Jornal Matosinhos Edição de 6 julho 18

Page 1

PUB

PUB

37 ANOS DE ISENÇÃO E SERIEDADE AO SERVIÇO DA NOSSA TERRA

Jornal de Matosinhos SEMANÁRIO REGIONAL INDEPENDENTE

• Director Pinto Soares

Pág. 7

www.jornaldematosinhos.pt Ano XXXVIII • Nº 1959 6 de Julho de 2018 Saí à Sexta-Feira Preço: 1€ (IVA incluído)

S. Mamede de Infesta “viajou na máquina do tempo”

MOALDE MEDIEVAL FOI UM ÊXITO Jorge Mendes, organizador do evento, investigou historicamente e fez toda a gente regressar até ao século XI

Págs. 8 e 9

Campo de Férias de Verão

Muita energia e diversão Pág. 10

Chuva não estragou festa do Padroeiro de Perafita

Tapetes de flores encantaram maré de gente Pág. 13 PUB


8

6 DE JULHO DE 2018

JORNAL DE MATOSINHOS • 37 ANOS AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

S. Mamede de Infesta regressou, temporariamente, ao Século XI

Três dias de “Moalde Medieval”

D

urante três dias, de sexta-feira a domingo passados, quem fosse desprevenido à zona de Moalde, S. Mamede de Infesta, mais concretamente ao Parque Público, podia pensar que de repente tinha “viajado no tempo” e regressado à Idade Média, mais concretamente ao Século XI. Mas esse era PUB apenas um aparente regresso a tão longínquo passado, pois o que aconteceu nesses três dias no Parque Urbano Público de S. Mamede de Infesta foi uma recriação histórica, intitulada “Moalde Medieval”, organizada por Jorge Mendes a pedido da Junta da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, presidida por Leonardo Fernandes.

Recorde-se que durante alguns anos aí se realizaram algumas Feiras Medievais, semelhantes à “Moalde Medieval” mas não tão ricas em pormenor e em actividades. É que durante anos esteve suspensa essa inciativa, a qual este ano a Junta de Freguesia decidiu reactar. Assim, no amplo parque, havia tanto por onde as pessoas pudessem escolher. No início do parque, passada a entrada, estavam tendas com ofertas para almoço ou jantar, com porcos a serem cozinhados, tasquinhas com comidas e bebidas diversas, como cerveja artesanal e sangria. Tudo apetecível a fazer crescer água na boca. Mais abaixo, diversas barraquinhas com produtos artesanais e também alimentícios,

inclusive um local para se ler as mãos dos passeantes. Tudo à disposição, curiosidade ou bolsa do freguês. E ainda mais abaixo, no imenso relvado que dá acesso ao café do parque, algumas tendas mais específicas, numa das quais se observavam as aves de rapina, como falcões, águias e corujas, todas calmamente colocadas nos seus respectivos pedaços de madeira feitos colunas ao alto, a observarem, placidamente,os curiosos que lhes tiravam fotografias. Numa tenda ao lado, um artesão fabricava algo no seu tear, enquanto uns cavaleiros iam esperando serenamente a conclusão de alguma encomenda. Noutra tenda, cavaleiros juntavam-se e conversavam, recordando,

quiçá, alguma peleja contra os mouros ou contra outros invasores. Viam-se, também, duelos entre nobres, apeados e a cavalo, bem como jograis a cantar e a tocar. Estes últimos estavam representados por elementos do grupo musical mamedense Coro Miallegro. No primeiro dia houve um cortejo medieval entre a Junta de Freguesia e o Parque Urbano. E no domingo, uma missa medieval na igreja matriz.

Recordar a doação da nobre D. Unisco Mendes E que o Século XI foi o de grande azáfama. Era o tempo em que D. Unisco,


6 DE JULHO DE 2018

viúva herdeira de vastas propriedades, fez uma doação muito valiosa ao Mosteiro da Vacariça, de Coimbra, na qual se incluíam vastos territórios e cerca de metade dos terrenos do Mosteiro de Leça do Balio e outro tanto da povoação que séculos depois veio a ser conhecida como S. Mamede de Infesta. O que esteve na base dessa doação foi a intenção de ajudar os cavaleiros cristãos a combater os mouros que dominavam os territórios a sul de Coimbra, cidade que à época fazia de fronteira entre a cristandade e a mourama. Segundo Jorge Mendes, o organizador do “Moalde Medieval”, o que se estava a assinalar era “a época do Século XI, mais precisamente o ano de 1021, e o facto histórico que se viveu por estes lados. O que aconteceu foi a Carta de Doação de D. Unisco Mendes, dona de todas estas propriedades, desde S. Mamede de Infesta até ao Mosteiro de Vermoim, incluindo o Mosteiro de Leça do Balio, na qual ela faz a doação dos bens, alguns na totalidade, e outros parciais, ao Mosteiro da Vacariça. Estes são elementos que se podem encontrar no Livro Negro da Sé de Coimbra, sendo eu detentor de páginas digitalizadas desse livro, e foi a partir daí que o presidente da Junta das Uniões de Freguesia de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Leonardo Fernandes, me lançou o desafio de fazer a recriação e como estamos em S. Mamede de Infesta decidi que devia ser feita uma recriação alusiva a essa doação”. Segundo Jorge Mendes, a sua preocupação nas recriações históricas “é fazer uma feira medieval e as pessoas não dissessem aquilo que costumo ouvir noutras organziações do género – “é mais um feira medieval”. Não queria que isso acontecesse. Mas que de facto se fizesse uma feira medieval com os elementos mais representativos da terra, o caso dos ofícios, das percussões, dos cavaleiros, dos homens de armas, mas que de facto houvesse um tema local, histórico, que fizesse com que as pessoas quando chegassem aqui e que não tivessem só o interesse de comer apenas a sandes de porco ou beber cerveja artesanal e sangria, mas também tentassem aperceber-se daquilo que se estavaa passar na feira medieval”. Esta é uma organização da Junta de Freguesia, com o apoio da Câmara e, sobretudo, das colectividades de S. Mamede de Infesta,”pois são estas isto não teria razão de existir. Devem ser apoiadas, assim como

PUB

JORNAL DE MATOSINHOS • 37 ANOS AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

as próprias instituições devem pensar naquilo que podem dar à comunidade e à autarquia e não pensarem só no que têm de receber. Tem de haver um trabalho mútuo e recíproco”. Jorge Mendes estava a representar um cavaleiro nobre, D. Jorge de Riba Leça, uma vez que nasceu em Águas Santas, sendo um entusiasta de recriações históricas, marcando presença activa em diversas organizações. Surgiu, há anos, na Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede, no centenário da atribuição a essa instituição do alvará régio, passado pelo Rei D. Carlos, estando a fazer de Chefe de Casa Militar do então soberano. E tem surgido como cavaleiro da Ordem de Malta ou Hospitalário nas Feira dos Hospitalários em Leça do Balio, ou na Feira Medieval de Santa Maria da Feira, tendo o gosto de representar um papel histórico, porque “sempre gostei de História. Sempre me seduziu as origens de Portugal e os seus factos históricos. E quando há uns anos fui confrontado com a primeira Feira Medieval aqui de S. Mamede de Infesta, em 2007, foi quase como um despertar daquilo que estava dentro de mim, e estava adormecido. A partir

daí assumi participar nessas recriações, como cavaleiro, como mestre de armas, hoje em dia como actor e encenador, nunca esquecendo a vertente que adoro, que é a esgrima artística medieval”.

O recuperar de tradições perdidas Segundo Leonardo Fernandes esta é o recuperar de uma tradição que se deixou de fazer há algum tempo: “Fizeram-se, salvo erro, cinco edições da Feira Medieval e depois terminou em 2009. Desde esse ano até agora houve um interregno, não mais se fizeram feiras medievais e eu achei por bem recuperar esses eventos, pois eram festividades de grande interesse, para a nossa população. Para os mamedenses e senhorenses. Devemos manter aquilo que era bom e, se possível, melhorar. O que quisemos fazer foi recuperar a Feira Medieval”. Para o presidente de Junta de Freguesia, “esta feira tem uma característica completamente diferente de todas as que existem em

9

Portugal, pois é uma feira medieval caseira, baseada na prata da casa, as nossas associações, colectividades, e as escolas da Freguesia envolvendo-se, igualmente, as associações de pais. É este tipo de feiras medievais que fazem a diferença, que nós queremos para aqui, que tem resultados positivos. Temos, como é óbvio, também artistas convidados, para enaltecer ainda mais esta iniciativa. Quando foi interrompida, em 2009, estava já com uma dimensão grande, muito conhecida, e lamento que se tenha parado. Não me interessa porque razão se parou, mas agora quero recuperar tudo aquilo que dantes se organizava na União das Freguesias”. Para 2019, Leonardo Fernandes pretende anunciar mais cedo a Feira Medieval, incentivando à participação de mais associações, envolvendo mais a população. E quer, igualmente, reactivar outras iniciativas que deixaram de existir, como o Santo António do Telheiro e o Nosso Senhor da Boa Fortuna, festas populares que não se realizam há mais ou menos tempo. José Maria Cameira

PUB

Rua Justino Marques, 149 4455-593 Freixieiro E. N. 107 (Em frente à Caixa Gerasl de Depósitos Telefone 229 996 433


12

6 DE JULHO DE 2018

JORNAL DE MATOSINHOS • 37 ANOS AO SERVIÇO DA INFORMAÇÃO E DA LIBERDADE

Assembleia da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora

Lamentado o pouco civismo dos automobilistas

A

última sessão da Assembleia da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, que decorreu na passada quinta-feira, dia 28 de Junho, no pólo autárquico mamedense, já foi presidida pelo seu actual presidente, Hugo Leitão de Castro. Inciou com a intervenção dos cidadãos, no período que lhes é dedicado,tendo falado duas cidadãs, Liliana Soares, moradora na Rua Chabi Pinheiro, Senhora da Hora, que lamentou que haja muitos automobilistas que desrespeitem as regras de trânsito uma vez que nessa artéria é habitual que haja pessoas que aparcam os veículos em cima dos passeios, não respeitando quem anda a pé e quem ande de cadeira de rodas ou com carrinhos de bebé. Por sua vez, Maria de Jesus, moradora no Bairro do Seixo, fez o que costuma fazer igualmente nas Assembleias Municipais, ou seja falou da falta de limpeza de terrenos na Rua Central do Seixo e também à Escola Básica do Padrão, o que provoca a existência de ratos, das condições existentes no Bairro do Seixo, S. Mamede de Infesta, apelando ao presidente da Junta de Freguesia, Leonardo Fernandes, para que ajude os moradores a resolverem os seus problemas, lembrando a falta de limpeza na urbanização e do problema de um morador que a Matosinhos Habit quer despejar alegadamente por este não ter direito à habitação onde viveu, durante cerca de 15 anos, com a anterior arrendatária. Respondendo às duas moradoras, Leonardo Fernandes lamentou o que acontece na Rua Chabi Pinheiro, salientando que se trata de uma “falta de civismo enorme” por parte de alguns automobilistas e o que a Junta de Freguesia fará é ir ao local juntamente com o vereador da Mobilidade, José Pedro Rodrigues, e a moradora em questão, para observarem no local a situação para se tentar uma alternativa para a situação. Quanto ao que acontece no Bairro do Seixo, irá informar-se do que acontece uma vez que os ratos representam um malefício para a saúde pública. No tocante ao morador em riscos de despejo, irá averiguar o que se passa junto da Matosinhos Habit. No período de antes da ordem do dia, foi apresentada uma moção do BE, entregue por Jorge Sousa, onde se apela ao respeito pela situação dos milhares de emigrantes provenientes de África e que atravessam o Mediterrâneo para chegar à Europa e se deparam com imensos problemas na recepção por parte de alguns países da União Europeia, nomeadamente atitudes

de racismo. A moção foi aprovada por maioria, com três abstenções do PSD. Ainda no período de antes da ordem do dia intervieram Soraia Ribeiro, Narciso Miranda Por Matosinhos, Susana Botelho, CDU, Jorge Sousa, BE, Jorge Costa, PSD Pedro Loureiro, independente, Daniel Gonçalves, independente, António Sousa, NMPM, Eunice Ferreira, CDU, Francisco Covelinhas Lopes, PSD, todos falando de assuntos diferentes. Soraia Ribeiro lamentou que não tenha obtido convite para uma cerimónia que ocorreu na Praça das Sete Bicas, Senhora da Hora, no dia 12 de Junho, referente às comemorações de elevação da Senhora da Hora a cidade, tendo sido homenageadas algumas pessoas e instituições da cidade, questionando, ainda, qual o critério para essas atribuições. Leonardo Fernandes elucidou-a de que os convites foram enviados por email aos eleitos da Assembleia de Freguesia, desconhecendo a razão para Soraia Ribeiro não o ter recebido, pois “uma das coisas com que nos preocupamos foi que tanto o Executivo como a Assembleia de Freguesia tinham todos de ser convidados” para a cerimónia. Quanto à atribuição das homenagens recaiu sobre pessoas e instituições que tenham “dado algo de si em prol do próximo e da Freguesia”. Susana Botelho falou da situação da Praceta João Villarett e o pavimento da parque infantil, mostrando-se agradada pela intervenção no seu piso, mas lamentou que os espaços ajardinados “estão totalmente abandonados”, questionou, ainda acerca da situação da horta biológica da Senhora da Hora, uma vez que o espaço que ladeia os talhões entregues aos cidadãos “está totalmente desmazelado, ao abandono. O sanitário dedicado aos cães também está degradado e os contadores da água e da luz não estão protegidos”, sem portas”. Leonardo Fernandes informou que vai solicitar à Câmara para limpar

os espaços em redor dos terrenos cultivados da horta biológica. Jorge Sousa alertou para a situação do despejo do morador do Bairro do Seixo, para que a Junta pressione para que o mesmo não seja despejado uma vez que vive num Bairro Social e não terá meios financeiros para arranjar outra casa. Lastimou, entretanto, a existência de uma lixeira junto à antiga Escola Básica do Seixo, “que além de ser uma vergonha é também um caso de saúde pública” e também o abate de árvores no Parque do Carriçal, Senhora da Hora. Leonardo Fernandes referiu que irá tomar providências relativamente à lixeira, e que no tocante ao abate das árvores “o que nos disseram os serviços da Câmara é que as árvores estavam doentes”. Jorge Costa apelou a que a União das Freguesias esteja mais “limpa e asseada”, falando das ervas que aparecem nos passeios, no lixo depositado junto a eco-pontos, bem como aos carros abandonados na via pública há mais de um ano, interrogando, ainda, porque razão foi retirado o eco-ponto junto à igreja de S. Mamede de Infesta. Leonardo Fernandes lembrou que as pessoas não devem deixar sofás junto aos eco-pontos, “pois isso é uma falta de civismo”, mas solicitar para que os serviços vão buscar esses monos; quanto ao eco-ponto perto da igreja, o cheiro e as moscas e os mosquitos estavam a prejudicar estabelecimentos comerciais situados ao lado da igreja; quanto aos veículos abandonados, “só podem ser retirados das ruas se não tiverem matrícula”. Pedro Loureiro quis saber acerca da situação do Parque do Carriçal, da iluminação na primeira fase das Sete Bicas, qual a evolução na zona da Ermida, para além da inexistência de passeios na Rua Nova de S. Gens e o abuso no estacionamento em cima dos passeios e em passadeiras em algumas ruas. Leonardo Fernandes

referiu que voltará a falar à Câmara acerca dos diversos assuntos. Daniel Gonçalves solicitou o envio de documentos que não recebeu embora já os tenha solicitado, Referiu que também não recebeu o convite relativamente à elevação a cidade da Senhora da Hora e alertou para o estacionamento abusivo que existe junto ao cemitério número 2 de S. Mamede de Infesta. Hugo Leitão de Castro, presidente da AF, informou que os documentos solicitados serão enviados em breve. Leonardo Fernandes respondeu a todas as questões, informando que o cemitério nº2 pertence à Câmara, pois é municipal mas que irá informar o Município. António Sousa também lamentou não ter recebido o tal convite, e questionou acerca de uns semáforos que provocam muito trânsito e da muita afluência de peões na envolvente à rotunda dos rotários, na Senhora da Hora, por causa da saída do metro, pedindo para que haja semáforos para os peões, para evitar as filas de carros para os peões passarem na passadeira. Leonardo Fernandes respondeu às questões através do seu colega de executivo com esse pelouro. Eunice Ferreira falou acerca das intervenções nas cooperativas de habitação nas duas Freguesias, tendo Leonardo Fernandes informado que esteve presente numa reunião acompanhado por Ilde Pinto do executivo, para se inteirarem da situação das mesmas. Por último, Francisco Covelinhas Lopes falou da limpeza da Senhora da Hora, pois às 5 da tarde ainda há lixo, referindo que também não recebeu o email, e referiu que o PSD não foi convidado para se pronunciar acerca da escolha dos homenageados, sugerindo a constituição de uma comissão para se debruçar sobre futuras homenagens. E questionou se a Junta de Freguesia está a respeitar a nova lei de protecção de dados. A essas questões responderam Hugo Leitão de Castro, Leonardo Fernandes e Arnaldo Santos do executivo. Passados aos pontos da agenda de trabalhos, a 1:ª Revisão orçamental para 2018 foi aprovada por maioria com a abstenção do PSD e dos independentes, o voto contra do BE e os favoráveis do PS, NMPM e CDU. A alteração ao Quadro de Pessoal teve as abstenções do PSD, NMPM e dos independentes e os favoráveis das restantes bancadas. José Maria Cameira

Varas Folk Festival e Festa da Cerveja animaram Parque das Varas no fim-de-semana

Centenas de pessoas escutaram boa música de inspiração celta

O

Parque das Varas encheu de gente no último fim-de-semana para mais um Varas Folk Festival e Festa da Cerveja, sendo esta última uma das iniciativas mais antigas em Leça do Balio, desde os mandatos de Francisco Araújo como presidente da então Junta de Freguesia de Leça do Balio. A União das Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, presidida por Pedro Gonçalves, continua, assim, a organizar o que tradicionalmente cada antiga Junta de Freguesia fazia, desde que tenha adesão da população. E é o exemplo do Varas Folk Festival e da Festa da Cerveja, agora uma iniciativa conjunta, com tasquinhas das colectividades situadas junto ao rio Leça, onde se pode jantar e apreciar bons pratos tradicionais, cervejas e sangria, de entre outras iguarias. Havia também bancas de artesanato, onde as pessoas podiam comprar produtos a preços módicos. E o parque infantil estava cheio de crianças a brincar enquanto os pais escutavam os músicos no palco das festas. O único inconveniente foi a chuva que se fez sentir mais na sexta-feira. Mas os que resistiram a esse contratempo assistiram à actuação de Pedro Mestre e Chico Lobo seguindo-se Sérgio Mirra. No sábado, apesar da derrota de Portu-

gal face ao Uruguai, no campeonato mundial de futebol na Rússia, houve mais dois concertos de qualidade, Jambrina e Pablo Madrid, provenientes de Espanha, e um dos melhores projectos de Folk, proveniente de Miranda do Douro, os Galandum Galundaina. O Varas Folk Festival é um festival de música, inspirada nos antigos celtas que povoaram o grande parte do território que é hoje Portugal, com o Rio Leça como pano de fundo em simbiose e harmonia com as sonoridades folk e celtas. O Varas Folk Festival vai na sua 5ª edição com a mesma aposta forte: a propagação a vários pontos do país de grupos portugueses e estrangeiros que têm a música folk e celta como traço comum. A Festa da Cerveja, que iniciou há bem mais de uma década, com o patrocínio da Super Bock, cervejeira com sede precisamente em Leça do Balio, tem como finalidade promover o convívio das imensas pessoas que frequentam nesta data o Parque das Varas, com a finalidade de apreciar uma das cervejas mais representativas de Portugal. Ambas as iniciativas, agora conjugadas, têm acesso gratuito ao Parque das Varas, um espaço bem agradável situado nas margens do rio Leça, junto ao Mosteiro de Leça do Balio. JMC


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.