Viaje com as histórias

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Pequenas histรณrias, grandes autores


JosĂŠ Botte

Viaje com as histĂłrias

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Viaje com as histórias José Botte

Publicado por: Porto Editora. Divisão Editorial Literária – Porto Email: delporto@portoeditora.pt

Design da capa: José Botte Ilustrações: José Botte

1ª edição: junho de 2020

Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização escrita do Escritor.

ISBN 958-2-03818-9

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Aos meus pais, que sempre me apoiaram na escrita e à minha professora de português que sem ela não seria possível a concretização do livro. Dedico também à minha professora de EV que tornou possível as ilustrações do livro. Tal como a todos os outros professores que contribuíram para o livro.

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Índice Este sou eu ................................................................. 5-7 Obesidade infantil um problema por resolver ............ 8-9 O grande casamento .................................................... 10 Ali Babá e os Quarenta Ladrões (Resumo) ................... 11 “Na ilha de Polifemo” (Resumo) ................................. 12 Vocês não pertencem aqui! .................................... 13-15 Poema do 25 de abril .............................................. 16-17 Entrevista a Bartolomeu de Gusmão, “Padre Voador” ............................................................................... 18-20 A rapariga cheia de coragem........................................ 21 A música no 25 de abril de 1974 .................................. 22 População .............................................................. 23-24 Opinião do leitor de “Os Piratas” ............................ 25-26 No fundo do mar… ................................................. 27-28 Texto de opinião sobre o provérbio: “Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão” ................................. 29 A Queda da 1ª República …………………………………………. 30 Alerta sobre o consumo excessivo de sal…………………. 31

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Este sou eu! Cá estamos nós, no dia 31 de janeiro de 2008, em Portugal, no Hospital da Luz de Lisboa! Ouvi os médicos dizerem que está na hora!!! Finalmente vai nascer o grande José Botte! Estou a nascer... estou a nascer! Ai tanta luz... ainda não tenho dez segundos de vida e já me querem pôr cego. Tenho a certeza que vou ter uma longa vida e muito preenchida... Eu era um bebé adorável com dois anos! Não chateava nada! Basicamente os meus únicos passatempos eram brincar com aspiradores a fingir (que eram os meus brinquedos favoritos da altura), comer e dormir. Era uma vida muito atarefada! Mas um dia estava a brincar com a minha tia, quando descobri um novo passatempo...falar! Saiu a primeira palavra com o mínimo sentido da minha boca em dois anos! Foi “olá”, que se suspeita que tenha sido para a minha tia! Hoje em dia falo imenso... às vezes até demais! Em 2011 quando eu já tinha três anos fiz a minha primeira viagem de avião com o destino da Madeira! Hoje já viajei até França, Itália, Espanha, Inglaterra e esto a Planear ir ainda este ano ao Brasil! Em agosto de 2011 ganhei uma irmã. A Maria! Os meus pais até me disseram que ela ia trazer a casa do Peter Pan e deram-ma quando ela nasceu! Eu não sabia porque é que ouvia dizer que a vida é difícil! Já tinha três anos de vida e continuava a não ver a dificuldade! Era só comer, ver televisão, brincar, receber miminhos e dormir! Até que oiço a minha mãe dizer: “-Amanhã vai ser o teu primeiro dia de aulas!”, e logo de seguida eu pensei:

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“-Aulas? Não pode ser! Eu já vi isso na televisão e é horrível! Lá não há televisões, nem os telemóveis dos pais para jogar e pior do que isso... as professoras obrigam-nos a comer a comida toda!” No dia seguinte, contra a minha vontade, lá foram os meus pais deixar-me à escola com a minha educadora, a Bia. Por volta do meio dia, quando o meu pai e a minha mãe voltaram à escola para me ir buscar, eu fiquei todo contente e pensei: “-Foi mau, mas já passou! Amanhã já volto à minha vida normal.” Mas veio outra vez a minha mãe estragar-me os planos: -Olha, filho, amanhã voltas à escola, só que amanhã ficas lá o dia todo, eu e o pai só te vamos buscar às quatro... “ok”? Pensei que aquilo não me podia estar a acontecer... no dia seguinte tinha que voltar à escola e ainda por cima tinha de lá ficar o dia todo! Mas isto ainda piorou, pois eu mais tarde descobri que aquilo se ia repetir todos os dias!!! Fiquei tão chateado que até aos cinco anos chorei todos os dias quando os meus pais me deixavam na escola, mas depois parava de chorar e até me divertia! Foi lá que conheci os meus primeiros amigos e a minha melhor amiga até hoje. Quando eu já tinha seis anos até já estava a habituar-me à escola, mas tinha de vir a minha mãe estragar-me outra vez os planos: “-Filho, não estás ansioso? Amanhã vais para o primeiro ciclo!” Eu não sabia o que era aquilo. Eu já tinha estado nos três anos, nos quatro anos e nos cinco anos, por isso achei que o tão estranho primeiro ciclo devia ser só mais um destes patamares. Mas não! Quando cheguei à sala de aula do 1º C estava à espera de ver o mini cabeleireiro, a pista de carros, o sítio da pintura... enfim tudo o que havia na pré-escolar. Para grande espanto meu, só vi um quadro de giz e cerca de vinte mesas e cadeiras! Pensei: “-O que é isto???”

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Mais tarde descobri que o primeiro ciclo era muito diferente da pré-escolar, mas até me diverti lá! Aprendi com as professoras Inês Carvalho, Maria José e Sónia Leitão (que foram as minhas professoras de primeiro ciclo) a ler, a escrever a somar, a subtrair... e muito mais! Em setembro de 2015 eu e a minha irmã soubemos que íamos ter uma nova irmã! Chamávamos-lhe “Bebé Mistério” antes de ela nascer e sabermos o nome dela. A minha mãe, como pôs baixa, disse-me que até a “Bebé Mistério” nascer ia-me buscar à escola. Um dia quando eu vi o senhor da empresa que antes da minha mãe pôr baixa me ia buscar à escola pensei logo: “-A minha irmã nasceu!” Quando ele me foi deixar a casa vi a minha avó materna e paterna que me confirmaram a suspeita! Ela nasceu! Agora já não era a “Bebé Mistério”, era a Carminho! No final das férias de verão do quarto ano soube que ia passar para um ciclo que eu já há muito andava a ansiar... o segundo ciclo! Lá conheci novos amigos e a minha DT: a professora Isabel Costa que também me dava Português, mas passei a ter muitos outros professores! Hoje estou aqui com doze anos, a escrever a minha autobiografia para um trabalho de Português do 6º ano! Ainda tenho muita vida para viver que não vai estar nesta autobiografia, pois eu ainda não sei prever o futuro! Mas espero que o grande bocado de vida que ainda me falta seja tão bom como este bocadinho!

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Obesidade infantil um problema por resolver Estamos hoje aqui com um médico que é especialista em obesidade infantil. O muito conhecido médico, Elineu das Aspas. Eu- Muito boa tarde Dr. Elineu das Aspas. Elineu das Aspas- Muito boa tarde para si também. Eu- Dr. Elineu, gostaria de lhe perguntar algumas coisas sobre a obesidade infantil. Elineu das Aspas- Com certeza! Esteja à vontade. Eu- Acha que realmente a obesidade infantil tem vindo aumentar nos últimos anos? Elineu das Aspas- Acho que sim. A obesidade infantil é um problema que cada vez tem vindo a aumentar mais na nossa sociedade. Eu- Mas já se sabe a eu é que isso se deve? Elineu das Aspas- Sabe-se sim. A obesidade infantil tem vindo a aumentar cada vez mais por causa dos anúncios que passam nas televisões e nas revistas e que promovem a compra de alimentos açucarados e processados. Eu- Então na realidade as crianças não têm culpa quase nenhuma de serem obesas, o único erro é deixarem-se levar pelos anúncios. Elineu das Aspas- Mais ou menos. Eu- Então?

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Elineu das Aspas- As crianças também deviam fazer bastante mais exercício físico do que aquele que fazem atualmente. Eu- Dr. Elineu, eu continuo aqui com uma questão. Porque é que nos países mais abastecidos há mais obesidade? Elineu das Aspas- É que os países mais ricos têm muitas vezes também mais alimentos processados, com excesso de açúcar e que acabam por levar à obesidade. Eu- Um bom exemplo é os Estados Unidos. Elineu das Aspas- É verdade. Mas neste momento temos de deixar de nos preocupar com os outros e preocupar-nos connosco, pois Portugal começa a ter cada vez mais obesidade infantil. Eu- Tem toda a razão. Eu gostei muito de falar consigo. Elineu das Aspas- Muito obrigado. Eu- Eu é que agradeço! Com esta conversa com o Dr. Elineu das Aspas ficamos a perceber que obesidade infantil é um problema que tem vindo a aumentar bastante, mas que tem de acabar o mais depressa possível.

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O grande casamento O príncipe Júlio e a Cinderela casaram-se na igreja do palácio de Helmiton, ontem, dia 4 de outubro. Depois do príncipe ter encontrado a Cinderela e ter percebido que o sapato de cristal lhe pertencia, ela foi viver com o príncipe para o palácio de Helmiton. O casamento realizou-se na igreja do palácio. A Cinderela ia vestida com um vestido de seda azul que foi feito pelo alfaiate do palácio. Dois convidados (a Branca de Neve e o Pinóquio) disseramnos que a madrasta e as irmãs da Cinderela tinham-se recusado a ir ao casamento. A cerimónia que foi realizada pela fada madrinha foi longa, mas quando acabou seguiram todos para o copo de água. “Que bolo lindo” comentaram alguns convidados da festa. O bolo tinha sido feito pelo pasteleiro real, era um bolo com três andares, no topo estava o boneco do príncipe a abraçar o boneco da princesa e na parte de baixo do bolo estava a madrasta e as irmãs a chorarem. No final todos dançaram, até a fada madrinha dançou com os ratinhos, mas todos os convidados da festa comentaram que o melhor par da noite tinha sido o príncipe e a princesa.

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Ali Babá e os Quarenta Ladrões (Resumo) O Ali Babá era um humilde lenhador que descobre uma gruta cheia de riquezas lindas e caríssimas e descobre que pode mudar a sua vida pobre para uma vida cheia de dinheiro e riquezas, por isso, experimenta levar alguns sacos de moedas de ouro. Mais tarde o seu irmão descobre o segredo e também vai lá. O que irá acontecer? Irá a febre do dinheiro tirar a vida a alguém? Irá uma pobre criada salvar vidas? Irá um mero sapateiro criar um problema enorme? Vão ter de ler o livro para descobrir.

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“Na ilha de Polifemo” (Resumo) Polifemo estava furioso e a perguntar repetidamente a Ulisses como é que ele se chamava. Ulisses respondeu que se chamava Ninguém. Polifemo ficou surpreendido com o nome e compreendeu que ele não lhe quisesse dizer o nome, a seguir o Polifemo adormeceu. Ulisses e os seus companheiros combinaram o que iam fazer. Eles não conseguiam mover o pedregulho que tapava a entrada, logo se matassem o gigante ficariam ali presos. Então tentaram que fosse o gigante a abrir a gruta. Primeiro assaram e comeram o veado e de seguida beberam o leite das ovelhas e das cabras e descansaram. Depois pegaram num tronco afiaram-no e tornaram a ponta incandescente. E então espetaram o tronco no olho do ciclope. O ciclope ficou furioso e com a sua fúria ainda matou alguns homens. De seguida começou a pedir ajuda aos irmãos. Os irmãos foram até à gruta e pensaram em tirar o pedregulho, mas depois acharam melhor não. Perguntaram-lhe o que se passava e ele disse que Ninguém estava ali e que Ninguém o queria matar. Eles acharam que ele estava louco e foram-se embora.

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Vocês não pertencem aqui! Era uma vez em tempos muito distantes uma menina chamada Capuchinho Vermelho. A mãe de Capuchinho disse-lhe para ela ir pela floresta entregar uns bolinhos à avó, pois a mesma estava muito doente, mas disse-lhe para não falar com estranhos. Quando a Capuchinho Vermelho já ia a meio do caminho encontrou o Lobo Mau. Que lhe disse com uma voz muito doce: -Olá Capuchinho! Onde vais com esses bolos? E ela respondeu: -Vou levar uns bolinhos a casa da minha avó, mas vouandando, a minha mãe não me deixa falar com estranhos. -Ó Capuchinho! Eu sou o Lobo Mau! A criatura mais simpática do planeta! Claro que podes falar comigo! Então e onde é que vive a tua avó? -Lá em baixo. É uma casinha muito pequena ao lado da ribeira. O Lobo já com água na boca, despediu-se da Capuchinho e foi a correr para casa da avó. De seguida apareceram os Três Porquinhos e alertaram-na: -Capuchinho ouvimos-te a falar com o Lobo! Olha que ele te enganou! Ele não é flor que se cheire! E ela muito indignada ripostou-lhes: -Isso é mentira! Ele é a criatura mais simpática do planeta. Vocês não sabem nada. Vocês nem pertencem a este conto. O que é que estão aqui a fazer?!

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-Virámos no lado errado na Avenida Principal da prateleira dos livros. Mas isso agora não interessa! Tens de confiar em nós! O Lobo Mau até destruiu as nossas casas! -Bem, então devem ter razão… mas agora como é que o apanhamos? Então o porquinho mais novo teve uma ideia: -Está ali um monte de palha! Eu devo conseguir fazer um carrinho! E o porquinho mais velho aconselhou-lhe: -Também está ali tijolo. Era mais seguro se construísses o carrinho com ele. -Isso dá muito trabalho e gasta muito tempo. O melhor é usar esta palha. Passados dois minutos, quando já estavam a caminho no carrinho conseguiram passar à frente do Lobo, mas o carrinho destruiu-se todo. O Porquinho do meio tenta logo arranjar uma solução: -A palha é muito frágil! Agora vou fazer um carrinho com madeira que é mais resistente. E o Porquinho mais velho novamente dá a sua opinião: -Mas ali está um monte de tijolo. Era mais seguro se fizesses o carrinho com ele. -Isso dá imenso trabalho e também demora imenso tempo. O melhor é eu fazer o carrinho com madeira. Passados quatro minutos já estavam a caminho e conseguiram passar à frente do Lobo Mau, mas o carrinho destruiu-se novamente.

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Então o Porquinho mais velho arranjou a solução final: -O melhor é fazermos o carrinho com tijolo. Vai demorar um bocadinho de tempo, mas se o tivéssemos feito logo ao início já lá tínhamos chegado. Passados oito minutos quando o carrinho já estava acabado passaram à frente do Lobo Mau e chegaram primeiro do que ele a casa da Avó. Gritaram todos em coro: -Conseguimos! A Capuchinho exclamou muito depressa: -Está ali o Caçador! Caçador! Caçador! O Caçador chegou-se ao pé dela e interrogo-a: -O que se passa? -O Lobo Mau vem aí comer-nos. Preciso que o mate. -Sem problema. Mas houve problema. Quando o Lobo chegou começou a atacar o caçador e o mesmo ficou sem conseguir dar um único tiro. A avó acordou com o barulho e veio com a sua bengala cá fora ver o que se passava. Quando viu o Lobo deu-lhe com toda a força uma bengalada na nuca e de seguida o caçador matou o Lobo com um tiro. A doença da Avó desapareceu como por magia com a morte do Lobo e viveram felizes para sempre.

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Poema do 25 de abril Ó menino Salazar Ó menino Caetano Um manda torturar E outro não muda o quotidiano

Ó menino Humberto Ó menino Soares Um luta a céu aberto E tu, que fizeste pra´ na prisão parares?

Falta de liberdade Excesso de censura Demasiada maldade E pouca ternura

O tema falado em surdina Tornou-se revolução Não houve tiro de carabina Mas ficaram com liberdade na mão

Assim acabou a ditadura

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Com os cravos a voar Chegou o fim da censura E agora do estado podem falar

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Entrevista a Bartolomeu de Gusmão, “Padre Voador” Estamos aqui com Bartolomeu de Gusmão para conhecemos melhor um dos primeiros homens a provar que é possível voar. Bartolomeu, Fidalgo-capelão da casa Real de D. João V, é conhecido como o Padre Voador. E-Bom dia, Bartolomeu, estive a investigar um pouco sobre a sua vida e gostaria de lhe fazer umas perguntas. B-Com certeza, podeis perguntar, com a graça de Deus. E-Por falar em Deus… padre, físico, matemático, inventor. Com qual se identifica mais? B- Na verdade, eu ordenei-me padre muito cedo (tinha mais ou menos quinze anos), mas desisti em 1701. Sempre tive uma paixão enorme pela física e pela matemática. E- Mas fez estudos nessas áreas ou aprendeu sozinho? B- Eu estudei na Universidade de Coimbra depois de ter vindo para Portugal. E- Depois de ter vindo para Portugal? Mas o Bartolomeu não era português? B- Sou português com muito orgulho, nasci em São Paulo no Brasil… E-Desculpe interrompê-lo, mas se nasceu no Brasil, então não é brasileiro?

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B- Creio que não fez bem o seu trabalho de casa, meu caro. Em dezembro de 1685, o ano em que nasci, o Brasil era uma colónia portuguesa. A independência só se deu muitos anos depois. E- Tem toda a razão. Mas se nasceu em São Paulo, como é que veio para Coimbra? B- Vim de barco como toda a gente, mas já a pensar que deverse-ia poder navegar no elemento ar. E- Foi então aí que desenvolveu a sua mais famosa invenção? B- Na verdade, já na altura do seminário eu inventei uma máquina de ar a cem metros de altura. Depois dessa fiz diversas tentativas de instrumentos para andar pelo ar. E- Mas a sua maior invenção foi a Passarola, certo? B- A Passarola…ahh…pois! A Passarola! Prefiro falar-lhe sobre os balões de ar quente que se elevam no ar, pois o ar quente é mais leve do que o ar frio. E- Então, mas os balões de ar quente são invenção sua ou dos irmãos Mongolfier? B- Na verdade eu construí um balão de ar quente que voou no Terreiro do Paço em Lisboa, diante da família real e de D. João V. Os irmãos Mongolfier, talvez tivessem tido a mesma ideia ou então ouviram falar da minha. E- D. João V era seu fã? B- D. João V apoiou-me e financiou as minhas ideais e invenções, aliás foi o rei que me deu a petição em 1709 para o balão de ar quente. E- Mas mais tarde fugiu para Espanha. Porquê?

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B- Fugi sim, porque a inquisição perseguia-me e proibia-me de continuar as minhas investigações aeronáuticas, por isso, fui para Toledo, mas já uns anos antes tinha ido para a Holanda para desenvolver as minhas ideias. Sempre gostei muito de viajar! E- Então e a Passarola? B- A Passarola… gostei muito de falar consigo, mas agora tenho mesmo de ir embora. E- Muito obrigado pelo seu tempo. B- Até à próxima.

Bartolomeu de Gusmão faleceu em Toledo aos 39 anos, mas foi sem dúvida um dos primeiros a provar que é possível voar. Na verdade, ninguém sabe ao certo se a Passarola existiu ou não. A maioria diz que foi uma forma de Bartolomeu afastar os curiosos, uma vez que segundo as leis da física uma máquina com aquelas características não é possível voar.

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A rapariga cheia de coragem Em tempos distantes uma menina estava a brincar com o seu gato, no seu jardim, quando viram uma cobra a esgueirar-se encostada às grades. O gatinho entusiasmado, mas ao mesmo tempo assustado, saltou para cima da cobra para a afugentar! A cobra pensou: “Então, mas esta criatura de Deus que me cabe inteira na boca está a tentar assustar-me?!! Espera aí que eu já lhe digo!”. Então a cobra mostrou os seus dentes, que pareciam verdadeira facas de talho, e preparou-se para morder o gato. A menina sem saber muito bem o que fazer, pegou na enxada do jardim e começou a bater na cabeça da cobra. A serpente já muito chateada pregou rapidamente uma dentada à menina que começou a chorar. O gato estupefacto com o que acontecera, sem pensar muito, deu uma arranhadela no coração da cobra da cobra. O coração desfez-se em mil bocados e a dor e a marca da dentada desapareceram como por magia! Com o grande salvamento da menina ao gato e do gato à menina viveram os dois felizes para sempre!

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A música no 25 de abril de 1974 No dia 25 de abril de 1974 deu-se uma revolução, a revolução dos cravos. Foi uma revolução contra a Ditadura, poi a Ditadura tirava alguns direitos aos portugueses. Como muita gente sabe, a música foi crucial no 25 de abril, pois os organizadores do 25 de abril faziam intenções que a revolução nunca fosse esquecida e a música marcou-a muito! Atualmente se ouvirmos as músicas “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, que nasceu no dia 2 de agosto de 1929 e faleceu a 23 de fevereiro de 1987 e o “E Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho que nasceu a 15 de maio de 1947 que ganhou o festival da canção com esta música, recordamo-nos de imediato do 25 de abril de 1974. Quando as pessoas se referem às duas senhas de 25 de abril estão a falar destas duas grandes músicas. A primeira, “E Depois do Adeus” com a transmissão dos Emissores Associados de Lisboa às 22 horas e 55 minutos no dia 24 de abril de 1974, deu ordem aos revolucionários para se porem apostos e se colocarem nos lugares estratégicos (anteriormente planeados) do País. Posteriormente a esta tocou a “Grândola, Vila Morena” transmitida a pelo Rádio Renascença, o que deu ordem aos militares para saírem à rua e começarem a grande e famosa revolução de 25 de abril. Estas músicas são muitas vezes chamadas músicas de intervenção, pois as músicas de intervenção são basicamente músicas populares que pretendem chamar à atenção os ouvintes em relação a um determinado problema do país.

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População A população tem mais jovens, adultos ou idosos?

BOTTE, José. (Excel)

População de Portugal 7000000 6000000 5000000 4000000 3000000 2000000 1000000

0 Jovens

Adultos

Idosos

Grfico 1 – Gráfico da população em relação à quantidade de pessoas de uma certa faixa etária. (Atualizado em 2018).

Pelo gráfico podemos concluir que a faixa etária com mais população é a faixa etária média. Em relação à faixa etária mais nova versus a mais velha conseguimos ver que os idosos ultrapassam os jovens. Na minha opinião a síntese que podemos tirar daqui é que existe mais população na faixa etária média.

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A população tem mais homens ou mais mulheres? INE, Prodata. (https://bit.ly/2LAA5wX) Gráfico 2 – Gráfico da população em relação ao sexo. (Atualizado em 2018).

Através do gráfico acima podemos concluir que o sexo feminino agrupa uma parte maior da população, mas não por uma grande diferença do sexo oposto. Na minha opinião conseguimos ver que a população está equilibrada entre homens e mulheres o que a meu ver é uma boa situação. Eu escolhi estes dois gráficos, pois pareceram-me dados importantes e interessantes que me informariam mais sobre população portuguesa.

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Opinião do leitor de “Os Piratas” “Os Piratas” é um livro escrito por Manuel António Pina e ilustrado por Carla Manso. Foi editado por vários editores, pois houve também várias edições. É um livro que foi adaptado para teatro e que já foi representado mais do que uma vez. Na minha opinião o livro “Os Piratas” é um livro que está escrito de uma forma de que eu gostei muito, pois vai-se intercalando entre o passado e o presente. Penso também que o final misterioso é um final engraçado e que surpreende o leitor, mas acho que um segundo volume seria fundamental para terminar o final misterioso. Parece-me que o lenço vermelho era um objeto essencial na história, pois acompanhou o Manuel grande parte do livro e deixou em suspenso o mistério se seria verdade a aventura dele no barco dos piratas ou não, pois se a aventura não fosse verdade porque é que ele teria o lenço? Houve uma personagem que não apareceu muito no livro, mas que eu achei bastante importante. O velho pescador foi quem lançou a grande dúvida se tudo seria mentira ou verdade e sem ele a história não teria tanto suspense, pois ele contou ao Manuel que sabia do seu sonho e perguntou-lhe se ele tinha voltad a adormecer, pois os piratas tinham voltado. Se o velho sabia de tudo sem o Manuel lhe contar, será que foi mesmo um sonho? Em conclusão considero que o livro é cheio de suspense e que roda sempre à volta do mistério do sonho (ou não). É um livro muito interessante e que todos deviam ler.

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No Fundo do Mar... Ulisses estava a tentar libertar-se de uma forma inconsciente. Parecia que o barco abanava com os seus pulos e com a sua agitação. Até que se ouviu um estrondo! As cordas rebentaram e ele foi a correr sem olhar para trás e atirou-se ao mar. Com a sua capacidade de sustentar oxigénio no corpo durante um período bastante prolongado, dirigiu-se até ao fundo do mar. Era espetacular! Um palácio de sereias pequeno, mas muito lindo. À volta um jardim de algas e plantas aquáticas que faziam os olhos dele brilhar. As janelas do palácio eram feitas de um gelo cristalino e o palácio era azul marinho, feito com pedras aquáticas que Ulisses nem conhecia. Percebendo que se estava a distrair com o palácio, deixou de se encantar por ele. Pensou então que a sua mulher estaria trancada no palácio. Nadou e tentou abrir a porta, mas percebeu que a porta abria-se apenas com o toque mágico das sereias, pois devido à forte gravidade da água não dava para a abrir de outra maneira. Bateu, gesticulou, mas a porta parecia ser indestrutível. E então apareceu uma sereia, a chamada rainha das sereias. Ela tinha uma cauda vermelha vinho e cabelos loiros que brilhavam à luz do sol. Deslocou-se devagar até ao pé de Ulisses e afirmou-lhe o seguinte: -Ulisses, eu liberto a tua mulher. Mas em troca dás-nos a tua vida. O coração dos humanos é uma grande fonte de poder para nós. Ulisses adorava a sua mulher, mas não sabia se estaria disposto a dar a sua vida, por uma coisa que ele nem sabia se iria acontecer, pois Ulisses ainda não tinha a certeza se a mulher dele estava lá e aquilo poderia ser tudo uma cilada. Então ele disse: -Certo. Eu aceito a troca, mas com uma condição. Não sei se sabes, mas o coração do humano restabelece bastantes forças

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com teias de aranha. Não vale a pena ficarem com o meu coração se ele não estiver com as forças no máximo. E ela respondeu: -Está bem. Nas celas do palácio existem várias eu vou buscálas. Tu ficas aqui. Então quando ela saiu e já estava ligeiramente longe, Ulisses seguiu-a e conseguiu-a ver entrar nas celas. Á entrada destas havia um filtrador de oxigénio para os humanos não morrerem asfixiados. Então viu que as celas tinham apenas um homem. Percebeu que a mulher dele não estava ali. Pensou em ir-se embora, mas teve pena do homem que provavelmente iria ficar sem coração em breve. Então escondeuse e quando ela saiu, entrou nas celas e libertou o pobre homem. Rapidamente o puxou para a superfície. Ao chegarem ao barco os marinheiros ficaram muito felizes ainda mais, porque agora tinham um novo companheiro.

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Texto de opinião sobre o provérbio: “Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão” O provérbio “Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão” é um provérbio que por outras palavras quer dizer que um ladrão que rouba a outro ladrão não comete crime nenhum. Para mim ser ladrão é ser uma pessoa que rouba a uma pessoa inocente e não a um ladrão. Por isso eu penso que uma pessoa que rouba a um ladrão não comete propriamente um crime, pois o dinheiro ou o bem não é deles, é de uma pessoa a quem eles roubaram, por isso que rouba a ladrões em teoria não rouba nada. Ao mesmo tempo existem pessoas que pensam que a melhor solução seria mesmo relatar à polícia o dinheiro roubado e eu também não discordo dessas pessoas. Uma prova de que quem rouba a ladrão não é ladrão é que Ali Babá no livro “Ali Babá e os quarenta ladrões” rouba aos ladrões e acaba com um final feliz. Em conclusão, reforço que penso que roubar aos ladrões não é crime, pois roubar é levar sem pedir os pertences de outra pessoa e quando se rouba o que os ladrões roubaram, não estamos a tirar nada que pertença aos mesmos.

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A Queda da 1ª República Ao longo de dezasseis anos a 1ª República ia tendo cada vez mais problemas. Os portugueses estavam descontentes, especialmente aqueles que queriam ordem e paz no país e que eram também a maioria da população. O descontentamento dos portugueses devia-se à instabilidade política, pois só entre 1910 e 1916 Portugal teve oito presidentes e 45 governos, à desordem social, pois os patrões demoraram a cumprir as leis de trabalho e isso levou a greves e manifestações ( que por vezes se tornavam violentas, o que metia medo a alguns portugueses), além disso o analfabetismo também não diminui muito e tentar afastar a igreja também não e por fim à crise económica, que já desde os tempos da monarquia existia, mas agravou-se durante a 1ª República com a instabilidade política e com a entrada na 1ª Guerra Mundial, assim aumentou-se os impostos e havia uma grande falta de produtos.

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Alerta sobre o consumo excessivo de sal

Os malefícios do sal O sal é um alimento muito comum nas cozinhas portuguesas e no resto do mundo, mas também causa problemas à saúde como retenção de líquidos, aumento da pressão arterial e risco de AVC (acidente vascular cerebral). Por isso não pode ser consumido em grandes quantidades.

Como evitar o consumo excessivo de sal? Muitas vezes ingerimos alimentos processados, congelados ou enlatados sem saber que têm imenso sal. Por isso não devemos ingerir estes tipos de alimentos com regularidade. Também não devemos levar o saleiro para a mesa. Devemos substituir o sal por ervas aromáticas como por exemplo coentros ou hortelã, especiarias ou vinagre.

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Neste livro consegues encontrar diversas histórias escritas na disciplina de português, de matemática… Eu acredito que a melhor maneira de viajar é com a leitura, com as histórias! Mas para isso precisam de as ler. De que é que estão à espera? Comecem!

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