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Burnout: estresse no ambiente de trabalho pode levar ao adoecimento
from Edição 256
by Jornal Atual
Nos últimos anos, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, começou a ser pauta entre trabalhadores e profissionais da saúde mental. Ela consiste em uma espécie de estresse crônico e de maior gravidade relativa ao contexto de trabalho, e se manifesta através de esgotamento físico e mental, causado por estresse elevado e constante na vida profissional. Pode acometer todos os tipos de profissionais, em especial os que trabalham diretamente com pessoas.
Síndrome atinge cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros
A psiquiatra Tamara Mendes Cardoso explica que os profissionais mais afetados pela síndrome geralmente são aqueles que trabalham diretamente com pessoas, como professores, profissionais da saúde, pessoas que trabalham com mídia, policiais e bombeiros.
O burnout pode se manifestar através de diversos sintomas, como cansaço beirando à exaustão, tanto físico quanto mental; diminuição do sentimento de realização pessoal na carreira; dores de cabeça frequentes e enxaquecas; alterações no apetite e nos padrões de sono, incluindo insônia; dificuldades de concentração; lapsos de memória; ansiedade; sentimentos de fracasso, insegurança, incompetência, derrota e desesperança; agressividade e irritabilidade; entre diversos outros. “Além dos sintomas, alguns comportamentos podem ser comuns aos pacientes, como as faltas ao trabalho e o isolamento social”, explica. Ela ressalta, porém, que um estresse comum do trabalho não irá causar prejuízos disfuncionais à vida do indivíduo.

Tamara relata que a psicoterapia é um dos tratamentos mais frequentes para a síndrome de burnout. “Nela, o paciente recebe apoio para tratar questões emocionais, envolvendo tanto os aspectos profissionais quanto pessoais. Assim, são indicadas mudanças nos hábitos de trabalho e no estilo de vida para levar uma rotina com menos estresse. O psiquiatra também pode indicar tratamento com antidepressivos ou ansiolíticos, dependendo do caso.”



A prática de atividades físicas com frequência, assim como práticas de relaxamento também são hábitos importantes para quem quer combater o estresse prolongado. “Se possível, pede-se que a pessoa tire férias para descansar e priorize realizar atividades de lazer com pessoas próximas, como amigos e familiares. Por vezes, é necessário o afastamento temporário ou até mesmo definitivo do trabalho. Nesses casos, pode-se tentar uma recolocação no mercado de trabalho, de preferência em uma nova área cujo ritmo de trabalho seja diferente da carreira anterior”, finaliza.

Cidade
Santa Cruz ocupa 4º lugar em ranking de Atenção a Saúde Primária na região de Ourinhos
Santa Cruz do Rio
Pardo aumentou sua posição no ranking de cidades com melhor atenção primária na saúde na região de Ourinhos, ocupando a quarta posição. Os dados do último quadrimestre de 2022 do programa Previne Brasil, lançado pelo Ministério da Saúde em 2019, que busca incentivar a melhoria da qualidade da atenção primária à saúde e prevenção de doenças, promovendo transferências financeiras para os municípios que apresentarem melhor desempenho em indicadores de saúde.
O programa estabe lece 6 indicadores para avaliar o desempenho dos municípios: cobertura de pré-natal, cobertura de vacinação infantil, monitoramento de saúde bucal de gestantes, monitoramento do câncer de colo de útero, exames de sífilis e HIV, e acompanhamento de pacientes hipertensos e diabéticos. Eles definem o Indicador Sintético Final (ISF), que calcula o ranking. A partir desses indicadores, são calculados os valores que cada município receberá para o custeio da atenção primária à saúde. Nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022, Santa Cruz bateu três das sete metas atribuídas pelos indicadores, atingindo o ISF de 8,5. Confira o infográfico ao lado.

Cobertura de Vacinação Infantil Neste indicador, a meta era de que 95% das crianças menores de um ano estivessem imunizadas pelas vacinas contra poliomielite e a vacina pentavalente, que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e infecções por HiB. Santa Cruz atingiu 94% da do público alvo necessário, e acabou não batendo a meta.
Saúde Bucal das Ges tantes 60% das gestantes deveriam ter realizado o acompanhamento odontológico durante a gravidez, segundo a meta estipulada. Em Santa Cruz, o número foi de apenas 38%.

Cobertura Citopatológica 40% da população com útero deveria ter realizados exames para diagnóstico de câncer de colo de útero, porém, 9% do público alvo não foi atingido Monitoramento de Hipertensão e Diabetes O monitoramento de 50% dos pacientes que sofrem dessas doenças deveria ter sido realizado para bater a meta, mas apenas 47% dos hipertensos e 30% dos diabéticos realizaram essa medição.
Exames de Sífilis e HIV em Grávidas
Exames de sífilis e HIV durante a gravidez deveriam ser realizados por 60% das gestantes durante a gravidez. 62% do público alvo foi atingido.
Pré Natal
Entre as gestantes, 67% fizeram no mínimo seis consultas pré-natal, quando a meta era de 45%.
Confira o ranking completo da região:
LUTO
Santa Cruz se despede de seu ex-prefeito, Manezinho
Na madrugada do dia 21 de Abril, Santa Cruz do Rio Pardo deu seu adeus a um velho conhecido da cidade, o ex-prefeito o Manoel Carlos Manezinho faleceu aos 77 anos. Desde 1982 na política, ele ocupou a cadeira mais alta na Prefeitura de 1993 a 1996, e na Câmara dos Vereadores, quando se tornou o vereador mais votado nas eleições de 2004. O Manezinho, político, era conhecido por todos. Na matéria de hoje, porém, a história é do Manoel, pai e avô.


Karina conta que seu apelido, Manezinho, que até incorporado ao seu nome foi, veio por causa
Aos 77 anos, Manoel Carlos faleceu na madrugada último dia 21 de Abril do pai, Manoel Pereira de Castro. Quando criança, Manezinho era carinhosamente chamado pela família e amigos próximos de Neco, mas conforme foi crescendo começaram a chamá-lo pelo mesmo apelido do pai “Mané Capitão”. Logo, Manoel filho virou "Manezinho Capitão” - ‘inho’ porque era filho, mas se inspirava nos passos do pai.

Karina conta que como pai e avô, ele sempre foi uma pessoa que ensinou princípios e valores, mas não deixava de ser uma pessoa brincalhona e alegre, que gostava de conversar com todos. “Ser avô para ele foi a melhor coisa que houve. Ele amava”, relata. “Ele era aquela pessoa que se alguém ligasse, ele sempre atendia. Ele sempre estava pronto para o que precisasse resolver”. Maneco era o avô mais presente que seus netos poderiam ter, um avô carinhoso que adorava fazer festa com as crianças. Com seu pai, ela conta que aprendeu uma lição de vida para sua vida: ter persistência e fé. “A persistência, porque é através dela que vou chegar onde desejo, e meu pai tinha persistência e resiliência. Ele sabia esperar o momento, ele sabia o que ele queria e onde ele queria chegar”, con- ta. “Meu pai sempre foi muito sonhador, ele fazia um plano aqui, outro ali. Ele foi uma pessoa que só via o bem, nunca foi uma pessoa de guardar mágoas e nem rancor de ninguém. Ele sempre falava ‘a vida é mais do que isso’, muito mais do que guardar rancor”. Para Manezinho, não havia problemas difíceissua fé o amparava sempre. Para a filha, dizia que Deus nunca o havia desamparado, e que não seria em um momento de dificuldade que isso aconteceria. Se não houvesse uma solução naquele momento, tudo bem. Ele dormiria, descansaria e no dia seguinte, Ele iria en- caminhar as coisas. “Tem coisas que não é pra você, tem coisas que é para Deus fazer por você. Você precisa descansar seu coração e acreditar que aquele que prometeu a você é fiel para cumprir” - essas as palavras que Neco sempre usava para confortar a filha. E histórias são o que não faltam. Karina conta que ano passado, durante dois meses, ele e sua neta Heloisa ensaiaram para dançarem juntos no grande dia da festa de 15 anos da menina. “A música escolhida era ‘Como é grande o meu amor por você’, a canção do Roberto Carlos que meu pai mais amava. Ele dançou essa música, fez tudo certinho e foi cantando para ela. Foi a coisa mais linda, todos choraram e se emocionaram, porque foi um momento único”, conta. Neta e avô sempre brincavam também de escolinha, juntos. Mas, ao contrário do que se pensa, o aluno lá era Maneco. “Ele sempre brincou com ela, que ela era a professora dele, ele estava lá para aprender com ela. Então ela passava a lição de casa, dava bronca e colocava ele de castigo. Meu pai e as bonecas eram os alunos, e ele amava isso, chegava em casa e já ia brincar de escolinha”, finaliza Karina.
