Aldeia de Caboclos - ed.: 38 - Agosto de 2014

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Foto: Divulgação

Ano 4 número 38

Falando de Umbanda

Maria Aparecida C Linares

MENSAGEM AOS PAIS O mês de agosto nos oferece uma ótima oportunidade para homenagear nosso herói do dia-a-dia, nosso amigo do peito, nosso modelo, ou seja, aquele a quem chamamos carinhosamente de papai. É claro que não é apenas com data marcada que devemos ou podemos fazer homenagens aos nossos queridos, mas, já que temos um dia todinho dedicado a eles, aproveitamos para dizer tudo o que pensamos e que a correria diária não nos permite dizer o tempo todo.

pois que saem de casa;

Quando Deus “carimba” masculino naquele pequeno corpo em formação dentro do seio materno, ele sabe de antemão tudo o que essa decisão acarretará naquele ser tão frágil e inocente.

Tem pai bravo, bonzinho demais, enérgico, tolerante, autoritário, palhaço, rigoroso, apressado, calmo, estudioso, que detestava escola, que gosta de música, que toca instrumento, que só canta, que desafina, que dança, que grita, que se irrita fácil, que sempre “tá di boa”, que é alto, que é baixinho, careca, cabeludo, vaidoso, que “num tá nem aí”, que gosta de esporte, que gosta de se esparramar no sofá, que gosta de cozinhar, que gosta de ser servido, que gosta de carro, que gosta de video-game, que fala palavrão, que fala português correto, que é empresário, empregado, diretor, gari, que ajuda a mãe, que não sabe onde guarda o talher, que lava a louça, que deixa a toalha molhada na cama, tem

• quando chegam no trabalho tentam telefonar com o controle remoto da TV enquanto as crianças avisam a mãe: - “Mããããe, o papai deixou o celular de novo e eu não consigo ligar a TV”. Provavelmente essa é uma brincadeirinha de Deus para que nossos dias em família sejam mais leves e divertidos.

Começa então a formação do caráter, da personalidade e da quantidade de força interior que esse ser necessitará para desenvolver sua incumbência “masculina”. Algumas coisas são tão importantes e precisam de uma dose muito grande, então Deus acaba deixando alguns itens de lado, por isso nos divertimos com as situações embaraçosas que eles passam cotidianamente. Outras, apesar de vir em pequenas quantidades jamais podem ser esquecidas como, por exemplo: • a paciência para ler histórias à noite (mas que rapidamente achamos que somos muito grande para isso); • as canções que eles nos ensinam mexendo os dedos e fazendo caretas (mas que logo achamos isso coisa de criança); • os passeios de “cavalinho” pela sala e a guerra de almofadas que desespera as mamães (mas que logo nossos tamanhos nos impedem); • a infinita quantidade de piadas bobas e que morremos de rir ao ouvir (mas que logo não achamos mais a menor graça);

• além de uma grande dose de segurança para nos socorrer quando nos sentimos sózinhos e com medo; Deus, na sua infinita sabedoria, dosa todas as quantidades para que os futuros papais nunca deixem a desejar: amor infinito pelos filhos, inteligência, capacidade de enxergar o todo, praticidade, raciocínio lógico, energia para o trabalho e, a principal delas: a capacidade de suprir todas as necessidades da família. Então é fácil entender porque: • eles nunca acham as coisas; • não ouvem o que não lhes interessa; • às vezes só percebem que estão sem cinto de-


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