8 GERAL
QUARTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2016
Seminário Internacional debate o uso de crack
CLAUDEMIR PEREIRA claudemirpereira@arazao.com.br
Não bastasse tudo, ainda há chuva para atrapalhar A previsão dos meteorologistas para esta semana e a próxima, até a eleição, não poderia ser mais tenebrosa, para quem tem que buscar votos. Afinal, consta que a chuva pode parar hoje ou amanhã, mas já veio (e forte) nos dois dias anteriores e voltará no mesmo período, na semana do pleito. Numa campanha em que, pela escassez de recursos e limitações legais, está restrita ao trinômio caminhada-carro de som-propaganda eletrônica, é o pior dos cenários. Como caminhar na chuva? Quem estará ouvindo os reclames nos carros de som? Sobra o trololó no rádio e na televisão e, quando o clima permitir, bandeiras nas ruas - que compõem o cardápio básico (e também o de elite) na campanha. Vai daí que Jorge Pozzobom e Valdeci Oliveira terão que se virar, e muito, se desdobrar em ambientes fechados os mais “massivos” possíveis. E aproveitar as brechas que virão no final de semana. E os dois últimos dias. E só. Insuficiente para convencer o eleitorado ainda indeciso? Talvez.
UMA ELEIÇÃO (NEM...
NULOS E BRANCOS...
Se há marca nesse pleito, noves fora a falta de troco, na comparação com os anteriores, é o absoluto raquitismo das pesquisas de intenção de voto. Ao que tudo indica, só mesmo aquela, lá do início, bancada pela Cacism e divulgada por este jornal.
Começa a se consolidar, entre os estrategistas das campanhas finalistas, o sentimento de que haverá redução nos votos nulos e brancos. Principalmente porque, nos casos em que há segundo turno, a polarização leva a uma vontade maior de decidir.
JOÃO ALVES / DIVULGAÇÃO / A RAZÃO
EVENTO QUE ENCERRA HOJE EM SANTA MARIA É PROMOVIDO PELA PREFEITURA E PELA UFSM
O
aumento do consumo de drogas em Santa Maria, em particular do crack, e os problemas que surgem em decorrência da dependência química são tema de um debate que começou na segunda-feira e que encerra hoje, no Auditório do Hotel Itaimbé. O Seminário Internacional sobre Drogas, Políticas Públicas e Descriminação é promovido pelo Centro Regional de Referência de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas (CRR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria de Município da Saúde. A secretária Vânia Olivo defende que a rede básica de saúde passe a trabalhar com saúde mental, hoje restrita a hospitais e aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Resultado de uma parceria entre a UFSM e a Secretaria de Município de Saúde, o CRR tem como objeti-
Especialistas e autoridades da área de saúde debatem o uso de drogas
vo oferecer cursos de formação permanente para profissionais que atuam nas redes de atenção à saúde e assistência social com usuários de crack, álcool e outras drogas e seus familiares. A enfermeira Adriana Krum, da Secretaria de Saúde, destaca que o CRR tem papel fundamental para melhorar saúde, assistência social, educação e segurança. “O CRR é uma potência para fazer um ensino/ serviço de forma a criar proje-
tos de educação a partir da necessidade da política pública. A rede psicossocial é uma das prioridades do governo frente às outras políticas de urgência e emergência. Hoje a política de saúde mental é uma referência, destaca Adriana. Hoje, às 10h15, será realizado um debate sobre o tema inovação internacional frente à política sobre drogas, com participação de representantes da Argentina e do Uruguai.
Professores da UFSM discutem greve ...TÃO) SEM PESQUISA
...E O REAL TEMOR
Mas que ninguém pense estarem a esmo partidos e candidatos. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, há pesquisas. Só não registradas. E, portanto, não divulgadas. Mas ninguém está fora de rumo.
O grande medo, mesmo, é de que a abstenção se mantenha elevada, tanto quanto ou até maior que no turno inicial. Até porque, com o feriado de 2 de novembro na terça, a perspectiva de feriadão é óbvia.
Os professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vão se reunir amanhã, às 14h, no auditório do prédio 67, ao lado da Fatec, no Campus, para discutir a possibilidade de greve. Segundo o sindicato da categoria, o
processo de mobilização tem abrangência nacional, a partir da orientação do Fórum de Servidores Federais (Fonasefe) e do Andes-Sindicato Nacional, que prevê o início de uma série de ações a partir da próxima terça-feira. O indi-
cativo de greve foi tirado em contraposição a projetos que tramitam em nível nacional, como reformas da Previdência, trabalhista e do Ensino Médio e as PECs, que segundo a categoria, ameaçam o setor público e a educação.