Região de Leiria 5 de Fevereiro de 2010

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

Região de Leiria 5 | Fevereiro | 2010

No país das maravilhas...

Um país de gordos? DIRECÇÃO Director Francisco Rebelo dos Santos (C.P. TE nº 421) francisco.santos@regiaodeleiria.pt

Director Executivo João Carreira (C.P. nº 3139) joao.carreira@regiaodeleiria.pt

REDACÇÃO Editor Coordenador João Paulo Silva (C.P. nº 3299) (joao.silva@regiaodeleiria.pt)

João Paulo Marques professor do Ensino Superior Politécnico joao.paulo@regiaodeleiria.pt

Redacção: Carlos S. Almeida (C.P. nº 2830), Cláudio Garcia (C.P. 5104), Manuel Leiria (C.P. nº 4159), Marina Guerra (C.P. nº 8516), Mário Rui Nicolau (C.P. nº 4997), Martine Rainho (C.P. nº 2609), Paula Sofia Luz (C.P. nº 2579) e Sandra Mesquita Ferreira (C.P. nº 8858). Fotografia: Joaquim Dâmaso (C.P. nº 5613). Correspondentes locais: Armindo Vieira (C.P. nº 6771) e Artur Ledesma (C.P. nº 2140).

Colaboradores e Cronistas Carlos André, Feliciano Barreiras Duarte, Edgar de Carvalho, Helena Vasconcelos, Irene Cordeiro, João Paulo Marques, João Paulo Pedrosa, José Manuel Silva, José Parreira, Leonel Pontes, Olímpio Pereira, Paulo Ribeiro, Pedro Neto, Sérgio Claro, Sílvia Alves (editora d’A Bruxinha), Sílvia de Oliveira e Susana Carvalho.

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Numa altura em que o défice volta a estar na ordem do dia e as discussões e análises em torno do orçamento de estado do país das maravilhas nos recordam que o colesterol deste está um bocado alto, talvez valha a pena reflectir um pouco sobre esta coisa da gordura. A ideia já anda por aqui a marinar na cabeça há algum tempo, mais exactamente quando foi suspensa a venda de um medicamento para emagrecer. Ao que percebi por riscos cardíacos. De imediato, e tendo em conta o meu excesso de peso (quiçá falta de envelopagem – afinal a garrafa pode estar meia cheia ou meia vazia) um colega e amigo veio ter comigo a perguntar-me se eu por acaso andava a tomar daquilo. Tranquilizei-o. Primeiro, se andasse, aquilo era absolutamente ineficaz, conforme amostra em anexo. Segundo, porque a minha linha é mantida à base exclusiva de cozidos e grelhados: cozido à portuguesa, por exemplo ou, lá mais para o Verão, uma sardinhita assada. Fora

disso, sempre muitos legumes: o feijão na feijoada, um grão-de-bico com bacalhau (e em altura de crise com um atum de lata também marcha) ou umas favas cozidas com um carapauzinho frito. Isto é recomendável para a caspa, gota, unhas encravadas e acompanhado com um bagacito de manhã favorece a longevidade (se não fosse muito incorrecto diria que o bagacito devia ser acompanhado por um cigarrinho “mata-ratos”). Não sei se com tudo isto se pode emagrecer. Mas pelo menos consegue manter-se uma certa linha. Larga e anti-défice. Quanto a exercícios, sempre fugi de ir para os ginásios acartar ferro (ainda por cima pagando!) e as empresas armazenistas do dito metal dizem que já não dão emprego a tipos com a minha idade para essas funções. Andar a pé aqui na terriola também é complicado. Além das obras, e dos carros mal estacionados, dos passeios mal dimensionados e nalguns casos inexistentes, há um perigo terrível que esprei-

ta o caminhante ao virar de cada esquina: a boleia. De facto, andar a pé tornou-se uma coisa tão fora de normal que, no trajecto que me esforço por fazer todos os dias de manhã até ao meu local de trabalho sou, por diversas vezes, autenticamente assediado por colegas e amigos… “Eh! Pá, queres boleia”? E perante a resposta “Não, obrigado mas não quero” é ver-lhes a expressão transfigurar-se como se estivessem na presença de um extra-terrestre. No mínimo pensam todos que vou a caminho da psiquiatria. A pé, claro. Outros aproveitam para mandar a boca de que a crise já chegou lá a casa e já nem há dinheiro para a gasolina. Bom… não há condições. Alternativas? A diabetes, o AVC, as dores nas articulações, enfim, tudo coisas finas que nos podem levar a frequentar excelentes clínicas privadas, com um bom ambiente social e muito recomendadas para a saúde. Estaremos nós por acaso a fazer do país das maravilhas um país de gordos? Não. Temos é a mania.

se nos táxis, ao que parece. Comemoram-se cem anos da República. A Causa Monárquica desdobra-se em missas, romarias e jantares. O que fazia falta era um Rei, alguém para pôr ordem nisto tudo, dizem, nas aldeias, os mais velhos, apreciando visita feudal do “D”. Duarte, humilde entre os humildes. (Paulo Portas sabe como funciona!) A nobreza do sangue e a do trabalho, tão pobres uns como outros. O filho do rei escolhe a pastora, faz dela princesa, o inverso não se aplica. Sem Monarquia as pastoras modernas sonham com CR, são felizes uma semana mas abandonam o rebanho e juntam-se às hienas. É discutível e dispensável o papel de primeira dama, mas há quem não cesse de

tentar arranjar companhia ao PM. Pobre José, sozinho, preocupado com o orçamento, cogitando liquidar jornalistas... O senhor, na mesa do lado, falou com a mulher que contou à vizinha que comentou com a amiga que, por acaso, namora com o filho do assessor do secretário... E se, neste rol de informação partilhada, não se perdeu a essência do dito: Sócrates está decidido a “liquidar” um jornalista que se comporta como ovelha que viu um lobo: um PM troante, poderoso e estúpido a discutir assuntos delicados, em voz alta, num restaurante. Sabem, meus caros leitores? Esta crónica é, absolutamente, inventada. Viva a República, onde todos podemos ser doidos.

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Um país alegre

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Eu penso que...

O novo Largo Cónego Maia!

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O grupo de políticos almoça falando alto, destilando pequenos e grandes ódios. À volta todos ouvem e sorriem, não é todos os dias que a informação chega em primeira mão. Nos Passos Perdidos os deputados fazem caixinha e comentários lascivos sobre deputadas e secretárias, uns discretos outros nem tanto. Os que sabem algo guardam silêncio, os que julgam saber vão anunciando, faz parte do jogo de influência. Os novos hão-de aprender e as deputadas que é preciso estar alerta, esgrimir, aparar estocadas e nem sempre espetar o sabre, mesmo se o adversário der o flanco. O taxista reclama do trânsito, do país... A culpa é do governo! Ele sabe, já transportou ministros... E os ministros confessam-

Edgar Carvalho edgarcarvalho1@hotmail. com

A recente remodelação do Largo Cónego Maia nas traseiras da Sé de Leiria tem sido tema das críticas dos leirienses, que se interrogam sobre o significado das obras que ali efectuaram e que vieram piorar o tráfego na zona e, no plano da estética ambiental, tornaram aquele espaço um local empedrado sem qualquer beleza urbana. A verdade é que o trânsito está um caos!!! O largo, com dois bancos e sem quaisquer canteiros, tem uma zona para os ecopontos enterrados e uma paragem para as urbanas… A moda agora é “enfeitarem” as obras com pilaretes ou pinos de aço em vez de – como seria mais harmonioso – colocarem floreiras ao redor do

largo! Mas a bronca maior é terem autorizado dois sentidos de trânsito na estreita via que dá acesso à Rua D. Sancho I e permitir a saída pela Rua Almeida Garrett, ainda por cima com uma entrada na curva para o parque de estacionamento subterrâneo do edifício Zara. Para espanto dos utentes ainda se pode estacionar junto ao largo e as viaturas não têm espaço para circularem em segurança! Como existem alguns senhores condutores distraídos, há dias ninguém podia entrar na rua D. Sancho I. Deixaram um carro a obstruir a passagem junto aos tais pinos que estrangulam a entrada naquela via! Claro que a barraca aconteceu, foi ver os condutores a fazerem inversão de marcha, numa to-

tal confusão! E já agora um desabafo: Aquela espécie de “ponte com dois arcos” em pedra e tijolo que foi retirada para junto do muro da Sé e é iluminada com dois projectores será mesmo algum monumento com valor histórico? É estranho que esteja ali há vários anos, sem qualquer placa de identificação que esclareça qual o motivo daquela “peça”! Sim porque das duas uma, ou tem valor arqueológico e deve ter uma descrição para que os visitantes compreendam o que representa, ou então o melhor será retirarem-na, tanto mais que já a “embelezaram” com umas pinceladas de argamassa… Se isto é para valorizar a cidade e melhorar a sua imagem!...


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