Você iria em uma consulta a um médico formado apenas na prática? Os casos se assemelham, pois o cuidado aqui também é com vidas e se você me disser que o trabalho de um médico é mais importante que o trabalho pastoral, então eu pediria para você revisar sua resposta. O que tem acontecido é que precisamos levar em conta os alicerces que fundamentam o argumento de que devemos formar pastores e não teólogos. Um dos principais fundamentos tem origem na matriz pragmática e utilitária modeladora das ações de nossos precursores, que, aliás, fizeram um grande trabalho, mas não podemos deixar de compreender suas matrizes. Vamos considerar que a maior leva de missionários norte-americanos vieram para nosso país nas primeiras décadas do século passado quando a cultura de seu país foi intensamente inundada pela administração científica mobilizada por Frederick Winslow Taylor, que inspirou empresários como Henry Ford para criar um método de linha de montagem que foi denominado Fordismo. Isso fortaleceu o pragmatismo na cultura norte-americana em que o centro passa a ser a ação (do grego “pragma”). Podemos considerar válido que as pessoas sejam ativas, mas quando o pragmatismo se torna matriz reguladora e legitimadora da atuação e vida das pessoas, sem considerar os demais aspectos que compõem a vida, então, não há um tratamento integral e holístico e surgem as contradições. Em outras palavras, defendemos uma ideia (formar pastores, mas não teólogos), como se a prática, a ação, o ocupacionismo, fosse o centro do ministério e por isso mesmo surge a tensão binária sobre academia versus ministério prático. Mas há um outro pilar, que é a redução de todo significado da Bíblia, do Reino de Deus e da Sua vontade, na salvação que se torna a mensagem central da Bíblia, senão o único tema que importa. Seria como que uma espécie de “soteriocentrismo” (de Soteriologia, capítulo da Teologia que estuda a salvação), mais comumente um tipo de “salvacionismo”. Então, o que importa mesmo é levar pessoas a Cristo e prepará-las para viver dominicalmente na Igreja, testemunhar

da salvação e esperar Jesus voltar. A importância da salvação é que sem ela não retornamos para Deus, assim ela é meio e não fim. Então, se isso é a verdade central, junto com o pragmatismo, por que perder tempo a estudar, compreender a Bíblia, estudar as línguas originais da Bíblia, exegese, hermenêutica e outras áreas interdisciplinares que dão suporte para compreender o ser humano e o mundo? O importante é salvar almas, levar as ovelhas a se manterem ocupadas com as atividades da igreja e fazer a Igreja funcionar até que Jesus volte. Seria como ensinar um médico a relacionar medicamentos existentes com os sintomas e prescrevê-los em uma receita, sem contudo compreender os demais fatos sobre a saúde física, condições de vida do paciente, deixando de lado anatomia, patologia, farmacologia etc. Formar pastores e não teólogos significa deixar de priorizar o fornecimento do aprofundamento na Bíblia, nossa regra de fé e prática que deve ser o fundamento de nossa compreensão sobre Deus e tudo na vida. Mas também compreender para poder aplicar os fundamentos da fé no campo doutrinário, no campo prático sobre a missão que cada um de nós tem diante do Reino, que vai além de salvar almas, de promover a intencionalidade missionária com o preparo e envio de missionários, evangelistas e alcança outro pilar do Reino de Deus que é a dimensão missional que coloca cada cristão diante do mundo para nele viver intensamente sua fé e os valores bíblicos em seu ambiente de vida para além da vida interna da Igreja. E, para isso, torna-se necessário mapear o mundo, compreendê-lo, compreender as tendências culturais que estão formando novos cenários que também colocam em risco nossa fé. Como fazer isso sem estudar, sem levar em conta a profundidade da Bíblia e da Teologia, sem compreender a cultura e o ser humano, conhecendo as áreas interdisciplinares? Se aparecer em sua Igreja um casal com a recomendação médica para o abortamento, como orientar? O que fazer quando um membro da Igreja se declara homossexual? Se um irmão está em está em estado terminal na UTI, com a recomendação médica para eutanásia e a família procura o pastor,

como resolver isso? Como viver em um país em que o jeitinho e a corrupção são a “regra normal” e sua Igreja tem empresários e executivos, como ajudá-los? E nem estamos mencionando que a Bíblia como nosso manual de fé e de prática, de onde temos o desafio de fundamentar sermões, aconselhamento, liderança, prioridades no planejamento da Igreja etc. e que ela não foi escrita em português, mas em hebraico, aramaico e grego, tão distantes de nossos idiomas modernos, tão pobres em relação ao sentido do texto original. O espaço não permitiria, mas há centenas de exemplos de textos que utilizamos em nossos sermões que necessitam de acurada exegese e que nem sempre comentários bíblicos trazem toda resposta e continuaremos a ser “pregadores de segunda mão”! Viajando por esse país quase todo tem sido possível notar a fragilidade de muitos púlpitos, de muitos ministérios, e, depois, da pandemia nem dá mais para falar da concreta crise pela qual estamos passando no real “chão das Igrejas”. Esse cenário não seria também fruto desse tipo de “filosofia”? É possível oferecer ensino teológico e ministerial que possa alcançar a formação mais completa quando aplicamos o que chamo de “pedagogia integral”, que tem como objetivo a formação mais integral do aluno. Formar alunos que consigam se aprofundar no conhecimento da Bíblia, Teologia e demais áreas que possam ser ferramentas para seu trabalho (SABER/ REFLETIR); formar o aluno na prática ministerial (FAZER); formar o aluno do ponto de vista relacional para que saiba “cuidar de gente” (CONVIVER); formar o aluno emocional e espiritualmente equilibrado (SENTIR); e, formar o aluno dando-lhe suporte para a transformação de seu caráter (SER), é tudo o que precisamos. Tudo junto, nada separado. Quando enfatizamos apenas um ou alguns destes aspectos da “pedagogia integral”, iremos colocar no campo de trabalho alunos incompletos, apenas “obreiros”, mas nem sempre líderes. E, então, você iria a uma consulta diante de um médico formado, mas sem Medicina? Contatos: rega@batistas.org Instagram: @lourencosteliorega n



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