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AGIR NO PRESENTE É INVESTIR NO FUTURO

O segundo trimestre do ano no nosso Bairro de Benfica é, por excelência, marcado por eventos que continuam a demonstrar o nosso ADN cultural, pautado por uma programação eclética e que nos define enquanto comunidade. De raiz tradicional, enquanto se encontra com as novas tendências, demonstrando capacidade para atrair os mais jovens aos nossos principais polos difusores de cultura, através de um vasto leque de ofertas na música, dança, teatro, entre outras formas de expressão artística.

A cultura é sinónimo de identidade, fortalecendo os laços e as dinâmicas do nosso território. Em conjunto com a Associação 50 Anos 25 de Abril, promovemos um festival gratuito que nos trouxe nomes como o brasileiro Lenine, ou projetos locais como o grupo “Vozes em Liberdade”, mas também a possibilidade de discutirmos as conquistas e desafios de 49 anos de liberdade. No Palácio Baldaya, voltámos também a celebrar a dança, e demos novamente palco às sonoridades do Jazz e a grandes intérpretes como Mimicat, Raul Midón ou Richard Galliano, além de apoiarmos a realização do Festival Irreverente, destinado às novas gerações, no Campus do IPL. Junho está à porta e traz consigo a mais icónica das nossas festas: o tão acarinhado e popular Grande Arraial de Benfica. Celebramos este ano o 10.º aniversário deste evento central da freguesia, sempre em conjunto com as nossas Associações e Coletividades, e que reflete a diversidade da nossa comunidade, numa freguesia verdadeiramente cosmopolita. Se a vida de um Bairro tem ligações intensas à cultura e à arte, feita de momentos de lazer e de outras pequenas coisas que constroem o conceito de qualidade de vida, nunca podemos esquecer as bases que permitem à nossa população granjear bem-estar. Com a construção de 266 habitações de arrendamento acessível, em parceria com o IHRU, na Quinta da Baldaya, entre outros projetos que estamos a desenvolver, queremos e podemos ajudar a combater o flagelo da falta de capacidade habitacional e a gentrificação na cidade de Lisboa. Vivemos tempos desafiantes que exigem empenho e soluções criativas para dar resposta às necessidades das populações. Irei mais longe ao afirmar que é obrigação moral das autarquias trabalhar em estreita colaboração com as autoridades competentes, para proporcionar o direito à habitação digna.

No âmbito de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para construir e gerir uma residência para estudantes na nossa freguesia, damos também resposta às dificuldades de alojamento dos alunos, especialmente dos bolseiros deslocados na capital. As obras vão arrancar brevemente, e tornam-nos a primeira Junta de Freguesia em Portugal a promover e a gerir um alojamento para estudantes universitários. Localizada no Calhariz de Benfica, não oferecerá apenas uma solução a preços controlados para 120 estudantes, mas também contribuirá para dinamizar esta zona do nosso Bairro. Se olharmos para o que tem sido feito ao longo destes anos de mandato, fica seguramente demonstrada a capacidade que esta Junta de Freguesia tem tido em apresentar, promover e concretizar projetos. Exemplos dessa capacidade continuam a ser, ainda, os Contratos de Delegação de Competências da Câmara Municipal de Lisboa concretizados no último ciclo, com uma execução de 100% pela Junta de Freguesia de Benfica. Defendemos a importância da descentralização enquanto elemento essencial para prestar o melhor serviço às comunidades locais, que conhecem verdadeiramente as pessoas, e as suas necessidades mais prementes. No ciclo que agora começa, a CML atribuiu 3 milhões e 180 mil euros à Junta de Freguesia de Benfica, que irão permitir levar a cabo projetos como a requalificação da zona histórica do Calhariz e também de algumas partes do centro de Benfica, passando pela Rotunda das Oliveiras ou a obra - há muito ansiada - no Largo Cura Mariano. Esperávamos mais investimento e ficarão por cumprir obras que considerávamos imperativas para o nosso Bairro. Cerca de 2 milhões de euros que ficam de fora e que constavam da lista de propostas que apresentámos à Câmara Municipal de Lisboa. Mas não nos esmorece nem à nossa ambição. Acreditamos na nossa competência e desempenho e esperamos que, ainda neste ciclo, haja a possibilidade de conquistarmos mais e de concretizarmos os sonhos que ficaram na gaveta. O que nos move é a certeza de que os projetos pelos quais batalhamos fazem a diferença no nosso Bairro. O que nos guia é a certeza de que podemos desenhar um futuro melhor para a nossa comunidade.

Marques

O Que Nos Move A Certeza De Que Os

PROJETOS PELOS QUAIS

BATALHAMOS FAZEM A

DIFERENÇA NO NOSSO

BAIRRO. O QUE NOS GUIA

É A CERTEZA DE QUE

PODEMOS DESENHAR UM

FUTURO MELHOR PARA A NOSSA COMUNIDADE.

CULTURA

Exposi O Sobre O

Legado De Aristides

Sousa Mendes

Os Serviços da Presidência do Instituto Politécnico de Lisboa, localizado em Benfica, acolheram ao longo do mês de maio a exposição “Aristides de Sousa Mendes, Razões de uma humanidade”, que abordou o papel fundamental do cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, durante a II Guerra Mundial. Neste período, salvou mais de 30.000 vidas do Holocausto, através da emissão de vistos, desobedecendo às ordens impostas pela ditadura de Salazar.

A iniciativa resultou de uma parceria entre o IPL, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e a Presidência do Conselho de Ministros. Os visitantes tiveram a oportunidade de aceder a um legado de enorme atualidade, apresentado entre uma exposição documental e uma exposição artística. A Junta de Freguesia de Benfica promoveu, ainda no âmbito desta exposição, uma conversa com a comunidade ucraniana a residir em Lisboa, com o propósito de servir de reflexão sobre o contexto de guerra e do momento que se vive atualmente na Europa.