JOFEBAR25ANOS

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VIN OBRAST E E C INCO ANOS



VINTEECINCOANOS25OBRAS


E DIÇÃO DIRECÇÃO

E COORDENAÇÃO EDITORIAL

TRADUÇÕES D ESIGN

GRÁFICO

IMPRESSÃO ENCADERNAÇÃO

L ABIRINTO

DE

P AIXÓNS

JUAN RODRÍGUEZ ANA RITA SOUSA (ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ESPANHOL) TRESPUNTOS EUROGRÁFICAS L IBROCARTÓN ©FOTOGRAFÍAS JUAN RODRÍGUEZ ©TEXTOS

DOS AUTORES

ISBN

978-84-935504-1-7

D. L.

C 1614-2010


5

XQOLPLWHG SHUVSHFWLYH

Rua D. Marcos da Cruz nº. 1240 4455. 482. Perafita Matosinhos. Portugal

Ph.-de-Sauvage, 37. 1219. Châtelaine. Geneva. Switzerland

t + 351 229 996 311 / 2 / 3 f + 351 229 966 909

p + 41 22 797 16 50 f + 41 22 797 16 51 m + 41 79 455 51 13

jofebar@jofebar.com

info@panoramah.com

O nosso mais sincero agradecimento a todas as pessoas que colaboraram nesta edição, especialmente a; Francisco Mangado, Frederico Valsassina, Camilo Rebelo, Cristiana Durães, Eurico Almeida, Pedro Araujo, Diogo Matos, Cátia Pinto, Arquitectura y Diseño, Soledad Lorenzo, Antonio de Extremoz.


Bañobre, 1973 © Juan Rodríguez


Quando no início dos anos setenta do século

fotografo. Nem assim poderia suspeitar

passado recebi um prémio num concurso

que uma parte do futuro profissional que

fotográfico escolar, certamente não poderia

me esperava giraria à volta das fotografías

imaginar que o futuro profissional que me

de janelas.

aguardava giraria em torno da fotografia. Claramente, aquela inocente imagem de

Como não poderia deixar de ser, conheci o

JUAN RODRÍGUE Z

uma janela não era um presságio de nada.

José Maria Ferreira e o Rui Branco fotogra-

FOTÓGRAFO

Era uma reprodução de um reflexo num dos

fando as suas janelas.

ULT Z AMA,

JANEIRO DE

2 0 10

vidros de uma janela. Espero com este trabalho fotográfico-editorial Anos depois, na década de oitenta, percorri

estar à altura do produto que estes empre-

a Europa em diversas ocasiões estudando

sários portugueses, com tanto entusiasmo e

através da câmara a obra de diferentes ar-

rigor, fabricam, um elemento constitutivo da

quitectos e aprofundando o conhecimento

arquitectura que hoje é requisitado por tan-

de muitas cidades.

tos arquitectos que o querem incluir nos seus projectos: a janela minimalista, uma janela

Sistematicamente, e ainda hoje, penso que

que quanto mais evolui menos se vê, mas

sem nenhum motivo pré-concebido, reali-

através da qual se vê mais. Também neste ca-

zei uma grande quantidade de fotografias

so menos é mais.

de janelas, provavelmente atraído pelo ritmo que estas marcam nas fachadas e

Com a mesma vontade com o que em 1973

pelo aspecto ordenado que estas lhes con-

fiz aquela foto para o concurso escolar hoje

ferem. Sempre senti uma grande atracção

vejo o mundo através de uma janela, a janela

por unir as formas de ordem em tudo o que

da minha câmara.



IDEIA S

BEM CONSTRUÍDA S

A visita a um edifício bem construído produz

humilde), porque o cliente soube encontrar

uma sensação intensa, difícil de expressar

um profissional que sabe o que é necessário

por escrito. Todos, em algum momento, já

quase melhor de ele próprio e o projectista

sentimos esta experiência incrível, mistura de

pode trabalhar sob o estímulo que lhe permi-

regozijo pela visão e de reacção quase epidér-

te sentir-se respeitado e admirado.

mica, que desperta, irremediavelmente, uma

JOSÉ MARIA FERREIRA

admiração profunda pelo autor. Tive a sorte de

De facto, utilizar um edifício projectado por al-

me dedicar a uma profissão que, para além de

guém que sabe muito do seu ofício é um ver-

me empurrar para um processo de enamo-

dadeiro privilégio. Mas viver, como eu vivo, e

ramento total pela Arquitectura, me permitiu

em primeira linha, todos os capítulos dessas

conhecer de muito perto o complexo, dificíli-

conversações e dos incidentes e obstáculos

mo e responsável processo que torna um edi-

que qualquer construção implica valoriza,

fício possível, seja qual ele for a sua escala e o

muito mais intensamente, o desenlace.

seu país de origem. Existe algo de incrivelmente mágico neste processo, quando ocorre —o que não é sempre—, e que é o que determina necessariamente o resultado: o diálogo, a química, o entendimento profundo entre o cliente e arquitecto. Estabelece-se então um encontro entre dois profissionais cujos destinos se entrecruzam para conseguir algo muito importante (repito, mesmo que seja a uma escala


A Jofebar é uma empresa portuguesa

consolidação dos processos produtivos e

fundada em 1985, orientada na sua ori-

de comercialização.

gem para a execução de trabalhos de carpintaria metálica.

Em 2006, o volume de negócios e o crescimento da empresa, levam a que a Jofebar

No final dos anos 80, após a entrada de Jo-

se converta em Sociedade Anónima, tendo

sé Maria Ferreira, a Jofebar dá início a uma

como principais accionistas José Maria Fe-

nova fase de crescimento, alicerçada em

rreira, Rui Branco e Paulo Vale.

produtos distintos e de grande qualidade, com uma nova equipa de trabalho capaz de

Neste mesmo ano, a Jofebar muda as suas

responder a projectos mais exigentes.

instalações de Vila do Conde para Matosinhos - Porto, concentrando num só local com

Nesta etapa, a Jofebar inicia a colabo-

5500m2, showroom, departamento técnico,

ração com arquitectos, assumindo a res-

serviços administrativos, produção e logís-

ponsabilidade de encontrar e determinar

tica de suporte aos diferentes mercados.

os materiais e as soluções mais adequadas a cada projecto. Esta fase marca,

Em 2009, a MGS, SGPS, liderada por Pedro

também, o alargamento da relação privi-

Pinto do Souto, entra no capital da Jofebar,

legiada da Jofebar a vários gabinetes de

com vista ao reforço do desenvolvimento já

arquitectura portugueses e estrangeiros,

iniciado e com um novo impulso para a expan-

em que se procura dar corpo a novas so-

são da empresa, designadamente, no alarga-

luções a ser desenvolvidas e testadas.

mento do seu relacionamento institucional.

No início da presente década, Rui Branco

Nos últimos anos, a Jofebar alargou a sua

integra a sociedade, contribuindo para a

actividade a Espanha, Reino Unido, França,


Grécia, Emiratos Árabes Unidos, Suíça e

Desde essa altura, e apostando no firme

Marrocos. Paralelamente, amplia as suas

compromisso entre inovação e eficiência das

áreas de negócio, com a oferta de um vasto

soluções e serviços prestados, a empresa

leque de produtos: desde perfis até siste-

atinge um estatuto único no mercado, basea-

mas de fachada, potenciando novas so-

do na inovação e desenvolvimento de produ-

luções e funcionalidades.

tos, serviços e materiais que apresenta.

Com uma imagem no mercado que se vai

É neste sentido que a Jofebar se identifica

consolidando ano após ano através da exe-

totalmente como uma ferramenta de tra-

cução de variadíssimas obras, algumas de

balho para arquitectos, desde estudantes

grande dimensão, a Jofebar vai marcando

aos já consagrados, em torno de um objec-

a sua presença em obras de grande prestí-

tivo comum, o de concretizar visões.

gio de que se destacam o Sky Restelo, em Lisboa, ou o Museu de Arte e Arqueologia

O encontro de ideias resultante deste mo-

do Vale do Côa.

mento sintetiza o processo de inovação e desenvolvimento capaz de ser gerado atra-

Fruto da colaboração com alguns dos melho-

vés de mecanismos que cruzam profissio-

res arquitectos portugueses e estrangeiros, a

nais com valências complementares.

Jofebar conquista o direito de colaborar em projectos de inequívoca qualidade e referên-

Encaramos as próximas iniciativas com a

cias obrigatórias no panorama da arquitec-

mesma disponibilidade para colaborar e

tura contemporânea, de que são exemplos a

potenciar todos os projectos que se enqua-

Casa da Música, no Porto, de Rem Koolhaas

dram na nossa missão.

ou o Centro Municipal de Exposições e Congressos de Ávila, de Francisco Mangado.


“Design is not just what it looks like and feels like.

capacidade auto-portante do vidro foi o

Design is how it works.”

ponto de partida para a redução da expressão dos aros. Assim, e eliminado o papel

Steve Jobs, Apple CEO

estrutural do aro de alumínio passou então a ser possível a livre configuração dos vãos, tanto na sua disposição —permitindo uma legítima analogia com o conceito

É inevitável que, quando procuramos inovar,

Corbusiano de planta-livre— como no seu

cometamos alguns erros. E não será por is-

dimensionamento —por virtualmente não

so surpreendente verificar o quão longo foi

estarmos sujeitos a outros limites que não

o percurso que nos levou até à Panoramah!,

aqueles dos materiais em si e das indús-

25 anos de muitos passos —experiências,

trias que os processam e transformam.

5

XQOLPLWHG SHUVSHFWLYH

pesquisa e desenvolvimento— nem sempre coerentes, pacíficos ou concordantes. E

A reconfiguração do perfil de soleira e o

porque estamos conscientes que o ónus de

desenvolvimento de sistemas de fecho

inovar passa por reconhecer que as dificul-

específicos passou por isso a permitir a

dades (ou até mesmo os fracassos) fazem

ocultação do aro perímetral e consequen-

parte do processo criativo, sabemos hoje

temente foram eliminados todos os obs-

também que o nosso portfolio representa,

táculos físicos e visuais. A ligação entre

no seu domínio específico, o estado da arte.

os diferentes elementos corrediços é feita através de perfis compostos de alumínio/

O repensar dos tradicionais sistemas de

poliamida com a mínima expressão possí-

abertura de correr e de guilhotina foi o

vel, 20mm de espessura. A transmissão do

primeiro passo. Quisemos repensar o pe-

peso dos elementos móveis é feita através

so específico de cada componente que

de duplos rolamentos que auto-centram os

faz parte de uma janela. A utilização da

panos móveis e que estão colocados num


perfil próprio, removível, colocado na base

desgaste mínimo dos rolamentos —por

do sistema.

oposição à tradicional colocação dos mesmos na base dos elementos móveis— com

A Panoramah! utiliza exclusivamente maté-

um consequente melhoramento na facili-

rias-primas nobres. Do vidro —temperado ou

dade e leveza no manuseamento. Os fechos

laminado— retiramos verdadeira vantagem

são de alumínio maciço e, dado não existir

das suas características, tanto estruturais,

qualquer tipo de mecanismo, não acusam

como técnicas (térmicas, de segurança, acús-

qualquer desgaste e não necessitam de

ticas e de controlo solar) como visuais. Este

qualquer tipo de manutenção.

vidro é perimetralmente colado a um perfil de alumínio que desempenha uma dupla função

Tivemos particular empenho na adequação

—calibração do dimensionamento e fixação

do nosso sistema aos mais exigentes de to-

mecânica aos perfis de alumínio endurecido—

dos os requisitos. O desempenho térmico

termo-lacado ou anoodizado —e de poliamida

é excelente estando já os nossos sistemas

reforçada com fibra de vidro—, que garantem

ratificados de acordo com a certificação MI-

o eficaz desempenho térmico e acústico.

NERGIE com a recentemente implementada marcação CE. O perfil Panoramah! tem

Os componentes móveis são duplos ro-

ruptura térmica e utiliza poliamidas especí-

lamentos estanques e auto-lubrificados

ficas ENSINGER de alto-desempenho, o que

de aço inoxidável capazes de suportar até

assegura, em combinação com o vidro du-

800kg por metro linear. A calha onde estes

plo ou triplo com espessura total de 38mm,

rolamentos são fixos é instalada em tramos

um coeficiente de insulação da janela [U] de

modulares com 1m de comprimento o que

1,1W/m2.K. Também o desempenho acústi-

não só possibilita uma fácil manutenção

co é excepcional, estando o sistema certi-

(por possibilitar a remoção para uma fá-

ficado com um indíce de absorção acústica

cil limpeza) como garante um atrito e um

[Rw] de 37dB.




A luz actua como principal agente na defi-

Conceitos técnicos de vanguarda, aliados

nição material dos objectos, desvendando

a uma elegância minimal, são o testemu-

toda uma estrutura de acidentes, mais ou

nho de uma marca perfeitamente cons-

menos acentuados, regrados ou não, que

ciente do papel primordial que o material

os qualifica.

desempenha na Arquitectura.

A escolha, a aplicação e a síntese material, o ritmo, o rigor e a depuração formal permitem conferir à Arquitectura uma ambiguidade capaz de sugerir, através da alteração de escala, a noção de “mega-textura”, que extravasa o domínio do próprio objecto construído. Luz e sombra, transparência e opacidade, num movimento incessante de cheios e vazios, potenciam assim a leitura de múltiplas fachadas, numa atitude nítida de abstracção que ultrapassa a

F R E D E R I C O VA L S A S S I N A ARQUITECTO

caracterização do edifício em si e se estende ao tecido da cidade. O processo de concepção de espaços é portanto indissociável de uma materialidade específica, pelo que se torna imprescindível garantir elevados níveis de cumplicidade com todos os intervenientes na procura da depuração formal pretendida. A Jofebar tem sido, indiscutivelmente, um dos principais aliados na concretização das nossas propostas, apostando fortemente na pesquisa de soluções construtivas simples e inovadoras no âmbito da criação de vãos e do controlo da luz natural nos espaços projectados.


A arquitectura é uma acção conjunta on-

sua construção e perante o detalhe. A ati-

de o arquitecto ocupa, fundamentalmente,

tude de uma empresa que vai além do que é

um papel impulsor. Essa expectativa, que

habitual no mercado que nos rodeia. A Jofe-

constituiu um dos principais materiais com

bar não só constrói e vende. Antes de mais,

que se faz o projecto arquitectónico, não

envolve-se e projecta. Alimenta-se da von-

significa nada se não se actua num campo

tade e dos objetivos do arquitecto para gerar

abonado, numa realidade predisposta para

um processo de busca, de investigação e de

alcançar o melhor resultado. Nesse cam-

melhoria do projecto de arquitectura. Mais

po abonado interactuam, entre outros, os

do que serviços fornece ideias. Mais do que

aspectos materiais do projecto. Aspectos

soluções fornece reflexão. E tudo isto é feito

materiais que, no fim de contas, e por mui-

criando a melhor atmosfera possível por-

to que estejam liderados por pressupostos

que, além disso, desfrutam.

ideológicos, nutrem a realidade física, certa e evidente com que se constrói a arquitectu-

Creio sinceramente que essa capacidade de

ra. A construção, longe de ser um puro acto

desfrutar, coisa que se revela óbvia para to-

produtivo, adquire, no caso da arquitectura

dos os que tivemos a oportunidade de trabal-

inteligente, um papel fundamental e intrin-

har com eles, é o mais importante. Na medi-

FRANCISCO MANGADO

secamente ligado ao processo conceptual,

da que se torna evidente, transforma-sse em

ARQUITECTO

ao projecto enquanto ente significante. E

eficácia pensante e deixa fora do projecto o

ao ser a arquitectura uma acção conjunta,

medo do desconhecido, do erro, e isto sem

o papel dos que constroem é tão importante

cair no que se entende como óbvio e evi-

como o do arquitecto, criando-se, nos casos

dente. Este gozo anima um processo inves-

melhores, uma relação biunívoca, intensa,

tigador que acaba sempre surpreendendo e

onde os distintos papéis do criador-produ-

animando o processo construtivo do projecto.

tor se entrecruzam e enriquecem mutuamente contribuindo para gerar o tal campo

Os fundadores da Jofebar não se sen-

abonado anteriormente referido.

tem satisfeitos quando o que está em jogo é a simples produção, pelo contrário,

Para mim, como arquitecto, é um prazer es-

alcançam os seus melhores resultados

crever a introdução de um livro como o aqui

quando o repto construtivo-arquitectónico

apresentado. Um livro que longe de ser um

está presente e é difícil.

catálogo de soluções, não é mais do que uma tentativa de transmitir de uma forma bela,

Nada é seriado e, perante o detalhe usual,

uma atitude perante o projecto, perante a

oferece um “mais além” que tem que ver,


(S) EM ARO não só com a vontade do arquitecto, senão,

A condição contemporânea do arquitecto

o que é ainda mais importante, com o

faz deste necessariamente uma espécie de

conhecimento do “espírito” e da forma de

“DJ” —aquele que liga as diversas partes e

manipular o material. Pois o material é o

cristaliza os diferentes saberes. O conheci-

mais importante, convertendo-se em algo

mento é global e acessível a todo o minuto

surpreendente, de certa maneira ilimitado

e em qualquer lugar. O conceito/condição

quando se pensa nele com o objectivo de

de cultura induz dinamismo— não interes-

esgotar as suas melhores possibilidades. É

sa o saber encriptado num determinado

sempre generoso e só espera a inteligência

ser ou lugar, mas sim o que cada entida-

de quem o manipula convertendo assim a

de faz e promove com este. É na vertente

construção num acto onde conceitos co-

técnica do conhecimento que encontro a

mo a técnica e a investigação, certamente

Jofebar cuja disponibilidade para dialogar,

abertos e generosos nos seus objectivos,

partilhar, experimentar e exercer conheci-

substituem os mais imediatos e redutores

mento é quase ilimitada.

da tecnologia e da especulação. (S)em Aro é inspirado no livro —Cartas a um Neste contexto e manipulando estes conceitos onde se cria e desenvolve o

C AMILO REBELO

“mundo” da Jofebar do qual, este livro,

ARQUITECTO

através das suas magníficas imagens e feitos, deixa boa constância. Somos muitos os arquitectos que participamos e continua-

jovem designer— dos Irmãos Campanas, nomeadamente nas suas desconfortáveis, cadeiras em ferro cujo tema conforto confere uma espécie de Ground Zero —quase desconforto— para a imensa criatividade e conforto, posteriormente conseguidos.

mos a participar neste mundo, dos seus objectivos, do seu método e da sua ilusão.

No ensaio de Ítalo Calvino, Seis propostas

Creio sinceramente que todos eles subs-

para o novo milénio, relativamente à “leve-

creverão em grande medida os pobres elo-

za” o autor refere que a leveza está associa-

gios aqui vertidos. Em todo caso, pessoal-

da à precisão e à determinação. (S)em Aro

mente quero transmitir o agradecimento

é a depuração levada ao extremo, estético e

por toda a ajuda que durante estes anos

técnico, onde vidro “peso”/leve nos dá a ri-

me prestaram os amigos da Jofebar. Sinto

gidez transparente para deslizar quase sem

que, com eles, o “meu” trabalho converte-

aro! Este produto de eleição, seja por moda

se em “nosso” e, que a obra adquire essa

ou por um princípio estético de redução ao

dimensão conjunta, complexa e densa de

essencial é uma solução que preenche mui-

que tanto gosto.

tos dos requisitos das nossas arquitecturas.


Fomos solicitados para desenhar um “es-

No âmbito do Swissport09, conheci outra

paço/varanda” numa vivenda dos anos 70. A

vertente da Jofebar, ainda que imbuída no

reflexão recaiu sobre temas como extensão,

mesmo espírito. A preocupação e abertu-

prótese, forma/matéria e por último o ele-

ra às realidades exteriores, mais propria-

mento chave, o caixilho ou sistema de aber-

mente nas questões da disciplina Arqui-

tura de vão. Propusemos uma prótese física

tectura/design, e nomeadamente no rela-

—massa densa— retirámos um negativo e no

cionamento com Instituições, arquitectos

sentido de enfatizar o vão, omitimos a caixil-

e jovens estudantes. A Jofebar surpreende

haria, o vidro recolhe dentro das paredes e

na dimensão e disponibilidade para rece-

desse modo fundimos interior e exterior.

ber, acolher, discutir e promover a nossa disciplina de forma superior, com um

No Museu do Côa o conceito era construir/

carácter “quase” pedagógico e comple-

escavar uma “pedra” na montanha. Eram

mentar às intuições. O êxito do workshop

necessárias aberturas, negativos, vãos ou va-

Swissport09 deve-se, em grande parte, ao

zios de grandes dimensões onde a matéria/

esforço, dedicação pessoal e material de

massa devia aparecer na sua maior e nobre

pessoas como o José Maria Ferreira e Rui

natureza, sem a percepção explícita dos aces-

Branco.

sórios. Recorremos ao sistema (S)em Aro, pois este revestia-se da dimensão necessária

Se a premissa do início deste texto for váli-

para atingir todas as nossas intenções.

da, devemos fazer o que sabemos e porque sabemos temos o dever de o fazer…deste

A Jofebar, enquanto serralharia de pre-

modo somos úteis e então digo: A Jofebar

cisão, não se reduz ao (S)em Aro e pra-

reflecte a sua abertura de espírito e cultura

tica uma filosofia que nos remete para

na sua caixilharia e por conseguinte na ar-

questões de linguagem e expressão, mas

quitectura. O contrário também é verdade.

também, para a forma de abrir, ou seja na vertente técnica e na sofisticação dos mecanismos. A Jofebar partilha pesquisa e inovação, com arquitectos e designers, no sentido de atingir a excelência dos modelos e soluções, e simultaneamente cumprir dois requisitos que considero fundamentais no âmbito da serralharia, o que abre e como abre…


E SPA NHA PA R A A

E X P O Z A R A G O Z A ´0 8 09 10 11

FR A N C I S CO M A N G AD O C E N T RO HÍP ICO ULT Z A M A

08

C A R L O S F E R R A T E R , L U C Í A F E R R A T E R C A S A F -3

DE

07

F R A N C I S C O M A N G A D O PAV I L H Ã O

CÓRDOBA

06

N UE VA B AL A S T E R A

EM 05

MUNIC IPAL

L A-HOZ C A SA

04

F R A N C I S C O M A N G A D O E S TÁ DIO

DE

R E S TAU R A N T E M A R I S O L

C A N TA BR I A 03

R AFAEL

OUT DO

DE

02

VA Í L L O & I R I G A R AY + G A L A R C H I L L

ARQUITECTOS

E SPANHA

DE

01

C A P I L L A -V A L L E J O A R Q U I T E C T O S C O L É G I O O F I C I A L

NA

NO

EM

SÃO MART INHO

DA

QUAL IDADE

P A Ç O D ’A R C O S

DE

L APA

ESTORIL

Á LVA R O SI Z A I N S T I T U TO S UPE R IO R

JOSÉ MART ÍNEZ CASA

JOÃO C ARLOS SANTOS MOSTEIRO

M A N U E L A I R E S M AT E U S C A S A

F R E D E R I C O VA L S A S S I N A C A S A

PORTUGAL

12

DE

TIBÃES


20 21 22 23

AA

19

C A R L O S F E R R AT E R , X AV I E R M A R T Í G A L Í C A S A

AT R IO

18

DEL

17

FR AN SILVE S T RE ARQUI T EC TOS C A S A

16

C A R L O S F E R R AT E R , L U C Í A F E R R AT E R H O T E L A L E N T I

ELIANA

15

NA

14

A R T URO SILV E S T R E N AVA R RO C A S A

F R A N C I S CO M A N G AD O C E N T RO MUNIC IPAL DE E X P O S IÇÕE S E CONGRE SSOS DE ÁV IL A

13 24 25

DE

MAIA

DE CONTROLO DA AUTO-ESTR ADA

DE

ARTE

E

DE

DA

MÚSICA

MOURA CASA

REM KOOLHAAS CASA

EDUARDO SOUTO

DAS

DA

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C AVA L O

H I S T Ó R I A S PA U L A R Ê G O

J O S É M A N U E L C A R V A L H O A R A Ú J O E S P A Ç O V IP

EM

ARQUEOLOGIA

DO

CÔA

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FECHADO NO

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JE A N P I E R R E PO R C HE R , M A R G A R IDA O L I V E I R A , A L B I N O F R E I TA S C A S A

PEDRO TIAGO P IMENTEL, C AMILO REBELO MUSEU

MANUEL MAGALHÃE S CONDOMÍNIO

NA

CO-AUTOR

MOURA CASA

A N T Ó N IO L E I TÃO B A R B O S A ,

EDUARDO SOUTO

F R A N C I S C O A I R E S M AT E U S E DI F Í C IO


F R E D E R I C O VA L S A S S I N A C A S A

NO

ESTORIL PORTUGAL

E STORIL





01

Inserida na malha habitacional do Estoril, numa área urbana de baixa densidade, a Casa ergue-se discretamente num lote onde o verde predomina. Natural e artificial convivem aqui como prolongamento mútuo, cúmplices na definição de espaço que se pretende activo na caracterização da envolvente. Tendo como premissa a remodelação e reabilitação de uma moradia preexistente, a intervenção procura através da simplicida02

de contornar a irregularidade formal. Volumes maciços subtraídos entre si promovem então uma imagem monolítica, onde o controlo na escolha dos materiais pretende realçar a forma enquanto “todo”. No interior, a adaptação dos espaços existentes ao novo programa da habitação pretende denunciar uma clara fusão entre o domínio social, mais exposto, e a zona de serviço, que surge na continuidade desta até a uma zona mais protegida na área tardoz da casa. A entrada principal faz-se a Norte, na continuidade do jardim, e abre-se sobre outro


03

jardim imediatamente a Sul. Entre os dois jardins sucede-se uma sequência de espaços interligados entre si cuja cadência é denunciada interior e exteriormente pela inexistência de barreiras visuais. O espaço de circulação, entendido como vazio, trespassa a intervenção e faz a distribuição entre o acesso ao piso superior, através de uma escada desmaterializada, os espaços de apoio (bengaleiro e WC) e a zona social, que reúne o hall, o escritório/ biblioteca, a sala de estar, a sala de jantar e a cozinha. A organização da zona íntima da casa, situada no nível superior, procura tirar o máximo partido da luz natural, através da abertura de grandes vãos e da criação de pátios interiores.

04

Pretende-se que a inexistência de compromisso formal e tipológico entre as partes que constituem o todo seja catalisadora de uma dinâmica que promova a flexibilidade dos espaços e que, simultaneamente, garanta o bem-estar e a resposta às exigências daqueles que deles directamente usufruem.

01 Planta piso 1 02 Planta piso 0 03 Secções 04 Alçado norte




05

05 Alรงado sul







06

07

08

1 CAPEAMENTO EM CHAPA METÁLICA QUINADA PINTADA TINTA DE ESMALTE À COR BRANCO RAL 9016. 2 REBOCO EXTERIOR PINTADO À TINTA DE BASE AQUOSA À COR BRANCO RAL 9016. 3 CAMADA DE SEIXO ROLADO. 4 TELA DE PROTECÇÃO. 5 ISOLAMENTO TÉRMICO COM POLIESTIRENO EXTRUDIDO DE 50 MM DE ESPESSURA. 6 TELA DE IMPERMEABILIZAÇÃO. 7 CAMADA DE FORMA. 8 LAJE ESTRUTURAL DE BETÃO. 9 PINGADEIRA. 10 CAIXILHARIA JOFEBAR DE CORRER EM ALUMÍNIO ANODIZADO NATURAL. 11 GUARDA EM VIDRO LAMINADO 2,50X1,27M. 12 DECK EM RÉGUAS DE MADEIRA DE IPÊ (FIXAÇÃO OCULTA) ACABADO COM VELATURA DE IMPREGNAÇÃO. 13 CANTONEIRA METÁLICA PARA FIXAÇÃO DE GUARDA DE VIDRO COM L DE (150X150MM) E 5MM DE ESPESSURA REVESTIDA A NEOPRENO NA FACE EM CONTACTO COM O VIDRO. 14 PEDRA DE ARDÓSIA DE VALONGO (19 MM) COM ACABAMENTO CLIVADO. 15 ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO. 16 ENCHIMENTO. 17 SILICONE ESTRUTURAL. 18 CALÇOS DE PVC. 19 CALEIRA DE RECOLHA DE AGUAS PLUVIAIS EM CHAPA COM 2 MM DE ESPESSURA. 20 CAPA CENTRAL JOFEBAR MODELO H2. 21 VIDRO DUPLO TEMPERADO COM LOW–E 8+10+8MM 22 FECHO DE SEGURANÇA JOFEBAR MODELO 035. 23 PUXADOR DE 2 ABAS JOFEBAR.


09

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical fachada principal. Esc. 1/20 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5 09 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal fachada principal. Esc. 1/5


C A P I L L A -V A L L E J O A R Q U I T E C T O S C O L É G I O O F I C I A L S A N TA ND E R E SPA NHA

DE

ARQUITECTOS

DE

C A N TA B R I A





Pretendemos focar-nos no espaço interior,

que isola fisicamente, e mesmo acustica-

do restante espaço. 4) Canalização de to-

o verdadeiro propósito desta operação,

mente, espaços que possam acomodar di-

das as instalações de cabos, trilhos elec-

que entendemos como uma unidade onde

ferentes actividades em simultâneo.

trificados para projectores e condutas de ar condicionado, que ficaram parcialmen-

todas as expressões artísticas e culturais devem encontrar-se e, onde as fronteiras

O resto da intervenção limita-se à valori-

te escondidas num tecto de bandejas de

são ténues por forma a acomodar uma ou

zação do cenário existente: 1) Limpeza e

alumínio “deploye”. 5) Recuperação do

mais actividades sobrepostas.

pintura, com esmaltes minerais do tipo

pátio existente na fronteira com o edifício

Jensen, das paredes verticais e horizon-

da Rua Rio da Pila, para ser utilizado co-

O material de trabalho é principalmente

tais. 2) Conservação das áreas de pavi-

mo área de descanso visual. 6) Os vidros

têxtil, de modo a que o espaço seja mo-

mento esculpidas em pedra ou realiza-

orientados para essa zona serão trans-

delado e dividido por cortinas deslocadas

das em betão e, remoção das lajes que

lúcidos nos 2/3 superiores do alçado. 7)

através de guias motorizadas. Existem dois

cobrem os

Reabilitação das grandes portas de correr

tipos de tecidos a serem utilizados, depen-

Estes pretendemos utilizar como salas de

dendo do grau de isolamento: tecido prata

aula tecnológicas. 3) Colocação de janelas

Baumam II para enfatizar e qualificar os es-

fixas e deslizantes do tipo “Jofebar” a se-

A intervenção no alçado de acesso é con-

paços e cores e, tecido de veludo vermelho

parar os gabinetes e a zona de escritórios

cebida através da sobreposição de uma

reservatórios subterrâneos.

existentes actualmente no local.


malha quadrada de lâminas alumínio, que

A partir daí, à esquerda ficarão escritórios,

transforma o plano original da fachada

à direita as tertúlias e a loja, casa de banho

numa composição abstracta, de cavidades

e o grande arquivo. O espaço restante seria

profundas, que além de protegerem contra

visto como uma extensa sequência, uma

a intrusão, ao iluminados por LED’s consti-

viagem marcada por dobras e véus a se-

tuem a marca da instituição.

rem entendido como um único complexo, espaço que, ganharia numa observação

O acesso a todo o complexo é mantido no

mais próxima e minuciosa, muito mais elo-

seu lugar original e com as actuais dimen-

quente na sua narrativa interna, digno de

sões, sendo projectado por forma a fechar

sediar as mais diversas actividades.

apenas durante a noite. Funcionará como um imenso átrio de informações complementares onde se podem aplicar telas externas, que transmitirão imagens do interior.

01 Planta geral

01




02

02 Alรงado frontal



03

03 Secção






04

1 LÂMINA IMPERMEABILIZANTE DE POLIETILENO. 2 ISOLAMENTO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO SEM HCFC E=2-4 CM. 3 ISOLAMENTO DE LÃ DE ROCHA E=3-6 CM. 4 VIGA DE CONCRETO EXISTENTE 5 SOLEIRA SILÍCEA E=10 CM. 6 RESINA EPOXI MATE ANTI-DESLIZANTE. 7 CONCRETO. 8 GESSO CARTONADO COM PINTURA LISA. 9 TUBULAR 50X40X1,5. 10 CHAPA DE ALUMÍNIO 100X5. 11 TUBO RECTANGULAR 40X25X1,5. 12 PLACA DUPLA DE ALUMÍNIO CONTÍNUA. 13 ESTRUTURA DE CHAPA DE ALUMÍNIO. 14 CHAPA DE ALUMÍNIO DOBRADA. 15 CAIXILHARIAS DE ALUMÍNIO JOFEBAR. 16 VIDRO DUPLO COM ESPUMA DE ALUMÍNIO 5+1,6+5 PARA DESLIZANTES JOFEBAR. 17 PISO EXISTENTE.

04 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical janela com espuma de alumínio na caixa de ar. Esc. 1/5


V A Í L L O & I R I G A R AY + G A L A R C H I L L

OUT DO

R E S TA U R A N T E M A R I S O L

C A D R E I TA , TU D E L A N AVA R R A E SPA NHA





O Restaurante Marisol propõe a constru-

Neste tipo de geometrias os perímetros

como controle solar, como, como filtro vi-

ção de um novo espaço anexo às suas ac-

adquirem uma singular relevância, dado

sual e térmico.

tuais instalações para albergar os serviços

que devem possuir uma dupla capacida-

complementares na celebração de even-

de: a de fechar o contentor e a adaptação

Esta espécie é confeccionada à base de

tos: variadas situações que têm em co-

à pressão exterior. Para isso é gerada no-

tubos de plástico reciclados de diversas

mum a necessidade de um espaço coberto,

vamente uma bolsa dentro de outra bolsa,

cores idênticas às naturais, que a modo de

eminentemente aberto e com diferencia-

conseguindo um espaço intermédio que

“juncos, canas…” organiza um entrançado

ção de ambientes: uma soma de serviços

actua como colchão, capaz de adaptar-se

flexível, orgânico e deformável capaz de

ambíguos, num único espaço sem que ca-

a qualquer geometria exterior (ruas, edifí-

se adaptar a qualquer situação e geome-

da um perca a sua própria especificidade;

cios existentes, etc.) sem perder a sua fun-

tria. Isto possibilita a adaptação às malhas

esplanada coberta, bar, sala de estar, TV e

cionalidade interior.

urbanas, aos perímetros e às edificações

salão de baile…

existentes dotando o espaço e o conjunto

LUGAR

de uma visão homogénea, sem perder o espírito original como espaço para even-

O novo espaço situa-se na esquina SE, rematando o triângulo existente entre a projecção

Perante a edificação existente —instalada

tos. A relação amável e “natural” da sua

das duas vias e da edificação existente.

numa maçã clara e definida, mas compos-

presença com o perímetro vegetal invade

ta por sua vez por um conjunto de edifícios

também esta nova actuação.

E STRUTURAÇÃO

DO PROGRAMA

de diferentes execuções, igualmente confeccionadas em diferentes estados tempo-

Interiormente o espaço dilui-se entre bor-

O esquema organizativo obedece a pautas

rais— o modo de operar perante uma nova

bulhas de ar, de luz, de pilares, que tal co-

semelhantes às das microestruturas orgâ-

actuação é proposto como uma intervenção

mo um bosque pretende estabelecer um

nicas, mais consistente com os padrões de

sem escala, procurando conexões com o

ambiente semelhante à cobertura de um

geometrias líquidas e/ou gelatinosas que

elemento unificador do conjunto: a sebe

grande espaço natural: zonas de sombra,

com estruturas cartesianas. O facto de pro-

vegetal perímetral que o envolve. De modo

intervalos de luz, etc., uma atmosfera pró-

por um programa como uma soma de ser-

a que, tanto interior como exteriormente o

xima aos sonhos naturalistas de princípio

viços ambíguos e a necessidade de junta-

conjunto seja identificado por esse períme-

do séc. XIX, carregados de mistério e fascí-

los num único espaço, mas sem chegar a

tro vegetal amável e sugestivo que o envolve.

nio pela possibilidade de anexar definitivamente técnica e natureza.

dissolve-los na sua totalidade, estabelece as pautas de trabalho empregando uma ge-

Assim, o novo espaço é concebido como uma

ometria “suave” e um tratamento espacial

continuação da sebe existente, envolvendo-o

unificado e “arejado”.

totalmente, mas sem o ocultar: manifestan-

ESTRUTURA

AU TÁ R Q U IC A

do a sua nova identidade, já não como ele-

Uma floresta de esbeltos pilares (60 e

A introdução, portanto, de borbulhas de ar-

mento construído, mas sim como elemento

80 mm de diâmetro) transmite as car-

luz neste espaço e o determinar de leis de

re-florestado. Uma nova espécie vegetal

gas desde a laje de 20 cm de cobertura

conexão “magmáticas”, estabelecem uma

brotou envolvendo o novo espaço…, a seme-

até uma laje de cimentação de 25 cm

geometria final semelhante às visões mi-

lhança da escala entre elementos “vegetais”

sobre uma sub-base compactada sobre

croscópicas de micro-organismos, onde

faz da proposta um novo modo de entender o

recheio de gravilha. A cimentação con-

a existência de elementos flutuando num

sentido de conexão com o existente.

tém as condutas de ar condicionado de

magma espesso que o invade totalmente, estabelece uma lei isomórfica sem direc-

betão de 15 cm, que por sua vez servem

IMAGEM

ção, unicamente deformada pela pressão

de contenção perímetral da sub-base. Cada pilar recebe uma carga mínima e

dos contornos e com capacidade de cres-

Esta nova espécie vegetal propõe um fecho

tem as uniões articuladas, isto permite

cimento ilimitado.

permeável, transpirável, que actua tanto

a auto-distribuição de cargas em função


do agrupamento de pilares ou não. Uma série de pilares inclinados absorve os esforços horizontais.

CAIXILHARIAS

C O M V ID R O P O R TA N T E

O fecho térmico realiza-se através de um

01

vidro laminado 10+10 plano e curvo sobre a caixilharia oculta de alumínio anodizado de Jofebar. O sistema de rolamentos inferior faz com que as portas deslizantes funcionem apoiando o vidro directamente sobre estes rolamentos. O caixilho, portanto, fica reduzido a um perfil que protege o canto do vidro.

BE TÃO

ACÚST ICO

As superfícies de vidro e betão que compõe os paramentos do projecto têm um mau comportamento acústico. É por isto, que se trabalhou a superfície da laje de cobertura mediante um sistema de “oveira” realizada com uma cofragem, cujo molde é uma lâmina drenante impermeável, normalmente utilizada no extradorso do muro contra terreno. Esta textura faz com que a onda se rompa e reduza a reverberação do local. Como apoio, são sobrepostos tectos de madeira nas zonas com nível sonoro mais elevado.

RECICL AGEM

D E M AT E R I A I S

Nas imediações do edifício existente, foi utilizado um revestimento alveolar de polietileno reciclado, normalmente usado como protector da relva nas zonas de trânsito pesado, voltando à conceptualização vegetal do edifício. Nos pátios também se reutilizaram materiais desfeitos, tais como escória de fábricas de vidro, pedaços de pedra vulcânica, etc.

01 Planta de localização 02 Planta geral

02




03

03 Alรงado nordeste



04

04 Secção geral




05

vidro 21

vidro 3

vidro 19

vidro 2

vidro 20 vidro 1

vidro 18

vidro 20

vidro 3

vidro 19

vidro 21

vidro 2

vidro 1

vidro 18

vidro 4

05 Vidros curvos

vidro 4


06

1 CHAPA DE ALUMÍNIO DE REMATE EM L 20X20MM COM 5MM DE ESPESSURA. 2 TELA IMPERMEABILIZANTE. 3 BARRA METÁLICA DE 80X5MM DE SECÇÃO. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO LAMINADO 8+8MM COM BUTIRAL TRANSPARENTE. 7 PAVIMENTO EXTERIOR, BETÃO POLIDO COM PINTURA DE VERNIZ. 8 CORDÃO DE POLIETILENO EXTRUDIDO. 9 GRELHA DE VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO. 10 GRELHA DE RECOLHA DE AGUAS PLUVIAIS. 11 PRÉ-ARO, TUBO METÁLICO DE 100X30MM COM 1,5MM DE ESPESSURA. 12 FACHADA FORMADA POR TUBOS METÁLICOS. 13 LAJE DE BETÃO MACIÇO, FACE INFERIOR COM ACABAMENTO DE TELA DRENANTE FORMATO GRANDE. 14 REVESTIMENTO EM CHAPA METÁLICA DOBRADA E PINTADA. 15 CAPA CENTRAL H2. 16 FECHO DE SEGURANÇA.

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical pela fachada. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Vidros Curvos. Esc. 1/5


07


R AFAEL

DE

L A -H O Z C A S A

EM

CÓRDOBA E SPA NHA

CÓRDOBA





02

03

A localização do terreno com vistas para a

e sala de estar) com acesso directo ao jar-

cidade de Córdoba, faz da sua topografia

dim, que é concebido como uma extensão

uma vantagem a assumir, que manifestará

destas salas.

na sua arquitectura. Partindo desta carac-

01

terística foi projectada a moradia, procu-

No subsolo estão localizados os espaços

rando tirar partido destas virtudes que en-

de serviço: garagem, piscina, garrafeira,

riquecem o projecto.

instalações...

A casa desenvolve-se em dois pisos e cave.

Os três pisos comunicam interiormente através de uma escada desenvolvida numa

O acesso é efectuado através do primeiro

caixa livre, rodeada de luz.

andar, onde se situam os espaços “públicos”: hall de entrada, sala de estar, sala de

A cobertura é um grande plano inclinado, que

jantar, terraço, cozinha e escritório.

cobre toda a casa abrindo-se para o terraço, formando pérgulas e o pátio de acesso.

No piso térreo, estão localizados os espaços “privados” (quartos, casas-de-banho


04

05

01 Planta da cobertura 02 Planta piso 1 03 Planta piso 0 04 Alçado oeste 05 Secção longitudinal




06

06 Alรงado sul







1 LAJE DE BETÃO. 2 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO. 3 CAIXILHO JOFEBAR PIVOTANTE. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO COM 8+10+8 MM. 7 APAINELADO DE MADEIRA. 8 PAVIMENTO INTERIOR, MÁRMORE SOBRE BETONILHA. 9 CALEIRA DE RECOLHA DE AGUAS PLUVIAIS. 10 PAVIMENTO EXTERIOR, MÁRMORE COLADO SOBRE MESTRAS. 11 REVESTIMENTO INTERIOR DE REBOCO. 12 REVESTIMENTO EXTERIOR SOBRE ISOLAMENTO TÉRMICO PROJECTADO. 13 REMATE FACHADA, CANTONEIRA METÁLICA DE 95 X 45 MM. 14 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 029.


07

08

07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical. Porta pivotante. Esc. 1/5 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Porta pivotante. Esc. 1/5


M A N U E L A I R E S M AT E U S C A S A

NA

L ISBOA PORTUGAL

L A PA





01

02

03

04

05


“ A ideia de ausência sempre foi uma ambição para um vão. Uma janela sem limite transforma esta transparência num valor fundamental para as relações interior-exterior.”

06

01 Planta da cobertura 02 Planta piso 2 03 Planta piso 1 04 Planta piso 0 05 Planta piso -1 06 Secções transversais 07 Alçado tardoz 08 Alçado frontal

07

08




09

09 Secção



10

10 Secçþes longitudinais





11

1 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO COM 5 MM DE ESPESSURA. 2 REVESTIMENTO DE CHAPA COM 1,5 MM DE ESPESSURA. 3 ESTRUTURA METALICA COM 10 MM DE ESPESSURA. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO COM 8+10+8 MM. 7 CORTINA BLACKOUT DE ROLO. 8 SOLEIRA METÁLICA DE 1,5 MM DE ESPESSURA. 9 PAVIMENTO INTERIOR, SOALHO DE MADEIRA. 10 JANELA JOFEBAR TRIRAIL. 11 CAPA CENTRAL H2. 12 PUXADOR DE 2 ABAS. 13 FECHO DE SEGURANÇA MODELO 035. 14 FECHO DE SEGURANÇA MODELO 029. 15 REVESTIMENTO DE FACHADA, REBOCO PINTADO DE BRANCO. 12

13


14

11 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical pela pela fachada. Esc. 1/20 12 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5 13 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5 14 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Trirail. Esc. 1/5


*

JOÃO C ARLOS SANTOS MOSTEIRO PA U L O F R E I TA S , PA U L A R I B A S REGINA CAMPINHO

E

E

M .ª J O Ã O M A R Q U E S ,

RUI NA Z ÁR IO,

ARQUITECTOS

A R Q U I T EC T O S E S TAG I Á R IO S

DE

SÃO MART INHO

DE

TIBÃE S

BRAGA PORTUGAL

* 1º P RÉMIO, MEDALHA DE O URO, CATEGORIA B IENAL DE M IAMI + B EACH 2009, EUA.

DE

R ESTAURO A RQUITECTÓNICO.





01

O Mosteiro de São Martinho de Tibães, antiga Casa Mãe da Congregação Beneditina portuguesa, foi adquirido pelo Estado Português em 1986. O projecto de recuperação e reabilitação do Noviciado, Ala Sul e Claustro do Refeitório, abrange o antigo claustro do refeitório, destruído por um grande incêndio no final do século XIX, o noviciado, o hospício e parte da ala Sul e teve como objectivo, a recuperação e restauro de grande parte dos espaços para integrarem o circuito de visita do mosteiro; a instalação de um centro de estudos de ordens monásticas e jardins históricos e a reinstalação de uma comunidade religiosa, que irá gerir uma pequena hospedaria e um restaurante abertos ao público. Correspondendo a área de projecto a uma zona do mosteiro que se encontrava em 02

ruínas, sem vestígios de caixilhos, optouse por introduzir uma portada nova em localização idêntica às restantes que existem no Mosteiro e uma caixilharia de correr de folha única, no plano interior da fachada. Do ponto de vista construtivo, esta solução permite garantir os padrões de conforto térmico, acústico e impermeabilização, num plano de continuidade com o desempenho dos restantes materiais. A concepção minimal do caixilho e a solução arquitectónica encontrada permite que o caixilho, quando fechado ou completamente aberto, seja praticamente invisível, permitindo a leitura integral do vão de granito pré existente e a integração numa linguagem austera e desenho depurados.


03

04

01 Planta piso 3 02 Planta piso 2 03 Secção longitudinal 04 Secção transversal




05

05 Secção







06


07

08

1 GESSO CARTONADO. 2 MADEIRA MACIÇA PARA PINTAR. 3 CHAPA DE AÇO QUINADA DE 2 MM DE ESPESSURA. 4 ARGAMASSA COM POLÍMEROS. 5 CAIXILHO JOFEBAR MONORAIL. 6 ESTORE COM CALHAS. 7 VIDRO DUPLO 8+10+44.1. 8 CANTONEIRA DE AÇO METALIZADO DE 60X60X5 MM.

06 Secção construtiva de caixilharia Jofebar. Secção fachada 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal de deslizante em direcção ao interior da parede. Esc. 1/5 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical de deslizante em direcção ao interior da parede. Esc. 1/5


*

F R A N C I S C O M A N G A D O E S TÁ D I O

MU N IC IPA L

N UE VA B A L A S T E R A

PA L E N C I A E SPA NHA

* 1º P REMIO. S ALONI

DE

A RQUITECTURA 2007

P RÉMIO DE A RQUITECTURA DO C OLÉGIO DE A RQUITECTOS DE L EÓN . E DIFICAÇÃO NOVA PLANTA . E DIFÍCIOS P ÚBLICOS A DMINISTRATIVOS . 2007 F INALISTA . IX B IENAL E SPANHOLA

DE

A RQUITECTURA

E

U RBANISMO

3º P RÉMIO DE A RQUITECTURA E LEVADORES ENOR 2007. G RANDE P REMIO ENOR 2007





01

Um campo de futebol tem uma função fundamental e clara: jogar futebol. Mas também tem dois objectivos não tão óbvios e não menos importantes. O primeiro diz respeito ao facto da representação. Um campo de futebol converteu-se numa peça icónica com determinados valores para uma cidade. De certa forma trata-se de um edifício visto não só pela sua dimensão quantitativa, mas também pela qualitativa, abrigando os “sonhos dos cidadãos”. O segundo é consequência de uma questão óbvia: uma área do tamanho de um campo de futebol, que somente é ocupado de forma pontual, não será um desperdício de espaço? A resposta a esta pergunta é obviamente afirmativa. A ideia básica que ilustra esta proposta leva até às últimas consequências o facto de 02

se poder considerar um estádio mais como um edifício, do que como uma infra-estrutura. Um edifício que pode ser aproveitado para acomodar outros serviços, mas, acima de tudo, pode e deve tentar recuperar uma vocação pública. O projecto propõe um perímetro de escritórios ou outros serviços públicos no rés-do-chão, todos tratados como uma grande “montra” urbana, com acesso directo e imediato a partir da rua. Interiormente, o estádio será um ”vazio surpresa” onde, além de se jogar futebol, se poderá assistir a espectáculos públicos da mais diversa e variada índole. O contexto em que o edifício está construído, rodeado de casas, impõe, de acordo com o acima exposto, uma aposta neste estádio


03

fornecida pela condição urbana da proposta. A grande escala derivada da linguagem estrutural, fica escondida dentro do perímetro, definida pela fachada de alumínio perfurado, a qual, além de criar um diálogo rico em pontos de vista entre o interior e o exterior, recria uma aposta por transformar o estádio em mais um edifício da cidade, certamente grande, mas com vontade em integrar-se. As torres, necessárias para iluminar o campo, assumem um papel mais simbólico. Iluminando-se a si próprias como grandes minerais com vontade escultórica, sendo vistas a vários quilómetros de distância, estabelecendo um diálogo à distância e na paisagem, com a Catedral de Palencia. Assim optamos como principal aposta, por um estádio com vontade urbana, sem nunca abandonar o seu carácter festivo. O estádio, como seria de esperar, é claro na sua concepção e funcionamento. O público tem acesso directo desde a rua. As grandes rampas, de inclinação muito pequena, colocadas nas esquinas,

04

transformam-se no principal acesso. As restantes estão distribuídas por todo o perímetro, em conformidade com as exigências de uma evacuação rápida. Um sistema de circulações paralelas e sobrepostas em diferentes níveis, que permite resolver de forma autónoma a utilização do estádio, desde as suas funções desportivas à dos escritórios.

01 Planta de localização 02 Piso térreo. Acessos gerais e escritórios 03 Secção construtiva, torre de iluminação 04 Detalhe construtivo




05

05 Secção longitudinal







1 ESTRUTURA METÁLICA DA COBERTURA: VIGA RETICULADA DE AÇO CONFORMADA S/ CÁLCULO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE ESTRUTURA, GALVANIZADA POR IMERSÃO EM ZINCO S/ NORMATIVA UNE. 2 REVESTIMENTO DA FACHADA: CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO COR NATURAL DE 3 MM ESP. DOBRADO S/ DETALHE. CHAPA PERFURADA COM TAMANHO E GEOMETRIA DE PERFURAÇÃO. 3 SUPORTE INTERMÉDIO PARA FACHADA FORMADO POR: CHAPA DE AÇO GALVANIZADO SOLDADA A PILAR METÁLICO DE 695X15 MM E ESTRUTURA TUBULAR INTERIOR 60X300X1 MM. REVESTIMENTO PERIMETRAL EM CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO COR NATURAL DE 3 MM ESP. APARAFUSADA À ESTRUTURA. 4 FRENTE DE ALUMÍNIO ANODIZADO COR NATURAL DE 5 MM ESP. X 70 MM SUJEITO A PERFIL. 5 SUPORTE POSTERIOR DE FACHADA C/ FERRO ANGULAR 40X40X4 MM S/ CÁLCULO ESTRUTURAL. FERRO GALVANIZADO POR IMERSÃO EM ZINCO S/ NORMATIVA UNE 36310. 6 SUPORTE DE PERFIL TUBULAR 100X50X0,9 MM DE AÇO GALVANIZADO POR IMERSÃO EM ZINCO. 7 TENSOR E ENDURECEDOR DE AÇO GALVANIZADO S/ CÁLCULO ESTRUTURAL. 8 RECOBRIMENTO INTERIOR DE COBERTURA DE CHAPA DE AÇO GALVANIZADO DE 1,2 MM ESP. PERFIL COM DOBRA RECTANGULAR E RECOBRIMENTO SUSTENTAÇÃO A CORREIAS IPN DE AÇO S/ CÁLCULO ESTRUTURAL. 9 SUPORTE VERTICAL DE COBERTURA EM AÇO CONFORMADO S/ CÁLCULO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE ESTRUTURA, GALVANIZADA POR IIMERSÃO EM ZINCO S/ NORMATIVA UNE 36130. 10 GRADE DE CONCRETO PRÉ-FABRICADA S/ ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, COM ACABAMENTO POLIDO E BETÃO À VISTA. 11 GRADE DE BETÃO PRÉ-FABRICADA S/ ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, COM ACABAMENTO POLIDO E BETÃO À VISTA.


06

07

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal pela fachada. Planta Tipo A. Esc. 1/20 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal pela fachada. Planta Tipo B. Esc. 1/20


*

F R A N C I S C O M A N G A D O PAV I L H Ã O

DE

E SPA NH A

PA R A A

E X P O Z A R A G O Z A ´0 8

Z ARAGOZ A E SPA NHA

*

1º P RÉMIO. VII P RÉMIO C ERÂMICA

DE

A RQUITECTURA A SCER

1º P RÉMIO. P RÉMIO C ONSTRUMAT 2009

À

I NOVAÇÃO TECNOLÓGICA

NA

C ATEGORIA

M ENÇÃO E SPECIAL . P RÉMIO I NTERNACIONAL DE A RQUITECTURA S USTENTÁVEL . VI E DIÇÃO 2009, U NIVERSIDADE DE F ERRARA (ITÁLIA) F INALISTA . X B IENAL E SPANHOLA

DE

A RQUITECTURA

E

U RBANISMO

M EDALHA DE O URO G IANCARLO I US . IV B IENAL I NTERNACIONAL A RQUITECTURA “B ARBARA C APPOCHIN ”, PÁDUA (ITÁLIA)

DE

DE

E DIFICAÇÃO





01

Reproduzir uma floresta ou um conjunto de bambus sobre uma superfície de água, esteve presente no subconsciente deste projecto. Por um lado, ele recria um mecanismo edílico ...?, capaz de gerar incríveis possibilidades do ponto de vista da lógica de um compromisso ambiental e energético, uma questão fundamental e emblemática para o futuro Pavilhão de Espanha na Exposição Internacional de Zaragoza. Mas, por outro lado, e isso é muito importante, transfere-se para a arquitectura, um dos mais atraentes espaços, física e luminosamente falando, que podemos encontrar. Espaços mutantes, cheios de sugestões e matizes, onde conceitos como a verticalidade e a profundidade desempenham um papel fundamental. É possível a reprodução artificial de um acto natural? Neste caso, a força geométrica da metáfora joga a nosso favor e, a imagem sugerida dota a proposta de um simbolismo que é necessário no caso de um pavilhão, neste caso o de Espanha, numa exposição internacional. A referência metafórica, onde a água está presente através da referida paisagem, é forte e clara. Os critérios a serem abordados e ilustrados na construção do pavilhão, em conformidade com o já referido, são de certa forma,


02

alguns dos que já estavam presentes no próprio projecto. O recurso a materiais modestos (barro, cortiça ...) numa tentativa

03

de transformar o pavilhão numa expressão formal, construída a partir de uma relação adequada entre os meios e os fins e, o facto de se utilizar esta relação como base, que pode e deve orientar o objectivo de atingir o grau máximo de significado e representatividade que cabe ao país anfitrião, neste caso Espanha, foram sem dúvida cruciais para o desenvolvimento de todo o processo, estando continuamente presente, desde a fase inicial, mais conceitual e ideológica, até à execução dos mais ínfimos pormenores. A tentativa de conseguir autonomia para a construção do pavilhão relativamente ao contexto imediato imposto pela própria Expo, contexto sempre disposto a

04

aproveitar as pressões do tempo habituais nestes eventos em termos de oportunismo económico, conceberam a este projecto todos os seus detalhes, seguindo um tipo de construção muito seca, muito “mecânica”, composta por elementos que poderiam ser construídos e trasladados a qualquer lugar, garantindo assim a já referida autonomia e uma certa rapidez na construção.

01 Planta de localização 02 Planta piso 1 03 Planta piso 0 04 Planta piso -1




05

05 Alรงado norte



06

07

06 Secções transversais 07 Secção longitudinal






08

1 CORDÃO DE POLIETILENO EXPANDIDO. 2 SILICONE ESTRUTURAL. 3 CORREIA DE PERFIL TUBULAR DE 50X50X4. 4 REVESTIMENTO DO TECTO: GLOMERADO NEGRO DE CORTIÇA EM PLACAS DE 1000X500 MM E 50 MM DE ESPESSURA. 5 PILAR METÁLICO: TUBO DE FERRO S/ PLANOS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, COM FORRA EXTERIOR EM PEÇA DE CERÂMICA EXECUTADA EM MEIAS-CANAS S/ PLANOS DE DETALHE DE 15 MM DE ESPESSURA COM SUB-ESTRUTURA DE PEÇAS DE ALUMÍNIO EM L E T. 6 TECTO DO TABULEIRO DE MADEIRA DE 600 MM, LARGURA MÁX. 8100 MM E 50 MM DE ESPESSURA, COMPOSTO POR FIBRAS DE MADEIRA DE CHOUPO TIPO LSL À BASE DE LASCAS LARGAS DE SECÇÃO PSEUDO TRIANGULAR COLADAS COM COLA POLIURETÁNICA. 7 ESPAÇO TÉCNICO DE INSTALAÇÕES. 8 PLOT METÁLICO PARA SOLO TÉCNICO COMPACTO TIPO TDM COM MODULAÇÃO S/PLANOS DE 90X90 CM. SOBRE FITA DE NEOPRENO DE 5 MM DE ESPESSURA.

09

9 SOLO TÉCNICO: PAVIMENTO ELEVADO COM BASE DE TÁBUA DE DM DE 30 MM DE ESPESSURA E INTERPOSIÇÃO DE LÂMINAS DE POLIETILENO RETICULAR DE 3 MM DE ESPESSURA COM CORTE DE 1800X900 MM PREPARADO PARA RECEBER ACABAMENTO SUP. DE PARQUET INDUSTRIAL DE CARVALHO TRATADO DE 20 MM ESP. DE TÁBUA COMPRIMIDA FORMADA POR 20 MM DE ESPESSURA,10MM DE LARGURA, 260 MM DE LONGITUDE COM ACABAMENTO FORNEADO E ÓLEO. 10 GRELHA DE IMPULSÃO DE AR CONDICIONADO/AQUECIMENTO DE 200 MM COM GRELHA DE LÂMINAS LINEARES APARAFUSADA À BASE E CAIXILHO DE AÇO INOXIDÁVEL ACABAMENTO MATE. 11 BRAÇADEIRA METÁLICA S/PLANOS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: VIGA DE 200X20 MM 12 FECHO PERIMETRAL DE AÇO GALVANIZADO: EXECUÇÃO EM VIGAS VERTICAIS E HORIZONTAIS S/CORTE EM PLANOS 100X20 MM E SUPORTE ENVIDRAÇADOS EXTERIOR NO PERFIL SEGUNDO ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS. 13 VIDRO DUPLO TÉRMICO FORMADO POR VIDRO EXTERIOR DE SEGURANÇA LAMINADO 6+6 MM + CÂMARA DE AR 15 MM+ VIDRO INTERIOR DE SEGURANÇA LAMINADO 6+6 MM COM INTERPOSIÇÃO DE BUTIRAL DE POLIVINIL TRANSPARENTE INCOLOR.

08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical pela fachada. Esc. 1/10


JOSÉ MART ÍNEZ C ASA

EM

P A Ç O D ’A R C O S

P A Ç O D ’A R C O S L ISBOA PORTUGAL





01

“Dois monstros a descer a encosta. Um branco. Um preto. Parecidos mas não iguais. Dois irmãos. No meio do verde volumes puros, rígidos, puros, pesados emergem da terra. Planos de betão trespassam-nos.


02

03

Vãos rasgam-nos. Revelam com clareza o seu interior. O caixilho não existe. Esconde-se e perde-se na dimensão da transparência. Um dia cortinas resguardarão vidas que passarão por lá.

04

Deverá ser nesse dia que a arquitectura será maior.”

05

01 Planta de localização 02 Planta de cobertura 03 Planta piso 1 04 Plantas piso 0 05 Alçado




06

06 Alรงado



07

07 Secçþes transversal e longitudinal






08

1 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO COM 35X35 MM. 2 ARO METÁLICO DE 38X50 MM. 3 CAIXILHO JOFEBAR MONORAIL. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO TEMPERADO 8+10+8MM. 7 LAJE DE BETÃO. 8 TECTO FALSO DE PLADUR + ISOLAMENTO DE LÃ DE ROCHA. 9 PAVIMENTO INTERIOR, SOALHO DE MADEIRA. 10 SOLEIRA, BARRA DE 45X5 MM DE SECÇÃO. 11 PAVIMENTO EXTERIOR, BETÃO POLIDO. 12 PRÉ-ARO, TUBO DE 45X45 MM. 13 REVESTIMENTO EXTERIOR EM PAINEL COM PARTICULAS DE MADEIRA E CIMENTO COMPRIMIDAS. 14 REMATE FACHADA, CANTONEIRA METÁLICA DE 45X45 MM. 15 TUBO METÁLICO DE 30X30 MM. 16 REMATE COMPOSTO POR CAPA CENTRAL H2 SERRAFIADO. 17 PELÚCIA. 18 REMATE FACHADA, CANTONEIRA METÁLICA DE 95X45 MM. 19 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 035. 20 PUXADOR DE 2 ABAS JOFEBAR. 21 REVESTIMENTO INTERIOR DE REBOCO.

09

08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical. Monorail. Esc. 1/5 09 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Monorail. Esc. 1/5


Á LVA R O S I Z A I N S T I T U T O S UP E R IO R PORTO SALVO L ISBOA PORTUGAL

DA

QUAL IDADE





A estrutura do piso do estacionamento será constituída por pilares de diâmetro de 50cm. A estrutura do edifício A será constituída por paredes, pilares, vigas e lajes em betão armado de 20cm. Ambas as coberturas serão termicamente isoladas e impermeabilizadas, revestidas por uma camada de gravilha. Os edifícios serão climatizados e ventilados mecanicamente nas zonas húmidas. As instalações ocuparão os espaços limitados pelos tectos suspensos e pelo pavimento flutuante.

M AT E R I A I S

DE

EDIF ÍCIOS A

E

ACABAMENTO

P

Pavimento interior: mármore creme mar-

I MP L A N TAÇ ÃO

galeria de distribuição. Nas fachadas volta-

fil, excepto nos laboratórios e gabinetes,

das ao pátio abrem-se amplos envidraça-

em que será em linoleum cinzento; epoxi

dos, protegidos por uma pala contínua,

cinzento no estacionamento.

acessível para limpeza e manutenção. Pavimento exterior: pavimentos das varan-

A proposta integra-se num lote com pendente de sudeste para noroeste, de aproxi-

O volume do edifício A, tem a nascente uma

das e dos terraços exteriores em placas de

madamente 110,00x135,00m. O projecto é

fachada com amplas aberturas, dispondo a

pedra “Valverde” areada.

composto por dois edifícios, designados

fachada a poente de apenas algumas aber-

por A e P, com uma área de implantação

turas pontuais.

Paredes interiores: estucadas e pintadas a branco, com lambrim em mármore creme

de 181,76 m² e 2,178 m² respectivamente.

PROGRAMA VOL UME T R I A

marfil de altura variável conforme os espaços; rebocadas e pintadas a branco, no

A proposta prevê para o edifício P o CenO programa distribui-se por dois volumes

tro de Incubação de Empresas (laborató-

distintos: um de três pisos e cave (edifício

rios e gabinetes).

parque de estacionamento. Paredes exteriores: termicamente isoladas com poliestireno expandido rebocado

P), com um piso semi-enterrado, de planta em forma de “U”, definindo um pátio aberto

O edifício A destina-se à instalação de

e pintado de branco, com lambrim em pe-

a poente; e um volume de menor área (edi-

um Centro de Manutenção e de um Cen-

dra “Valverde”.

fício A) de dois pisos e planta rectangular.

tro Ecuménico.

O conjunto apresenta uma área bruta de

CONSTRUÇÃO

pintado a branco.

A estrutura do edifício P será constituí-

Caixilhos exteriores: em alumínio, de co-

da por paredes, pilares e vigas em betão

rrer e com vidro duplo.

Tectos: suspensos, em gesso cartonado construção de 4.890,00m² para o edifício P e 473,00m² para o edifício A. O volume do edifício P, é praticamente fe-

armado de 25/30cm (módulo 10.60m).

chado nas fachadas exteriores, com algu-

As lajes são compostas por betão ar-

Caixilhos interiores: em madeira e

mas aberturas pontuais que iluminam a

mado de 15cm e vigas de ferro HEB 360.

contraplacado.


ARR ANJOS E X TERIORES Zona de estacionamento no interior do lote acompanhando a pendente do terreno (65 lugares). Arruamento em rampa de acesso ao edifício A e ao estacionamento no piso –2. Estacionamento ao longo da Rua Dr. Mário Soares (21 lugares). M AT E R I A I S

DOS

ARRANJOS E XTERIORES

Grelha de enrelvamento nos estacionamentos exteriores. Saibro nos pátios do edifício A. Placas de pedra “Valverde” areada nos terraços e na zona de entrada do edifício P. A restante área do lote será ajardinada.

01

01 Planta de localização 02 Planta geral

02




03

03 Alรงado noroeste



04

04 Secções






05

1 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO COM 80X30 MM. 2 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO COM 55X55 MM. 3 CAIXILHO JOFEBAR BIRAIL. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO TEMPERADO 8+10+8MM. 7 LAJE DE BETÃO. 8 TECTO FALSO DE PLADUR + ISOLAMENTO DE LÃ DE ROCHA. 9 PAVIMENTO INTERIOR SOBRE PLOTS REGULÁVEIS. 10 SOLEIRA METÁLICA DE 85X20 MM 3 MM DE ESPESSURA. 11 SOLEIRA DE MÁRMORE 35 MM DE ESPESSURA. 12 PRÉ-ARO, TUBO DE 45X45 MM. 13 REVESTIMENTO EXTERIOR DE CAPOTO 55 MM ESPESSURA. 14 CAPA CENTRAL JOFEBAR, H2. 15 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 035. 16 PUXADOR DE 2 ABAS JOFEBAR. 17 REVESTIMENTO INTERIOR DE REBOCO.

06

05 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical. Birail. Esc. 1/5 06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte horizontal. Birail. Esc. 1/5


*

C A R L O S F E R R AT E R , C A S A F -3 L U C Í A F E R R AT E R B A R C E L O N A E SPA Ñ A

*

P RÉMIO M ELHOR JANELA VETECO ASEFAVE 2010





01

02

A casa situa-se numa parcela urbana, rec-

de jardim, que gera uma rota perime-

tangular, e nasce de uma reticula que mo-

tral em que a vegetação é protagonista,

dela a estrutura, tanto no piso como no vo-

introduzindo-se assim visualmente nos

lume e separa-se do terreno, entendendo-

espaços interiores.

o assim como um corpo suspenso no qual os pilares e as jácenas, se apreciam no

A perfilaria estrutural delimita e pressio-

exterior delimitando os planos de fachada

na os planos da fachada, compostos por

e conformando os volumes. A colocação do

planos cheios e planos vazios, levados ao

edifício, próximo da rua, permite libertar

limite do perímetro. Este jogo das fachadas

uma zona de jardim com piscina até ao in-

e a volumetria permitem que a luz incida

terior da maçã.

de forma intencional no interior recebendo um jogo de luzes e sombras que se alteram

Os volumes articulam-se segundo as

ao longo do dia.

necessidades do programa e a configuração do espaço interior para enfatizar a

O uso da pedra caliça branca nos para-

relação com os espaços exteriores que é

mentos cegos e as grandes vidreiras que

o objectivo do projecto. Cada zona da ca-

se resolvem com uma perfilaria mínima,

sa prolonga-se com um espaço exterior

conferem-lhe um carácter ligeiro.


03

05

01 Planta piso 1 02 Planta piso 0 03 Alçado Sul 04 Secção 05 Alçado oeste 06 Alçado norte

04

06




07

07 Alรงado este







08


09

1 PAINEL DE ALUMÍNIO. 2 PRÉ-ARO DE FERRO. 3 ESTRUTURA METÁLICA PARA REMATE DE FACHADA. 4 SISTEMA DE GUILHOTINA, ROLDANAS EM AÇO INOXIDÁVEL. 5 VIDRO DUPLO 8+8.2 LAMINADO SUNERGY INCOLOR /12/ 5+5.2 LAMINADO. 6 CAIXILHARIA PANORAMAH! TIPO GUILHOTINA. LACADO COR MARS SX 350F AKZO NOBEL. PERFIL BIRAIL. 7 CAIXILHARIA PANORAMAH! FOLHA FIXA. 8 CAIXILHARIA PANORAMAH! PERFIL HORIZONTAL MÓVEL COM REFORÇO INTERIOR. 9 CAIXILHARIA PANORAMAH! PERFIL HORIZONTAL FIXO. 10 CAIXILHARIA PANORAMAH! TIPO DE CORRER PARA DENTRO DA PAREDE. LACADO COR MARS SX 350F AKZO NOBEL. PERFIL MONORAIL. 11 CAIXILHARIA PANORAMAH! FOLHA DE CORRER EM DIRECÇÃO À PAREDE, PUXADOR DE 2 ABAS. 12 CAIXILHARIA PANORAMAH! MONTANTE VERTICAL DE ESTANQUICIDADE AO AR E ÁGUA.

08 Detalhe construtivo de caixilharia Panoramah! Janela de guilhotina Birail. Secção Vertical de janela com duas folhas móveis e uma fixa.Esc. 1/5 09 Detalhe construtivo de caixilharia Panoramah! Janela de correr Monorail em direcção à parede. Secção horizontal de janela de uma folha. Esc. 1/5

5

XQOLPLWHG SHUVSHFWLYH


*

F R A N C I S C O M A N G AD O C E N T R O HÍP IC O ULT Z A M A N AVA R R A E SPA NHA

*

F INALISTA . X B IENAL

DE

A RQUITECTURA E SPANHOLA 2009





01

No centro de um dos vales mais húmidos do norte de Navarra, com colinas suaves, mas robustas e povoado por pequenos núcleos aparentemente aleatórios. Edificado com grandes volumes unitários e isolados, que demonstram uma rotundidade arquitectónica. Rotundidade do “casario navarro”, que destaca a cobertura como um elemento unificador. Neste contexto, pretende-se construir um complexo hípico de alto rendimento dedicado à dressage. Acima dos materiais ou de determinadas configurações expressivas, esta proposta é inspirada por uma volumetria clara e uma mistura de escalas. A necessidade de combinar grandes áreas de treino juntamente com


02

outros serviços mais domésticos, argumenta

peças, resulta definitiva na leitura material

a decisão fundamental de que todos os ser-

do conjunto.

viços apareçam recolhidos e configurados em volumes únicos e totais. A volumetria, quase

Um grande volume alongado inclui as qua-

de uma quinta agrícola, não diferencia estes

dras e as vivendas dos guardas e dos tra-

serviços, evitando uma fragmentação incom-

balhadores. Paralelamente, um corpo unido

patível com o vale e com a sua arquitectura.

perpendicularmente ao primeiro, contém a pista olímpica de treino, assim como a habi-

A substituição dos habituais muros de gesso

tação dos proprietários e, uma área de estar

pintados de branco dos casarios, por chapa

e de formação para ginetes e treinadores. O

cor de alumínio, permitem que, combinada

telhado é inclinado para acomodar diferen-

com a madeira de carvalho utilizada tanto

tes alturas e definir a entrada principal.

nas caixilharias como nos interiores, nos revestimentos verticais e nos pavimentos,

O projecto paisagístico segue o pré-existente.

um jogo de grande valor expressivo. Sim-

Linhas de carvalhos dividem os lotes, for-

biose de tradição e contemporaneidade, on-

mando prados longitudinais e perpendicula-

de a manipulação do carvalho em grandes

res ao rio Ultzama. 03

01 Planta de localização 02 Piso térreo 03 Secção transversal




04

04 Alรงado oeste







05


06

1 PAINEL TIPO SANDUÍCHE COM FACE SUPERIOR DE CHAPA PRÉ-LACADA ONDULADA, NÚCLEO ISOLANTE DE FIBRA DE VIDRO DE 80 MM. ESP. E FACE INFERIOR DE CHAPA PRÉ-LACADA. 2 CHAPA PRÉ-LACADA ONDULADA. 3 ESTRUTURA METÁLICA PARA PINTAR S/ PROJECTO ESTRUTURAS. 4 BLOCOS DE BETÃO DE ESPESSURA VARIÁVEL. 5 CHAPA PRÉ-LACADA LISA. 6 JANELA DE CORRER JOFEBAR. 7 REMATE/CALEIRA DE CHAPA E=0,2 CM. 8 FECHO DE SEGURANÇA JOFEBAR MODELO 032. 9 VIDRO DUPLO TEMPERADO COM 8+10+8 MM. 10 TACOS PARA FIXAÇÃO COM REMATE DE SILICONE ESTRUTURAL. 07

9

8

6

5

05 Secção construtiva geral 06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical pela fachada. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte horizontal pela fachada. Esc. 1/5

8


F R A N C I S C O A I R E S M AT E U S E D I F Í C I O BE N AV E N T E PORTUGAL

DE CONTROLO DA AUTO-E STR ADA

A-10





UM

A

TEMPO

P R O P O S TA

O projecto trata de questões objectivas: um

a singularidade da sua percepção, não o

O projecto ancora a sua resposta em linhas

instante preciso no tempo, a pausa obriga-

isolando no entanto, desse território do-

de continuidade com o contexto próximo.

tória num movimento contínuo, uma entra-

tado de regras próprias, valores próprios,

Explora-se a carga poética de elementos

da artificial erguida no território. Por tratar

revelando também aqueles outros que vão

construtivos normalmente utilizados de

desse instante, trata também de todos os

sendo atravessados.

forma estritamente pragmática, valorizan-

outros momentos do percurso e do con-

do simultaneamente a sua relação com o

junto de sensações transportadas ao lon-

Uma praça de portagem, sendo inequivo-

meio natural espontâneo, cíclico e pere-

go deste. A velocidade entendida enquanto

camente mais um ponto desse território

cível, construindo uma imagem reconhecí-

dimensão vai revelando uma sucessão de

linear, apresenta-se ao mesmo tempo co-

vel, um referente concreto para o conceito

territórios, aos quais associamos valores,

mo uma oportunidade de demonstração

subjacente da “porta de chegada”.

uma cultura.

do equilíbrio entre natural e construído, ligando o artifício à natureza, marcando a

Lida á distância a cobertura da Praça de

A paragem na praça de portagem será,

capacidade de cada um dos mundos propor

Portagem, percebe-se como uma unidade,

em relação a esse movimento, um aciden-

novas leituras, que se reforçam num todo.

revelando-se a um olhar mais próximo co-

te pontual, um momento único e obrigado

mo um conjunto de delicadas coberturas,

no percurso; a ideia de o assinalar reforça

justapostas e sobrepostas. Estas estruturas


desenham-se serenas evocando de forma simplificada elementos naturais.

02

A ideia de movimento ou de tempo associada à leitura do conjunto é reforçada no desenho do edifício de controlo, que revelando a sua estrutura tensa, reforça o enunciado proposto. A construção de uma auto-estrada é um gesto de grande impacto inicial, sobre uma paisagem virgem. Do mesmo modo, é garantido que o tempo e o complexo tecido da história e da cultura farão dele apenas mais uma marca, igual a todas aquelas de que, no fundo, o território é feito - e sem as quais o não é. 01

01 Planta de localização 02 Planta geral




03

03

Alรงado sudeste



04

05

04 Alçado sudoeste 05 Secção transversal





06

1 REVESTIMENTO INTERIOR DE PAREDE COM PAINEIS DE MADEIRA. 2 BETÃO. 3 CAIXILHARIA JOFEBAR, CANTO FIXO. 4 VIDRO DUPLO COM 8+10+8 MM. 5 CAIXILHARIA JOFEBAR, FIXO COM REFORÇO VERTICAL. 6 PUXADOR DE 2 ABAS, MODELO PORTA PIVOTANTE.


07

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal porta pivotante. Esc. 1/20 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Esc. 1/5


F R A N C I S C O M A N G A D O C E N T R O MU N IC I PA L ÁV IL A E SPA NHA

DE

E XPOSIÇÕE S

E

CONGRESSOS

DE

ÁV IL A





Ávila é uma cidade intensa e densa. A lei-

coincide com um dos mais elevados da par-

tura da sua planta, centrada e delimitada

cela, de modo a que extensão crie um gran-

pela parede lisa da sua muralha, confirma

de vazio interior que alojará, sem escavação,

esta visão. Há entretanto, uma outra den-

os serviços necessários. Isto implica que as

sidade, mais intuitiva, que tem a ver com o

novas construções, apesar da importância

solo. Uma densidade mineral, topográfica,

dimensional do programa contido, não so-

que está presente num magnífico cenário

bressaem excessivamente. Esta esplanada,

repleto de rochas de granito que lutam por

à medida que se aproxima do rio adapta-se

emergir, e que finalmente o conseguem no

com grandes pregas poliédricas à topografia

caminho artificial das muralhas.

mais baixa.

Densidade conceitual, generosidade e res-

Dependendo da topografia, o projecto faz

peito na forma como ocupa o local, aprovei-

coexistir diferentes geometrias. A parte

tamento das condicionantes topográficas do

mais alongada ortogonal abriga as princi-

solo, foram os critérios que guiaram as de-

pais salas e auditórios. A parte topográfica,

cisões do projecto. Formal e espacialmente,

irregular e adaptada ao terreno, abriga a

a paisagem, salpicada de pedaços de granito,

área de exposições.

proporcionou as referências necessárias. De um ponto de vista formal e construtivo, Foi proposta uma grande área aberta ou ex-

a acção é inspirada pelo poder evocativo da

planada, um lugar de encontro na extremi-

paisagem, na massa de granito que tudo in-

dade das muralhas, onde o Centro Municipal

vade. Os volumes são pensados para serem

de Exposições e Congressos não se encontre

vistos ao longe. O edifício poderá ser visto do

sozinho e onde se celebrem eventos de to-

alto das muralhas, como uma manipulação

dos os tipos. O nível global desta esplanada

esculpida na grande pedra do terreno.

01 Planta de localização 02 Planta piso 1 03 Planta piso 0 04 Planta piso -1 05 Planta piso -2 06 Planta piso -3


01

02

03

04

05

06




07

07 Alรงado sul








08

1 FORRA EM CHAPA PL59/150 (SEGUNDO ESPESSURA DA ESTRUTURA). 2 FORMAÇÃO DE DECLIVE EM BETÃO ALIGEIRADO. 3 LÂMINA IMPERMEABILIZANTE DE PVC. 4 POLIESTIRENO EXTRUÍDO E=5 CM E 100 KG/M 3. 5 LÂMINA GEO-TÊXTIL. 6 ARGAMASSA DE PROTECÇÃO 1C/3A. 7 GRANITO DE COBERTURA SOBRE PLOTS DE PVC E=5 CM. 8 TECTO SUSPENSO DE CARTÃO-GESSO 18+18MM + LÃDE ROCHA E=80MM E 70KG/M 3. 9 CAIXILHO EXTERIOR + VIDRO 6+6 MM COM INTERPOSIÇÃO DE BUTIRAL TRANSLÚCIDO (SEGUNDO ESP. TÉCNICAS). 10 CAIXILHO EXT. + DUPLO VIDRO 10+10MM COM INTERPOSIÇÃO DE BUTIRAL TRANSPARENTE (SEGUNDO ESP. TÉCNICAS 11 TECTO SUSPENSO DE RIPAS DE MADEIRA DE 30X30 MM INTER DISTANCIADOS 30 MM + LÃ DE ROCHA E:80 MM E 40KG/M 3 COM VÉU PRETO. 12 TECTO SUSPENSO DE GRANITO E=4 CM COM SUB-ESTRUTURA METÁLICA (SEGUNDO ESP. TÉCNICAS). 13 FECHO EXTERIOR FORMADO POR CHAPA E=10 MM. 14 CHAPA DE REMATE EM ALUMÍNIO DE 2 MM DE ESPESSURA. 15 CHAPA DE ALUMÍNIO PARA REMATE DE CAIXILHO. 16 TELA PARA ISOLAMENTO DE NEOPRENO. 17 CANTONEIRA DE ALUMÍNIO SOBRADO COM 27X27 MM. 18 SILICONE ESTRUTURAL. 19 CHAPA DE REMATE SUPERIOR COM 2 MM DE ESPESSURA. 09

10

08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical fachada principal. Esc. 1/20 09 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5 10 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical. Esc. 1/5


EDUARDO SOUTO

DE

MOURA CASA

NA

MAIA PORTO PORTUGAL

MAIA





01

02

A casa desenvolve-se em dois lotes cujos extremos têm um desnível de 7 metros. Entrando-se a meio entre dois volumes, o programa ficou assim: os quartos a Nascente e a Poente as salas. Por baixo, fica uma cave com um alpendre

03

que serve de garagem, a piscina e a sala das máquinas. A casa apresenta dois pátios, dois jardins com geografias diferentes: a Nascente, os quartos, zona mais íntima com um tranquilo jardim oriental, fornece a luz necessária. A Poente um longo jardim com carvalhos do Norte, enquadram uma piscina onde

04

uma janela deixa ver a periferia industrial e o metro que passa. A realidade, mesmo sem interesse, quando enquadrada com convicção, pode adquirir um estatuto de eleição (ou não é verdade que a maior miséria como o lixo e a guerra, têm dado fotografias maravilhosas...).


05

06

07

01 Planta de localização 02 Plantas piso 1 03 Plantas piso 0 04 Plantas piso -1 05 Alçado sudeste 06 Alçado noroeste 07 Secção




07

07 Alรงado este








08

1 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO COM 50X50 MM. 2 ARO METÁLICO - CANTONEIRA DE 135X80 MM. 3 CAPA CENTRAL JOFEBAR H2. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO TEMPERADO 8+10+8MM. 7 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 055. 8 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 029. 9 DIVISÓRIA INTERIOR DE VIDRO LAMINADO. 10 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 035. 11 PUXADOR DE 2 ABAS JOFEBAR. 12 REVESTIMENTO INTERIOR EM REBOCO.

08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal caixilho Trirail. Esc. 1/5


A R T UR O S ILV E S T R E N AVA R R O C A S A

NA

VA L Ê N C I A E SPA NHA

ELIANA





Sobre um pequeno terreno no alto de uma

pedra Bateig no chão, sai para o exterior. O

rua estreita, é projectada uma arquitectura

revestimento das paredes e do tecto con-

à qual nos falta perspectiva para apreciar

tinuam diferentes —de gesso no interior

a sua forma.

e em estuque flexível Parex no exterior— preservando a mesma aparência. A janela

Localizar o projecto imediatamente, su-

de Jofebar, com uma expressão mínima e

põe ampliar a percepção da sua altura, o

em grande parte integrada na obra, impe-

arredondamento do seu volume. Por for-

de limites demasiado expressivos.

ma a compensa-lo, opta-se por coloca-lo em evidência.

Em geral, a cor, o material, as linhas, não proporcionam contrastes e, as sensações

Reconhecer um volume maciço que terá que

de transição são causados pela sucessão

ser atravessado para aceder ao terreno, con-

de diferentes proporções, de luzes inespe-

verte-se no argumento deste projecto. Opta-

radas ou possíveis caminhos.

se pelos espaços e pela luz sobre a forma, e imaginamos construir como quem escava.

Na sua disposição, a partir da rua, entramos por baixo do maciço emergido no te-

Este projecto reflecte um percurso, que não

rreno, acedendo ao núcleo que une funcio-

se define pela construção que delimita os

nalmente os dois níveis, ou, percorrendo o

espaços, mas pela projecção do vazio que

pátio (vazio) que liga as divisórias da casa

esses espaços fazem nascer. Assegurando

entre si e com o terreno. Em cima —na ele-

que —por muito que se escave— sempre

vação do terreno— encontram-se as fun-

domine o fluído.

cionalidades próprias de uma habitação, o convívio e o descanso. Em baixo —sote-

Para tal, tentamos esbater as fronteiras.

rrado— um espaço dedicado ao estudo, à

Os materiais são em número reduzido. A

meditação, ao introspectivo.


01

02

01 Planta piso 0 02 Planta piso -1




03

03 Secção longitudinal



04

04 Alรงados






05

1 PAVIMENTO EM PEDRA. 2 ARGAMASSA DE ADERÊNCIA. 3 PISO RADIANTE. 4 REBOCO DE GESSO. 5 FORJA. 6 RODAPÉ EM PEDRA. 7 LADRILHO OCO. 8 PAVIMENTO EM PEDRA. 9 SOLEIRA DE BETÃO. 10 ARGAMASSA DE ADERÊNCIA (DESCONTÍNUA). 11 ESTUQUE FLEXÍVEL. 12 JANELA DE CORRER COM DUAS FOLHAS DE VIDRO, JOFEBAR. 13 CANAL DE RECOLHA. 14 CAPA DE GRAVILHAS.

05 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical marco Birail. Esc. 1/5


A N T Ó N I O L E I TÃ O B A R B O S A , C O N D O M Í N I O MANUEL MAGALHÃE S ALDOAR

CO-AUTOR

PORTO PORTUGAL

FECHADO NO

PORTO





SÍT IO O terreno da intervenção, localiza-se numa

uma rótula entre a via urbana e o ambiente

situação de gaveto da Rua da Vilarinha, an-

rural. O último piso deste edifício aparece

cestral via de ligação do Porto a Matosin-

recuado de modo a reduzir a cércea orien-

hos, com o Beco das Carreiras, que é um

tada ao parque da cidade. Este apartamen-

arruamento caracteristicamente rural.

to, com suas salas e terraço orientado a uma panorâmica excepcional, carecia de

O terreno apresenta um desnível de cota

vãos com grande amplitude e pouca ex-

elevado relativamente ás 2 vias. No terreno

pressão material. Foram por isso natural-

subsiste uma habitação pré existente oito-

mente utilizadas as caixilharias Jofebar!

centista com escadaria exterior e alpendre cujo espaço fronteiro, teria sido uma horta com jardim.

SOLUÇÃO ARQUITEC TÓNICA A habitação existente foi preservada e reabilitada. Preservou-se também a área livre confrontante com a habitação existente, na zona do terreno que se encontra directamente relacionada com o Parque da cidade. O muro de suporte, o desnível e consequente cota da plataforma do terreno foram mantidos. O novo edifício, implanta-se à face da rua da Vilarinha, reutilizando as volumetrias dos edifícios vizinhos e apresenta-se como

01


02

01 Planta de localização 02 Planta do piso 1 03 Planta do piso 0

03




04

04 Alรงado principal



05

05 Alรงados






06

1 BARRA DE FERRO COM 105X3.5 MM. 2 SOLEIRA METÁLICA DE 3 MM DE ESPESSURA. 3 JANELA JOFEBAR QUATRO RAILS. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO TEMPERADO COM 8+10+8 MM. 7 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO DE 100X20 MM. 8 TELA IMPERMEABILIZANTE. 9 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 029. 10 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 035. 11 PUXADOR DE 2 ABAS JOFEBAR. 12 CAPA CENTRAL JOFEBAR H2. 13 PEDRA. 14 MADEIRA MACIÇA E AGLOMERADOS. 15 BETÃO. 16 ISOLAMENTO TÉRMICO. 17 TIJOLO VAZADO. 18 CAMADA DE REGULARIZAÇÃO. 19 REBOCO.

07

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical quatro rails. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal quatro rails. Esc. 1/5


C A R L O S F E R R AT E R , H O T E L A L E N T I L U C Í A F E R R AT E R S I T G E S BARCELONA E SPA NHA




01


O edifício localiza-se numa zona central,

Exteriormente o edifício apresenta-se através

numa praça do centro histórico da cidade

de três fachadas. A traseira, formada por uma

de Sitges, respondendo a um desenvol-

pele de placas brancas quebradas, que criam

vimento de ruas estreitas e irregulares,

cavidades a partir das quais podemos esprei-

com casas de fachada estreita e de pou-

tar para fora, através de estreitas varandas,

ca altura.

está suspensa sobre um pátio interior. As outras duas fachadas, uma virada à praça e

O projecto do Hotel Alenti, na esquina da

a outra à rua, já não são entendidas como pe-

Plaza Industria com a rua 1 de Mayo, em

les, mas sim como uma única referência volu-

Sitges, surge da necessidade de construir

métrica , que interpreta de forma moderna as

um edifício contemporâneo que reúna a

condições intrínsecas das normativas regen-

tradição mediterrânea e a arquitectura ver-

tes nesta área: a proporção vertical de cavida-

nácula do local. Dignificar o espaço público

des e a utilização de pedra clara não polida.

e potenciar o valor da esquina, partindo de uma composição plástica de cavidades, va-

A fachada mantém um rigor estrito, tanto

zios, reflexos e transparências.

na resolução dos elementos de caixilharia, como na sua entrega ao terreno e no seu re-

O edifício desenvolve-se num piso tér-

mate com o céu.

reo e três andares. No rés-do-chão, com acesso à Plaza Industria, encontram-se

O edifício visa melhorar a paisagem urba-

o restaurante e a recepção do hotel, fi-

na, ocultando os elementos que distorcem

cando os restantes serviços na cave. Nos

o sky-line da praça. Esta acção reúne os

andares superiores, um núcleo central

valores da tradição e da cultura local, esta-

de acesso a uma sala e nove quartos com

belecendo um diálogo entre a modernidade

casa-de-banho.

e o perdurável no tempo.


02

03

01 Planta de localização 02 Planta piso 0 03 Planta tipo




04

04 Alรงados



05

05 Secção





06


07

1 VIDRO LAMINADO DE 8+8 MM. 2 PAVIMENTO DE MADEIRA. 3 CANAL RECOLHA AGUAS. 4 MOLDURA. 5 CHAPA DE AÇO INOX. 6 PAINÉIS DE 15 MM. 7 ISOLAMENTO PROJECTADO. 8 REBOCO DE ARGAMASSA DE CIMENTO IMPERMEÁVEL FLEXÍVEL-MALHA DE FIBRA DE VIDRO. 9 REBOCO. 10 PLACA DE GESSO CARTONADO 15 MM. 11 LÃ DE ROCHA 70 KG/MM 3 50 MM.ESPESSURA. 12 CAPA PESADA TECSOUND SY50. 13 PLACA DUPLA DE GESSO CARTONADO 13+13 MM. 14 VIDRO LAMINADO SILENCE 8+8,2. 15 CÂMARA DE AR 16 MM. 16 VIDRO LAMINADO SILENCE 6+6,2. 17 VIDRO FIXO JOFEBAR.

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Canto fixo. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical. Fixo. Esc. 1/10


FR A N SILVE S T RE A RQUI T EC TO S C A S A

DEL

GODELLA VA L Ê N C I A E SPA NHA

AT R IO





01

Uma Casa situada numa zona urbana que

com os elementos que compõe a urbani-

Na parte escura da cave encontram-se a

nasce do desejo de maximizar a sensação

zação do solar configuram uma espécie de

garagem e a adega. O resto dos serviços do

de amplitude.

átrio, cuja diagonal escapa a uma visão dis-

programa contemplam a ravina através da

tante da Serra Calderona.

qual se iluminam.

São utilizadas duas estratégias. A principal

02

consiste em libertar a máxima superfície

O acesso produz-se acompanhando a fa-

possível no centro do solar, permitindo

chada sul até encontrar o ponto de inter-

usufruir de um espaço privado com uma

cepção. Neste lugar, de vista privilegiada,

altura e volume incalculáveis. É potenciado

está situado o distribuidor, que junto à

o perímetro de contacto da vivenda com o

escada e à cozinha vertebram o funcio-

exterior, sendo entendido o lote e a vivenda

namento da vivenda. A zona sul, na qual

como um todo contínuo. Por outro lado é

se distribuem as estâncias de dia, des-

aproveitado o desnível existente com a ra-

materializa a sua presença graças à luz

vina próxima, para iluminar a cave, o qual

zenital. Na zona oeste, os quartos recaem

possibilita acomodar parte do programa.

numa porção da parcela com uma escala mais doméstica, enquanto o quarto prin-

A edificação desenvolve-se ao longo dos li-

cipal se junta à luz de levante reflectida

mites sul e oeste da parcela, que juntamente

sobre a água.

03


04

01 Planta de localização 02 Planta piso 0 03 Planta piso -1 04 Alçados




05

05 Alรงado



06

06 Secções





07


08

1 BETÃO DE 25 CM. 2 ARGAMASSA DE ADERÊNCIA DE POLIESTIRENO COTETERM-M. 3 FIXAÇÕES TIPO COTESPIGA DE ANCORAGEM. 4 POLIESTIRENO EXPANDIDO DE 4 CM TIPO 3. 5 ARGAMASSA ARMADA E PIGMENTADA: CAPA COTETERM-M, MALHA COTETERM, CAPA COTETERM-M, COTETERM ESTUQUE FLEXÍVEL. 6 PEDRA NATURAL. 7 ARGAMASSA DE ADERÊNCIA. 8 CONDUTAS DE POLIETILENO EVACUAÇÃO. 9 IMPERMEABILIZAÇÃO + GEO-TÊXTIL. 10 BARREIRA DE VAPOR + POLIETILENO EXTRUDIDO 2 CM TIPO 3. 11 NIVELAMENTO. 12 CARRIL EM U. 13 QUADRADO LAMINADO A QUENTE. 14 AÇO. 15 PERFIL L DE ABAS IGUAIS. 16 ALUMÍNIO. 17 PERFURAÇÃO PASSADOR. 18 VIDRO DE CORRER. 19 VIDRO FIXO.

07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção horizontal. Birail. Esc. 1/5 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical. Birail. Esc. 1/10


P E D R O TI A G O P I M E N T E L , M U S E U C AMILO REBELO FOZ CÔA

DE

PORTUGAL

ARTE

E

ARQUEOLOGIA

DO

VA L E

DO

CÔA





01

Num Museu situado numa encosta da foz

o restante, evitando a inclusão de acessos

contínua, percorrendo todo o programa,

do Côa parece ser importante o sentido

de grande complexidade física e plástica.

desde a plataforma de chegada até às

afirmativo do seu corpo, quer na leitura da

Esta ocupação será realizada através da

salas de exposição—. Esta fenda des-

sua relação com a paisagem, quer quanto

criação de uma plataforma panorâmica

cendente conduz o utente para dentro da

à sua natureza tipológica que deve ser for-

(cobertura do museu) cujo cenário é a es-

densa massa, transportando-o, de modo

malizada enquanto massa física, não dei-

magadora paisagem dos montes e vales

gradual, da paisagem intensa, luminosa e

xando quaisquer ambiguidades e equívocos

do Douro. Esta será usada como espaço

infinita até à realidade interior e escura

quanto à sua localização.

de chegada, dispondo-se os diferentes

da sala gruta, que nos remete para um

meios de acesso em zonas distintas, de

tempo primitivo.

O desejo de fundir estes factores torna-se

modo a clarificar e facilitar a distribuição

explícito no conceito da intervenção —con-

e orientação. Assim pretende-se poten-

O tipo de abertura proposto procura dar

ceber o museu enquanto instalação na

ciar e enfatizar a imponente amplitude

resposta ao carácter apelativo da paisa-

paisagem—. A estratégia é a de trabalhar

de vistas que caracteriza tão fortemente

gem. A opção é a de não rasgar grandes

um corpo desenhado especificamente pa-

o sítio, evitando que o edifício se assuma

planos de vidro trazendo sempre de forma

ra um lugar, promovendo um diálogo ín-

como obstáculo entre quem chega e a pai-

igual a paisagem para o espaço, mas sim

timo entre artificial/natural, aumentando

sagem que o rodeia.

obrigar o utilizador a posicionar-se perante esta, proporcionando-lhe sempre reali-

deste modo a complexidade temática da sua composição.

A forma do corpo é triangular e resulta

dades diferentes e evitando o problema da

dum processo de lapidação ditado pela ge-

repetição na sua vivência quotidiana.

A condição acentuada da topografia, para

ometrização abstracta da topografia, uma

além das dificuldades que impõe enquanto

vez que o ponto mais alto do terreno (im-

Para a plasticidade da matéria do corpo

suporte físico da intervenção, gera um mo-

plantação), está entalado entre dois vales

interessa considerar três temas: a mas-

mento de chegada ao terreno vertiginoso,

(Vale de José Esteves e Vale do Forno) e

sa, a textura e a sua cor. Das possibilida-

revelando-se por isso determinante nas

abre uma terceira frente ao encontro dos

des analisadas prevaleceram duas; o xis-

opções a considerar.

Rios Douro e Côa.

to por ser um material local abundante e ainda o suporte escolhido no Paleolítico

A estratégia adoptada propõe ocupar no

Há um elemento que estrutura o corpo

para o registo das gravuras e o betão

primeiro momento o terreno, libertando

—a rampa que rompe a massa de forma

pelas suas características plásticas e


02

tectónicas, mas também por ser recorrente na paisagem do Douro em cons-

03

truções de médio e grande porte. Deste modo a proposta resulta numa massa híbrida —betão com textura e pigmentos do xisto—. Para a interacção pretendida interessa um corpo feito à medida do território, cujo volume e escala é concebido de fora para dentro e pela topografia. A intervenção pro-

04

cura estabelecer um diálogo com a encosta onde se insere, conferindo-lhe uma nova e artificial silhueta que não a desvirtue mas antes complemente. A sua percepção é uma realidade mutável, consequência da sua materialidade. A sua observação é possível de diferentes ângulos, mas também de distâncias

05

variáveis, surgindo como um monólito de xisto de diferentes expressões —pedra recortada na montanha— enquanto na aproximação ler-se-á um corpo complexo em betão texturado, cortado por frestas de diferentes calibres, que denunciam o carácter habitável do espaço e a sua composição.

01 Planta de localização

04 Planta piso 0

02 Planta piso 2

05 Planta piso -1

03 Planta piso 1




06

06 Alรงado este



07

08

09

10

07 Alçado sul

09 Secção transversal

08 Alçado norte

10 Secção longitudinal






11

1 CAIXILHARIA DE ALUMÍNIO PANORAMAH! COM UMA FOLHA DE CORRER + UMA GUARDA DE CORRER. 2 CHAPA DE ALUMÍNIO DE REMATE. 3 SOLEIRA EM CHAPA DE ALUMÍNIO. 4 GUARDA EM VIDRO LAMINADO TEMPERADO 66.1. 5 VIDRO DUPLO 8+10+44.1.

5

11 Detalhe construtivo de caixilharia Panoramah! Janela com guarda de vidro de correr. Esc. 1/5

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JE AN P IERRE PORCHER, C A SA EM BR AGA MARGAR IDA OL I VE IR A, BRAGA A L B I N O F R E I TA S P O R T U G A L





01

02

03

04


A casa nasce da vontade de responder aos desejos dos clientes: uma casa branca e negra com amplos terraços so-

05

bre a cidade. Para a moradia surgiu a imagem do templo Minami Dera de Tadao Ando, com o pretexto do negro e por ser o cliente um industrial da madeira. Para os terraços, os desenhos levaramnos a envolver a casa com um anel heroicamente suspenso. 06

Entre o anel e a casa surgiu um grande jardim capaz de abraçar as verticais dos carvalhos preservados. A sul e a poente, os planos das faces inferiores das varandas acompanham a extensa linha do horizonte. A sala foi instalada com duplo pé direito entre os dois acontecimentos. 07

O anel, provavelmente, será pintado de branco. A caixa, inicialmente pensada com um revestimento em madeira maciça ao alto, será de zinco patinado por questões de manutenção.

01 Planta de localização

05 Alçado sul

02 Planta piso 1

06 Alçado oeste

03 Planta piso 0

07 Alçado este

04 Planta piso -1




08

08 Alรงado norte



09

10

09 Corte alçados 10 Secções






11

1 BARRA DE FERRO COM 105X3.5 MM. 2 SOLEIRA METÁLICA DE 3 MM DE ESPESSURA. 3 CAIXILHO JOFEBAR TT BIRAIL. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO COM RUPTURA TÉRMICA 12+12/20/6+6 MM. 7 PRÉ-ARO EM TUBO METÁLICO DE 100X20 MM. 8 TELA IMPERMEABILIZANTE. 9 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 035. 10 FECHO DE SEGURANÇA MODELO JOFEBAR 029. 11 PUXADOR DE 1 ABA, JOFEBAR TT. 12 CAPA CENTRAL JOFEBAR TT, H2. 13 MADEIRA MACIÇA E AGLOMERADOS. 14 BETÃO. 15 ISOLAMENTO TÉRMICO. 16 TIJOLO VAZADO. 17 CAMADA DE REGULARIZAÇÃO. 18 REBOCO.

12

11 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar TT. Corte vertical Birail. Esc. 1/5 12 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar TT. Corte horizontal Birail. Esc. 1/5


J O S É M A N U E L C A R V A L H O A R A Ú J O E S P A Ç O V IP

DA

M E R C A D O D A TE R R A PONTE DE L IMA PORTUGAL

FEIRA

DO

C AVA L O





01

O projecto do Espaço VIP pretende responder a uma necessidade sentida com a organização dos últimos eventos, os quais exigiram a adopção de tenda de lona para a recepção e acolhimento VIP, dotando a estrutura da Feira do Cavalo, de uma construção de cariz mais permanente, enquadrada funcional e esteticamente no todo, do Mercado da Terra. O Espaço VIP assume-se como uma grande 02

cobertura que assenta numa estrutura metálica sobrelevada, revestida a madeira similar à da tribuna e às casotas, encerrada por grandes panos de vidro. Criando um espaço abrigado para recepções ou festas, servido por uma copa/cozinha e instalações sanitárias. Um alpendre envolvente protege o interior da incidência solar assim como protege parcialmente a bancada, criando um espaço privilegiado para assistir aos eventos.


03

04

01 Planta de localização 02 Planta 03 Secção longitudinal 04 Alçado lateral 05 Secção transversal

05




06

06 Alรงado frontal








07

1 BARRA METÁLICA COM 15 MM DE ESP. 2 CHAPA COM 1,5 MM DE ESPESSURA. 3 ESTRUTURA METALICA HEB 200. 4 CALÇOS DE PVC. 5 SILICONE ESTRUTURAL. 6 VIDRO DUPLO COM 8+10+8 MM. 7 ESTRUTURA DE APOIO DE CAIXILHARIA. 8 PAVIMENTO INTERIOR, SOALHO DE MADEIRA 9 ISOLAMENTO TÉRMICO. 10 ESTRUTURA METÁLICA HEB 160.

08

09

07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Secção vertical pela fachada. Esc. 1/20 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical P02. Esc. 1/5 09 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pormenor vertical P01. Esc. 1/5


EDUARDO SOUTO

DE

MOURA CASA

DA S

CASCAIS PORTUGAL

H I S T Ó R I A S PA U L A R Ê G O





Tive a sorte de poder escolher o terreno, o que aumentou a minha responsabilidade depois da pintora Paula Rego me ter escolhido como projectista. O terreno era um bosque murado com um vazio no meio, uns antigos courts de ténis de um clube, que tinham desaparecido com a Revolução dos Cravos. Com o levantamento das árvores, e sobretudo das copas, desenvolvi um conjunto de volumes com alturas diferentes, para responder à pluralidade do programa. A disposição das caixas funciona como um positivo mineral, do negativo que sobra do perímetro das copas. Este jogo de “Yang” e de “Yin” entre artefacto e natureza, contribuiu para decidir o material exterior, betão vermelho, cor oposta ao verde do bosque, que entretanto foi diminuído por profilaxia botânica. Para que o edifício não fosse um somatório neutro de caixas, estabeleci uma hierarquia, introduzindo duas grandes pirâmides (lanternins) no eixo da entrada, que são a livraria e o café, onde não nos foi indiferente a cozinha de Alcobaça e algumas casas do Arqº Raul Lino, e algumas gravuras do Boullé. Foi nossa preocupação que cada sala de exposições tivesse sempre uma abertura para o exterior, para o jardim. É que nunca é demais contrapor a realidade abstracta e totalmente artificial da arte contemporânea, com a realidade quotidiana e dura que nos rodeia.

01


02

01 Planta geral 02 Alรงados




03

03 Alรงado



04

04 Secções





05

1 SILICONE. 2 CAIXA PARA PERSIANA DE CHAPA 5MM ESPESSURA. 3 FERRO PINTADO, PEÇA AMOVÍVEL. 4 GESSO CARTONADO 20MM ESPESSURA. 5 VIDRO DUPLO TEMPERADO 8+10+8MM. 6 CAIXILHARIA DE ALUMÍNIO COM FOLHAS DE CORRER JOFEBAR. 7 ISOLANTE ACÚSTICO CLASSIC. 8 PAINÉIS DE CONTRAPLACADO MARÍTIMO 20MM ESPESSURA. 9 ACABAMENTO EXTERIOR. 10 DUPLO GESSO CARTONADO 12,5+12,5MM ESPESSURA.


06

11 MURO DE OBRA 7CM ESPESSURA. 12 ACABAMENTO EXTERIOR MÁRMORE AZULINO DE CASCAIS 30MM ESPESSURA. 13 ARGAMASSA. 14 ARGAMASSA ESTRUTURADA. 15 ARGAMASSA DE ENCHIMENTO. 16 TELA ASFÁLTICA. 17 PERFIL TUBULAR 30X30 1,5MM ESPESSURA. 18 CHAPA ALUMÍNIO 2MM ESPESSURA. 19 LÃ DE ROCHA DE ALTA DENSIDADE. 20 PORTA COM REVESTIMENTO DE ALUMÍNIO. 07

05 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical. Birail. Esc. 1/5 06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte vertical. Monorail. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte horizontal. Birail + Monorail. Esc. 1/5


C A R L O S F E R R AT E R , C A S A A A X AV IE R M A R T Í G A L Í BARCELONA E SPA NHA





01

A casa responde a regras geométricas bá-

todos eles ligados visualmente através de

A composição completa-se com um in-

sicas, tão simples, que nelas radica a po-

longas perspectivas veladas por vidros, ge-

esperado acesso através de um pátio

tencialidade do projecto.

losias e painéis móveis.

com carácter mais escuro que contrastará com a luminosidade do resto da vivenda.

Uma rede ortogonal de 7x7m, sobre a qual

Verticalmente, existem relações pontuais

se sobrepõe as diagonais da mesma, cons-

do andar principal com o inferior e o supe-

O projecto materializa-se como uma ex-

truindo em forma de pentagrama musical,

rior, respondendo sempre a exigências do

tensa cobertura pétrea com episódios pon-

a base sobre a qual se apoia a composição

programa fechando assim a continuidade

tuais de contacto com o terreno, deixando o

do projecto.

tridimensional do edifício.

resto do perímetro para materiais ligeiros

As diagonais a 45º são as geratrizes das di-

Estas zonas do andar inferior são espaços

latações que sofre a cobertura, lucernários

para os serviços do programa principal tais

nuns casos e alturas duplas noutros; ge-

como: adega, directamente comunicada com

rando uma topografia artificial que se eleva

a sala de jantar; videoteca, comunicada com a

sobre a do terreno.

biblioteca; piscina interior e banho turco, ex-

e transparentes.

tensão do quarto principal e casa de serviço, Desta maneira, o programa desenvolve-se

com subida directa à zona de cozinhas.

em cota com o jardim, na relação directa interior-exterior, onde se situam salas,

As elevações reservam-se para espaços

salões, biblioteca, sala de jantar, cozinha,

íntimos em relação directa com a paisa-

quarto principal e suites dos convidados;

gem circundante.


02

01 Planta de localização 02 Plantas




03

03 Alรงado



04

05

04 Alçado 05 Secções





06

1 PEÇA AMOVÍVEL DE ALUMÍNIO, JOFEBAR. 2 FOLHA DE CORRER MONORAIL JOFEBAR. 3 VIDRO DUPLO 44.1+10+44.1. 4 CAIXILHARIA JOFEBAR, CORRER COM REFORÇO VERTICAL. 5 PERFIL DE REFORÇO. 6 PERFIL DE REMATE EM AÇO.


07

1 PAINEL CERÂMICO. 2 FIXAÇÕES DE FACHADA VENTILADA. 3 ESTRUTURA METÁLICA PARA REMATE DE FACHADA. 4 FORJADO DE CONCRETO DE ESPESSURA VARIÁVEL. 5 VIDRO DUPLO 4+4.1/10/4+4.1 MM. 6 CAIXILHARIA DE ALUMÍNIO COM FOLHAS EM GUILHOTINA JOFEBAR. 08

06 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Corte horizontal de janela de correr com canto de abrir. Esc. 1/5 07 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Janela de Guilhotina. Corte Vertical de janela com duas folhas móveis e uma fixa. Trirail. Esc. 1/20 08 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Janela de Guilhotina. Corte Vertical de janela com duas folhas móveis e uma fixa. Trirail Esc. 1/5


*

REM KOOLHAAS CASA

DA

MÚSIC A

PORTO PORTUGAL

*

P RÉMIO

EUROPEU DO

R EAL I NSTITUTO

DE

A RQUITECTOS B RITÂNICOS (RIBA), 2007




Monumental monólito de betão, a Casa da Música é um mundo de descobertas no seu interior, com espaços que lembram gravuras de Piranesi, geometrias complexas e perspectivas constantemente surpreendentes. As superfícies são tratadas num equilíbrio rigoroso entre a grande neutralidade dos acabamentos nas zonas de circulações e a força plástica dos diferentes materiais nos espaços especiais. As zonas de circulações materializam-se assim como base necessariamente rigorosa e abstracta —paredes, tectos e pavimentos revestidas em alumínio— que suporta formalmente a variedade dos restantes materiais. Neste campo, exigente tanto em rigor de pormenorização como de execução, desenvolveuse uma relação profícua entre arquitectos e executantes, só possível quando existe uma convergência de interesse em optimizar as soluções para atingir a máxima qualidade.


01

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12 09

01 Planta piso 10 02 Planta piso 9 03 Planta piso 8 04 Planta piso 7 05 Planta piso 6 06 Planta piso 5 07 Planta piso 4 08 Planta piso 3 09 Planta piso 2 10 Planta piso 1 11 Planta piso 0 12 Planta piso -1 13 Planta piso -2 14 Planta piso -3




15

15 Alรงado sudeste



16

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18

16 Alรงado sudoeste 17 Alรงado noroeste 18 Alรงado nordeste





19

1 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO 5 MM.

20

2 COLA. 3 SILICONE 2 MM. 4 SILICONE 5 MM. 5 REGULARIZAÇÃO.

1 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO LISA 3 MM. 2 PERFIL DE ALUMÍNIO COM RASGOS PARA AFINAÇÃO. 3 BARRA DE ALUMÍNIO ANODIZADO DE 5 MM. 4 BUCHA DE FIXAÇÃO. 5 PERFIL DE ALUMÍNIO EXTRUDIDO.


21

1 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO PERFURADO 3 MM. 2 PERFIL DE ALUMÍNIO PARA FIXAÇÃO DE CHAPA. 3 PEÇA DE ALUMÍNIO COM APOIOS EM PVC. 4 PERFIL DE ALUMÍNIO EXTRUDIDO. 5 PEÇAS PARA AJUSTE DO AFASTAMENTO. 6 BUCHA DE FIXAÇÃO À PAREDE. 7 PORTA COM ACABAMENTO EM ALUMÍNIO. 8 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO LISA 3 MM. 9 LÃ DE ROCHA. 10 GESSO CARTONADO.

19 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Pavimentos. Esc 1/10 20 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Paredes. Esc 1/10 21 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Paredes. Esc 1/10



22

1 SISTEMA DE SUPORTE COM PERFIL TUBULAR DE AÇO. 2 CHAPA GALVANIZADA DE SUPORTE APARAFUSADA À CHAPA (SISTEMA AMOVÍVEL). 3 SISTEMA DE SUPORTE E AFINAÇÃO. 4 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO PERFURADA.


23

1 PERFIL DE ALUMÍNIO QUINADO.

5 CHAPA GALVANIZADA DE SUPORTE APARAFUSADA AO PAINEL DE CONTRAPLACADO.

2 DIFUSOR LINEAR (VENTILAÇÃO MECÂNICA).

6 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO 3 MM COLADA AO CONTRAPLACADO DE 12 MM (AMOVÍVEL).

3 VARÃO ROSCADO.

7 CAIXILHARIA DE ALUMÍNIO.

4 CHAPA GALVANIZADA PARA AFINAÇÃO.

24

1 CHAPA DE ALUMÍNIO 5 MM, RANHURADA NA LONGITUDINAL. 2 CHAPA QUINADA DE AÇO 3 MM, PARA PINTAR. 3 CHAPA QUINADA DE AÇO 10 MM, PARA PINTAR. 4 APOIOS ENTRE ARMADURA EM CHAPA DE AÇO PARA PINTAR 10 MM, COM FUROS PARA CABOS. 5 ARGAMASSA ARMADA. 6 CHAPA QUINADA DE AÇO 5 MM, PARA PINTAR. 7 BUCHA DE FIXAÇÃO. 8 CHAPA DE ALUMÍNIO ANODIZADO. 9 PERFIL DE ALUMÍNIO PARA FIXAÇÃO DE CHAPA. 10 PEÇA DE ALUMÍNIO COM APOIOS EM PVC. 11 VIDRO LAMINADO.

22 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Tectos. Esc 1/10 23 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Tectos. Esc 1/10 24 Detalhe construtivo de caixilharia Jofebar. Escadas. Esc 1/10


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