Fundado em julho de 2002
A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020 | Ano 17 - Nº 2579 | Avulso: R$ 2,50
AIRTON ENGSTER DOS SANTOS
SEGURANÇA PÚBLICA
Força Tática amplia atuação em 11 cidades Com base em Estrela, unidade da Brigada Militar foi viabilizada por meio de doações. Página 8
Fechamento da edição: 21h
ÚLTIMO ESFORÇO
Hospital ampliará estrutura até o limite HBB anuncia criação de cinco novos leitos de UTI e 15 de internação Lajeado. Diante do avanço dos casos de coronavírus na região, o Hospital Bruno Born prepara nova ampliação da capacidade para atender pacientes de covid-19, a partir de 7 de maio. O plano foi detalhado pela equipe diretiva em
coletiva de imprensa ontem à noite. De acordo com os gestores, após esse esforço, a instituição não terá mais capacidade para aumentar os leitos. Falta de profissionais especializados é o principal entrave. Página 3
OPINIÃO RODRIGO MARTINI
O falso “Messias” Presidente da República mostra-se uma pessoa incapaz de ter empatia.
OPINIÃO DEOLI GRÄFF
Doar sangue, doar amor No dia do aniversário, empresária dá exemplo de humanidade.
Após incêndio, fábrica reabre portas Com o apoio da comunidade, o empresário Cleibler Mattuella conseguiu reerguer sua fábrica de velas, em Imigrante. A estrutura havia sido completamente destruída em um incêndio em outubro de 2019. O patrimônio, construído ao longo de 15 anos, virou cinzas. Com um investimento de R$ 300 mil e auxílio de vizinhos e voluntários, o galpão de quase 200 metros quadrados está pronto para a retomada da produção.
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Máquinas foram instaladas ao longo da semana e a primeira encomenda chegou ontem
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ABRE ASPAS
EDITORIAL
“Foi na escrita que encontrei uma forma de desabafar” ARQUIVO PESSOAL
Morador de Forquetinha, Alex Júnior Hermann, 29, trabalha no Supermercado STR, de Lajeado. Em meio às correrias do trabalho, encontra tempo para se dedicar à poesia. Já são mais de 900 textos escritos desde a infância. As palavras se tornaram um refúgio importante para superar um problema de saúde. O sonho agora é lançar o seu próprio livro. escrevo uma poesia e publico em um grupo de poemas que tenho no Facebook. Recentemente, escrevi até uma sobre a Covid-19, desse momento atual que estamos vivendo.
MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br
• Quando você começou a escrever?
Foi a partir de 2001, quando eu tinha de 9 para 10 anos. Naquela ocasião, eu comecei a escrever versos, poesias. Participei de um concurso do Rotary Club de Lajeado e ganhei um certificado. Escrevi uma poesia que foi escolhida como uma das vencedoras. Mas isso acabou ficando. Com o passar do tempo, passei a me aperfeiçoar. Também leio bastante.
• E por que começou a escrever poesias com mais frequência?
Isso foi há uns dois, três anos atrás, quando comecei a me puxar mais. Tenho um problema de saúde, e sofria muitas crises de convulsão. Foi na escrita que eu comecei a ver uma forma de encontrar um refúgio, de desabafar sobre o que eu estava sentindo. Aí, comecei a escrever mais. Todo fim de semana pego,
• Um grupo para divulgar seu trabalho?
Sim, tenho esse grupo na rede social. Adiciono as pessoas e convido elas para entrar no grupo. É uma idéia que encontrei para divulgar meus textos. Antes, apenas postava em meu perfil, no feed de notícias. Aí, surgiu a idéia de criar um grupo específico só para publicar meus poemas. Já tem 232 membros (até a tarde de terça-feira).
• Sobre o que as tuas poesias falam?
Principalmente sobre romance. Tem um e outro texto que traz mensagens de apoio, de auto-ajuda. São coisas do dia a dia, que acontecem conosco, vem na cabeça e eu coloco no papel. Levo algumas horas para escrever uma poesia. No meu quarto, tenho meus livros e uma mesinha. Boto uma música no fundo, penso em algo e escrevo.
Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS
Alerta máximo em Lajeado
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• Quais escritores que você mais gosta de acompanhar?
Meu gosto é bastante variado. Leio bastante Nicholas Sparks, E. L. James (autora de 50 Tons de Cinza). Também tenho muitos livros de biografias. Não tenho um escritor favorito.
• Acredita que a poesia te ajudou a enfrentar o problema de saúde? Já estou há dois anos sem passar por nenhuma crise de convulsão. Claro que continuo com o meu tratamento e acompanhamento médico. Mas, sem dúvidas, a poesia me ajudou a superar bastante e a lidar com este problema.
• Você pensa em lançar um livro com suas poesias?
Com certeza, sim. É um sonho escrever um livro próprio, com minhas poesias. Tenho isso em mente. Todos os meus textos estão guardados no computador, salvas em pen drive e algumas escritas em papel. São como uma relíquia, um tesouro. Porém, falta o principal, que é ter um patrocínio.
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
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A
estratégia de suspensão total das atividades durante três dias que inicia nesta sexta-feira em Lajeado é de grande importância no combate ao avanço da pandemia. Mesmo que esteja longe de ser a solução, trata-se de uma medida importante para tentar frear os contágios no terceiro município com maior número de contaminações no estado. Além do resultado prático ao estimular o distanciamento social com o fechamento do comércio, indústria e serviços, a medida também tem um efeito sim-
A pandemia avança de forma preocupante na cidade e a sociedade precisa compreender a gravidade do momento. ” bólico relevante. A pandemia avança de forma preocupante na cidade e a sociedade precisa compreender a gravidade do momento. Percebe-se que boa parte da comunidade local ainda não leva a sério as recomendações de isolamento. Nos últimos fins de semana, as aglomerações em praças, grande circulação de pessoas nas ruas na área central e nos bairros, bem como a realização de atividades vetadas, como jogos de futebol, demonstram um nível de desrespeito temerário em relação ao disparo de casos que faz Lajeado se destaca no cenário estadual. Mesmo que ainda insuficiente, o lockdown em Lajeado é necessário. Será um grande teste para a obediência social frente à necessidade e ficar em casa. A incidência de novas medidas drásticas depende de como a comunidade se comportará. Importante frisar que, caso a curva de casos continue crescendo, novas medidas de restrições serão necessárias, e a comunidade terá de enfrentar novo período de suspensão das atividades, o que representará perdas importantes para a economia regional. Neste momento, intensificar a prevenção, evitar os riscos de contágio e, sobretudo, preservar a vida é também proteger a economia. Quanto mais a população levar a sério as orientações e conseguir achatar a curva, mais rápido será restabelecida a normalidade. A preocupação com o agravamento da crise econômica é mais do que legítima e precisa estar nos planos da gestão pública, a fim de atenuar as consequências da pandemia sobre a a renda e os empregos. Contudo, a preservação da vida deve estar no centro de qualquer estratégia para enfrentar esse conjunto de adversidades sem precedentes.
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HBB anuncia ampliação da estrutura até o limite A partir do dia 7, hospital passará a contar com 18 leitos de UTI e 35 de internação para casos de coronavírus MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br
LAJEADO
O
Hospital Bruno Born anunciou ontem um novo plano de ampliação da capacidade para atender pacientes com sintomas respiratórios. A estrutura ampliada deve funcionar a partir de 7 de maio. Com a reformulação, os leitos de UTI serão ampliados dos atuais 13 para 18, com a anexação de cinco leitos da UTI Adulto. Eles funcionarão em dois setores. Oito leitos permanecerão funcionando na atual UTI Covid 1. Outros 10 leitos funcionarão na UTI Covid 2, a ser criada no local que antes era destinado aos atendimentos da Fundef. Dessas vagas, sete servirão ao SUS e três a convênios. O espaço passa por reforma para receber a unidade. A reforma inclui a instalação de tubulações de gás para a nova UTI. O local já possuía estrutura para atendimento ambulatorial e internação. As obras devem ficar prontas neste sábado, 2, e a nova configuração passa a receber pacientes a partir do dia 7. A ampliação foi detalhada ontem pela equipe diretiva do HBB, em coletiva de imprensa por meio de vídeo. De acordo com o vice presidente do hospital, Marcos Frank, essa etapa levará a ca-
Lajeado registra 21 novos casos em 24 horas
DIVULGAÇÃO
pacidade de ampliação ao limite. “Estamos fazendo um último esforço, aumentando os leitos de UTI. Antes do que ninguém, nós enxergamos a crise e nos preparamos para ela. Mas o hospital tem limites e estamos chegando no nosso limite”, afirmou.
LAJEADO
À espera de habilitação O hospital aguarda a habilitação de dez leitos de UTI pelo Ministério da Saúde, para poder contar com repasse de recursos federais. A expectativa é de que liberação saia nos próximos dias. O valor total solicitado ao governo federal é de cerca de R$ 1,4 milhão. No entanto, os profissionais destacaram que o hospital mantém os atendimentos mesmo sem a habilitação. Apenas os cinco leitos que eram da UTI adulto estão habilitados.
Hospital terá 18 leitos de UTI e 35 de internação no Setor Covid-19
Escassez de mão de obra A principal dificuldade para ampliar a capacidade de atendimento é a escassez de mão de obras especializada. Os profissionais que atuam em UTIs ou que tratam pacientes Covid-19 de uma forma geral necessitam de treinamento específico. “Exemplo: se despejassem 100 respiradores agora, isso infelizmente não seria solução, porque a gente não tem estrutura humana para dar esta assistência”, explicou o diretor técnico Fernando Bertóglio.
Impacto em outros atendimentos “A procura pelo hospital tem aumentado. Temos mais atendimentos na emergência respiratória, de
Hospital detalhou plano de ampliação de leitos em coletiva de imprensa
30 a 35 casos por dia. Não se tinha espaço suficiente para atender a demanda que possa vir a entrar”, afirmou o diretor executivo, Cristiano Dickel. Se por um lado, a pandemia do novo coronavírus aumenta a procura por atendimentos nos hospitais, por outro, reduz a capacidade de atendimentos eletivos e reduz a arrecadação. O HBB restringiu a realização de procedimentos e cirurgias eletivas. Estão mantidos os atendimentos de urgência e emergência.
COMO FICARÁ ESTRUTURA: *UTI Covid I: 8 leitos *UTI Covid II: 10 leitos *Emergência respiratória: 15 vagas (10 leitos cama + 5 poltronas) *Unidade de Internação Covid: 35 leitos *Unidade de internação Covid – Univates: 40 leitos
O município contabilizou ontem um aumento de 21 casos de coronavírus, todos confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Trata-se de um novo recorde de contágios confirmados em 24 horas. Nove casos foram confirmados pela manhã. Desses, um refere-se a um óbito ocorrido no último domingo, 26, que aguardava o resultado do teste. Outros oito pacientes estão internados. No fim da tarde, o Estado confirmou outros 12 casos. Oito deles estão em isolamento domiciliar e quatro em internação. Entre eles, há um bebê de um mês de vida. O governo do estado finalizou a classificação de risco por coronavírus em cada região do território gaúcho. As regiões de Lajeado, no Vale do Taquari, e Passo Fundo, no norte do RS, foram categorizadas com a bandeira vermelha, o que significa nível máximo de risco. A análise considera, entre outras variáveis, incidência e velocidade de proliferação do vírus, bem como a ocupação de leitos de UTI.
Óbitos O município registrou ontem o quarto óbito por coronavírus. Os casos são: - Mulher de 89 anos, que morreu dia 23 (resultado do teste saiu ontem); - Homem de 37 anos e mulher de 86, que morreram no dia 23; - Mulher de 84 anos, que faleceu no dia 27.
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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
E daí? J air Bolsonaro não se ajuda. Não tem jeito. Eu não gosto de ficar repercutindo uma só frase ou de “pincelar” uma só declaração, sob o risco de tirar a mensagem do seu devido contexto. Desta vez, é inevitável. O nosso presidente, o chefe maior da nação, parece viver em um mundo paralelo, onde ele de fato é um “Mito”. O Brasil bate recordes diários de óbitos com o novo coronavírus e a mensagem dele ao povo brasileiro veio precedida de um sonoro “E daí”. Um desrespeito às famílias. Dessa vez, faço questão de pincelar e focar no sincericídio de Bolsonaro. Por um simples motivo. Essa última mensagem vai ao encontro de muito do que ele tem feito pessoalmente desde o início da pandemia. Essa é a verdade, doa a quem doer. Desde meados de março, Bolsonaro tratou de desdenhar e menosprezar a pandemia. Um erro. A “gripezinha” de outrora está matando pessoas próximas, e seguirá matando – mesmo que em proporções menores a outros países. Só em Lajeado, são quatro
óbitos em duas semanas. Claro que a culpa pelas mortes não pode e nem deve recair no colo do presidente da República. Longe disso. Ele não criou o vírus, não pulou carnaval, não obriga ninguém a sair sem máscara, não tem o poder de limpar e higienizar as mãos de cada brasileiro, e tampouco tem o controle sobre eventuais aglomerações em canchas de bocha, ou mesmo no Morro Gaúcho e no Porto dos Bruder, para regionalizarmos o assunto. Também não foi ele que sucateou boa parte do país. Mas o chefe maior da nação precisa, sim, dar o exemplo. Quando ele fala, independente do público presente, ele está representando a nossa nação. Ele não está em um botequim falando com seus pares entre uma cervejinha ou outra. Ora, faz tempo que a graça nesse modelo “Tiozão” de governar se perdeu. Ele é o presidente da República e, como tal, deve se portar com o mínimo de decência e empatia. Ele é espelho para muitos eleitores. Jamais, em hipótese alguma, Jair Bolsonaro poderia desdenhar de um número trágico
de mortos. A frase é grosseira. Questionado sobre o número de mortes – 474 em 24 horas –, ele foi tragicômico. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.” Um deboche em meio à tragédia. Após a infeliz declaração, e um pouco mais calmo, ele foi mais sensato. “A gente lamenta a situação que nós estamos atravessando com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que em grande parte eram pessoas idosas. Mas é a vida. Amanhã vou eu.” Mas já era tarde. Bolsonaro mostra-se uma pessoa incapaz de ter empatia. Briga com todo mundo, busca sempre o ataque, vive acuado e sempre foge do bom diálogo. E essa é uma característica gravíssima para um presidente da República, sob qualquer ideologia. E o pior de tudo isso é que tais ações são replicadas de forma gritante pela ala de eleitores – e pela patrulha – que ainda o trata como um “Mito”. É lamentável, reforço. E parece não ter fim...
Diálogo contemporâneo - Você viu o nosso presidente? Desdenhando da Covid-19. Que absurdo! - Sim, eu vi. Mas você poderia colocar a máscara para falar comigo, por favor? - Ah, não. Que frescura!
O FALSO “MESSIAS” Jair Bolsonaro precisa urgentemente de uma Assessoria de Comunicação – ou falar o menos possível. Mas, enquanto isso não ocorre, deixo uma sugestão para o nosso Presidente da República. Na próxima vez, quando algum repórter – mesmo que mal-intencionado – lhe repassar o número de mortos em um mesmo dia, pense melhor na retórica. Troque a infantilidade do seu “e daí” por um singelo “sinto muito”.
O falso “Messias” II
Já escrevi aqui e reforço: não faço votos pelo impeachment do presidente. Jair Bolsonaro foi legalmente eleito com mais de 50 milhões de votos e, como vivemos em uma Democracia – mesmo que muitos não a suportem –, é preciso respei-
tar até o limite da razão e da legalidade a decisão das urnas. Mas um impeachment independe de crimes. Está mais para um ato político. Sendo assim, já passou a hora dele tomar cuidado.
O falso “Messias” III
Eu já imagino a reação de muitos leitores diante das críticas pontuais ao presidente da República. A conhecida “patrulha” não costuma deixar passar em branco. Mas eu não estou preocupado. Diferente do “Mito” sociopata e autodeclarado “cristão” fervoroso, eu não estou acima de todos e não sou dono da verdade. Logo, e diferentemente do falso Messias, eu sou suscetível às críticas. Mas, não sou suscetível à ofensa.
Bíblia no Parque Em Estrela, o vereador Darlã Bellini (que recentemente trocou o PSB pelo PSD) solicita que seja encaminhado ao prefeito um “Pedido de Providências” para que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano providencie melhorias na ponte que liga a Vila São José ao Bairro Boa União. Por lá, e de acordo com o parlamentar estrelense, a estrutura está em precárias condições de trafegabilidade. O mesmo vereador também solicitou um estudo um tanto quanto complexo. Ele pede a construção de um monumento da Bíblia Sagrada no Parque
Princesa do Vale. Não será o primeiro monumento deste quilate no Vale do Taquari. Em maio de 2019, e utilizando recursos do contribuinte, o Executivo de Teutônia inaugurou uma estrutura semelhante junto ao pórtico de entrada da cidade (foto).
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
MP considera lockdown insuficiente ARQUIVO A HORA
Promotor Sérgio Diefenbach esperava medidas mais contundentes para conter a pandemia em Lajeado. Decreto para suspensão de atividades entre em vigor hoje às 20h MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br
LAJEADO
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uas das maiores empregadoras da região e responsáveis diretos pela força econômica de Lajeado e do Vale do Taquari, os frigoríficos da BRF e da Minuano preocupam autoridades por conta de uma possível disseminação do coronavírus nestes locais. Por isso, ambos são focos de atuação do Ministério Público. O promotor de Justiça, Sérgio Diefenbach, sugere o fechamento dos dois estabelecimentos por duas semanas como forma de conter o avanço da doença. Uma ação está sendo preparada pelo órgão neste sentido. “Eles não são os culpados ou vilões. É simplesmente pelo fato de conter a contaminação. Essa medida é prioridade para a proteção a vida”, explicou, em entrevista à Rádio A Hora 102.9, destacando que este não é um pensamento somente dele, mas também de outros promotores da região. Diefenbach também demonstrou descontentamento com a demora do governo em propor uma interrupção das atividades econômicas. “Se o chefe do executivo e seu comitê, na terça à noite con-
Novo decreto começa a vigorar a partir de 20h de hoje e determina a suspensão de todas as atividades econômicas, exceto as consideradas essenciais
cluíram que estamos em estado de emergência, como é que esse fechamento fica marcado para sexta? Ou precisamos fechar ou não precisamos. Esse decreto, em alguns momentos, perde a seriedade. Fica hilário dizer que vamos fazer fechamento no feriado”, afirma. O decreto, publicado ontem, restringe ainda mais as atividades entre a noite de hoje (20h) e a manhã de segunda-feira (6h), promovendo um isolamento mais rígido. Podem funcionar, neste período, apenas atividades consideradas essenciais. Áreas públicas, como parques e praças, estarão isolados. A fiscalização será reforçada pelo município.
promotor, afirmando que “o confronto não nos auxiliará neste momento” e disse esperar novas orientações do estado, que devem sair hoje, para editar novas regras para a próxima semana. Já o secretário Cláudio Klein acredita que talvez seja necessário o município adotar medidas mais duras para diminuir a circulação de pessoas. “Respeito essa motivação (do promotor, em pedir o fechamento dos frigoríficos). Lajeado saiu de controle, pelo número de casos, que está crescendo. É preciso dar uma segurada”, afirmou. Somados, os dois frigoríficos contabilizam pouco mais de 20 casos confirmados de Covid-19.
“Respeito essa motivação”
Regramentos para estabelecimentos
O prefeito Marcelo Caumo evitou comentar as críticas do
Nos estabelecimentos de alimentação que estão auto-
rizados a funcionar, como supermercados, uma série de restrições foram impostas, visando impedir aglomeração de pessoas. A lotação dos estabelecimentos não pode exceder a 30% da capacidade máxima prevista. Também não será permitida entrada de clientes sem máscara, nem de grupos familiares. Os estabelecimentos devem encerrar suas atividades às 20h (sem clientes dentro) e disponibilizar álcool gel na entrada. “Temos que manter as restrições nas nossas atividades, manter o distanciamento social, usar máscara, lavar as mãos sempre. Esta será a nossa nova vida a partir de agora. Só assim conseguiremos manter a atividade econômica sem prejudicar o bem maior, que é a vida das pessoas”, disse Caumo.
O QUE PODE FUNCIONAR, SEGUNDO O DECRETO: - Serviços públicos - Serviços de assistência à saúde - Farmácias e drogarias - Supermercados, mercados, padarias, açougues, fruteiras e centros de abastecimento - Imprensa - Postos de combustíveis - Serviços veterinários de urgência - Processamento de dados - Restaurantes (somente delivery)
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
COMPRAR NO VALE DEOLÍ GRÄFF deoli@jornalahora.inf.br
O Grupo A Hora está encabeçando campanha para incentivar as pessoas a comprarem produtos e serviços do Vale do Taquari. Precisamos dar preferência ao que é nosso. Imprensa daqui - Valorizar a imprensa daqui também é importante. Escutar a rádio daqui. Ler o jornal daqui. Interagir com os repórteres daqui. Tudo ajuda para o fortalecimento
dos nossos meios de comunicação e manterem a sua equipe de trabalho. Nos veículos de fora, nós só vamos ser manchete quando for tragédia. O Vale do Taquari pode se orgulhar dos seus veículos de comunicação e dos profissionais de imprensa. São competentes e têm conteúdo para deixar nossos leitores e ouvintes bem informados.
No dia do aniversário, Rotary Lajeado empresária pratica ato de amor à vida
O Rotary Club de Lajeado fez a doação de trinta cestas básicas de produtos alimentícios e outras trinta com material de higiene e limpeza para trinta famílias carentes cujas filhas frequentam o Lar da Menina mantido pela Slan. Todos os donativos foram doados pelos rotarianos e suas esposas.
DIVULGAÇÃO
A
empresária na área da beleza, Eliane Cornellius, esteve de aniversário, terça-feira, dia 27. Ela comemorou a data com um gesto voluntário e muito humano. Acompanhada da irmã Esolete e da sobrinha Maria Eduarda, foi até o Hemovale para doar sangue. “Doar é igual a receber. E nós estamos felizes em ser #DoadorDeAmor #SejaVcTambém. O banco de sangue precisa muito da ajuda de quem pode doar”, considerou Eliane. Ela é doadora há dez anos e faz isto espontaneamente. Por causa da covid-19, diversos doadores deixaram de ir ao Banco de Sangue. Por esta razão, o Hemovale está com pouco sangue em estoque.
Eliane Cornelius recomenda, a quem pode, doar sangue
CTG promove seminário virtual
Cápsula do tempo Uma sugestão para não esquecer o que se passa na família ou em grupo de amigos nesta quarentena é fazer uma “cápsula do tempo”. Pegue uma caixa totalmente fechada. Deixe apenas uma fresta para colocar a folha de papel com anotações sobre a quarentena. Estabeleçam um prazo para abrir. Escrevam tudo o que estão passando neste período de confinamento. Vai ser muito interessante relembrar tudo isto.
Governador do Rotary O próximo Governador do Distrito 4700 do Rotary será de Estrela. Gilmar Leonhardt assume no dia 1º de julho e exercerá o cargo no período 2020/2021. Será a primeira vez na história dos 71 anos do Rotary Club de Estrela, fundado em 13 de março de 1949, que um membro ocupará o cargo de governador Distrital.
DIVULGAÇÃO
O CTG Bento Gonçalves, da patroa Marilda Oliveira, por conta do coronavirus, que não permite eventos presenciais, vai promover um evento cultural on-line via App “Google Meet”. Será o seminário sobre “Indumentária: nossa identidade cultural”. A palestrante será a especialista no assunto Ana Paula Vieira Labres (foto). Interessados podem fazer a inscrição no link https://forms.gle/UDA9HZxkz5ZjpC1n7 O link de acesso será disponibilizado apenas na data referente ao evento, neste sábado, dia 02/05 às 17h.
Livro da família Mallmann será lançado em 2024
Assessora
Cursos gratuitos
A jornalista Aline Schmidt é a nova assessora de imprensa da Câmara de Vereadores de Lajeado. Anteriormente, o cargo era ocupado por Carolina Gasparoto.
No portal da Fecomércio-RS/Sesc/Senac, há muitas informações e também mais de 60 opções de cursos gratuitos. Confira www.pertodevc.com.br
O genealogista Orestes Mallmann publicará o segundo volume do livro da família em 2024, nas comemorações dos 200 anos da Imigração Alemã no Brasil. Há 12 anos Orestes Mallmann faz pesquisas genealógicas sobre a família Mallmann. Agora, este trabalho, que exige muito tempo e dedicação, está próximo de ser concluído. A imigração alemã iniciou no Brasil em 1824, quando a primeira leva de imigrantes de origem germânica chegou a São Leopoldo. “O ano de 2024 será de muitas comemorações alusivas ao bicentenário e a família Mallmann que é uma das maiores de origem germânica no Sul do Brasil”, comentou o genealogista.
DIVULGAÇÃO
Obra de Orestes Mallmann terá mais de 700 páginas
Em 2024, será realizado o 12º Encontro Internacional da Família Mallmann, possivelmente no Vale do Taquari, que concentra o maior número de descendentes. O primeiro volume do livro foi lançado em 2015, resultado das pesquisas realizadas por Orestes Mallmann na Alemanha em 2012.
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DIVULGAÇÃO\PALÁCIO PIRATINI
PANDEMIA NO ESTADO
Pesquisa estima mais de 15 mil infectados no RS
Segundo Leite, 3ª fase da pesquisa será aplicada em maio em nove cidades
Segunda fase do diagnóstico sobre a prevalência da covid-19, coordenado pela UFPel, prevê que para cada caso contabilizado no sistema de saúde, há outros 12 contaminados fora das estatísticas. Detalhes foram apresentados na manhã de ontem e ajudam a nortear políticas de enfrentamento ao vírus FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br
ESTADO –
A
pandemia no RS ainda está no começo. Esse é o resumo da conclusão apresentada pelo reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, durante videoconferência na manhã de ontem. A reunião comandada pelo governador Eduardo Leite também teve a presença das secretárias estaduais de Saúde, Arita Bergmann, e de Planejamento, Leany Lemos. O levantamento da universidade ocorre em nove cidades, que juntas representam 31% da população gaúcha. A escolha dos municípios, explica o reitor, considera cidades com mais habitantes e represente as regiões do Estado. Isso significa que o Vale do Taquari está vinculado aos números de Santa Cruz do Sul. Com relação à pesquisa, a segunda etapa avaliou 500 amostras em cada cidade. As entrevistas e exames ocorreram de sábado, 25, até essa segunda-feira. Ao todo, foram 4,5 mil pessoas testadas. Conforme o reitor da UFPel, pelas estimativas, mais de 15 mil pessoas tiveram contato com o vírus e apresentavam anticorpos. Ele ressaltou que o organismo leva de cinco até 15 dias para reagir ao vírus. Significa que os testes
A pesquisa A segunda etapa, feita do dia 25 até 27 de abril. Detalhes: • Foram 4,5 mil testes; • Seis deram positivos;
No primeiro diagnóstico Testes feitos no feriadão de páscoa. De 11 de abril até o dia 13 • Foram 4.189 testes;
• O índice de pessoas com
• Dois positivos
anticorpos é de 0,13;
• 0,5% da população com anticorpos;
• Significa um infectado para cada 769 pessoas;
• Um infectado para cada 2 mil pessoas
• Estimativa é que 15.066 gaúchos têm anticorpos ao vírus;
• Estimativa de 5.650 pessoas com anticorpos
Conclusões Para cada
1 milhão
de gaúchos, se estima que sejam
1,3 mil infectados reais. 108 destes com notificação no sistema de saúde
Representa que para cada notificação, há mais 12 pessoas contaminadas sem conhecimento dos órgãos públicos
Letalidade
De pacientes notificados, o índice é de 3,6% Entre a perspectiva de assintomáticos ou sintomas leves, passaria para 0,33%
dessa etapa apontam uma fotografia do passado e que a cada nova etapa, se terá uma realidade de semanas atrás. De acordo com ele, a tendência é de um aumento contínuo no número da prevalência do vírus nas próximas etapas do estudo. “Ainda trabalhamos com números pequenos, isso indica que há um percentual pouco relevante de pessoas com sintomas leves ou sem apresentar qualquer sintoma.” Em comparação com a primei-
ra etapa, apresentada no dia 15 de abril, houve uma expressiva elevação no índice de prevalência. No levantamento anterior, a tendência era de um infectado para cada dois mil habitantes. Passadas duas semanas, esse indicador passou a ser de um contágio a cada 769 pessoas.
Sobre letalidade A pesquisa trouxe a primeira estimativa de letalidade. Se o cálculo for baseado nos casos notificados – 49 óbitos e 1.350 casos confirmados no
dia 28 de abril –, a letalidade estimada seria de 3,6%. Isso significa que, a cada cem pessoas que contraírem o vírus, entre três e quatro iriam a óbito. Se, porém, o cálculo levar em consideração o total de casos estimado pela pesquisa, de 15.066, e o número de óbitos confirmados, de 49 casos, a estimativa de letalidade fica em 0,33%. Ou seja, a cada mil pessoas que contraírem o coronavírus, três iriam a óbito. O reitor ressalta, no entanto, que
a taxa de letalidade varia muito de acordo com a faixa etária, sendo significativamente mais alta entre idosos. “Mesmo com a baixa letalidade, o número é muito relevante na população. De maneira nenhuma significa que pode ser interpretada como um sinal verde para o retorno da vida como era antes do coronavírus. Isso vai demorar muito tempo para acontecer”, destacou Hallal.
Engajamento social De modo geral, o governador afirma que o RS tem um ritmo de contágio menor em comparação com o país. No entanto, isso não significa que há menos riscos de contágios. “Teremos de conviver com o distanciamento social por muito tempo.” Esses resultados, na avaliação de Leite, representam o engajamento da sociedade gaúcha. O governador enfatizou que o distanciamento social ainda é a melhor forma de prevenção contra a covid-19. Frente a essa certeza, o chefe do Piratini ressaltou a importância da adoção de restrições por microrregiões. “A atividade econômica precisa acontecer, mas com todos os cuidados.” Os detalhes do novo decreto de distanciamento, que considera 21 microrregiões gaúchas serão apresentados hoje, às 14h, ao vivo na página do governo estadual no facebook.
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Com nova viatura, Força Tática reforça segurança em Estrela Equipe atua desde o início do mês com foco em crimes violentos. Investimento de R$ 180 mil provém da comunidade MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br
ESTRELA
A
segurança pública do Vale do Taquari ganha um reforço importante. A nova equipe da Força Tática da Brigada Militar recebeu oficialmente sua viatura nesta quartafeira, 29. A unidade responde ao 40º Batalhão, com sede em Estrela. A equipe está em atuação desde 1º de abril, mas agora conta com a viatura considerada mais adequada à atuação. Uma solenidade chegou a ser marcada, mas foi cancelada, para evita aglomeração. A aquisição do veículo, uma camioneta Hilux SW4 ano 2015, e dos demais equipamentos foram adquiridos por meio de doações da comunidade. Ao todo, foram arrecadados cerca de R$ 180 mil. O veículo custou aproximadamente R$ 90 mil. “Essa mobilização mostra que a comunidade se sensibilizou com a necessidade de se engajar nesta missão para apoiar a BM, para que ela possa combater o crime e dar mais tranquilidade à população”, avalia o diretor operacional do Ipê Amarelo, Sandro Bremm.
AIRTON ENGSTER DOS SANTOS
A mobilização contou com apoio da Cacis, Consepro e Instituto Ipê amarelo. Esta é a sexta equipe da Força Tática no Vale do Taquari. As outras cinco atuam em Lajeado. Estas unidades trabalham voltadas aos crimes de maior potencial ofensivo e às relacionadas ao crime organizado, como tráfico, homicídios e assaltos a mão armada.
Inteligência contra o crime Comandante regional do policiamento ostensivo, o tenente-coronel Marcelo Maya destaca que estas equipes trabalham com inteligência própria. “À medida que vão trabalhando, eles reúnem informações. As equipes de Lajeado têm inteligência da margem direito do Taquari. Esta equipe terá da margem esquerda”, avalia.
Migração da criminalidade Na sua avaliação, medidas que reforcem o policiamento regional são importantes no contexto da segurança pública do estado. A Secretaria Estadual de Segurança concentra esforços nos 18 municípios com maiores índices de criminalidade, ligados ao programa RS Seguro. Nenhum deles fica no Vale do Taquari, mas boa parte deles está em regiões vizinhas como Grande Porto Alegre, Vale dos Sinos, Serra e Norte. “Ou seja, o Vale está cercado de regiões que têm este olhar especial do estado. Estão investindo em efetivo, equipamentos e operações
Viatura foi entregue oficialmente nesta quarta-feira. Equipe atua desde o início do mês em 11 cidades
e está empurrando esta criminalidade para o Vale do Taquari já há algum tempo”, analisa Maya. De acordo com Maya, o mesmo processo ocorreu na região. Com a criação da FT em Lajeado, alguns crimes migraram para a outra margem do Rio Taquari. “Agora estamos começando a equilibrar”, avalia.
Mobilização comunitária A maior parte dos recursos foram obtidos em um jantar beneficente realizado em novembro de 2019. O evento contou com a presença de mais de 300 pessoas no Centro Comunitário Cristo Rei. Além da venda de convites, a R$ 1 para duas pessoas, foram arrecadados outras doações.
DETALHES DA FORÇA TÁTICA Atuação A Força Tática atua principalmente no combate ao tráfico, homicídios e a atuação de facções do crime organizado. Um dos objetivos é tirar armas das ruas.
Estrutura A FT conta com efetivo de quatro homens. Faltam ainda alguns equipamentos. Completa, a unidade contará com fuzis, coletes e capacetes balísticos, drone, margeador térmico (que permite identificar um corpo pelo calor), entre outros.
11 cidades A unidade ficará vinculada ao 40º Batalhão que tem sede em Estrela e atenderá ainda Colinas, Imigrante, Teutônia, Westfália, Paverama, Bom Retiro do Sul, Fazenda Vila Nova, Poço das Antas, Tabaí e Taquari.
Arroio do Meio busca apoio para criar UTI Investimento para Tratamento Intensivo no Hospital São José será de R$ 1,5 milhão VALE DO TAQUARI
Em reunião na noite dessa terça-feira, 28, a administração municipal e a câmara de vereadores definiram a criação da Comissão Pró UTI, que planejará a construção da Unidade de Tratamento Intensivo no Hospital São José. O primeiro encontro ocorrerá na próxima sexta-feira, 1º de maio, no Centro de Referência da
Assistência Social (CRAS). O trabalho técnico em relação ao projeto estrutural e orçamentário da UTI, que já é realizado pela Secretaria de Planejamento e Hospital São José desde março, com levantamentos e previsões referentes à obra civil, estruturação, energia, climatização, oxigênio e vácuo, prevê investimento de cerca de R$ 1,5 milhão. A primeira etapa da obra civil, estimada em R$ 500 mil, está prevista dentro das economias do Município, oriundos de recursos do cancelamento da Gincana e R$ 100 mil do Legislativo. Existe também a possibilidade da participação da sociedade, empresas e entidades, com doações através
da conta AM Anti Covid-19, que possibilitará avançar nas demais etapas da obra. A previsão de início é imediata, durante o mês de maio ainda. Esses e outros detalhes serão debatidos na manhã da sexta-feira, dia 1º, e posteriormente divulgados.
DIVULGAÇÃO
Conta para doações para UTI do Hospital São José (AM Anti Covid-19): Banco do Brasil Ag: 8326-7 Conta: 151-1 CNPJ: 87297271 0001-39
Reunião nesta semana alinhou estratégia para viabilizar leitos de UTI
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
Todo o patrimônio construído em 2006 foi reerguido com ajuda de moradores e voluntários. Investimento para retomada da produção supera os R$ 300 mil
RENASCIDA DAS CINZAS
Empresa de velas reabre seis meses após incêndio FOTOS GABRIEL SANTOS
GABRIEL SANTOS gabriel@jornalahora.inf.br
IMIGRANTE
S
obre as cinzas da antiga fábrica, com muito esforço para a captação de recursos, materiais de construção e mão de obra voluntária, ressurge a empresa Velas Imigrante. O incêndio, que poderia representar o fim do empreendimento em outubro de 2019, despertou uma comovente mobilização comunitária. Conforme o proprietário da empresa Cleibler Mattuella, 43, a construção da nova fábrica iniciou 20 dias após o incêndio consumir todo o pavilhão de 133 metros quadrados. O sinistro iniciou após um curto circuito no roteador da internet, causando prejuízo de R$ 800 mil. Após uma série de campanhas, vaquinhas online, ajuda de empresas, o cenário mudou. Um novo pavilhão com 186 metros quadrados já está pronto para o início das atividades. As máquinas para derreter as parafinas (principal matéria prima das velas) chegaram ao longo da semana e o primeiro pedido de velas aconteceu ontem, às 13h. Segundo Mattuella, o investimento para a retomada das atividades supera os R$ 300 mil. A expectativa é de retomar a produção do ano passado que era de 4 toneladas por mês e vender o produto para todo o Brasil. “Era um sonho que estava acabado. Ressurgimos das cinzas e agora voltamos a sonhar”. O novo espaço agora conta com uma loja, estoque, área de produção, banheiros para cadeirantes, escritório e salas de criação. A expectativa é de que trabalhem quatro funcionários no local.
Juntos, Cleiber Mattuella (acima) e o sogro Ênio Scheer (à direita) iniciaram a produção de velas em 2006 e agora projetam a retomada dos negócios
Empresa que iniciou no porão Ênio Scheer, 68, se emociona ao relembrar o começo da empresa. Foi ele quem ajudou o genro Mattuella a iniciar na produção de velas em 2006. O local escolhido foi o porão de 25 metros quadrados. As primeiras máquinas foram compradas no mesmo ano por R$ 20 mil. Foram adquiridas duas máquinas e um derretedor de parafina. “Nos dias de chuva, vertia água do chão e o porão alagava”, lembra Ênio.
RELEMBRE O CASO O sinistro ocorreu no dia 10 de outubro. Um curto circuito no roteador da internet transformou em cinzas aquilo que foi construído em 13 anos. Não sobrou nada. Além do estoque de velas, a família perdeu o pavilhão de 120 metros quadrados, que funcionava ao lado de casa. A empresa contava com mão de obra de quatro integrantes da família e duas funcionárias. Cerca de 600 produtos eram comercializadas por 12 representantes comerciais em todas as regiões do RS.
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A HORA | Fim de semana, 2 e 3 de novembro de 2019
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A HORA | Fim de semana, 2 e 3 de novembro de 2019 FÁBIO KUHN
UM NOVO SOPRO
COMO AJUDAR?
Comunidade se une para reconstruir fábrica de velas
Um incêndio destruiu a “Velas Imigrante” e provocou prejuízo de R$ 800 mil. Queimou patrimônio construído em 13 anos. O que representou o fim da empresa, despertou uma comovente mobilização comunitária que luta pela reconstrução da única fábrica do ramo no Vale FÁBIO KUHN fabio@jornalahora.inf.br
IMIGRANTE
B
izo fez do empacotamento de velas um passatempo e um auxílio na recuperação de um câncer de intestino. Todas as manhãs, Werno Werkhausen, de 89 anos, ia até a fábrica de velas repetir a atividade que iniciara em 2013, quando o negócio familiar dobrou de tamanho. No local onde trabalhava, havia um estoque de 10 toneladas de velas, pronto para ser entregue até o feriado de Finados, com uma expectativa de faturamento de R$ 120 mil. De fato, a empresa vivia o seu melhor
momento em 2019 e outubro se encaminhava para ser um dos melhores meses do ano. Tudo mudou no dia 10. Um curto circuito no roteador da internet transformou em cinzas aquilo que fora construído em 13 anos. Não sobrou nada. Além do estoque de velas, a família perdeu o pavilhão de 120 metros quadrados, erguido ao lado da casa onde moram. Administrada por Cleibler Mattuella, a empresa contava com mão de obra de quatro integrantes da família e duas funcionárias. Os cerca de 600 produtos eram comercializados por 12 representantes comerciais em praticamente todas regiões do Rio Grande do Sul. A trajetória da empresa remonta a história da maioria dos negócios familiares da região. Nasce do espírito empreendedor e da inquietude de Cleibler Mattuella. Ao perder o emprego de representante comercial, em 2006, Mattuella pesquisou mercados com potencial de expansão, quando descobriu a inexistência de fabricantes de velas no Vale do Taquari. Era a oportunidade que procurava. Com R$ 20 mil emprestados do sogro Ênio Scheer, o empreendedor improvisou a fábrica no porão de 25 metros quadrados. A linha de produção se resumia a duas máquinas e um derretedor de parafina tocados pelo sogro e a esposa Andrea, neta do Bizo. Como a renda ainda era baixa, Mattuella complementava a receita mensal vendendo peixe para uma distribuidora. “Vendia o peixe e levava as velas. Assim
Mensagens de incentivo após o incêndio mostram o carisma da empresa junto à comunidade
fui abrindo mercado”, relembra. Passar a noite e os fins de semana trabalhando começou a fazer parte da rotina da família. Tudo piorava em dias de chuva. Um poço vertia água e alagava o porão. Por várias vezes a família teve de produzir velas com galocha e pisando em 30 centímetros de água. “A gente acordava nas madrugadas chuvosas para erguer as máquinas. Íamos de pijama mesmo”, recorda Andrea. Mesmo com os percalços, a empresa conquistava mercados e crescia. Em 2009, foi necessário ampliá-la para um novo espaço. Ao lado da residência, um antigo paiol foi destruído para construção do pavilhão de alvenaria com 60 metros quadrados. Quatro anos depois, em 2013, o espaço foi duplicado. Foi nesta época que Bizo, o avô de Andrea, começou a auxiliar na empresa empacotando as velas. “Aqui, todo mundo pega junto”, resume.
• Vakinha online pelo site https:// www.vakinha.com.br/vaquinha/ reconstrucao-de-velas-imigrante • Caixas de doação na Farmácia Isafarma, Agafarma, Supermercado Rottoli, Supermercado Lutterbeck, Estilo 1,99 e Angelica Modas. • Interessados também podem fazer doações na conta bancária da família. Mais informações pelo telefone (51) 98127-8959 com Cleibler Mattuella. SICREDI Ag: 0119 C/C: 93108-0 Cleibler Jair Mattuella CNPJ: 08.222.315/0001-95
O recomeço
Família pretende construir um pavilhão ainda maior no terreno onde ficava a empresa destruída pelo incêndio. Expectativa é iniciar a obra ainda neste ano
DIVULGAÇÃO
“A empresa vai queimar, mas estamos vivos” FÁBIO KUHN
Parafina queimada na parede do porão onde a empresa nasceu, em 2006
As lembranças do dia 10 de outubro ainda assombram a família. Scheer foi o primeiro a constatar que havia fumaça no escritório por volta das 5h30min. Suspeita é que as chamas iniciaram devido a um curto-circuito causado pelo superaquecimento do roteador de internet. Quando ele e Mattuella chegaram com a mangueira e o extintor, o fogo já consumia o escritório. “Tentamos apagar, mas era impossível. Então percebi que era melhor desistir. A empresa vai queimar, mas estamos vivos”, conta Mattuella. Neste momento, a prioridade era evitar que o fogo destruísse a casa, distante menos de 20 metros do pavilhão em chamas. As filhas Yasmin, Alice e Isabeli foram levadas por Andrea para a casa de um vizinho. “Estávamos de pijama e chinelo de pano. No caminho, elas pediram pelas bicicletas que queimaram junto com o pavilhão”, recorda Andrea. As chamas foram apagadas pelos Bombeiros Voluntários de Imigrante e Colinas (Imicol), Bombeiros de Estrela e Brigada de Incêndios da Metalúrgica Hassmann, após mais de cinco horas. Foram usados sete mil litros de água e 40 litros de espuma. “Se não fossem os bombeiros, a nossa casa e a casa do vizinho queimariam também”, acredita Mattuella.
Escombros da empresa chamam a atenção no bairro Boa Esperança
Incêndio foi registrado na manhã de 10 de outubro. Família estima ter perdido R$ 800 mil nas chamas
Se não fossem os bombeiros, a nossa casa e a casa do vizinho queimariam também” CLEIBLER MATTUELLA
PROPRIETÁRIO DA FÁBRICA
No dia após o incêndio, o sentimento na família era de desilusão. “A nossa ideia era dizer chega e nunca mais ter empresa”, confessa Andrea. Passados mais de 20 dias do sinistro, a família encontrou forças na comunidade de Imigrante para recomeçar. Campanhas se multiplicaram para arrecadar recursos, materiais e mão-de-obra voluntária. “São pessoas que sempre participaram da vida comunitária e muito queridas no município. Imigrante também é uma cidade solidária e sabe que é melhor ajudar do que pedir ajuda”, entende uma das voluntárias nas campanhas, Cláudia Hassmann. A família já possui projeto do novo pavilhão que deverá ser construído sob as cinzas da antiga fábrica. Expectativa é ampliar mercados e fazer com que a empresa reabra ainda mais forte que no passado, projeta Mattuella. Conforme ele, há pessoas que já ofereceram mão-de-obra voluntária e materiais para a reconstrução da empresa. Caixas foram espalhadas por estabelecimentos comerciais de Imigrante para doações. Também há uma Vakinha Online onde é possível fazer contribuições voluntárias. Até o momento, quase R$ 3 mil já foram arrecadados. “A gente não esperava tanta solidariedade. Muitos clientes disseram que aguardam nosso retorno ao mercado. Também recebemos mensagens de pessoas que a gente nem conhecia. 80% da empresa será reerguida com o apoio da comunidade”, afirma Mattuella. O novo pavilhão será maior que o antigo. Terá 170 metros quadrados e deve contemplar até uma loja para os visitantes do roteiro turístico Caminhos de Imigrante. O incêndio gerou visibilidade à empresa e atraiu até a atenção de uma distribuidora que deverá levar as velas para Santa Catarina e Paraná. “Somos resilientes e vamos usar esse fator negativo a nosso favor. A empresa que viram queimar será reerguida. Vamos voltar maiores que antes”, garante Mattuella. Expectativa é que as obras iniciem ainda neste ano e sejam finalizadas em janeiro de 2020. Nas previsões da família, a fábrica deverá voltar a produzir velas em fevereiro.
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
Acil decide criar Balcão de Negócios para estimular economia local LUCAS SANTOS/DIVULGAÇÃO
LAJEADO
Visando estimular o desenvolvimento da economia local, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) decidiu criar um balcão de negócios. Produtores e prestadores de serviço da cidade e região devem se inscrever previamente no projeto que visa aproximá-los das áreas de compra das redes de supermercados, atacadistas e demais empresas compradoras. A ideia de criação do balcão surgiu em reunião mantida na manhã desta terça-feira, 28, entre os vice-presidentes de Relações com Associados, Rômulo Xavier Vier, e de Inovação e Tecnologia, Fernando Röhsig, com executivos de redes de supermercados e proprietários de atacados de Lajeado. Para viabilizar o projeto do balcão de negócios, a Acil fará contato com o Sebrae VTRP, que detém experiência na metodologia semelhante empregada em suas Rodadas de Negócios. As empresas interessadas em oferecer seus produtos no balcão de negócios devem se inscrever antecipadamen-
Fernando Röhsig e Rômulo Vier debateram a proposta com comerciantes
te pelo e-mail relacionamento@acilajeado.org.br e buscarem mais informações pelo telefone (51) 3011-6900. Vier explicou que o encontro teve o objetivo de construir em conjunto soluções para operacionalizar as campanhas de compra das empresas locais que vem sendo desenvolvidas pelos veículos de comunicação. “Nossa proposta é de que os produtos locais sejam mais valorizados na exposição em gôndolas e prateleiras dentro das lojas. Também queremos estimular que as redes de supermercados e atacadistas aumentem
o volume de compras das empresas da região, estimulando a produção e o trabalho da nossa gente.” Conforme Röhsig,a queda na economia é inevitável, agravada pela incerteza de quando teremos a retomada da plena atividade produtiva. Com esta ação, a Acil busca dar mais visibilidade e estimular a substituição e compra dos produtos que são daqui, atendendo, porém, aos requisitos de qualidade, preço e garantia. “Queremos recuperar o nosso PIB local antes das demais regiões.”
Grupo Dália Solidariedade entrega 66 cestas básicas ao CRAS ROCA SALES
Um grupo de associados à Cooperativa Dália Alimentos, chamado “Dália Solidariedade”, do qual o vice-presidente e conselheiro Pasqual Bertoldi faz parte, entregou 66 cestas ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Casa da Amizade, 66 cestas básicas. A entrega foi realizada na manhã de terça-feira, dia 28 de abril, pelos funcionários do Dália Supermercados de Encantado, Leandro Radaelli e Sérgio Capalonga. As 66 cestas básicas equivalem a 660 quilos de alimentos não perecíveis, que posteriormente serão destinadas a famílias carentes do município.
Prevenção Desde os primeiros dias do mês de março a Cooperativa Dália Alimentos desenvolve um trabalho rigoroso no combate à Covid-19. Um Grupo de Gestão de Risco contra o Coronavírus reúne-se diariamente para traçar ações e monitorar os emprega-
dos quanto à pandemia mundial. Na última semana, houve casos de funcionários que testaram positivo para a Covid-19 e, imediatamente, foram afastados de seus setores de trabalho. Eles permanecem monitorados pela Vigilância Sanitária de seus respectivos municípios de origem. DIVULGAÇÃO
Leandro Radaelli e Capalonga, funcionários do Dália Supermercados, que levaram até o CRAS as 66 cestas básicas
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
Alojamento do Clube Lajeadense receberá infectados de baixa renda DIVULGAÇÃO
Estrutura terá capacidade para receber 18 pessoas que não necessitam de atendimento hospitalar, mas não dispõem de condições adequadas para isolamento domiciliar
DÍVIDA COM A RGE Uma dívida do Lajeadense com a RGE, de R$ 12 mil, será quitada pela JCI e pela prefeitura. A entidade, que assinou o primeiro contrato com o clube, pagou a primeira parcela. O restante ficará por conta do município, bem como as contas de luz e água do estádio.
MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br
LAJEADO
I
naugurado em 2012, o Estádio Alviazul se acostumou a sediar partidas e conquistas do Clube Esportivo Lajeadense ao longo dos anos. Com o futebol suspenso por tempo indeterminado no país em meio à pandemia, a casa do alviazul, situada no bairro Floresta, será disponibilizada para abrigar pacientes com Covid-19 em situação de vulnerabilidade social. A parceria entre o clube, o governo municipal e a Junior Chamber International (JCI Lajeado) foi fechada na terça-feira, 28, com a assinatura do contrato de locação do estádio. Toda a estrutura do alojamento estará disponível para os pacientes durante o
Estádio do Lajeadense está desde março sem receber partidas. Alojamento pode abrigar até 18 pessoas
período de pandemia. A estrutura, que está praticamente pronta para ser utilizada, terá capacidade para abrigar até 18 pessoas. “Era para ser o dobro, mas fizemos ajuste nas acomodações. Ficaria muito apertado e a idéia é que seja um espaço de isolamento domiciliar para essas pessoas”, explica o secretário municipal de Saúde, Cláudio Klein. Desde que começaram a surgir os primeiros casos da doença em Lajeado, havia a preocupação com a população vulnerável. Segundo
Klein, este novo ambiente servirá para aqueles que testarem positivo para o coronavírus e que não necessitam de internação hospitalar, mas que não dispõe de condições adequadas para ficar em isolamento domiciliar. Cita o exemplo de imigrantes haitianos. Boa parte deles residem em imóveis compartilhados e dividem quartos pequenos. “O objetivo é pegar esses grupos. Não somente os imigrantes, como também pessoas de rua que não tem um ambiente para que possa fazer o
isolamento”, salienta.
Estrutura organizada O alojamento do Estádio Alviazul dispõe de sete quartos, dois banheiros, vestiários e um refeitório. Toda esta estrutura estará à disposição do município e pacientes. Nos últimos dias, o local passou por uma limpeza geral. Segundo Cláudio Klein, a alimentação será fornecida pela prefeitura, bem como o material de higiene. Haverá café da manhã, almoço e janta. Já as roupas devem
ser levadas pelos próprios pacientes. Uma assistente social fará o acompanhamento no local.
“Auxilio à comunidade” Para o presidente do Lajeadense, Alexandre Sebben, a cedência do estádio é uma forma do clube contribuir com a sociedade em meio à pandemia. Ele lembra que o local estava fechado desde que as atividades do clube foram suspensas, já que a última partida oficial foi disputada em março. “O Lajeadense está cedendo um espaço que está ocioso no momento. É um auxílio à comunidade num momento difícil desses, onde deve prevalece a solidariedade”, afirmou, em entrevista à Rádio A Hora 102.9.
Serenata homenageia profissionais de saúde Músico Ricardo Petter se apresentará na sexta em frente ao Hospital Bruno Born MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br
LAJEADO
Os profissionais de saúde que terão de manter as atividades durante o feriado do Dia do Trabalhador receberão uma homenagem artística. O músico Ricardo Petter se apresentará em frente ao Hospital Bruno Born nesta sexta-feira a partir das 10h30. A apresentação, uma espécie de serenata, será no estacionamento recuado da farmácia Essência.
DIVULGAÇÃO
O músico Ricardo Petter conta que vem acompanhando as transmissões dominicais do Grupo de Contingenciamento e Acompanhamento do Coronavírus. “No último domingo, senti no Dr. Frank (Marcos Frank, vice-presidente do HBB) um cansaço, estava precisando de uma injeção de ânimo. A gente quer, através da Arte, dar este abraço, este acarinhamento aos profissionais, representando a solidariedade da comunidade do Vale”, diz Petter. Na segunda-feira, recebeu uma mensagem da jornalista Laura Peixoto, que também trazia esta demanda dos profissionais de saúde. Os esforços se uniram e foi criado o evento. O repertório inclui quatro canções da música brasileira que serão apresentadas por Petter em voz e violão.
O grupo está em contato com departamento de trânsito, que vai garantir o isolamento do local. “Eu estou há 43 dias de casa. Vou sair porque acho que nesta hora não tem como não sair. É por uma causa grande. Vou ali e venho para casa”, diz.
Um show para não ir A estrutura é pensada para envolver o mínimo de pessoas: um músico, um operador de som e uma caminhonete equipada. Os organizadores reforçam o pedido para que a população não vá até o local assistir à apresentação. O objetivo é prestar uma homenagem, sem gerar aglomeração. “Nossa preocupação é fazer uma homenagem, mas não fazer algo inconveniente, irresponsável, que gere aglomeração”, destaca Petter.
Para Ricardo Petter, iniciativa é uma espécie de abraço aos profissionais
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
Espetáculo virtual aborda desigualdade de gênero Iniciativa de voluntários terá transmissão ao vivo hoje, às 19h30 DIVULGAÇÃO
Transmissão terá espetáculo e debate sobre violência doméstica VALE DO TAQUARI
N
o Dia Nacional da Mulher, celebrado hoje, o Teatro Social Tio Tony, em parceria com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Lajeado, o Projeto Maria da Penha da Univates e o Coletivo Tônias, de Teutônia, promovem uma live a partir das 19h30 desta quinta-feira, na página do Teatro no facebook. O intuito é refletir sobre o aumento nos casos de violência doméstica, que segundo o Ministério da Mulher, teve crescimento no período de isolamento social, chegando em alguns municípios a um aumento de mais de 50% em comparação com o mesmo período no ano passado. Durante a live, será transmitido o espetáculo “As Mãos de Eurídice”, protagonizado pelo sociólogo e dramaturgo Antônio Lopes e, após, haverá debate com profissionais da área e participação do público.
A peça Com sucesso de plateia desde 2005, a peça é uma adaptação do texto do psiquiatra Pedro Bloch, escrito em 1958. Com cenas cômicas e marcantes, conta a história de Gumercindo Tavares, que retorna ao lar depois de sete anos vivendo com a amante na Argentina e esperava encontrar a mulher e a família lhe aguardando casa, como acontecia antes de sua partida. O espetáculo reflete sobre a desigualdade de gênero e já foi assistido em mais de 135 países.
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A HORA | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas
Resumo das novelas
www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL
Fina Estampa
Celeste convence Griselda a procurar Antenor
A situação de Hiroshima em 6/8/1945
Quantidade necessária O grupo de pessoas formado no recreio do ensino fundamental
O eclipse visível no período noturno
A língua da pregação de Jesus
Descerrar (porta) Divisão do PABX Juro por atraso de pagamento
A escola de samba de desfile infantil Os homenageados do dia 12 de junho Jeca Tatu, por seu ambiente (Lit.) Madeira(?), ferrovia de Rondônia
Parte móvel da poltrona reclinável
Receptores como a parabólica
ma ameaça denunciá-la. Íris e Alice tentam invadir o quarto de Marcela. Marcela manda um recado para Paulo. Griselda consegue comprar sua casa no Marapendi Dreams e começa sua sociedade com Celeste no restaurante.
"(?) uma!", expressão de espanto (?) Araújo, atriz Etapas regulares de um processo (jur.) (?) Cocker, roqueiro
Benjamin (?), militar e político Conclusão
Causar aflição a Feitio da abóbada
67
Solução
X e (?): as coordenadas cartesianas
Posto sob proteção em embaixada
O cantor como Orfeu (Ant.)
(?)-stop: o voo sem escalas
Grupo sanguíneo do doador universal
Rio que corta Toronto, no Canadá (?) Baldwin, ator Órgão da ONU
Totalizar País mais populoso da África
Causar aflição a Feitio da abóbada
o oceânico Agrava a hipertensão
,
Benjamin (?), militar e político Conclusão
,
,
Da cor do filhote de panda ao nascer
Romance naturalista de Júlio Ribeiro
Parte móvel da poltrona reclinável
Receptores como a parabólica
nageados 2 de junho u, por seu nte (Lit.)
UQ
ACUMULOU!
D I A
Concurso nº 1959- 27 /04/20
01 02 03 06 07 09 10 12 13 16 17 18 20 24 25
O
Loterias
N O N
Descerrar (porta) Divisão do PABX Juro por atraso de pagamento
C A R L O S H E I T O R C O N Y
A língua da pregação de Jesus
A E D O
ACUMULOU!
B E A B R A M D A A D O A R N T A E S N I A L S A D M O
15-20-39-41-49-57
A R D R A R R I M M O R O R E A C S O O N S M I T A G O R E R O H I M N A S
PEIXES: Procure deixar o ambiente profissional mais aconchegante e o trabalho fluirá melhor.
Concurso nº 2255- 25 /04/20
D I A
AQUÁRIO: O mês termina trazendo a oportunidade de fazer algumas revisões no trabalho, aperfeiçoando seus métodos.
C A R L O S H E I T O R C O N Y
CAPRICÓRNIO: No serviço, está prevista uma boa convivência, que resulta em cooperação. A paquera pode trazer aprendizados.
UQ
Solução
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Romancista de "Quase Gancho Memória" para rede Página da de dormir agenda
3/don — joe — non. 8/aramaica — constant.
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A E D O
© Revistas COQUETEL
X e (?): as coordenadas cartesianas
N O N
SAGITÁRIO: Seu foco está direcionado para a forma como realiza seu trabalho. Experimente fazer diferente, torne rentáveis.
Quantidade necessária (?) de Estado da cliente do O grupo de pessoas família: bar que "sai trocando formado no recreio do sustenta as pernas" (?) certo: ensino fundamental a casa ter resultado positivo
Rio que corta Toronto, no Canadá
B E A B R A M D A A D O A R N T A E S N I A L S A D M O
oquetel.com.br
Da cor do filhote de panda ao nascer
A R D R A R R I M M O R O R E A C S O O N S M I T A G O R E R O H I M N A S
GÊMEOS: Netuno chama a criatividade, ativa a intuição, mas também pode trazer incertezas quanto ao futuro profissional.
VIRGEM: Momento de expansão das ideias na carreira. Oportunidades poderão surgir de consultorias, cursos, ou indicações.
(?) Baldwin, ator Órgão da ONU
B O M B R E L U N A M I R N A M A M C A D A T A I U C T R A J O E M A S A R A T C P L E O
LIBRA: Oportunidade de se destacar em trabalhos que sejam ligados à natureza ou que beneficiem a comunidade onde vive. ESCORPIÃO: Sua sensibilidade pode ajudar na definição dos rumos profissionais.
LEÃO: Momento de descoberta de uma competência útil à sua profissão. Aproveite, pois seu trabalho está sendo visto e avaliado.
Posto sob proteção em embaixada
O cantor como Orfeu (Ant.)
Fenômeno oceânico Agrava Sua Alteza a hipertensão Real (abrev.) Onomatopeia de "espirro" Vício de linguagem de "ambos os dois"
BANCO
TOURO: Muita energia e impulso na área profissional. Poderá fazer um curso que aprimore seu currículo.
CÂNCER: Iniciativas na área financeira trarão bons resultados. Na vida profissional, seu trabalho renderá mais se atuar só.
Totalizar País mais populoso da África
3/don — joe — non. 8/aramaica — constant.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
orienta Dom Pedro a lutar pelo Brasil. Piatã faz uma cerimônia de iniciação com os Tucarés. Dom Pedro se emociona com o apoio do povo. A mando de Thomas, um grupo liderado por Matias ataca o Paço e inicia uma confusão na manifestação. Anna vê Thomas indo para a sede do partido português. Joaquim salva Anna de ser atacada na rua.
HORÓSCOPO ÁRIES: Momento de assumir seu poder no seu emprego e reafirmar posição. Promessa de muito trabalho e pouco tempo para lazer.
(?)-stop: o voo sem escalas
Romance naturalista de Júlio Ribeiro
Novo Mundo Thomas afirma a Anna que Joaquim fez intrigas contra ele. Piatã volta com uma caça para a aldeia e Jacira se surpreende. A Madre flagra Cecília e Peter falando com Amália. Chalaça oferece dinheiro para Felício se afastar de Domitila. Pedro descobre que Leopoldina está grávida. Avilez entrega a Dom Pedro uma carta exigindo sua volta a Portugal. Joaquim
Grupo sanguíneo do doador universal
B O M B R E L U N A M I R N A M A M C A D A T A I U C T R A J O E M A S A R A T C P L E O
Celeste convence Griselda a procurar Antenor. Tereza Cristina se enfurece quando Íris fala com Renê sobre seu passado. Todos chegam à casa de Griselda para aguardar a assinatura da escritura da casa. Tereza Cristina ofende Griselda, e Vil-
Romancista de "Quase Gancho Memória" para rede Página da de dormir agenda
Estado da cliente do bar que "sai trocando as pernas" (?) certo: ter resultado positivo
(?) de família: sustenta a casa
Concurso nº 5256 - 28/04/20
21-25-33-57-74 ACUMULOU!
Lajeado
Arroio do Meio
Estrela
51 3748.0103
51 3716.2221
51 3720.2204
Quinta-feira, 30 de abril de 2020
CORRER E CAMINHAR
SANTIAGO RUNNING CRESCE NO RS
Equipe de corrida nasceu em 2018 em Bom Retiro do Sul. Hoje conta com 200 participantes de diversas cidades do Rio Grande do Sul EZEQUIEL NEITZKE
CAETANO PRETTO
caetano@jornalahora.inf.br
A SAUDADE BATE, MAS O FUTEBOL NÃO PODE RETORNAR EM BREVE A maioria das principais equipes do futebol estão de férias até amanhã. A partir de sábado alguns clubes já pensam em retornar às atividades, entre eles o Grêmio, por exemplo. Mesmo que com os devidos cuidados, ainda não é a hora para esse retorno. A CBF tenta negociar com as federações essa possível volta, mas deve esbarrar em questões sanitárias e de saúde. O ministro da saúde, Nelson Teich, chegou a falar em pronunciamento que a volta do futebol seria de importância anímica para a população, que teria com que se entreter. Mas isso não pode ser posto em um balança em que na outra ponta está o crescente número de mortes no país. Enquanto no Brasil se fala em retornar o futebol na metade de maio ou junho, outros países, como Argentina e França, já discutem o fim da temporada, com retorno estimado para 2021. Alemanha e Portugal fazem retornos graduais. E outros tantos países nem discutem uma possível volta no momento. O futebol é importante para o Brasil. Os torcedores estão com saudades de ver a bola rolando, eu também estou, mas cogitar a volta dos jogos para o próximo mês é um erro que não pode ser cometido.
VENDA DO NEWCASTLE LEVANTA DISCUSSÃO
Santiago Running se destaca no Vale do Taquari nos eventos de corrida e caminhada e com projetos sociais EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br
Q
uando se fala em corridas de rua, o Santiago Running é uma das equipes mais lembradas no Vale do Taquari. Iniciada em 2018, em Bom Retiro do Sul, o grupo conta com 200 integrantes de várias cidades do Rio Grande do Sul. Um dos responsáveis pela equipe, Juliano Santiago concedeu entrevista para a Rádio A Hora e contou que a equipe surgiu graças ao irmão Henrique que já disputava provas no Vale do Taquari. Relata que com o passar muitos amigos começaram a acompanhar nessas provas. No fim de 2017, Henrique faleceu após um acidente. Em 2018, um grupo de amigos fez uma homenagem ao atleta na etapa do Circuito dos Vales, em Bom Retiro do Sul. “Ao fim daquela etapa criamos o Santiago Running”, conta Juliano. Ele conta que no primeiro even-
to oficial da equipe, cerca de 30 integrantes se fizeram presente. “Eu já achava a gente grande com essa quantidade de pessoas, mas crescemos muito nesses dois anos.” Santiago relata que esse crescimento se deve ao fato da amizade feitas nas corridas e a seriedade do trabalho dos integrantes da equipe. Hoje, a equipe promove treinos coletivos em Bom Retiro do Sul, mas a ideia é criar treinos coletivos também em Lajeado, Estrela e Arroio do Meio.
OUTRAS AÇÕES Além das corridas, o Santiago Running promove várias ações sociais, como eventos beneficente e auxílios para entidades. No fim do ano, é feito uma festa de confraternização entre os integrantes da equipe e todo o lucro é revertido para a Apae de Bom Retiro do Sul. Além disso, durante o ano é feita várias campanhas de doação de sangue. “Além do prazer que nós tenhamos em correr, é muito prazeroso ajudar o próximo.”
COMO SE INSCREVER
Para poder participar da equipe, as pessoas podem entrar em contato por telefone com Juliano Santiago (051995011533) ou Gerônimo Lagunde (051993694002) ou ainda procurar a entidade nos canais oficiais no Facebook e Instagram. Para participar não tem custo, o único valor cobrado é para as pessoas que querem ter uma planilha de treinamento.
TREINOS EM MEIO A PANDEMIA Santiago conta que criou vários vídeos para as pessoas acompanhar e treinar em casa. “Nas últimas semanas muitas pessoas estão tomando todo cuidado necessário e correndo na rua. Mesmo tendo todos os cuidados, se você vai para rua, está se expondo ao vírus então estamos incentivamos as pessoas para treinar em casa.”
Um dos times mais tradicionais da Inglaterra, o Newcastle está sendo comprado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. A compra do clube está dando o que falar no país e no mundo. Até que ponto está certa a investida de milionários em clubes de futebol? A própria Inglaterra está cheia deles e possui casos de sucesso, como o Chelsea e o Manchester City. Outros grandes times da atualidade pertencem à esses ricaços, como o PSG. No Brasil, esta prática não é comum, nem possível. Mas fica a questão. Você torcedor, gostaria que um grande messias comprasse o seu time? Valeria a pena trocar a honra e história do seu clube por uma possível alteração de nome ou escudo? Eu acredito que não.
DICA CULTURAL A Netflix está cada vez mais investindo em séries que contam bastidores do esporte. As estreias mais recentes são a The Last Dance, documentário que fala sobre a última temporada de Michael Jordan no Chicago Bulls, e a Matchday: FC Barcelona, que mostra os bastidores do clube catalão. Duas boas opções para os apaixonados por esporte que estão de quarentena.
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A HORA ESPORTE | Quinta-feira, 30 de abril de 2020
CORONAVÍRUS
CBF PROPÕE VOLTA DO FUTEBOL
A sugestão é que, se possível, os campeonatos estaduais retornem em 17 de maio
O
s dirigentes da CBF tiveram uma reunião por videoconferência com as federações estaduais nessa terça-feira na qual os rumos do calendários brasileiro foram tratados. A sugestão é que, se possível, as filiadas tentem viabilizar o retorno dos campeonatos locais no fim de semana do dia 17 de maio. O presidente da CBF, Rogério
Caboclo, admitiu que o cenário pode não ser o mesmo em todos os estados, já que há diferença na disseminação do coronavírus e também no posicionamento das autoridades. Rio e São Paulo, por exemplo, têm governadores com postura mais rígida em relação às atividades esportivas. Em Santa Catarina, o governador já definiu que as atividades esportivas não poderam retornar em maio. Caboclo fez questão de pontuar que o dia 17 de maio é uma sugestão e não uma determinação, sublinhando a falta de poder da CBF para ordenar algo do gênero. A proposta não é passar por cima das autoridades. A volta do futebol, com portões fechados, nos estaduais seria consequência do retorno aos treinos já no começo de maio. Assim,
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Próxima rodada do Gauchão terá a realização do clássico Gre-Nal
os clubes teriam condições de fazer uma intertemporada. Para a CBF, é importante o desenrolar dos estaduais para que
GRÊMIO
se abra espaço no calendário para o Brasileirão e a Copa do Brasil. A volta dos torneios nacionais traz um quadro mais complexo,
já que demandaria uma diminuição mais ampla do coronavírus no país, com liberação de voos e trânsito entre estados.
INTERNACIONAL
TREINAMENTOS DEVEM RETOMAR DIA 11 DE MAIO
NEGOCIAÇÕES PODEM DAR DINHEIRO AO TIME
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A direção do Grêmio está de olho no mercado europeu. Cinco jogadores que tiveram passagem pelo clube podem ser negociados e com isso o clube ganhará dinheiro pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. A quantia varia de acordo com o tempo que o jogador ficou nas categorias de base do clube, além, claro, do dinheiro pago pelo atleta. O principal nome é o do lateral-esquerdo Alex Telles. O jogador de 27 anos, é uma das lideranças do Porto e foi sondado por Atlético de Madrid e Barcelona, mas deve ser vendido ao PSG em uma transação que vai render cerca de R$ 1milhão para o Grêmio. Outro que está muito perto de trocar de casa é o atacante Tetê. Atacante do Shakhtar Donetsk está na Europa desde o início do ano passado, quando foi negociado pelo Grêmio com o clube ucraniano. Tem contrato por lá até o fim de 2023, mas já recebeu sondagens de Milan, Roma, Tottenham e Newcastle. Além de re-
As férias dos jogadores colocarados acabam nesta quinta-feira
Venda de Alex Telles pode render até R$ 1 milhão de reais aos cofres do Grêmio
ceber o percentual relativo ao mecanismo de solidariedade da Fifa, o Grêmio ainda possui 15% dos direitos econômicos do jogador. Já o meia-atacante Douglas Costa atualmente está na Juventus e tem contrato até 2022, mas PSG e Manchester City estariam interessados em contratar o atleta. Vendido pelo Grêmio por R$ 30 milhões, o volante Arthur tem
contrato com o Barcelona até 2024, mas Tottenham e Inter de Milão já enviaram propostas ao clube espanhol mostrando interesse no jogador. Após se destacar com o Liverpool, o volante Lucas Leiva é um dos principais nome da Lazio na boa campanha do campeonato Italiano e recebeu propostas para retornar no futebol inglês.
Em meio a incertezas em relação ao futuro do futebol, o Internacional já tem planos para retomar as atividades. Após uma reunião entre a CBF e a Federação Gaúcha de Futebol, o clube acredita que, num cenário otimista, os treinos devem voltar na semana do dia 11 de maio. As competições demorariam um pouco mais. A expectativa é que o Campeonato Gaúcho seja finalizado em junho, com o Brasileirão começando apenas em julho, ambos com portões fechados. A grande questão é a Li-
bertadores, que não tem data para voltar, e parece cada vez mais distante, uma vez que a Argentina fechou a fronteira para voos internacionais. Os jogadores do Inter estão de férias até o dia 30 de abril, mas a quarentena deve se estender um pouco mais. A última vez que o Colorado entrou em campo foi contra o São José, em goleada de 4 a 1 pelo Gauchão. O próximo compromisso pelo Estadual seria contra o Grêmio. Os dois times voltariam a se enfrentar após uma batalha histórica pela Libertadores.
Quinta-feira, 30 de abril de 2020
MÍN: 13º MÁX: 25º
O sol aparece acompanhado de algumas nuvens na Região. ARQUIVO A HORA
BASQUETE
CEAT/BIRA COGITA RETORNO AO PROFISSIONAL
Em entrevista a Rádio A Hora, Clairton Wachholz, o “Xis” revela trabalhos para disputar o Campeonato Gaúcho EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br
D
estaque no Rio Grande do Sul com inúmeras conquistas estaduais e participação em vários campeonatos nacionais, o Clube Atlético Ubirajá, o “Bira” pode estar voltando com as atividades profissionais. Em entrevista para o programa A Hora Esportes, da Rádio A Hora, o técnico Clairton Wachholz, o “Xis” revelou que a equipe trabalha com a possibilidade de retornar com a equipe adulta. “Vamos tentar buscar viabilizar a nível de lei de incentivo, pois sabemos que a comunidade está carente do esporte. Toda vez que é ventilada a volta, a comunidade nos procura agradecendo por isso. No ano passado foi uma decepção não ter sido concretizado o projeto.” O treinador comenta que o foco é primeiro com as crianças nos proje-
tos sociais e categorias de base. “A gente parte de que temos que ter patrocínio para montar as escolinhas, os projetos sociais e as nossas equipes de competição, depois pensamos no profissional” Segundo ele, no ano passado foi cogitado a volta para disputar o Gauchão e o Sul-Brasileiro. O time seria montado com atletas da base, mais atletas que já jogaram no Bira e acabaram fixando residência em Lajeado, além de outros que pararam de jogar, mas têm seus empregos fixos. Segundo Xis, o projeto não saiu do papel, pois a lei de incentivo não permite o pagamento de salários dos jogadores. “Faltou R$ 50 mil, então tivemos que abortar a ideia.”
CAMPEONATO ELITIZADO Por questões financeiras, o Bira extinguiu a categoria adulta em
2013. Segundo Xis, existe um custo muito alto para disputar as competições a nível nacional. Ele dá como exemplo que para poder participar do Campeonato da Confederação Brasileira, considerada a segunda divisão nacional, uma equipe precisa de R$ 500mil. Já para jogar o NBB o valor aumenta significativamente, chegando a casa dos R$ 1,5 a 2 milhões.
CONQUISTAS
Em 1997, o Bira formou a parceria com o CEAT. Desde lá os professores trabalham dentro do colégio. “Isso nos transmite segurança e credibilidade de trabalho a nível de esporte.” Xis conta ainda que todo esse alicerce partindo da instituição de ensino, mais o apoio das empresas e da Administração Municipal faz com que o Bira possa atender as mais diferentes demandas, desde projeto social, escolinhas de iniciação e
Equipe se destacou em 2019 nos campeonatos de categorias de base que disputou
equipes de competição. Hoje a entidade atende em torno de 670 atletas. Já a nível de conquistas, o professor comenta que em 2019, as categorias de base obtiveram bastante títulos. Além disso, a equipe foi campeão estadual escolar e ficou em terceiro lugar no nacional. “Esses resultados são frutos de um trabalho sério que estamos fazendo aqui em Lajeado.”
DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE Para Xis, o desenvolvimento
maior da modalidade começa nos projetos sociais. Segundo ele, em muitos lugares, os professores olham apenas para os bons jogadores, só que os excluídos muitas vezes podem ser investidores, treinadores ou donos de equipes. Outro ponto considerado como chave para desenvolver ainda mais a modalidade são as leis de incentivo. “O basquete depois da criação do NBB teve um salto magnífico no brasil. Hoje você consegue assistir jogos em teve abertas e redes sociais. Temos jogos quase todos os dias. Houve um crescimento muito grande desde então.”
FUTSAL
TEUTÔNIA FUTSAL APOSTA NA BASE Equipe vai disputar em 2020 o Gauchão nas categorias sub 13 e sub 17 EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br
Sem atividades profissionais desde 2018, quando disputou a Série Bronze pela última vez, a Teutônia Futsal foca nas categorias de base. Em entrevista para a Rádio A Hora, o técnico Christian Carniel destaca que a equipe disputará em 2020, os estaduais nas categorias sub 13 e sub 17. Hoje cerca de 250 crianças treinam de graça nos núcleos sociais da Teutônia Futsal. “Temos um trabalho de base muito interessante.”
EZEQUIEL NEITZKE
Carniel comenta que além de jogar com a categoria profissional, é muito importante para a Teutônia Futsal captar atletas e valorizar os atletas de Teutônia. Ele relata que há cinco anos o time joga a categoria sub 13 com o professor Laudenor Brune. Já neste ano será disputado pela primeira vez a categoria sub 17. “Queremos ir evoluindo com esses garotos para quando retornarmos a Série Ouro, termos uma base local. Essa é a ideia da entidade.” Para os próximos anos, o projeto da direção é jogar o estadual em quatro categorias, mais o profissional. “Estamos esperando ver a situação que vai ficar após depois da pandemia. Quando voltar vamos pensar 2021 para testar os meninos.”
RETORNO
ter certeza disso.”
DESENVOLVIMENTO DO FUTSAL NO PAÍS
Em 2020 Christian Carniel treinará o time sub 17 da Teutônia Futsal
Carniel conta que nesse momento é difícil avaliar qualquer situação, que a entidade está analisando ano após ano para retornar com a categoria. “Tivemos três anos de Série Ouro e sabemos o quanto é difícil. Enfrentamos a ACBF, AtlÂntico e Assoeva, equipes tradicionais com forte po-
derio financeiro, então sabemos da dificuldade que é jogar a primeira divisão.” Ele relata que o retorno para a Série Bronze foi para reorganizar o clube e com isso voltar mais forte. “Vamos voltar com o futsal adulto e lotar os ginásios de Teutônia, o torcedor pode
Outro situação apontada por Carniel durante entrevista foi o desenvolvimento do esporte. Com experiência de ter jogado dois anos na Espanha, viu de perto o crescimento da modalidade na Europa. “Eles usam o marketing para desenvolver o esporte. Nós deveríamos investir mais nesse produto.” O treinador comenta que os clubes e federações poderiam se aproximar mais das universidades. “É um polo muito gigantesco para o futsal, principalmente por causa da estrutura e dos profissionais que eles podem oferecer para ajudar. Na Europa isso se faz por muito tempo.”