Revista Institucional 5ª Ed.

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Forluz

Revista da Fundação Forluminas de Seguridade Social

ano III abril de 2014

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Conheça o ciclo de vida financeira e saiba como o tema pode ajudá-lo páginas 16 a 19

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entrevista

vem comigo

passatempo

Confira o bate-papo com Flávio Castro, presidente do Instituto Brasileiro de Atuária, sobre estudo atuarial

Margareth Soares, assistida da Fundação, adora viajar e compartilha seu hobby com os leitores

Temos um novo webgame exclusivo. Corra para aprender, se divertir e concorrer a brindes


Cuidar da sua conta pode lhe render grandes benefícios! Perfil Ultraconservador

Acompanhar sua conta de aposentadoria, escolher o perfil adequado para o momento, alterar ou não o percentual de contribuição, fazer aportes eventuais, utilizar o simulador para orientar decisões que o ajudem a chegar à sua meta. Tudo isso está em suas mãos.

Perfil Conservador

Aprenda a avaliar a necessidade de mudar seu perfil de investimento quando possível para obter melhores resultados.

Perfil Moderado

Você também pode fazer aportes anuais ou aumentar o seu percentual de contribuição básica para até 150%. Use o simulador para calcular o que é preciso para chegar ao benefício planejado na hora de pendurar as chuteiras.

Acesse o simulador em: Previdência > Plano B > Autoatendimento > Benefício > Simular Benefício

Perfil Agressivo

www.forluz.org.br


Foto: arquivo pessoal

Flávio Castro

e de viagens da assistida Margareth Soares Foto: arquivo pessoal

exclusivo dos empregados da Taesa, o Taesaprev Margareth com as filhas Amanda, Marina e Ana no Rio de Janeiro

Foto: arquivo Forluz

mas há um preço a ser pago. Thiago Gonçalves, atuário Forluz, aborda a questão

Thiago Gonçalves

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editorial

O novo símbolo da Forluz Qual a importância de uma marca? Na verdade, é muito maior que a marca gráfica, pois representa o conceito das pessoas sobre a instituição ou empresa. Mas é claro que o emblema ajuda, deve acompanhar seu tempo e estar em sintonia com a reputação alcançada ao longo do tempo. Por isso, foi feita a mudança da marca da Fundação: para modernizá-la e aproximá-la ainda mais de seus participantes. É o que abordamos na matéria Especial desta edição. Nossa entrevista traz o presidente do Instituto Brasileiro de Atuária – IBA, Flávio Castro, que expõe os desafios dos profissionais de atuária nos fundos de pensão brasileiros. E o Vem Comigo está ótimo com a assistida Margareth Soares, que hoje preenche sua vida com duas coisas que mais adora e conseguiu reunir: viajar e fazer voluntariado na área cultural. E no Previdência em Foco conheça as características do plano exclusivo dos empregados da Taesa, o Taesaprev. Você tem ideia do que é ciclo de vida financeira? Pois a seção Finanças em Dia aborda exatamente esse assunto. No Boas Ideias, o papo é combate ao desperdício de alimentos. Um desafio e tanto. E o artigo, o que traz? Nele o atuário da Forluz, Thiago Gonçalves, enfoca o viver mais. É o que está acontecendo conosco, mas isso tem um preço, sabia? Relaxe com os quadrinhos e o passatempo. Este com novidade: sai do forno outro webgame exclusivo para você aprender e se divertir. Boa leitura, bom divertimento! Victor Correia Editor Geral

expediente Fundação Forluminas de Seguridade Social - Forluz // A Revista Lume é uma publicação eletrônica semestral, editada pela Assessoria de Comunicação // Editor Geral: Victor Aluísio Silva (MTb MG03519JP) // Edição de Texto: Viviane Primo, Cinara Ribeiro e Pedro Fonseca (estagiário) // Projeto gráfico e diagramação: Link Comunicação Empresarial (www.linkcomunicacao.com.br) - João Clemente // Imagens: Fotolia // Ilustração/Quadrinhos: Giselle Vargas // Redação: av. do Contorno, 6500 - Lourdes - Belo Horizonte - MG // CEP 30.110-044 // Telefone: (31)3215-6701 // E-mail: revistalume@forluz.org.br //Portal: www.forluz.org.br As matérias publicadas nesta revista têm caráter exclusivamente informativo, não gerando qualquer espécie de direito ou obrigação por parte da Forluz. // Os textos assinados não correspondem necessariamente a opinião da Lume ou da direção da Entidade.

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giro Forluz

Atendimento ao interior Participantes ativos e assistidos da Forluz que moram no interior de Minas e em outros estados passaram a contar, a partir de outubro, com o atendimento especializado por telefone. Os interessados em fazer o agendamento devem ligar na Central de Atendimento, no número 0800 0909090, para marcar dia e horário. A iniciativa buscou facilitar o atendimento para esse público, que tem mais dificuldade em se deslocar para o atendimento presencial na sede da Fundação na capital.

Forluz Verde Com o objetivo de estimular conceitos e práticas de sustentabilidade, a Fundação lançou em janeiro o Forluz Verde. O programa é voltado para a responsabilidade social e ambiental. Contribuir para minimizar o impacto no meio ambiente, melhorar a qualidade de vida de todos e ainda diminuir o consumo é o foco do programa. O cronograma prevê uma série de ações, dentre elas campanhas solidária e implementação da coleta seletiva.

Forluz Ativa O Forluz Ativa, novo programa de gestão estratégica da Forluz, aconteceu em novembro, com a participação de cerca de 80 empregados, contratados e estagiários. A ideia do programa, que teve o formato renovado, foi explorar novos caminhos em busca de uma gestão mais moderna e eficiente, começando por valorizar o quadro humano. A iniciativa contou com palestras, dinâmica interativa, monólogo e confraternização, tudo em busca de maior interação entre as áreas e pessoas e melhores resultados para a Fundação.

Fim do recadastramento

Posse na Abrapp

Em decisão tomada em dezembro, assistidos e pensionistas não precisarão mais fazer o recadastramento anual, a partir de janeiro de 2014. A medida tinha como finalidade fazer a “atestação de vida” por parte do participante. O recadastramento, que era feito em parceria com o banco conveniado, será substituído por dados adquiridos junto à Dataprev, órgão da previdência federal, que possibilita que óbitos de assistidos sejam informados diretamente à Fundação.

No dia 30 de janeiro, o diretor de Seguridade e Gestão da Forluz, José Ribeiro Pena Neto, tomou posse da presidência da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Abrapp. Ribeiro foi candidato pela chapa Unidade, para o triênio 2014-2016. A Abrapp congrega hoje 324 fundos de pensão do país, que somam um patrimônio de cerca de R$ 650 bilhões. Para mais informações sobre a Fundação, acompanhe seus diversos veículos de comunicação ou acesse a seção de notícias do portal:

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entrevista

O imprescindível papel da atuária num fundo de pensão O presidente do Instituto Brasileiro de Atuária - IBA, Flávio Castro, expõe os desafios desse estudo e dos profissionais dedicados a ele

Foto: arquivo pessoal

Lume - Quais as responsabilidades do atuário em um fundo de pensão e como essa atividade impacta a vida das pessoas? FC - O atuário é responsável pela assessoria atuarial do plano de um fundo de pensão. Essa avaliação consiste em projeções futuras, considerando a massa atual e futura dos participantes ativos, assistidos e beneficiários. No seu cálculo, utiliza premissas biométricas, demográficas, financeiras, econômicas que são definidas especificamente para cada plano. O cálculo é feito para que o plano tenha os recursos suficientes para o pagamento dos benefícios na forma contratada. Lume - O que mudou no mercado atuarial com as recentes alterações normativas?

Brasileiro de Atuária reirado Instituto aposentad sucecsasroPresidente os Flávio Castro

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FC - Após a implementação da CNPC 09/12 e IN 07/13, muita coisa mudou no mercado atuarial. Com a implementação da resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC 09/12, o paradigma da taxa máxima real de juros admitida nas projeções atuariais, que sempre foi de 6%, caiu. Com isso, a taxa máxima permitida para projeção diminuirá de forma escalonada até 2018, quando deverá chegar a 4,5%. A consequência para os planos de previdência será um aumento nos compromissos, pois não poderá mais contar com rendimentos financeiros mais robustos. Além disso, a resolução ressaltou a necessidade de estudos específicos que comprovem a aderência das tábuas biométricas, bem como a taxa de juros aplicada na projeção dos cálculos, com objetivo de sempre ser a mais fidedigna possível à realidade do plano. Já a IN 07/13 chegou com o objetivo de parametrizar os estudos técnicos realizados pelos atuários.


Lume - Quais as responsabilidades trazidas pelas novas normas? FC - Com as novas normas, entrou no radar dos fundos de pensão a possibilidade de menor retorno nos investimentos. A análise minuciosa do ativo garantidor do plano de benefícios se tornou mais que necessária. Bem como o estudo das possibilidades de evolução da taxa de desconto utilizada nos cálculos. Também explicitou a necessidade de realização de estudos de aderência para comprovar que as hipóteses atuariais utilizadas estão adequadas à massa de participantes. A novidade é que ficou para o atuário de uma entidade a incumbência de ser o único profissional responsável pelos estudos de aderência. Nesse caso, o Instituto Brasileiro de Atuários - IBA entende que, embora o atuário seja responsável pela elaboração dos estudos, ele pode compartilhar a responsabilidade e se apoiar em profissionais especializados, quando necessário. Lume - Quais os desafios da longevidade nos planos previdenciários? Onde e como o atuário pode contribuir neste sentido? FC - Todo brasileiro fica feliz ao saber que a população vive mais tempo. Mas a consequência de uma vida longa é a necessidade de maior poupança para custear o período de recebimento de benefícios. Muitos se aproximam da época de descansar, viajar, aproveitar o tempo com os netos, mas precisarão adiar esse momento para acumular mais recursos. Os mais jovens precisam ser alertados. O cenário mudou. É preciso se adaptar, contribuindo um pouco mais para a aposentadoria e o atuário tem papel fundamental na disseminação dessa cultura previdenciária. Para planos de benefício estruturados na modalidade de Contribuição Definida (CD), o atuário deve mostrar a importância de que todos os participantes contribuam para o plano, de preferência, sinalizando com uma contribuição extra, de acordo com a necessidade de cada um. Outro papel do atuário é acompanhar a evolução da situação dos participantes e alertar ao fundo de pensão aqueles que certamente ficarão aquém do projetado. O atuário possui capacidade técnica para fazer um plano de contribuição definida ser diferente de uma simples poupança. Para os planos concebidos na modalidade de Benefício Definido (BD), o atuário deve utilizar na avaliação atuarial premissas condizentes com o planejado para o futuro da entidade, bem como auxiliar a melhorar a qualidade do banco de dados, pois o resultado obtido é reflexo direto disso. Lume - Quais os desafios diante da perspectiva de queda na taxa de juros daqui em diante? FC - O desafio econômico é complexo. O cenário econômico mudou bastante. Antigamente, os fundos de pensão tinham o conforto de ter na renda fixa um porto seguro, com taxas de retorno superiores às metas atuariais. Há alguns anos, os juros no Brasil começaram a cair, nesse momento já estamos vendo um repique. Pode ser

Os mais jovens precisam ser alertados. O cenário mudou. É preciso se adaptar, contribuindo um pouco mais para a aposentadoria e o atuário tem papel fundamental na disseminação dessa cultura previdenciária

passageiro ou não. Com o cenário econômico mundial mudado, o Brasil pode ser impactado e a taxa de juros também poderá mudar de patamar. Mas isso se a expectativa dos especialistas quanto aos juros se concretizar. Nosso país está carente em investimentos em infraestrutura, tornando-se uma ótima opção para os fundos de pensão combinar retorno de investimento mais atraente com prazo alongado. O atuário tem a missão de explicar como a taxa de juros impacta a solvência dos planos de benefícios, pois é uma das premissas utilizadas na avaliação atuarial que mais impacta nos resultados do estudo. Lume - Existem novos produtos a serem lançados? Como os atuários vêm trabalhando para o crescimento do sistema? FC - Para fomentar o sistema, novos produtos seriam bem-vindos, principalmente alguma novidade na questão tributária. Existem alguns projetos em discussão no governo. A instituição de tributação semelhante a aplicável ao VGBL, oferecido pelas entidades abertas, será de grande incentivo para adesão de profissionais liberais, aqueles que fazem declaração de IR simplificada ou até mesmo para os participantes que já estejam contribuindo com 12% de sua remuneração bruta. Também está na pauta a possibilidade da inscrição automática de novo funcionário no plano de previdência, permitindo ao participante se desligar do plano levando todo o dinheiro investido. Observando o prazo, é claro. Os atuários de hoje devem ainda trabalhar com o objetivo de levar a informação previdenciária à sociedade. Devem mostrar os benefícios que a previdência privada fechada oferece e auxiliar na criação de novos planos de previdência. entrevista

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raios x Conheça a quantidade de participantes da Fundação em cada uma das patrocinadoras. Hoje são mais de 22 mil pessoas em um dos maiores fundos de pensão do país e você faz parte dessa história.

Quantidade de participantes por patrocinadora 5

196

188

2.252

1

1

18

2.170 8.000

Cemig 65

Cemig Distribuição

15

95

5.909

1

Cemig Telecom

6

714

1.625

146

Cemig Geração e Transmissão 2

Rosal Energia

1 1

122

Cemig Saúde 2

Gasmig

13

338

9

Taesa

Sá Carvalho

2

Legenda:

32 68

Autopatrocinados

Assistidos

Pensionistas

Ativos

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vem comigo

Abraçar o novo e reverenciar o passado Preservar as origens culturais brasileiras e viajar são duas grandes paixões da participante assistida Margareth Soares, que nos conta como faz isso acontecer Viajar, conhecer lugares exóticos, pessoas, culinária e, ainda, preservar as riquezas culturais do país são as atividades que mais alegram a participante assistida da Forluz, Margareth Martins Paulo Soares. Ex-empregada da Cemig e da Forluz, nesta foi coordenadora da Central de Regulação e de Guias. Hoje, ela consegue conciliar essas atividades que tanto ama.

Foto: arquivo pessoal

Desde a aposentadoria, em 2010, Margareth traçou como meta realizar pelo menos duas viagens por ano e tornar-se voluntária do Grupo Aruanda, que difunde o folclore brasileiro no Brasil e no exterior. Ela conta que a filha caçula, Amanda, entrou para a equipe de dançarinos voluntários do grupo folclórico em 2008. Para Margareth, a paixão da filha pelo trabalho desenvolvido na entidade e a seriedade da instituição despertaram nela o interesse em participar do Margareth Soares grupo. “Nossa cultura corre o risco de cair no esquecimento. Queremos mantê-la viva!”, explica. O trabalho de Margareth no grupo folclórico é cuidar de um dos maiores e mais belos guarda-roupas do país, pertencente a uma entidade cultural. São mais de 5 mil toneladas de figurinos e adereços. Ela separa as vestimentas, costura e prega botões quando necessário, passa, organiza e ajuda na produção dos shows. “Toda terça-feira vou ao Aruanda auxiliar na organização das roupas e utensílios. E quando tem espetáculos marcados vou mais vezes durante a semana”, conta.

Nos passos do Aruanda Aruanda significa terra de luz, de paz e mansão dos bem-aventurados. Fundado em 1960 pelo ex-participante da Forluz, Paulo César Valle, o grupo foi criado como forma de valorizar e difundir a cultura para a juventude.

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Onde se apresenta, o grupo leva o folclore brasileiro para milhares de pessoas. Além da atuação na área cultural, contribui para elevar a autoestima de crianças e adolescentes em situação de risco, de mulheres e idosos abandonados ou vítimas de violência familiar. No Aruanda, acredita-se que um cidadão completo é não só o que cumpre com seus deveres, mas aquele que reconhece suas raízes, preserva suas origens e passa esses conhecimentos adiante. A entidade não tem fins lucrativos e é composta por 60 voluntários, entre dançarinos, músicos e cantores populares. Seu acervo é constituído por mais de 100 tipos de danças de todas as regiões do país e mais de 5 mil toneladas de figurinos e adereços. Do seu extenso currículo constam mais de 3 mil espetáculos no Brasil e exterior.

Um espelho do Brasil

Foto: arquivo pessoal

O folclore é a cultura popular passada de gerações em gerações. É o conjunto de crenças, festas, mitos, lendas, superstições, artes e costumes. E este é o retrato do Brasil: somos descendentes de indígenas, portugueses, escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que formaram a base cultural. “A cultura brasileira é uma das mais ricas e admiradas do mundo, mas para mantê-la viva é preciso muita dedicação. Com tanta diversidade, essa riqueza precisa e deve ser preservada”, explica Margareth.

Margareth: ensaio divertido

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Viajar e aprender sempre Unindo o útil ao agradável, Margareth já esteve em várias cidades mineiras e diversos estados, principalmente do Nordeste. Também esteve nos Estados Unidos (Nova Iorque), Argentina, Chile, Cuba, Panamá, República Dominicana (Punta Cana), Portugal, Espanha, França e Polônia. “Não posso dizer que já conheci esses lugares, mas foi possível ter uma noção sobre a cultura, a arquitetura, os costumes, etc”. Apenas com o Aruanda foram cerca de 15 viagens, para o interior de Minas e exterior. “Viajar pra mim significa estudar história, pesquisar o passado, mas, ao mesmo tempo, constatar o presente e vislumbrar o futuro. Relacionar com pessoas de diferentes culturas, comer comidas diferentes, apreciar novas paisagens. Tudo isso faz bem ao físico e torna mais leve a alma”, esclarece.


Foto: arquivo pessoal

No ano passado, durante 22 dias, participou de um festival folclórico na Polônia com cerca de 25 pessoas, entre dançarinos, músicos e auxiliares. Grupos culturais da Romênia, Rússia, Polônia, Itália, Holanda e México também apresentaram na turnê, Em viagem com o grupo que percorreu pequenas cidades da Polônia. “É um país culturalmente rico. Vale a pena conhecer. Apesar das cicatrizes de um passado marcado pela Segunda Guerra, A Polônia é linda e está empenhada em crescer. Especialmente sob o ponto de vista turístico. Fomos muito bem recebidos”, conta.

Mais sobre a Polônia Além do trabalho, a diversão. Na Polônia não foi diferente. “É claro que aproveitamos para passear e conhecer um pouco do país. Fomos a Varsóvia por três dias. Ficamos em um hostel, andamos pela cidade, fizemos bastante compras, já que a moeda é mais desvalorizada que o real. Também fomos conhecer uma parte da cidade que foi reconstruída no pós-guerra”. Na terra de Chopin, você pode testemunhar a história na Cidade Velha de Varsóvia, totalmente destruída por Hitler - com plena conivência de Stálin, um dramático desfecho do levante, retratado no premiado filme O Pianista, de Roman Polanski. Reconstruída nos mínimos detalhes, hoje o centro da capital é patrimônio da humanidade, bem como Cracóvia, com sua grande praça, inúmeras igrejas e o poderoso castelo Wawel. Auschwitz também é um bom destino para refletir um pouco sobre os horrores da guerra. E, ao sul, junto à fronteira com a Eslováquia, erguem-se as montanhas Tatras e as belas paisagens naturais, fáceis de explorar a partir da movimentada cidade de Zakopane.

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para viver melhor previdência em foco

Taesaprev, poupança previdenciária inteligente Criado em 2012, ele é o mais novo plano administrado pela Fundação e exclusivo dos empregados da Taesa, empresa do Grupo Cemig

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poupança previdenciária foi criada para garantir a manutenção do padrão de vida do trabalhador no momento em que ele não pode ou não deseja mais trabalhar. Sem dúvida, é uma forma inteligente de poupar dinheiro. Mas é importante acompanhar o plano, participar das decisões e conhecer a entidade que administra seus recursos. Afinal, é o seu futuro que está em jogo. Se você é empregado da Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. - Taesa e aderiu ao plano de previdência complementar da Forluz, seu plano é o Taesaprev. Ele possui atualmente 341 participantes e foi estruturado especificamente para os empregados da Transmissora. Nesse plano, o empregado e a empresa depositam mensalmente um valor na conta individual, cujo saldo é aplicado em investimentos. Quando o participante requerer o benefício, no fim da vida laborativa, o valor da prestação mensal será calculado com base no saldo acumulado. Se você mudar de emprego é possível resgatar o que foi depositado, transferir para outro fundo ou continuar no plano. No Taesaprev, você tem direito ao saldo total correspondente às contribuições, mais uma parte do que a empresa contribuiu, que depende do tempo de vínculo ao plano.

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Poupança recheada A poupança previdenciária pode ficar recheada se você contribuir mais. Para isso, o participante pode fazer contribuições eventuais ou aportes, de acordo com regras previstas no regulamento. O Plano Taesaprev permite ao participante escolher diferentes valores de contribuição, com percentuais variando entre 50 e 150% da contribuição básica. Por sua vez, a patrocinadora contribuirá em seu nome, de imediato, praticamente dobrando a poupança feita.

Tanto a contribuição do participante quanto a da patrocinadora vão para a conta de aposentadoria. Se você optar por contribuir com percentuais acima de 100%, a Taesa não contribuirá sobre o valor excedente. E caso sua opção seja contribuir com menos de 100%, a patrocinadora também reduzirá o valor da contribuição que ela faz ao mesmo patamar. Veja os exemplos:

Se você ganha R$ 4.000,00, sua contribuição para o Taesaprev será a seguinte:

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Optando pela contribuição mensal básica ( 100%) Valor mensal de sua contribuição destinado à sua conta de aposentadoria : R$ 129,31 Valor mensal depositado pela patrocinadora em sua conta de aposentadoria : R$ 129,31

Optando por pagar 125% da contribuição básica prevista. Valor mensal de sua contribuição Forluz : R$ 129,31+ R$ 32,33 = R$ 161,64 Valor mensal depositado pela patrocinadora em sua conta de aposentadoria : R$ 129,31

previdência em foco

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Qual é o seu perfil? Para fazer render o dinheiro depositado nas contas de aposentadoria, a equipe de profissionais da Forluz investe esses recursos em diferentes carteiras de investimentos. Para isso, o participante também atua, conforme seu apetite ao risco, escolhendo qual será seu perfil de investimento. Hoje, são oferecidos quatro perfis: agressivo, moderado, conservador ou ultraconservador.

Como o dinheiro é aplicado em cada perfil Composição das carteiras de investimentos do Plano Taesaprev Segmento de renda fixa, operações com participantes e empréstimos

Ultraconservador

100% Títulos de renda fixa públicos e privados (pré e pós fixados) e empréstimos

Conservador

De 90 a 95% Títulos de renda fixa públicos e privados (pré e pós fixados) e empréstimos

Moderado

De 75 a 90% Títulos de renda fixa públicos e privados (pré e pós fixados) e empréstimos

Agressivo

Segmento de renda variável e estruturados

De 50 a 75% Títulos de renda fixa públicos e privados (pré e pós fixados) e empréstimos

0% Fundos de Ações

De 5 a 10% Fundos de Ações

De 10 a 25 % Fundos de Ações

De 25 a 50% Fundos de Ações

Obs.: pode haver variação nos limites e percentuais acima definidos, face à valorização ou desvalorização dos ativos em decorrência de variações no mercado financeiro e conjuntura econômica.

O perfil pode ser alterado a cada 12 meses. Para acompanhar os resultados, o participante pode verificar a rentabilidade no Jornal Forluz, enviado bimestralmente, ou no portal. Há pessoas que suportam melhor oscilações na rentabilidade dos investimentos e, até mesmo, perdas em determinados momentos, confiando que, no longo prazo, os resultados serão compensadores. Outras, ao contrário, perdem noites de sono ao menor sinal negativo. Para o gerente de Gestão de Portfólio da Forluz, Sandro Garcia, não é porque a bolsa cai ou sobe, no curto prazo, que o participante deve mudar de perfil. As oscilações podem fazer com que a rentabilidade seja negativa em determinado período, 14

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o que não impede de alcançar um bom resultado no final. Segundo Garcia, o ideal é avaliar o comportamento da rentabilidade a médio e longo prazos. “Quem não suporta oscilações de renda variável no mês a mês, talvez fique mais confortável nos perfis com menor exposição a riscos”. Para acessar a cartilha sobre Perfil de Investimento clique aqui. Para alterar o perfil, clique aqui. Você também pode consultar o extrato individual de sua conta de aposentadoria, o simulador de benefícios e alterar o percentual de contribuição no portal Forluz: www.forluz.org.br


Aposentadoria com tranquilidade Quando o tão merecido momento da aposentadoria chegar, o participante deve cumprir os critérios exigidos no plano. Ele deve se desligar da empresa, ter pelo menos 8 anos de vínculo com a Forluz e 30 anos de contribuição à Previdência Social se mulher, e 35 anos se homem. “Ter um plano de previdência complementar como o Taesaprev é um privilégio”, explica o gerente da área de Previdência, Atuária e Atendimento da Forluz, Wilson Geraldo Silva. Ele garante que aderir ao plano é uma forma inteligente de poupar, porque existe a contribuição do empregado e também da empresa na conta previdenciária. “Quanto mais cedo a pessoa começa a contribuir, melhor, pois o tempo de contribuição é um determinante no acúmulo dos recursos”. Também é interessante aderir ao plano o quanto antes, em razão do efeito dessa rentabilidade. “O verdadeiro fermento que ajuda a formar a poupança previdenciária são os juros”, esclarece o diretor de Seguridade e Gestão da Forluz, José Ribeiro Pena Neto, O teto de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS nem sempre possibilita manter o padrão de vida conquistado em anos de trabalho. O valor desse benefício é geralmente menor que o salário da ativa, principalmente para quem ganha acima do teto da Previdência, que atualmente é de R$ 4.396,06. A Forluz oferece uma renda complementar denominada Renda Mensal Programada – RMP. Nesse tipo de plano, o participante tem a liberdade de escolher o valor de sua renda, definido pelo número de cotas escolhido por ele mesmo. Nessa modalidade, não há reajuste nem 13º, sendo imprescindível que o participante acompanhe a evolução do seu saldo e a rentabilidade auferida. Veja as modalidades abaixo:

Renda Mensal Programada (RMP) É o benefício pago pelo plano ao participante que tenha pelo menos oito anos de vínculo, 55 anos de idade e se desligue da patrocinadora

Pecúlio por Invalidez (PPI) É o benefício concedido em parcela única pelo plano ao participante que se aposenta por invalidez

Pecúlio por Morte (PPM) É o benefício pago pelo plano ao(s) beneficiário(s) indicado(s) pelo participante que falece

Em casos de imprevistos Fatos imprevisíveis podem ocorrer durante o vínculo empregatício. Neste caso, o plano Taesaprev oferece algumas opções. Se o participante se desligar da empresa e não tiver cumprido os requisitos exigidos para se aposentar na Forluz, é possível optar por uma das quatro opções denominadas “institutos”, conforme abaixo:

Resgate Saque de 100% das contribuições feitas pelo participante, devidamente acrescidas da rentabilidade auferida e uma parcela da conta patronal, conforme tempo de filiação ao plano

Portabilidade Transferência para outro plano previdenciário de 100% das contribuições vertidas pelo participante devidamente acrescidas da rentabilidade auferida e uma parcela da conta patronal

Autopatrocínio Manutenção no plano através do compromisso mensal de verter as contribuições individual e patronal que eram realizadas mensalmente enquanto ativo

BPD (Benefício Proporcional Diferido) Manutenção no plano, sem realização de contribuições mensais obrigatórias, é devida a contribuição destinada à cobertura das despesas de natureza administrativa. O saldo de conta continua tendo a rentabilidade de acordo com o perfil de investimento escolhido pelo participante

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para viver melhor finanças em dia

Saber sobre ciclo de vida pode auxiliá-lo

Tal como a vida biológica, a vida financeira também tem seu ciclo e exige escolhas adequadas de quem almeja uma aposentadoria tranquila

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astante utilizado nos Estados Unidos e Europa e inclusive associado a planos e produtos previdenciários, o modelo de ciclo de vida financeiro foi proposto pelo economista italiano Franco Modigliani, ganhador de Prêmio Nobel. Na perspectiva da educação financeira, o modelo é visto como importante ferramenta que o investidor pode contar para balizar seus níveis de poupança e apetite ao risco e garantir um projeto financeiro de longo prazo.

O estudo de Modigliani, hoje adaptado por outros economistas, demonstra que o trabalhador ativo normalmente aplica seus recursos de forma mais agressiva no começo da sua vida produtiva e de maneira mais conservadora no final deste ciclo, possibilitando um equilíbrio nas fases de vida do investidor. Segundo o estrategista de investimento pessoais do Santander, Aquiles Mosca, “o momento em que o investidor se encontra no ciclo de vida (jovem, meia idade ou próximo da aposentadoria) é um dos fatores que deve ser levado em conta na hora de decidir como alocar os recursos investidos”. Mas não somente isso, acrescenta: “junto é preciso vir uma análise criteriosa de objetivos e tolerância ao risco”.


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$ As etapas da vida O gráfico do estudo de ciclo de vida enxerga o trabalhador ativo a partir dos 20 anos em diante. Antes desse momento, é o período no qual se vive o aprendizado informal e também formal, através dos estudos. Nessa etapa, as necessidades financeiras são integralmente cobertas pelos pais. Vale lembrar que essa faixa etária pode sofrer variações de um país para outro. No Brasil, é comum os jovens começarem a trabalhar pouco antes dos 20 anos. A primeira fase do gráfico, dos 20 aos 50 anos, é a mais propícia para a pessoa acumular riqueza ou formar patrimônio. Nessa fase, o trabalhador coloca em prática seus conhecimentos teóricos e práticos. É uma etapa que exige decisões importantes. A primeira delas, saber qual o objetivo de vida desejado, de acordo com as condições financeiras do momento e as perspectivas de crescimento no mercado de trabalho. É nessa fase que o trabalhador constitui família, faz investimentos e pode arriscar mais. “Via de regra, uma pessoa jovem, digamos de 25 anos, que pretende aposentar-se aos 65 anos, tem um horizonte de aplicação

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de 40 anos até precisar utilizar os recurso que está investindo para sua aposentadoria. Esse horizonte largo de investimentos favorece uma maior exposição em aplicações de risco, que exigem tempo para materializar sua alta, geralmente com retornos bem acima das aplicações conservadoras, e acomodar as flutuações inerentes a tais aplicações”, esclarece Aquiles Mosca. Assumir riscos não é uma decisão simples. É necessário ter conhecimento e disposição para saber onde aplicar o dinheiro para que ele tenha os rendimentos esperados a médio e longo prazo. Nesse período, principalmente na sua primeira metade, a pessoa ainda conta com o tempo a seu favor. Aqui os erros apesar de não desejados, são aceitáveis. Assim, é permitido recomeçar do zero caso algo de errado aconteça. Veja gráficos na página 19. finanças em dia

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Chega a hora de ser mais conservador Na segunda fase do ciclo de vida, dos 50 aos 65 anos, é essencial que o investidor tenha uma atitude mais conservadora. Segundo o estrategista do Santander, “um investidor com 60 anos está apenas a cinco anos de sua aposentadoria. Estar tão avançado em seu ciclo de vida sugere que tal investidor deve privilegiar a previsibilidade e a preservação daquilo que conseguiu poupar até o momento, à despeito de ter um perfil moderado ou arriscado. Nesse instante da vida, tão próximo de utilizar os recursos poupados, ele não pode se dar ao luxo de ter flutuações ou perdas de patrimônio, uma vez que o tempo para recuperá-los antes de usá-los é curto demais”. Não arriscar não significa parar no tempo, afinal até o fim da vida é essencial saber lidar com as finanças. Dessa forma, cursos de educação financeira são extremamente indicados para pessoas na meia idade, até mesmo para saberem como lidar com a queda de renda que normalmente ocorre com a chegada da aposentadoria. A renda será tanto menor quanto o trabalhador não tiver se preocupado durante a juventude em conquistar sua liberdade financeira.

Por último, chega o momento em que o trabalhador recebe a tão sonhada aposentadoria. Essa fase não combina com planos arriscados. É ainda uma fase de grandes gastos e que o trabalhador tem que desfrutar de seus investimentos - INSS e previdência complementar. O ideal aqui é possuir imóveis para alugar. Investimentos em cadernetas de poupança também podem ser boas alternativas. Não gastar tudo o que ganha, mais do que ganha e antes mesmo de ganhar são princípios fundamentais que se aliam com o planejamento feito através do modelo de Ciclo de Vida Financeiro. É sempre bom lembrar que o trabalhador não se aposenta da vida e sim do mercado de trabalho, por isso a importância do planejamento. E como ferramenta de planejamento, o ciclo de vida financeira é de grande utilidade.

Que destino você quer após se aposentar? EUA

53% das famílias americanas são consideradas “em risco” de não conseguirem manter o mesmo padrão de vida da ativa ao se aposentarem.

Brasil

1% (apenas) dos aposentados pela previdência social no país consegue se manter sem ajuda de parentes ou caridade.

Fontes: EUA 2012 - National Retirement Risk Index (NRRI); Brasil - MPS

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Ciclo de Vida Financeira Meia-idade

Juventude

Aposentadoria

Anos para acumular riqueza Atitude conservadora Aproveitar Fazer seguros Construir sua família Assumir riscos Poupar e investir Qual é o seu objetivo?

20 anos

50 anos

65 anos

Ciclo de Vida Financeira do Brasileiro 1400 1200 1000 800 600 400 200 0

Renda de todas as fontes

em R$

Renda do trabalho

Renda não oriunda do trabalho

20

30

40

50

60

70

80 +80

Idade Fonte: Livro Investimentos, do economista Mauro Halfeld

finanças em dia

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boas ideias

O lixo que mata a fome Metade dos alimentos produzidos no mundo é jogada fora. Mas inúmeras iniciativas, no Brasil e mundo, buscam mudar esse quadro

“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Foi o que concluiu Lavoisier, no século XVIII, ao anunciar o princípio da conservação da matéria. De fato, quando falamos de comida, nada deveria se perder, mas muita coisa é descartada incorretamente, algo absolutamente incoerente, tendo em vista que milhões de indivíduos passam fome no planeta. A boa nova é que pessoas, empresas e instituições já se organizam para combater essa distorção. O número de famintos no mundo nos últimos 10 anos passa de um bilhão. Para contornar o problema, instituições fazem uma ponte entre onde há sobra e onde há falta de alimento. Voluntários se organizam para ir a supermercados, hotéis e padarias para recolher os alimentos que não têm valor comercial, mas ainda estão adequados para o consumo. Apenas a Global FoodBanking Network, que apoia bancos de alimentos

em todo o mundo, atua em seis continentes. Em 2013, a entidade distribuiu 418 bilhões de quilos de comida. Há mais de 10 anos, o Mesa Brasil, programa do Serviço Social do Comércio - Sesc, realiza um trabalho similar. São doados 3,3 milhões de quilos de alimentos por ano. Em Minas, 56 empresas são parceiras, 224 instituições sociais assistidas e 237 voluntários atuam na coleta, separação e distribuição. Outra iniciativa solidária é a ONG paulista Banco de Alimentos, em parceria com empresa Ticket Refeições. Qualquer pessoa pode ajudar. Basta curtir a página no Facebook. Para cada curtida, a Ticket se compromete a doar R$1,00. O dinheiro doado é revertido em trabalho de coleta e distribuição de alimentos para 22 mil pessoas em 51 instituições.

Foto: arquivo pessoal

Bonito que faz feio

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Parte do que está exposto nas prateleiras dos mercados vai parar no lixo, por uma simples razão: a aparência não agrada. O professor carioca Flávio Barreto, bacharel em genética e ciências biológicas, acredita que o problema está na cultura de valorizar o que é bonito aos olhos. “Produtos amassados, pequenos, de aparência incomum ou até parcialmente danificados nem sempre estão deteriorados, contaminados, estragados ou impróprios para o consumo. Se essa cultura de selecionar apenas os belos e perfeitos, por analogia, também valesse para os seres humanos, certamente não teríamos essa Flávio Barreto grande diversidade de pessoas. E isso nos garante o sucesso e a resiliência de nossa espécie”, explica.


Jeffrey Klein, presidente da rede FoodBanking, afirma que se o desperdício mundial não for bastante reduzido, não haverá comida para todos. “Em 2050, o mundo terá 9 bilhões de pessoas. Basta olhar para as mudanças climáticas, para a quantidade de água e a ocupação do solo. Não temos muito espaço livre mais.” A solução pode ser agredir menos o meio ambiente. O alimento descartado emitirá gases que aumentarão o efeito estufa. Isso complica as mudanças climáticas. Além disso, segundo o gestor ambiental Philippe Machado, o desperdício de alimento e a geração de resíduos orgânicos pode causar a sobrecarga dos aterros, diminuindo a vida útil deles. Isso pode gerar a necessidade de usar novos lugares para disposições de mais resíduos. Como consequência, o serviço de saneamento se torna mais caro devido a logística para disposição final correta destes resíduos e devido as grandes distâncias destes locais adequados. “Os 3 R’s nunca sairão de moda: reduzir o consumo e a geração de resíduos, reutilizar ao máximo e reciclar sempre que possível.”

Brasil: lixo “bem dotado” Toneladas de alimentos vão parar no lixo todos os dias. No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, esses números impressionam. Um comportamento que custa caro para quem produz, para quem compra e para o meio ambiente. O desperdício de alimentos em solo brasileiro causa um prejuízo de cerca de 2,2 bilhões de dólares por ano. Daria para alimentar, por mês, toda a população faminta da América Latina. Em nosso país, o desperdício começa no campo, onde 10% dos alimentos são perdidos na colheita. Durante o manuseio e o transporte, essas perdas chegam a 50%. E nas centrais de distribuição do país, as Ceasas, são desperdiçados outros 30%. Nas feiras dos bairros, em razão do armazenamento ruim e do mau manuseio dos alimentos a história não é diferente.

Das feiras, para o lixo 22% da laranja 40% do morango 30% de melancia 25% de abacaxi 26% de abacate 21% de mamão

35% de repolho 30% de alho 40% de tomate 50% de couve-flor 20% de cenoura 40% de pimentão

Das casas, para o lixo As perdas, nos domicílios, somam 10%. Cada brasileiro compra cerca de 37 kg de hortaliças por ano, mas joga no lixo cerca de 28 kg. Uma família de classe média joga fora meio quilo de alimento por dia ou um prato feito.

Quer entender mais sobre o assunto? Acesse! Como construir um planeta Sustentável Ecycle – Pegue leve com o meio ambiente Click - Dicas para uma vida sustentável Hypeness - Troca de alimentos em feira livre Super Abril – Ideias Verdes Galileu – Números do desperdício no Brasil Momento ambiental - Desperdício impacta a sociedade, a economia e o meio ambiente. Mesa Brasil Sesc Minas - Como e o que doar? Entrevista com Jeffrey Klein para a revista Época sobre o FoodBanking boas ideias

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especial

A marca da gente

Nova logo busca reforçar relacionamento com seu público e prepara a Fundação para ambiente negocial mais dinâmico e competitivo

Em novembro do ano passado, a Forluz ganhou uma nova marca gráfica. Mais leve e moderna, a marca agrega elementos que lhe atribuem movimento e elegância. Mantida na cor laranja,

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incorporada fortemente à sua história, a mudança faz parte de uma estratégia desenvolvida com o intuito de tornar Fundação mais próxima de seu público e prepara-la para um ambiente de negócios mais dinâmico e aguerrido. A necessidade de revitalização da marca havia sido detectada há algum tempo. Entretanto, essa iniciativa ganhou força em 2011, com o concurso de frases realizado no aniversário de 40 anos da Fundação. Os participantes reforçaram valores ligados à Forluz que precisavam ser traduzidos em sua marca. Palavras como transparência, segurança, futuro, confiabilidade e perenidade foram as mais citadas. A partir daí, a marca foi redesenhada, agregando os principais atributos apontados. Segundo o gerente de comunicação da Forluz, Victor Correia, para desenvolver uma marca forte e alcançar um diferencial estratégico é preciso conhecer o mercado e os públicos envolvidos. Também é necessário considerar e reforçar os valores conquistados ao longo da trajetória da empresa.

Grafismos de significado A nova marca reincorpora o elemento circular, presente nas primeiras logos e que agora intencionalmente remete aos mais de 21 mil participantes que possui, razão de ser da Fundação. Em conjunto eles representam o mutualismo de um fundo de previdência, em que a soma de forças de cada pessoa e seu universo familiar se transforma mais tarde em benefícios para todos os participantes e seus dependentes. Atributos como elegância, contemporaneidade e humanização foram igualmente trabalhados. “A cor laranja remete à luz, e


Evolução necessária Especialista em gestão de marcas, Flávio Tófani É preciso evoluir. O mundo está em constante mudança. Existem muitas empresas múmias no país. Aquelas que só têm valor histórico. A empresa estagnada perde a oportunidade de conversar, de se relacionar com novos tempos, novos consumidores, com um novo mercado. A empresa precisa avaliar bem a necessidade de mudar a marca. Entretanto, o momento mais oportuno de fazer isso se dá na evolução da empresa; quando a antiga marca já não representa tudo que a empresa é para os seus públicos. Às vezes, o público interno cria um carinho pela logo antiga e isso faz com que as pessoas tenham muito receio em mudar. Mas devemos lembrar que a marca é viva. A empresa precisa entender seu significado e evoluir.

investimos igualmente na ideia de futuro, de horizonte e iluminação (significando também transparência), elementos representativos da Forluz e que se conectam à sua procedência no setor elétrico. Com a adoção de círculos formando o horizonte, buscamos ainda trazer a ideia de dinamismo e movimento”, explica o gerente.

O que é uma marca? A marca é muito mais que a sua representação gráfica, uma simples logo ou um nome. É a identidade da empresa. Segundo o especialista em branding (gestão de marca), Flávio Tófani, marca é significado. É a percepção das pessoas a respeito da empresa que vai gerar, ou não, credibilidade e boa reputação. É a somatória de toda a filosofia, missão e valores. Mas é, também, o que as pessoas têm como referência em suas mentes, como a marca é lembrada. Para ele, a mudança da marca significa um reposicionamento da empresa.

A mudança da marca deve traduzir a nova realidade da empresa. Seus componentes e identidade visual devem refletir num novo pensamento organizacional, muitas vezes exigido pelo próprio mercado. Isso requer um dinamismo diferenciado. Agora, o maior desafio é para o departamento de comunicação da Forluz. Ele deverá traduzir o significado do grafismo da nova marca. As pessoas tendem a avaliar a identidade visual, achando que ela por si só é a marca. Porém, não percebem que muita coisa está por traz do novo desenho. Com a marca gráfica criada, fruto de uma mudança na cultura da empresa, o desafio passa a ser o de sensibilizar as pessoas, de fazê-las se sentirem parte dela. E isso se faz estreitando o relacionamento da empresa com seus públicos.

Lançamento da marca e fontes de pesquisa @ Vinheta nova logo

@ Estratégia de Marketing - Brand Experience

@ Lançamento no Jornal Forluz @ Flávio Tófani – Empresas múmias

especial

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artigo

Você conhece o preço da longevidade? Por Thiago Felipe Gonçalves, atuário da Forluz e membro da Comissão Nacional de Atuária da Previc

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ocê é adepto da prática de esportes, seja por meio de caminhada, musculação, natação, corrida, etc? Possui uma boa alimentação? Parou de fumar ou nunca fumou? Não bebe ou bebe moderadamente? Pratica outras boas atividades físicas que contribuem para o desenvolvimento da saúde do corpo e da mente? Então, é bastante provável que seu médico, ao avaliar os resultados dos exames anuais periódicos, lhe dê a seguinte notícia: - Parabéns, sua saúde está perfeita! Continuando assim, você vai longe!

O parecer reflete uma constatação demográfica: você, assim como eu e os demais brasileiros, estamos, felizmente, vivendo mais. Tratase do tão falado aumento da longevidade. Essa conclusão tem sido noticiada em todos os meios de comunicação e é vivenciada em cada esquina. Não é mais apenas um retrato da praia de Copacabana, bairro historicamente com mais idosos no país por metro quadrado. No ambiente previdenciário, essa realidade não pode ser considerada como um problema pelos gestores e participantes dos planos. Porém, pode e deve ser encarada como um importante e presente desafio para todos. Sem dúvida, a inserção global da cultura previdenciária e financeira é a principal questão a ser tratada nesse contexto. Embora possa parecer uma visão utópica, pensar e planejar o futuro é o pontapé inicial. Na medida do possível, deve-se buscar o planejamento de quanto tempo contribuir, com quantos anos se aposentar, a renda que se quer atingir e o destino que será dado aos recursos. 24

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Na medida do possível, deve-se buscar o planejamento de quanto tempo contribuir, com quantos anos se atingir e o destino que será dado aos recursos

Foto: arquivo Forluz

aposentar, a renda que se quer Jim O’Neill, Sachs Asset Management Thiago Felipe Gonçalves

Você pode me rebater: “Será que ele acha que tenho uma bola de cristal?!”. Sei que não. Também não tenho. Mas, embora não tenhamos o dom de prever o futuro, podemos chegar a uma simples conclusão acerca dele: quando e com que renda vou viver quando não estiver trabalhando mais? Estou contribuindo atualmente para ter a renda que pretendo no futuro? Veja a lógica a partir desse exemplo: a expectativa de vida aumentou. Se ainda assim, eu ou você optarmos por contribuir para a previdência privada, pelo mesmo tempo (ex: 30 anos se mulher, e 35 anos se homem) e com o valor anteriormente planejado (ex: 10% da renda mensal), o benefício terá que ser obrigatoriamente menor no momento da aposentadoria. É isso mesmo, caro leitor. Não há mágica. E como dizia minha avó, infelizmente dinheiro não é capim. Em outras palavras, sob o aspecto prático, o administrador do seu recurso previdenciário, ou seja, o fundo de pensão, tem o mesmo montante para lhe pagar o benefício por um período maior. Para enfrentar esse desafio, existem algumas alternativas. Você pode contribuir por um período maior, ou seja, aposentar-se com idade superior àquela anteriormente planejada. Outra opção é contribuir com um recurso maior para compensar o aumento da sua expectativa de vida. Você também pode optar pelo recebimento de um benefício menor que aquele anteriormente previsto. Ou, até mesmo, possibilitar que a Fundação exponha seus recursos a riscos maiores de mercado e investimentos. Apesar dos riscos, há a possibilidade de buscar rentabilidades maiores para compensar a redução do benefício, fruto do aumento da expectativa de vida. Mas também há o risco de perda, reduzindo ainda mais o seu benefício.

De todo modo, independente da opção, é imprescindível que se estabeleça um efetivo e maduro choque de realidade no dia a dia daqueles que possuem um plano previdenciário. O aumento de expectativa de vida vai gerar uma contrapartida que será assumida por você e por mim que viveremos mais: reduzir o benefício, adiar a aposentadoria, depositar mais recursos na previdência privada ou, ainda, ter maior exposição ao risco. Convenhamos: é preciso decidir. E para isso, é preciso planejar. Para planejar, conhecer. E para conhecer, educar. Por isso, busque informações na sua entidade previdenciária. Não deixe para a última hora. Repasse essa informação aos seus filhos. Cultive o conhecimento e viva mais e melhor!

Mudança de tábua A Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, estabelece que o plano previdenciário deve adotar, no cálculo do benefício, as premissas mais adequadas, que reflitam o real comportamento financeiro da economia e demográfico dos participantes. Em razão disso, as entidades são obrigadas periodicamente a rever suas tábuas de mortalidade, taxa de juros, dentre outras premissas, por meio de estudos de aderência. A Forluz, através de ferramentas e técnicas específicas de gestão dos riscos atuariais (demográficos e financeiros), detectou em seu último estudo a necessidade de alteração da tábua de mortalidade, em função do aumento da expectativa de vida dos seus participantes. A adoção do novo parâmetro no Plano B passa a vigorar a partir de 2015. Caso queira aprofundar mais, a legislação atual que trata do assunto é a Resolução CNPC n.º 09/12, disponível no site da Previc. Acesse em: www.previdencia.gov.br/previc artigo

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passatempo vaga-lume Aqui você se diverte e ainda concorre a brindes. Para esta edição, será realizado o sorteio de cinco brindes culturais (pares de ingressos para cinemas, teatros ou shows, livros, CDs e DVDs) até junho de 2015. Nosso jogo online é uma brincadeira lúdica, divertida e repleta de conhecimentos. Para esta edição, lançamos um novo webgame, o Acerte a Palavra, desenvolvido especialmente pra você aprender mais de forma agradável. E tem mais: pode ser jogado individualmente ou em grupo. Para entrar no jogo, clique no link no pé da página e siga as orientações. Ao acertar o desafio, preencha o formulário eletrônico que será disponibilizado. Ao concluir, ele será automaticamente enviado à Forluz para você concorrer aos brindes.

Acerte a Palavra

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Forluz e você. Comunicação a toda prova. Conheça as características dos principais veículos de comunicação e relacionamento utilizados pela Fundação.

SMS

Portal

Jornal Forluz

Revista Lume

SMS

Site corporativo, que permite acessar serviços e informações sobre a Forluz e seus planos previdenciários.

Informativo bimestral, que noticia as atividades, acontecimentos e decisões relativas à Fundação.

Revista eletrônica quadrimestral, que traz informações, análises, entrevistas, artigos e passatempos.

Serviço de torpedos, com informações, agendamentos e avisos de interesse do participante.

Agende. Visite. Leia.


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