O DIA

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Metrópole

Teresina, Domingo 19 de Agosto 2012 w

Aventura nas águas

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João Diego e Clébert Clark, em Amarante, no início da jornada...

No Parnaíba, navegar é preciso O PI na Estrada faz expedição pelo Parnaíba e mostra comunidades ribeirinhas, as riquezas naturais... Enfim, a importância desse rio Samuel Brandão e Clébert Clark Especial para o Metrópole Em nossa primeira aventura pelas águas, foi uníssona a escolha do caminho: o Parnaíba, o rio de nossa terra, que permeou grande parte de nossa infância com suas histórias, encantos e seu belo leito, seria nosso sábio e gigante companheiro durante 5 dias de viagem, numa expedição de caiaque entre os municípios de Amarante, centro-sul do Estado, e Teresina, a capital do Piauí, percorrendo ao todo 180 Km pela via fluvial, vivenciando na pele sua grandeza e conhecendo um pouco de suas comunidades ribeirinhas, suas belezas naturais e a calmaria de suas tardes, isso claro, sempre guiados pelo seu curso natural.

O Rio Parnaíba nasce na Chapada das Mangabeiras, na Serra do Jalapão, divisa entre os estados do Tocantins e Piauí, numa altitude de aproximadamente 709 metros. É o maior rio genuinamente nordestino e ao todo, percorre 1.485 Km dividindo-se em Alto, Médio e Baixo Parnaíba até desaguar no Oceano Atlântico onde forma um espetáculo natural com 73 ilhas fluviais, cheias de mangues e dunas, um verdadeiro paraíso que leva o nome de Delta do Parnaíba, o único das Américas, ou seja, o nosso Velho Monge nasce e termina em dois lugares paradisíacos e nesse interstício é o principal meio de subsistência e essencial para a vida de diversas famílias piauienses e maranhenses.

18/07 – O começo da jornada Nossa viagem teve como ponto de partida o município de Amarante que fica numa região conhecida como o Médio Parnaíba. Ao chegarmos lá, por volta das 6 da manhã, depois de arrumar os caiaques e tomar aquele café “aprumado” próximo ao mercado velho, o cais já contava com a presença de vários curiosos que perguntavam para onde estávamos indo, os mais velhos nos chamavam de “Cientistas”. Depois dos ajustes finais e de pedir benção para o rio, às 8 da manhã colocamos os três caiaques na água e partimos para nossa longa e sábia jornada. O clima estava perfeito para as remadas, o céu aberto com uma refinada luz matutina perpassava as nuvens, a correnteza um pouco forte nos levava por debaixo

da copa das árvores, a natureza nos agraciou com suas belas paisagens naturais. O leito do rio, no Médio Parnaíba, é cheio de brejos e riachos e o fundo da paisagem sempre revela formações rochosas como serras, morros e serrotes com formatos bem peculiares como o Morro da Pedra do Rosto(MA), o Morro do Garrafão(MA), o Morro do Frade(PI) e sem dúvida o mais emocionante de toda a viagem, o Morro da Arara(MA), a uns 16 Km de Amarante, que se encontra na beira do rio e literalmente parece que sua outra “banda” foi levada pelo rio deixando um paredão com uns 100 metros de altura. Diante desse lugar exuberante resolvemos fazer nossa primeira parada para o almoço, numa pequena caverna encravada na

pedra e tirar algumas fotos. Depois de um descanso merecido, é hora de se apressar pois ainda faltavam 30 Km até o município de Palmeiras onde passaríamos a nossa primeira noite. No meio do caminho, uma breve parada no povoado de Chumbado(MA) e em Penêdo(MA), onde vimos a primeira das quatro grandes balsas que, na falta de ponte, atravessam diariamente veículos e pessoas entre os dois estados. O céu já escurecia, quando o pôr do sol nos mostrou seu espetáculo, espelhando o lusco-fusco nas águas do Velho Monge e ao ponto que o sol esmaecia as estrelas apareciam, logo milhares delas se juntaram no céu, formando uma espécie de nebulosa em meio ao silêncio do

Surpresa “O leito do rio, no Médio Parnaíba, é cheio de brejos e riachos revelando muitas formações rochosas” universo. Diante desse espetáculo, clipamos os caiaques e chegamos em Palmeirais por volta das 7 e meia da noite, onde os irmãos Zimmermann e dona Zeudmann nos acolheram muito bem no seu bar e restaurante Tibungo, aí, foi comer, montar o acampamento e dormir igual pedra com os braços do “Marinheiro Popeye”.

O belíssimo cais de Amarante, com vista para o Morro de São Francisco, no Maranhão

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Fotos: Samuel Brandão e Clébert Clark

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