Jornal A Razão 16/09/2015

Page 15

SEGUNDO 3

QUARTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2015

A festa da DANÇA H

oje é o primeiro dos cinco dias de Santa Maria em Dança, o tradicional concurso de bailarinos da cidade. Com abrangência nacional, o certame chega à 21ª edição e vai entregar R$ 20 mil em prêmios. O festival possui concursos internos como o 18º Dança Estudantes, que abrange trabalhos de escolas estaduais, municipais e particulares desde os primeiros anos do ensino fundamental ao ensino médio. O Dança Universitários, concurso com o intuito de fomentar, divulgar e apresentar trabalhos do meio acadêmico, chega à sua 16ª edição. Há também o 15º Dança Terceira Idade, um espaço para concurso e apresentação de trabalhos de dança na terceira idade. E o 7º Dança Gospel, voltado para grupos de dança gospel. O festival oferece cursos especializados em diversas modalidades, além do Fórum de Debates que é realizado todos os dias tadas no dia anterior, como forma de discussão, debate e

COMEÇA HOJE À TARDE O 21º SANTA MARIA EM DANÇA. EVENTO É UM DOS MAIORES DO ESTADO E TRAZ CENTENAS DE DANÇARINOS PARA O CLUBE DORES DEIVID DUTRA

troca de experiências. AQUECENDO AS TURBINAS O Grupo de dança do Colégio Centenário, coreografado pela professora Alline Fernandez, está a todo o gás ajustando os últimos detalhes para disputar o festival. Com dois grupos de alunos do Ensino Fundamental, o Centenário disputa mas eles já apresentaram em um evento em Santo Ângelo, já passaram por essa experiência”, conta a coreógrafa. A equipe santa-mariense vai levar o campo para o palco e, também, fazer uma viajem até o Japão. Com a coreografia “Um Dia na Fazenda”, um milharal entra em cena junto com os dez bailarinos serão os animais que vivem em uma fazenda. Já a segunda coreografia vai fazer uma viajem de avião dos Estados Unidos até o Japão, em que as aeromoças atendem o passageiro. Alline só tem elogios à dedicação da equipe e vê muitas

Grupo de Dança do Colégio Centenário vai participar do santa Maria em Dança com duas coreografias

vantagens no grupo de dança. “O que eu mais percebo de benefício, é que eles entendem o tema e levam para o dia a dia, ajuda muito na aula”, diz a professora. O passaporte de ingresso

para os cinco dias de festival cursta R$ 60. Quem quiser acompanhar algum dia em específico há uma tabela de preços: R$: 30,00 (dias 16 e 19) e R$ 20 (dias 17, 18

e 20). Os pontos de venda são a Capesio, no Santa Maria Shopping e na sede operacional do Santa Maria em Dança, na Rua Floriano Peixoto, 1112, sala 34.

Noite colorida no Boteco do Rosário ADRIÉLI MÜLLER DIVULGAÇÃO A RAZÃO

Hoje à noite, no Boteco do Rosário, acontece a festa Drag Night, edição A Casa das Sete Drags. Idealizada pelas Drag Queens Felícia, Lili e Thaylla, a festa promete trazer o melhor das performances das artistas e suas convidadas. O agito inicia às 20h e a entrada custa R$ 10 (antecipado) e R$ 12 (na hora). Não é a primeira vez que o grupo se reúne para uma festa animada por Drag Queens. A intenção é acabar com o estigma escachado que as Drag Queens

têm. “Combatemos o preconceito ras escrachadas na cidade e mostramos que, por mais que sejamos Drag Queens, temos respeito e admiração para com o próximo. Pode não haver aceitação, mas licia Finamour, 27 anos, uma das organizadoras da festa. A festa receberá a presença da Drag Queen iniciante Aimée Gentil, que foi a vencedora do concuro da edição anterior. “Essa é apenas a segunda vez que estou me montando, mas já se tornou algo muito importante na minha vida. Embora cercado de glamour, Drag é um trabalho sério, que envolve muita pesquisa e prática”, analisa o jornalista, de 25 anos, que interpreta Aimeé. DRAG QUEEN? Felicia explica que não há

Felicia Finamour

Drag Queens. “Eu particularmente utilizo a palavra ‘criar’, pois no momento que você está Drag você está criando cons-

Lili Safra, Felicia Finamour e Thaylla Fenix são as idealizadoras da festa que celebra as Drag Queens

tantemente um personagem. Uma Drag Queen pode ser heterossexual, homossexual, bissexual. O que importa não é sexualidade da pessoa, e sim a razão pela qual o está o fazendo. Seja pela arte, pela política ou por divertimento”, explica. Para Aimée, se montar signi-

está a transgressão dessa arte: essa quebra de barreiras entre o que é considerado masculino e feminino, o que é “coisa de homem” e “coisa de mulher”, que é a base que sustenta uma sociedade machista, misógina e homofóbica”, analisa.

Felicia e Aimée seguem concordando quando falam sobre a festa. Para Aimée, as pessoas tem medo daquilo que elas não conhecem. Se esse medo fosse transformado em curiosidade, as pessoas iam acabar descobrindo como a diversidade é bonita.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.