dúzia de quartos, todos parecendo desocupados. O que faz sentido, já que o sr. Langdon não mora aqui, e Mick e Lindy vivem na casa dos funcionários, cuja localização desconheço. Isso significa que somos só eu e Paul na casa. Sozinhos. A ideia é realmente aterrorizante. Mas então me lembro de como reagi a ele… a onda de atração pura e não diluída, e agora além de nervosa estou agitada. “Chegamos”, Lindy anuncia, parando diante de um quarto à esquerda, no fundo do corredor. “Não é o maior, mas tem a melhor vista. Sem contar a da suíte principal, claro.” “É lá que o pai de Paul dorme quando vem?”, pergunto, entrando no quarto. “É raro o sr. Langdon passar a noite aqui”, Lindy responde, num volume baixo. “Quando resolve ficar, dorme no quarto de hóspedes mais afastado de Paul. É o único jeito de manter a paz.” “É uma família bastante disfuncional”, murmuro. Ao olhar para meu novo quarto, esqueço temporariamente todos os problemas dos Langdon. Parece que estou hospedada em um resort de luxo. A cama é enorme, e os lençóis são de um branco imaculado. Há um cobertor peludo dobrado ao pé dela. Os móveis são todos de madeira e parecem peças únicas, por isso acredito que foram feitos na região, e não produzidos em larga escala e distribuídos para milhares de casas. Há uma mesa grande em um canto e uma poltrona em outro, mas o charme do quarto são as janelas enormes com vista para o mar. “Uau”, sussurro. “Temos algumas coisas aqui que nem Nova York tem”, Lindy comenta, sem se preocupar em esconder o orgulho na voz. “A Frenchman Bay é uma delas.” Tenho que concordar. Já tive muitas vistas maravilhosas nas férias de verão, mas essa com certeza é uma das melhores, porque é totalmente inesperada. Está quase escuro agora, mas isso só aumenta a beleza do cenário. Imagino que quando a luz brilhante do sol bate na água deve ser uma paisagem digna de