MEU QUERIDO MEIO-IRMÃO - Penelope Ward

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Ele ainda estava sentado na cama, fumando, quando abri a porta, sem nem sequer bater na porta. Fui direto até a gaveta, peguei sua caixa de cigarros e saí correndo. Fiquei gargalhando durante todo o caminho até meu quarto. Isso, é claro, até minha porta ser aberta com violência. Rapidamente enfiei os cigarros dentro da minha blusa. Elec parecia pronto para me assassinar, embora, eu tivesse que admitir, seus olhos faiscantes fossem muito sexy. — Me devolva! — Ele disse por entre os dentes. — Não vou devolvê-los. — Ah, você vai sim, ou eu vou colocar a mão dentro da sua blusa e pegá-los. Você escolhe. — Sério, por que você fuma? Isso faz muito mal. — Você não pode roubar minhas coisas. Mas, outra vez, tal mãe, tal filha. — Do que você está falando? — Vá perguntar à sua mãe. — Ele murmurou, quase ofegante. Então, estendeu o braço musculoso e tatuado. — Me dê os meus cigarros. — Não até você me explicar por que disse isso. Ela não roubou Randy. Seus pais já estavam divorciados antes da minha mãe e seu pai se conhecerem. — Isso é o que Randy quer que você acredite. Ela, provavelmente, andava fodendo com o seu pai também, não é mesmo? Pobre desgraçado ingênuo. — Não chame meu pai de desgraçado. — Bem, onde ele estava enquanto Sarah trepava com o meu pai pelas costas da minha mãe? Meu sangue começava a ferver. Ele ia se arrepender da pergunta. — Debaixo da terra. Meu pai morreu quando eu tinha dez anos. Ele ficou em silêncio e, então, esfregou a cabeça, cheio de frustração. Seu tom de voz suavizou pela primeira vez, desde que o conheci. — Foda-se. Eu não sabia disso, tudo bem? — Tem muita coisa que você, provavelmente, está imaginando. Se ao menos falasse comigo… Elec quase pareceu pronto para pedir desculpas. Quase. Então, balançou a cabeça e se virou para a direita, quase como se fosse Mr. Hyde . 1

— Só se eu estivesse muito fodido para conversar com você. Me dê os cigarros, ou vou arrancálos de dentro da sua blusa. Meu corpo estremeceu ao ouvi-lo falando aquilo. O que havia de errado comigo? Parte de mim queria ver como seria a sensação de ter suas mãos grossas puxando o objeto da minha roupa, arrancando-a. Balancei a cabeça para me livrar do pensamento e recuei, quando vi que ele estava se aproximando lentamente. Ele estava a centímetros de distância de mim. Calor irradiava de seu corpo enquanto ele se movia na minha direção, tentando, sem sucesso, retirar a caixa de cigarros de dentro da minha blusa. Meus mamilos, instantaneamente, se tornaram rígidos como aço. Nunca me senti tão sem controle sobre meu próprio corpo e, silenciosamente, implorava para parar


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