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José Formosinho
from São Gonçalo N.º 4
O pai da museologia de Lagos
Neste número, que coincidiu com a reabertura do renovado Museu Municipal de Lagos, não poderíamos escolher outra personagem para esta rúbrica que não o homem que dá nome ao museu da nossa cidade: José Formosinho.
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Nasceu em Lagos em 1888 e frequentou o Colégio Militar. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, dois anos depois da revolução republicana, em 1912. Mais tarde, foi notário público em Portimão e em Lagos, mas cedo revelou outros interesses para além das Leis.
Fervoroso adepto da arqueologia, cuja expansão era muito notória sobretudo no Egipto desde o final do século XIX, José Formosinho rapidamente se transformou no «pai» da museologia lacobrigense, fundando o museu municipal da cidade, onde se poderia ver um enorme espólio resultante dos estudos e escavações realizadas nas «Terras do Infante», sobretudo na estação arqueológica de Alcalar, no concelho de Portimão.
Entre muitas outras atividades, exerceu as funções de diretor do então Museu Regional de Lagos, fundador e presidente do Grupo de Amigos do Museu, secretário na Comissão Municipal de Arte e Arqueologia de Lagos, vogal na Comissão Municipal de Turismo de Lagos, delegado dos Monumentos Nacionais no Barlavento Algarvio, na Junta de Educação Nacional, na Sociedade de Propaganda de Portugal, na Casa do Algarve e na Associação dos Arqueólogos Portugueses, além de ter sido fundador e delegado do Instituto de Arqueologia, História e Etnografia, e vogal do Conselho Superior de Belas-Artes.
José Formosinho morreu a 26 de março de 1960. O seu nome perdura na toponímia portuguesa, mais concretamente na rua que dá acesso à famosa Praia do Pinhão, mas será seguramente o Museu de Lagos, que tem muito justamente o seu nome, que melhor perpetuará a memória deste ilustre lacobrigense. •