Manuel Amado - Os cavalos

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Manuel Amado

Os cavalos

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Manuel Amado Os cavalos The horses


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Manuel Amado Os cavalos The horses

De 15 de Outubro a 16 de Novembro de 2014 Museu do Oriente, Lisboa


mecenas principal

seguradora oficial



Coordenação Geral / General Coordination Maria Manuela d’Oliveira Martins

Mecenas Principal / Main Sponsor Banco Espírito Santo

Comissários / Curators Teresa Amado João Brandão

Seguros / Insurance Macif ­‑ Companhia de Seguros S.A. Seguradora oficial do Museu do Oriente

Produção / Production Joana Belard da Fonseca

Mecenas do Artista / Artist’s Sponsors Parques de Sintra, Monte da Lua Companhia das Lezírias Intacol

Texto / Text José Sasportes Tradução / Translation José Gabriel Flores Montagem / on site Installation Jorge Tomaz Pedro Pais Design João Brandão Raquel Calvelas [B2 Atelier de Design] Lettering [B2 Atelier de Design] Fotografia / Photography Daniel Malhão

Agradecimentos / Acknowledgements Arsénio Raposo Cordeiro Alexandre Cancela de Abreu Filipe Graciosa Duarte Nobre Guedes Fernado d’Oliveira Ribeiro António Saraiva Carlos Relvas Revista Equitação

CONTACTOS Museu do Oriente Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) 1350­‑352 Lisboa

Pré­‑impressão e Impressão Pre­‑press & Printing Gabriel Godoi [B2 Atelier de Design] Gráfica Maiadouro

213 585 200 www.museudooriente.pt info@foriente.pt

Edição / Edition 1000 exemplares Depósito Legal 375534/14

Manuel Amado www.manuelamado.com manuelamado.pintura@gmail.com


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Apresentação Introduction Carlos Monjardino

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A arte de bem pintar sem sela The fine art of bareback painting José Sasportes

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Carta a uma amiga Letter to a friend Manuel Amado

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CATÁLOGO CATALOGUE

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Dados biográficos Biography

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It is with great pleasure that the Museu do Oriente hosts

É com grande prazer que o Museu do Oriente acolhe

an exhibition by Manuel Amado, one of the foremost names

uma exposição de Manuel Amado, um dos autores mais

in contemporary Portuguese painting.

significativos da pintura portuguesa contemporânea.

Manuel Amado paints the serenity of spaces, the sobriety

Manuel Amado é um pintor da serenidade dos espaços,

of lines and the vitality of stages.

da sobriedade das linhas e da vitalidade dos palcos.

The present show displays clear innovation, since it brings

Na mostra apresentada há uma evidente originalidade,

to us the subject of lively horses, who perform a mysterious

já que estamos perante o tema dos cavalos dotados de

dance. However, the familiar features of the painter’s work

vida, assumindo a pose de protagonistas de uma misteriosa

are also present.

dança. Há, no entanto, uma continuidade relativamente às características conhecidas do pintor.

The horses are depicted almost always in isolation,

Descobrimos os cavalos quase sempre solitariamente

highlighting their nobility and grandness, sobriety

manifestando a sua nobreza e altivez, a sobriedade

and dignity, balance and gravity.

e a dignidade, o equilíbrio e a ponderação.

Geometric outlines, architectural compositions and silent

A geometria dos limites, a arquitectura dos enquadramentos,

atmospheres lead us in the paths Manuel Amado has

o silêncio dos ambientes conduzem‑­nos pelos caminhos em

explored and made his own.

que Manuel Amado se tem destacado.

This exhibition, somewhat unique within the context of this

Esta exposição, algo singular no contexto da obra deste

artist’s work, is worthy of our close appreciation.

artista, merece uma atenta observação e leitura.

Carlos Augusto Pulido Valente Monjardino

Carlos Augusto Pulido Valente Monjardino

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THE FINE ART OF BAREBACK PAINTING “There is, or at least there once existed, a picture of a horse by Apelles. It was painted for a competition in which he sought judgment not from men but from dumb animals. For, seeing that his rivals were getting the upper hand by devious means, he showed the pictures individually to some horses he had brought in, and they neighed only at Apelles’ picture. As this frequently happened on subsequent occasions it proved to be a good test of the artist’s skill.” (Natural History, XXXV:95)

The above anecdote, told in the 5th century by Pliny the Elder on one of the chapters of his Natural History he dedicated to the fine arts, illustrated the illusionistic skills of Apelles, the mythical genius of ancient Greek painting, of whom not a single work has survived. In the following centuries, many artists would excel in the depiction of horses, sometimes with similar realistic intentions, but generally associated with their riders, as symbols of the latter’s power. Such is the case of Paolo Ucello’s battle horses, and the bearers of Titian’s Charles V and Velázquez’s Philip IV, and also Géricault›s chasseur on his rearing steed. But there are also the domesticated horses in Degas’ racing pictures, and the most serene stallion in Machado de Castro’s equestrian statue of king Dom José I. In the 20th century, the subject continued to interest such painters and sculptors as Picasso, Franz Marc, Balla or De Chirico; however, their horses convey not power, but rather anxiety and frailness, like time­‑worn statues. Faced with these more recent images, Apelles’ jury of horses would rarely neigh, given that they responded more to the depicted animal’s typology than to the quality of the paintings, which had relinquished realistic ambition, though an evolution in taste is conceivable even among the equine population. One thing is certain: Manuel Amado’s paintings would cause them to express their perplexity, though I do not know in what manner, because these horses do not belong in any riding school:

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A ARTE DE BEM PINTAR SEM SELA “Para um concurso, Apeles pintou um cavalo, e chamou para juízes não os homens mas os próprios cavalos. Tinha percebido que os rivais se preparavam para vencer o concurso graças à corrupção dos juízes e fez comparecer os cavalos, aos quais mostrou um a um os trabalhos concorrentes. Os cavalos relincharam só diante do cavalo pintado por Apeles, e continuaram a fazê‑lo depois, de tal modo que o quadro ficou como contraprova do poder da sua arte.” (Plinio, o Velho, Histórias Naturais, livro 35, cap.95)

A anedota supracitada por Plinio,o Velho, no século V, num dos capítulos das suas Historias Naturais dedicados às belas‑artes antigas, servia‑lhe para ilustrar as qualidades ilusionistas da pintura de Apeles, mítico génio da pintura grega, do qual não se conhece nenhum original. Nos séculos sucessivos, muitos pintores se ilustraram na representação de cavalos, por vezes com idênticos intentos realísticos, mas quase sempre associados ao cavaleiro para significarem a sua força. Lembremos os cavalos da batalha de Paolo Ucello, o Carlos V de Tiziano, o Filipe IV de Velasquez, o militar sobre um cavalo empinado de Géricault. Mas há também os cavalos domesticados das corridas de Degas e o pacatíssimo cavalo de D.José de Machado de Castro. No sec.XX o tema não cessou de interessar pintores e escultores e podem citar‑se os exemplos de Picasso, Franz Marc, Balla ou De Chirico, mas nestes os cavalos não emprestam força, antes sugerem inquietação, fragilidade, estatuária consumida pelo tempo. Perante todas estas imagens, os cavalos convocados por Apeles raro relinchariam, respondendo mais à tipologia do animal representado do que à qualidade da pintura, que abandonara a ambição realista, embora seja possível imaginar uma evolução do gosto até entre os equídeos. O certo é que perante os quadros de Manuel Amado manifestariam uma sua perplexidade, não sei por que forma, pois a verdade é que não se trata de cavalos de um qualquer picadeiro, mas de telas em que os animais

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the animals on these canvases display a mythological aura, like the ones found, I think, in Zeus’ heavenly stalls, alongside Pegasus and Bucephalus, the four horses of the Piazza San Marco, the Lusitanian horses on Roman mosaics, the unicorn, Marcus Aurelius’ mount and the Trojan Horse. Actually, these horses inhabit, not a stable, but the painter’s studio: they are confined to the canvases, as the last picture in this catalogue well illustrates, but that does not mean they are not restless. They are a new feature in the artist’s work, and appear in locations that, while new to them, are familiar to us from other paintings. Over time, Manuel Amado has got us used to geometrically comfortable interiors, deserted train stations, and landscapes uncontaminated by any human presence, that hover between luminous and unsettling. They could be, and indeed often were, described as a kind of ‘metaphysical painting’ that runs contrary to the usual depictions of the city. We were jolted by his theatrical canvases, in which scenes were performed by mannequins/silhouettes, but still there were no humans on stage or in the wings, no pulses beat in them. Now we are faced with a veritable explosion in terms of the presence of living (though yet not human) beings: horses that are nearly always depicted as isolated creatures, as if to reflect Manuel Amado’s unique position in Portuguese art. Here, both architectures and landscapes are represented with precision, but the animals strike us as phantasmagoric and oneiric, as if they had come out of a dream in which contrasting forces in search of direction clash. There is rebelliousness in the black steed, and contradiction in the two horses that set off in opposite directions. These pictures tell no stories, but they invite us to imagine them, to anthropomorphise the meaning of the animals’ movements on an equestrian theatre. Manuel Amado’s output is suggestive of serene, constant work. Proof of that can be found in his productive regularity and his taste for organising series or cycles of paintings, as if to exhaust concepts that had challenged him. But no artistic work can exist without disquiet, without spiritual restlessness, which have become increasingly visible, as his series of now

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se revestem de uma auréola mitológica, como os que se encontram, creio, nos estábulos celestes de Zéus, ao lado de Pégaso, de Bucéfalo, dos quatro cavalos da Piazza San Marco, dos cavalos lusitanos dos mosaicos romanos, do unicórnio, do cavalo de Marco Aurélio e do cavalo de Tróia. Na realidade, estes cavalos não habitam numa cocheira mas no atelier do pintor, estão presos às telas, como bem documenta a última imagem deste catalogo, mas nem por isso se mostram menos irrequietos. São uma novidade na obra do artista e circulam em espaços que nós conhecemos de outros quadros, mas eles não. Manuel Amado habituara‑nos a interiores de uma geometria cómoda, a estações ferroviárias desertas, a paisagens ora luminosas ora inquietantes incontaminadas por qualquer presença. Dir‑se‑ia, e disse‑se, uma “pintura metafísica”, ao arrepio das práticas pictóricas da cidade. Um sobressalto nos deram as telas teatrais, com cenas representadas por manequins/silhuetas, mas ainda aí não havia humanos no palco ou nos bastidores, nem latejava sangue. Agora eis‑nos perante uma explosão com a presença de seres vivos, não ainda humanos, mas cavalos quase sempre solitários, à imagem da posição singular de Manuel Amado no nosso panorama artístico. A arquitectura e a paisagem são rigorosas, mas as criaturas parecem­‑nos fantasmagóricas, oníricas, como que saídas de um sonho em que se chocam forças contrastantes à procura de uma direcção. Rebelde o corcel negro, contraditórios os dois cavalos que disparam em direcções opostas. As telas não contam histórias, mas convidam­‑nos a imaginá­‑las, a antropomorfizar o sentido dos movimentos ensaiados pelos animais num teatro equestre. A obra de Manuel Amado sugere um trabalho sereno e constante. São disso prova a regularidade da sua produção e o gosto em organizar séries ou ciclos de pintura, como que para esgotar um conceito que o desafiara. Mas não há obra sem desassossego, sem uma irrequietação de espírito, que se foi tornando cada vez mais visível, como na série dos anjos recortados, ora protectores ora ameaçadores. Nesta nova exposição, pode dizer­‑se que as forças que uma arquitectura apertada constrangia se investiram na vitalidade destes equídeos, prontas a desencadear­‑se.

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protective, now threatening cut­‑out angels show. In the present exhibition, it is as if forces that until now had been constricted by architecture have taken on the vitality of these horses, and are ready to unleash themselves. These are not simple full­‑body portraits of horses, like the prints that decorate the walls of riding clubhouses: what we have here are beings that have been placed in a setting that confines and nearly disorients them, and which are used by the artist as parable­‑like reflections on his place in the world. Everything is carefully calculated in the meticulous arrangement of the figures, as could be expected from an artist in full possession of his means, who refuses facile eye­‑catching effects. Visitors are serenely invited to enter the painting and discover the secrets it contains, which will become also their own. Almada Negreiros once told me that, during the inauguration ceremony of his frescoes at the Alcântara Maritime Station, a cavalry colonel came to him with a pertinent critical observation about the horse on the right panel of the Nau Catrineta triptych. Indignantly, he stated that he had never seen a horse that looked like that. To this Almada, with characteristic ceremonious irony, retorted: ‘Your Excellency is perfectly right: it is as the poem says – “a white horse / the likes of which you’ve never seen”.’ Manuel Amado’s horses are scions of this poetic breed. José Sasportes Venice, April 2014

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Não se trata aqui de simples retratos de cavalos em corpo inteiro, como nas gravuras que decoram os círculos equestres, mas sim de seres instalados num cenário que lhes é estreito, quase desorientados, em que o artista, como numa parábola, reflecte sobre o seu lugar no mundo. Tudo é cuidadosamente calculado na meticulosa organização das figuras, como seria de esperar num artista na plena posse dos seus meios, que recusa um qualquer efeito para captar o olhar. O visitante é convidado serenamente a entrar no quadro, e a descobrir os segredos que contem, e passarão a ser também os seus. Almada Negreiros contou­‑me que quando da inauguração dos frescos da gare marítima de Alcântara, um coronel, que disse ser de cavalaria, o abordou com uma observação pertinentemente crítica sobre o cavalo do painel da direita do tríptico da Nau Catrineta. Indignava­‑se o coronel que nunca vira um cavalo assim. Ao que Almada, com a cerimoniosa ironia que o caracterizava, respondeu: Tem V. Exa. toda a razão e é o que diz o poema – “um cavalo branco/ que nunca houve outro igual.” Os cavalos de Manuel Amado são desta mesma raça poética. José Sasportes Veneza, Abril 2014

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Carta a uma amiga …Não achas que o cão e o cavalo são os dois animais que interferiram mais a fundo na formação e evolução da humanidade? O cão, de uma forma mais emotiva, atingiu o estatuto de familiar. O cavalo, mais independente, desde tempos imemoriais, carregou, trabalhou, correu, saltou e dançou, sempre ao lado do homem, moldando­‑lhe as

Letter to a friend

civilizações e as culturas.

...Don’t you think that the dog and the horse are the two

Nas minhas pinturas interessa­‑me reparar no espírito

animals that had the most profound influence on the

dos cavalos que se adaptaram ao mundo dos homens, tal‑

development and growth of mankind? The dog, on a

vez de um modo semelhante ao do escravo ao mundo

more emotional level, has attained familial status. As for

dos seus dominadores, o que até pode implicar amizade e

the more independent horse, it has, since immemorial

alguma lealdade a par de uma colaboração altiva e digna.

times, carried, worked, run, jumped and danced along‑ side man, shaping his civilizations and cultures.

… Manuel Amado

In my paintings, I focus on the spirit of those horses that have adapted to the world of men, in the same way, perhaps, as slaves adapt to the world of their masters, a process that may even imply a certain degree of friend‑ ship and loyalty, when it takes the form of a proud, hon‑ orable cooperation.

… Manuel Amado

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Dedicatória de Arsénio Raposo Cordeiro, autor do livro “Cavalo Lusitano, o filho do vento“, a Manuel Amado. Este magnífico livro foi um importante incentivo para o imaginário subjacente a estas obras.

Words written by Arsénio Raposo Cordeiro in his book “Lusitano horse, the son of the wind“ he offered Manuel Amado. This wonderful book was an important incentive to the concept underlying these paintings.

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Os cavalos 2 • The horses 2 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 46 x 55 cm

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Os cavalos 6 • The horses 6 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 60 x 81 cm

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Os cavalos 13 • The horses 13 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 116 cm

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Os cavalos 4 • The horses 4 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 81 x 65 cm

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Os cavalos 11 • The horses 11 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 60 x 81 cm

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Os cavalos 12 • The horses 12 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 116 cm

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Quando o ardor do desejo lhes atinge os órgãos genitais (na primavera, certamente, porque é na primavera que o calor de novo lhes penetra os ossos), juntam­‑se no alto de um monte e voltam­‑se na direcção de Zéfiro para aspirar a brisa suave: e assim, muitas vezes, sem qualquer união que as fecunde, concebem, milagrosamente engravidadas pelo vento. Virgílio, as Geórgicas.

Soon as the flame of lust catches their vitals (In spring, most like, for warmth returns in spring Into their bones), they take their stand together on a high cliff, all turned towards the Zephyr to snuff its gentle breezes: so that often with no preceding wedlock they conceive miraculously pregnant by the wind.

Virgil, The Georgics

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Os cavalos 3 • The horses 3 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 65 x 81 cm

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Os cavalos 5 • The horses 5 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 81 x 65 cm

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Os cavalos 1 • The horses 1 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 46 x 55 cm

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Os cavalos 9 • The horses 9 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 60 x 73 cm

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Os cavalos 8 • The horses 8 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 60 x 73 cm

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Os cavalos 14 • The horses 14 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 97 x 130 cm

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Os cavalos 15 • The horses 15 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 116 cm

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Os cavalos 16 • The horses 16 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 116 x 89 cm

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Os cavalos 10 • The horses 10 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 60 x 81 cm

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Os cavalos 7 • The horses 7 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 65 x 81 cm

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Os cavalos 17 • The horses 17 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 130 cm

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Os cavalos 18 • The horses 18 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 130 cm

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Os cavalos 19 • The horses 19 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 89 x 130 cm

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Os cavalos 20 • The horses 20 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 97 x 130 cm

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Os cavalos 21 • The horses 21 • 2012 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 81 x 65 cm

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Os cavalos 22 • The horses 22 • 2013 Óleo sobre tela • Oil on canvas • 65 x 81 cm

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Manuel Amado ­‑ Biography

Manuel Amado ­‑ Biografia

With a long career that dates back to the late 50s, Manuel Amado is one of the most important Portuguese painters of his generation. His work is featured in countless public and private collections, namely Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação das Descobertas (Centro Cultural de Belém), Fundação Millennium bcp, Fundação Oriente, Fundação EDP, Fundação Portugal Telecom, Fundação Cupertino de Miranda, Fundação D. Luís I, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Culturgest, Museu da Cidade (Lisbon), Casa­‑Museu Fernando Pessoa, Museu de Tomar (donated by José­‑Augusto França), Museu do Convento de Jesus (Setúbal), Museu da Tapeçaria de Portalegre and Museu Colecção Berardo. Non­‑Portuguese collections include: Fondazione Jacqueline Vodoz and Bruno Danese (Milan, Italy) and Centro de Arte Contemporáneo Fundación Antonio Pérez (Cuenca, Spain).

Com um longo percurso iniciado no final dos anos 50, Manuel Amado é um dos mais importantes pintores portugueses da sua geração. A sua obra encontra­‑se representada em inúmeras colecções públicas e privadas, nomeadamente Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação das Descobertas (Centro Cultural de Belém), Fundação Millennium bcp, Fundação Oriente, Fundação EDP, Fundação Portugal Telecom, Fundação Cupertino de Miranda, Fundação D. Luís I, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Culturgest, Museu da Cidade (Lisboa), Casa­‑Museu Fernando Pessoa, Museu de Tomar (doação José­‑Augusto França), Museu do Convento de Jesus (Setúbal), Museu da Tapeçaria de Portalegre e Museu Colecção Berardo. No estrangeiro: Fundação Jacqueline Vodoz e Bruno Danese (Milão, Itália), Fundação Antonio Pérez Museu de Arte Contemporânea (Cuenca, Espanha).

1938­‑44 Manuel António Sotto­‑Mayor da Silva Amado is born on June 13th, in Lisbon, the fourth of seven children born to writer and theatre man Fernando Alberto da Silva Amado, a Lisbon native, and Margarida Abreu Sotto­‑Mayor, from São Miguel, Azores. Until he was 19, he lived in a grand 18th­‑century house that belonged to his paternal grandparents (currently Lisbon’s Museu da Cidade). His summer holidays were spent at the beach, in São Martinho do Porto. 1945­‑56 Manuel Amado enrols in Colégio Moderno, the school where he will complete his primary and secondary educa‑ tion. Stimulated by the highly cultured atmosphere of his family, as well as by the school’s initiatives, he becomes very interested in theatre, literature, sports, drawing and painting. Throughout his secondary studies, he performs on plays directed by Manuel Lereno and António Manuel Couto Viana. On his 14th birthday, an aunt gives him a box of oil paints and an easel. During his last year in Colégio Moderno (he completes his secondary education in 1956), he makes a thorough study of charcoal drawing, as part of his prepa‑ ration for the Architecture Course.

1938­‑44 Manuel António Sotto­‑Mayor da Silva Amado nasce a 13 de Junho em Lisboa. É o quarto de sete filhos do casamento do escritor e homem de teatro Fernando Alberto da Silva Amado, natural de Lisboa, e de Margarida Abreu Sotto­ ‑Mayor, natural da Ilha de S. Miguel, Açores. Até à idade de 19 anos reside numa grande casa do século XVIII, proprieda‑ de dos avós paternos e actual Museu da Cidade de Lisboa. Passa as férias de Verão na praia de S. Martinho do Porto. 1945­‑56 Entra para o Colégio Moderno, onde permanece até ao fim do liceu. Estimulado pelo ambiente familiar, onde existia um forte pendor cultural, e por iniciativas do Colégio, desenvol‑ ve grande interesse pelo teatro, literatura, desporto e pelo desenho e pintura. Durante todo o liceu colabora activamente como actor em espectáculos de teatro dirigidos por Manuel Lereno e António Manuel Couto Viana. Quando faz 14 anos uma tia oferece­‑lhe uma caixa de tintas a óleo e um cavalete. Durante o último ano do liceu faz uma aprendizagem rigorosa de desenho a carvão preparando­‑se para ingressar no Curso Superior de Arquitectura. Em 1956 termina o curso do liceu.

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1957­‑58 In his spare time from the Architecture Course, Manuel Amado paints and draws in a small studio shared with a group of like­‑minded companions. He paints several portraits of friends, with Picasso and Matisse as his main influences. Later, he would fall under the spell of De Chirico’s work, and discover Surrealism. During that time, he also acted in Teatro Universitário de Lisboa, a theatre company directed by his father, and designed the set for a perfor‑ mance of Eugene O’Neill’s Oil.

1957­‑58 Inicia o Curso de Arquitectura e, nos tempos livres, reúne­ ‑se com um grupo de amigos num pequeno atelier onde se dedicam a experiências de desenho e pintura. Executa diversos retratos de amigos. As suas principais referências são Picasso e Matisse. Descobre depois De Chirico, que o deslumbra, e o Surrealismo. Colabora como actor no Teatro Universitário de Lisboa, dirigido pelo seu pai. Executa o cenário para a peça Óleo de Eugene O’Neill.

1959­‑ 63 Manuel Amado starts working in an architecture atelier. He spends one summer month in Paris, mostly at the Cinemathèque and visiting museums. In September 1960, he is called to military service, which he would fulfill in Tancos, as part of the engineer corps, and in August 1961 he marries his wife, Maria Teresa Rosa Viegas, who at the time was studying at the Lisbon Arts Faculty. One month later, he is sent to Angola as a military officer. He would return to Portugal in 1963, but it was during his stay in Luanda that, inspired by his longing for home, he painted a series of small pictures which allowed him to define the specific features of his painting style. In this same city, he meets Surrealist painter Cruzeiro Seixas.

1959­‑ 63 Começa a trabalhar num gabinete de Arquitectura. No Verão passa um mês em Paris onde ocupa a maior parte do seu tempo na Cinemateca e a ver museus. Em Setembro de 1960 é chamado a fazer o serviço militar na Arma de Engenharia, em Tancos, e em Agosto de 1961 casa com a sua actual mulher Maria Teresa Rosa Viegas, então estu‑ dante da Faculdade de Letras de Lisboa. Um mês depois segue para Angola, como oficial miliciano, donde regressa em 1963. É em Luanda, estimulado pelas saudades das suas realidades longínquas, que, ao pintar pequenos quadros, encontra as características específicas do seu modo próprio de fazer pintura. Nesta cidade conhece o pintor surrealista Cruzeiro Seixas.

1964­‑ 67 After returning to Lisbon, he resumes his Architecture Course and works in several ateliers belonging to older architects. Rodrigo, his first son, is born in July. His daughter Rita is born one year later. He becomes an Architecture graduate in 1966, while working at the Office of Military Hospital Works. Travels to Paris and the Loire Valley.

1964­‑ 67 Em Lisboa, retoma o Curso de Arquitectura e trabalha em diversos ateliers de arquitectos mais velhos. Em Julho nasce o seu primeiro filho, Rodrigo. Um ano depois nasce a Rita. Em 1966 termina o Curso de Arquitectura enquanto trabalha no Gabinete de Obras dos Edifícios Hospitalares Militares. Viagem a Paris e ao Vale do Loire.

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1968­‑74 Starts working at the Office of Civilian Aeronautics Works. In June, his daughter Joana is born. In 1970, he begins working in a large project studio (Hidrotécnica Portuguesa), where he will remain for eleven years, mainly dealing with urban planning projects as part of a team led by architect Leopoldo de Almeida, a close friend who shared his love of painting. For work reasons, he often travels to Mozambique. Throughout all these years, he never ceases from dedicat‑ ing his holidays and weekends to painting. Methodically, he develops his own expression, always exploring a single technique: oil on canvas. He works slowly, in a leisurely pro‑ cess of self­‑learning, showing his paintings only to friends. In 1971, he travels with his wife and his friend Cruzeiro Seixas to Northern and Central Italy, and also to Catalonia and Southern France, to study architecture and painting. In 1974 he designed, for his wife, a store that would display and sell high­‑end design products. This store, in the centre of Lisbon, would achieve a remarkable success, in both commercial and cultural terms. For five years, he travelled regularly to London, Barcelona and Milan, on shop­‑related business.

1975­‑77 In 1975 and the following year, his work is featured in two group exhibitions at Sociedade Nacional de Belas Artes. He also takes part in another group exhibition, organised by Mário Cesariny and Cruzeiro Seixas, at Galeria Ottolini, in Lisbon. For that occasion he paint‑ ed, with his friend Artur Parrinha, four cadavres exquis. He designs a set for Peter Weiss’s How Mister Mockinpott Was Cured of His Sufferings, staged by Grupo 4 at Instituto Alemão, in Lisbon.

1968­‑74 Muda de emprego para o Gabinete de Obras da Aeronáutica Civil. Em Junho nasce a sua filha Joana. Em 1970 começa a trabalhar num grande gabinete de projectos (Hidrotécnica Portuguesa) onde se mantém durante onze anos, ocupando­ ‑se, principalmente, de projectos de planeamento urbano, integrado numa equipa chefiada pelo arquitecto Leopoldo de Almeida, grande amigo e também apaixonado pela pintura. Viaja várias vezes, em trabalho, a Moçambique. Durante todos estes anos nunca deixa de utilizar os seus tempos de férias e fins­‑de­‑semana para pintar. Procura, metodicamente, o aprofundamento da sua linguagem pró‑ pria. A técnica utilizada é sempre óleo sobre tela. Trabalha devagar, num lento processo de auto­‑aprendizagem e preocupa­‑se, apenas, em mostrar os seus quadros aos ami‑ gos. Em 1971 faz com a sua mulher e o seu amigo Cruzeiro Seixas uma viagem de estudo — pintura e arquitectura — ao norte e centro de Itália passando pela Catalunha e o sul de França. Em 1974 projecta, para a sua mulher, um espaço dedicado à divulgação e venda de produtos de design de grande qualidade. Esta loja, no centro de Lisboa, teve um notável êxito comercial e cultural. Durante cinco anos acompanha esta actividade e desloca­‑se com frequência a Londres, Barcelona e Milão. 1975­‑77 Durante este ano e no ano seguinte participa em duas exposições colectivas na Sociedade Nacional de Belas Artes. Participa também numa colectiva orga‑ nizada por Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, na Galeria Ottolini, em Lisboa. Nessa altura pinta, com o seu amigo Artur Parrinha, quatro cadavres exquis. Executa um cenário para a peça de Peter Weiss Como o Senhor Mockinpott Se Libertou dos Seus Tormentos, leva‑ da à cena pelo Grupo 4, no Instituto Alemão em Lisboa.

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1978­‑85 By invitation of Cruzeiro Seixas, who was then director of the gallery of Junta de Turismo da Costa do Sol, in Estoril, he presents his first solo exhibition. The works shown were not for sale. In 1979, Manuel Amado designs a house for his family, and had it built at the foot of the São Luís Ridge, in Arrábida Natural Park. The house has an annexe which he uses as a painting studio. In 1981, he finds a new job, with working hours that allow him to dedicate more time to painting – three to four hours a day, besides weekends and vacations at his country house. In 1982 he sells his first painting, to Mário Soares, making a full entrance in the painting market in 1983 with a solo show at Galeria de S. Mamede, in Lisbon. The catalogue includes a text by writer José Cardoso Pires. The event’s success inspired him to work more and more on his painting. In 1984, he presents a new exhibition at the gallery of Cooperativa Árvore, in Porto. He shares the stage with painter Lourdes Castro in four per‑ formances of Almada Negreiros’ play Antes de Começar, presented at the Calouste Gulbenkian Foundation’s Modern Art Centre, on the occasion of the Centre’s first anniversary. In November 1984, an exhibition takes place at the gallery of Alliance Française, in Lisbon, followed, in October 1985, by another one, this time at Galeria de S. Mamede. The latter’s catalogue contained a text by Eduardo Prado Coelho. 1986­‑87 At Galeria de S. Mamede, Manuel Amado shows a set of thirteen paintings on memories of train stations. The full set was acquired by Banco Comercial Português, a financial institution that quickly exhibited it on the occasion of the opening of its Lisbon headquarters, and would, over the following years, tour it around the country, displaying it in its various local branches. In March 1987, this same series trav‑ elled to Washington, where it was shown at the Smithsonian Institution’s Wilson Center. The exhibition catalogue includes a text by Bruno Munari. At the same time, Manuel Amado presented another exhibition, at Patricia Carega Gallery, also in Washington. It was during his stay in this city, and later in New York, that he saw for the first time, in museums, paintings by Edward Hopper, which deeply impressed him. In June, he quit working as an architect to fully dedicate himself to painting: a resolution in which his wife’s support played a decisive role.

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1978­‑85 A convite de Cruzeiro Seixas, que então dirige a Galeria da Junta de Turismo da Costa do Sol, no Estoril, faz a sua primei‑ ra exposição individual. As obras expostas não se destinam a ser vendidas. Em 1979 projecta e constrói uma casa para a sua família no sopé da Serra de S. Luís, no Parque Natural da Arrábida. Esta casa tem um anexo destinado a atelier de pintura. Em 1981 muda­‑se para um novo emprego onde o horário de trabalho lhe permite dedicar mais tempo à pintura — três a quatro horas por dia. Continua também a dedicar­‑lhe todos os fins­‑de­‑semana e férias passadas na sua casa de campo. Em 1982 vende o seu primeiro quadro ao Dr. Mário Soares, e em 1983 entra no mercado da pintura com uma exposição individual na Galeria de S. Mamede, em Lisboa. O catálogo inclui um texto do escritor José Cardoso Pires. Os calorosos estímulos recebidos incentivam­‑no a uma dedicação cada vez maior à pintura. Em 1984 reali‑ za nova exposição na Galeria da Cooperativa Árvore, no Porto. Contracena com a pintora Lourdes Castro na peça de teatro de Almada Negreiros Antes de Começar, em quatro espectáculos realizados no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, por ocasião do primeiro aniversário deste Centro. Em Novembro expõe na galeria da Alliance Française de Lisboa, e em 1985 faz uma exposição, em Outubro, na Galeria de S. Mamede, cujo catálogo é acom‑ panhado de um texto de Eduardo Prado Coelho. 1986­‑87 Expõe na Galeria de S. Mamede um conjunto de treze quadros sobre memórias de estações de comboio. Este con‑ junto é adquirido em bloco pelo Banco Comercial Português que o expõe de seguida na sua sede em Lisboa, aquando da inauguração, e nos anos seguintes por todo o país nas sedes distritais. Muda­‑se com a família para uma nova casa em Lisboa onde existe um espaço próprio para atelier de pintura. Em Março de 1987 esta mesma colecção é expos‑ ta em Washington, na Smithsonian Institution — Wilson Center, para cujo catálogo Bruno Munari escreve um texto. Simultaneamente realiza uma exposição de pinturas recen‑ tes na Patricia Carega Gallery, em Washington. É durante a sua estadia nesta cidade e depois em Nova Iorque que, pela primeira vez, vê, em museus, quadros de Edward Hopper que lhe causam uma forte impressão. Em Junho abandona a sua actividade profissional de arquitecto e passa a dedicar­ ‑se exclusivamente à pintura, decisão em que muito pesou o apoio da sua mulher.


1988­‑89 In March, Galeria de S. Mamede brings six of his oils to Madrid’s ARCO — International Contemporary Art Fair. There, he met Eugenio Granell. In October, he presents a new exhibition at Galeria de S. Mamede, and nearly at the same time another one in Washington, at Patricia Carega Gallery. Over these last few years, while establishing himself as a professional painter, he becomes friends with other paint‑ ers: Lourdes Castro, Menez, Júlio Pomar, António Dacosta, Paula Rego, René Bertholo, Jorge Martins. 1990­‑93 Presents an exhibition in London, at Anne Berthoud Gallery. Its catalogue, published with the support of the Calouste Gulbenkian Foundation, includes a critical text by Ruth Rosengarten. In the Autumn, another exhibition is held, at Washington DC’s Carega Foxley Leach Gallery. Before the end of 1990, Manuel Amado presents yet another exhibi‑ tion, at Galeria Nasoni, in Porto. Its catalogue’s text is by his‑ torian Jorge Borges de Macedo, who had been his teacher at Colégio Moderno. In 1991 he exhibits in Paris, at Galerie Mouvances, a small gallery in Place des Vosges, and in 1992 brings thirty­‑six new paintings to Galeria Nasoni, in Lisboa; the catalogue for this exhibition contains a text by Helmut Wohl, a professor of Art History at Boston University’s College of Liberal Arts. In 1993, Colóquio­‑Artes, a Calouste Gulbenkian Foundation magazine, published a lenghty essay on his painting by Emídio Rosa de Oliveira, professor of Art Semiotics at Universidade Nova de Lisboa. Designs the set for Grupo de Teatro da Malaposta’s staging of J.M. Synge’s The Playboy of the Western World. Casa Fernando Pessoa – an important institution under the Cultural Department of the Lisbon City Council – invites him to create a triptych, O Quarto de Fernando Pessoa (Fernando Pessoa’s Room).

1988­‑89 Em Março a Galeria de S Mamede mostra sete óleos no ARCO — Feira Internacional de Arte Contemporânea — em Madrid. Nesta ocasião conhece Eugenio Granell. Em Outubro realiza mais uma exposição na Galeria de S. Mamede, em Lisboa, e quase na mesma altura expõe de novo em Washington na Patricia Carega Gallery. Durante estes últimos anos e com o desenrolar da sua nova actividade profissio‑ nal, estabelece relações de amizade com outros pintores: Lourdes Castro, Menez, Júlio Pomar, Dacosta, Paula Rego, René Bertholo, Jorge Martins. 1990­‑93 Realiza uma exposição em Londres, na Anne Berthoud Gallery, para a qual foi editado um catálogo, subsidiado pela Fundação Gulbenkian, com um texto crítico de Ruth Rosengarten. No Outono expõe em Washington D. C., na Carega Foxley Leach Gallery. Antes do fim do ano expõe na Galeria Nasoni, no Porto. O texto do catálogo é da autoria do historiador Jorge Borges de Macedo, seu antigo professor no Colégio Moderno. Em 1991 expõe em Paris, na Galerie Mouvances, uma pequena galeria na Place des Voges, e em 1992 realiza uma exposição com trinta e seis novos quadros na Galeria Nasoni, em Lisboa; o catálogo inclui um texto de Helmut Wohl, professor de História da Arte no College of Liberal Arts da Universidade de Boston. Em 1993 a revista Colóquio­‑Artes da Fundação Gulbenkian publica um extenso texto crítico sobre a sua pintura, da autoria de Emídio Rosa de Oliveira, professor de Semiótica das Artes Visuais na Universidade Nova de Lisboa. Faz o cenário para a peça irlandesa The Playboy of the Western World de J. M. Singe levada à cena pelo Grupo de Teatro da Malaposta. A convite da Casa Fernando Pessoa — instituição privilegiada do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa — executa o tríptico O Quarto de Fernando Pessoa.

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1994 At the beginning of the year, Manuel Amado exhibits the aforementioned triptych at Casa Fernando Pessoa, a space essentially dedicated to poetry, presenting at the same time a set of twelve paintings, entitled The House Above the Sea. This exhibition opens the cycle “One poet / one painter”. In the catalogue, a poem by Pedro Tamen dialogues with the paintings. In May, this group of paintings is shown at Bordeaux’s Galerie Start, as part of a series of cultural events connected to the “Semaine Portugaise de Bordeaux et Aquitaine” and in representation of Lisbon – 1994 European Capital of Culture. In the same month, he presents an exhi‑ bition at Centro de Estudos Judiciários, in Lisbon. One of his paintings is selected for the group exhibition at the opening of the Lisbon Stock Exchange’s new headquarters. 1995­‑96 By invitation of Telefónica’s Fundación Arte y Tecnologia, Amado presents his first anthological exhibition — Pintura • 1971­‑1994 — at Museo Telefónica, in Madrid. The exhibition is curated by Layla Ishi­‑Kawa and Sommer Ribeiro, both of whom wrote texts for its catalogue, which also includes contributions from Hellmut Wohl and Fernando Castro Flores. After a two­‑month stay in Madrid, the exhibition is shown in Lisbon, at Galveias Palace, during the month of May. In 1996, Mobil invites him to paint three canvas, as part of the cultural events commemorating the 100th anniversary of that company’s presence in Portugal. With the support of Casa Fernando Pessoa and Fundação Oriente, Manuel Amado revives, at the Arrábida Convent, his 1994 exhibition The House Above the Sea, A Poet and a Painter – Pedro Tamen / Manuel Amado as part of the Arrábida Natural Park’s 20th anniversary commemorations. The event, hosted by Nuno Júdice, includes a reading of poems by Pedro Tamen. Also in 1996, he begins using his new studio: a refurbished former hay storage facility by his country house.

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1994 No princípio do ano expõe este tríptico na Casa Fernando Pessoa, espaço essencialmente dedicado à poesia, e mostra em simultâneo uma colecção de doze quadros intitulada A Casa Sobre o Mar. Esta exposição inicia o ciclo “Um poeta/ um pintor”. No catálogo o poeta Pedro Tamen escreve um poema em diálogo com os quadros. Em Maio este conjunto é exposto na Galeria Start, em Bordéus, entre outras mani‑ festações culturais integradas na «Semaine Portugaise de Bordeaux et Aquitaine» e em representação de Lisboa — Capital Europeia da Cultura 1994. No mesmo mês expõe no Espaço Cultural do Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa. Um quadro seu é seleccionado para a exposição colectiva inaugural da nova sede da Bolsa de Valores de Lisboa. 1995­‑96 A convite da Fundação Arte y Tecnologia da Telefónica de Madrid realiza a primeira exposição antológica — Pintura • 1971­‑1994 — no Museu da Telefónica, em Madrid. Os comissários da exposição são Layla Ishi­‑Kawa e Sommer Ribeiro. O catálogo integra textos dos comissários, de Hellmut Wohl e de Fernando Castro Flores. Depois de estar dois meses em Madrid, a exposição é mostrada em Lisboa, no Palácio Galveias, durante o mês de Maio. Em 1996, a convite da Mobil, executa três óleos sobre tela que irão integrar as manifestações culturais comemorativas dos cem anos desta empresa em Portugal. Com o apoio da Casa Fernando Pessoa e da Fundação Oriente repõe, no Convento da Arrábida, a exposição A Casa Sobre o Mar, Um Poeta e um Pintor — Pedro Tamem / Manuel Amado, a convite do Parque Natural da Arrábida, no seu vigésimo aniversário. A apresentação é feita por Nuno Júdice e a leitura de poemas por Pedro Tamen. Ainda em 1996 começa a utilizar o novo atelier, um antigo palheiro recuperado, junto à sua casa de campo.


1997­‑98 Solo show at Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian, in Ponte de Sor, by invitation of Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. Fernando Mascarenhas wrote the text in the catalogue. As part of the Lisbon City Hall’s renovation program, he is invited by João Soares, the Lisbon Mayor, to create a painting for his office. In February 1998, Manuel Amado presents an exhibition at Galeria Antiks Design, in Lisbon. It is the first one­‑artist show to be held at that gal‑ lery. The catalogue’s text is written by José­‑Augusto França. In June and July, by invitation of the Lisbon City Council and Fundação BCP, a major exhibition of his Lisbon­‑themed paint‑ ings takes place at Galveias Palace, in Lisbon. Its curators are Teresa Amado and José Brandão, and the catalogue’s text is by José Cardoso Pires. In September, his work is featured in the exhibition Contemporary Portuguese Painting in the Collection of the Calouste Gulbenkian Foundation’s Modern Art Centre, held at the Beijing Museum of Contemporary Art – China Art Gallery, by initiative of the Chinese Ministry of Culture. In November, Fundação Oriente invites him to present, at Casa Garden, in Macau, the exhibition The Little Arrábida Convent, curated by Teresa Amado. Its catalogue contains texts by Carlos Monjardino and the painter. This was his first journey to China. 1999­‑2000 1999 is the year of his father’s birth centenary. He col‑ laborates in several commemorative cultural initiatives related to that event, namely creating a cover for the book À Boca de Cena ­‑ Fernando Amado, published by & etc. In June, he presents, at Lisbon’s Galeria Antiks Design, The Enchanted Garden. The catalogue’s text is by João Pinharanda. In May 2000, Manuel Amado brings to Galeria dos Coimbras, in Braga, Mateus House and My Garden. Bernardo Pinto de Almeida wrote the text in the catalogue. In December, Lisbon’s Galeria Antiks presents Journey Around an Abandoned Station. In this exhibition, the painter reprises the subject of railway stations. The text in the cat‑ alogue is by Eduardo Lourenço.

1997­‑98 Exposição individual na Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian, em Ponte de Sor, a convite da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. O texto do catálogo é da autoria de Fernando Mascarenhas. No âmbito do programa de recu‑ peração do edifício dos Paços do Concelho, é convidado pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, a executar um óleo sobre tela para o gabinete da Presidência. Em Fevereiro de 1998 expõe na galeria Antiks Design, em Lisboa. É a primeira exposição individual desta Galeria. O texto do catálogo é da autoria de José­‑Augusto França. Em Junho e Julho, a convite da C.M.L. e da Fundação B.C.P. rea‑ liza no Palácio Galveias, em Lisboa, uma grande exposição com temática de Lisboa. Os comissários são Teresa Amado e José Brandão. O texto do catálogo é de José Cardoso Pires. Em Setembro participa na exposição Pintura Portuguesa Contemporânea na Colecção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian que se realiza no Museu de Arte Contemporânea de Pequim – China Art Gallery, em Pequim, por iniciativa do Ministério da Cultura da China. Em Novembro, a convite da Fundação Oriente, realiza na Casa Garden, em Macau, a exposição O Conventinho da Arrábida. A comissária da exposição é Teresa Amado. O catálogo inte‑ gra textos de Carlos Monjardino e Manuel Amado. É a sua primeira viagem à China. 1999­‑2000 É o ano do centenário do nascimento de seu pai. Colabora em várias manifestações culturais comemorativas da efe‑ méride entre elas a da execução da capa para o livro À Boca de Cena ­‑ Fernando Amado, edição & etc. Em Junho expõe na Galeria Antiks Design, em Lisboa, O Jardim Encantado. O texto do catálogo é de João Pinharanda. Em Maio de 2000 expõe na Galeria dos Coimbras, em Braga, A Casa de Mateus e o Meu Jardim. O texto do catálogo é de Bernardo Pinto de Almeida. Em Dezembro expõe na Galeria Antiks Design, em Lisboa, Viagem à Volta de uma Estação Abandonada. Retoma aqui a temática das estações de caminhos­‑de­‑ferro. O texto do catálogo é de Eduardo Lourenço.

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2001­‑ 03 From January 16th to March 6th, Fondation Calouste Gulbenkian, in Paris, presents The Great Flood, an exhibition curated by Teresa Amado. The catalogue features texts by Francisco Bethencourt and Fernando António Baptista Pereira. In March, Chandeigne, a Parisian publishing house, releases the bilingual book Jogo de Reflexos – Poetry and Painting – Nuno Júdice and Manuel Amado. In May, Tomar Municipal Gallery presents the exhibition Groups, by invitation of José­ ‑Augusto França. In November, with the support of Fundação Oriente and the collaboration of the Chinese and Portuguese Ministries of Culture, Manuel Amado presents a solo exhibi‑ tion at the Beijing Museum of Contemporary Art – China Art Gallery. On December 31st, he becomes the grandfather of three children, born to his daughter Rita: Manuel, António and Ana. During April, May and June 2002, he brings the same exhibition to Biblioteca Almeida Garrett’s Galeria do Palácio, in Porto. The event includes Imagens para um Vídeo, a film by Vicente Jorge Silva, and was the subject of a conference hosted by Rosa Alice Branco, a professor at Escola de Design e Belas Artes do Porto. Its participants included Nuno Júdice and Pedro Tamen. In October, an exhibition of Recent paintings takes place at Galeria Antiks Design, Lisbon.

2001­‑ 03 Entre 16 de Janeiro e 6 de Março expõe na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, A Grande Cheia. A comissária da expo‑ sição é Teresa Amado. Os textos do catálogo são de Francisco Bethencourt e Fernando António Baptista Pereira. Em Março é editado pela editora Chandeigne, em Paris, o livro bilingue Jogo de Reflexos – Poesia e Pintura – Nuno Júdice e Manuel Amado. Em Maio realiza na Galeria Municipal, em Tomar, a exposição Grupos por convite de José­‑Augusto França. Em Novembro com o patrocínio da Fundação Oriente, numa iniciativa conjunta dos Ministérios da Cultura da China e de Portugal, realiza uma exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Pequim – China Art Gallery. No dia 31 de Dezembro é avô de 3 netos da sua filha Rita – o Manuel, o António e a Ana. Em Abril, Maio e Junho de 2002 realiza a mesma exposição na Galeria do Palácio, Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. A exposição é acompanhada por Imagens para um Vídeo de Vicente Jorge Silva e foi objecto de um colóquio dirigido por Rosa Alice Branco, Professora da Escola de Design e Belas Artes do Porto. Intervieram, entre outros, Nuno Júdice e Pedro Tamen. Em Outubro expõe Pintura recente na Galeria Antiks Design, Lisboa.


2004­‑ 06 The exhibition already presented in Beijing and Porto comes, between July and September, to Fundación Antonio Pérez, Cuenca, Spain. The catalogue’s texts are by Antonio Pérez and Ruth Rosengarten. Also in July, the annual report of Portugal Telecom is published. Its outstanding graphic layout includes pictures of Manuel Amado’s work. During October and November, Manuel Amado PAINTING 1992/2004, a major retrospective of his painting over the last twelve years is presented at the Great Hall of Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), in Lisbon. Juan Manuel Bonet wrote the text in the catalogue. Also in November, a debate, “Three views of Manuel Amado’s painting”, in which Juan Manuel Bonet, Bernardo Pinto de Almeida and Nuno Júdice take part, is held at the SNBA Library. In 2005, Fundação EDP acquires for its collection “Building door I” and “Building door II”, a diptych.

2004­‑ 06 A exposição mostrada em Pequim e no Porto é apresentada, entre Julho e Setembro, na Fundación Antonio Pérez, em Cuenca, Espanha. Os textos do catálogo são da autoria de Antonio Pérez e Ruth Rosengarten. Também em Julho é edi‑ tado o relatório e contas da Portugal Telecom que selecciona imagens da obra de Manuel Amado num trabalho gráfico de excepcional qualidade. Em Outubro e Novembro expõe Manuel Amado PINTURA 1992/2004, grande antológica dos últimos 12 anos de pintura, no Salão Nobre da Sociedade de Belas Artes, em Lisboa. O texto do catálogo é de autoria de Juan Manuel Bonet. Ainda em Novembro realiza­‑se o debate «Três olhares sobre a pintura de Manuel Amado» na Biblioteca da SNBA com as intervenções de Juan Manuel Bonet, Bernardo Pinto de Almeida e Nuno Júdice. Em 2005 a Fundação EDP adquire, para integrar a sua colecção, o díptico “Porta de prédio I” e “Porta de prédio II”.

2007 From January 17th to March 17th, Manuel Amado shows 50 new theatre­‑themed paintings at the King Luís Gallery, in Ajuda National Palace, Lisbon. The exhibition, entitled The Show Is About to Start, is curated by João Pinharanda, who also wrote the catalogue’s main text. Millennium bcp is its exclusive sponsor, and it has the support of IPPAR Ministério da Cultura. In April, by invitation of Bernardo Pinto de Almeida, he takes part in the exhibition Landscape in Contemporary Portuguese Art, at the Al Faisaliyah Center, Riyadh, Saudi Arabia. In November, Fundação D. Luís I invites him to present an exhibition at Centro Cultural de Cascais. The event, entitled paintingPAINTING, is curated by Luísa Soares de Oliveira, who also wrote the catalogue’s main text. In this same month, his granddaughter Maria is born.

2007 De 17 de Janeiro a 17 de Março expõe na Galeria D. Luiz, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, 50 óleos inéditos com temática de teatro. A exposição intitulada O Espectáculo Vai Começar, é comissariada por João Pinharanda, autor do texto principal do catálogo. Tem o patrocínio exclusivo do Millenium bcp e o apoio do IPPAR Ministério da Cultura. Em Abril, a convite de Bernardo Pinto de Almeida, participa na exposição Paisagem na Arte Contemporânea Portuguesa no Al Faisaliah Center, Riade, Arábia Saudita. Em Novembro, a convite da Fundação D. Luís I, expõe no Centro Cultural de Cascais. A exposição, intitulada pinturaPINTURA, é comissa‑ riada por Luísa Soares de Oliveira, autora do texto principal do catálogo. Em Novembro nasce a sua neta Maria.

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2008­‑2010 From May 6th to June 15th, Manuel Amado takes part in Linha do Horizonte – o Motivo da Paisagem na Arte Contemporânea Portuguesa, at Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Brazil. This exhibition, curated by Bernardo Pinto de Almeida, will later travel to Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto. In 2009, he collaborates in the set design for Rui Mendes’ staging of Strindberg’s Miss Julie, at Teatro Nacional D. Maria II, in Lisbon. His work is featured in the touring exhibition Arte Partilhada Millenniumbcp, which will travel across Portugal and abroad, continuing through 2010. From January to March 2010, he takes part in another group exhibition, commemorating the 10th anniversary of the Tomar Museum’s contemporary art collection, founded by José­‑Augusto França. In the Spring of this same year, one of his works illustrates the cover of Seara Nova magazine. In August, his granddaughter Laura is born. In September, by occasion of the Republic’s 100th anniversary, several of his paintings illustrate Colóquio Letras, a magazine published by the Calouste Gulbenkian Foundation. 2011­‑2012 From January 13th to March 15th, Amado shows Stagings, in Lisbon, at the Great Hall of Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), with catalogue text by Nuno Júdice. He participates in the group exhibition Casa Comum – Obras na Colecção do CAM, curated by Leonor Nazaré – CAM, Gulbenkian, Lisbon, and Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança. In June he takes part in another group exhibition, Portugal, Pontos de Fuga, commemorating June 10th in Castelo Branco, and sponsored by the Republic Presidencial Museum. In November opens the exhibition “Manuel Amado na ermida“ – 7 inedit paintings done on purpose for the small space of the Ermida of Nossa Senhora da Conceição, in Belém, Lisbon. To them Pedro Tamem wrote a poem.

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2008­‑2010 De 6 de Maio a 15 de Junho participa na exposição Linha do Horizonte – o Motivo da Paisagem na Arte Contemporânea Portuguesa na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Brasil. A curadoria é de Bernardo Pinto de Almeida. A exposição é mostrada, posteriormente, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto. Em 2009 colabora na cenografia da peça A Menina Júlia de August Strindberg, com encenação de Rui Mendes, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Integra a exposição itinerante Arte Partilhada Millenniumbcp que seguirá um percurso pelo país e no estrangeiro prolongando­‑se por 2010. De Janeiro a Março de 2010 par‑ ticipa na exposição comemorativa dos 10 anos do Núcleo de Arte Contemporânea do Museu de Tomar, fundado por José­‑Augusto França. Na Primavera de 2010 uma obra sua ilustra a capa da revista Seara Nova. Em Agosto nasce a sua neta Laura. Em Setembro, as suas pinturas ilustram a revista Colóquio Letras da Fundação Calouste Gulbenkian, no núme‑ ro comemorativo do centenário da República. 2011 ­‑ 2012 De 13 de Janeiro a 15 de Março de 2011 expõe Encenações, em Lisboa, no Salão Nobre da S.N.B.A., com texto de catálogo da autoria de Nuno Júdice. Participa na exposição colectiva Casa Comum – Obras na Colecção do CAM com curadoria de Leonor Nazaré – CAM, Gulbenkian, Lisboa, e Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança. Em Junho integra a exposição colectiva Portugal, Pontos de Fuga, comemorativa do 10 de Junho, em Castelo Branco, produzida pelo Museu da Presidência da República. Em Novembro inaugura a exposição “Manuel Amado na ermida“ – 7 óleos inéditos, executados expressamente para o pequeno espaço da Ermida de Nossa Senhora da Conceição, em Belém, Lisboa. Para os acompanhar Pedro Tamen escreveu um poema .






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