OJB EDIÇÃO 31 - ANO 2023

Page 1

Assembleias das Convenções Estaduais em todo o Brasil!

Nesta edição, você vai saber o que aconteceu nas Assembleias das seguintes Convenções: Convenção Batista Baiana (CBBA), Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), Convenção Batista Goiana (CBG) e Convenção Batista Fluminense (CBF).

Povos

Saiba o que tem acontecido no Sudeste da Ásia

Tempo

ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXII EDIÇÃO 31 DOMINGO, 30.07.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 As linguagens do amor
fala sobre cuidado no casamento
o chamado
Artigo
Vivendo
Missionária da JMN no Acre compartilha sua história
Não
Igreja Perseguida
Alcançados e
de gratidão
pág. 06 pág. 07 pág. 11 pág. 12
PIB de Paraipaba - CE celebra 58 anos de história
Vida em Família Missões Nacionais Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista

EDITORIAL

Por todo o Brasil

Essa é a última edição de O Jornal Batista em julho, e nada melhor que encerrar o mês com as informações das Assembleias das Convenções Estaduais ao redor do país.

A primeira delas é a Assembleia da Convenção Batista Baiana (CBBA), o maior evento da denominação Batista no estado. Em 2023, sendo realizada na capital, bateu recorde em número de Igrejas representadas: 307. Entre os dias 29 de junho a 02 de julho, Batistas baianos de diversas regiões do estado

reuniram-se na Igreja Batista Metropolitana (IBAM), em Salvador - BA.

Já em São Paulo, os quatro dias (12 a 15 de julho) da programação na 114ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), encontro realizado anualmente pela denominação no estado paulista, fechou os três anos do evento na capital (2020, 2022 e 2023). Todos foram recebidos pela Igreja Batista Boas Novas, em Vila Zelina.

No Centro-Oeste, entre os dias 06 e

09 de julho, no templo da Primeira Igreja Batista de Ceres - GO, aconteceu a 78ª Assembleia da Convenção Batista Goiana (CBG), com o tema: “Fortalecer para Crescer”, e tendo como divisa Atos 16.5, onde está escrito: “Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia” (At 16.5 - NVI).

E na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a Convenção Batista Fluminense (CBF) realizou a sua 114ª Assembleia, nos dias 13, 14 e 15 de julho,

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

na Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ. Foram mais de 500 pessoas participando ativamente de cada sessão e cultos realizados, fazendo parte de momentos abençoadores e que ficarão marcados em nossa história.

Louvamos a Deus pela atuação das nossas Convenções e nosso desejo é que suas atuações sejam sempre relevantes em suas respectivas regiões. Que todo conteúdo dessa edição de OJB abençoe a sua vida.

Até agosto! n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO

CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim

DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)

CONSELHO EDITORIAL

Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

EMAILs

Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com

REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA

Caixa Postal 13334

CEP 20270-972

Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557

Fax: (21) 2157-5560

Site: www.convencaobatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919);

A.B. Detter (1904 e 1907);

S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988);

Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
REFLEXÃO

“O melhor é ter esperança...”

Por quê? Porque a esperança pode restaurar o ânimo, renovar as forças, ampliar a visão, abrir novos caminhos e antever triunfos. Porque a esperança é uma expectativa segundo a qual o melhor ainda vai acontecer:

• Esperança de dias melhores.

• Esperança de melhores condições de trabalho.

• Esperança de melhor realização pessoal e profissional.

• Esperança de vitória da fé sobre o medo; da verdade sobre o engano; do direito sobre a injustiça e do amor sobre a indiferença.

• Esperança de mais equilíbrio na

vida espiritual, moral e emocional.

A vida é uma sucessão de perdas e compensações:

• A perda da inocência é compensada pela consciência moral, para discernir entre o certo e o errado.

• A perda da dependência, que é total na infância, é compensada pela idade racional, que permite autodeterminação e escolha voluntária.

• A perda do vigor da juventude é compensada pela experiência do adulto.

Mas qual é a compensação possível para a perda da esperança? Por isso que “a pior perda da vida é a perda da esperança”, como já disse alguém. E este é o depoimento do General Douglas MacArthur em sua página imortal sob o título “Juventude é estado de

espírito”: “Os anos produzem rugas nas faces, mas a perda da esperança forma rugas na alma. Meu amigo, tu és tão jovem como a tua esperança, tão velho como o teu desespero. No centro de teu coração existe uma estação de rádio: enquanto ela recebe mensagens de beleza, alegria, coragem, poder e esperança, és jovem.”

Uma característica de nossa época é a busca de uma esperança, que tem levado muita gente ao desespero, que é a esperança dos que perderam a esperança. Mas por quê? Este é um brado angustiante: por quê? Porque não basta uma esperança, mas “a esperança que não desaponta, porque temos alguma experiência do amor de Deus derramado em nossos corações” (Romanos 5.5).

Gratidão pelo livramento (Salmos

Davi é o autor desta bela porção da Palavra de Deus. Como sabemos, Saul perseguiu implacavelmente Davi, e diante da sanha assassina de seu sogro, ele foge e vai ao encontro de Áquis, rei de Gate para pedir asilo. O pastor Leandro Peixoto faz uma observação interessante: “A situação de Davi deveria estar realmente desesperadora, de outra forma ele jamais escolheria se refugiar na região costeira dos filisteus. Afinal, aquela era a capital onde teria morado o principal guerreiro da nação, o mesmo que Davi, com apenas uma funda e uma pedra, havia derrotado em batalha - o gigante Golias”.

O problema é que os funcionários do rei Áquis reconhecem a Davi e, temendo por sua vida, Davi se finge de louco (I Samuel 21.10-15). O rei o despacha e, ao sair, ele se esconde na Caverna de Adulão (I Samuel 22.1). Uma vez refugiado nesta caverna depois de se fingir de louco - que Davi escreve o salmo que temos em mãos - e ele é um dos mais belos do saltério. O que po-

34.1-6)

demos aprender com este paladino da adoração? Elencaremos alguns pontos para a nossa reflexão.

Em primeiro lugar, o louvor ao Senhor deve ser algo constante na vida dos salvos (Salmos 34.1). Davi estabelece que louvar e bendizer ao Senhor deve ser algo constante na vida daqueles que conhecem a Deus. Vemos na vida do salmista que ele bendizia e glorificava o nome do Senhor não somente nos momentos de alegria e satisfação, como também nos momentos de tristeza e escuridão. Com propriedade, o teólogo D. L. Moody diz: “Que os teus louvores não sejam transitórios - uma onda de música, para depois o instrumento ficar pendurado na parede até que um outro dia luminoso de alguma providência marcante te faça descê-lo. Deus não vem como visitante à casa de seus santos; vem, sim, para habitar com eles. Louvarei ao Senhor em todo o tempo. Davi assumiu isso como tarefa vitalícia”.

Em segundo lugar, somente em Deus nossa alma encontra deleite (Salmos 34.2). Davi não se gloria em sua astúcia; antes, se gloria no Senhor, em quem ele é e naquilo que ele faz.

Muitas pessoas andam sofregamente atrás de algo que possa gerar em sua vida alguma satisfação, mas o que o salmista ensina, é que a nossa alma só encontra deleite, alegria, satisfação em Deus. Somente o Senhor tem o poder de preencher o vazio de nosso coração.

Davi sabe que em Deus seu coração sempre terá motivo para gloriar-se. É bom deixar claro que ele se gloria em Deus e não nele mesmo. Toda glória humana é vazia, é vanglória. Com propriedade, o reverendo Hernandes Dias Lopes diz: “O Senhor é o destinatário do nosso louvor e a razão da nossa alegria. Deleitamo-nos mais nele do que em suas dádivas, pois Ele é melhor do que suas bênçãos”.

Em terceiro lugar, alegria e paz vem para aqueles que olham para o Senhor (Salmos 34.5). Que declaração linda feita pelo salmista. Quantas bênçãos há no olhar direcionado ao Senhor! Alegria, paz, tomam conta da mente do coração daqueles que confiam no Senhor. Nada poderia expressar melhor o que frequentemente ocorre na hora da angústia, quando estamos tristes com o semblante fechado. Ao

É triste, mas é verdade: Deus não faz parte da experiência diária de muita gente. A sua alma vive (vive?) vazia e faminta da realidade suprema, espiritual e eterna. Por não saber ou não querer, as pessoas estão alimentando a sua alma de ilusões, e delas fazem a sua esperança. É preciso ter coragem para abandonar as vãs esperanças e abraçar a esperança divina, dizendo como o salmista: “Ó minh’alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança” (Sl 62.5). Ou como o profeta: “O melhor é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Deus Eterno” (Lamentações de Jeremias 3.26). “Este é o segredo: Cristo no coração de vocês é a sua única esperança de um futuro de glória” (Cl 1.27). n

direcionarmos nosso olhar para Deus, o fardo é removido do coração e o nosso semblante fica radiante de esperança e alegria. O teólogo Warren Wiersbie diz: “Buscar o Senhor é o mesmo que olhar para ele, e, quando olhamos para o Senhor pela fé, ele olha para nós e “[levanta] sobre nós a luz do seu rosto”.

Em último lugar, Deus livra aqueles que clamam a Ele (Salmos 34.6). Alguns, por conta de uma situação delicada e difícil, arrefeceram na fé e colocam em xeque a bondade de Deus. Na ocasião em que escreveu este salmo, Davi estava correndo perigo de morte. Entretanto, ele clamou ao Senhor, pois, entendia que o Senhor é refúgio e fortaleza, socorro bem presente no momento de angústia. Ele clamou e Deus ouviu suas súplicas e o livrou de suas angústias. A oração é uma ferramenta poderosa que nos foi dada por Deus. Quando oramos existe um fortalecimento e uma maior intimidade com aquele que é o único que pode fornecer paz para que suportemos as adversidades. Hernandes Dias Lopes diz: “Onde há clamor ao Senhor, há livramento Dele”. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
REFLEXÃO

A família de Jesus

Em tempos difíceis

“Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-ás sobre uma rocha” (Sl 27.5).

a vontade de Seu Pai, que está no céu, este é seu irmão e mãe.

Em Mateus 12.46-50 temos o relato a respeito da família de Jesus. É impressionante como Jesus priorizava o Reino de Seu Pai e não perdia tempo com coisas insignificantes. Em certo momento. em que Cristo estava envolvido com Seu ministério, Sua mãe e Seus irmãos mandaram chamá-lo. A resposta do Mestre para aqueles que trouxeram o recado da sua família foi: “Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?”

É significativa a resposta que Ele mesmo deu as Suas perguntas. Ele aponta para Seus discípulos e diz: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos.” Jesus enfatiza que quem fizer

A Bíblia tem muitos conselhos a respeito de como devemos tratar os nossos familiares. O apóstolo Paulo chega a dizer que quem não cuida dos seus e principalmente daqueles que sua família, negou a fé e é pior do que o incrédulo. Também diz que se não abrirmos mão de pai, mãe, irmãos e irmãs por amor de Cristo, não teremos parte com Ele.

Jesus nunca desprezou sua família, Ele apenas mostra que o Reino, os propósitos do Pai, tem prioridade. Se a família quer desviar-nos do propósito de Deus, é necessário tomarmos uma atitude corajosa de continuarmos a fazer o que Deus quer. Ninguém poderá

Nós sabemos, baseados em nossa própria experiência, que viver é difícil. Foi por causa destas horas que Davi escreveu o Salmo 27: “Em tempos difíceis, Ele me esconderá no Seu abrigo. Ele me guardará no Seu templo e me colocará em segurança, no alto de uma rocha” (Sl 27.5).

nos impedir de adorar a Deus, de servir a Cristo, de testemunhar do Seu amor aos perdidos. Não podemos colocar a família acima de Deus, Ele é a razão do nosso viver.

A família é importante. Devemos amar pai, mãe e irmãos; mas, não

Uma companhia infalível

Escrevendo à Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo ensinou: “As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam. Mas Deus cumpre a Sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la e, assim, vocês poderão sair dela” (I Co 10.13).

O apóstolo Pedro garante: “Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois Ele cuidará de vocês” (I Pe 5.7). Confiemos, então, no Senhor Deus!

podemos ser manipulados por eles. Quando a família quer proibir você de fazer a vontade de Deus, não pode seguir essa orientação. Jesus deixou claro a Sua prioridade. Ele enfatizou o Reino de Deus. Ele sempre fez a vontade do Pai que está no céu. n

“Aquietai-vos, e sabei que sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Sl 46.10-11).

Tantas são as coisas que nos inquietam em nossas vidas. Nossos afazeres e compromissos cada vez mais avultados, nossas limitações diante dos impossíveis para nós, nossos mo-

mentos de infortúnios e sofrimentos pessoais, sofrimentos em nossas famílias, violências contra crianças, injustiças com inocentes e indefesos etc.

Por tudo isso, fatalmente passaremos em nossas existências, Jesus nos comunicou isso e nos exortou a não desfalecermos ou desistirmos, pois, o que não poderíamos suportar, Ele o suportou por nós. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, em venci o mundo” (Jo 16.33). Não há impossíveis para Jesus; se

crermos nisso, certamente chegaremos ao mesmo estado de espírito que chegou o salmista acima referenciado: Nos aquietar, por sabermos que temos como companhia o Deus Todo Poderoso e justo, que é o Senhor dos Exércitos, o imbatível diante de todo mal promovido pelo príncipe das trevas, Satanás, que trouxe o pecado para o homem, para levá-lo à condição de ser o causador de todo o mal sobre a terra, inclusive o seu próprio.

Portanto, creiamos nessa palavra de Deus, que nos convida a crermos

nEle de todos nossos corações, nos entregarmos a Ele nos momentos de nossas aflições, nos abrigando no refúgio inexpugnável que somente Ele é, e então nos aquietarmos por nos sentirmos sob a proteção e salvação dos Senhor dos Exércitos. “O Senhor está comigo: não temerei. Que me poderá fazer o homem?” (Sl 118.6).

Seja o que for que esteja te afligindo hoje, aquietai com fé, e saiba que o Senhor é Deus. Coloque-o como tua companhia, refugie-se nEle em todas as tempestades de tua vida. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB Olavo Fe ijó Celson Vargas pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Em busca de um milagre

(Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasilwww.oecbb.com.br)

“E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia. Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia. E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não

há mais vasilha alguma. Então o azeite parou. Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (II Rs 4.1-7).

No contexto social é muito recorrente encontrar pessoas prometendo fazer milagres. Inclusive, tais milagres estão associados à vida financeira, restauração de saúde e até mesmo de relacionamentos. Isso é um atrativo, porque são situações em que se espera uma resposta ou até mesmo uma motivação para continuar acreditando que ela é possível ou sustentável.

Entretanto, é preciso ter cautela com os chamados promotores de milagres, pois eles não podem assegurar que o milagre irá se efetivar, somente Deus tem o controle e a soberania para isto, principalmente, quando o milagre irá trazer honra e glória ao seu nome. Então, um milagre não pode ser barganhado ou vendido. Ele é fruto de uma ação sobrenatural de Deus na vida daqueles que creem em seu nome.

Quando se lê a história da viúva no texto bíblico, ela não estava à procu-

ra de sucesso ou de uma vantagem para si. Antes, o seu desejo era proteger os seus filhos do credor, pois não tinha como saldar a dívida, além de não ter como alimentar os seus filhos.

Por isso, ela vai ao profeta e lhe pede ajuda. Essa ajuda não é instantânea, ou seja, ela não acontece de maneira imediata, antes implica em uma ação direta da mulher e põe em prova a sua fé e confiança no Senhor.

O profeta solicita que ela consiga vasilhas vazias com os seus vizinhos e que a quantidade não seja pouca. Depois disso, a mulher deveria entrar em casa com seus filhos e despejar o azeite que ela tinha nas vasilhas vazias. Interessante, que a mulher não questiona o profeta como isso iria ocorrer. Antes, ela escuta e executa a orientação dada pelo profeta. Assim, o milagre acontece, como fruto de um processo de fé, sendo testemunhado por ela e seus filhos. A provisão do Senhor tinha chegado naquela casa.

O azeite que a viúva tinha na vasilha começa a ser distribuído nas vasilhas

emprestadas. E, quando ela solicita mais vasilhas, o filho informa que não existem mais vasilhas, então o azeite para de jorrar. Isso indica que o milagre foi proporcional à ação daquela mulher, ou seja, de sua prática de fé. Após esta ação, a mulher conta ao profeta o que ocorreu e o profeta passa a seguinte orientação: agora, vai e vende o azeite. Isso implica concluir que mesmo diante de um milagre, não se pode cruzar os braços, mas persistir e continuar agindo. A partir da venda, a mulher teria como pagar ao credor e ainda sobreviver da venda do azeite.

Milagres acontecem sim, mas até mesmo eles têm um propósito na vida daqueles que temem ao Senhor. Por isso, é preciso manter a fé e agir confiantemente no Senhor, pois Ele escuta o clamor e responde as orações, porém é preciso ter clareza que tudo será feito conforme a sua vontade.

Você crê que Deus continua a fazer milagres?

Ore, agradecendo o cuidado e a provisão do Senhor em sua vida. n

Testemunhas em Missão

pastor

(Extraído do site da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro - www.adiberj.com.br)

“E disse-lhes: ‘Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’. Então, lhes abriu o entendimento para que pudessem compreender as Escrituras. E lhes disse: ‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24.44-48).

As palavras dos versículos lidos foram as últimas ditas por Jesus, pouco antes de ascender ao céu, e trazem explicações e orientações que devem ser compreendidas e aplicadas por Seus discípulos, tanto os que passaram os últimos três anos com o Mestre, quanto os que atualmente O reconhecem como salvador e Senhor.

Jesus cita o Antigo Testamento para ajudar os discípulos a entenderem que tudo o que fora escrito apontava para Ele e sua obra redentora. Falou do momento em que viviam e de sua recente morte e ressurreição, como confirmação de que Ele era o Messias. Mas, apontou também para o futuro e para a responsabilidade de Seus discípulos na pregação do arrependimento para o perdão dos pecados. E não somente para um

grupo de pessoas, mas para todas as nações.

Que privilégio fazer parte do grupo que, em nossa geração, é usado por Deus no cumprimento da Grande Comissão deixada por Jesus, não é mesmo?

Uma vez compreendido quem é Jesus (o Cristo que haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia), agora é hora de saber quem somos e qual a nossa missão. Diante dos versículos lidos e das considerações apresentadas, você consegue entender seu papel na Grande Comissão?

J. C. Ryle nos diz que: “Se somos verdadeiros discípulos de Cristo, temos de prestar testemunho constante em meio a um mundo perverso. Precisamos testificar a verdade do evangelho de nosso Senhor, a graciosidade do co-

ração de nosso Senhor, a felicidade do servir a Cristo, a excelência das regras de conduta estabelecidas por nosso Senhor e o enorme perigo e a impiedade dos caminhos do mundo. Esse testemunho com certeza trará sobre nós o desagrado das pessoas. O mundo nos odiará, assim como odiou nosso Senhor, porque testemunhamos “que as suas obras são más” (Jo 7.7). Poucos crerão nesse tipo de testemunho, enquanto muitos o reputarão como ofensivo e extremista. Entretanto, o dever de uma testemunha é prestar testemunho, quer seja acreditada, quer não” (J. C. Ryle, Meditações no Evangelho de Lucas, ed. Tiago J. Santos Filho, 2a Edição. (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2018), 564.

Não se esqueça! Vocês são testemunhas destas coisas. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 REFLEXÃO

Linguagens de amor

Quase todos os casais cristãos, de alguma maneira, já ouviram falar em “linguagens do amor”, terminologia cunhada pelo escritor cristão americano, doutor Gary Chapman” As cinco linguagens do amor”, publicado, no Brasil, pela Editora Mundo Cristão.

Chapman popularizou e sistematizou, e isso foi muito bom, o que o psicanalista (também filósofo e sociólogo) alemão, Erich Fromm, já tinha escrito, na década de 50, no seu livro “A arte de amar”.

Gary Chapman usou a terminologia “as cinco linguagens do amor”, Erich Fromm, se apropriando de um estilo filosófico tinha usado, em seus escritos, a expressão “símbolos do amor”. Ambos os autores foram importantes para compreendermos o amor. Erich Fromm e Gary Chapman.

Chapman nos ensinou, e ainda nos ensina, que o amor deve, acima de tudo, ser demonstrado de forma concreta nas relações humanas. Erich Fromm escreveu mais um tratado sobre amor. Para Fromm, o amor, como

a música, a pintura, a carpintaria, ou exercer a medicina ou engenharia, deveria ser aprendido. Para ele, o amor é algo ensinável.

Talvez, você já tenha ouvido algum preletor para casais falar que o amor é uma decisão. Esta frase é de Erich Fromm quando escreveu: “O amor é uma decisão, é um julgamento, é uma promessa. Se o amor fosse só um sentimento, não haveria base para a promessa de amar um ao outro para sempre. Um sentimento vem e pode ir”.

Se uma pessoa ama a outra, de verdade, ela não nutre apenas um sentimento, mas decide amar. Surge aí, então, a grande contribuição do doutor Gary Chapman, quando, como já afirmamos, sistematizou as chamadas “linguagens do amor”. Para Chapman, o amor é demonstrado através de cinco maneiras: Toque físico, presença, palavras de afirmação, presentes e atos de serviços.

A demonstração do amor, através do toque físico, se dá, como o próprio nome revela, através dos abraços, bei-

Aimportância de um amigo

O psicólogo americano Abraham Maslow se tornou referência na psicologia humanista por criar, na metade do século passado, a “Teoria da hierarquia das necessidades humanas”, também conhecida como a Pirâmide de Maslow, a qual define cinco níveis graduais de necessidades a serem alcançadas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de autorrealização. Ele coloca as necessidades sociais em terceiro nível, compreendendo a importância dos relacionamentos afetivos na vida dos indivíduos. A amizade é definida pelos dicionários como um relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, caracterizada por lealdade, reciprocidade, intimidade, ajuda mútua, compreensão e confiança.

A simples definição supramen -

cionada não é o suficiente para definirmos em nossa rede de relacionamentos quem poderá ser classificado como nossos amigos. Como fazer ou quais outros critérios adotarmos para poder identificá-los? É muito difícil distinguir um amigo quando as coisas estão indo bem, pois, nessas horas muitos se mantêm por perto e até se colocam à disposição para ajudar, caso, seja necessário, isto é o que afirmam categoricamente. Contudo, normalmente são nos momentos de dor e sofrimentos que os verdadeiros amigos se revelam.

Jó era um homem íntegro e temente a Deus. Um dos fazendeiros mais ricos de sua época (Jó 1.1-3). Conjecturando aqui, pois, a Bíblia não fornece este detalhe, talvez por isso sua casa fosse constantemente frequentada por diversos moradores da cidade. Em um curto período aquele homem perdeu

jos, andar de mãos dadas, do carinho, das massagens relaxantes, do cafuné.

Demonstrar o quanto amamos o outro através da presença acontece quando estamos juntos, seja nos passeios, ao sentar-se no sofá e ver um filme.

Palavras de afirmação se dá, no ato de demonstração do amor, quando dirigimos ao outro palavras positivas, de encorajamento, de ânimo, de elogio, que fazem bem às emoções e fortalecem e levantam a autoestima do outro.

Dar presentes também é uma outra forma de dizermos para o outro o quanto nós o amamos. São aqueles presentes dados ocasionalmente, em datas especiais. São presentes, não muitos caros, mas também aqueles que representam um pouco de sacrifício em nosso orçamento.

Podemos demonstrar que amamos o outro através dos atos de serviços. Isso se dá quando ajudamos o outro através de ajuda, de participação nos afazeres e, como o próprio nome diz, nos serviços.

O grande desafio, coloca Gary Chapman, não é apenas demonstrar o amor através dessas linguagens, mas também conhecer a linguagem de amor que o amado ou a amada mais se satisfaz e que preenche suas necessidades de ser amado e, a partir daí, concentrar nesta linguagem, sem se esquecer das demais.

Os conceitos de Erich Fromn e de Gary Chapman são importantes para o relacionamento na família e no casamento. Mas, o maior tratado de amor está na Palavra de Deus, em I Coríntios 13. Esse amor foi vivenciado, na sua plenitude, por Jesus. Ele não apenas ensinou sobre o amor, mas viveu o amor. Ele é o próprio AMOR. n

Pr. Gilson Bifano é o fundador e diretor do Ministério OIKOS. Preletor, escritor e Coach na área de família e casamento. Siga-me no Instagram @gilsonbifano Facebook/gilsonbifano oikos@ministeriooikos.org.br

tudo, suas riquezas, filhos e a saúde. Jó estava sendo provado. Fazendo um breve parêntese, é isso mesmo, provação é algo para gente que teme a Deus (I Pedro 1.6-9). A diferença para o incrédulo é o fim da linha, para este é condenação, enquanto para aquele, é receber tudo em dobro e a vida eterna.

Voltando ao tema principal, agora sua casa na fazenda já não é mais tão frequentada, sua lista de amigos começa a sofrer reduções, mas, ele recebe a visita de três candidatos a amigos, seus nomes são: Elifaz, Bildade e Zofar. Jó estava só, enfermo e carente, necessitando urgentemente de um ombro amigo, no entanto, aqueles homens chegaram estendendo o dedo acusador. Ficaram o tempo todo insistindo que tamanho sofrimento só poderia ser consequência de algum erro cometido por ele diante de Deus, ou seja, metaforicamente, oferecendo

uma corda para quem tem motivos de se enforcar. Sua lista de amigos sofre mais cortes, agora só lhe resta sua esposa. Para sua surpresa, ela chega para ele e sugere que amaldiçoasse o seu Deus e morresse (Jó 2.9). Excepcionalmente, no caso deste homem, pôde constatar que não possuía amigo algum, no entanto, refletiu o quanto eles fazem falta.

Por isto, devemos manter todos os esforços para construirmos amizades verdadeiras, reconhecendo que todo relacionamento possui uma via de mão dupla, isto é, eu e você precisamos fazer a nossa parte, nos tornando ombro amigo na vida de outras pessoas. A situação de Jó só não foi ainda mais dramática porque ele possuía um superamigo, Jeová Shammah (O Deus que sempre presente está), quem lhe estendeu a mão e não deixou que perecesse. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
Juvenal Oliveira Netto colaborador de OJB

Me chamo Késia Machado e sou missionária em formação do projeto Radical Amazônia. Meu chamado começou exatamente em 2017, quando participei de um congresso, que era focado em missões e Igreja perseguida. A experiência vivida ali foi um divisor de águas para que os meus olhos abrissem ao campo missionário.

Eu voltei desse evento e comecei a auxiliar o Promotor de Missões da minha Igreja, mas só entendi e aceitei o “IDE” do Senhor apenas em 2019. Nesse ano, Deus falou tremendamente comigo e eu não consegui mais deixar de fazer aquilo que Ele havia designado para a minha vida.

Em 2020, eu fui para o estado do Amazonas, quando, então, se iniciou todo o processo de treinamento e

Não guarde a mensagem do Evangelho só pra você!

adaptação, já que eu sou do Rio de Janeiro. Chegamos duas semanas antes de iniciar a pandemia e, nesse tempo, vivi um misto de sentimentos: medo, confiança, crescimento espiritual, saudades da família e preocupação, porque eles estavam longe, mas segui confiando que Deus estava cuidando, pois Ele me chamou para a Sua missão.

Estar no campo missionário atuando há três anos e cinco meses só me confirma que essa foi a decisão mais certa que eu tomei na minha vida. Sou feliz aqui e em poder levar o amor de Cristo aos que precisam e anseiam conhecê-lo. No dia a dia, por exemplo, eu ajudo algumas crianças no reforço escolar e acompanho a evolução na escola. Nesses encontros, eu falo sobre Jesus. Glórias a Deus por cada oportunidade de anunciar a Palavra!

Em meio a um imenso rio, com

um motor e uma canoa, atravessando igarapés estreitos, às vezes, com a luz de apenas uma lanterna, encontramos pessoas que gritavam por socorro e falavam: por que vocês demoraram tanto para chegar? Levar até essas pessoas a esperança de uma vida eterna ao lado de Deus é uma experiência inexplicável, algo que só o Senhor pode nos permitir viver. É algo que nos constrange.

Também no campo missionário, fui abençoada em outras áreas da minha vida. Eu encontrei o meu esposo e me casei com o missionário Daniel Costa. Hoje, nós estamos no estado do Acre, ainda no projeto Radical Amazônia. Atuamos no município de Capixaba, no interior, iniciando uma plantação de igreja, e em uma vila da Bolívia, chamada Vila Mapajo. Nessa vila, as pessoas estão sedentas pela Palavra e necessitando muito conhecer o verdadeiro Evangelho que liberta.

Hoje, posso dizer que não tenho falta de nada. Antes de viver tudo isso, buscava me satisfazer em tantas coisas, mas nada preenche o vazio do nosso coração, que anseia por fazer a vontade do Pai. Me sinto muito feliz em poder passar adiante que existe um Deus amoroso. Eu não vou guardar isso só para mim. Atos dos Apóstolos 20.24 é um dos versículos que têm falado muito ao meu coração: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”. Paulo deixou um legado para darmos continuidade e assim tenho buscado forças em Deus para fazer. Vamos avançar com a missão do Senhor, levando o Evangelho a toda criatura!  n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
MISSÕES NACIONAIS
Culto em Capixaba, no estado do Acre Missão com as crianças em Vila Mapajo, na Bolívia

Convenção Batista Baiana realiza

sua 98ª Assembleia

Lidiane Ferreira

gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana

Evento teve recorde em número de Igrejas representadas.

A Assembleia da Convenção Batista Baiana (CBBA) é o maior evento da denominação Batista no Estado. Em 2023, sendo realizada na capital, bateu recorde em número de Igrejas representadas: 307. Entre os dias 29 de junho a 02 de julho, Batistas baianos de diversas regiões do estado reuniram-se na Igreja Batista Metropolitana (IBAM), em Salvador - BA.

A 98ª Assembleia foi precedida pelos seguintes eventos: Assembleia Extraordinária da CBBA (26 e 27 de junho), para reforma do Estatuto e Regimento Interno da CBBA e reforma dos Estatutos do Colégio Batista Taylor-Egídio e Seminário Teológico Batista do Nordeste. Foi precedida também pelas reuniões / assembleias dos seguintes órgãos: Associação dos Diáconos Batistas do Campo Baiano, Associação dos Educadores Cristãos Batistas da Bahia, Associação das Esposas dos Pastores Batistas da Bahia, Associação dos Músicos Batistas da Bahia, Juventude Batista Baiana, Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Bahia, União Feminina Missionária Batista da Bahia e União Missionária de Homens Batistas da Bahia.

A Assembleia da Convenção foi um momento especial de louvor e adoração a Deus e de confraternização entre os irmãos. Foi celebrado o ingresso de quatro novas Igrejas ao rol cooperativo da CBBA: Igreja Batista Povo do Alto em Candeias - BA, Segunda Igreja Batista Boas Novas em Tucano - BA, Igreja Batista Filadélfia de Umburanas - BA e Igreja Batista Ebenézer em Salvador - BA. Momento de celebração também com os 100 anos da União Feminina Missionária Batista da Bahia (UFMBBA), além do centenário da Convenção.

O culto de abertura contou com a presença de diversas autoridades civis, dentre elas o prefeito Municipal de Salvador, sr. Bruno Soares Reis e o governador do estado da Bahia, sr. Jerônimo Rodrigues Souza. Também houve, dentre outras representações eclesiásticas, o presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Hilquias Paim. Na abertura (29), o orador da noite, pastor Julio Cesar Paiva Gonçalves, trouxe uma mensagem inspiradora, com base no tema da CBB para 2023: Proclamemos a verdade ao mundo.

As manhãs de 30 de junho a 02 de julho foram marcadas por cultos inspirativos, com mensagens do pastor Irland Pereira de Azevedo, presidente Emérito da CBB (sexta e sábado, 30/06 e 01/07), e pastor Erivaldo Barros, pre-

Noite de Abertura da 98ª Assembleia da Convenção Batista Baiana

sidente da CBBA (domingo, 02/07). Houve apresentação do coro da Associação dos Músicos Batistas da Bahia - AMUBAB (30/06); momento de homenagens póstumas: pastor Benedito das Neves Wanziler, pastor Epaminondas Souza Bastos, pastor Isaías Andrade Lins Filho, pastor José Santos da Silva e pastor Lourival Bastos de Azevedo e homenagens em vida: pastor Carlos Farias de Macedo, pastor Edson Gama de Oliveira, pastor Hermenegildo Francisco da Paixão e pastor Walter Santos Baptista, no dia 01 de julho. Houve ainda a apresentação das crianças participantes do Congresso Infantil (02/07), uma parceria entre a CBBA e o Ministério Infantil da IBAM.

Assembleia da Convenção Batista Baiana é sinônimo de investimento em capacitação. Durante a reunião convencional, foram realizadas quatro oficinas: Formação e desenvolvimento de liderança nas Igrejas (pastor Josué Campanhã); Púlpito e Homilética (pastor João Emílio Cutis); discipulado e

os pequenos grupos multiplicadores (pastor Fabrício Freitas) e Inclusão de pessoas com deficiência nas igrejas (Samya Soares de Araújo).

Já as tardes do período de 30 de junho a 02 de julho foram dedicadas às reuniões deliberativas, de prestação de contas e apresentação de relatórios da CBBA e de seus órgãos executivos e auxiliares.

Anunciemos a Palavra em toda a Bahia! Sexta (30), foi de Noite Missionária durante a 98ª Assembleia, com participação do projeto Metanoia e da Cristolândia Bahia. Foram nomeados novos missionários da Convenção Batista Baiana. Houve um momento muito especial de Ceia do Senhor, com Batistas baianos de diversas Igrejas participando juntos dessa solenidade. O orador da noite foi o pastor Humberto Aragão, da Igreja Batista do Morumbi, São Paulo - SP, que trouxe uma mensagem inspiradora aos convencionais.

Sábado, 01 de julho, teve Noite da Juventude durante a 98ª Assembleia.

O público foi edificado com a palavra do orador da noite, pastor Filipe Breder, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - MS. Dezenas de jovens disseram sim ao chamado vocacional, comprometendo-se com a obra missionária.

Louvamos a Deus pela Igreja Batista Metropolitana de Salvador, pelo pastor Abraão e Cleo e toda a equipe. Os Batistas baianos foram muito bem recebidos durante essa semana. Louvamos a Deus também pela Diretoria, equipe do escritório da CBBA, missionários, representantes dos órgãos executivos e auxiliares, além dos voluntários. Como disse o orador da noite do domingo (02), pastor Hilquias Paim, Presidente da Convenção Batista Brasileira, “o Senhor falou muito aos nossos corações durante esses dias”.

A 99ª Assembleia da Convenção Batista Baiana será entre os dias 27 a 30 de junho de 2024, tendo como Igreja anfitriã a Primeira Igreja Batista em Jacobina. n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Momento de oração pelos novos missionários

Louvor e serviço marcam

114ª Assembleia CBESP na capital paulista

Evento teve despedida, posse e muito louvor.

Fotos: Daniel Pimentel/Osis Produções/CBESP

Chico Junior jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo

A celebração da noite de sábado (15/7) encerrou os quatro dias da programação na 114ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), encontro realizado anualmente pela denominação no estado paulista. A agenda fechou os três anos do evento na capital (2020, 2022 e 2023). Todos foram recebidos pela Igreja Batista Boas Novas, em Vila Zelina.

O encerramento contou com preleção do pastor Luiz Wagner Santos, titular da Igreja Batista Central de Guarujá, coro da Associação dos Músicos Batistas do Estado de São Paulo (Ambesp) e coral Cristolândia, que comemorou os 14 anos de atuação do trabalho missionário no município paulistano. A programação foi transmitida simultaneamente pelo canal da CBESP no YouTube (https://bit.ly/ YouTubeCBESP).

A solenidade teve ainda a apresentação de vídeo chamando o povo Batista para a 115ª Assembleia CBESP, marcada para 10 a 13 de julho de 2024. O convite à denominação em São Paulo foi elaborado pela Associação Centro Norte do Estado de São Paulo (Aibacen) e pela Primeira Igreja Batista (PIB) em São José Rio Preto, que receberam o evento em 2018.

Para a ocasião, foram escolhidos pelos mensageiros como oradores oficial e substituto, respectivamente, os pastores Roberto Amorim, titular da Igreja Batista do Farol (Maceió - AL), e Marcelo Santos, titular da Igreja Batista da Graça - SP. Mais informações a 115ª edição serão divulgadas em breve.

Abertura da 114ª Assembleia

As atividades da 114ª Assembleia CBESP tiveram início na manhã de quarta, 12, com as agendas das reuniões da seção São Paulo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB-SP) e da União das Esposas de Pastores Batistas do Estado de São Paulo (UEPBESP). A programação também realizada à tarde contou com a eleição da Diretoria da Ordem.

115ª Assembleia será em Rio Preto

Os pastores presentes reelegeram para a Presidência da Ordem o pastor Marcos Peres. Como vice-presidentes, foram eleitos os pastores Sérgio Moreira, Carlos Jones e Nelson Pacheco. Já as Secretarias terão os pastores Hélio Dibiasi, Luciano Santágueda, e Marcos

Jesus. Com liderança para o biênio, a UEPBESP realiza pleito apenas na 115ª Assembleia CBESP.

A abertura solene aconteceu na noite de quarta. A celebração teve representação de autoridades públicas. O orador da solenidade foi o pastor Segundo Almeida, titular da PIB em Mogi das Cruzes - SP. A coordenação musical foi conduzida pelos músicos da AMBESP junto com grupo da Igreja local.

Congresso INTER e Noite de Missões Estaduais CBESP

Já na quinta, 13, a 2ª sessão do encontro do povo Batista trouxe o Congresso INTER, cujo tema nesta edição abordou “Unidade”. A primeira das duas manhãs contou com palestras do pastor Joelito Santos, presidente da CBESP, da psicóloga Jane Célia, 3ª secretária da CBESP, e do pastor Raphael Abdalla, vice-presidente da Convenção Batista Brasileira. A tarde seguiu com deliberações e apresentação de relatórios.

A noite do mesmo dia celebrou o espírito missionário dos Batistas de

São Paulo. A Noite de Missões Estaduais CBESP enfatizou o tema missionário #PazCompartilhe. A preleção foi do pastor Adilson Santos, diretor executivo da instituição. Os cânticos foram conduzidos pelos músicos que gravaram a canção “Compartilhe a paz”, música-tema da campanha 2023.

No segundo dia do momento inspirativo do Congresso INTER, as pregações foram dos pastores Eliezer Victor (PIB Penha - SP), Erivaldo Barros (IB da Graça - BA), João Emílio Cutis (PIB Irajá - RJ). Semelhantemente à manhã anterior, houve apresentação musical do casal Eduardo & Silvana. A tarde da sexta foi seguida novamente por deliberações e momentos inspirativos do quarteto “Celebração”, formado por membros da IB Boas Novas - SP.

Despedida e chegada

A terceira noite na 114ª Assembleia CBESP ressaltou a experiência da unicidade e cooperação do povo Batista com o Culto do Congresso INTER. As preleções foram dos pastores Vagner Vaelatti (titular da IB Boas Novas - SP) e João Emílio Cutis. A solenidade tam-

bém marcou a despedida do pastor Adilson Santos da Diretoria Executiva da CBESP, e a posse do diretor interino, pastor Alípio Coutinho Jr.

Presidentes eméritos da CBESP, os pastores Irland Azevedo e Vieira Rocha estiveram presentes em toda programação da 114ª Assembleia, e participaram na solenidade de despedida do executivo e posse do interino. Doutor honoris causa, pastor Salovi Bernardo também esteve na celebração. A noite teve ainda apresentação musical do coro da IB Boas Novas.

O quarto e último dia na agenda da Assembleia CBESP foi aberto com os encontros das organizações denominacionais no estado. A programação teve as reuniões da União Feminina Missionária Batista do Estado de São Paulo, da Associação dos Músicos Batistas do Estado de São Paulo, da Ordem dos Diáconos e Diaconisas Batistas do Estado de São Paulo, da União Missionária Masculina Batista do Estado de São Paulo, da Juventude Batista do Estado de São Paulo e da OPBB-SP.

Conselheiros eleitos na 114ª Assembleia

Durante a 114ª edição do encontro convencional, houve eleição para composição de conselhos de apoio à instituição: Para o Conselho Gestor, Conselho Geral, Junta de Educação e Conselho Fiscal.

Diaconia realizada com esmero

Com dedicação em todos os três anos, a equipe de voluntários da IB Boas Novas atendeu aos mensageiros com amor e serviço cristãos. Oferecendo, inclusive, oportunidade aos participantes da 114ª edição de abençoar o fundo solidário através dos recursos levantados pela cantina.

A transmissão diária contou com os profissionais da equipe da Igreja local e com a parceira Osis Produções, responsável pelos materiais produzidos nos últimos três anos pela CBESP. Embracon, Rede Batista de Educação CBESP, RTM, Avila Company, Lar Batista, Christian Hall, Missões Nacionais, Work Plastic, Acrílicos Futura, MCL Travel e Peregrinos, foram os demais parceiros no evento.

Outros detalhes do evento estão disponíveis pelas hashtags #114AssembleiaCBESP, #CongressoINTER #AssembleiaCBESP. Mais momentos do encontro serão publicados na Revista Batistas SP. Siga e se inscreva nos perfis sociais da CBESP (YouTube, Facebook, Instagram e Twitter). n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Noites da 114ª Assembleia CBESP tiveram momentos marcantes, com mensagens desafiadoras e louvores inspirativos Despedida do pastor Adilson Santos da CBESP teve presença dos presidentes eméritos, pastores Irland Azevedo e Vieira Rocha Equipe CBESP, familiares e missionários participaram intensamente ao longo do encontro convencional

Confira o que aconteceu na 78ª Assembleia da Convenção Batista Goiana

Assembleia foi especial para os Batistas goianos por diversos motivos.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Goiana

Entre os dias 06 e 09 de julho, no templo da Primeira Igreja Batista de Ceres - GO, aconteceu a 78ª Assembleia da Convenção Batista Goiana (CBG), com o tema: “Fortalecer para Crescer”, e tendo como divisa Atos 16.5, onde está escrito: “Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia” (At 16.5 - NVI)

O pastor Paschoal Piragine Jr., pastor Emérito da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR, foi orador ocasional. Seus sermões versaram sobre alguns elementos importantes para o fortalecimento e crescimento das Igrejas. A proposição ou tópico frasal do primeiro sermão, foi a pergunta: “em que sentido as Igrejas eram fortalecidas e cresciam?”. Resposta: na unidade e na diversidade. Tendo como texto básico: Atos 16.4-5.

A 78ª Assembleia Convencional teve sua abertura oficial no dia 06 de julho, e após cumprir rito e agenda administrativa, seguiu-se uma bela e rica programação. O presidente da Convenção Batista Goiana (CBG), pastor Carlos Enrique Santana, no uso de suas atribuições legais, presidiu a Assembleia Convencional da CBG.

Esta Assembleia foi muito especial para os Batistas goianos, por vários motivos: foi a segunda Assembleia

Anual da CBG, na modalidade presencial, após o período de pandemia do coronavírus (Covid-19); em 2º lugar, a Igreja hospedeira superou o recorde de inscrições dos últimos 16 anos, com o número total de 208 mensageiros inscritos. Inclusive com número maior de mensageiros inscritos em relação à última vez que a PIB de Ceres recebeu uma Assembleia da CBG, no ano de 2013.

No segundo dia de Assembleia, logo pela manhã, na 2ª sessão da 78ª Assembleia da CBG, o preletor substituto, pastor Venâncio Carneiro, pastor da PIB Evangélica de Rio Verde - GO, trouxe um maravilhoso sermão baseado em I Coríntios 3.6-9, com o título: “Vamos crescer tendo Deus como Aquele que nos fortalece”. O dia estava só começando, pois naquele dia, Deus ainda iria derramar muito mais das suas bênçãos sobre o Seu povo. No período vespertino, ocorreram as apresentações dos relatórios das câmaras setoriais: Educação Cristã, Evangelismo e Missões, Educação Ministerial, Ação social. A programação do dia, contou ainda com uma belíssima participação dos missionários conveniados e parceiros da CBG, no culto intitulado:

Noite Missionária. Foi emocionante ver e ouvir aquilo que Deus está fazendo em nossa geração, através dos seus servos, os missionários, e das Igrejas Batistas, unidas em cooperação, no estado de Goiás. Novas Igrejas estão sendo abertas, vários projetos de plantação e revitalização de Igrejas estão em andamentos, muitos jovens vocacionados respondendo ao chamado de Deus para a sua missão e um aumento significativo das ofertas levantadas pelas Igrejas para missões estaduais em Goiás.

Nos últimos 12 meses, a CBG mais que dobrou o seu quadro de missionários atuantes no estado de Goiás, são mais de 25 projetos em atividades atualmente, sustentados pela CBG e pelas Igrejas parceiras, disse o diretor Executivo, o pastor Newton César Previtali Bastos. Aleluia! Glória a Deus!

No dia 08, penúltimo dia da Assembleia Convencional, a programação contou com várias atividades. Na parte da manhã, durante a 4ª sessão, Deus nos abençoou muito também através do pastor Carlos Enrique Santana Rocha, que foi um dos preletores ocasionais, na Assembleia. Na ocasião, ele pregou a poderosa Palavra de Deus sobre o tema: “Desafios? O que ele

provoca?”. (...) observação, omissão, indiferença. Em sua Homília, o prele tor nos convidou a refletir sobre esta temática, através das histórias bíblicas e das reações que tiveram alguns de seus personagens, diante de grandes desafios, como Abraão, Daniel e ou tros.

No período vespertino ocorreram paralelamente as atividades da 78ª Assembleia da CBG, programações de organizações e instituições paraeclesiásticas ligadas a Convenção Batista Goiana: Assembleia Geral Anual da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil seção Goiás (OPBB-GO); Associação de Esposas de Pastores; União Missionária de Homens Batistas de Goiás (UMHBGO); Assembleia da União Feminina Missionária Batista de Goiás (UFMBG) e a Juventude Batista do Estado de Goiás (JUBEG).

O encerramento da 78ª Assembleia Convencional foi marcado pela posse das novas diretorias. O pastor Carlos Enrique Santana foi reeleito presidente da CBG para mais um mandato (20232025). Ficou assim a composição da nova Diretoria: Presidente: pastor Carlos Enrique Santana (PIB em Inhumas - GO); primeiro vice-presidente: pastor Alonso Colares (PIB em Anápolis - GO);

ner Costa (PIB em Rio Verde, CB em Acreúna - GO); terceiro vice-presidente: irmão Walter Silva (PIB em GoiâniaGO); primeiro secretário: irmão Lucasdo secretário: irmã Marizeth Santos (IB em Goyá, Goiânia - GO); terceiro -

O local da próxima Assembleia Convencional da CBG já foi escolhido. Em 2024 será no templo da Segunda Igreja Batista em Goiânia, no endereço: Av. 24 de Outubro, 764 - Campinas, GoiâniaGO, em comemoração pelos 80 anos de sua fundação.

A programação foi concluída com um belo culto de louvor e gratidão a Deus na direção do pastor Carlos Enrique, que aproveitou o ensejo para agradecer também a todos os irmãos presentes, e em especial aos membros da Igreja anfitriã, ao seu pastor José Orlando Palhares. O referido pastor e sua amada Igreja realizaram um grande trabalho para o Reino de Deus e para a denominação, sediando maravilhosamente bem, mais uma Assembleia da Convencional da CBG.

A Deus toda a honra e toda a glória para sempre, amém! n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
-
Diretoria da Convenção Batista Goiana para o período 2023-2025 Pr. Newton Bastos, diretor executivo da CBG, e Pr. Carlos Enrique, presidente da CBG 78ª Assembleia da Convenção Batista Goiana, em Ceres Pr. Paschoal Piragine Jr., preletor oficial da 78ª Assembleia da CBG

Quero começar compartilhando a história do pai (que chamaremos de Jun) de um dos obreiros que trabalha em nosso escritório e com o grupo Tay, aqui no nosso Projeto “Os Últimos 17 Povos”.

Jun sempre dificultou a vida do seu filho. A perseguição sempre existiu da parte dele, e como o nosso obreiro está planejando se casar com uma menina comprometida com o Senhor, ele não concordava, pois sabia que o evento de união não teria oferendas aos ancestrais. Recentemente, Jun ficou doente ao ponto de vir para a capital e ficou hospedado na Casa Abraão e Jesus tinha um plano excelente para ele. Os irmãos compartilharam as Boas Novas com ele e o Espírito Santo fez uma linda obra na vida dele. Jun recebeu Jesus como o Salvador e Senhor de sua vida. Um verdadeiro milagre!

Anunciando Jesus no Sudeste da Ásia

Aquele homem voltou ao vilarejo e participou do pequeno grupo local. Ele sempre teve problemas com o álcool e é uma luta permanecer firme sem o vício terrível. Por favor, ore para que permaneça firme em sua fé, cresça na vida espiritual e que em meio às perseguições ele fique firme.

Outro testemunho que quero compartilhar é o de quando, há alguns meses, fomos com um amigo ao Hospital dos Olhos para ele fazer consulta e ali, enquanto esperávamos, uma das meninas que trabalhava ali iniciou uma conversa com a Kim, minha esposa. Elas riram muito juntas e a Kim pediu o contato dela porque queria conhecê-la melhor. A Kim entrou em contato e, desde então, elas se encontraram. Por ser um país com grandes desafios em relação à perseguição religiosa, sempre vamos com muito cuidado nas novas amizades.

Como a maioria das pessoas do país, aquela menina nunca ouviu falar

de Jesus. E já no primeiro dia em que se encontraram, ela abriu o coração para a Kim. Ela levava a vida de culpa, rancor e muitas decepções. Depois de ouvi-la, Kim pensou: “não há conhecimento humano que traga paz e consolo a essa menina, e somente Jesus é a resposta para tudo isso”. E desde o primeiro encontro, a Kim apresenta Jesus a ela, e como é maravilhoso o privilégio de falar a uma pessoa sobre Jesus porque Ele é tudo que precisamos.

Assim como essa menina, milhares de pessoas continuam não sabendo que há salvação, há perdão, que o preço por nossas vidas já foi pago - e por um preço altíssimo. Fale de Jesus, viva de modo que leve a mensagem dEle. Ela ainda não entregou sua vida para Jesus, mas pelos olhos da fé esperamos esse dia com muita alegria e esperança. Por favor, ore por ela. A Kim iniciará, no próximo mês, o Curso de Mulher Única com ela.

Uma outra boa notícia é que aproveitamos os meses de junho e julho e enviamos um dos nossos obreiros, que também trabalha no escritório e com o grupo Tay, para ficar no vilarejo. Nosso objetivo é ter um tempo de treinamento para, em breve, voltar ao vilarejo para permanecer ali em tempo integral. Ore para que esse tempo seja frutífero, para que os cristãos locais tenham um tempo de muita aprendizagem. Interceda para que nosso obreiro tenha ousadia e encontre pessoas de paz para compartilhar o Evangelho e para que novas pessoas se entreguem ao Senhor Jesus!

Continue orando por nós, nossa família e os desafios que precisamos enfrentar para alcançar os últimos 17 povos. Você faz parte disso tanto quanto nós, através das suas orações e ofertas. Obrigado por nos apoiar na obra missionária entre os Povos Não Alcançados e a Igreja Perseguida.  n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 MISSÕES MUNDIAIS

Convenção Batista Fluminense promove

114ª Assembleia em Arraial do Cabo - RJ

Mais de 500 pessoas participaram das atividades durante a Assembleia.

“Proclamar a verdade ao mundo é um doce e salutar imperativo da parte do Senhor aos seus servos, que precisam cumprir com a missão, obedecendo e se esmerando pelo melhor. Tal atitude, fazer a vontade do Senhor, traz alegria interior, prazer espiritual e estabilidade na fé.” (pastor Vanderlei Batista Marins - presidente da CBF e pastor da PIB Alcântara - RJ)

Foi através dessa visão que a Convenção Batista Fluminense (CBF) realizou a sua 114ª Assembleia, nos dias 13, 14 e 15 de julho, na Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, localizada na Região dos Lagos (RJ), tendo à frente o pastor Carlos Henrique Soares. Foram mais de 500 pessoas participando ativamente de cada sessão e cultos realizados, fazendo parte de momentos abençoadores e que ficarão marcados em nossa história.

No entanto, apenas um dia antes do início oficial do evento, na quarta-feira (12) a Igreja recebeu a Assembleia Geral da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Fluminense, que reuniu diversos irmãos ao longo de três ses-

sões durante todo o dia. Inclusive, no mesmo momento acontecia também, na Terceira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ, a comemoração do Jubileu de Malaquita da União de Esposas de Pastores Batistas Fluminense, que completou seus 56 anos de existência. Na quinta-feira (13), iniciamos de fato a nossa Assembleia, às 16h, com as oficinas: Regras Parlamentares dos Batistas Brasileiros (pastor Vanderlei Marins); Lições que aprendi no Ministério Pastoral (pastor Geraldo Geremias); Liturgia para uma Igreja Contemporânea (pastor Elildes Fonseca); Educação Cristã para os Dias Atuais (pastor Samuel Pinheiro, Vânia de Paula e Tânia de Lima); Impacto da LGPD nas Igrejas

(pastor Marcelo Rosa) e A Igreja e sua Administração (pastor Almir Pereira). À noite, tivemos a primeira sessão com o expediente e a aprovação do Programa Provisório. Também foram feitas as saudações aos visitantes e autoridades, onde o prefeito da cidade, Marcelo Magno, esteve presente, e a mensagem foi levada pelo orador pastor Elildes Fonseca, da Primeira Igreja Batista em Cabo Frio - RJ.

Já na sexta-feira (14), a segunda sessão aconteceu logo pela manhã, com participações musicais e a Palavra sendo ministrada pelo primeiro vice-presidente da CBF, pastor Luciano Cozendey, da Primeira Igreja Batista em Rio Bonito - RJ. À tarde, a terceira

sessão ficou marcada por relatórios, renovação do Conselho, arrolamento de novas Igrejas, aprovação de atas e assuntos especiais, e a mensagem foi levada pelo pastor Mauro Sanches, da Primeira Igreja Batista em Parque Alian, em São João de Meriti - RJ. O dia se encerrou com a 4ª sessão, quando foi realizada a “Noite Missionária”, em que a equipe de Missões Estaduais teve a oportunidade de compartilhar com os presentes a Campanha de 2023 “Deus é Por Nós” e o comissionamento dos novos jovens missionários.

Por fim, no sábado (14), último dia, foi a vez das organizações da CBF realizarem as suas próprias assembleias durante manhã e tarde. E para fechar o evento, à noite celebramos a 5ª sessão e o Centenário da PIBAC, com o Grande Coro e Orquestra da Associação Litorânea e a mensagem pregada pelo pastor Vanderlei Marins.

Foram muitos momentos emocionantes e marcantes vividos durante esses quatro dias e nós, da Convenção Batista Fluminense, somos gratos a cada pessoa que participou, ajudou e esteve presente realizando alguma função para que todas as programações acontecessem com ordem e, principalmente, para honrar e glorificar o nosso Deus. n

Primeira Igreja Batista de Paraipaba - CE celebra 58 anos de história

Palavra e homenagens marcaram a comemoração.

Kelen Moura

membro da Primeira Igreja Batista de Paraipaba - CE

Nos dias 15 e 16 de julho, celebramos com grande alegria o aniversário da Primeira Igreja Batista de Paraipaba - CE. Foram 58 anos de uma caminhada marcada pela fé, dedicação e amor ao próximo. O evento contou com a presença de renomados pregadores, que compartilharam mensagens inspiradoras com os fiéis.

O tema escolhido para esse aniversário foi “Andamos por fé e não por vista”, uma frase que resume a essência da vida cristã. Fomos lembrados de que a confiança em Deus deve estar acima das aparências e das limitações humanas. Através dessa temática, fomos desafiados a perseverar na fé, buscando sempre agradar ao Senhor em tudo o que fazemos.

No primeiro dia, tivemos a honra de receber o pastor Vinicios Ramos,

da Igreja Batista Monte Castelo - CE, como pregador. Sua palavra foi repleta de sabedoria e reflexão, fortalecendo a fé de todos os presentes. Foi uma noite abençoada, onde cada indivíduo pôde renovar seu compromisso com Deus e com a comunidade.

No segundo dia, a pastora Luzia, da Igreja Batista de Vila União - CE, assumiu o púlpito. Com sua voz suave e cheia de autoridade espiritual, ela trans-

mitiu uma mensagem poderosa sobre a importância de confiarmos em Deus, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis. Seu sermão trouxe consolo e encorajamento a todos os presentes, impulsionando-os a prosseguir firmes em sua caminhada de fé.

Durante o evento, também prestamos uma merecida homenagem aos membros mais antigos da Igreja, reconhecendo sua contribuição e dedi-

cação ao longo desses 58 anos. Suas vidas foram exemplos vivos do amor e serviço cristão, e sua influência continuará a impactar as gerações futuras.

É importante ressaltar que todo o sucesso desse aniversário só foi possível graças ao trabalho incansável do nosso dedicado dirigente, o pastor Wendell Moura. Sua liderança visionária e comprometimento com a comunidade têm sido fundamentais para o crescimento espiritual e o fortalecimento dos laços fraternos entre os membros da Igreja.

Encerramos esses dois dias de celebração com o coração cheio de gratidão e alegria. A Primeira Igreja Batista de Paraipaba - CE segue firme em sua missão de levar a mensagem do Evangelho a todos que precisam ouvir.

Que Deus continue abençoando essa comunidade de fé e que os próximos anos sejam repletos de ainda mais bênçãos e realizações. A Ele seja toda a glória. n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
PIB em Arraial do Cabo - RJ durante 114ª Assembleia da CBF Celebração de 58 anos da Primeira Igreja Batista de Paraipaba - CE
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23

Durante o tempo que passamos neste mundo, podemos dizer que todas as pessoas têm algo em comum: precisam enfrentar gigantes. Quando penso em gigantes, estou pensando em tudo aquilo que pode vir contra nós: enfermidades, lutas, provações, pessoas que querem nosso mal... e por aí vai.

No entanto, por maiores que sejam os gigantes que tentam nos derrubar, nós podemos vencê-los. E, claro, se tem uma história bíblica que pode nos ajudar a descobrir como fazer isso, é a história de Davi contra o gigante Golias. Você se lembra desse fato?

Em I Samuel 17 encontramos a história do gigante Golias, homem de quase três metros de altura, que atormentava o povo de Israel. De acordo com o texto bíblico, o filisteu Golias ameaçava o povo de Israel e, sem papas na língua, pedia que se levantasse alguém para lutar contra ele:

“E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu e vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo, e me ferir, a vós seremos por servos; porém, se eu o vencer, e o ferir, então a nós sereis por servos, e nos servireis. Disse mais o filisteu: Hoje desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos” (I Sm 17.8-10).

Diante das ameaças do gigante Golias, Saul e todo povo de Israel tiveram medo (v.11).

Não sei se você já passou por isso, mas, é bem provável que sim. Você estava vivendo sua vida quando, de repente, apareceu um gigante (seja ele o que for). Nesse momento, qual foi sua atitude?

Sem ter a sua resposta e imaginando que ela não seria algo positivo, quero trazer algumas coisas que podemos aprender no texto de I Samuel para enfrentarmos os gigantes que aparecem em nossa vida.

Só venceremos os gigantes se os

Vencendo gigantes

enfrentarmos. Talvez, você já desanime aqui, mas, o que eu posso fazer? Você acredita que poderemos vencer os gigantes se nos trancarmos no quarto, fecharmos a porta e esperarmos o tempo passar? Isso é ilusão, não dá certo. Davi, que não era um soldado, um homem de guerra, diante do medo dos demais, assumiu o problema e disse que iria enfrentar Golias (v. 32). O que você está esperando para enfrentar os gigantes da sua vida?

Para vencermos os gigantes, não podemos ouvir os pessimistas (v. 33). Cuidado com as pessoas que estão a sua volta. Muitas delas dirão que você não conseguirá, que não há nada a fazer, que já era... e o que você fará? Quando Davi decidiu enfrentar o gigante Golias, o rei Saul falou com ele que ele não poderia fazer isso. É claro que sempre as pessoas tentarão desanimar você e darão motivos para isso. O rei Saul também fez assim. Disse a Davi que não poderia enfrentar o gigante porque ele ainda era muito jovem e o gigante era homem de guerra. Graças a Deus, Davi não deu ouvidos a Saul, enfrentou o filisteu e o derrotou. Já é hora de você fazer o mesmo: não ouça os pessimistas que estão querendo te desanimar, levante-se e enfrente seus gigantes.

Precisamos usar as experiências que tivemos (vs. 34-37). Para mostrar que poderia enfrentar o gigante, Davi conta a Saul suas experiências ao defender as ovelhas de seu pai, quando enfrentou um urso e um leão e os derrotou. Dessa forma, Davi estava mostrando que podia lutar contra Golias. Aprenda com Davi: use suas experiências para enfrentar as batalhas do presente. Busque em sua mente se você nunca passou pelos mesmos problemas ou por coisas parecidas. Pense também se você nunca ouviu falar sobre pessoas que tiveram vitórias nessas áreas. Coloque a mente para funcionar, e, muitas vezes, você verá que as coisas pelas quais passou ou soube de alguém que passou te darão o necessário para vencer as batalhas de hoje.

Muitas vezes, venceremos gigantes com objetos costumeiros, deixando de

lado o que pode ser útil a outros (vs. 38-40). Acho isso muito interessante. Saul tentou preparar Davi para a batalha colocando uma armadura nele, mas havia um “pequeno” problema: Davi não estava acostumado a usar armadura, Davi não estava acostumado com “roupas de guerra”. Muitas vezes, somos tentados a resolver nossos problemas, a lutar contra nossos gigantes da mesma forma que outros lutam, com as mesmas armas que outros lutam. O grande problema é que o que é bom para os outros não, necessariamente, será bom para nós. Nem todo remédio que resolve o problema de uma pessoa resolverá o problema de outra.

Saul quis colocar uma armadura em Davi para que ele pudesse lutar, mas não deu certo. Sendo assim, Davi pegou sua funda, algumas pedras (coisas com as quais já estava acostumado) e foi enfrentar o gigante.

Precisamos transformar o tamanho do gigante em energia para a batalha (vs. 41-47). De acordo com o texto, ao ver Davi, o gigante o desprezou e começou a falar um monte de bobagens, como se a batalha estivesse ganha, mas o que Davi fez? Ficou com medo e foi embora correndo? Não. Davi transformou toda aquela afronta em energia para a batalha.

Lembro-me de ter sido chamado no início do ano pela diretora da escola onde trabalho e de ela ter tentado me convencer a não assumir a minha turma do quarto ano de escolaridade porque, devido a fofocas sem fundamento, várias mães foram à escola pedir para tirar os filhos da minha turma e os colocarem em outra turma. Ao ouvir aquela proposta, minha resposta foi a seguinte: “Agora que não saio mesmo. Irei com minha turma até o fim do ano!” Já estamos no meio do ano, estou fazendo meu trabalho como sempre e as coisas estão indo bem, graças a Deus! Essa pressão para eu entregar a turma só serviu de energia para continuar meu trabalho. Faça o mesmo!

Precisamos enfrentar os gigantes com seriedade. Há muita gente brincando com os problemas, com os gigantes que surgem durante a ca-

minhada, e, ao fazer isso, acabam se complicando ainda mais. Davi não brincou. Tanto é que, ao atingir o gigante e vê-lo caído, partiu para cima dele, pegou a espada e acabou o serviço cortando seu pescoço. Na luta contra gigantes, não podemos brincar, a coisa é séria.

Gigantes são vencidos com confiança em Deus (vs. 41-47). Precisei inverter a ordem do texto, falei da seriedade primeiro, mas agora voltarei alguns versículos aqui, porque isso aqui é o principal. De tudo que vimos até aqui, o que mais fará diferença na sua luta contra gigantes é a sua confiança em Deus.

Depois de ouvir as afrontas do gigante Golias, Davi poderia desistir, sair correndo..., mas a fé de Davi em Deus o fez continuar. Vejam o que ele disse: “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel; E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (I Samuel 17:45,46,47).

Ao se oferecer para enfrentar o gigante filisteu, Davi não contava com sua força, como alguns podem pensar. Apesar de tudo que foi dito antes, na hora do “vamos ver”, Davi mostrou exatamente o que se passava em seu coração. E o que era? A sua fé de que o Deus que foi afrontado lhe daria a vitória naquela batalha. Isso é o que deve ficar de lição para nós.

Há um ditado muito conhecido que diz algo de que precisamos nos lembrar: “Não mostre a Deus o tamanho do seu problema, mas mostre ao seu problema o tamanho do seu Deus”. Gigantes sempre surgirão, mas todos poderão ser derrotados, desde que os enfrentemos com fé no nosso Deus, o Deus dos impossíveis. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 PONTO DE VISTA
Wanderson Miranda de Almeida colaborador de OJB

Muitos indivíduos que professam a fé cristã consideram que sua interpretação das Escrituras é a correta. Por conseguinte, entendem que as demais concepções acerca do texto bíblico estão erradas. Até aí, não há problema algum. Afinal de contas, todo servo de Deus genuíno acredita que o seu Senhor não revelou muitas verdades, mas apenas “a verdade”. Logo, não é possível que todas as interpretações estejam certas. Só há um sentido verdadeiro para aquilo que Deus revelou. É claro que nem sempre conseguimos descobrir que sentido é esse. Mas o fato é que existem algumas verdades bem claras nas Escrituras, com as quais a maior parte da cristandade concorda. Essas verdades constituem a agenda mínima daquilo que chamamos de ortodoxia. Entre elas estão a Trindade, o nascimento virginal de Jesus, Sua ressurreição, a salvação somente pela graça por meio da fé, o retorno de Cristo etc.

Contudo, quando as interpretações diferentes, as quais que se en -

contram no espaço não abrangido pelos fundamentos da ortodoxia cristã, se chocam, surge um problema que muitas vezes compromete a comunhão. Isso porque, alguns acabam concluindo que o discordante, simplesmente por discordar, é um herege ou um cristão de uma categoria inferior. Esse comportamento não é exclusividade de um único segmento denominacional. Indivíduos das mais variadas correntes podem assumir essa postura. Pentecostais podem tratar tradicionais como se fossem crentes de segunda categoria ou incrédulos e vice-versa. O mesmo pode ocorrer em relação aos calvinistas e os arminianos. Pois, muitas vezes, o contraditor é acusado de não ter estudado o suficiente. Isto é, há nesse embate uma ideia de superioridade intelectual. Há ainda aqueles que estabelecem uma ideia de como deve ser a prática cúltica e acusam quem não se alinha com ela de ser um falso adorador ou mesmo um adorador de Satanás.

Por detrás dessas posturas estão corações orgulhosos, mais interessados em defender o sistema que abraçaram e, com isso, tornar conhecida sua sapiência e perfeição, do que em

Senhor, ajuda-me a ser pelo menos inútil

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; especialista em Ciência da Religião e bacharel em Teologia

Num contexto de proliferação de literatura de autoajuda, profissionais motivacionais e autoestima inflada muitas vezes por embustes, as Escrituras Sagradas nos coloca no nosso devido lugar, escancarando nossa limitação, fraqueza, incapacidade e insuficiência. Em Gênesis 3.19 temos o espelho que reflete o que de fato somos: pó!

Ler Lucas 17, verso 10 - “Assim também vós, quando fizerdes tudo

Como você

age com quem discorda de suas ideias?

glorificar a Deus. A soberba faz com que essas pessoas se esforcem para humilhar e/ou denegrir a imagem seus opositores e demonstrar seu grande conhecimento e piedade. De sorte que, conquanto tenham aparência de santidade, com sua atitude negam o que tentam aparentar. Isso os alinha mais com os fariseus que com os cristãos.

Todavia, é importante ressaltar que não estou defendendo uma espécie de relativismo evangélico, a partir do qual todos os sistemas estariam certos. Como mencionei no início, existem seitas, heresias e falsos ensinos. Entretanto, não podemos incluir nessa categoria aqueles que concordam com os fundamentos da fé cristã protestante. O debate entre representantes de diferentes segmentos é saudável e ajuda a amadurecer conceitos. No entanto, a postura pecaminosa que guia alguns que se engajam nesses debates é errada, visto que é alavancada por um sentimento de superioridade em relação ao opositor que, muitas vezes, evidencia a idolatria da intelectualidade. Porquanto, alguns só querem vencer o debate e “provar” que o outro é “menos crente” ou tem um intelecto deficiente.

É claro que esse sentimento de superioridade nem sempre tem a ver com intelectualidade. Às vezes, está relacionado à ideia de uma espiritualidade superior. Isso é muito comum entre pentecostais. Alguns se consideram mais “espirituais” e mais “poderosos” que os chamados tradicionais. Essa perspectiva é o que motiva os adjetivos “frio”, “gelado”, geralmente atribuídos aos tradicionais por pentecostais. Com isso em mente, há quem afirme que tradicional nem crente é. Por essa razão, o cumprimento “a paz do Senhor” não é dirigido a eles.

Tudo isso, se resume em uma palavra: pecado. Cada uma das atitudes supracitadas é resultado da altivez de espírito e, conseguintemente, não tem nada a ver com a piedade cristã. É lamentável que muitas pessoas sigam esse caminho. Porém, sempre é possível se arrepender e retroceder. Afinal de contas, um dos distintivos da fé cristã genuína é o arrependimento. Assim, se esse é o seu caso. Confesse o seu pecado a Deus e arrependa-se. Porque “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.9).

Deus te abençoe! n

o que vos for mandado, dizei: somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” - para alguns deve ser uma afronta no ego fomentado por literatura de autoajuda, profissionais que lucram por afirmar para seus clientes que “querer é poder” e por um politicamente correto que eleva a autoestima maquiando a realidade insatisfatória, mas que deveria ser encarada.

Em Lucas 17, versículo 10, somos confrontados com a afirmação de que ainda quando cumprimos nosso dever, devemos nos considerar inúteis. Logicamente precisamos entender o contexto da fala do Senhor Jesus, analisando a perícope dos versos 7

ao 10, do capítulo 17 do Evangelho de Lucas.

O nosso Mestre Jesus explica que ao fim do serviço de um dia, o senhor não convida seu escravo a jantar, ao contrário, chama-o a servi-lo enquanto faz sua refeição. O senhor também não agradece ao escravo por servi-lo, pois ele apenas faz a sua obrigação, isto é, cumpre o seu dever. Semelhantemente, nós, servos do Senhor dos senhores, quando cumprimos nossa obrigação não devemos nos gloriar, porque precisamos encarar a realidade de que somos inúteis!

É bem verdade que o termo inútil (ἀχρεἀος), além de significar sem serventia, é relativo a não ter qualidades

que merecem louvor ou recomendação. Este segundo significado é o que melhor expressa o que o Senhor Jesus afirmou em Lucas 17, verso 10. Nós não merecemos louvor especial por fazer o nosso dever.

Não há mérito para quem cumpre uma obrigação. Agora, imagine a condição de quem não faz o que deve fazer?! Se não somos dignos de recomendação, se não merecemos louvor especial quando fazemos nossa tarefa, o que dizer quando negligenciamos?

Ah, Senhor! Ajuda-me a pelo menos ser inútil, ou seja, cumprir corretamente o meu dever e que o ser inútil seja um degrau para um dia ir além de um simples dever cumprido. n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/07/23 PONTO DE VISTA
Cremilson Meirelles pastor (Extraído do site da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro - www.adiberj.com.br) Nédia Galvão

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.