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AEROPORTO
TRÂNSITO
Comércio ambulante vai Moradores vão protestar contra ampliação de Congonhas diminuir na Vila Mariana Divulgação
Equipes levaram barracas da Rua Domingos de Moraes lo, mas sabe que não conseguirá estabelecer algo tão pessoal com a mesma frequencia que nas praças de Piraju. Mas, acredita em democracia participativa, promete encontros periódicos com a comunidade e garante, por exemplo, que vai implantar o Conselho de Desenvolvimento Ambiental, o CADES - já instalado em várias subprefeituras da cidade e ainda em fase incipiente na Vila Mariana. “Os resultados são muito positivos - lá no Butantã a participação da comunidade foi essencial”, disse Pinterich em visita ao São Paulo Zona Sul esta semana. Aliás, foi à frente da Subprefeitura do Butantã, onde permaneceu por três anos, que adquiriu uma experiência que, acredita, será crucial para resolver a questão do comércio ambulante no entorno das estações e dos hospitais. “Consegui conter o comércio ambulante no entorno do Estádio do Morumbi. Agora não há mais Fábio Menotti
Apenas 152 pessoas estão cadastradas como vendedores ambulantes na região de Vila Mariana. Esse número incluiria aqueles que atuam no entorno de cinco estações de metrô (Paraíso, Ana Rosa, Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore, São Judas), faculdades, escolas, hospitais e unidades de saúde, pontos de ônibus, corredores comerciais, Detran... Mas, Maurício Pinterich estima que sejam “milhares” atuando de forma ilegal. Dois meses depois de assumir a Subprefeitura de Vila Mariana, ele confessa: o que mais lhe chamou a atenção, ao circular pelas ruas da região, foi a quantidade de camelôs e de moradores de rua (leia também matéria abaixo) espalhados pelos distritos de Vila Mariana, Saúde e Moema. Pinterich foi prefeito por dois mandatos na cidade de Piraju, divisa com Paraná. Lá, a população é de 36 mil habitantes - aqui, são dez vezes mais. Lá, fazia atendimento em praça pública e depois fazia questão de contar para a imprensa local quais as principais queixas da comunidade. Aqui, também pretende ouvir a comunidade e conta que já começou a fazê-
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Pelo menos é o que promete o novo subprefeito da região
Maurício Pinterich, no cargo há 60 dias, esteve na redação do São Paulo Zona Sul e falou sobre a meta de ordenar o comércio ambulante
ambulantes como antes, o que comprometia até a segurança da região”, diz ele, explicando que revogou Termos de Permissão de Uso naquela área por achar que era premente conter os abusos. Só esta semana, já foram feitas duas operações na região da estação Santa Cruz e proximidades de hospitais. As equipes da Subprefeitura recolheram uma barraca e duas araras com capas, CD’s e DVD’s piratas, uma barraca com alimentos e mesas e cadeiras que dificultavam a passagem dos pedestres pelas calçadas. Os alimentos apreendidos não puderam ser doados, uma vez que não possuíam origem nem data de fabricação registradas. Ou seja, o alimento vendido perto de unidades de atendimento de saúde não têm procedência garantida... Aqui, terá ainda outros desafios, mas se mostra animado. Além de prometer levar adiante o projeto do bairro universitário, que pretende melhorar a fluidez no entorno do Hospital São Paulo e os caminhos dessa área de Saúde até a estação Santa Cruz, Maurício aponta com uma novidade. Ele relata que foi aprovada uma nova parceria com a Unifesp, sediada no bairro e responsável pelo Hospital São Paulo, para que a Vila Clementino seja também um “Bairro Amigo do Idoso”.
Grupo de trabalho estuda formas de garantir inclusão de moradores de rua Como o Conselho Tutelar da Criança de Vila Mariana, pode contribuir para o encaminhamento de crianças e adolescentes que estão nos cruzamentos da região pedindo esmolas? E a Polícia Militar, tem contribuições a dar na abordagem a moradores de rua? Funcionárias das secretarias de Educação e Saúde
têm condições de orientar essas pessoas para participar de programas municipais de inclusão social? Enfim, é possível reduzir o número de pessoas vivendo em condições precárias nos baixos de viadutos, praças e canteiros centrais da Vila Mariana, Saúde e Moema? Foi com esse questionamento que, na se-
mana passada, o subprefeito Maurício Pinterich reuniu representantes desses diferentes órgãos. O objetivo é colaborar com a Secretaria de Assistência Social para melhorar o quadro atual da região. Pinterich acredita que seja possível atuar de forma conjuna com a Secretaria, que agora coordena os trabalhos.
São diferentes associações e pessoas com trajetórias e histórias diferentes. Mas, com um pensamento em comum: a ampliação das pistas de Congonhas em direção ao Jabaquara, sugerida pelo prefeito Gilberto Kassab em novembro do ano passado, não apenas vai prejudicar milhares de famílias que moram e trabalham na região como será uma medida inócua para aumentar a segurança do Aeroporto. Por isso, o movimento “Não a Ampliação de Congonhas” vai promover uma manifestação neste domingo, dia 5, com ponto de encontro em frente ao Aeroporto, bem no local onde ocorreu o acidente com um boeing da TAM em 17 de julho de 2007. Os participantes não são apenas moradores de bairros como o Parque Jabaquara e o Jardim Aeroporto, ou seja, do lado onde o prefeito diz que haverá desapropriações. Haverá também associações e moradores de Moema, que concordam que a obra, pelo contrário, só viria a comprometer a segu-
rança da vizinhança, já que poderá representar o aumento do movimento no mais movimentado aeroporto do país. ParticiIntegrantes do movimento se reuniram com parão ainda fao secretário Marcos Cintra miliares de vítimas dos acidentes aéreos, espe- dores ainda estão se movimencialistas em segurança de voo, tando para que as autoridades representantes dos funcionários públicas reconheçam a legitimidas empresas aéreas e políticos. dade do movimento. Foi nesse Entre as principais reivindi- sentido que se reuniram tamcações do Movimento estará a bém com o secretário de Desenutilização de Congonhas por ae- volvimento e Trabalho do muronaves adequadas às limita- nicípio, Marcos Cintra. Ele se ções desse aeroporto, limita- comprometeu a levar a reivindições essas decorrentes de uma cação ao prefeito e sugeriu aos série de fatores, inclusive da moradores que façam uma pesconformação geográfica do lo- quisa precisa para indicar a posição dos moradores dos baircal em que está instalado. Nos últimos dias, a comuni- ros que seriam atingidos pela dade local tem se mobilizado ideia de ampliação. Anote e participe: a manifespara chamar a atenção da sociedade para o protesto. Além de tação terá ponto de encontro dia montar um abaixo-assinado, 5, domingo, às 9h30, na Av oficializar a associação, espa- Washington Luis, em frente ao lhar faixas contra a desapropri- local do acidente da TAM de juação e organizar reuniões e o lho de 2007. Haverá homenagem protesto de domingo, os mora- às vítimas e, depois, protesto.