Historia de Parnamirim

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22/10/2003

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1965, o Tenente Nunes e o vice-prefeito, o empresário de ônibus Luiz Sabino de Sena, construíram duas escolas os colégios Presidente Costa e Silva, no Centro, e o Osmundo Farias, em Passagem de Areia - e investiram em um plano de expansão urbana para a cidade, planejando um crescimento ordenado, criando os bairros de Santos Reis (onde foi construído, em 1992, o terceiro mercado público e transferida, pela quarta vez, a feira livre) e de Passa-gem de Areia. Durante sua administração chegou à cidade a energia de Paulo Afonso, um sonho político e uma necessidade social e econômica que todo o Rio Grande do Norte perseguia desde o início da década de 50 quando o governo federal começou a distribuir para os estados nordestinos a energia elétrica gerada pela hidrelétrica construída em 1948 no rio São Francisco, mas que vinha sendo adiada há 12 anos.9 O governador Aluízio Alves tinha criado a Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (Cosern), em 14 de dezembro de 1961, para viabilizar o tão acalentado projeto, defendido por Café Filho e por ele mesmo, Aluízio, da tribuna da Câmara Federal. Em 02 de abril de 1963, o presidente João Goulart inaugurou, em Santa Cruz, a primeira etapa da linha de transmissão de Paulo Afonso que começaria a abastecer o Estado. Em dezembro do mesmo ano, a energia elétrica chegou a Natal e, em meio as comemorações, o presidente da Cosern, engenheiro Rômulo Galvão, anunciou os planos de interiorização da rede de distribuição. Parnamirim estava entre as cidades que deveriam ser contempladas já na primeira etapa, mas os custos de instalação de uma rede elétrica eram grandes e a cidade - até então abastecida pelos geradores das casas de força da Base Aérea - só veria a energia de Paulo Afonso 15 meses depois.

9 - No dia 18 de junho de 1951, cinco meses após assumir a vicepresidência da República, o norte-riograndense e ex-lider sindical, João Café Filho, convocou lideranças e empresários potiguares para uma reunião no Palácio do Catetete, Rio de Janeiro. O vice-presidente queria a formação de um movimento popular que levasse a energia elétrica de Paulo Afonso para o RN. O investimento necessário seria de CR$ 100 milhões. Ficou acertado que seria criada uma sociedade anônima - a Companhia Eletrificadora do Nordeste - para captar os recursos e o professor Ulisses Celestino de Góis eleito o secretáriogeral. Foram colhidas subscrições no valor de seis milhões, duzentos e noventa e um mil cruzeiros (que não se sabe se chegaram a ser depositadas pelos doadores), mas o fato é que a iniciativa não prosperou nem mesmo quando Café Filho assumiu a presidência, com o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954.

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