ASCENSO - a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos

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a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos

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Ascenso Ferreira Ascenso : a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos / texto de Ascenso Ferreira ; adaptação para quadrinhos de Ana Blue, Christiano Mascaro, Flavão, Laerte Silvino, Eloar Guazzelli, João Lin, Liz França, Luciano Félix, Rafael Anderson, Raoni Assis e Tiago Acioli ; edição de arte de João Lin ; design de João Lin e Christiano Mascaro. --. Recife, PE : Sesc PE, 2015. 80p. Il.

Publicação produzida pelo Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira.

1. Poesia Brasileira. 2. Quadrinhos. I. Ferreira, Ascenso. II. Ascenso: a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos.

CDD-869.91 CDU: 811.134.3(81)-1

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Histórias de se contar, ouvir e viajar... Rita Marize Farias de Melo | SESC Santa Rita

Lugar de criação, experimentação e autonomia artística, o Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira, o primeiro do SESC em todo o País, localizado no SESC Santa Rita, no Recife, Pernambuco é um ponto de encontro de experiências literárias, sejam elas escritas ou orais... Experiências estéticas, sinestésicas e críticas. É um lugar que contribui à construção da literacia de cada um de nós. É um espaço de intercâmbio da arte com as suas diversas linguagens, ultrapassando territórios e firmando pontes e poéticas. Com um público médio de 300 mil pessoas em 8 anos de atuação, o Laboratório de Autoria tem uma programação sistemática que perpassa a formação e as apresentações artísticas, atingindo a marca de 500 ações, compostas por pesquisadores da área, escritores e artistas de projeção nacional e internacional. Já são mais de 300 convidados, que realizaram cursos, oficinas, recitais de poesias, palestras e rodas de conversas com quem escreve, com quem estuda a literatura, com quem a lê... Exposições artísticas, exibições de vídeos, mostras e encontros literários, shows, espetáculos, leituras dramáticas, criação e lançamento de livros e residências artísticas. A realização de uma dessas ações, a residência artística Quadrinhos para Ascenso, proporcionou a criação do primeiro livro do Laboratório: Ascenso – a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos, fruto bendito de muitos pais artistas e um único ventre, a criatividade. Imagem gerada na palavra, este livro é um aceno a Ascenso. É um produto maduro que espelha o seu processo de criação. Despertando a paixão de aproximar ainda mais o que não se dissocia: o povo, a palavra e a imagem.

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SESC NACIONAL Presidente do Conselho Nacional | Antônio Oliveira Santos Diretor-Geral | Maron Emile Abi-Abib Diretor de Atividades Sociais | Nivaldo Pereira Gerente de Cultura | Márcia Costa Rodrigues Equipe de Literatura do Sesc Nacional | Flávia Henriques Tebaldi Queiroz, Frederico Girauta e Henrique Rodrigues SESC PERNAMBUCO Presidente | Josias Silva de Albuquerque Diretor Regional | Fernando Nunes de Souza Chefe de Gabinete | Antônio Inocêncio Lima Diretor de Administração e Finanças | Nivaldo Carvalho de Sousa Diretora de Atividades Sociais | Ana Paula Cavalcanti Diretora de Educação e Cultura | Teresa Cristina da Rosa Ferraz Gerente de Cultura | José Manoel Sobrinho Assessora de Comunicação | Maíra Rosas SESC SANTA RITA Gerente | Mônica Lucena de Lira Aguiar Dias Professoras II - Artes | Emanuella de Jesus e Rita Marize Farias Professora de Literatura | Cláudia Cavalcanti Professora de Dança | Márcia Lima Professora de Teatro | Célia Cardoso Estagiários de Cultura | Anderson Damião, Marcos Medeiros e Renato Neves LABORATÓRIO DE AUTORIA LITRERÁRIA ASCENSO FERREIRA Gerente de Cultura Sesc Pernambuco | José Manoel Sobrinho Gestoras do Laboratório | Emanuella de Jesus e Rita Marize Farias Professora de Literatura | Cláudia Cavalcanti Ficha técnica do livro Poemas Ascenso Ferreira Autores das Histórias em quadrinhos Ana Blue, Christiano Mascaro, Flavão, Laerte Silvino, Eloar Guazzelli, João Lin, Liz França, Luciano Félix, Rafael Anderson, Raoni Assis e Tiago Acioli Coordenação editorial João Lin, Sennor Ramos e Cida Pedrosa Edição de arte João Lin Capa Christiano Mascaro Design João Lin e Christiano Mascaro Revisão Renato Neves

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Um pouco sobre um poeta chamado Ascenso

Cida Pedrosa

Ascenso Ferreira nasceu em Palmares, Pernambuco, em 09 de maio de 1895. Um poeta universal. Foi batizado como Aníbal Torres. Só depois, aos 22 anos, quando já escrevia, resolveu mudar de nome e assinar com a alcunha literária que o consagrou. Um nome que por si só diz do artista que viria a se transformar. Ascenso: Ascensão! Incenso! Aquele que é capaz de se elevar para além do formalismo e absorver a brasilidade que se fazia presente e necessária. Reverberar para além do livro e fazer do seu corpo e da sua voz suporte para a palavra. Um poeta cuja poesia traz o aroma do povo brasileiro. Escreveu Catimbó (1927), Cana caiana (1939) e Xenhenhém (1951). Livros saudados por Mário de Andrade, Câmara Cascudo e Roger Bastide, respectivamente. Poemas que receberam as alvíssaras de Manuel Bandeira e Sérgio Milliet. Compôs músicas. Gravou em disco seus textos — o primeiro vinil de poemas do Brasil. Na verdade, como dizia Manuel: “Pois quem não ouviu Ascenso dizer, cantar, declamar, rezar, cuspir, dançar, arrotar os seus poemas, não pode fazer ideia das virtualidades verbais neles contidas, do movimento lírico que lhes imprime o autor”. Ele é considerado por muitos o poeta mais modernista do Brasil, por ter conseguido, em plena década de 1920, trazer para a poesia não só os temas intrínsecos à cultura nacional como incorporar à forma poética a fala do povo. Seus livros provocaram a bem-comportada e conservadora elite da época a partir dos títulos, perpassando por poemas de uma sonoridade tão marcante que poderiam ser cantados nos cortejos de maracatu, nas troças de frevo ou nos terreiros de candomblé. Foi também capaz de descontruir a linguagem e incorporar o espírito do seu tempo em poemas ontológicos — que ironicamente continuam com um frescor atualíssimo, — como nos: Graf Zeppelin, Alucinação, Boletim n° 0, Minha escola, dentre tantos achados, dentre tantos poemas únicos e novíssimos. Mas isso é pouco. Engana-se quem pensa que o poeta escreve sobre poucos temas e sempre ligados à cultura popular. Ascenso passeou pelo amor, pela metafísica, pela crítica social e política, pelo humor, pela ironia finíssima de quem é capaz de observar a realidade e reescrevê-la com magia. Encantou-se poucos dias antes de completar 70 anos, em 05 de maio de 1965. Viveu muito. O Brasil e seus saraus modernistas. Recife e seus carnavais, seus mercados, suas ruas, seus bares, suas noites de boemia. Palmares da sua infância, da sua adolescência, do aprendizado na venda de seu padrinho Quincas, onde trabalhou, do trem que partia danado pra Catende. Seus amigos, seu amor por Maria de Lourdes. Sua vontade de tatuar a voz de todos em seus poemas. Intensamente, Ascenso!

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Quadrinhos para Ascenso Sennor Ramos Sou leitor de quadrinhos desde a infância e hoje coleciono HQs nos estilos mais variados, embora prefira as graphic novels. Acredito que essa linguagem é importante para a nossa formação cultural e nos leva a buscar outras aventuras literárias, aconteceu comigo e com várias pessoas que conheço. Por conta disso, sempre que pude, incluí essa temática nas programações do Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira do SESC Santa Rita, do qual faço a curadoria literária desde 2010, às vezes em formato de oficinas, às vezes em formato de rodas de conversa ou mesas de debate. Na primeira reunião para a elaboração da programação de 2015 do Laboratório, com a participação de Cida Pedrosa, Emanuella de Jesus, Rita Marize e José Manoel Sobrinho, surgiu a ideia de realizarmos algumas residências literárias, com o intuito de estudarmos com mais profundidade alguns temas ou autores e termos um produto que pudesse transcender a programação anual. Optamos por realizar duas residências tendo como objeto a obra do poeta, patrono do Laboratório, Ascenso Ferreira. Uma de crítica literária e outra de quadrinhos. Coube a mim montar e acompanhar a residência Quadrinhos para Ascenso. Como havíamos combinado, convidamos João Lin para coordenar a residência em virtude de sua experiência em trabalhos coletivos com quadrinhos junto à revista Ragu. Iniciamos discutindo os nomes dos participantes. Listamos vários nomes, sempre pensando em incluir as várias cenas e os grupos de quadrinistas pernambucanos. Reafirmamos a necessidade de termos mulheres na residência, pois essa ainda é uma arte povoada de nomes masculinos. Chegamos à conclusão de que precisávamos chamar alguém de fora do Recife, para ampliar a residência para outros locais do Brasil, e assim chegamos ao nome do Eloar Guazzelli, que já havia ilustrado Ascenso anteriormente. Fechamos os onze nomes. Um time entrosado que se propôs a vivenciar a poesia de Ascenso e a reinventá-la a partir dos seus desenhos e roteiros. A escolha dos textos contou com a participação de João Lin e Cida Pedrosa. Foram oferecidos aos autores 20 poemas para que estes escolhessem os seus. Momento difícil. Todos os poemas eram incríveis e mereciam o olhar novo. O resultado é uma cena diversa. Vários olhares sobre esse autor, símbolo de uma nordestinidade que extrapola o local, pois de tão moderna é universal. Para fecharmos a residência, nada melhor do que lançarmos o livro Ascenso - a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos, na VI Mostra SESC de Literatura Contemporânea, cujo tema é “A literatura em vários quadros”, em que os quadrinhos e a literatura são o tema.

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Quadrinvenção Transcriação da obra de Ascenso Ferreira para os quadrinhos João Lin Mesmo não residindo presencialmente em um espaço-tempo comum, residimos nesse espaço-ideia que elegemos como mote para nossa experiência criativa. Ventos hibridizantes sopraram em nosso favor, trazendo para os quadrinhos a poesia, levando para a poesia os quadrinhos. Narrativas, indo e voltando, derrapando de um lado para o outro e transbordando para o livro Ascenso - a poesia de Ascenso Ferreira transcriada para os quadrinhos. Cada artista/quadrinista encampou o desafio de produzir uma história em quadrinhos em um processo de construção coletiva, e o resultado revela a riqueza e a diversidade de ideias que fervilharam nesses meses de residência vivenciados com intensidade e instigação. O encontro de um grupo de artistas para produzir um livro não é novidade, mas as reflexões sobre as narrativas literárias e visuais, os diálogos abertos sobre os trabalhos de cada autor e autora, a disposição e abertura para a troca dessa vivência, tudo isso nos surpreendeu e trouxe para a publicação um sopro de inovação. Ana Blue, Christiano Mascaro, Flavão, Guazzelli, Liz França, Luciano Félix, Rafael Anderson, Raoni Assis, Silvino e Tiago Acioli: um grupo que encarou um processo de criação coletiva, movido e alimentado pela força e arrojo da poesia de Ascenso Ferreira, deixa nas páginas dessa publicação os ricos vestígios do breve caminho que trilhamos nessa residência com o apoio luxuoso do Laboratório de Autoria Literária Ascenso Ferreira do SESC Santa Rita e das figuras instigantes de Cida Pedrosa, Sennor Ramos, Emanuella de Jesus e Rita Marize Farias. A tônica da residência foi: produzir fricção, dissonâncias e confluência de ideias. Fizemos trocas de imagens e referências em espaço virtual; discutimos sobre os meandros da linguagem da poesia; submetemos uns aos outros nossa produção “em estado líquido”, em trânsito, como nos inspira o pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, na obra Modernidade líquida: “A extraordinária mobilidade dos fluidos é o que os associa à idea de ‘leveza’ [...] Associamos leveza ou ausência de peso à mobilidade e à inconstância: sabemos pela prática que quanto mais leves viajamos, com maior facilidade e rapidez nos movemos. Essas são razões para considerar ‘fluidez’ ou ‘liquidez’ como metáforas adequadas quando queremos captar a natureza da presente fase, nova de muitas maneiras, na história da humanidade.”

A residência buscou instalar o espírito leve e fluido ao qual se refere Bauman, para que o trânsito entre as linguagens dos quadrinhos e da literatura se desse de forma livre,

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diluindo fronteiras e criando novos e instigantes mundos nas páginas desse livro. Nossa aventura na adaptação dos poemas de Ascenso para os quadrinhos baseou-se também no conceito de transcriação de Haroldo de Campos, expressão usada por ele em Metalinguagem e outras metas: ensaios de teoria e crítica literária para a tradução de textos poéticos, e que transportamos para a pesquisa sobre adaptação nos quadrinhos. Segundo Haroldo de Campos: “[...] Na tradução de um poema, o essencial não é a reconstituição da mensagem, mas a reconstituição do sistema de signos em que está incorporada esta mensagem, da informação estética, não da informação meramente semântica [...]. Não se traduz apenas o significado, traduz-se o próprio signo, ou seja, sua fisicalidade, sua materialidade mesma (propriedades sonoras, de imagética visual, enfim tudo aquilo que forma, segundo Charles Morris, a iconicidade do signo estético).”

Intentamos extrapolar a dimensão semântica dos poemas, buscando o que está além do significado estrito das palavras. O discurso presente na informação estética, nos ritmos, na sonoridade, nas estruturas gráficas, na sintaxe, no “desenho do poema” foi nosso universo de criação. O clima, as cores, os odores, as subjetividades percebidas pelo/a quadrinista foi matéria viva das adaptações. Buscamos o exercício “quase sinestésico” de transversalização das diversas qualidades do poema para desaguar nos requadros, balões, enquadramentos, grafismos e sequências narrativas próprias da linguagem dos quadrinhos. Tais ideias e esforços, mesmo que não se traduzam de forma explícita nas obras, foram espaço de aprendizagem e reinvenção para nós. Aqui estamos, felizes e prontos para o momento de transbordamento da nossa residência, através do caleidoscópio de ideias, cores, traços e texturas que se tornou esse livro. Que esta publicação seja também para vocês um instigante momento de fruição.

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Índice das HQs Oropa, França e Bahia_13-17 Silvino A força da Lua_19-23 Rafael Anderson Vamos embora, Maria_25-31 Mascaro Cinema_33-36 Ana Blue Trem de Alagoas_38-41 Luciano Félix Soluço como o do mar_43-47 Flavão Graf Zeppelin_49-53 Guazzelli Noturno_55-60 Tiago Acioli Sertão_62-65 Raoni Assis Xangô_67-70 João Lin Minha escola_72-75 Liz França A mula de padre_77-78 Rafael Anderson

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A vida de Manuel, que louco alguém o dizia, era vigiar das janelas toda a noite e, todo o dia

Laerte Silvino nasceu no Recife, é ilustrador e quadrinista. Desenha para o Diario de Pernambuco e para revistas nacionais, livros didáticos e de literatura infantil e juvenil. Tem três livros em quadrinhos lançados. www.laertesilvino.com.br

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O vento que assopra, assopra com força... Há força nas águas, — repara a maré!

Rafael Anderson é ilustrador e quadrinista freelancer. Mas seu grande prazer sempre foi contar

histórias. Publicou HQs e ilustrações em revistas e jornais, além de ter sido premiado e selecionado em alguns salões de humor e exposições por aí afora. www.behance.net/rafaelanderson

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— Tomaram conta do Pátio do Paraíso!

Christiano Mascaro nasceu no Recife, Pernambuco. Ilustrador, quadrinista e designer, Mascaro é premiado nacional e internacionalmente. Participou da publicação espanhola ConSecuencias, das edições comemorativas dos 50 anos da Mauricio da Souza Produções e da personagem Mônica, além de publicações independentes. Foi editor de arte do Diario de Pernambuco e edita a revista de quadrinhos Ragu.

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— O homem saiu atrás da moça, pega aqui, pega acolá, pega aqui, pega acolá. Até que pegou-la. Pegou-la e sustentou-la.

Ana Blue nasceu em Caruaru e iniciou sua vida artística aos 14 anos como colaboradora no suplemento infantil Júnior, do Diário de Pernambuco, enviando tiras semanais. Morando no Rio de Janeiro, produziu tiras para a Editora Grafipar de Curitiba. Já situada no Recife, criou HQs de humor para a editora Sol. É ilustradora, cartunista e pintora.

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Meu deus! Já deixamos a praia tão longe... No entanto, avistamos bem perto outro mar...

Luciano Félix formou-se em Licenciatura em Desenho e Plástica pela UFPE (2000) e ganhou vários prêmios em salões de humor, como o Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco (FIHQ-PE) e o 31º Salão Internacional de Humor de Piracicaba (2004). Nos quadrinhos, colabora na revista Mad e publicou o álbum Wander – Herói Porque Sim! Hoje ilustra livros e estampas turísticas e publica tiras no site mistiras.com.br

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— Um silêncio como o que desce sobre minha vida quando teus olhos se debruçam sobre mim.

Flavão (Flavio Valdevino), 43 anos, é leitor de quadrinhos desde sempre, ilustrador ocasional e quadrinista por vocação. Participou de varias edições da saudosa revista Ragu e hoje trabalha no Pernambuco. É um eterno morador da Muribeca, mesmo não mais lá residindo.

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— Credo, isso é invento do cão! — Ó coisa bonita danada!

Guazzelli é ilustrador, quadrinista e diretor de arte para animação. Bacharel em Desenho e Mestre pela

Escola de Comunicação e Artes da USP. Reside em São Paulo, Brasil. Foi premiado em mostras de artes gráficas e festivais de cinema em Brasília, Buenos Aires, Sintra, Lisboa, Piracicaba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Teerã e Tóquio. Participou de exposições na Argentina, Alemanha, Bélgica, no Brasil, em Cuba, na Espanha, nos Estados Unidos, entre outros.

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soturno, tremendo de frio, com os dentes batendo nas pedras do cais.

Tiago Acioli é um dos principais ilustradores da novela gráfica A Morte e a morte de Frei Caneca e professor de quadrinhos no curso Deleitura de Quadro-A-Quadro. Tiago Acioli desenvolve sua arte nas HQs por paixão e desenvoltura nos desenhos desde a infância. Estudou Artes Plásticas na Universidade Federal de Pernambuco.

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Lá vem o vaqueiro, pelos atalhos, tangendo as reses pros currais... Blém... Blém... Blém... Cantam os chocalhos dos tristes bodes patriarcais.

Raoni Assis é ilustrador e idealizador da Casa do Cachorro Preto (Olinda/PE). Tem desenhos publicados em jornais, revistas e cartazes. Participa de exposições individuais, coletivas e ações urbanas. É dele o pôster do Recife para a Copa do Mundo Fifa Brasil/2014. Raoni assina roteiro e direção dos premiados curtas Hotel do Coração Partido (2008) e O Gaivota (2014).

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No som dos ingonos, há sombras de sonos que a mundos sem donos nos fazem levar:

João Lin é artista visual com atuação na produção de quadrinhos, cartum, ilustração e intervenção urbana. Como artista gráfico recebeu vários prêmios em salões nacionais e internacionais de humor e quadrinhos. Edita a revista de quadrinhos autorais Ragu e ilustra para a literatura infantil. Atualmente é coordenador-assistente do programa Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia - Recife. www.joaolin.com.br

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De um lado a vida... — A minha adorável vida de criança.

Liz França é formada em Artes Plásticas pela UFPE. Começou publicando seus desenhos no Jogo dos Erros em um jornal local. Além de trabalhar com cartum, caricatura e ilustração para livro e jornal, participa de salões de humor e atreve-se nas histórias em quadrinhos. Atualmente, trabalha no jornal Folha de Pernambuco.

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Na noite tão preta como carvão a gente falava de assombração!

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